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Rituais da Nação Ijexá no Rio Grande do Sul

Por Eduardo Cezimbra - Babalorixá Tita de Xangô

A religião de origem africana é cultuada no Brasil desde o século XVI, trazida da África pelos negros, escravos,
arrancados de sua terra para este país, que hoje, depois de tantas perseguições, lutas e desafetos podem cultuar
seus Deuses de forma livre.

No princípio era muito difícil para o negro fazer seus rituais, e se valiam dos Santos da Igreja Católica, que
serviam de escudo para a
realização dos ritos, hoje não se
tem mais esta necessidade, e
alguns africanistas não admitem a
presença de imagens dos Santos
Católicos dentro dos terreiros de
nação Africana; não quero criar
polêmica, mas, acho que
devemos aos santos católicos a
manutenção da nossa religião,
pois será que, sem este artifício
muito bem usado pelos negros
antigos, poderíamos ter mantido nossos fundamentos? Será que não teríamos que agradecer aos santos da igreja
ter hoje em dia o respeito e até reconhecimento oficial com leis para manter e preservar a cultura africana, é bom
pensar sobre isto, não que eu queira manter o sincretismo, nem pensar, só não precisa menosprezar os santos da
igreja. Ao invés disto deveríamos lutar para preservar nossa cultura que está sendo invadida por gente que não
tem se quer vontade de manter e preservar os rituais e fundamentos antigos, se aproximam dos terreiros com o
intuito de aprender os segredos para fazer mal uso, e utilizarem desta religião para explorar, fazer comércio; são
estes indivíduos que deveríamos banir dos nossos terreiros. Muitos Babalorixás e Yalorixás antigos, deixavam de
ensinar até mesmo para aqueles que mereciam saber, com medo do mal uso da religião. Seria tão bom se
pudéssemos resgatar metade da sabedoria dos nossos antepassados. Sou bisneto de uma escrava africana que
viveu na cidade de Lages em Santa Catarina, e sinto não saber nada da sua historia individual, como foi sua
permanência neste mundo, qual os seus laços familiares etc.

A religião que era somente dos negros se propagou pelo mundo, os Orixás chamam a atenção de antropólogos,
estudiosos e pesquisadores alguns até se bandeando para o seio da cultura africana. Pudera os negros de outrora
ter em suas mãos a facilidade que temos nos dias de hoje em cultuar nossas divindades, tenho certeza que no
futuro teríamos, ainda, grandes conhecedores dos segredos, grandes conhecedores do uso dos trabalhos, das
magias, das rezas, dos cultos de como fazer um Orixá, entre outros fundamentos de nossa cultura. Peço a Olurum
que ilumine o pensamento daqueles antigos Babalorixás e Yalorixás que tem em seu poder os ensinamentos
passados pelos seus antecessores para que passem a quem de verdade merecer saber e levem avante esta cultura
linda de rituais incomparáveis. Quantas criaturas devem sua vida a gente do santo que por um ou outro motivo
tiveram que fazer trabalhos, benzeduras, rezas para poderem se salvar, para poderem ter saúde, para poderem ter
um trabalho, para poderem ter união, paz no lar, para poderem ser salvos de perseguições; quantos lares
preservados graças a intervenção de gente do santo.

A Religião Africana tem um dos mais belos rituais do nosso planeta, é uma vastidão de ciência, que vamos
envelhecer, morrer e nunca vamos saber tudo da religião. Há diferentes conceitos sobre o culto aos Orixás, cada
Nação, cada região do País tem uma maneira de tratar e cultuar os Orixás; faço aqui uma exposição daquilo que
herdei dos antigos sacerdotes de Orixá do meu convívio e de meu Babalorixá, pai Tuia de Bará, que detem
grande conhecimento dos rituais de Orixás e de Eguns da Nação Ijexá vinda para o Rio Grande do Sul. Tenho
conhecimento de que um dos baluartes da Nação Ijexá, aqui no sul, foi sem dúvida, pai Paulino de Oxalá,
homem de sabedoria profunda no culto; tinha entre seus filhos de religião o saudoso Pai Idalino de Ogum, Mãe
Antonia de Bará e Pai Manezinho de Xapanã. Pai Manezinho formou outros grandes batuqueiros do sul, dos
quais podemos citar alguns: Estela de Iemanjá, Ondina de Xapanã, Antonieta de Bará, Diva de Iemanjá, Ademar
de Ogum, Miróca de Xangô, Nelson de Iemanjá, Olmira de Xangô entre outros. Da grande Mãe Olmira deu-se
origem a outro grande conhecedor nos cultos africanos da Nação Ijexá e no ritual de eguns que é o Pai Tuia de
Bará, filho carnal de Nininho de Ogum decendente também de Manézinho de Xapanã. Ao Pai Tuia devo meus
humildes conhecimentos dentro de nossa nação e espero poder passar adiante o que me foi delegado por este
Babalorixá de grande sabedoria.
Além da Nação Ijexá há outros cultos como: Cabinda, Jêje e Oyó, que também usam fundamentos de Ijexá, já
que é uma das nações mais bem conservadas no sul, principalmente suas rezas em Yoruba servem o ritual de
todas as nações. Cada terreiro tem sua particularidade em fazer seus rituais, as vezes o que serve para um, não
serve para outro, e isto deve ser respeitado; é bom salientar que quanto mais conservarmos os rituais de nossa
feitura mais será preservada a força de nossa Nação, mantendo as tradições daqueles que nos passaram os
ensinamentos, diga-se de passagem ainda tem gente cheia de dúvidas. A Religião Africana que era exclusiva dos
grupos negros descendentes de escravos, mudou, se espalhou por todos os lugares e deixou de ser uma religião
exclusiva do segmento negro, passando ser uma religião para todos; só que as velhas tradições, até alguns anos
preservadas, infelizmente, com esta propagação deixaram de ser mantidas e corremos grande risco de num futuro
bem próximo estarmos a mercê de gente que nada tem a ver com os cultos, que entraram para a religião por
acharem bonita, interessante e uma boa fonte de ganhar dinheiro, não que para fazer os rituais não precise de
dinheiro, precisa sim, mas não da maneira que estão fazendo. Antigamente um axé de Búzios e Facas eram dados
a quem tinha DOM comprovado e que realmente aquele iniciado teria sido escolhido pelos Orixás, não ao
contrário; só então teria argumentos para receber o aprendizado, o axé se dava, não era vendido. Por que hoje em
dia se debandam uma porção de batuqueiros para a Igreja Universal entre outras? Muitas vezes estas pessoas
estavam onde não deviam, pois quem é verdadeiramente do Santo já mais o abandona, por mais dificuldades que
se passe não se pula de galho em galho. Há pessoas que pensam por ser do ritual africano não poderá ter uma dor
de barriga; o que iriam dizer os nossos antepassados, que comeram o pão que o diabo amassou no período da
escravidão, não existe no Brasil raça mais massacrada do que a do negro e mesmo assim os verdadeiros
religiosos prosseguiram com sua fé nos Orixás, ou bem ou mal o ritual continua. A culpa não é só desses que
vivem saltitando religiões, é também dos sacerdotes que por qualquer queixa que recebem de um consulente já
acabam os colocando no chão (iniciando-os), sem necessidade, contribuindo com o entra e sai nos terreiros,
deveríamos fechar mais nossas portas a esses acontecimentos, muitas vezes com um simples axé se ajuda a
pessoa em dificuldades, sem precisar colocá-las em compromisso. Ao pastor o que é do pastor e aos terreiros o
que é dos Orixás. Nos dias de hoje cumprir com as obrigações não é nada barato, dar uma festa de quatro pés,
precisa-se de uma boa quantia em dinheiro, e não se consegue fazer se não unir várias pessoas num barco.
Sabemos de sacerdotes antigos que não tem conseguido cumprir com seus rituais de obrigações por falta de
dinheiro. Hoje a religião dos humildes se tornou a religião que tem o mais alto custo em seus rituais, e isto não é
culpa dos religiosos, é a crise financeira que assusta o mundo.

A religião que antes encontrara condições sociais, econômica e culturais muito favoráveis, hoje privilégio de
poucos terreiros, deixou de ser a religião dos pobres de todas as origens étnicas e raciais e passou a ser a religião
das elites, não só no sul, mas em todo Brasil. A princípio a expansão da religião deveria ser para a conservação
dos rituais, temo que aconteça ao contrário, peço ao grande pai Oxalá e à Olorum, que ilumine a mente dos
verdadeiros sacerdotes para que possam refletir sobre estes fatos e passar a formar verdadeiros herdeiros dos
segredos nos cultos Africanos.

Há também o culto aos eguns, que há poucos que dominam bem esta parte da religião. Este é o lado mais
melindroso de nossa religião, não é uma coisa assim tão misteriosa, porém, não se faz este ritual com freqüência,
assim como fizemos para os Orixás. Hoje em dia todos querem ter o assentamento de Balê; antigamente só
sentava Balê quem tinha pai ou mãe de santo falecidos(dentro da Nação Ijexá), para poder ter um egum chefe
dentro do Balê; As rezas de eguns são poucas pessoas que sabem tirar como nos tempos passados. É importante
que , aqueles que ainda detem conhecimentos no culto aos eguns que passe aos seus descendentes religiosos,
assim como os trabalhos, trocas, limpezas, rezas e outros fundamentos da religião africana. Nas décadas passadas
quando um Babalorixá ou uma Yalorixá precisava passar uma limpeza ou fazer uma troca, enfim , qualquer tipo
de trabalho os seus próprios filhos de religião estavam aptos para fazer, hoje em dia, muitas vezes tem que
depender de sacerdotes de outros terreiros; e nem sempre se cai em boas mãos. Quando falecia um pai ou mãe de
santo os filhos da casa eram quem faziam as obrigações de erissum (èrìsún); hoje muitas vezes dependem de
gente de outras casas para fazerem este ritual, se morre alguém da Nação Ijexá é importante que o èrìsún seja
feito por gente da mesma Nação e assim por diante.
ORIXÁS DA NAÇÃO IJEXÁ

Bará
Este é o Orixá saudado em primeiro lugar em todos terreiros de nação Africana; sem
bará não se faz nada, é o principio e o fim de tudo. Bará é o dono das encruzilhadas,
dono das porteiras, de todas as chaves e de todos os caminhos, se estiver
atrapalhado, precisando de ajuda para obter um emprego ou realizar qualquer tipo de
negócios este é o Orixá que pode te dar a solução. É o primeiro a receber oferendas,
antes de qualquer outro orixá, o bará é insubstituível, em qualquer situação temos
que chegar até ele.

No Rio Grande de Sul, cultuamos:

BARÁ LODÊ - que tem seu assentamento feito do lado de fora do terreiro, junto
com Ogum Avagãm.

BARÁ ADAGUE - trabalha nas encruzilhadas, seu assentamento é feito dentro dos
terreiros; é um dos mais requisitados, faz a frente dos Orixás: Ogum, oiá, xangô,
ode, otim, oba, ossae e xapanã.

BARÁ LANÃ - trabalha também nos cruzeiros, tem as mesmas funções do bará
adague, responde também nos cruzeiros de mato.

BARÁ AJELÚ - este é o bará dos orixás de água como oxum iemanjá e oxala, além
do epô usa-se mel nas sua oferendas, trabalha de acordo com ogum adiola.
Bará é Deus de todo e qualquer movimento, é ele quem faz a ligação entre o homem
e os demais Orixás, é o mais humanos de todos, pois é o que está mais próximos de
nós, está em toda parte dia e noite, se tens algum projeto na sua vida e quer que tudo
corra bem, agrade este orixá. A cor de bará é o vermelho seu dia da semana é
segunda-feira.
Ogum Orixá

Deus guerreiro, senhor da guerra, dono do ferro e todos os seus derivados, senhor
de todas as armas, dono da faca e da bebida de álcool, é o legítimo esposo de
Iansã', que o traiu com o rival xangô. Para vencer demandas tem que se agarrar
com ogum, depois de bará é o próximo a receber oferendas, aliás diga-se de
passagem , estes dois orixás são os que mais trabalham dentro do panteão
africano. Algumas qualidades de Ogum trabalham de acordo com o Orixá Bará,
citemos como exemplo Ogum Avagãm, que tem seu assentamento junto com
Bará Lodê, e sua morada é na frente do terreiro, do lado de fora da casa. Na
Nação Ijexá também cultuamos Ogum Onira e Ogum Adiola, este último é um
guerreiro guardião que trabalha na beira da água aos mandos de Oxum Iemanjá e
Oxala. Qualquer sacerdote de Orixá tem que ter Ogum em seus assentamentos,
pois este é o dono do axé de facas; suas cores são o vermelho e verde, seu dia da
semana é quinta-feira, seu sincretismo aqui no sul é com São Jorge. Ogum é o
protetor dos Policiais e dos soldados.

Iansã

Orixá dos ventos e das tempestades, foi esposa de Ogum, o qual deixou por amor
a Xangô; dos Orixás femininos é a mais guerreira; Iansã é associada a
sensualidade. Tanto acompanhou Ogum quanto Xangô em suas batalhas, é a dona
das relações sexuais.
Certas Iansãs são ligadas ao culto dos eguns (espíritos dos mortos), é o Orixá que
comandas o Balê junto com Xangô.
As filhas de Iansã são audaciosas, poderosas, autoritárias, se contrariadas em
seus objetivos deixam levar a manifestações de extrema cólera. A espada também
é seu símbolo, representando seu caráter guerreiro; divide com Xangô o poder
sobre o raio; sua cor é o vermelho e branco seu dia são terça e quinta-feira. Seu
sincretismo é com Santa Bárbara.
Orixá

Xangô

Orixá do raio e do trovão, senhor da justiça, é um dos mais cultuados no


Brasil. No Rio Grande do Sul cultuamos: Xangô Ogodô, Xangô Aganju e
Xangô de Beije.
Xangô Ogodô é sincretizado com São Jerônimo, Aganju com São Miguel
Arcanjo e Xangô de Beije com Cosme e Damião. Sua comida preferida é o
Amala.
Este orixá representa a sedução masculina, já que teve como mulheres três
iyabás, 0xum, Oba e Iansã. È o protetor dos estudiosos, intelectuais, dos
Advogados, Juízes e tudo que se relacione com justiça. Sua cor é o vermelho
e branco seu dia da semana é terça-feira, sua saudação é Kaô Kabiecilê!

Orixá

Ibêje - Ìbeji

Ibêje, na Nação Ijexá, cultuada no sul do Brasil, são entidades Gêmeas que
formam um único orixá, permanentemente duplo, (formado por duas
entidades distintas), que coexistem, representando o princípio básico da
dualidade. São Orixás crianças; seu assentamento é feito em "vultos" (orixás
feito em madeira). São os Deuses gêmeos de grande prestígio no sul , como
em todo Brasil, a maior homenagem aos ibêjes consiste numa mesa (toalha
arreada no chão) na qual se serve somente crianças até sete anos de idade,
para comerem canja feita das aves que foram sacrificadas aos ibêjes , e doces
de toda qualidade, ganham brinquedos, balas, pirulitos etc.
Odé Orixá

Odé é o orixá das matas e florestas onde vive a caçar; é o protetor dos
caçadores; seus filhos são espertos, rápidos e atentos, tomam conta de um lar
perfeitamente, buscando tudo para alimentar seus dependentes. Qualquer
expedição que envolva caça, é bom oferendar Odé para obter bons resultados.
Este Deus representa a fartura das matas, seu símbolo é o arco e flecha, sua
cor é o azul marinho, seu dia da semana é segunda-feira, seu sincretismo no
sul é com São Sebastião.

Orixá

Otim

Orixá que acompanha Odé, vive no mato a caçar junto com seu companheiro,
come toda espécie de caça. Junto com Odé também é dona da pontada
pneumonia, no Brasil esta iyaba é muito pouco cultuada; Aqui no Rio Grande
do Sul o culto á Otim ainda se mantém e quase todos sacerdotes tem os
assentamentos de Otim entre seus Orixás, mas mesmo assim é raro ver filhos
de Otim.
Orixá

Obá

Obá, é uma das mulheres de Xangô, Orixá guerreira, que por ser fisicamente
forte, é muito respeitada pelos Orixás masculinos; Quando Obá se tornou
mulher de Xangô surgiu grande rivalidade com oxum, a qual lhe pregou
grande peça que lhe custou a perda de uma das orelhas. Obá reponde pelos
amores com perturbações, ciúmes, desonra e falsidade. Para nós aqui no Rio
Grande do Sul ela é a dona da navalha, do corte, da roda e da direção. É
protetora dos motoristas, as seguranças para automóveis são feitas para Obá;
é dona também do enxume. È o Orixá feminino associado as lutas, seu ritual
se perdeu com a falta dos antigos sacerdotes, não é muito fácil encontrar
filhos de Obá.
Seu dia da semana na nação Ijexá é segunda-feira, sua cor é o marrom é
sincretizada com Santa Catarina.

Orixá

Ossain

É o nosso médico da Religião Africana, é o dono das plantas medicinais, sua


importância é fundamental nos ritos africanos desde uma simples lavação de
cabeça até o assentamento de orixás começam com o uso de suas ervas.
Geralmente os filhos de ossain tem as mãos boas para fazer trabalhos para
cura de enfermos, seus filhos tem caráter equilibrado, capazes de ouvir e dar
bons conselhos.
Todas as ervas, chás, folhas e vegetação pertencem a Ossain; é ele quem
libera a propriedade mágica das folhas. Sua cor é o verde claro, seu dia da
semana na nação Ijexá é segunda-feira.
Orixá

Xapanã

Deus da varíola e de todas as doenças contagiosas, senhor da saúde e das


doenças, pois tanto pode produzir as doenças como curá-las; este é o Orixá do
sofrimento, e com sua ajuda pode-se ter grande triunfo em toda e qualquer
dificuldade.
Xapanã, embora seja Rei de Jejê, é muito cultuado na nação Ijexá; trabalha
nos matos e cemitérios, xapanã é associado a morte; fuma cachimbo; é o
dono da vassoura, com que varre os males dos nossos caminhos, é o legitimo
dono da limpeza. Na maioria dos trabalhos de religião que envolva limpezas
sempre Xapanã é reverenciado.
Sua cores são o vermelho e preto, roxo, lilás e sua vassoura para trabalhos
tem sete cores, é sincretizado com Nosso Senhor dos Passos, seu dia da
semana na nação Ijexá é quarta-feira.

Oxum

Orixá das águas doces rios, lagos e cachoeiras; Oxum representa a


beleza, dona da aliança, da união , do amor, do casamento, da alegria e
da felicidade.
Oxum é a rainha da nação Ijexá; é deusa da fertilidade, é dona do ouro
e de todas as jóias preciosas. Das esposas de Xangô, Oxum é a mais
amada, é a iyaba mais vaidosa do panteão africano. Tudo que se
Orixá
relacione a alegria e a riqueza tem a ver com Oxum. Também é
protetora das crianças; os casais que tem dificuldades para terem filhos
tem que se apegar com Oxum, ela é a Deusa da fertilidade, é a mãe
que ajudou a criar todos os filhos de Iemanjá, ela controla a
fecundidade e o ventre materno. Oxum, é a senhora elegante, de
muitas jóias, deusa da prosperidade e da fartura; sua cor é o amarelo,
seu dia da semana é o sábado, seu sincretismo é com diversas Nossa
Senhora.
Orixá

Iemanjá

Mãe poderosa, que governa os oceanos, dona da mente e do


pensamento, dona da viagem e das mudanças.
Iemanja é a mais popular dos Orixás no Brasil, representa o mar. De
seu ventre nasceram a maioria dos Orixás, é esposa de Oxala, senhor
da criação, ela é freqüentemente representada por uma sereia,
principalmente na Umbanda, ela representa a mãe, a família, senhora
imponente, se contrariada não tem quem a acalme. A dança de Iemanja
é solene e cheia de ondulações, seu dia da semana é sexta-feira, sua
cor é o azul, no Sul é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes,
inclusive, uma das maiores homenagens feita para Iemanja é no dia
dois de fevereiro, dia da Santa católica.

Orixá

Oxalá

O grande Orixá, o mais elevado do panteão africano depois de


Olurum, senhor da criação do mundo e dos homens. Oxalá é o pai de
todos os deuses africanos, usa branco é o patrono da paz, grande chefe
da ciência espiritual, Deus purificador, senhor das águas doces.
Oxalá é representado por um velho encurvado, mas, de compostura
serena, benévola, que tem resposta para tudo, é o sábio do universo.
Também cultuamos o Oxala jovem, que em sincretismo seria Menino
Jesus de Praga, este se manifesta em seus filhos dançando como um
moço e tem as mesmas funções do Oxalá velho.
Oxalá usa o cajado que representa o poder, é o orixá da transformação
da natureza.
Sua cor é o branco, é sincretizado no Sul com Divino Espírito Santo e
Nosso Senhor do Bom Fim, seu dia da semana (no sul) é domingo.

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