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Disciplina: Físico-Química II
SÃO MATEUS
2021
1. INTRODUÇÃO
A realização de cálculos referentes a medições de dados experimentais é
crucial, pois serve como base para quaisquer futuros experimentos, visto que há
diversos métodos de obter-se um melhor resultado em busca de precisão e
exatidão.
Durante uma execução de medidas, o registro dos valores e o resultado
devem expressar o número de algarismos significativos corretamente, a fim de
evitar aproximações errôneas de uma grandeza. Estes buscam representar as
medidas realizadas indicando a sua precisão.
Ao expressar o resultado, o número de algarismos significativos deve ser
igual ao da parcela menos precisa, pois não se pode obter um resultado com
mais algarismos do que uma parcela menos precisa. Por exemplo:
3,4 + 1,432 + 0,065 = 4,9
Dessa forma, há casos em que se obtém uma medida precisa, mas pouco
exata, ou vice-versa, exemplificado na figura abaixo:
https://www.novus.com.br/Imagens/Precisao%20x%20Exatidao.jpg
2
Em suma, a precisão avalia a dispersão dos resultados entre ensaios que
podem variar de acordo com erros sistemáticos e instrumentais, e do próprio
observador. Enquanto a exatidão é a uniformidade entre o resultado obtido com
valor de referência.
À vista disso, existem métodos de medidas com a finalidade de alcançar
um resultado preciso e exato. Estes são:
1) Valor médio: Uma determinada amostra é medida N vezes e a partir disso
obtém-se o valor médio
(2)
( )
(3)
(4)
(5)
(6)
3
constante), tendo em vista que as medidas experimentais podem constar com
erros, como conceituado anteriormente.
Dessa forma, pode-se utilizar o método dos mínimos quadrados para
obter os coeficientes do polinômio de primeiro grau na equação da reta. Com a
finalidade de determinar a reta que melhor se ajusta ao conjunto de pontos e à
dispersão apresentada.
A melhor reta é obtida ao minimizar a soma dos quadrados dos desvios
dos valores de y em relação à reta calculada, ou seja, a distância dos dados (xi,
yi) à cada ponto (xi , a + bxi), conforme ilustrado abaixo:
http://www.decom.ufop.br/prof/marcone/Disciplinas/MetodosNumericoseEstatisticos/QuadradosM
inimos.pdf
(8)
em que:
4
(9)
Os seus respectivos desvios são calculados por:
(10)
(11)
(12)
5
2. OBJETIVOS
O estudo de noções básicas sobre a medição de dados experimentais é
crucial para quaisquer experimentos. Sendo assim, este relatório visa executar
os exercícios propostos em aula, por meio de métodos e fórmulas eficientes,
além de expor os resultados graficamente.
6
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Experimentos ΔneutHøm
m/kJ mol⁻¹
1 59,8
2 58,9
3 57,7
4 53,5
5 58,1
6 55,2
7 56,4
8 53,9
9 56,9
10 54,3
7
Tabela 2 – Compilado dos resultados obtidos a partir dos valores experimentais.
Distribuição da ΔneutHm
62
ΔneutHøm/kJ mol⁻¹
60
58
56
54
52
0 2 4 6 8 10 12
Experimentos
Índices de refração
1,444
índice de refração (n)
1,4435
1,443 n
Média
1,4425
0 2 4 6 8
Experimentos
8
ii. Refração molar do clorofórmio
A refratividade de uma substância, também denominada de refração
específica, r, é calculada pela equação abaixo:
(13)
Em que p = densidade e n = índice de refração
(14)
Em que p = densidade, n = índice de refração e M = massa molar
9
3.3. Tetracloreto de Carbono, pressão do vapor e temperaturas de
ebulição
Para execução desse exercício foram fornecidos os seguintes dados sobre
o tetracloreto de carbono:
Tabela 4 – Pressões de vapor do tetracloreto de carbono e suas respectivas temperaturas
de ebulição
10
0,0029 0,0029 0,0030 0,0030 0,0031 0,0031
0,1
0,05
-0,05
Ln(P/Po)
-0,1
-0,15
-0,2
-0,25
-0,3
y = -1724,2x + 4,9664
-0,35
R² = 0,9629
-0,4 1/T(K)
(15)
Com base nos dados da tabela 5, calcula-se a média dos logarítmicos
(P/PØ) e das temperaturas (K), resultando em
Ln(P/PØ) = -0,25 e T (K) = 335,1
Ao aplicar na equação acima, utilizando R = 8,314 J/K.mol, obtém-se que a
variação de entalpia do tetracloreto de carbono é
ΔvapH = -696,50 J mol-1
i. Distribuição T - Student
Como obtivemos uma amostra com seis elementos, fez-se necessário a
utilização da distribuição t de student, pois esta é empregada quando:
• O desvio padrão da população não é conhecido
• O tamanho da amostra é de trinta ou menos
Por conseguinte, sendo n = 6, o nível de significância (n - 1) é de 5 graus de
liberdade, encontra-se que
Tα/2 = 2,571
11
Sabendo que s = 61,61 pode-se utilizar a fórmula abaixo,
. (16)
Obtendo, E = 64,66
Tendo em consideração que x = 598,71 e utilizando a expressão
(17)
Sendo assim, IC (μ, 95%) : (534,05; 663,37)
Portanto, tem-se 95% de confiança que o intervalo (534,05; 663,37), realmente
contenha o valor verdadeiro da média μ.
12
4. CONCLUSÕES
Percebe-se que todas as questões possuem um fator em comum
inicialmente, a necessidade do cálculo da média aritmética, para estabelecer o
valor mais provável dentre os respectivos experimentos.
Adiante, os cálculos genéricos utilizados foram referentes ao erro relativo,
variância e desvio padrão, todos com característica determinante para a
obtenção de um resultado mais preciso e exato dentre os experimentos dados.
Ademais, cada questão teve suas particularidades, no problema dois, nota-
se o incremento de novas fórmulas referente à refração, já na questão três,
utiliza-se o método dos quadrados mínimos e uma expressão tocante à entalpia.
Entretanto, todas exigem o conhecimento das noções básicas sobre o
tratamento de dados experimentais transmitidos ao longo deste relatório.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA F. J. MARCONE. Ajuste de Curvas pelo Método dos Quadrados Mínimos (UFOP).
Disponível em:
http://www.decom.ufop.br/prof/marcone/Disciplinas/MetodosNumericoseEstatisticos/Quadr
adosMinimos.pdf
14