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• Conhecer e identificar os perigos decorrentes da atividade no Lado Ar

• Conhecer e respeitar as regras de circulação e uso de equipamentos no Lado Ar


• Conhecer e respeitar as regras de circulação pedestre no Lado Ar
• Conhecer e seguir regras de segurança associadas ao momento de r os perigos associados

MANUAL DE ASSISTÊNCIA
PLACA II
Manual de Apoio à Formação
à oc
• Conhecer e respeitar as regras de uso de EPI
• Conhecer e seguir as regras de segurança durante o abastecimento de aeronaves

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Efetividade: 01.03.2022

MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


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Apresentação

O Manual de apoio á formação, condensa toda a informação respeitante à função de Operador de Assistência
em Escala e servirá de apoio às ações de formação nesta matéria.

Todas as matérias focadas ou referidas no presente manual não dispensam a análise aprofundada dos temas
em questão e são efetivas a 01/03/2022, sujeitas a alterações posteriores que podem ser consultadas através
dos meios que a Groundforce dispõe para o efeito.

Este Manual foi elaborado com recurso a diversas fontes de informação quer a nível interno, quer a nível
externo. Destacam-se o Manual de Operações, o IB da Groundforce, o AHM e o IGOM da IATA, entre outros.

Algumas das imagens utilizadas neste Manual de áreas operacionais do Aeroporto de Lisboa, foram recolhidas
com a devida autorização da Ana Aeroportos de Portugal.

A responsabilidade da sua execução, revisão, atualização e aplicabilidade, é do Departamento de Recursos


Humanos/Formação, em estreita consonância com um alargado grupo de Formadores das matérias que estão
em evidência neste Manual.

O sistema de revisão aplicável ao presente Manual é o que está descrito no Training Manual, Manual que
regulamenta a Formação da Groundforce e que pode ser consultado no sistema de gestão documental IB.

É proibida a reprodução total ou parcial deste Manual, a sua introdução em sistema informático, a sua
transmissão por qualquer outra forma ou meio, quer eletrónico, mecânico, por fotocópia ou outros métodos
sem a autorização prévia e por escrito da SPdH - Serviços Portugueses de Handling, S.A.

Objetivos
Aquisição de conhecimentos para o desempenho de funções na Placa, cumprindo as normas e procedimentos
em vigor.

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ÍNDICE
I – INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 6

II - CONCEITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................................................... 6

III - ENTIDADES REGULADORAS DA AVIAÇÃO CIVIL ....................................................................................................... 9

IV – FUNÇÃO DO OPERADOR EM ASSISTÊNCIA EM ESCALA. ....................................................................................... 10

V – REGRAS DE IMAGEM E CONDUTA ......................................................................................................................... 11

VI – CONTEÚDOS ........................................................................................................................................................ 11

1- SEGURANÇA NA PLACA (SAFETY) ............................................................................................................................ 11


1.1. Área reservada do Lado Ar / Placa.............................................................................................................................. 11
1.2. Regras Básicas de Segurança do Pessoal .................................................................................................................... 12
1.3. Equipamento de Proteção Individual .......................................................................................................................... 12
1.4. Normas de Circulação ................................................................................................................................................. 13
1.5. Área de Parqueamento (Parking Área) ....................................................................................................................... 14
1.6. Áreas de perigo do Avião ............................................................................................................................................ 15
1.6.1 Reatores dos Aviões ........................................................................................................................................ 15
1.6.2. Motores a Hélice ............................................................................................................................................ 16

2 - ACIDENTES E INCIDENTES ...................................................................................................................................... 17


2.1. Acidentes com passageiros ......................................................................................................................................... 17
2.2. Acidentes com pessoal ................................................................................................................................................ 18
2.3. Acidentes com Avião ................................................................................................................................................... 18
2.4. Acidentes com equipamento....................................................................................................................................... 19

3. SEGURANÇA (SECURITY) ......................................................................................................................................... 19


3.1 Segurança do Avião ..................................................................................................................................................... 19

4. TIPOS DE AVIÃO ...................................................................................................................................................... 20

5- NÍVEIS DO AVIÃO .................................................................................................................................................... 21

6. PORTAS DO AVIÃO.................................................................................................................................................. 22

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7. VERSÕES DO AVIÃO ................................................................................................................................................ 26

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8. PORÕES DO AVIÃO ................................................................................................................................................. 26


8.1. Abertura e fecho de portas de porão - elétricas e manuais ........................................................................................ 26
8.1.1. Porão dianteiro............................................................................................................................................... 26
8.1.2. Porão central .................................................................................................................................................. 26
8.1.3. Porão traseiro ................................................................................................................................................. 26
8.2. Secções e Bay´s ........................................................................................................................................................... 27
8.3 Máximos estruturais .................................................................................................................................................... 27
8.4 Sistemas de encaminhamento/carregamento ............................................................................................................. 28
8.4.1. Guias ............................................................................................................................................................... 28
8.5. Sistemas de travamento ............................................................................................................................................. 28
8.5.1. Travões de porta ............................................................................................................................................ 28
8.5.2. Travões de ULD´s ............................................................................................................................................ 29
8.6. NOFIT (N) .................................................................................................................................................................... 30

9. TIPOS DE TRÁFEGO ................................................................................................................................................. 30

10.ULD (Unit Load Device) .......................................................................................................................................... 30


10.1. Tipos de ULD´s ........................................................................................................................................................... 31
10.2. Tipos de Equipamento de Suporte ............................................................................................................................ 31
10.3. Unidades Vazias ........................................................................................................................................................ 31
10.4 Diagrama de ULD´s .................................................................................................................................................... 32

11. EQUIPAMENTOS DE SUPORTE ............................................................................................................................... 32


11.1. Dollies, Trailer. .......................................................................................................................................................... 32
11.2. Carros ........................................................................................................................................................................ 32

12. PLANO DE CARREGAMENTO - Loading Instruction Report (L.I.R.) ......................................................................... 33

13. RELAÇÃO ENTRE AS ÁREAS DE ASSISTÊNCIA. ........................................................................................................ 33


13.1. Load control .............................................................................................................................................................. 33

14. PONTOS DE SERVIÇO DO AVIÃO ........................................................................................................................... 34

15. EQUIPAMENTO DE PLACA ..................................................................................................................................... 35

16. POSIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PLACA ................................................................................................................ 37


16.1. Estacionado ou em bolsa .......................................................................................................................................... 37
16.2. Em operação de encosto ao Avião ............................................................................................................................ 37
16.3. Encosto / Desencosto – Sinaleiro .............................................................................................................................. 37

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16.4. Procedimentos .......................................................................................................................................................... 39


16.5. Arranque de pneumáticos ......................................................................................................................................... 40
16.6. Emergências do equipamento .................................................................................................................................. 40

17. ASSISTÊNCIA EM ESCALA ...................................................................................................................................... 40


17.1. Chegada .................................................................................................................................................................... 40
17.1.1. Pré Chegada ................................................................................................................................................. 40
17.1.2.FOD (Foreign Object Damage)....................................................................................................................... 41
17.1.3 Desembarque ................................................................................................................................................ 41
17.1.4. Descarregamento ......................................................................................................................................... 42
17.2. Partida ...................................................................................................................................................................... 44
17.2.1 Segurança nos porões ................................................................................................................................... 44
17.2.2. Carregamento .............................................................................................................................................. 44
17.2.3. Embarque ..................................................................................................................................................... 45
17.2.4. Rotações ....................................................................................................................................................... 45
17.2.5. Trânsitos ....................................................................................................................................................... 46
17.2.6. Night – Stop .................................................................................................................................................. 46
17.2.7. Escalas Técnicas ............................................................................................................................................ 47

18. BAGAGEM ............................................................................................................................................................. 47


18.1. Cabine ....................................................................................................................................................................... 47
18.2. Porão ......................................................................................................................................................................... 47
18.3. DAA – Delivery at aircraft ......................................................................................................................................... 47
18.4. Courier ...................................................................................................................................................................... 48
18.5. Excesso de Bagagem ................................................................................................................................................. 48
18.6. Separação de Bagagem ............................................................................................................................................ 48
18.7. Códigos de Bagagem ................................................................................................................................................ 49
18.8. Tratamento Especial de Bagagem ............................................................................................................................ 49
18.9. Manuseamento e contagem ..................................................................................................................................... 50
18.9. Manuseamento e contagem ..................................................................................................................................... 50
18.10. Bagagem danificada ............................................................................................................................................... 51

19. ETIQUETAS ............................................................................................................................................................ 51


19.1. Bagagem ................................................................................................................................................................... 51
19.1.1. Etiquetas Automáticas e Manuais ................................................................................................................ 51
19.1.2. Leitura de Etiquetas ..................................................................................................................................... 51
19.1.3. Etiquetas Limited Release ............................................................................................................................ 51
19.1.4. Etiquetas Suplementares ............................................................................................................................. 51
19.2. Etiqueta para ULD ........................................................................................................................................... 52

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20. CARGA .................................................................................................................................................................. 52


20.1. Cargas especiais (Special loads) ................................................................................................................................ 52
20.2. Amarrações ............................................................................................................................................................... 53
20.3. Plataformas .............................................................................................................................................................. 54
20.4. Incompatibilidades .................................................................................................................................................... 55
20.5. Carga danificada ....................................................................................................................................................... 55
20.6. Derrames .................................................................................................................................................................. 55
20.7. Manuseamento e contagem ..................................................................................................................................... 56

21. CORREIO ............................................................................................................................................................... 56


21.1. AV7 ............................................................................................................................................................................ 56
21.2. Prioridades ................................................................................................................................................................ 56
21.3. Manuseamento e contagem ..................................................................................................................................... 56

22. PONTES TELESCÓPICAS ......................................................................................................................................... 57

23.COMUNICAÇÕES .................................................................................................................................................... 57
23.1. Alfabeto fonético ...................................................................................................................................................... 57
23.2. REGRAS DE CONDUTA ............................................................................................................................................... 58

VII. GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................................... 58

VIII. GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS ........................................................................................................................... 61

IX – CÓDIGOS DE CIDADES .......................................................................................................................................... 62


1.Códigos de países ............................................................................................................................................................ 63
2.Companhias Aéreas ........................................................................................................................................................ 63

IX. GLOSSÁRIO DE SIGLAS ........................................................................................................................................... 64

X. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................................... 65

NOTAS DE CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 65

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I – INTRODUÇÃO

Através deste Manual de Formação pretendemos reforçar os padrões de qualidade e segurança da empresa
na assistência a aeronaves e na movimentação de bagagem, carga e correio promovendo a melhoria contínua
dos serviços prestados aos clientes.

II - CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Aeroporto - Conjunto de infraestruturas preparadas para a aterragem, a descolagem e as manobras de


aeronaves, incluindo todas as instalações existentes para servir as necessidades do tráfego e as aeronaves,
em que seja legalmente permitida uma atividade comercial de transporte aéreo.

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AEROGARE

• Lojas de vendas das diversas companhias


aéreas.
Aerogare. É um edifício que engloba um conjunto de
áreas específicas que visam o acolhimento de • Serviço de Alfândega.
passageiros. • Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
• Check-in
Possui um vasto número de infraestruturas que têm
como objetivo pôr à disposição dos passageiros um • Lounges
variado leque de serviços que tornam útil e • Correio - C.T.T.
agradável à sua permanência.
• Serviço de Operações Aeroportuárias (SOA)
• Zonas de embarque e desembarque
• Veterinário.

Placa - Área exterior do Aeroporto (lado ar) onde se efetua toda a movimentação, parqueamento e assistência
aos aviões. É composta por duas pistas, zonas distintas de parqueamento de aeronaves e vias de circulação
automóvel.

Pista “runaway” - Zona da placa dedicada à circulação de aviões, utilizadas exclusivamente para aterragens
e descolagens das aeronaves.

Taxiway - Via de circulação para as aeronaves poderem entrar ou sair das pistas tendo acesso aos stands,
terminais ou hangares. Além das aeronaves, só veículos e pessoal estritamente necessário à operação aí
poderão circular.

Têm a delimitá-la duas linhas amarelas paralelas e uma linha amarela indicadora do eixo central; esta linha
pode apresentar-se bordejada a preto para uma melhor visualização.

Em operação noturna, os Taxiway são sinalizados com luzes azuis que delimitam o mesmo, a linha central é
de luz verde.

As luzes laterais delimitativas são de cor azul para que de noite não seja possível confundirem-se com as luzes
brancas da pista de aterragem.

Stand (tarmac) - Zona de parqueamento e assistência das aeronaves. Há várias zonas de stands,
estando estas bem delimitadas e sendo designadas por letras e números.
Caminhos de circulação - São vias que servem para a circulação e acesso de viaturas a todas as zonas da placa.
Sendo necessárias autorizações especiais para esta circulação. Os veículos não autorizados, mas que

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necessitam de entrar na placa, como as ambulâncias ou camiões de carga, têm que ser acompanhados por
um veículo do aeroporto (Follow Me).

Hangar - Edifício que recebe Aeronaves para serviço de manutenção e oficina.


TERMINAIS

• Terminal de bagagem: recebe e procede à triagem da bagagem proveniente


da Aerogare (à partida), dos Aviões (à chegada), e da bagagem em
transferência.

• Terminal de carga: recebe e procede à triagem da carga para posterior envio


para os diferentes voos (à partida), armazena para posterior entrega aos
transitários (à chegada), recebe e reencaminha a carga em transferência.
Terminais
• Terminal de correio: recebe e armazena o correio para posterior envio para
os diferentes voos (à partida) e recebe para posterior entrega aos serviços de
correio (à chegada). E trata também do correio em transferência.

HANDLING

Handling de Placa Handling Carga Handling Passageiros

Assistência ao avião, desde a sua Assistência à carga. Fazem parte Assistência a passageiros. Fazem
chegada até a sua partida. Fazem desta área os sectores de parte desta área os sectores de
parte desta área os sectores de Armazém, Manifesto, Check-in, Acolhimento, Lost &
Load Control/ Editing, Assistência Importação, Tracing Found, Serviço ao Cliente e
ao avião e Terminais. (irregularidades), Terminal de Lounge.
Correios.

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III - ENTIDADES REGULADORAS DA AVIAÇÃO CIVIL

A aviação comercial internacional encontra-se em franco desenvolvimento e constante mutação. Sendo,


desde cedo, um sector chave para o desenvolvimento da economia da maioria dos países e, tendo em conta
a concorrência cerrada entre as diversas companhias aéreas, rapidamente se tornou fundamental
regulamentar a atuação deste sector.
Passamos, pois, a enunciar os principais organismos que, ao longo da história da aviação comercial, têm
assumido um papel preponderante na regulamentação do sector:

I.A.T.A. (International Air Transport Association)


Após a Primeira Guerra Mundial, foi fundada em Haia, em 1919, a Associação Internacional de Tráfego Aéreo.
Foi o primeiro organismo a tentar regulamentar os primeiros voos programados internacionais.
A Associação Internacional do Transporte Aéreo, foi fundada em Havana, Cuba, em abril de 1945, tendo como
principais objetivos a segurança, pontualidade dos voos e bem-estar dos passageiros.

A IATA tem desempenhado um papel decisivo na dinâmica de crescimento do Transporte Aéreo, e os


números falam por si: quando foi fundada tinha 57 membros de 31 países, sobretudo da Europa e América
do Norte. Atualmente, reúne 278 empresas aéreas representando 83% do tráfego aéreo mundial.

ICAO (International Civil Aviation Organization)


Na Convenção sobre Aviação Civil Internacional, mais conhecida como Convenção de Chicago, que teve lugar
em dezembro de 1944, em Chicago, Estados Unidos, foi decidido criar uma organização para regulamentar a
aviação civil internacional.
É assim que surge a ICAO – Organização da Aviação Civil Internacional, cujos principais objetivos são o
desenvolvimento dos princípios e técnicas de navegação aérea internacional e a organização e o progresso

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dos transportes aéreos, de modo a favorecer a segurança, a eficiência, a economia e o desenvolvimento dos
serviços aéreos.
A ICAO desenvolve também um trabalho importante no campo da assistência técnica, procurando organizar
e dar maior eficiência aos serviços de infraestrutura aeronáutica nos países em desenvolvimento. Essa
assistência é prestada por meio de equipas de especialistas, enviados aos diversos países para organizar e
orientar a operação dos serviços técnicos indispensáveis à aviação civil, e de bolsas de estudo para cursos de
especialização.

ANAC – Associação Nacional de Aviação Civil

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) é um organismo central com sede em Lisboa e com jurisdição
sobre todo o território nacional, incluindo o espaço aéreo sujeito à jurisdição do Estado Português.
Competências:
Na prossecução das suas atribuições, cabe à ANAC licenciar, certificar, autorizar e homologar as atividades e
os procedimentos, as entidades, o pessoal, as aeronaves, as infraestruturas, equipamentos, sistemas e demais
meios afetos à aviação civil, bem como definir os requisitos e pressupostos técnicos subjacentes à emissão
dos respetivos atos.

IV – FUNÇÃO DO OPERADOR EM ASSISTÊNCIA EM ESCALA.

Profissional que presta assistência nos terminais de bagagem, carga e na placa no que respeita,
nomeadamente, ao armazenamento e acondicionamento de cargas, encaminhamento de bagagens e
passageiros e ao carregamento, descarregamento e reboque das aeronaves.

Executa tarefas de carga e descarga e transporte de bagagem, carga e correio de e para os aviões, armazéns
e terminais colaborando na sua aceitação e entrega. Conduz viaturas e material reboque e posiciona o
equipamento de apoio as aeronaves.

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V – REGRAS DE IMAGEM E CONDUTA

O operador de assistência em escala deverá obedecer a determinadas regras de conduta:

A apresentação deve ser cuidada e a farda utilizada de acordo com o regulamento em vigor.
Deverá usar sempre o cartão de identificação de forma visível e o equipamento de proteção individual.
A linguagem a ter com o cliente deve ser adequada, excluindo sempre os termos técnicos utilizados na
operação.
Ter sempre presente que “UM SORRISO” é o primeiro passo para cativar um cliente.
Nunca dar a sensação de estar com pressa, nem fumar ou falar ao telemóvel estando em contacto com o
público.
Não permanecer sentado quando o cliente se dirigir a si.
Nunca responder “não sei” procurando sempre informações para ajudar o cliente.
Em última instância, fazer com que o cliente confie na sua atuação, não prometendo o que não se sabe ser
possível cumprir e assumindo uma postura de confiança e entusiasmo.

VI – CONTEÚDOS

1- SEGURANÇA NA PLACA (SAFETY)

1.1. Área reservada do Lado Ar / Placa

A área de um aeroporto denominada de Lado Ar / Placa, corresponde a toda a área de movimentação,


parqueamento e assistência do avião.
As normas, que terão de ser observadas por todas as pessoas que circulam dentro da área de Placa, são da
responsabilidade do Aeroporto, assim como o seu controlo (rastreio de staff nos pórticos de acesso).

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1.2. Regras Básicas de Segurança do Pessoal

Respeite as seguintes regras básicas de segurança:

• Não deve correr na placa;


• Não deve fumar na placa;
• Desempenhe as suas funções de forma diligente;
• Não tente levantar mais peso do que aquele que as suas forças permitem;
• Não é permitido transporte de pessoal em equipamento que não se destine a essa finalidade;
• Mantenha-se afastado dos reatores em funcionamento;
• A deslocação pedonal só pode ser feita em zonas apropriadas;
• Uso dos Epi´s é obrigatório;
• Uso obrigatório do cartão de identificação Aeroportuária.

1.3. Equipamento de Proteção Individual

Todo o pessoal envolvido na operação no lado ar deverá usar sempre o equipamento de proteção individual:
• Colete;
• Abafadores;
• Luvas;
• Sapatos ou Botas de Biqueira aço;
• Boné com proteção;
• Óculos (facultativos);
• Joelheiras

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1.4. Normas de Circulação

• O acesso e a condução de equipamento nas áreas restritas e reservadas do Aeroporto, está sujeita a
uma prévia autorização da entidade responsável pela gestão aeroportuária (certificação de
condução).

• Os condutores serão sempre responsáveis pelo estado em que se encontram as viaturas ou


equipamentos motorizados com que circulam e pelos respetivos danos causados.

• Antes de iniciar a condução de um veículo, o condutor deverá assegurar-se das boas condições de
funcionamento do mesmo.

• Todas as viaturas operando nas áreas restritas e reservadas do Aeroporto devem circular pelas vias
marcadas a branco no pavimento, obedecendo à sinalização horizontal e vertical existente, bem como
aos limites de velocidade.

• É interdito o acesso de pessoas e veículos às pistas, caminhos de circulação de aeronaves e caminhos


periféricos, exceto os devidamente autorizados pelo SOA.

• Durante o período noturno e em situações de visibilidade reduzida, todos os veículos devem circular
com os faróis ligados na posição de médios e com os rotativos ligados.

• É expressamente proibido conduzir sob o efeito do álcool ou drogas.


• É proibido fumar ou fazer lume nas plataformas e no interior dos veículos.

• É proibido despejar, depositar, abandonar lixo ou qualquer objeto nas áreas restritas e reservadas do
aeroporto.

• Nas plataformas, o avião em movimento tem prioridade absoluta sobre qualquer veículo.

• Não poderá circular na traseira dos aviões se estes tiverem a luz anti - colisão (BEACON) ligada.

• A velocidade nos caminhos de circulação é controlada e estabelecida pela entidade responsável pela
gestão aeroportuária e forças de segurança.

• Deverá circular com o máximo de precaução junto das aeronaves.


• Não deverá usar sinais sonoros.

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1.5. Área de Parqueamento (Parking Área)

Área da placa onde são posicionados os aviões e nas quais se processam as


atividades de assistência em escala, manutenção e aprovisionamento.

É da responsabilidade do agente de handling garantir a limpeza do stand (FOD).


É obrigatória a presença de um extintor sempre que uma aeronave esteja
parqueada no stand.

Stand O acesso à área de parqueamento é apenas permitido ao pessoal, veículos e


equipamento diretamente ligados à assistência ao avião parqueado, devendo-se
garantir o correto parqueamento. (com condições meteorológicas adversas, o
aeroporto declina toda a responsabilidade por danos causados pelos mesmos)

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1.6. Áreas de perigo do Avião

1.6.1 Reatores dos Aviões


1.6.1.1 Área de Sucção (Intake Area)

Quando um avião está estacionado com os reatores a funcionar ou em movimento, a área de sucção
corresponde à zona em frente aos reatores, na qual existe o perigo de pessoas ou objetos soltos serem
sugados para o interior dos mesmos, deve-se guardar uma distância mínima de segurança de 7,5m.
Esta área deve manter-se sempre totalmente livre de pessoas, equipamento e objetos soltos (FOD - Foreign
Object Damage), devido ao risco de sucção.

1.6.1.2 Área de Jacto (Blast Area)

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Corresponde á área situada atrás do avião afetada pelo jato dos reatores em funcionamento, ou seja, onde
pessoas, equipamento ou objetos podem ser projetados ou tombados pela força do jato.
Deve-se guardar uma distância de segurança de 75m quando o avião está parado e em funcionamento. Em
andamento a distância de segurança passa a 200m.

Nota. As distâncias de segurança podem variar conforme o tipo de aeronave ou tipo de reator. Esta área
depende da potência do reator, da direção e da velocidade do vento (os novos 320, 330 neo, são
particularmente perigosos).

1.6.2. Motores a Hélice

São igualmente perigosos quando em movimento. Não se aproxime, espere sempre pela paragem completa
da hélice.
A hélice em rotação é pouco visível, mesmo parada. Deverá contornar sempre a área de rotação das pás.

Nota: Atenção redobrada na colocação/retirada de calços

1.6.3. Nas extremidades das asas.

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1.6.3.1 Área de Ventilação (Venting Area).

As Áreas de Ventilação localizam-se junto à extremidade das asas, constituindo perigo durante a ação de
abastecimento (derrame de combustível e libertação de gases).
Durante o abastecimento de combustível, só poderão estacionar ou passar nas áreas de ventilação, pessoas,
veículos ou equipamentos relacionados com o abastecimento.

1.6.3.2 Derrames de Combustível (Ações a tomar)

Em caso de derrame, o abastecimento deverá ser parado imediatamente.

Qualquer equipamento motorizado deverá ser de imediato imobilizado e desligado (incluindo GPU e ACU).
Para ser retirado do local terá de ser rebocado.

Todas as pessoas devem ser afastadas para uma distância mínima de 15 metros do limite do derrame e
nenhum veículo poderá pisar a área do derrame.

A entidade responsável pela gestão aeroportuária, através dos seus serviços, procederá à aplicação de
produto solvente ou absorvente sobre a área de derrame, procedendo posteriormente à sua lavagem. A
aeronave estacionada não poderá em caso algum ligar motores na posição, até o derrame ser limpo.

2 - ACIDENTES E INCIDENTES

2.1. Acidentes com passageiros

Deverá ter em atenção a circulação dos passageiros de e para o avião, de modo a evitar a passagem por baixo
das asas ou aproximação aos trens, reatores ou fuselagem do mesmo.
Os passageiros, aquando de embarques/desembarques a pé pelas faixas de circulação de peões, têm sempre
prioridade sobre a passagem de equipamento.

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2.2. Acidentes com pessoal

• A utilização dos EPI é obrigatória conforme previsto em MEPI (Manual de Equipamento de Proteção
Individual)
• De forma a evitar acidentes, deverá privilegiar as seguintes condutas:
• Não pegar na carga pelas cintas metálicas;
• Utilizar sempre material apropriado para transporte de carga ou volumes pesados;
• Os volumes devem sempre ser pousados suavemente, de modo a evitar danos pessoais e dos próprios
volumes;
• Não usar peças de vestuário largas. Estas podem ficar presas nos rolos dos tapetes ou mecanismos
similares;
• Nunca passar entre equipamento atrelado, mesmo que este não esteja em movimento;
• Ao atrelar equipamento, assegure-se que os engates/sistema de travamento ficam devidamente
travados. Qualquer negligência na movimentação de atrelados pode ser causa de vários acidentes:
1. Pés esmagados
2. Pessoal entalado contra paredes/outro equipamento
3. Pessoal atropelado
4. Danos graves no avião
• Nunca passar na parte da frente de um avião em movimento, nem se interpor entre este e o
sinalizador.

2.3. Acidentes com Avião

• Não deverá permitir que pessoas estranhas, e não identificadas, circulem junto do avião e muito
menos nos Porões e na Cabina.
• Um avião tem sempre prioridade.
• Nunca deverá impedir ou dificultar a sua livre circulação.
• Enquanto um avião circular na placa, o equipamento deverá manter-se a uma distância segura.
• Nunca deverá ultrapassar as linhas de delimitação do stand de estacionamento, enquanto o avião
não estiver completamente parado e travado.
• Deverá manter o avião sempre do seu lado esquerdo durante qualquer manobra, permitindo assim
uma maior visibilidade do mesmo.
• Junto ao avião, todo o equipamento deverá ser conduzido a uma velocidade baixa e com cuidado.
• Só deverá aproximar equipamento após o avião estar calçado, com os reatores parados e com as luzes
anti colisão (beacon) apagadas.
• Deverá conservar os caminhos de circulação e plataformas de estacionamento limpos de todos e
quaisquer objetos estranhos.

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Sempre que detetar ou ocorrer algum dano no avião, mesmo que lhe pareça insignificante, deverá comunicá-
lo ao seu superior hierárquico para posterior preenchimento do Acident Report.

2.4. Acidentes com equipamento

• Seja qual for o tipo de equipamento que conduza, verifique sempre se ele está em boas condições de
operacionalidade.
• Reporte sempre qualquer avaria ou dano.
• Quando conduzir na placa tenha sempre presente as normas de circulação. Respeite-as. Seja
cauteloso.
• O hábito, a pressa e os outros são inimigos da segurança.
• Quando circular à noite, não utilize os máximos.
• Não estacione em locais que impeçam ou dificultem o trabalho dos outros.
• Quando atrelar equipamento, certifique-se de que ficou bem engatado.
• Equipamento Fora de Serviço deve ser etiquetado, utilizando-se a etiqueta apropriada (” FORA DE
SERVIÇO”) e imediatamente enviado para reparação.
• Os ULD’s são transportados em equipamentos com uma plataforma de esferas/roletas (Dollies e
trailers) sendo obrigatório o travamento de ambos.

3. SEGURANÇA (SECURITY)

Entende-se por Security uma combinação de matérias, recursos humanos e medidas destinadas à salvaguarda
da aviação civil internacional.

3.1 Segurança do Avião

Deverá interpelar qualquer individuo desconhecido e/ou não identificado que circule em áreas de trabalho
restritas, impedindo o seu acesso não autorizado a aeronaves e a bagagem que se encontre preparada para
embarcar.
Caso seja necessário, deverá ser chamada a autoridade competente para identificar o indivíduo.

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O acesso aos aviões está limitado aos elementos das várias equipas de assistência:
Agentes de Handling, Transporte Aéreo, Manutenção, Limpeza, Abastecimento,
Catering e Cabin Dressing.
Poderão ter também acesso ao avião, desde que em serviço, todas as Forças de
Segurança.

Toda a bagagem é sujeita a rastreio de segurança (Raio-X)


Segurança do avião A bagagem não deve em caso algum ser deixada abandonada nas plataformas.
no chão
(on ground) Toda a carga é passada ao RX ou verificada fisicamente.
Em caso de irregularidade é chamado o representante da companhia assistida
que, após análise à carga, tomará a decisão quanto ao seu embarque ou devolução
ao terminal.

Todo o correio (mail) é passado ao RX.


Em caso de irregularidade, o correio é pesado e confirmado o peso que consta na
carta de porte.

Nota: O tráfego (bagagem, carga e mail) não pode permanecer no pavimento da placa.
4. TIPOS DE AVIÃO
Narrow Body - São aviões com apenas um corredor no main deck.
Podem ser a granel ou contentorizados. A granel - avião em que todo o carregamento
do tráfego (deadload) é efetuado manualmente pelos operadores, com o apoio do
respetivo equipamento. Podem ser com esteira ou porão móvel.
Contentorizados - Avião com sistema de guiamento elétrico que é utilizado no
carregamento de ULD´s.

Wide body – São aviões com dois corredores no main deck. Podem ser a granel ou
contentorizados.
Tipos de avião
Cargueiro – Avião exclusivo para o transporte de carga e correio em todos os níveis
do avião. Podem ser a granel ou contentorizados.

Combi - Avião que devido à sua configuração no main deck permite o transporte de
Passageiros/Carga, separada fisicamente.

Quick change - Alteração de configuração de avião de passageiros para cargueiro.

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5- NÍVEIS DO AVIÃO

✓ Lower Deck (Porões) - Zona do avião onde se encontram os porões


inferiores.

Níveis do avião ✓ Main Deck (Cabina) - Zona do avião utilizada para instalação dos
lugares de passageiros e /ou porões (superiores) para transporte de
deadload.

✓ Upper Deck - Secção da cabina existente em determinados tipos de


aeronave, situada por cima do main deck.

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6. PORTAS DO AVIÃO

Uma aeronave tem as suas portas situadas em todos os níveis: lower deck, main deck e upper deck.

✓ Portas do Lower Deck - As portas do lower deck servem para aceder ao


compartimento de carga (porões).

✓ Portas do Main Deck - As portas do main deck servem para dar acesso ao(s):
PNT, PNC, passageiros e equipas de assistências.
Portas do avião
As portas do main deck são equipadas com sistema de salvamento em caso de
emergência (mangas), servem também para entrada do deadload, nos aviões
cargueiro e combi.

✓ Portas do Upper Deck - As portas situadas no upper deck servem apenas para
situações de emergência.

As portas de acesso a aeronave só devem ser abertas depois dos motores da aeronave e luzes de anti colisão
estarem desligados e os calços devidamente colocados.

Nota: No Main deck e Upper Deck existem portas de emergências.

Existem portas de porões de abertura manual, como a figura seguinte:

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Boeing 737

E portas de porões de abertura automática (elétrica, hidráulica ou pneumática), como as figuras seguintes:

A319, 320, 321 Porão dianteiro e central.


A319, 320, 321 Porão dianteiro e central.

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A319, 320, 321 Porão dianteiro e central.

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A330, 340 Porão dianteiro e central.

Portas de acesso ao porão 5

A319, 320, 321, 330, 340

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7. VERSÕES DO AVIÃO
Cada companhia aérea define a versão dos seus aviões, de acordo com as características dos mercados onde
pretende operar.
Um voo específico pode oferecer uma classe de serviço única, por ex: apenas classe económica (full economy),
ou ser dividido em diferentes classes de serviço, por ex: primeira classe, classe executiva e classe económica.

8. PORÕES DO AVIÃO
Os porões do avião são os compartimentos onde é acondicionado o deadload.
A numeração dos porões está regulamentada pela IATA, e é feita sempre da frente do avião para a cauda.

8.1. Abertura e fecho de portas de porão - elétricas e manuais

As portas dos porões são utilizadas para o acesso aos mesmos. São operadas elétrica ou manualmente
conforme o tipo de avião.

8.1.1. Porão dianteiro


Situado na frente do avião, poderá ter mais do que um compartimento, conforme o tipo de avião/companhia
aérea.

8.1.2. Porão central


Situado no meio do avião, poderá ter mais do que um compartimento, conforme o tipo de avião/companhia
aérea.

8.1.3. Porão traseiro


Situado na parte de trás do avião, poderá ter mais do que um compartimento, conforme o tipo de
avião/companhia aérea.

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8.2. Secções e Bay´s

Em aviões a granel, os compartimentos são subdivididos em secções.

O primeiro algarismo corresponde ao número do compartimento e o segundo à localização dentro do


compartimento (da frente para trás).

Em aviões contentorizados, os compartimentos são subdivididos em bay´s.


Nos wide body contentorizados, as bay´s são divididas em L (left) e R (right).
“P” – designa uma paleta
Sempre no sentido do voo (direita e esquerda do comandante).

Em aviões cargueiro, no Main Deck a Bay é designada por uma letra do alfabeto a começar em “A”, da frente
para trás.
Nota: não são utilizadas as letras “I”, “N” e “O” para não se confundirem com o algarismo um, código N (Bay
vazia/Nofit), e o algarismo zero.

8.3 Máximos estruturais

Um avião é uma estrutura flexível, em particular a fuselagem.


Durante o voo, o deadload carregado no avião não pode, em caso algum, pôr em risco a estrutura do porão.
Cada fabricante define limitações estruturais que não podem ser excedidas, sob pena de se correr o risco de
serem provocados danos permanentes na estrutura do porão.

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8.4 Sistemas de encaminhamento/carregamento

Os aviões com sistema elétrico de encaminhamento/carregamento têm um painel de comandos junto à porta
de cada porão que permite a operação automática do sistema.

O painel de comando tem as seguintes funções:

▪ Ligar e desligar o sistema operativo;


▪ Desbloqueio dos travões da porta do porão para descarregamento;
▪ Controlo do guiamento dos ULD´s para a bay pretendida.

Os compartimentos dispõem de conjuntos de roletes para encaminhamento dos ULD´s para a sua posição.

8.4.1. Guias
Ao longo da estrutura do avião, e de ambos os lados dos compartimentos, existem guias com a finalidade de
auxiliar o encaminhamento dos ULD´s no sentido longitudinal (guias laterais Ex: B-767)
Em alguns tipos de aviões existem também guias retrácteis. Estão instaladas na calha central e na área da
porta para guiamento de ULD´s (código LD3).

8.5. Sistemas de travamento

8.5.1. Travões de porta


Travões que permitem o travamento dos ULD´s localizados na entrada da porta. São operados manual ou
eletricamente conforme o tipo de avião. Servem também, quando recolhidos, para manter a porta
aberta/bloqueada. O sistema de guiamento mantém-se operativo.

Como complemento, existem travões retrácteis que, ao carregamento, recolhem automaticamente. Aquando
do descarregamento, devem ser recolhidos para permitir a passagem dos ULD´s, elétrica ou manualmente,
sendo que estes travões servem apenas como complemento de segurança.

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8.5.2. Travões de ULD´s


São travões inseridos na base dos compartimentos que servem para travar os uld´s nas posições pretendidas.
Existem dois tipos de travões de ULD’s:

• Travões manuais
Destravam-se pressionando a patilha (press to unlock) e travam-se levantando a mesma patilha até bloquear.

• Travões elétricos

Estão inseridos na base dos compartimentos e servem para travar os ULD´s nas posições pretendidas. São
acionados no painel de controlo que dispõe de um interruptor que aciona os mesmos.
Existem também aviões que têm conjuntos de batentes que divergem dos travões porque apenas contrariam
as forças dianteira e traseira, mas não contrariam as forças ascensionais.
• Redes

Em voos a granel o sistema de travamento e separação dos compartimentos faz-se através de redes.

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8.6. NOFIT (N)

Código IATA para compartimento, secção ou bay que segue vazia (nofit).

9. TIPOS DE TRÁFEGO

✓ Bagagem - É da responsabilidade da transportadora aérea a


bagagem transportada, para a qual foi emitida uma etiqueta e
respetivo talão de identificação, no ato do check-in.

✓ Carga - Termo equivalente a” mercadoria” a ser transportada num


avião, não sendo considerada bagagem, ao abrigo de uma carta de
Tipos de tráfegos porte.

✓ Correio - Tipo de tráfego transportado nos termos de uma


convenção postal internacional. Contido em invólucros fechados
(sacos selados e subscritos) devidamente inscritos em documentos
apropriados (AV7).

✓ EIC – Equipment in compartments


• FKT (Flight kit) - Equipamento de manutenção destinado ao avião, que
o acompanha no voo.
• CSU Equipamento de catering carregado no porão
• BAL Lastro carregado no porão por razões de weight and balance.
• BED Maca instalada na cabina.
• BEH Maca carregada no porão.
• COM correio interno da companhia. Transporta documentos da
respetiva companhia aérea

10.ULD (Unit Load Device)


São unidades de carregamento para bagagem, carga e correio. Existem unidades de carregamento específicas
para cada tipo de avião, sendo que os seus conteúdos são identificados com uma etiqueta.
Qualquer unidade tem que estar nas devidas condições de maneira que não impeça o seu carregamento no
avião.

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10.1. Tipos de ULD´s

• Contentores simples ou duplos


Todos os contentores simples ou duplos têm uma base em alumínio. A estrutura é de plástico, cartão ou
alumínio, com porta.
• Paletas ou meias paletas

Todas as paletas/meias paletas têm redes para acondicionamento do seu tráfego.

10.2. Tipos de Equipamento de Suporte

Todas as unidades de carregamento têm equipamento de suporte para serem transportadas:

• Traillers – Equipamento para transporte de Paletas e Contentores duplos;

• Dollies – Equipamento para transporte de meias paletas e Contentores.

10.3. Unidades Vazias

São transportados contentores vazios nas seguintes situações:

• Por necessidade de reforçar o stock de contentores da escala de destino;

• Pelo facto da companhia aérea ter adotado a política de operar sempre em full-fit, isto é, com todas
as posições de carregamento preenchidas.

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10.4 Diagrama de ULD´s

Alguns exemplos:

Exemplo 1

Exemplo 2

11. EQUIPAMENTOS DE SUPORTE

11.1. Dollies, Trailer.

Equipamentos utilizados para o suporte de tráfego.

11.2. Carros

Equipamento utilizado para o acondicionamento e transporte do deadload a granel. Existem para o efeito
carros específicos para AVIH´s, e correio.
O tráfego (bagagem, carga e mail) não pode permanecer no pavimento da placa

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12. PLANO DE CARREGAMENTO - Loading Instruction Report (L.I.R.)


O L.I.R. é o documento que permite o carregamento do avião de acordo com o deadload reservado para essa
aeronave.
Existem dois tipos de planos de carregamento:

12.1. Automático

Plano de carregamento elaborado mecanograficamente pelo sistema utilizado pela área de load control.

12.2. Manual

Recorre-se a este tipo de documento, elaborado manualmente pelo load control, por falha de sistema
informático ou a pedido da companhia aérea.
13. RELAÇÃO ENTRE AS ÁREAS DE ASSISTÊNCIA.

13.1. Load control

É o sector que recebe e gere a informação recebida das diferentes áreas, necessária para a elaboração do
L.I.R. (loading instruction report).

Cumprindo todos os requisitos operacionais e de segurança, e com indicações precisas, o L.I.R. é enviado para
a Área de Placa que procederá ao carregamento do avião em conformidade.

Após o carregamento do avião de acordo com o L.I.R., é da responsabilidade do load control emitir a loadsheet
(folha de carga, que contém os elementos respeitantes aos pesos do avião e do deadload carregado e sua
distribuição), para ser entregue ao comandante. A cópia do L.I.R. e da loadsheet devem ser arquivadas de
acordo com as normas IATA.

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• Bagagem - O terminal de bagagem recebe e procede à triagem da


bagagem para ser enviada para o avião, para posterior carregamento pela
Área de Placa, que obedecerá às instruções contidas no L.I.R.

• Carga - O terminal de carga procede ao envio da carga para o avião, para


posterior carregamento pela Área de Placa, que obedecerá às instruções
Load control contidas no L.I.R.

Relação entre • Correio - O terminal dos correios procede ao envio do correio para o avião,
setores
para posterior carregamento pela Área de Placa, que obedecerá às
instruções contidas no L.I.R.

• Catering - É a empresa que fornece as refeições de determinado voo. Deve


obedecer as normas de segurança e limites de tempo.

• Check in.

Deve-se obedecer a normas de segurança e limites de tempo.

14. PONTOS DE SERVIÇO DO AVIÃO


O avião dispõe de recetáculos para diversos serviços quando em escala.
Os pontos de serviço do avião diferem, quanto à sua localização, em função do tipo de avião.

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Efetividade: 01.03.2022

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• GPU/GPS - Ponto de serviço do avião onde são ligadas as unidades


geradoras de energia, quando este se encontra em terra.

• Ar condicionado - O avião está equipado com este sistema para que,


quando em terra e se possível, o seu próprio ar condicionado seja
substituído por um externo.

Pontos de Serviços • Pneumáticos - Em caso de avaria, o avião tem um ponto de serviço onde
irá ser ligada uma unidade para auxiliar o arranque dos reatores.

• Abastecimento - Ponto de serviço onde são ligadas as mangueiras dos


carros de combustível para proceder ao abastecimento.

• Água potável - As aeronaves têm depósito de água potável para fazer face
a todas as necessidades durante o vôo. Esse depósito é abastecido através
deste ponto de serviço.

• Despejos - As aeronaves têm depósitos para receber as águas dos serviços


das casas de banho. É através deste ponto de serviço que as mesmas são
descarregadas do avião.

15. EQUIPAMENTO DE PLACA

Sempre que é utilizado um equipamento, o operador deve testá-lo e assegurar-se de que está em perfeitas
condições de funcionamento.

Cada avião tem áreas específicas na sua estrutura particularmente suscetíveis de serem danificadas pela
operação dos diversos tipos de equipamento, requerendo uma atenção muito especial.

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• Calços - Equipamento colocado nas rodas das aeronaves, para


manter o avião imobilizado. Este equipamento pode ser feito de
diversos materiais (borracha, madeira, etc.).
• Gerador GPU/GPS - Equipamento utilizado para fornecer
energia/corrente em substituição do sistema do avião (APU), sendo
que estas unidades podem ser motorizadas ou rebocadas.
• Cones refletores - Podem ser de plástico ou de borracha e são
utilizados para sinalizar as áreas de perigo do avião.
• Escada - Equipamento utilizado para o embarque e desembarque de
passageiros, e para acesso ao main deck do PNT, PNC, agentes de
handling, equipas de limpeza, manutenção, cabin dressing, etc.
• Autocarros - Equipamento utilizado para o transporte de
passageiros, PNT e PNC.
• Tapete - Equipamento munido de uma cinta de transporte que serve
para encaminhar o deadload durante as operações de
carregamento/descarregamento para os porões a granel.
Equipamentos de placa • Loader - Equipamento que serve para o
carregamento/descarregamento de ULD’s nos porões
contentorizados.
• Transporter - Unidade que é utilizada para a transferência de
contentores/paletas dos equipamentos de suporte para o loader e
vice-versa.
• Ar Condicionado (AC) - Equipamento que faz a refrigeração do ar do
avião, em caso de inoperacionalidade do sistema do mesmo ou a
pedido do representante da companhia.

• Air Starter - Em caso de inoperacionalidade do sistema da aeronave


(APU) este equipamento é utilizado para arranque dos reatores.

• Trator (Push)/ Lança - Trator que faz o reboque da aeronave com o


auxílio de uma lança, que liga a aeronave ao trator (empurra/puxa).

• Trator (Push) sem lança (Kalmar, PTS) - Trator que faz o reboque da
aeronave sem o auxilio de lança, uma vez que o próprio trator
encaixa no trem da frente do avião.

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16. POSIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PLACA

16.1. Estacionado ou em bolsa

Existem nos aeroportos áreas de parqueamento de equipamento de placa nas imediações dos stands, que
estão delimitadas no solo por duas linhas paralelas, uma linha branca e outra vermelha.

O equipamento, quando estacionado ou em bolsa, não deve obstruir o acesso da aeronave ao stand e deve
encontrar-se desligado e travado.

Na movimentação do equipamento de assistência, as guias laterais de proteção devem permanecer na


posição retráctil até ao seu posicionamento no avião. Após colocação no avião devem ser estendidas e/ou
abertas.

Quando possível, o reboque do equipamento de assistência para uma posição próxima ao avião deve admitir:
- Condução num percurso que não exija alterações súbitas de direção;
- Aproximação e o estacionamento com orientação paralela à fuselagem do avião.

Em condições meteorologias adversas (ventos fortes) retirar todo o equipamento que não seja essencial á
assistência ao avião, os equipamentos de suporte (Traillers, Dollies e carros) devem ser atrelados e removidos
para a bolsa. Remover todos os ULD vazios dentro do perímetro do avião.

16.2. Em operação de encosto ao Avião

O equipamento deve ser testado antes de se iniciar a aproximação à aeronave, dando particular atenção
quando o piso se encontra molhado, devido à diminuição da aderência do equipamento ao solo.
Quando o piso se encontra molhado, o operador deve ter redobrada atenção ao calçado, de modo a evitar
um incidente/acidente.

NOTA: em caso algum os equipamentos de assistência posicionados no avião podem ser abandonados com o
motor ligado.

16.3. Encosto / Desencosto – Sinaleiro

Em determinados equipamentos (escadas, carro de água potável, carro de despejos, etc.) é obrigatório o
auxílio de sinaleiro durante a manobra de encosto / desencosto.

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Deve-se alinhar o equipamento com a aeronave o mais distante possível do avião.


O operador das escadas de passageiros faz uma paragem completa antes de entrar na ERA ou a 5 metros da
aeronave. Esta ação tem de ser feita mesmo que não exista uma linha a delimitar a ERA.

Nunca se deve proceder ao encosto de material à aeronave sem se verificar se existe algum dano na mesma.
Em caso afirmativo, o operador deve interromper a manobra, avisar o seu superior hierárquico e, só após a
competente verificação, proceder ao encosto do equipamento.

O operador deve certificar-se de que as rodas do equipamento ficam direitas.

Na operação de desencosto, o operador deve verificar se o percurso a efetuar está desimpedido.


O operador deve parar, se em qualquer momento da aproximação ou da retirada, não conseguir efetuar a
manobra em segurança.

Os equipamentos (GSE) munidos de plataformas elevatórias, estão proibidos de circular com as plataformas
levantadas. As plataformas só poderão ser acionadas junto do avião, para que fiquem em posição e permitam
o carregamento / descarregamento de tráfego e /ou no embarque / desembarque de passageiros.

A circulação de equipamento deverá processar-se com os componentes móveis recolhidos, devendo estes ser
apenas acionados na fase final da aproximação ao avião para ajuste ao ponto de encosto no avião.

Quando se tratar de equipamento com plataformas elevatórias, estas têm de se encontrar na posição de
arranque inicial.
• Tapete – não é permitido colocar a extremidade dianteira do tapete dentro dos porões, devendo a
mesma ficar de fora, a fim de prevenir riscos de eventuais danos na estrutura dos aviões. Não é
permitido ajustar o tapete durante a movimentação.

Nota: é obrigatório a imobilização dos tapetes com dois calços nas rodas de trás do lado direito.

• Loaders – dada a proximidade com pontos muitos sensíveis do avião, como as asas e/ou os reatores,
a acostagem dos loaders deverá processar-se com o maior cuidado e precaução.

Após efetuar a acostagem à fuselagem do avião, o loader só deverá ser movimentado após finalização do
descarregamento/carregamento, sendo sempre recomendável o uso de transporter ou, em alternativa, a
acostagem direta dos dollies ou trailers, evitando-se assim a sua constante movimentação, designadamente
no que respeita à operação de aproximação e ajuste à porta do porão.

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• Transporters – a operação deve limitar-se ao papel de intermediário entre dollies /trailers e loader.
Não é permitido utilizar transporters para empurrar contentores e/ou paletas.

O parqueamento do equipamento de assistência (GSE), após a sua utilização, deve reger-se pelas seguintes
normas:

• Parquear apenas nas zonas identificadas para o efeito (ERA- Equipment Restraint Area)
• Parquear de modo a que não obstrua o acesso ao equipamento anti-fogo;
• Parquear de modo a que não obstrua o acesso ao corte de emergência dos pontos de abastecimento
de combustível;
• O equipamento deve ficar com os travões aplicados a com a alavanca de velocidades na posição
“desengatado”.
A fim de se proceder à confirmação da passagem ou corte de energia do GPU para o avião pode ser utilizada
a sinalética que se segue:

Ligar: Desligar:

16.4. Procedimentos

O operador deve certificar-se das condições do equipamento antes de iniciar a operação.


A velocidade do equipamento deve ser a equivalente á velocidade de uma pessoa a andar.
As operações com os equipamentos de assistência envolvem obrigatoriamente:

• O fluxo da movimentação dos equipamentos de assistência, deve, quando possível, respeitar o


sentido horário – “ponteiros do relógio”.

• A aproximação deverá processar-se sempre em linha reta e na perpendicular relativamente ao bordo


da porta do porão;

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É proibido conduzir equipamentos munidos de plataformas elevatórias, com as mesmas elevadas.

16.5. Arranque de pneumáticos

Quando uma aeronave tem uma avaria no sistema de arranque de reatores (APU), mas que não é impeditiva
de operar, existe um sistema alternativo para iniciar o arranque dos reatores.
É acoplado ao avião o carro de arranque pneumático, Air Starter, que vai enviar ar quente sob pressão para
auxiliar o arranque dos reatores.

É uma operação que carece de coordenação entre o pessoal de terra e o comandante. Deve-se confirmar que
a ligação entre o equipamento e o avião se encontra bem-feita. O início e fim desta operação só devem ter
lugar após ordem do PNT.

Esta operação é efetuada em simultâneo com o GPU/GPS.

Deve prestar-se atenção redobrada neste tipo de operação, visto esta ser efetuada nas proximidades dos
reatores (área de jato e sucção).

16.6. Emergências do equipamento

Todo o equipamento de placa está equipado com um botão de emergência, de cor vermelha, colocado junto
dos painéis de controlo.

Em caso de emergência, o operador deve pressionar este botão para a paragem imediata do equipamento
assim como de todas as suas funções.

17. ASSISTÊNCIA EM ESCALA

17.1. Chegada

17.1.1. Pré Chegada


Nesta fase da assistência deve ter lugar a preparação do equipamento e do stand pelos operadores, tendo
em consideração o tipo de avião e as suas necessidades de equipamento.

Deve também ser fornecida informação do deadload de chegada aos operadores, para uma gestão mais eficaz
dos recursos.

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17.1.2.FOD (Foreign Object Damage)


É da responsabilidade dos agentes de handling limpar e manter limpo o stand onde o avião vai ser parqueado.
Em cada stand existe um recetáculo para recolha de detritos indiferenciados.

17.1.3 Desembarque
Após a chegada do avião ao stand, é desejável um desembarque rápido em que se cumpram todos os
requisitos de segurança.
Com a chegada da aeronave ao stand, após a sua imobilização e luzes anti colisão desligadas, procede-se á
colocação de calços no trem de proa e central liga-se GPU/GPS.

Em aviões com APU OFF deve-se ter especial atenção:

1. Colocação de calços no trem da proa


2. Conectar o GPU/GPS
3. Colocação de calços no trem central
4. Proceder á restante operação

17.1.3.1. Maca / Incubadora


São equipamentos usados em condições especiais para transporte de doentes acamados (maca) ou recém-
nascidos (incubadora).
O seu posicionamento no main deck depende das especificidades das diferentes companhias de aviação.
Após o desembarque dos passageiros, os operadores envolvidos na operação deverão subir ao main deck
para a desmontagem e respetiva remoção do equipamento.

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17.1.3.2. Objetos esquecidos a bordo / Achados


Deverão ser entregues ao superior hierárquico, com a maior brevidade possível, todos os objetos encontrados
nos porões durante a operação de descarregamento.

17.1.4. Descarregamento
17.1.4.1. Colocação de material para descarregamento
Após o parqueamento e o encosto de material ao avião, o operador deve proceder à correta colocação do
equipamento para o descarregamento da aeronave tendo sempre em conta as normas de segurança.

17.1.4.2. Princípios básicos de descarregamento


O operador deve conferir o tráfego pelo CPM/LDM, recolher números dos ULD´s e quantidades de todo o
tráfego a granel.
Após a contagem, se existir deadload em falta, reportar ao superior hierárquico.

O operador deve proteger sempre todo o deadload de condições climatéricas adversas. É obrigatória a
abertura de todos os porões, mesmo que os mesmos venham vazios (NIL).

Efetuar, obrigatoriamente a verificação cuidada dos porões antes do fecho dos porões, a fim de confirmar:

• O estado do pavimento, paredes e teto do porão;

• A existência de derrames no porão;

• Se o sistema mecanizado do avião está operativo e todos os seus componentes (exemplificando


travamento e redes, etc.) estão presentes, bem como os respetivos travões e guias na posição correta.
Em caso de avaria ou ausência, tal situação é comunicada ao TTAE de Placa que, por sua vez, assegura
a participação à Companhia aérea.

• O descarregamento completo dos porões.

• Verificar se no bulk não existem envelopes com documentação e/ou material de amarração;

Informar, de imediato o TTAE sempre que se verifiquem situações anómalas, nomeadamente porões sujos,
derrames, mau funcionamento dos sistemas de encaminhamento/travamento de ULD’s, entre outros, para
que sejam acionadas atempadamente, as devidas intervenções dos respetivos serviços
(Limpeza/Manutenção).

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Efetividade: 01.03.2022

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17.1.4.3. Prioridades
Salvaguardando a prioridade atribuível à bagagem em transferência, as bagagens identificadas com etiqueta
de Prioridade, UM ou Incapacitado, serão descarregadas separadamente e antes da restante bagagem,
seguindo de imediato para o Terminal.
As cadeiras de rodas, quando solicitadas pelo pessoal da My Way serão posicionadas pelo pessoal de placa:
• Junto da escada do avião, no caso de aviões fora de manga;
• Junto da porta do avião no caso de aviões em manga.

A bagagem de mão (DAA) é prioritária e deve ser entregue de imediato pelos OAE aos passageiros junto da
porta da aeronave.

Bagagem, Carga e Correio – Não é permitido colocar tráfego descarregado no pavimento. Todo o tráfego
deve, obrigatoriamente, ser colocado em carros.

Na operação de descarregamento devem ser observadas as seguintes prioridades:


Os responsáveis pelo descarregamento da bagagem asseguram que:

As seguintes prioridades de descarregamento ou as definidas pela Companhia Aérea são respeitados,


conforme aplicável:
1. Bagagem Delivery At Aircraft (DAA).
2. Bagagem em Transferência.
3. Bagagens com etiqueta de Prioridade.
4. Bagagem de UM e PMR.
5. Outras bagagens.

Nota: esta sequência poderá ser alterada por razões de segurança (tipping).

17.1.4.4. Segurança de porões


Finalizado o descarregamento do avião, o operador deve verificar se os porões se encontram totalmente
descarregados. Se verificar a existência de objetos (detritos) deverá retirá-los, colocando-os em recipiente
apropriado.

Caso sejam objetos que suscitem dúvidas deve ser alertar o seu superior hierárquico.
Se o avião for abandonado após o descarregamento, os porões deverão ser fechados e retirado todo o
equipamento.

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Efetividade: 01.03.2022

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17.1.4.5. Acidentes / Incidentes


Durante a operação de descarregamento, o operador deve cumprir todas as normas de segurança de modo
a evitar a ocorrência de acidentes/incidentes com o avião, equipamento de terra, pessoal e passageiros.

17.2. Partida

17.2.1 Segurança nos porões


Ao abrir os porões o operador deve verificar se estes se encontram vazios e livres de objetos. Se tal não se
verificar, o operador deve proceder à sua remoção “detritos” para poder iniciar o carregamento.

Caso sejam objetos que suscitem dúvida, deverá informar superior hierárquico.

17.2.2. Carregamento
17.2.2.1. Colocação de material para carregamento
É da responsabilidade dos operadores colocar antecipadamente o equipamento, consoante as necessidades
de carregamento do avião para a efetivação do mesmo em tempo útil.
17.2.2.2. Princípios básicos de carregamento
• Conferir o tráfego pelo L.I.R. e anotações especiais;

• Nos aviões contentorizados, respeitar as etiquetas, o acondicionamento do tráfego, verificar o bom


estado das portas e do contour dos ULD´s;

• Nos voos a granel, efetuar uma distribuição equilibrada dos volumes (pesado no fundo, mais leve por
cima), se possível;

• Todo o deadload tem de ser contado separadamente (bagagem, carga, correio) para posterior
verificação;

• Nos porões a granel, todas as redes têm de ser sempre colocadas e esticadas mesmo que os porões
sigam vazios;

• Enquanto não é efetivado o seu carregamento, devemos proteger o deadload de condições


climatéricas adversas.

17.2.2.3. Prioridades de carregamento


Deve ser respeitada a seguinte sequência de carregamento de uma aeronave, para que à chegada ao destino
se possam cumprir as prioridades de descarregamento:

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1. Carga
2. Correio
3. Bagagem
Nos voos com mais do que uma escala, a distribuição do deadload deverá ser feita por destinos, para que haja
um acesso direto ao tráfego evitando assim um reload.

17.2.2.4. Triagem de bagagem à partida


Cada companhia aérea tem os seus próprios procedimentos quanto à triagem da bagagem. O agente de
handling deve proceder de acordo com as indicações da companhia aérea.

17.2.2.5. Bagagem retirada à porta


Bagagem que devido à sua dimensão/peso não pode ser transportada na cabina. É-lhe colocada uma etiqueta
manual e é enviada para o porão, sendo carregada com a restante bagagem (limited released).

17.2.2.6. Abastecimento
Durante a operação de abastecimento, o carro de combustível não poderá ser bloqueado por qualquer tipo
de equipamento ou pessoas.
Durante esta operação deverá existir sempre um extintor nas imediações.

17.2.2.7. Acidentes/Incidentes
Durante a operação de carregamento, o operador deve cumprir todas as normas de segurança de modo a
evitar a ocorrência de acidentes/incidentes com o avião, equipamento de terra, pessoal e passageiros.

17.2.3. Embarque

17.2.3.1. Maca / Incubadora


O pedido de montagem de uma maca/incubadora, deverá ser feito com a devida antecedência para que sejam
cumpridos os tempos estabelecidos para a montagem deste tipo de equipamento.

17.2.3.2.FOD (Foreign Object Damage)


Após o avião sair do stand, deve ser verificada a existência de detritos e, em caso afirmativo, devem ser
removidos e colocados nos recetáculos existentes para o efeito.
17.2.4. Rotações

17.2.4.1. Abastecimento de combustível com passageiros a bordo


O pessoal de assistência deverá ser avisado sempre que se proceda a um abastecimento de combustível com
passageiros a bordo.

O extintor deverá ser aproximado da viatura de abastecimento.

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Quando parqueada numa posição com ponte telescópica, a aeronave não necessita de outra escada, mas
uma das portas tem de estar preparada para, em caso de emergência, ser ativada a manga da porta.
Quando parqueada em stand sem ponte telescópica, a aeronave terá sempre de ter duas escadas encostadas
e as respetivas portas abertas.

Durante o abastecimento, os passageiros que se encontrem dentro do avião não poderão em caso algum
utilizar o telemóvel.

Os operadores devem ter o cuidado de manter desobstruída a área de atuação das mangas de emergência
das portas, assim como devem ter o cuidado de não obstruir a saída do carro do abastecimento em caso de
emergência.

17.2.5. Trânsitos

17.2.5.1. No mesmo avião


Nestes casos, o tráfego e os passageiros não mudam de aeronave.

Devem ser mencionadas no LIR quaisquer alterações que, devido ao tipping, tenham de ocorrer nas posições
do tráfego e/ou passageiros.

17.2.5.2. Mudança de equipamento (Avião)


Nestes casos, por razões operacionais, o tráfego e os passageiros mudam de aeronave.

No Main-Deck e Lower-Deck poderá haver também alterações no caso de ser outro modelo de avião.
As respetivas alterações / anotações serão mencionadas no LIR.

Em ambos os casos, a rotação nunca poderá pôr em causa a segurança.

17.2.6. Night – Stop


Voos que, por razões operacionais ou comerciais, efetuam uma paragem noturna.

17.2.6.1. Procedimentos
Chegada
Trata-se de voos que requerem procedimentos de segurança acrescidos, tais como a retirada de todo o
equipamento de assistência, incluindo escadas e mangas. As portas da cabina e porões serão fechadas por

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pessoal da manutenção e assistência respetivamente, e que colocarão selos de segurança nas mesmas para
posterior controlo.

Partida
Ao encostar o equipamento, o operador deve verificar se os selos estão intactos e fazer o respetivo controlo.
Os selos dos porões serão retirados pelo pessoal de placa, enquanto os selos das portas da cabina serão
retirados por quem procede à sua abertura (Manutenção, PNT ou PNC).

17.2.7. Escalas Técnicas


Voos de treino - Voos destinados ao treino do P.N.T.
Voos de posição - Voos que à chegada ou partida, só operam com P.N.C. e P.N.T., podendo haver necessidade
de, por motivos operacionais, descarregar/carregar ULD´s vazios e catering.
Voos de ensaio - Voos realizados quando a aeronave se encontra em manutenção.

18. BAGAGEM

18.1. Cabine

A bagagem de cabina é a bagagem que é transportada pelo passageiro na cabina, e à sua inteira
responsabilidade.

As Companhias Aéreas estabelecem um peso e volume máximo para este tipo de bagagem.

Existem restrições quanto ao transporte de determinados produtos/objectos na cabina, devido a normas de


segurança impostas pelas autoridades com competência para regular a segurança de voo.

18.2. Porão

É da responsabilidade da transportadora aérea, toda a bagagem transportada para a qual foi emitida uma
etiqueta e respetivo talão de identificação e que é carregada nos porões do avião, não ficando à disposição
do passageiro durante o voo.

18.3. DAA – Delivery at aircraft

Bagagem que acompanha o passageiro até ao avião, e que por várias razões (formato, falta de espaço na
cabina, etc.), é enviada para o porão.

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Efetividade: 01.03.2022

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A bagagem DAA recebe etiqueta de identificação e deve ser sempre carregada o mais próximo possível da
porta do porão, para uma mais rápida entrega em mão ao passageiro, após chegada ao destino, junto ao
avião (Ex: Cadeira de rodas; Carrinhos de Bebé).

18.4. Courier

Bagagem que, devido à natureza urgente do seu conteúdo, tem o acompanhamento de uma pessoa
responsável pela mesma desde a origem até ao destino, com o intuito de assegurar que a mesma seja
rapidamente desalfandegada e entregue ao seu destinatário.

18.5. Excesso de Bagagem

Bagagem, cujo peso e/ou volume ultrapassa os limites permitidos pela transportadora aérea para cada
passageiro. Poderá ser transportada mediante pagamento suplementar.

18.6. Separação de Bagagem

A triagem da bagagem é sempre feita em função do tipo de bagagem:

Tipos de Bagagem
• Bagagem local (Point to Point)
• Bagagem em Transferência – bagagem que chega num voo e continua noutro voo da
mesma companhia ou outra, dentro de um limite de tempo estabelecido.
• T2T – Tail to Tail, Bagagem em transferência que segue diretamente para o voo
seguinte.
• Bagagem em Trânsito – bagagem que chega num voo e continua no mesmo número de
voo.

Nota: Tanto na bagagem local como em transferência, existem etiquetas suplementares para um melhor
tratamento na respetiva separação e manuseamento (ex: BC, Incapacitados, Heavy, UM, Short).

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18.7. Códigos de Bagagem

Alguns exemplos dos códigos de bagagem existentes:

BF / BJ – Bagagem local de 1ª Classe e / ou prioritária (Emirates)


BP – Bagagem prioritária (TAP)
BC /BJ – Bagagem local de Classe Executiva
BY – Bagagem local de Classe Económica
BT – Bagagem em Transferência
BH – Bagagem Hot connection (Lufthansa)
BS – Bagagem Short connection
TB – Bagagem em Transito
D – Bagagem de tripulação

18.8. Tratamento Especial de Bagagem

Bagagem Prioritária (BP) - Trata-se de bagagem que recebe um tratamento diferenciado e cujo carregamento
é destacado da restante bagagem.
UM (menores não acompanhados) - Bagagem de crianças que viaja desacompanhada sob a responsabilidade
e supervisão da companhia aérea.
PRM - Bagagem de passageiros de mobilidade reduzida.
Crew Bag - Bagagem pertencente a um tripulante em serviço.
Cadeiras de Rodas - Existem diversos tipos de cadeiras de rodas consoante o grau de incapacidade e cadeiras
de rodas com ou sem motorização.
Este equipamento devido à sua importância para o passageiro, deverá ser manuseado e transportado com o
máximo cuidado.
Na entrega deverá ser sempre respeitada a ordem de prioridades.
Expedite Rush - Bagagem não acompanhada. Bagagem que devido a irregularidades na origem ou numa das
escalas (Multi-Sector) não acompanhou o passageiro, e que deverá ser enviada para o destino com a maior
brevidade possível.

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Efetividade: 01.03.2022

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AVIH´S - São animais de estimação que acompanham o passageiro ou que vão como carga.
Devem ser colocados dentro de caixas apropriadas para o seu transporte (canis, gaiolas, etc.), segundo as
normas internacionais (IATA).
Existem caixas com a forma e estrutura adequadas para o transporte de cada tipo de AVI. Nunca deverão ser
submetidos à intempérie. Deverá ser evitada a sua exposição a ruídos extremos e o seu manuseamento deve
ser efetuado com o máximo cuidado.
Não se deverá alimentar ou dar água sem a prévia autorização do passageiro.
Em determinados países e em determinadas companhias aéreas, existem restrições para o transporte desta
bagagem (Live Animals Regulations).

Munições - Esta bagagem tem um acondicionamento próprio e é necessário colocar uma etiqueta de Limite
de Responsabilidade, uma etiqueta fire arm amarela além da própria etiqueta de bagagem.
Em determinados países e em determinadas companhias aéreas, existem restrições para o transporte desta
bagagem.
Comail (COM) - É um meio de transporte de documentação da companhia aérea (Sacos/Pastas), sendo
identificado por uma etiqueta e/ou saco específicos.
Standby - Bagagem pertencente a passageiro que se encontra em lista de espera, aguardando disponibilidade
de lugar.

18.9. Manuseamento e contagem

Como todo o tipo de deadload, a bagagem deve ser manuseada com o devido cuidado, e protegida da
intempérie. A bagagem deve ser sempre contada á chegada e á partida, de acordo com os procedimentos da
companhia.

18.9. Manuseamento e contagem

Como todo o tipo de deadload, a bagagem deve ser manuseada com o devido cuidado, e protegida da
intempérie.
A bagagem deve ser sempre contada á chegada e á partida, de acordo com os procedimentos da companhia
aérea e as suas especificidades na triagem da mesma e pode ser utilizado o sistema de reconciliação (BRS) em
algumas dessas companhias.

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Efetividade: 01.03.2022

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18.10. Bagagem danificada

Sempre que apareça uma bagagem danificada/violada nunca deve ser carregada sem antes ser informado o
responsável pelo voo.

19. ETIQUETAS

19.1. Bagagem

19.1.1. Etiquetas Automáticas e Manuais


As etiquetas automáticas são emitidas pelo sistema de controlo de partidas.

O sistema emite etiquetas point to point (bagagem local) ou interline (bagagem em transferência).

As etiquetas manuais são preenchidas manualmente, e têm o mesmo tratamento que as automáticas.
Ex: Para voos na UE (União Europeia) são utilizadas etiquetas tracejadas a verde; para voos fora da UE são
utilizadas etiquetas brancas.

19.1.2. Leitura de Etiquetas


A leitura das etiquetas faz-se sempre de baixo para cima, com a seguinte ordem de conteúdos:
• 2 Letras – código da companhia, seguido do nº de voo
• 3 Letras – código da cidade ou aeroporto
• 2 Letras/6 números – número de registo da etiqueta

19.1.3. Etiquetas Limited Release


Etiqueta produzida pelo sistema de controlo de partidas ou preenchida manualmente, sempre que o tipo de
bagagem o justifique, ou apresente anomalias, de modo a evitar que a companhia aérea fique sujeita a um
eventual pedido de indemnização.

19.1.4. Etiquetas Suplementares


São etiquetas que nos dão informação sobre os cuidados de separação e manuseamento da respetiva
bagagem.

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Efetividade: 01.03.2022

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Heavy Baggage tag – É colocada uma etiqueta de Heavy sempre que uma bagagem exceda o peso de 23 Kg,
(Normas IATA – Baggage Service Manual)
Executiva - É uma etiqueta de bagagem que obriga a um carregamento prioritário e destacado da restante
bagagem.
PRM – “Passengers with reduced mobility” Passageiros de mobilidade reduzida - Etiqueta que identifica a
bagagem de um passageiro de mobilidade reduzida, para que a mesma tenha um tratamento prioritário à
partida/chegada.
UM – “Uncommpanied Minor” / Menor Não Acompanhado - Etiqueta que identifica a bagagem de uma
criança que viaja não acompanhada, para que a mesma tenha um tratamento prioritário à partida/chegada.
Armas/Munições - Não existe uma etiqueta standard - cada companhia aérea criou uma etiqueta específica
para o seu transporte.
Cada país tem a sua regulamentação própria para o transporte de armas.
Certos países proíbem a identificação da bagagem que transporta armas, de modo a reduzir o risco de desvio
das mesmas.
Expedite (rush) Tag - Etiqueta manual ou automática que é emitida quando se verifica uma irregularidade na
origem ou na escala de transferência.
Crew (Bagagem de Tripulação – D) - Etiqueta que identifica a bagagem da tripulação, que tem a mesma
prioridade da bagagem prioritária (BC).

19.2. Etiqueta para ULD


Quando carregados com tráfego ou danificados, os ULD são identificados com uma etiqueta na bolsa que
está fixada no contentor ou que é disponibilizada na rede da paleta.

A Groundforce utiliza diversos tipos de etiquetas de ULD:

20. CARGA

20.1. Cargas especiais (Special loads)

Carga ou bagagem que pelas suas características (peso, dimensão, formato, etc.) requer ações específicas em
todas as fases da operação (aceitação, carregamento, descarregamento).

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Para o carregamento de certo tipo de carga, devido às suas características, tem de ser utilizado também
material isolante/absorvente (plástico, etc.).

20.2. Amarrações

O deadload de um avião em movimento viaja à mesma velocidade do avião.


Se essa velocidade varia subitamente, o deadload tenderá a continuar à velocidade e direções anteriores, a
menos que seja travado ou que não exista espaço físico para a sua deslocação.
Durante o voo, o peso de um deadload pode aumentar inúmeras vezes devido a essas variações de velocidade
e/ou direção. A esse fator de mudança dá-se o nome de fator G (gravidade).
As forças existentes dentro de um avião são: ascendentes, dianteira, traseira e laterais. Estas forças têm de
ser contrariadas através da amarração.

Serão efetuadas amarrações sempre que os volumes tenham as seguintes características:

• Peso igual ou superior a 150kg (hea);


• Peso entre os 50kg e os 150kg, se o compartimento ou o ULD não se encontrar cheio;
• Volumes com um peso inferior, a 50kg, mas com uma densidade superior 240kg/m3 (ex: moldes para
industria).

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Existem special loads que necessitam de amarração, não pelo seu peso, mas por outras características, por
Ex: AVI (animais vivos), LHO (órgãos humanos vivos e sangue), RRY (material radioativo).
Para a efetivação de uma amarração deve ser utilizado o seguinte material: cordas ou precintas e grampos.

20.3. Plataformas

A utilização de plataformas tem por objetivo distribuir o peso de um volume por uma área maior a fim de
proteger o pavimento/estrutura do compartimento.

São executadas plataformas sempre que o peso do volume por m2 exceda o limite estrutural da aeronave.
Para uma correta distribuição do peso por toda a plataforma, as tábuas utilizadas na sua realização devem
ter uma espessura e um comprimento semelhantes e devem ser sempre colocadas no sentido do voo (fwd).

Os operadores, ao escolherem as dimensões da plataforma, deverão ter em conta que os olhais/calhas e os


travões dos ULD´s não podem ser obstruídos, porque desta forma inviabiliza-se uma amarração eficaz.

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20.4. Incompatibilidades

Existem determinados tipos de carga que, devido à sua natureza, não podem ser carregados próximos uns
dos outros, por ex: AVI (animais vivos) com EAT (produtos alimentares), HUM (restos humanos) com PEP
(frutos e vegetais).

Em aviões a granel, não devem ser carregados no mesmo compartimento.

Em aviões contentorizados, podem ser carregados no mesmo compartimento, mas em uld´s separados.

Todas as incompatibilidades estão descritas no manual IATA – Baggage Services Manual.

20.5. Carga danificada

Sempre que for encontrada uma carga danificada à partida, deverá de imediato ser dado conhecimento desse
facto ao responsável do voo.

Se for considerada em condições para embarque, devem ser salvaguardados todos os requisitos de segurança
da própria, do restante deadload, dos operadores e da aeronave.

Se não estiver em condições para embarque, deve ser retirado o volume da área do avião e entregue aos
serviços de carga. O LIR deve ser retificado em conformidade.

Sempre que for encontrada uma carga danificada à chegada, deve ser separada, e deverá de imediato ser
dado conhecimento desse facto ao responsável do voo, que procederá à recolha de todos os dados da referida
carga (nº da carta de porte) para reportar no check-list.

20.6. Derrames

Em caso de derrame, aplicam-se todos os procedimentos estabelecidos para a carga danificada.

Deve identificar-se qual o volume que provocou o derrame para determinar a natureza do mesmo. No caso
de substâncias perigosas, o operador deve afastar-se da área até a situação estar normalizada.

Deve ser avisada a manutenção sobre o tipo de derrame, quando no porão, para determinar qual a ação a
tomar.

Deve-se ainda mandar proceder à limpeza dos compartimentos afetados pelo derrame.

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20.7. Manuseamento e contagem

Toda a carga deve ser manuseada com o devido cuidado.

Devem ser respeitadas todas as orientações de carregamento, identificadas por marcas ou etiquetas.

Toda a carga à chegada/partida tem de ser contada para confirmação de dados.

21. CORREIO

21.1. AV7

Trata-se do documento onde consta a informação relativa ao número de sacos e peso dos respetivos correios.

O tráfego de correio destinado a um voo tem sempre de ser acompanhado desta documentação.

21.2. Prioridades

O correio tem as seguintes prioridades:

1º LC (lettres et cartes) ;

2º AO (autres objects);

3º EMS (express mail service).

Nota: Não excedendo os allots (quantidade de deadload permitida para um determinado voo).

21.3. Manuseamento e contagem

Todo o correio deve ser manuseado com o devido cuidado e contado tanto à chegada como à partida para
posterior conferência.

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22. PONTES TELESCÓPICAS


Equipamento aeroportuário destinado ao embarque/desembarque de passageiros.

Este tipo de equipamento pode ser operado pela autoridade responsável pela gestão aeroportuária ou por
um agente de handling, após formação adequada.

Nos stands com este tipo de equipamento, o parqueamento das aeronaves tem de ser muito mais preciso.

23.COMUNICAÇÕES

23.1. Alfabeto fonético

Nas comunicações deverá ser sempre utilizado o alfabeto fonético.

A ALFA AL FAH N NOVEMBER NO VEMM BER

B BRAVO BRA VO O OSCAR OSS KAR

C CHARLIE CHAR LI P PAPA PAH PAH

D DELTA DEL TAH Q QUEBEC KE BEK

E ECHO EK O R ROMEO RO MIO

F FOXTROT FOX TROTT S SIERRA SI ER RAH

G GOLF GOLF T TANGO TANG GO

H HOTEL HO TELL U UNIFORM YOU NI FORM

I INDIA IN DI AH V VICTOR VIK TOR

J JULIETT DJOU LI ETT W WHISKEY OUISS KI

K KILO KI LO X X-RAY EKSS REI

L LIMA LI MAH Y YANKEE YANG KI

M MIKE MA IK Z ZOULOU ZOU LOU

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23.2. REGRAS DE CONDUTA

As comunicações devem ser sempre claras, precisas e transmitidas no mínimo tempo possível.

Deverá haver identificação por parte do emissor e do recetor antes do início da conversação.

VII. GLOSSÁRIO

Abafadores – Equipamento auricular de proteção.


Air starter – Equipamento utilizado para arranque de reatores.
Allot – Espaço reservado para passageiros, correio, carga.
Amarração – Termo utilizado para descrever a fixação do deadload de modo a contrariar as forças de
gravidade.
Bagagem – É pertence dos passageiros, bem como o seu conteúdo.
Beacon – Luz anti colisão.
Berço – Estrutura existente para fixação da incubadora na cabina.
Bulk – Carregamento peça a peça.
Cabina – Parte do avião geralmente utilizada para transporte de passageiros.
Cabin dressing – Serviço de mudança da “roupa da cabina”.
Calçado com biqueira de aço – Calçado de proteção.
Calços – Equipamento utilizado para manter o avião imobilizado em terra.
Carta de porte – Documentação da carga.
Catering – Serviço de abastecimento de refeições.
Check-in – Aceitação de passageiros e respetiva bagagem.
Colete – Equipamento individual utilizado para uma melhor visualização do operador.
Comail – Correio da companhia.
Combi – Avião que transporta passageiros e deadload no main deck.
Cones reflectores – Destinam-se a identificar e delimitar zonas de perigo e segurança.
Contentor – Uld utilizado para acondicionamento e transporte de deadload.

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Contour – Máximo contorno a ser respeitado numa secção transversal do avião para efeitos de carregamento
e uld´s.
Courier - Tipo de bagagem que é acompanhada por uma pessoa responsável pela mesma da origem ao
destino.
Crew – Tripulação de um voo.
Deadload – Todo o tipo de tráfego transportado num avião (bagagem, carga, correio).
Dollies – Equipamento não motorizado para transporte de uld´s.
Escada – Equipamento utilizado para acesso à cabina.
Fator G – Fator de gravidade (mudança de aceleração/desaceleração), e direção.
Foreign object damage (F.O.D.) – Detritos indiferenciados.
Full fit – Posição preenchida/ocupada.
Granel – Carregamento/descarregamento peça a peça.
Handling – Prestação de serviços de assistência em terra.
Heavy – Volume considerado pesado.
Limited release – Etiqueta suplementar que serve para salvaguardar possíveis indemnizações.
Loader – Equipamento para carregamento/descarregamento de ULD´s.
Load control – Departamento que elabora toda a informação necessária para o
carregamento/descarregamento de um determinado voo, com base nas normas de segurança e operacionais.
Loadsheet – Documento que contem toda a informação de distribuição de peso tripulação, pantry (catering),
fuel, passageiros, bagagem, carga e correio e centragem de um avião.
Lower deck – Zona do avião correspondente aos porões inferiores que serve para o transporte de deadload.
Luz anti colisão – Luz de sinalização que serve para evitar colisões com o avião em terra e no ar.
Main deck – Zona do avião referente a cabina.
Manutenção – Equipas de trabalho de mecânicos de avião.
Multi sector – Voo com mais do que uma escala.
Narrow body – Avião com apenas um corredor na cabina.
Night stop – Voos que nos aeroportos, por razões operacionais ficam um determinado tempo (paragem
nocturna).
On job – Formação prática no local de trabalho.
On ground – Em terra.

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MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


Placa II Página: 60/70

Paletas –Uld utilizado para acondicionamento transporte de deadload.


Placa – Área operacional do lado-ar.
Plataformas – Estrutura criada com tábuas para aumentar a área de contacto, para suportar peso adicional.
Plataforma – Área destinada à assistência.
Poit to point – Voo só com uma escala.
Porões – Compartimento do avião destinado ao acondicionamento de deadload.
Redes de porão – Sistema de travamento utilizado em secções para imobilização/retenção de deadload
carregado a granel.
Redes de uld – Sistema utilizado para retenção/imobilização do deadload.
Reload – Mudança de deadload/uld de posição para efeitos de centragem.
Rush – Bagagem desacompanhada.
Short – Ligações curtas.
Special loads – Carregamento especial.
Stand – Área de parqueamento do avião.
Stand by – Autorização pendente.
TAG – Etiqueta.
Tapete – Veículo munido de cinta transportadora de deadload.
Tarmac – Ver stand.
Taxiway – Caminho de circulação destinado a aeronaves.
Tipping – Instabilidade provocada no avião em terra devido a uma incorreta distribuição do peso, que pode
levar o avião a assentar no chão.
Tráfego – Ver deadload.
Trailler - Equipamento não motorizado para transporte de uld´s.
Upper deck – Secção da cabina existente por cima do main deck.
Wide body – Avião com mais do que um corredor na cabina.

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MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


Placa II Página: 61/70

VIII. GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS

A/C – Avião

AVI – Animais vivos

AV7 – Documentação de correio

BAL – Lastro

COM – Correio da companhia

EAT – Produtos alimentares

FWD – Forward

HUM – Restos humanos

L – Left

N – No fit

PEP – Frutos e vegetais

R – Right

UM – Criança desacompanhada

X – Vazio

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MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


Placa II Página: 62/70

IX – CÓDIGOS DE CIDADES
Lisboa LIS

Porto OPO

Faro FAO

Funchal FNC

Porto Santo PXO

Horta HOR

Ponta Delgada PDL

Santa Maria SMA

Madrid MAD

Barcelona BCN

Paris ORY

Nice NCE

Londres LHR

Frankfurt FRA

Munique MUC

Bruxelas BRU

Newark EWR

Caracas CCS

Bissau OXB

Sal SID

São Tomé TMS

Maputo MPM

Luanda LAD

São Paulo GRU

Rio de Janeiro GIG

Recife REC

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MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


Placa II Página: 63/70

1.Códigos de países

Portugal PT

Espanha ES

França F

Brasil BR

Estados Unidos US

Alemanha A

2.Companhias Aéreas

Air France AF

Alitalia AZ

British Airways BA

Continental CO

Ibria IB

KLM KL

Lufthansa LH

TAP Portugal TP

Portugália NI

TACV VR

Sata Internacional S4

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MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


Placa II Página: 64/70

IX. GLOSSÁRIO DE SIGLAS

AC – Ar condicionado

APU – Aircraft power unit

CPM – Container pallet message

DAA – Delivery at aircraft

FOD – Foreign object damage

GPS – Ground power system

GPU – Ground power unit

GSE – Ground system equipment

IATA – International Air Transport Association

ICAO – International Civil Aviation Organization


ANAC – Autoridade Nacional de Aviação Civil
JAA - Joint Aviation Authorities

LDM – Load message

LIR – Loading instruction/report

O/G – On ground

PNC – Pessoal navegante comercial

PNT – Pessoal navegante técnico

PRM – Passenger with reduced mobility / passageiros de mobilidade reduzida

ULD – Unit Load Device

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MANUAL DE APOIO À FORMAÇÃO


Placa II Página: 65/70

X. BIBLIOGRAFIA

IATA Airport Handling Manual, 39ª edição, 2019


IATA Ground Operations Manual (IGOM) 8º edição 2019
Manual de Placa da Groundforce Portugal.
IBPMS Groundforce.

NOTAS DE CONCLUSÃO

Esperamos que este manual que colocámos à sua disposição seja uma ferramenta útil à sua aprendizagem e
sobretudo que o mesmo o ajude a compreender melhor a dinâmica do mundo da Aviação Civil e da Assistência
em Escala.

Os conceitos aqui apresentados (na sua maioria) estão em permanente evolução e por isso este manual
apenas reflete a teoria geral, sendo da responsabilidade do seu Formador aprofundar todas estas temáticas
e nalguns casos assegurar a ilustração de alguns conceitos aplicáveis à Escala onde irá exercer funções e
respetivas adaptações.

Sublinhe-se que apesar de ter estudado e ser agora detentor de um maior conhecimento em matéria de
Assistência de Placa, o que o permitirá exercer as suas novas funções, deverá procurar manter-se sempre
atualizado sobre procedimentos locais.

A formação das Pessoas não se esgota na sala de formação e em Aviação quanto mais se aprende mais se
vive.

A Groundforce Portugal tem ao seu dispor os meios necessários para que possa permanecer atualizado,
contando consigo para a prossecução do seu principal objetivo, o da “Excelência de serviço ao Cliente”.

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