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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA

GERENCIAMENTO DE LÂMINA D´ÁGUA


DA PPD - SBPB
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA GERENCIAMENTO DE F.O.D

Folha nº 2 de 6
SGSO – Sistema Gerenciamento Versão 01
Segurança Operacional - SBPO Data 04/10/2023
CONTROLE 10. Banco de Dados Lâm. D´água

ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 03
1 OQUE É PISTA CONTAMINADA ............................................................................................................................................................................... 03
2 QUE O AERÓDROMO DE SBPO ESTÁ FAZENDO PARA MITIGAR ESSE RISCO? ............................................................................................... 03
3 QUANDO MEDIR A LÂMINA D´ÁGUA?.................................................................................................................................................................... 04
4 DADOS METEOROLÓGICOS PRECIPITAÇÃO DE PATO BRANCO ........................................................................................................................ 04
5 COMO MEDIR A LÂMINA D´ÁGUA? ........................................................................................................................................................................ 05
6 DIVULGAÇÕES DAS CONDIÇÕES DA PISTA .......................................................................................................................................................... 06
7 CRIAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS ..................................................................................................................................................................... 06

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Aeroporto Regional de Pato Branco – Professor Juvenal Loureiro Cardoso - SGSO – SBPO – Ilario Luiz Filho
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA GERENCIAMENTO DE F.O.D

Folha nº 3 de 6
SGSO – Sistema Gerenciamento Versão 01
Segurança Operacional - SBPO Data 04/10/2023
CONTROLE 10. Banco de Dados Lâm. D´água

APRESENTAÇÃO
O SGSO – SBPO está promovendo ações que podem aumentar os níveis de segurança quando há chuva e pista molhada.
A nossa intenção é fazer com que os Pilotos possam se aproximar do pavimento na velocidade mais lenta possível, com um
toque firme para que ocorra o contato direto entre pneus e pista.
O pavimento estando um pouso mais “liso” pode ser mais arriscado, já que o atrito no toque inicial é menor – aumentando a
chance de hidroplanagem – e aumenta a necessidade de extensão de pista, para frenagem completa.

1. O QUE É PISTA CONTAMINADA?

A OACI considera que pista contaminada é uma pista na qual mais de 25 % do comprimento sendo usado está coberto com uma

lâmina de água parada ou outro contaminante (por ex.: gelo, “slush”, ou neve) com mais de 3 mm de espessura.

Também pode ser considerada como contaminada a pista em que o contaminante, embora numa porção menor que 25 % da pista,

estiver cobrindo uma área relevante para a operação, como por exemplo, área de rotação e saída do solo ou o segmento da pista

onde o avião está em alta velocidade na decolagem onde o efeito de arrasto é mais relevante. (IAC 121-1011, de 2005)

No Brasil, o principal perigo de pista contaminada está associado à presença de lâmina d’água, uma vez que a maior parte do

território brasileiro está na zona tropical. A presença de lâmina d’água em pistas de pouso e decolagem pode representar perigo

às operações nos aeródromos, devido à ocorrência de um fenômeno conhecido como hidroplanagem ou aquaplanagem

A ANAC considera que a pista está contaminada quando a profundidade média de água (lâmina d’água) sobre a pista for igual ou

maior que 3 mm numa região de 150 m de comprimento por 12 m de largura na porção central em relação ao eixo da pista.

2. O QUE O AERÓDROMO DE SBPO ESTÁ FAZENDO PARA MITIGAR O RISCO?

O SGSO está em consonância com as Normas informando ao Controle de Tráfego Aéreo as condições da pista de pouso e decolagem.

Essas informações sobre as condições da pista são consideradas como informação essencial pela ICA 100-37 - Serviços de Tráfego

Aéreo, destacando-se a presença de lâmina d´água.

Assim, durante todo o período de chuvas, o S.G.S.O – SBPO utilizará procedimentos para prontamente medir a espessura da lâmina

d’água e, caso constatada a contaminação da pista, disponibilizar a informação sobre as condições da pista ao órgão de Serviço de

Tráfego Aéreo para emissão de alerta aos pilotos.

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3. QUANDO MEDIR A LÂMINA D´ÁGUA?

O procedimento de verificação se a pista está contaminada ou não deve ser iniciado quando o ocorrer uma das situações a seguir:

 Ocorrência de chuva moderada (intensidade de precipitação igual ou maior que a 5,1 mm/h); ou
 Quando houver reporte de pista escorregadia pelos pilotos.

De acordo com o Manual de Observações Meteorológicas do INMET, a intensidade da chuva é classificada como:
 Chuva Fraca: Precipitação de 1,1 mm por hora até 5,0 mm ou no máximo 0,8 mm em 10 min.
 Chuva Moderada: Precipitação de 5,1 mm por hora até 60,0 mm ou no máximo 10 mm em 10 min.
 Chuva Forte: Precipitação de mais de 60,0 mm por hora.

4. DADOS METEOROLÓGICOS – PRECIPITAÇÃO PATO BRANCO

Fonte: https://www.idrparana.pr.gov.br/Pagina/Dados-Meteorologicos-Historicos-e-Atuais

PATO BRANCO

Fonte: https://www.idrparana.pr.gov.br/Pagina/Dados-Meteorologicos-Historicos-e-Atuais

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5. COMO MEDIR A LÂMINA D’ÁGUA?

O procedimento de verificação da existência de lâmina d’água deve realizar duas medições:

 a extensão da área coberta com empoçamento de água; e


 a espessura da lâmina d’água nessa área.

Não existe uma metodologia única para medição da espessura da lâmina d´água, por isso o operador de aeródromo deve escolher

o método que melhor se aplica à sua realidade.

De modo a ilustrar uma situação, veja-se o exemplo a seguir.

Considere a região próxima à cabeceira em uso, onde as aeronaves estarão pousando em alta velocidade ou decolando com elevada

potência nos motores, situações que podem provocar aquaplanagem. Uma vistoria visual pode identificar empoçamento de água

com as dimensões definidas pela norma, conforme ilustra a figura a seguir:

Considerando-se que o balizamento lateral esteja espaçado de 60 m entre luminárias, o empoçamento ilustrado pela linha amarela

teria comprimento superior a 150 m e largura de cerca de 12 m, próximo ao eixo da pista. Assim, constatado o empoçamento com

as dimensões definidas pela norma, avalia-se a espessura da lâmina d´água. Caso a espessura média seja superior a 3 mm, deve-

se reportar à TWR a condição de pista contaminada.

O exemplo aqui ilustrado não implica que somente a região de toque da pista deve ser avaliada. A vistoria de pista para verificação

de contaminação por lâmina d´água deve ser feita em toda a extensão da pista, com atenção especial para a metade relativa à

cabeceira em uso.

Além disso, é importante que o procedimento também classifique a condição da pista. As classificações são:

 Seca: quando não houver precipitação;


 Úmida: quando houver precipitação.

E quando houver acúmulo de água mensurável na pista:

 Molhada: Quando a intensidade de chuva na pista de pouso e decolagem for superior a 5 mm/h ou 1 mm em 12 minutos.
 Contaminada: Quando a profundidade média de água sobre a pista for igual ou maior que 3 mm numa região de 150 m de
comprimento por 12 m de largura na porção central em relação ao eixo da pista.

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6. DIVULGAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA PISTA

Se a pista for considerada contaminada, essa informação deve ser comunicada à rádio AFIS para que seja divulgada para os pilotos,

conforme estabelece o item 6.12 da ICA 100-37.

A publicação somente da informação “pista escorregadia quando molhada” é vaga porque não fornece aos pilotos a exata

localização de onde está a contaminação na pista. Por isso, é importante que sejam informados os trechos da pista em que foi

observada essa condição, de maneira que essa informação seja útil para os pilotos.

Obs:

Foram efetuadas análises de Lâmina D´água na PPD de SBPO no dia 04 de Outubro de 2023 e não foram constatados Riscos de

Contaminação, ou seja (150 m de comprimento por 12 m de largura na porção central em relação ao eixo da pista) havendo

escoamento rápido e seguro num período satisfatório à Segurança de Vôo.

7. CRIAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS

O SGSO de SBPO criou um banco de dados com o histórico das medições de lâmina d’água, onde constam informações sobre as

dimensões do empoçamento, profundidade da lâmina d´água e local. Essas informações direcionam os procedimentos de

manutenção do pavimento da pista, uma vez que locais de empoçamento frequente poderão indicar defeitos na superfície do

pavimento, ou declividade insuficiente, o que provocaria reduzido coeficiente de escoamento da pista de pouso e decolagem.

O desenvolvimento de um processo contínuo da segurança operacional é a faculdade de exercer atos onde pessoas e bens
não sofram lesões ou danos.
(Ilario Luiz Filho-GSO-SBPO)

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