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RIO DE JANEIRO - RJ
2023.2
SUMÁRIO
1. Resumo 2
2. Introdução 2
3. Apresentação Teórica 2
3.1. Incerteza de tipo A 2
3.2. Incerteza de tipo B 3
3.3. Incerteza Padrão Combinada 3
3.4. Incerteza Expandida 3
3.5. Propagação de incertezas
3.6. Graus de Liberdade Efetivo 3
4. Experiência e procedimentos 4
5. Resultados e discussão 6
6. Conclusão 6
7. Referências bibliográficas 6
8. Apêndice 6
1. Resumo
Foi realizada a determinação da massa específica de um corpo cilíndrico de
alumínio com base nas medidas de massa e volume. Para isso, foram
executados três procedimentos para obter a referida massa específica do
corpo: (1) por meio das dimensões (altura e diâmetro), (2) pela imersão do
cilindro em um recipiente com água, determinando a massa do volume de
água deslocado pelo cilindro, e (3) pelo volume deslocado de água ao adicionar
o corpo ao recipiente. Com isso, espera-se analisar a influência do processo na
medição, bem como as incertezas envolvidas. A partir do experimento
observou-se que o melhor método para a medição da densidade do cilindro foi
o método (1).
2. Introdução
Para determinar a massa específica de um corpo, deve-se conhecer seu
volume e sua massa. No experimento, o referido volume foi obtido por meio de
três métodos distintos, e cada método está sujeito a erros de medição.
É sabido que, ao realizar uma medição em um experimento, ela está sujeito a
erros. Assim, ciente disso, é necessário determinar uma faixa na qual esse erro
pode ser quantificado, o que é denominado de incerteza. Esta incerteza é
atrelada a um nível de confiança, que é a chance do valor verdadeiro da
medida estar dentro da faixa delimitada pela incerteza; no caso aqui, será
considerado um nível de confiança de 95%.
Existem duas classificações para a incerteza: a incerteza aleatória e a
sistemática. Cada uma delas está relacionada com a forma como os dados são
adquiridos durante o experimento. Essas classificações serão discutidas com
mais detalhes na seção seguinte; Apresentação Teórica.
3. Apresentação Teórica
Há dois tipos de incerteza: a de tipo A e a de tipo B.
1. Incerteza de tipo A
É obtida a partir de um conjunto de amostras, e é dada normalmente pelo
desvio padrão da média, sm:
sm = sN (1)
Onde N é o número de amostras e s é o desvio padrão do conjunto de
amostras.
Quanto ao desvio padrão s, este é calculado por uma das fórmulas a seguir:
s=1N*i=1N*(xi-x)2 ; para N grande (>30) (2)
s=1N-1*i=1N*(xi-x)2 ; para N pequeno (3)
É importante frisar que a incerteza de tipo A calculada com a fórmula (1) é uma
incerteza padrão, isto é, de nível de confiança de 68%.
2. Incerteza de tipo B
É obtida por qualquer outro meio, tal como informação prévia fornecida pelo
fabricante; aproximações conservadoras baseadas em experiência prévia com
instrumentos similares; modelo matemático formal do processo de medição
específico como um processo estocástico; valores da bibliografia; etc.
Assim, as incertezas advindas de resoluções de instrumentos de medição são
incertezas do tipo B, e são calculadas por:
uinstr= r3 (4)
Onde r é a resolução do instrumento.
Vale ressaltar que a incerteza do instrumento calculada pela fórmula (4) é uma
incerteza padrão, assim, esta incerteza apresenta um nível de confiança de
68%.
3. Incerteza Padrão Combinada
É a incerteza padrão de uma medição que envolve os dois tipos de incerteza;
tipo A e tipo B. Pode ser calculada por:
upadrão=uA2+uB2 (5)
Onde uA é a incerteza de tipo A padrão e uB é a incerteza de tipo B padrão.
4. Incerteza Expandida
Define um intervalo, atrelado a um nível de confiança, em torno do resultado de
uma medição com o qual se espera abranger uma grande fração da
distribuição dos valores, que podem ser razoavelmente atribuídos ao
mensurando. A incerteza expandida é dada por:
uexp=k*upadrão (6)
Onde k é o fator de abrangência, que depende do número de graus de
liberdade do conjunto de amostras e do nível de confiança desejado para a
incerteza expandida. O referido número de graus de liberdade GL é calculado
por:
GL = N - 1 (7)
onde N é o número de amostras.
Utiliza-se a distribuição t-Student para se estimar o fator de abrangência (k). A
seguir, é mostrada uma tabela resumida com o fator de abrangência (nível de
confiança de 95%) para números de graus de liberdade distintos, para uma
distribuição t-Student:
5. Propagação de incertezas
Se um resultado Y é função de n grandezas; X , X , X ,... X , então a incerteza
1 2 3 n
GLefetivo= uy4i=1Ncomponentes
incertezadFdXi*uXi4GLi (9)
Onde uy é a incerteza padrão de Y, calculada pela equação (8), GLi é o
número de graus de liberdade e uXi é a incerteza padrão, associados a
grandeza Xi.
Deve-se ressaltar que as incertezas padrão do Tipo B, por definição, tem
número infinito de graus de liberdade. Assim, não precisam ser contabilizadas
no denominador da expressão (9). Além disso, deve-se adotar o valor inteiro
superior ao resultado desta fórmula.
Tendo o número de graus de liberdade efetivo, pode-se então obter o fator de
abrangência k associado, levando também em consideração o nível de
confiança desejado para a incerteza expandida, e assim a referida incerteza
expandida pode ser calculada pela equação (6).
procedimento:
1. Calcular as incertezas de tipo A e B, padrão, para cada uma das
grandezas X;
2. Combinar as incertezas padrão de tipo A e B de todas as grandezas X,
com a fórmula (8), calculando a incerteza de Y padrão;
3. Calcular, se for o caso, o número de graus de liberdade efetivo, através
da equação (9);
4. Obter a incerteza de Y expandida através da equação (6), utilizando o
fator de abrangência k de acordo com o número de graus de liberdade e
o nível de confiança desejado.
4. Experiência e procedimentos
O experimento teve duração de cerca de 1 hora e foi executado em um
laboratório mantido a 20°C. Para a experiência foram utilizados os seguintes
equipamentos:
Balança Marte, modelo LC10 com resolução de 2g. → uBal= 1,2g
(padrão)
Paquímetro Maub-Ch com resolução de 0,1mm (ou 0.01cm). → uPaq=
5,8* 10-3 cm (padrão)
Béquer com resolução de 5 mL → uBeq= 2,9 mL (padrão)
Cilindro de alumínio
O experimento foi feito da seguinte forma:
1º: Foi medido o diâmetro e comprimento do corpo de prova com o paquímetro,
repetindo por 6 vezes este procedimento:
1 2,87
2 2,84
3 2,86
4 2,86
5 2,85
6 2,86
Média 2,85667
1 8,51
2 8,52
3 8,51
4 8,53
5 8,52
6 8,53
Média 8,52
2º: Foi medido a massa do cilindro na balança. Este procedimento também foi
realizado 6 vezes.
1 146,0
2 146,0
3 144,0
4 144,0
5 146,0
6 146,0
Média 145,33333
1 922,0 978,0
2 924,0 980,0
3 922,0 978,0
4 922,0 976,0
5 920,0 978,0
6 924,0 982,0
4º: O béquer foi enchido com água, até marcar 800mL. Após isso, o cilindro foi
adicionado ao béquer e registrou-se o novo volume marcado (volume final). A
diferença entre o volume final e o volume inicial de 800mL é o volume
deslocado de água. Este procedimento foi realizado 6 vezes.
Tabela 5 - Volume final marcado para cada medição
Medida Volume final Vf (mL)
1 850
2 865
2 870
3 850
5 850
6 865
Média 858,33333
5. Resultados e discussão
Os resultados da massa específica do cilindro para cada um dos 3
procedimentos feitos na experiência seguem na tabela abaixo, junto com a
respectiva incerteza, para um nível de confiança de 95%:
6. Conclusão
7. Referências bibliográficas
Introdução à Mecânica dos Fluídos - Fox - McDonald - Pritchard - 8ª Edição
8. Apêndice