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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO MARANHÃO – ESP/MA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO


PSICOSSOCIAL

KEILA JANAINA PAIXÃO ARAÚJO

O MAPA DE SERVIÇOS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO


MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ - MA

Imperatriz - MA
2023
KEILA JANAINA PAIXÃO ARAÚJO

O MAPA DE SERVIÇOS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO


MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ - MA

Artigo Científico apresentado ao Programa de Pós-


graduação em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial, da Escola de Saúde Pública do
Estado do Maranhão, como requisito para
obtenção do título de Especialista em Saúde
Saúde Mental.

Orientador(a): Prof.ª Ms. Mae Soares da Silva

Imperatriz - MA
2023
KEILA JANAINA PAIXÃO ARAÚJO

O MAPA DE SERVIÇOS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO


MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ - MA
Artigo Científico apresentado ao Programa de Pós-
graduação em Saúde Mental e Atenção
Psicossocial, da Escola de Saúde Pública do
Estado do Maranhão, como requisito para
obtenção do título de Especialista em Saúde
Mental.

Aprovado em: _____/______/_____

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Prof°. Ms. Mae Soares da Silva (Orientadora)
Escola de Saúde Pública do Maranhão-ESP/MA

_______________________________________________
1° Examinador
Instituição

_______________________________________________
2° Examinador
Instituição
4

O MAPA DE SERVIÇOS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO


MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ - MA

Keila Janaina Paixão Araújo1


Mae Soares da Silva2

RESUMO: O trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) exige que seus


profissionais conheçam sua organização. No campo da saúde mental, faz-se
necessário compreender a organização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e
de como os serviços de seus diferentes componentes podem se articular para que
se alcance a integralidade das ações. Diante desta necessidade, o objetivo deste
trabalho é apresentar o mapa de serviços da RAPS do município de Imperatriz-MA,
por entender que, uma vez que o fluxo de atendimento neste município é centrado
em poucos serviços, tal desenho contribuirá para a diversificação dos serviços do
SUS para a atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e articulação
dos mesmos. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo descritiva, visando o
levantamento de informações de livre acesso, acerca dos serviços de saúde da
RAPS disponíveis no município de Imperatriz-MA. A discussão dos resultados foi
feita a partir de reflexão crítica do que foi encontrado, além de articulada a teoria e
prática existentes na rede, com base na Portaria ministerial nº 3.088/11. A RAPS é
formada por uma rede de serviços que deve trabalhar de forma integrada e
articulada, buscando atender as demandas dos pacientes com transtornos psíquicos
e/ou dependência química em diferentes níveis de complexidade. Os resultados
apontam que em Imperatriz a RAPS vem passando por um processo de expansão e
descentralização de serviços para as quatro zonas distritais delimitadas nos mapas.

Palavras-chave: Saúde Mental; Rede de Atenção Psicossocial, Sistema Único de


Saúde.

ABSTRACT: Working in the Unified Health System (SUS) requires its professionals
to know their organization. In the field of mental health, it is necessary to understand
the organization of the Psychosocial Care Network (RAPS) and how the services of
its different components can be articulated to achieve comprehensive actions. Given
this need, the objective of this work is to present the map of RAPS services in the
municipality of Imperatriz-MA, understanding that, since the service flow in this
municipality is centered on a few services, such a design will contribute to the
diversification of services of the SUS for the care of people with suffering or mental
disorders and their articulation. This is a quantitative, descriptive research, aiming to
collect freely accessible information about the RAPS health services available in the
city of Imperatriz-MA. The discussion of the results was based on a critical reflection
of what was found, in addition to articulating the existing theory and practice in the
network, based on Ministerial Ordinance No. 3,088/11. RAPS is made up of a
network of services that must work in an integrated and coordinated manner, seeking
to meet the demands of patients with psychological disorders and/or chemical

1 Pós-graduanda em Saúde Mental, pela Escola de Saúde Pública do Estado do Maranhão.


Graduada em Pedagogia. E-mail: keila.araujo2003@hotmail.com
2 Psicóloga, Doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura pela UnB, Mestre em Saúde Coletiva pela
UFMA, com Residência Multiprofissional em Saúde pelo HUUFMA e Especialista em Psicologia
Clínica: teoria psicanalítica pela PUC-Rio. E-mail: maesoares.ms@gmail.com
5

dependency at different levels of complexity. The results indicate that in Imperatriz


RAPS has been going through a process of expansion and decentralization of
services to the four district areas delimited on the maps.

Keywords: Mental health; Psychosocial Care Network, Unified Health System.

1 INTRODUÇÃO

O curso de pós-graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da


Escola de Saúde Pública do Maranhão faz parte das ações da Política Nacional de
Educação Permanente, que favorece a capacitação e atualização dos profissionais
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Após estudar a Portaria 3.088 de 2011, que dispõe sobre a criação da RAPS
para pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental e com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito SUS, pôde-se
entender que esta Rede é composta por sete componentes, com serviços de
diferentes pontos de atenção, sendo eles: Atenção Básica em Saúde, Atenção
Psicossocial Especializada, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção
Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar, Estratégias de
Desinstitucionalização e Estratégias de Reabilitação Psicossocial.
A constatação de que muitas das nossas ações ficavam limitadas a uma
assistência ambulatorial e especializada nos fez questionar até que ponto estava
sendo dispensado um cuidado integral em saúde. Nesse sentido, surgiu a
necessidade de compreender o funcionamento da RAPS, qual o papel de cada
dispositivo dentro dela e conhecer a distribuição dos serviços da mesma no
município de Imperatriz-MA.
Diante deste cenário, o objetivo do presente trabalho foi apresentar o mapa
de serviços da RAPS do município de Imperatriz-MA. Entendemos que, uma vez que
o fluxo de atendimento neste município pode estar centrado em poucos serviços, tal
desenho contribuirá para a construção de linhas de cuidado em saúde mental, que
considerem estratégias intersetoriais, com foco na reabilitação psicossocial.
Para tanto, foi feita uma revisão de literatura, apresentando a política de
saúde mental brasileira, passando pela reforma psiquiátrica e pela instituição da
RAPS no âmbito do SUS, com ênfase na necessidade de uma oferta de serviços de
6

saúde mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para
atender as pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental.
O mapeamento dos serviços foi realizado através da leitura de artigos
científicos, portarias do Ministério da Saúde e informações coletadas na sede e no
site da Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz-MA. Ao longo do curso, nós,
profissionais de um ambulatório de saúde mental do município de Imperatriz-MA,
pudemos perceber que nosso conhecimento sobre a assistência em saúde mental
se dava de maneira especializada, sem considerar uma atenção integral inserida na
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

2 A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL

Em 1970 deu-se início ao processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil,


simultaneamente com a Reforma Sanitária. Este processo surgiu diante da urgência
de mudança nas atividades de saúde, provocado pela crise no modelo de
assistência concentrado nos hospitais psiquiátricos e pelas lutas dos
desenvolvimentos sociais em proteção dos direitos dos pacientes com distúrbios
mentais. A Reforma ocorreu no contexto internacional de mudanças relacionadas à
superação da violência ocorrida nos manicômios (DELGADO, 1992; MELO e
CUNHA, 2008).
A I Conferência Nacional de Saúde Mental (BRASIL, 1987), ocorreu em 1987
e tinha como principal temática a discussão das ligações entre doença mental e
cidadania. Sua composição consistiu em três temas básicos, a compreender:

I – Economia, Sociedade e Estado: impactos sobre saúde e doença mental;


II – Reforma sanitária e reorganização da assistência à saúde mental;
III – Cidadania e doença mental: direitos, deveres e Legislação do doente
mental (I CONFERÊNCIA NACIONAL DA SAÚDE MENTAL, 1988, não
paginado).

Após cinco anos, aconteceu a II Conferência Nacional de Saúde Mental) que


dispôs de uma vasta mobilização. Presume-se que aproximadamente 20.000
pessoas compareceram neste evento. Um dos pontos interessantes da conferência
foi o aprofundamento nas críticas ao modelo assistencial apresentando como
principal enunciado a discussão da cidadania e doença mental, sugerindo “reversão
da tendência hospitalocêntrica e psiquiatrocêntrica, dando prioridade ao sistema
7

extra-hospitalar e multiprofissional como referência assistencial ao paciente,


inserindo-se na estratégia de desospitalização” (BRASIL, 1992, p. 20).
A III Conferência Nacional de Saúde Mental (BRASIL, 2001) foi realizada em
dezembro de 2011.
Em relação ao resgate da cidadania, foi proposto retirar o asilamento
psiquiátrico como procedimento obrigatório do tratamento psiquiátrico e
compreender como direito do paciente ter acesso ao seu prontuário médico,
viabilizando ao indivíduo a escolha, tanto do tratamento como do terapeuta, além de
assegurar a garantia contra internações involuntárias (MEDEIROS, 2003).
Com isso após III Conferência, a Reforma Psiquiátrica é consolidada,
transformando os CAPS em pontos essenciais à mudança no modelo de assistência
dada até então, onde defenderá o estabelecimento de uma política de saúde mental
para os usuários de álcool e outras drogas, e além de promover o controle social e
promover a aproximação e participação dos movimentos sociais, de usuários e de
seus familiares (BRASIL, 2005b).
As mudanças nos serviços de saúde mental no Brasil tiveram seu marco
histórico com a elaboração da “Declaração de Caracas” na Conferência Regional
para a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica, realizada em Caracas, em 1990
(OMS, 1990). Em 2005, foi publicado o documento intitulado “Princípios
Orientadores para o Desenvolvimento da Atenção em Saúde Mental nas Américas”,
a Carta de Brasília, com o objetivo de avaliar os resultados obtidos desde 1990
(BRASIL, 2005a).
Foram então reconhecidos os avanços que aconteceram nos quinze anos
após o início da reforma psiquiátrica e reforçada a necessidade de proteção dos
direitos humanos e de cidadania dos portadores de transtornos mentais, além da
necessidade da construção de redes de serviços alternativos aos hospitais
psiquiátricos. Destacaram a vulnerabilidade psicossocial e as diversas formas de
violência sofridas por estes (HIRDES, 2009).
Logo após este momento de avaliação, foi intensificada a criação de
dispositivos que viessem a substituir o hospital psiquiátrico, tais como as redes de
atenção à saúde mental, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), leitos
psiquiátricos em hospitais gerais, oficinas terapêuticas, residências terapêuticas, de
acordo com a realidade e necessidade de cada cidade/região.
8

Neste sentido, a desinstitucionalização tem um conceito muito mais amplo do


que simplesmente transferir o objeto central do hospício/manicômio, para a
comunidade. Seria preciso ver o paciente em sua globalidade existencial, que está
em constante reconstrução, desfocar da doença e olhar para a ser humano doente,
começar a desenvolver práticas de falar da saúde como um todo, de projetos
terapêuticos, de cidadania, de reabilitação e reinserção social e, sobretudo, de
projetos de vida.

3 A POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL NO BRASIL

O Deputado Paulo Delgado instaurou a discussão para o Parlamento, em


1989, apresentando o Projeto de Lei n° 3.657 que “dispõe sobre a extinção
progressiva dos manicômios e sua substituição por outros recursos assistenciais e
regulamenta a internação psiquiátrica compulsória” (DELGADO, 1992).
Depois de 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, foi somente em
2011 que a Lei Paulo Delgado é aprovada no Brasil. A Lei Federal 10.216
transformou a assistência em Saúde Mental, priorizando a oferta de tratamento em
serviços de base comunitária, dispondo sobre os direitos e proteção dos indivíduos
com distúrbios mentais.
É no âmbito da publicação da lei 10.216 e da realização da III Conferência
Nacional de Saúde Mental, que a política de Saúde Mental do governo federal,
formada com os critérios da Reforma Psiquiátrica, passa a se fortalecer, ganhando
maior visibilidade e sustentação (BRASIL, 2005b).
Segundo Sousa Campos (1992), o modelo assistencial caracteriza-se em
uma “síntese cambiante” que inclui condutas políticas, princípios jurídicos, clínicos,
éticos, organizativos, socioculturais e o desejo de viver de maneira saudável, que
necessita de intervenções entre o político e o técnico. Critica o projeto de Reforma
Psiquiátrica considerando que o mesmo apresenta mais “anti” do que "prós”,
necessitando dirigir-se da negação para a superação.
Quinto Neto (1992) resgata a transformação da legislação em Saúde Mental
no mundo e discute a especificidade da Lei Estadual 9.176/92. O autor destaca a
força estruturadora do Fórum Gaúcho de Saúde Mental na aprovação deste projeto
de lei, relatando que a lei pode diminuir riscos à saúde, mover admiradores em torno
9

da cidadania do doente mental e fundar uma nova ética, em que o paciente possa
decidir o que é melhor para si.
A Lei Estadual nº 9716 de 1992 (GASTAL, 2007) traz em seu "Art. 3º: fica
vedada a construção e ampliação de hospitais psiquiátricos, públicos ou privados e a
contratação e financiamento, pelo setor público, de novos leitos nesses hospitais". A
lei estabeleceu, ainda, a formação de "variados serviços assistenciais de atenção
sanitária e social" e que "a internação psiquiátrica compulsória deverá ser
comunicada pelo médico que a procedeu, no prazo de vinte e quatro horas, à
autoridade do Ministério Público". Essa lei passou a ser reconhecida como a "Lei de
Reforma Psiquiátrica e de proteção aos que padecem de sofrimento psíquico", e,
conforme o seu artigo 15º, "no prazo de cinco anos, contados da publicação desta
Lei, a Reforma Psiquiátrica será reavaliada quanto aos seus rumos e ritmo de
implantação" (GASTAL et al., 2007).
Conforme o Brasil (2005b), é finalidade do SUS diminuir os leitos
psiquiátricos, classificar os CAPS - Centros de Atenção Psicossocial, os SRTs -
Serviços Residenciais Terapêuticos e as UPHG - Unidades Psiquiátricas em
Hospitais Gerais. Além dessas finalidades, o SUS pretende incluir as ações da
Saúde Mental na assistência básica, executar uma política de atenção absoluta a
dependentes de álcool e outras drogas ilícitas.
Recomendou-se ainda continuar um programa permanente de criação de
recursos humanos para Reforma Psiquiátrica, de forma a proporcionar os direitos
dos usuários e familiares, motivando a atuação no cuidado. A política de Saúde
Mental nesse sentido, pretende assegurar tratamento decente e de qualidade ao
portador de transtorno mental infrator e acompanhar, continuamente, todos os
hospitais psiquiátricos por meio do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços
Hospitalares - PNASH/Psiquiatria.
A construção de novas práticas foi e ainda é um desafio constante, em meio a
tantas adversidades, próprias do sistema único de saúde, aliado às dificuldades de
implementação das políticas sociais no Brasil e ainda é necessária uma ampliação
da política no que diz respeito à ações de prevenção de modo que promova a
redução no número de adoecimentos mental.
10

4 A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO BRASIL

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é formada por serviços que devem


funcionar de forma integrada e articulada, buscando atender as demandas dos
pacientes com transtornos psíquicos e/ou dependência química em diferentes níveis
de complexidade.
De acordo com a Portaria 3.088 de 23 de dezembro de 2011 em seu artigo 5º
a RAPS é composta por sete componentes, os quais são: Atenção Básica em
Saúde; Atenção Psicossocial Especializada; Atenção de Urgência e Emergência;
Atenção Residencial de Caráter Transitório; Atenção Hospitalar; Estratégias de
Desinstitucionalização; e Reabilitação Psicossocial (BRASIL, 2011).
O componente Atenção Básica em Saúde é formado pela Unidade Básica de
Saúde, pela Equipe de Atenção Básica para populações específicas (Equipe
Consultório na Rua e Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção
Residencial de Caráter Transitório) e pelos Centros de Convivência (COELHO et al.,
2023).
O Consultório na Rua é uma iniciativa disposta na Política Nacional de
Atenção Básica que visa garantir e ampliar a adesão das pessoas em situação de
rua com os mecanismos do SUS, proporcionando cuidado integral à população que
está na marginalidade da sociedade, seja por aspectos familiares, abuso de álcool,
drogas, tal como, fatores socioeconômicos. O órgão é composto por equipe
multidisciplinar das especialidades da saúde, ou seja, médicos, enfermeiros,
psicólogos, entre outros (QUINDERÉ et al., 20214).
A Atenção Psicossocial Especializada é composta pelos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades. O CAPS é uma modalidade
de serviço de saúde pública e comunitária organizada pelo SUS, sendo essa
referência no tratamento de psicoses, neuroses e transtornos mentais. Atualmente,
existem algumas modalidades da unidade, como: CAPS do tipo I, II, III, álcool e
drogas (CAPSad) e infantojuvenil (CAPSi) (PAIVA; GUIMARÃES, 2023).
O CAPS I, II e III possuem as mesma finalidade e serviços base, como
"intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e
persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e
outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar
projetos de vida" (BRASIL, 2011, s.p.). Os tipos divergem em seu aporte
11

populacional, sendo 15.000 (quinze mil) para o tipo I, 70.000 (setenta mil) para o tipo
II e acima de 150.000 (cento e cinquenta mil) para o tipo III que implica na
introdução do CAPS AD e atendimento perpétuo do mesmo.
O CAPSad é a unidade direcionada para tratamento de dependentes de
álcool e drogas, prestando atenção contínua para o acolhimento desses em todos os
horários. Já para o público infantil, o CAPSi presta os serviços de acolhimento a
sujeitos com sofrimento psíquico dentro da faixa etária infantil (CARIAS;
GRANATTO, 2023).
A Atenção de Urgência e Emergência é formada pelos pontos de atenção,
SAMU 192, UPA 24 horas, portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro
entre outros.
A Atenção Residencial de Caráter Transitório é formada por uma Unidade de
Recolhimento e pelos Serviços de Atenção em Regime Residencial. Nessas
unidades são oferecidos serviços de saúde contínua, em funcionamento 24 horas
por dia e 7 dias por semana para acolher os indivíduos de todos os gêneros, com
demandas oriundas do abuso de drogas, álcool e outros ilícitos. A unidade se ocupa
do levantamento do histórico do paciente, necessidades e condicionantes
sociais/familiares que levaram ao estado de marginalização. Contudo, esse é a
primeira etapa do processamento desses sujeitos. Logo, a unidade é de caráter
transitório (COELHO et al., 2023).
A Atenção Hospitalar é formada pela Enfermaria especializada em Hospital
Geral e pelo serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com
sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas (CARIAS; GRANATTO, 2023).
Sobre as Estratégias de Desinstitucionalização tem como ponto de atenção
os Serviços Residenciais Terapêuticos. Esse segmento da RAPS cuida das
comunidades terapêuticas, ou seja, o serviço destinado aos cuidados contínuos para
pessoas em situação de vulnerabilidade do uso de drogas lícitas e ilícitas,
direcionado ao público adulto, mantendo o seu caráter transitório por até meses
(PAIVA; GUIMARÃES, 2023). O componente Reabilitação Psicossocial diz respeito
envolve iniciativas de geração de trabalho e renda, empreendimentos solidários ou
cooperativos sociais.
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5 MÉTODO

5.1 Tipo de estudo

O presente estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo descritiva,


visando o levantamento de informações de livre acesso, acerca dos serviços de
saúde da RAPS disponíveis no município de Imperatriz-MA.
Diante do objetivo do presente trabalho e para conhecer a realidade do
município de Imperatriz, foi realizado o levantamento dos componentes da RAPS
existentes no município e a localização de seus dispositivos/serviços.

5.2 Campo, universo e amostra

A pesquisa foi realizada no município de Imperatriz-MA é conhecido, dentro


do Sistema Público de Saúde, como cidade polo de abrangência de 33 municípios
próximos, ou seja, na região sul do Maranhão, boa parte dos atendimentos de média
e alta complexidade estão centralizados na cidade. Segundo dados do Ministério de
Saúde (2012) a área de abrangência Imperatriz atende mais de 1,2 milhões de
habitantes, desde Pronto-Socorro até apoio psicossocial (BRASIL, 2012). No mesmo
sentido, o setor privado complementa o rol de serviços públicos.
Contudo, o universo da pesquisa delimita-se no SUS, especificamente, na
RAPS que cobre toda a área do município. Para compreender a dinâmica, de
distribuição dos setores de atuação, a Secretária Municipal de Saúde (SMUES)
esquematiza os bairros por distritos, onde a cidade é segmentada horizontalmente e
verticalmente, formando quatro áreas.
Dentro desse universo, a amostra selecionada é a Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS) de Imperatriz que possui diversas unidades no território do
munícipio, mas que apresenta a territorialização em determinados serviços.

5.3 Dados utilizados

A pesquisa tem abordagem exploratória e documental, por tanto, o estudo


pode ser organizado em duas etapas: construção do referencial teórico em livros,
artigos e manuais selecionados em bases de dados como o Periódicos da Capes e
13

PubMED; e o segundo momento com o levantamento das informações em campo


junto a SEMUS, DataSUS e Secretaria de Estado da Saúde (SES). Todo o
levantamento de dados e construção do artigo foi realizado entre janeiro a junho de
2023.

5.4 Etapas da pesquisa

Com base nas informações coletadas e com a ajuda da ferramenta do


Google, foram construídos quatro mapas, referentes aos quatro Distrito Sanitários
existentes no município de Imperatriz, em que foram sinalizados os serviços das
RAPS disponíveis para análise do território e o alcance da população.
Para discussão dos resultados, foi apresentada uma reflexão crítica do que foi
encontrado, além de articulada a teoria e prática existentes na rede, com base na
Portaria nº 3.088/11, que institui a rede de atenção psicossocial para pessoas com
sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas, no âmbito do sistema único de saúde (sus) (BRASIL, 2011).

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo informações do site da Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz,


o componente da Atenção Básica da RAPS municipal é composto por 42 (quarenta
e duas) Unidades Básicas de Saúde (UBS) (PREFEITURA DE IMPERATRIZa,
2023). Esta informação aparece diferente no site do Data SUS
(https://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_Unidade.asp?
VEstado=21&VMun=210530&VComp=00&VUni=02), onde constam 36 UBS, e no
plano plurianual de saúde 2022-2025, onde constam 31 (IMPERATRIZ, 2022).
Segundo informações coletadas na SEMUS, o município de Imperatriz conta,
ainda com uma equipe de Consultório na Rua, que se trata de uma equipe
multiprofissional que também serve de apoio aos serviços do componente Atenção
Residencial de Caráter Transitório.
Quanto à Atenção Psicossocial Especializada, Imperatriz conta com um
CAPS III, CAPS AD III, CAPS IJ e um Ambulatório Especializado de Saúde Mental.
(PREFEITURA DE IMPERATRIZb, 2023). O CAPS III, previsto no art. 4º da Portaria
GM nº 336/2002, foi criado para ser o principal serviço de referência para os
14

indivíduos que estão em sofrimento psíquico, onde é realizado o acolhimento e


cuidado frente à crise, de preferência, como porta de entrada (BRASIL, 2002).
No CAPS II, o paciente será atendido por uma equipe multiprofissional que irá
avaliar o indivíduo de forma holística, e de acordo com a necessidade apresentada,
poderá ficar internado por até 72 horas. Após, superada a crise, receberá alta, sendo
incluído na rede de tratamento psicossocial, onde ficará recebendo tratamento
contínuo e adequado. Em Imperatriz, o serviço fica localizado na rua Projetada B,
Complexo de Saúde. Parque Anhanguera.
O Ambulatório Especializado em Saúde Mental foi inaugurado em Imperatriz
no ano de 2012, após ser desmembrado do CAPS II, e tem como objetivo principal
simplificar o acesso para os pacientes. Informações coletadas no próprio serviço
mostram que ele dispõe de uma equipe multiprofissional, que conta com assistente
social, pedagogo, psicólogo, enfermeiro, médicos com especialidade em saúde
mental, psiquiatra e nutricionista. Tem como finalidade realizar consultas aos
pacientes que usufruem da rede de saúde mental, entretanto, não se limita ao
atendimento apenas de pessoas acometidas de transtorno mental, mas é aberto a
qualquer indivíduo que sinta necessidade de atendimento na área da psiquiatria e/ou
afins. Localiza-se na Rua Amazonas, N.º 520, Centro.
O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas) é
um serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com
necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas. Seu público
específico são os adultos, mas também podem atender crianças e adolescentes,
desde que observadas às orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) O CAPS AD oferece atendimento à população, realiza o acompanhamento
clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício
dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários Os CAPS
também atendem aos usuários em seus momentos de crise, podendo oferecer
acolhimento noturno por um período curto de dias. (BRASIL, 2002). Em Imperatriz, o
CAPS AD está situado à Rua Projetada B, Complexo de Saúde, Parque
Anhanguera.
O Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (Caps-IJ) é uma unidade de
saúde que oferece atendimento especializado destinado exclusivamente para
crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes. (BRASIL,
2002). Em Imperatriz, o Caps-IJ é localizado na Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa,
15

N.º 163. Entroncamento. O horário de funcionamento é das 8h às 12h e das 14h às


18h, de segunda a sexta-feira.
A Atenção de Urgência e Emergência conta com um SAMU, duas UPAs,
sendo uma municipal e outra estadual, e um hospital municipal de portas abertas
conhecido como Socorrão. O Hospital Municipal de Imperatriz se encontra
atualmente em processo de implantação e habilitação de leitos destinados
exclusivamente para este público. (IMPERATRIZ, 2019).
As Estratégias de Desinstitucionalização se dão através do SRT (Serviço de
Residência Terapêutica) que foi inaugurado em 2012. Para inserir os usuários que
estavam internados na Clínica Psiquiátrica e no NAISI, os quais não tinham nenhum
vínculo familiar e social. A casa funciona como uma moradia destes indivíduos, onde
os serviços oferecidos são objetivados a proporcionar a autonomia, estimulando-os
a aprenderem a retomar sua vida normal e desempenhar algumas funções, como os
afazeres domésticos e outros. Para que aconteça o processo de reabilitação
psicossocial e a inserção ao meio social e comunitário, faz-se necessária a
articulação com a rede de atenção psicossocial (BRASIL, 2021).
Conforme BRASIL (2004), o SRT poderá ter, no máximo, 08 (oito) usuários,
provendo-lhes moradia, reabilitação psicossocial e autonomia para gerenciar sua
própria vida. É um núcleo de Educação Permanente em Saúde Mental e possui uma
equipe interdisciplinar, formada por Técnicos de Enfermagem, Enfermeiro e
Cuidadores Sociais, responsáveis pela articulação de ações intersetoriais de
formação continuada em saúde mental, além dos auxiliares de serviços gerais. A
localização não é compartilhada para proteção e privacidade dos pacientes. Os
moderadores realizam algumas terapias ocupacionais, como jogos de baralho,
dominó, e estão inseridos na academia.
Tratando-se de divisão da cidade por distritos sanitários, contamos com 04
(quatro) distritos, que são eles: Distrito Bacuri (figura 1), Distrito Santa Rita (figura 2),
Distrito Cafeteira (figura 3) e Distrito Vila Nova (figura 4).
No Distrito Bacuri (figura 1) podemos visualizar a maior concentração de
pólos de referência especializada de Saúde Mental, onde encontram-se o CAPS AD,
CAPS III, Ambulatório de Saúde Mental e Residência Terapêutica, além do Hospital
Municipal e de 06 (seis) UBS.
16

Figura 1 - Mapa do Distrito Bacuri

Fonte: Google Mapas, 2023

O Distrito Santa Rita (figura 2) engloba 10 (dez) UBS, e duas UPA’s, sendo
uma municipal e outra estadual.
Figura 2 - Mapa do Distrito Santa Rita

Fonte: Google Mapas, 2023

No Distrito Cafeteira (figura 3) encontramos o CAPS IJ e 04 (quatro) UBS.


17

Figura 3 - Mapa do Distrito Cafeteira

Fonte: Google Mapas, 2023

No Distrito Vila Nova (figura 4) dispõe apenas de UBS, que somam 09 (nove)
ao total.

Figura 4 - Mapa do Distrito Vila Nova

Fonte: Google Mapas, 2023


18

As informações que surgiram na construção dos mapas no Google apresentam


discordâncias quando se trata do número de UBS, apontando apenas 29 unidades
(Quadro 01).

Estraté
Atenção
Estraté gias
Urgência Residenc
Atenção Atenção gias de de
Distritos Atenção e ial de
Especiali Hospitala Desinsti Reabili
Sanitários Básica Emergên Caráter
zada r tucionali tação
cia Transitóri
zação Psicos
o
social

Bacuri 06 03 01 01 0 01 0

Santa Rita 10 0 02 0 0 0 0

Cafeteira 04 01 0 0 0 0 0

Vila Nova 09 0 0 0 0 0 0

Quadro 1: Distribuição dos serviços da RAPS por Distrito Sanitário, no município de Imperatriz-MA.

Fonte: Autora, 2023.

A única equipe de Consultório na Rua atua no distrito sanitário de Santa Rita,


configurando-se o segundo distrito que mais centraliza serviços da RAPS.
Conforme a análise dos resultados é possível afirmar que a RAPS em
Imperatriz passa por um processo de descentralização. Historicamente, podemos
delimitar algumas datas que justificam tal afirmação, como por exemplo: o
desmembramento do Ambulatório Especializado em Saúde do CAPS II em 2012; a
inauguração do Serviço de Residência Terapêutica que lançou o plano de
Estratégias de Desinstitucionalização em 2012 (BRASIL, 2021).
Geograficamente, as unidades quem compõe a RAPS estão interligadas, em
casos como a unidade do Parque Anhanguera, que agrega dois órgãos (CAPS
adulto e o CAPS AD). Entretanto, ao observarmos a cidade por distritos,
compreende-se que existem pólos que atendem as necessidades gerais por meio do
CAPS, mas as particularidades e modalidades específicas demandam a
movimentação do paciente. Em linhas gerais, o atendimento se ramifica, mas não
são dispersas para além das imediações do centro de Imperatriz-MA.
19

7 CONCLUSÃO

A RAPS de Imperatriz-MA possui diversos órgãos que compõe o sistema,


mas pouco se divulga acerca da localidade, serviços prestados e finalidade de cada
unidade. Questiona-se aqui, que efeitos a dificuldade na acessibilidade dos serviços
pode provocar na saúde da população. Aponta-se aqui o termo acessibilidade, pois
colocamos em questão que os serviços estão disponíveis, porém o acesso aos
mesmos pode se tornar complicado quando a sua distribuição e localização não é
feita corretamente. Nesse sentido, o presente estudo tem muito a contribuir para a
acessibilidade dos serviços, ao apresentar o mapa da RAPS do município de
Imperatriz-MA.
Dentre as limitações e dificuldades para produzir o estudo, podemos elencar:
o acesso às informações dos procedimentos das unidades, tal como, traçar uma
linha histórica do surgimento das mesmas; quantificar e dividir o munícipio por
distritos de atuação. Entretanto, a pesquisa abre horizontes para outras
possibilidades, como: verificar a frequência de atendimentos em cada zona distrital,
compreender a dinâmica dos encaminhamentos para outras redes, analisar as
dificuldades encontradas para execução das práticas da rede e a necessidade de
uma comunicação efetiva entre os diferentes pontos da Rede dos meios de
disponibilização das informações de saúde.

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