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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO TRABALHO


DE ...

Falta estabilidades

Nome:________, nacionalidade: ________ profissão, ________ , portador do RG


n°___________ , inscrito no CPF/MF n° ________ , CTPS n° ________ Série:
________ , PIS nº ________ , Residente e domiciliado à Rua/Av/
_________________ , n°____ , Bairro: ________ Cidade: ______ , UF:_______.

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
C/C PEDIDO LIMINAR

Em face de ____________________________________, inscrito no CNPJ/CPF


n° ________, com endereço à ________, nº ___, Bairro: ___________ Cidade:
________, UF____, CEP:__________.

2° Reclamada ____________________________________, inscrito no


CNPJ/CPF n° ________, com endereço à ________, nº ___, Bairro: ___________
Cidade: ________, UF____, CEP:__________, pelo rito ________, pelas razões de
fato e de direito que passa a expor:

PRELIMINAR DE CITAÇÃO EM NOME DOS SÓCIOS

Requer preliminarmente, que seja procedida a citação em nome dos sócios


da reclamada, visto que o endereço que a reclamada estava estabelecida, não mais é
utilizado pela reclamada, por conta ...

Sendo assim requer sejam procedidas as citações em nome dos seguintes


sócios :
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Estrada de Itapecerica, nº 11.490 – 1º Andar – Valo Velho – São Paulo/SP


CEP:05858-004 - Fone: 5812-4529
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Cabe ressaltar que, _____________________________, se retiraram da


sociedade em ____________, porém conforme disposto no art. 1.003, parágrafo único
do Código Civil, a responsabilidade dos mesmos subsiste até dois anos após a averbação
da alteração no quadro societário, sendo assim vejamos o que afirma o dispositivo:

"Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato,


responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a
sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio".

Para firmar o entendimento do Código Civil, a Lei 132.467/17, em seu artigo 10-A,
agora dispõe:

“Art. 10-A. O sócio retirante responde solidariamente pelas


obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que
figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos
depois de averbada a modificação do contrato, observada a
seguinte ordem de preferência:

I – a empresa devedora;

II – os sócios atuais;

III – os sócios retirantes.

Sendo assim, devem ser procedidas as citações em nome dos sócios


supracitados pelos motivos expostos.

DA JUSTIÇA GRATUITA

Preliminarmente, o Reclamante é pessoa pobre, no sentido legal do termo, não tendo


condições de arcar com as despesas processuais e honorárias advocatícios, sem prejuízo
de seus respectivos sustentos e da família, de modo que requer que V. Exa. se digne a lhe
conceder os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, conforme art. 789, § 9º, da CLT,
combinado com o art. 4º da Lei 1.060/50 e artigo 5º LXXIV da Constituição Federal.

TRAMITAÇÃO PREFERENCIAL DO FEITO (utilizar se aplicável ao caso


concreto)

· Idoso (artigo 71, da Lei 10.741/03; artigo 1048, I, do CPC)

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· Dissídio sobre salário (artigo 652, parágrafo único, da CLT).


· Dissídio originado pela falência do empregador (artigo 652, parágrafo único, da CLT).

· Parte ou interessado portador de doença grave (artigo1211-A do CPC).

· Pessoas com deficiência (art. 9º, VII, Lei 13.146/15).

· Crianças e adolescentes (art. 1048, II, CPC).

DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – EXPEDIÇÂO DE ALVARÁ


JUDICIAL PARA MOVIMENTAÇÃO DA CONTA VINCULADA DO FGTS.

Conforme já mencionado acima, a Reclamante foi demitido sem justa causa


em 06 de Abril de 2017. Ocorre que, até a presente data, a Reclamada não lhe forneceu o
TRCT, assim como também não ocorreu a devida homologação perante ao sindicato de
classe, impedindo dessa forma o saque do valor existente na conta vinculada do FGTS.

No presente caso, os requisitos para a concessão da antecipação dos efeitos da


tutela estão presentes, uma vez que os documentos que instruem esta peça exordial
demonstram que o rompimento do vínculo empregatício se deu por iniciativa do
empregador, sem justa causa.

O Art. 300 do CPC, subsidiariamente aplicado no caso em tela por força do


Art. 769 da CLT, estabelece que a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano.
O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação encontra-se presente na
necessidade do Reclamante garantir a sua subsistência e de sua família.

Neste sentido, observamos o recente posicionamento do TRT-1

TRT-1 - MANDADO DE SEGURANÇA MS 00111950820155010000


(TRT-1)
Data de publicação: 17/02/2017
Ementa: SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. LIBER
AÇÃODO FGTS E HABILITAÇÃO NO SEGURO DESEMPREGO.
Inexistindo fato novo que autorize a modificação da decisão
liminar, e ainda, diante do fundado receio de dano irreparável ou
de difícil reparação na espera pelo provimento jurisdicional final,
uma vez que o levantamento do FGTS e a habilitação no benefício
do seguro desemprego são institutos cuja mens legem foi dar
proteção ao trabalhador imotivadamente dispensado,
especialmente em face do caráter alimentar e familiar dos
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créditos trabalhistas, há de ser mantida a liminar e concedida a


segurança.
Por todo exposto, REQUER o deferimento da antecipação dos
efeitos da tutela, a fim de que seja expedido alvará judicial, para
que o Reclamante possa sacar o valor existente na sua conta
vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC.

DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi contratado em ________ pelo Reclamado para trabalhar no cargo de


________, com a função de ________ com jornada de ________ horas diárias, das
________ horas às ________ horas com ________ de intervalo.
A remuneração contratada para ________ horas semanais foi de ________, sendo
demitido em _____, sob a égide de demissão_________.

Folgando aos sábados, domingos e feriados.

Ocorre que ________, motivo pelo qual vem em busca da tutela jurisdicional pela
presente Reclamatória Trabalhista.

DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

O reclamante sempre cumpriu determinações da reclamada mediante


remuneração pactuada, preenchendo todos os requisitos necessários para reconhecimento
do vínculo empregatício previstos no art. 3º da CLT:

“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário”.
O Reclamante, no presente caso preenche todos os requisitos, a saber:

 Pessoa física - Diferentemente do que permitiu a Reforma Trabalhista, o


Reclamante não foi contratado como autônomo, mas sim como pessoa física com
total subordinação, exclusividade e pessoalidade ao reclamado.

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 Pessoalidade – Os encargos eram executados exclusivamente pelo Reclamante


que recebia as atribuições individualmente, prestando os serviços com
pessoalidade, comprometimento e zelo.

 Habitualidade – Todas as atividades eram executadas pelo reclamante nos


mesmos horários com habitualidade, sempre dentro das determinações impostas
pela reclamada;

 Onerosidade – O reclamante percebia habitualmente a remuneração de R$


________ por mês, conforme extrato de sua conta que junta em anexo,
caracterizando a onerosidade das tarefas realizadas;

 Subordinação – O reclamante era subordinado à Reclamada, uma vez que toda


execução da prestação do serviço era mediante ordens e determinações de
________ , não tendo o reclamante qualquer autonomia na execução de suas
atividades.

Diante de tais elementos, deve ser reconhecido o vínculo, conforme


precedentes sobre o tema:

ASSISTENTE DE LIQUIDAÇÃO. TRABALHO AUTÔNOMO.


AUSÊNCIA DE PROVA. VÍNCULO EMPREGATÍCIO
RECONHECIDO. Quando a reclamada apresenta defesa, alegando
ter havido com o reclamante outra relação que não a de emprego,
ordinariamente esperada, atrai para si o ônus de provar a não
ocorrência das características do vínculo empregatício, posto que
argüiu fato modificativo do direito do autor. Em não se
desvencilhando desse ônus e evidentes os elementos
decorrentes do bojo probatório, correto o reconhecimento
do vínculo empregatício. (TRT-7 - RO:
00007408020155070011, Relator: REGINA GLAUCIA
CAVALCANTE NEPOMUCENO, Data de Julgamento: 16/11/2016,
Data de Publicação: 16/11/2016)
Resta claro, portanto, a presença de todos os requisitos necessários para o
reconhecimento do vínculo empregatício.

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DA RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante não recebeu o pagamento dos seus salários correspondentes aos meses
de janeiro a abril do ano de 2015, além de outras verbas trabalhistas devidas, que
serão alinhadas posteriormente.

Assim, fica devidamente comprovado que a reclamada não está arcando com a sua
responsabilidade no pacto laboral.
Sobre o contrato de trabalho, como é sabido, faz lei entre as partes e tem como
fundamento o “pacta sunt servanda”, que estabelece que os acordos devem ser
cumpridos.

Acerca do assunto o artigo 483 da CLT, assim prescreve:


Art. 483 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear
a devida indenização quando:
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu
contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não
no serviço até final decisão do processo. (Grifamos)
Desse modo, tem direito o Reclamante à rescisão indireta do seu contrato de trabalho.
Ainda, a lei lhe permite optar por não permanecer no serviço até o final da decisão do
processo.

DA FORMAÇÃO DO GRUPO ECONÔMICO

O Reclamante foi admitido pela 1ª Reclamada, ________, mas na prática


exercia suas funções para a 2ª Reclamada - ________ nas suas dependências, razão pela
qual esta última se valia do resultado do labor do Reclamante, sendo diretamente
beneficiada.
Na prática, percebe-se que a gestão das empresas ocorre concomitantemente
pelos mesmos diretores. Alguns fortes indícios levam à conclusão de Grupo Econômico:

a) A direção e/ou administração das empresas pelos mesmos sócios


e gerentes e o controle de uma pela outra; Prova de
administração homogênea.

b) A origem comum do capital e do patrimônio das empresas; Prova


de capital ou patrimônio comum.

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c) A comunhão ou a conexão de negócios; Prova de negócios


comuns.

d) A utilização da mão-de-obra comum ou outros elos que indiquem


o aproveitamento direto ou indireto por uma empresa da mão-
de-obra contratada por outra. Prova de atividades para ambas
empresas.

Trata-se de responsabilidade solidária das reclamadas, conforme clara redação do


Art. 2º da CLT:
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico,
serão responsáveis solidariamente pelas obrigações
decorrentes da relação de emprego.

Nesse sentido, tem-se a seguinte decisão:

RESPONSABILIDADE TRABALHISTA. SOLIDARIEDADE. GRUPO


ECONÔMICO. A solidariedade quanto às responsabilidades
decorrentes das relações trabalhistas, regidas e impostas pela CLT às
empresas que tenham controle acionário ou administrações comuns,
deflui da presunção da existência de interesses comuns, satisfeitas
aquelas condições. Ademais, não só a existência de sócios comuns
culmina no reconhecimento da solidariedade. Comprovada a
promiscuidade na administração das empresas envolvidas,
reconhece-se a constituição do grupo econômico e, emergente desta
situação, a co-responsabilidade destas pelos fardos trabalhistas”
(TRT 2ª Reg. RO n. 02940091409 – Ac. 10ª T, Rel. Juiz Wagner
José de Souza. DJSP 19.01.1996, p. 245).

Assim, outra não seria a conclusão, senão a configuração de GRUPO


ECONÔMICO entre as reclamadas, sendo essas solidárias no pagamento de todas as
verbas e indenizações ora pleiteadas.

DA SUCESSÃO EMPRESARIAL

A sucessão empresarial, nos termos da redação da CLT, é motivo suficiente


para responsabilizar a empresa sucessora pelos encargos trabalhistas gerados pela
empresa sucedida:
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Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não


afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.

A Reforma Trabalhista tratou de explicitar esta responsabilidade de forma


inequívoca ao introduzir à CLT a redação do Art. 448-A:

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de


empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.

Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente


com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
A característica dos contratos de trabalho recaem intuitu personae, ou seja,
exclusivamente sobre o empregado, já em relação ao empregador o contrato de trabalho
vincula com o empreendimento empresarial independentemente do seu titular.
Com isso, prevalece o princípio da despersonalização do empregador,
preservando a intangibilidade dos contratos de trabalho em face de alterações na
estrutura jurídica das empresas, para preservar os direitos adquiridos por seus
empregados.

A sucessão empresarial das Reclamadas fica caracterizada pelos


seguintes elementos:

a) Transferência de unidade empresarial econômica de


produção (Material e operacional), e;

b) Continuidade da atividade econômica pela sucessora.

Diante destes elementos, caracterizada a sucessão empresarial, tem-se por


inequívoco que a empresa sucessora deve responde integralmente pelos débitos da
sucedida, devendo compor o polo passivo:

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Inclusão de pessoa


jurídica no polo passivo – Fortes indícios de fraude entre empresas
– Caracterização de sucessão empresarial – Situação de
fraude caracterizada – Decisão mantida – Recurso não provido.
(TJ-SP 21642355720178260000 SP 2164235-57.2017.8.26.0000,

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Relator: Maia da Rocha, Data de Julgamento: 01/11/2017, 21ª


Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 01/11/2017).

Assim, tem-se por consubstanciada a caracterização da sucessão


empresarial, devendo ambas empresas compor o polo passivo da presente demanda.
Prova da sucessão
DA NECESSÁRIA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Dentre as alterações da Reforma Trabalhista, insta consignar a inclusão da


possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, dispondo agora a CLT:

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de


desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a
137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo
Civil.

Na teoria menor ou objetiva, admite-se a desconsideração da


personalidade jurídica diante do simples inadimplemento da obrigação.
Referida teoria é fundada na hipossuficiência do credor e sua dificuldade na comprovação,
em juízo, do preenchimento dos requisitos estabelecidos pela legislação no que tange à
má-fé do devedor.

Assim, uma vez comprovada a incapacidade do devedor em arcar com o


pagamento dos créditos exigíveis, inexiste óbice à responsabilização direta dos sócios que
compões a pessoa jurídica executada, conforme precedentes sobre o tema:

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.


POSSIBILIDADE. No Direito do Trabalho é aplicada a teoria
menor da desconsideração da personalidade jurídica em
razão da hipossuficiência do empregado, bem como, da
natureza alimentar das verbas postuladas. (TRT-1 - AP:
00008919320125010342, Relator: Tania da Silva Garcia, Data de
Julgamento: 08/02/2017, Quarta Turma, Data de Publicação:
17/02/2017).

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. Quando


resulta infrutífera a tentativa de penhora de bens da própria
empresa executada, a constrição deve recair nos bens dos
sócios, sendo lícita a desconsideração da personalidade
jurídica, visando à satisfação do crédito trabalhista, que
possui natureza alimentar. Agravo de Petição não provido.
(TRT-1 - AP: 01003947120165010205, Relator: ANTONIO CESAR
COUTINHO DAIHA, Data de Julgamento: 20/02/2017, Terceira
Turma, Data de Publicação: 30/03/2017).
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É o que a doutrina denomina teoria menor da desconsideração da


personalidade jurídica:

Ensina Fábio Ulhôa Coelho que ‘há duas formulações para a teoria
da desconsideração: a maior, pela qual o juiz é autorizado a ignorar a
autonomia patrimonial das pessoas jurídicas, como forma de coibir
fraudes e abusos praticados através dela, e a menor, em que o
simples prejuízo do credor já possibilita afastar a
autonomia processual’ (Curso ..., 2005, v. 2, p.35).
(TARTUCE, Flávio. Direito civil. Vol. 1. 8ª Ed. São Paulo: Método,
2012, p. 240).

Por tais razões que a simples demonstração do inadimplemento do crédito,


bem como inequívoca a hipossuficiência do requerente, é que faz-se necessária a imediata
desconsideração da personalidade jurídica do Réu para que o sócios componham o polo
passivo da presente demanda.

DA GARANTIA DE ESTABILIDADE

(Gestante, acidente de trabalho, membro da CIPA, e etc.)

O reclamante foi dispensado gozando de garantia de estabilidade em decorrência de


______________.

Assim, requer a desconstituição imediata do Aviso Prévio/Demissão, dado ao


Reclamante, devendo o mesmo voltar ao desempenho imediato de suas funções por
gozar de garantia de estabilidade conforme determinação legal.

Destarte, requer o pagamento integral dos salários correspondentes ao meses que o


reclamante gozava de garantia de estabilidade, com os juros legais cabíveis e
monetariamente corrigidos.

AUSÊNCIA DE AVISO PRÉVIO

Diante da inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho


surge para a Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado.

Trata-se de previsão do § 1º do art. 487, da CLT que estabelece que a não


concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do
respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.

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Pela prova carreada, demonstra-se a inexistência de motivos suficientes a


impor a penalidade mais severa: demissão, razão pela qual deve ser revertida, conforme
precedentes sobre o tema:

RECURSO DE REVISTA. AVISO PRÉVIO - RENÚNCIA PELO


EMPREGADO. "O direito ao aviso prévio é irrenunciável
pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento
não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo
comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo
emprego" (Súmula/TST nº 276). Recurso de revista não conhecido.
(...) Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
3952820115040403, Relator: Renato de Lacerda Paiva, Data de
Julgamento: 11/03/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT
20/03/2015).

ABANDONO DE EMPREGO. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA. O


abandono de emprego deve estar devidamente comprovado de
forma a possibilitar a demissão por justa causa, por se tratar de
grave penalidade imposta ao empregado, que exige prova irrefutável,
cabal, irrestrita e inequívoca, na medida em que impõe a suspensão
do trabalho, sem o recebimento do salário devido, e acarreta uma
mácula indelével à vida profissional apenado, não sendo esse o caso
dos autos, o que impossibilita a punição e impõe o
consequente pagamento das verbas rescisórias pela
dispensa imotivada, além dos salários do período de
estabilidade provisória. (TRT-1 - RO: 00104208420135010057, Data
de Julgamento: 07/12/2016, Sétima Turma, Data de Publicação:
24/01/2017).

Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a mais 30


dias de tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%.

DA RETIFICAÇÃO E BAIXA DA CTPS

Embora contratado para laborar em ________ o Reclamante teve sua


CTPS anotada apenas no dia ________ na modalidade contrato de experiência,
deixando de contabilizar mais de ________ meses de contrato.

Conforme ________ , prova que passará a constituir, a efetiva contratação


da Reclamante ocorreu em ________ , sem qualquer registro, requer seja o Reclamado
condenado a retificar a CTPS com data de admissão em ________ na função de
________ .

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Trata-se de dever do Reclamado que deve ser cumprido:

REINTEGRAÇÃO. CONVERTIDA EM INDENIZAÇÃO NA


EXECUÇÃO. RETIFICAÇÃO DA BAIXA NA CTPS. Se a
sentença de mérito, bem como do acórdão, transitado em julgado,
ficaram assentados no sentido de condenar a reclamada na
obrigação de reintegrar o obreiro nos seus quadros, declarando a
nulidade da dispensa, anula também, por via de consequência a
respectiva a baixa na CTPS. Diante desse quadro impõe-se a
reforma da decisão recorrida, para o fim de seja procedida
a retificação da data de baixa na CTPS do reclamante tendo
como base o período estabilitário reconhecido na sentença
de mérito. Recurso conhecido e provido. (TRT-11
02300820040011100, Relator: Ormy da Conceição Dias Bentes)

Bem como deve ser dada baixa na sua CTPS, assinalando como término do
pacto laboral.
DA AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO NA CTPS

Nos termos do art. 29 da CLT e art. 201 da CF/88, a CTPS será


obrigatoriamente apresentada pelo trabalhador ao empregador que terá a
responsabilidade de realizar as anotações e contribuir para a Previdência
Social, garantindo-lhe os direitos trabalhistas e previdenciários.
Destaca-se que por força da Súmula 62, do Superior Tribunal de Justiça, a
Justiça Estadual tem competência para julgar os crimes de falsa anotação da carteira de
trabalho:
“Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa
anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído
a empresa privada”.
Com esta súmula, ficou pacificado o entendimento de que a falsa anotação
ou ausência da anotação obrigatória configura crime ao empregador, razão pela qual deve
ser imediatamente efetivada:

RECURSO ORDINÁRIO. PLEITO DE ANOTAÇÃO DA CARTEIRA


DE TRABALHO. OMISSÃO DO JULGADO RECONHECIDA.
APRECIAÇÃO IMEDIATA DO PEDIDO. Dentre as pretensões
recursais ventiladas pela Reclamante em seu Apelo, a
única que se revela verdadeiramente legítima diz respeito
à anotação de sua Carteira de Trabalho. Verifica-se que a
análise desse Pleito foi ignorada pelo Juízo a quo, o que impõe a este
Órgão Julgador, ante o permissivo legal contida no artigo 1.013, do
CPC, a sua apreciação imediata. A partir das informações contidas
nos Autos, definiu-se como datas de início e fim do pacto, os dias
01/10/2015 e 18/01/2016, estabelecendo-se por fim que os registros
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seriam promovidos pela Reclamada no prazo e sob as cominações


impostas pelo Juízo de Origem. Recurso ordinário a que dá parcial
provimento. (TRT-20 00007461420165200004, Relator:
JOSENILDO DOS SANTOS CARVALHO, Data de Publicação:
02/05/2017).

Ou seja, em qualquer das situações, tem-se a configuração de crime, razão


pela qual REQUER A IMEDIATA REGULARIZAÇÃO DAS ANOTAÇÕES na CTPS
do Reclamante.

DAS HORAS EXTRAS

A priori, o reclamante declara que nunca compensou ou recebeu qualquer valor a título
de hora extra, devendo as horas extras apuradas serem pagas tendo como base o valor
real da remuneração do reclamante, de R$_________, com o adicional de ____%
previsto na cláusula _________ da CCT do reclamante que segue anexa.
O reclamante foi contratado para trabalhar das _______ às ______ hs, mas na
realidade sua jornada de trabalho era das ______ às _____hs.

A Reclamada, em que pese ter mais de 10 funcionários em seu quadro de pessoal, não
anda em acordo com a legislação vigente, pois não mantém cartão de ponto para
controle de jornada dos funcionários. Assim sendo, esta evoca para si o ônus da prova e,
no caso de negar a jornada declarada acima, a Reclamada terá a obrigação legal de
comprovar o alegado.

Assim sendo, pugna o Reclamante pelo pagamento das horas extras narradas acima,
utilizando a média salarial de R$ ___________, com o pagamento do adicional de
______%, conforme prevê a cláusula _______da CCT do reclamante, e, dada a sua
habitualidade, o reflexo das mesmas nas parcelas de direito, quais sejam: 13º salário,
férias simples e proporcionais, 1/3 de férias, aviso prévio, parcelas rescisórias pagas no
TRCT e, a incidência no FGTS e RSR.

DA NÃO CONCESSÃO DE INTERVALO INTRAJORNADA

A Reclamante foi contratada para laborar no horário de ________ às


________ , de segunda à sábado.
Ocorre que por decisão unilateral da Reclamada, sem qualquer motivação ou
acordo prévio, a Reclamante se viu obrigada a prestar a mudar seu horário para
________ às ________ de segunda à sexta feira, sem poder usufruir, portanto, do
intervalo intrajornada para descanso e refeição de pelo menos 1 (uma) hora ou com
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intervalos não superiores a 10 minutos, e aos sábados ainda tinha que trabalhar das
________ às ________ .

Ao empregado que não usufrui de todo período de intervalo é devida a


indenização, conforme forte posicionamento jurisprudencial sobre o tema:

INTERVALOS INTRAJORNADA. ART. 71 DA CLT. É ônus do


empregador comprovar a fruição completa do intervalo
intrajornada, podendo para tanto utilizar-se da faculdade de pré-
assinalar tais períodos nos cartões-ponto. Não havendo tais
provas, presume-se verdadeira a tese inicial de que os
intervalos foram fruídos apenas parcialmente. Aplicação
do entendimento da Súmula 437 do TST. Devidos intervalos
de 15 quando a jornada mediou entre 4 horas e 6 horas e de 01 hora
quando a jornada superou 06 horas, tudo com adicional de 50%.
Recurso da primeira reclamada provido em parte para limitar os
intervalos deferidos de acordo com a jornada cumprida. (TRT-4 -
RO: 00207268220155040373, Data de Julgamento: 17/11/2016, 6ª
Turma).

REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA POR


NEGOCIAÇÃO COLETIVA. INVALIDADE. A norma legal que
estabelece a obrigatoriedade do intervalo intrajornada (art. 71 da
CLT)é de ordem pública e se sobrepõe à vontade das partes, sendo
insuscetível de alteração unilateral pelo empregador ou mesmo por
meio de ajuste coletivo. Na forma do § 3º do art. 71 da CLT,
somente o Ministério do Trabalho e Emprego pode
autorizar a redução do intervalo, até porque é necessário
verificar se o estabelecimento atende às exigências concernentes à
organização dos refeitórios, bem como se os empregados não estão
submetidos à regime de prorrogação de jornada. (Súmula nº 437, II,
do TST). (TRT-12 - RO: 00001757020155120046 SC 0000175-
70.2015.5.12.0046, Relator: JOSE ERNESTO MANZI, SECRETARIA
DA 1A TURMA, Data de Publicação: 08/03/2017).

A OJ 307 da SDI-1 do TST regula com severidade a não observância do


horário de repouso exatamente para inibir tal procedimento. Assim sendo, a indenização
das horas deve ser em sua integralidade com adicional de no mínimo 50%.

Assim, o Reclamante faz jus ao pagamento de ________ horas,


devidamente acrescidas em 50% (cinquenta por cento) da hora normal, em razão da não
concessão do intervalo para refeição e descanso, nos termos do § 4º do art. 71da CLT.

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Todas as horas extras acima requeridas, por serem habituais, devem refletir
no pagamento proporcional de: férias com 1/3 de adicional, 13º salário, repousos
semanais remunerados e no FGTS, INSS, diferenças de salários, etc.

DA INOBSERVÂNCIA DO INTERVALO INTERJORNADA

Como referido, a jornada do Reclamante era de ________ horas, de


________ às ________, de segunda à sábado.

Ocorre que por decisão unilateral da Reclamada, sem qualquer motivação ou


acordo prévio, a Reclamante vinha sendo exigida a trabalhar mais de 10h por dia, sem a
devida observância do intervalo interjornada conforme prova que faz em anexo.

Trata-se de clara inobservância a dispositivo legal que determina:


CLT Art. 66: Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período
mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
Ao empregado que não usufrui de todo período de intervalo é devida a
indenização, conforme forte posicionamento jurisprudencial sobre o tema:

INTERVALO INTERJORNADA (ART. 66 DA CLT). NÃO


OBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS DEVIDAS. Provado nos autos
que o reclamante não usufruía integralmente do intervalo
interjornada de onze horas entre duas jornadas, previsto no art. 66
da CLT, deve o empregador remunerar, como extras, as horas que
faltarem para completar tal intervalo. Aplicação do disposto na
Orientação Jurisprudencial nº 355, da SDI-I do C. TST. ADICIONAL
NOTURNO. PRORROGAÇÃO. CABIMENTO. Considerando que o
autor laborava preponderantemente em horário noturno,
prorrogando sua jornada até as 6h, faz jus à remuneração das horas
que ultrapassarem o horário das 5h como horas noturnas reduzidas,
bem como à incidência do adicional noturno sobre elas. Exegese do
art. 73, §§ 4º e 5º, da CLT e da Súmula nº 60, II, do TST.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULAS 219 E 329 DO TST.


SÚMULA 13/TRT11. Não configurados os requisitos previstos na Lei
nº 5.584/70, não há falar em honorários advocatícios. Recurso
conhecido e parcialmente provido. (TRT-11 00014177720165110007,
Relator: MARIA DE FATIMA NEVES LOPES, Gabinete da
Desembargadora Maria de Fátima Neves Lopes).

O tema é de tamanha relevância que foi sumulado pelo TST, pelo qual
determinou pela Súmula 110 que "no regime de revezamento, as horas trabalhadas em
seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas

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consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como


extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional."

Portanto, devido o pagamento indenizatório pelo período não observado de


intervalo interjornada.

DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

A Constituição Federal, por meio do artigo 7º, inciso XV, bem como o artigo
67 da CLT estabelece o repouso semanal remunerado preferentemente aos domingos e,
quando realizado, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente
em matéria de trabalho, o que de fato não ocorreu com o Reclamante.

Dessa forma, diante da súmula 146 do TST, os dias trabalhados em


domingos e feriados deverão ser pagos em dobro sem prejuízo à remuneração relativa ao
repouso semanal conforme precedentes sobre o tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.


PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. NORMA
COLETIVA. BANCO DE HORAS - TRABALHO PRESTADO AOS
SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS (COMPENSAÇÃO DE
PLANTÕES). INVALIDADE. PRESTAÇÃO DE HORAS EXTRAS
ALÉM DO LIMITE DE 10 HORAS DIÁRIAS. ART. 59, § 2º, DA CLT.
SÚMULA 85, V/TST . A Corte de origem, com alicerce no conjunto
fático-probatório produzido nos autos, concluiu que o regime de
banco de horas relativo ao trabalho prestado aos sábados, domingos
e feriados (compensação de plantões), ainda que previsto em norma
coletiva, era inválido, pois, pela avaliação dos registros de ponto,
constatou a prestação de horas extras além da 10ª diária. Com
efeito, o art. 59, § 2º, da CLT condiciona a validade do banco de
horas à observância do limite máximo de 10 horas diárias. Frise-se
que as situações de desrespeito à regularidade do banco de horas
conduzem à automática sobrerremuneração das horas diárias em
excesso, como se fossem efetivas horas extras. Essa conduta resulta
do sentido da norma disposta no § 3º do art. 59 da CLT, o qual
dispõe: "Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que
tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na
forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento
das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da
remuneração na data da rescisão". Assente-se, ainda, que a Súmula
85/TST refere-se somente ao regime compensatório clássico, não se
aplicando ao banco de horas os critérios atenuadores fixados em
seus incisos. Agravo de instrumento desprovido . (TST - AIRR:
7954220135090303, Relator: Mauricio Godinho Delgado, Data de
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Julgamento: 16/11/2016, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT


18/11/2016).

Nesse sentido, considerando que o reclamante laborou aos domingos, no


período de ________ a ________ , conforme provas que junta em anexo, deve usufruir
da devida remuneração.

DO VALE ALIMENTAÇÃO E TRANSPORTES PAGOS EM DINHEIRO

Ao longo de todo período contratual, o Reclamante recebeu auxílio


alimentação no montante de ________ por dia, ________ que era pago em pecúnia
diariamente ao Reclamante.

Assim, nos termos da Súmula 241 do TST:

"O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho,


tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado,
para todos os efeitos legais."

Notem que a Reforma Trabalhista positivou este entendimento ao


descrever expressamente que os vales não compõem a remuneração exclusivamente
quando não disponibilizados em dinheiro:

§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de


ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em
dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.

Trata-se de posicionamento firmado nos Tribunais:

COMPETÊNCIA MATERIAL. LIDE ENTRE EMPREGADO E


EMPREGADOR. APLICAÇÃO DO ART. 114, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE PEDIDO SOBRE
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. (...) Se o próprio
empregador se comprometeu por meio da CN 083/89 a conceder
aos aposentados o auxílio alimentação, não pode deixar de cumprir
o avençado (Súmulas nº 51, I e nº 288 do TST). Em igual sentido,
se o auxílio alimentação era pago pela CEF em dinheiro,
sob a rubrica ''reembolso despesa alimentação'' de forma
habitual e gratuita, resta caracterizada sua natureza
salarial. Por esse motivo é devido o FGTS sobre a parcela. (TRT-1 -
RO: 01000771120165010064, Relator: VOLIA BOMFIM CASSAR,
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Data de Julgamento: 09/11/2016, Segunda Turma, Data de


Publicação: 05/12/2016).

Desta forma o Reclamante requer a integração ao salário do valor mensal


pago a título de auxílio alimentação para fins de cálculo de horas extras, 13º salário, férias
simples e proporcionais, 1/3 de férias, aviso prévio, parcelas rescisórias pagas e FGTS.
DOS PRÊMIOS E GRATIFICAÇÕES HABITUAIS

A Reclamante recebia habitualmente valores intitulados ________ . Ocorre


que pela natureza desta remuneração, a Reclamada deveria efetivar o devido recolhimento
de todos os encargos trabalhistas inerentes à natureza salarial dos pagamentos.

A CLT, recentemente alterada pela Lei 13.467/17, esclareceu a natureza de


prêmios excluindo deste conceito os pagamentos sem natureza de reconhecimento por
desempenho superior:

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para


todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente
pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.

(...)

§ 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo


empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a
empregado ou a grupo de empregados, em razão de
desempenho superior ao ordinariamente esperado no
exercício de suas atividades.”

Ou seja, deve ficar perfeitamente demonstrada a natureza extraordinária


destes valores, o que é descaracterizado pelo pagamento habitual de tais verbas.

Diferente disto, seria reconhecer que o trabalhador tinha desempenho


excepcional todos os meses, o que evidentemente não parece razoável.

A habitualidade, apesar de prevista na Reforma Trabalhista, retira


totalmente o caráter excepcional do merecimento ao prêmio, pois deixou de superar o
ordinariamente esperado.

Este entendimento predomina nos tribunais:

PRÊMIO-PRODUÇÃO. HABITUALIDADE. NATUREZA SALARIAL.


Para que o prêmio ostente natureza indenizatória, deve ser eventual,
esporádico, sendo que a habitualidade em seu pagamento
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enseja o reconhecimento de sua natureza salarial, nos


termos do artigo 457, § 1º, da CLT, ensejando os devidos
reflexos. Recurso não provido. (TRT-23 - RO:
00006551520165230076, Relator: JOAO CARLOS RIBEIRO DE
SOUZA, 2ª Turma-PJe, Data de Publicação: 02/02/2017)

A doutrina, no mesmo sentido, traz este esclarecimento:

O fato de o empregador rotular um pagamento como "prêmio-


produção", "prêmio-assiduidade" ou "prêmio" por tempo de
serviço, por exemplo, não acarreta a interpretação que estas
parcelas não têm natureza salarial, pois contraprestacionam o
trabalho executado ou o gratificam, além de serem habituais, e, por
isso, têm natureza salarial (Súmula nº 209 do STF) e não se
caracterizam como prêmio stricto sensu, mas sim em gratificações
(interpretação contida, por exemplo, nas Súmulas nos 115, 202,
203, 225 do TST - todos nominaram as referidas parcelas como
gratificações e não como prêmios). (CASSAR, Vólia Bomfim. Direito
do Trabalho, 11ª edição. Método, 06/2015. VitalBook file, Capítulo
33, Título 7).

Razão pela qual, devido o reconhecimento dos valores pagos a título de


________ como natureza salarial para fins os devidos reflexos.
Prova do recebimento dos prêmios
DO PAGAMENTO DE COMISSÕES POR FORA E DA INTEGRAÇÃO DOS
VALORES À REMUNERAÇÃO

No período contratual de trabalho, era pago, mensalmente ao Reclamante,


valor denominado ________ o que não era prevista na CTPS. Em média, o valor pago a
este título alcançava a monta de ________ (R$) mensais e, conforme se evidenciará nos
contracheques apresentados pela empresa, este prêmio nunca foi integrado à
remuneração mensal do Reclamante.

Trata-se da exata redação da Súmula 27 do TST “É devida a remuneração


do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que
pracista.”
Esta regra vale, inclusive, para o cálculo as horas extras, conforme clara
redação da súmula 340 do TST:

O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de


comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-
hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor
o número de horas efetivamente trabalhadas.
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Este posicionamento foi formalizado pela Reforma Trabalhista ao positivar


em seu Art. 457:
§ 1o Integram o salário a importância fixa estipulada,
as gratificações legais e as comissões pagas pelo
empregador.

Trata-se de entendimento pacífico na jurisprudência:

COMISSÃO PAGA "POR FORA". DIFICULDADE DE


COMPROVAÇÃO. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO.
PROCEDÊNCIA. Considerando-se as dificuldades enfrentadas pelo
trabalhador, parte mais vulnerável na relação jurídica processual
trabalhista, para produzir provas aptas a comprovar suas alegativas,
sobretudo como no caso dos autos, no qual a parcela controversa
trata-se de comissão paga "por fora", há o julgador que avaliar um
conjunto de fatores e circunstâncias, de modo que sua decisão tenha
como base a realidade vivenciada pelo trabalhador. No caso em tela,
ficando comprovado através do conjunto probatório, o pagamento
de "comissão por fora", de forma habitual e não registrada
através de recibo de pagamento, de se reformar a Decisão
Singular para determinar a integração da média mensal
das comissões, fixada no valor de R$ 1.260,00, à
remuneração do reclamante para todos os efeitos legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Indevidos conforme Súmula nº 2
deste Tribunal. Recurso parcialmente provido. (TRT-7 - RO:
00001527020155070012, Relator: EMMANUEL TEOFILO
FURTADO, Data de Julgamento: 07/12/2016, Data de Publicação:
07/12/2016).

Ademais, sobre as comissões pagas por transações canceladas, não pode o


empregador reter as comissões sob pena de grave ilegalidade:
O direito à comissão surge após ultimada a transação pelo
empregado, sendo indevido o cancelamento do pagamento até
mesmo pela inadimplência do comprador. Assim, correto o TRT ao
concluir pela ilegalidade da retenção do pagamento das comissões
após a rescisão contratual. Recurso de revista conhecido e
desprovido. (TST, Relator: Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira, Data de Julgamento: 24/09/2014, 3ª Turma).

Assim, além da retificação da CTPS, deve ser considerado para fins de


cálculo de horas extras, 13º salário, férias simples e proporcionais, 1/3 de férias, aviso
prévio, parcelas rescisórias pagas no TRCT e, a partir das verbas acima postuladas a
incidência no FGTS, RSR, recompondo ainda os vencimentos da Autora para apuração
das parcelas pleiteadas na presente peça.
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DAS DIÁRIAS ACIMA DE 50% DO SALÁRIO

Conforme provas que junta em anexo, o Reclamante percebia mensalmente


o valor de R$ ________ à título de diárias para viagem. Note, todavia, que tal valor
ultrapassa 50% do salário do reclamante que é de apenas R$ ________.
Portanto, devem integrar o salário do Reclamante as diárias para
viagem pagas pelo empregador, quando excedentes de 50% (cinquenta por cento) do
salário percebido pelo empregado. Trata-se de clara redação do § 2º do art. 457 da CLT
e da súmula 101 do TST:

Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios,


as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do
salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens. (Primeira
parte - ex-Súmula nº 101 - RA 65/1980, DJ 18.06.1980; segunda
parte - ex-OJ nº 292 da SBDI-1 - inserida em 11.08.2003)
E os precedentes sobre o tema, seguem o mesmo entendimento.

HORAS EXTRAS. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE


EXTERNA. POSSIBILIDADE DE CONTROLE DE HORÁRIO. NÃO
SUJEIÇÃO DO TRABALHADOR À EXCEÇÃO PREVISTA NO ART.
62, I, DA CLT. Sendo a atividade externa realizada pelo empregado
compatível com a fixação e controle de jornada, não há falar na
exceção prevista no art. 62, I, da CLT, sendo devidas ao trabalhador
as horas extras laboradas. INTERVALO INTRAJORNADA.
VIOLAÇÃO TOTAL OU PARCIAL. PAGAMENTO DO TEMPO
INTEGRAL. DEVIDO. Conforme enunciado no item I da súmula 437
do TST, comprovada a ocorrência de violação do período mínimo de
intervalo intrajornada a que faz jus o trabalhador, seja de forma total
ou parcial, é devido o pagamento de todo o tempo do intervalo com
acréscimo de 50%, e não somente do tempo faltante ao cômputo do
período mínimo devido a esse título.DIÁRIAS. VALOR SUPERIOR A
50% DO SALÁRIO DO EMPREGADO. INTEGRAÇÃO DEVIDA.

Integram o salário as diárias para viagem pagas pelo empregador,


quando excedentes de 50% (cinquenta por cento) do salário
percebido pelo empregado. Inteligência do § 2º do art. 457 da CLT e
da súmula 101 do TST. (TRT-4 - RO: 00009896420135040761, Data
de Julgamento: 23/08/2017, 8a. Turma).

DIÁRIAS DE VIAGEM. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO.


PAGAMENTO EM VALOR SUPERIOR A 50% DO SALÁRIO-BASE.
PRESUNÇÃO DE NATUREZA SALARIAL. Quando o art. 457, § 2º,
da CLT, dispõe que não se incluem nos salários as ajudas de custo,
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assim como as diárias para viagem que não excedam de 50%


(cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado, tal
artigo não alude à remuneração, e sim ao salário-base do
empregado. Tanto isto é verdade, que o dispositivo legal em questão
emprega as palavras "salário" e "remuneração", distinguindo-as
claramente, ao dispor, em seu caput, que se compreendem na
remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Ora, como é
cediço, a lei não contém palavras inúteis, e se faz menção ao salário e
à remuneração, é óbvio que não confunde os dois conceitos.
Destarte, em que pese a redação do § 2º do art. 457 da CLT não ser
das mais felizes, ao fazer menção aos "salários" (na realidade,
remuneração, ou conjunto dos "salários" do empregado), o que se
infere do contexto lógico do artigo em questão é que as diárias que
extrapolem 50% do salário-base do empregado integrarão a sua
remuneração, presumindo-se sua natureza salarial. Tal presunção
não prevalecerá apenas se restar provado que as diárias têm
natureza indenizatória. (TRT-3 - RO: 01560201413903006
0001560-51.2014.5.03.0139, Relator: Oswaldo Tadeu B.Guedes,
Quinta Turma, Data de Publicação: 19/09/2016).

Portanto, os valores que extrapolem a 50% do salário base do Reclamante


devem ser consideradas como de natureza salarial para todos os fins e encargos
trabalhistas.

DOS DESCONTOS EFETUADOS INDEVIDAMENTE DO SALÁRIO - DANOS


MORAIS

Durante o pacto de trabalho, o Reclamante sob a justificativa de que


________ , sofreu os seguintes descontos: ________

Ocorre que, por serem descontos manifestamente ilegais, além de afetar


diretamente a subsistência do reclamante afetaram gravemente sua moral, que tem em
sua remuneração o resultado de seu árduo trabalho.

Tais circunstâncias configuram dano moral, conforme precedentes sobre o


tema:
RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA. DESCONTOS
SALARIAIS. INOBSERVÂNCIA DO ARTIGO 462 DA CLT.
RESTITUIÇÃO DEVIDA. Constatado que a empregadora
procedeu a descontos indevidos no salário do empregado,
mister se faz determinar a premente restituição para sanar
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a lesão caracterizada. Recurso improvido no aspecto. (Processo:


RO - 0000201-17.2014.5.06.0193, Redator: Maria das Gracas de
Arruda Franca, Data de julgamento: 10/10/2016, Terceira Turma,
Data da assinatura: 16/10/2016)
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
DESCONTOS INDEVIDOS NO SALÁRIO DO
RECLAMANTE. DANO MORAL CONFIGURADO.
PRECEDENTES DO STJ. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS. VALOR DA INDENIZAÇÃO
ARBITRADO A FIM DE ATENDER A FINALIDADE
PUNITIVA, PEDAGÓGICA E COMPENSATÓRIA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Diante do exposto, resolve esta
Turma Recursal, por unanimidade de votos, CONHECER E NEGAR
PROVIMENTO AO RECURSO, nos exatos termos do vot (TJPR - 2ª
Turma Recursal - 0020489-88.2014.8.16.0182/0 - Curitiba - Rel.:
Rafael Luis Brasileiro Kanayama - - J. 18.08.2015).

Isto posto, requer que a Reclamada seja condenada a devolução dos


mesmos, sendo os valores acrescidos de juros e correção monetária além de condenação a
danos morais.

DO ADICIONAL NOTURNO

A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são direitos dos
trabalhadores, além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade,
integram o salário para todos os efeitos legais, conforme Enunciado I da Súmula TST nº
60, dessa forma, e acrescentando o fato do reclamante receber tais benefícios com
habitualidade, é que se requer que os mesmos sejam incorporados ao salário do
reclamante para o cômputo de todas as parcelas de direito.

Por ter trabalho durante todo o pacto laboral após as 22:00 horas o reclamante faz jus
ao pagamento e a incorporação do adicional noturno, com acréscimo legal de 20% e
ainda a redução do horário noturno conforme estipula o § 1º do art. 73 da CLT o que
também é devido, perfazendo o valor de

DO DANO MORAL/ASSÉDIO MORAL

O reclamante era constantemente humilhado e destratado. A conduta da reclamada


pode ser intitulada como arbitrária, abusiva, inconveniente, ultrajante, inescrupulosa,
uma vez que a Reclamada submetia o reclamante a situações ultrajantes.

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A reclamada (descrever)...

A exposição do empregado a situações constrangedoras, evidenciadas pela emanação de


normas internas ofensivas à dignidade da pessoa (ofensa a direito fundamental), por
parte do reclamado, que extrapolou no exercício do poder diretivo (CLT, art. 2º, caput),
caracterizou abuso de direito do qual resultou dano incomensurável à honra e à
integridade psíquica do autor, com violação aos direitos básicos da personalidade
tutelados pela lei (CF/88, art. 5º, incisos V e X; Cód. Civil, arts. 11 e seguintes) e
restando configurado o dano moral, nos termos da lei, o que justifica a indenização que
desde já se requer.

Este Egrégio tribunal, 5ª Turma, muito bem julgou por unanimidade o processo de
nº 01245-2005-012-03-00-0-RO, que se assemelha ao caso em voga, cujo acórdão
deu uma verdadeira lição sobre a matéria através do seu ilustre relator o Dr. Emerson
José Alves Lage, que com sua “vênia”, nos permitimos a reproduzir parcialmente.

“São invioláveis a honra, a dignidade e a integridade física e


psíquica da pessoa, por força de expressa disposição de lei,
garantias que têm destacada importância também no contexto do
pacto laboral, fonte de dignidade do trabalhador. Daí porque a
violação a qualquer desses bens jurídicos, no âmbito do contrato
de trabalho, importará a indenização pelos danos dela
decorrentes, tendo em conta que a igualdade preconizada no
artigo 5o da Magna Carta deve ser considerada também na
relação de respeito que deve nortear o contrato de trabalho.
A indenização por dano moral sofrido pelo empregado, no âmbito
do contrato de trabalho, pressupõe, portanto, um ato ilícito,
consubstanciado em erro de conduta ou abuso de direito,
praticado pelo empregador ou por preposto seu, um prejuízo
suportado pelo ofendido, com a subversão dos seus valores
subjetivos da honra, dignidade, intimidade ou imagem, um nexo
de causalidade entre a conduta injurídica do primeiro e o dano
experimentado pelo último.
Não se pretende defender que a produção estimulada e a busca
por resultados sejam um exercício maléfico nas relações de
trabalho vigentes num mercado de trabalho, como o atual, que
labora em constante transformação e adaptação às práticas
comerciais que vão surgindo a cada momento. Mas há várias
formas de estimular o empregado na conquista de resultados
cada vez mais favoráveis ao empreendimento econômico do
empregador, como, por exemplo, através da oferta de cursos de
capacitação e liderança, ou da conhecida vantagem econômica,
prática muito embora controvertida, mas largamente adotada, de

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remunerar os trabalhadores por produção, desde que respeitados,


naturalmente, os seus limites físicos e psíquicos.
O exercício abusivo do direito e o conseqüente ato ilícito em
questão caracterizam o assédio contra a dignidade ou integridade
psíquica ou física do trabalhador, objetivando a sua exposição a
situações incômodas e humilhantes caracterizadas pela repetição
de um comportamento hostil de um superior hierárquico ou
colega, ameaçando o emprego da vítima ou degradando o seu
ambiente de trabalho moral, também denominado
mobbing ou bullying, tema que já vem merecendo destacada
importância na sociologia e medicina do trabalho, assim como no
meio jurídico. Essa conduta injurídica vem sendo conceituada, no
âmbito do contrato de trabalho, como a manipulação perversa e
insidiosa que atenta sistematicamente.
Tudo isso considerado e mais a extensão da lesão, a situação
sócio-econômica das partes e o grau de culpa dos réus, e
sopesando, ainda, a circunstância de que não restou provada a
aplicação de castigos, especificamente, à reclamante que, todavia,
foi vítima também das ameaças, intimidações e xingamentos
dirigidos a toda a equipe, provejo, em parte, o recurso da
reclamante e condeno os reclamados, solidariamente, a pagarem
à recorrente a indenização postulada na letra j do pedido, que
arbitro na importância de R$ 4.000, 00, destinada a reparar os
danos morais constatados...”

Este tratamento discriminatório foi inequivocamente imposto ao reclamante. O ato


ilícito praticado da reclamada está demonstrado, e devem sofrer justa reparação, a cargo
dos ofensores, em favor da autora, ofendida, segundo os termos dos artigos 927 e 932,
inciso III, ambos do Código Civil.

Por tal motivo é que se requer que a reclamada seja compelida a reparar o
reclamante pelos danos morais e o assédio moral por ele suportado,
indenizando-o no valor de R$ 50.000, 00 (cinqüenta mil reais) por todas as
humilhações, agressões, constrangimentos e afrontas que a reclamante
sofreu durante seu pacto laboral.

DO ACÚMULO DE FUNÇÕES

Conforme esclarecido, o reclamante fora contratado para exercer a função de


________ , contudo exercia igualmente as atividades de ________ .
A dupla função trata-se de conduta ilícita que deve ser combatida pelo
Judiciário, pois retrata uma determinação unilateral e autoritária do empregador sem a
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justa remuneração devida, causando inequívoca lesão ao trabalhador, conforme


precedentes sobre o tema:

ACÚMULO DE FUNÇÕES. ACRÉSCIMO SALARIAL. O


empregado somente tem direito a acréscimo salarial por acúmulo de
funções quando há alteração contratual lesiva, o que importa dizer,
acréscimo de tarefas de maior valia - em relação à
contratada - em meio ao contrato em curso, hipótese configurada
nos autos. (TRT-4 - RO: 00011606720145040702, Data de
Julgamento: 29/03/2017, 6a. Turma).

ACÚMULO DE FUNÇÃO. ACRÉSCIMO SALARIAL DEVIDO. Da


análise do acervo fático-probatório contido nos autos, conclui-se que
a Autora, enquanto laborou na filial do CPA, operava o caixa,
planfletava, visitava médicos, fazia depósito bancário e limpava o
chão do banheiro, atividades alheias àquelas conferidas ao cargo
para o qual foi contratada, qual seja, farmacêutica. É de fácil
constatação que as atribuições do cargo ocupado e aquelas
imputadas cumulativamente são incompatíveis entre si,
mostrando abusividade na exigência patronal e alteração
contratual em prejuízo do empregado, o que justifica o
pagamento de um plus salarial à Vindicante, limitado ao
período comprovado pela prova oral. (TRT-23 - RO:
00013285820155230006, Relator: TARCISIO REGIS VALENTE, 1ª
Turma-PJe, Data de Publicação: 20/02/2017).

Tais atividades não podem ser compreendidas no cargo a que fora


contratado o Reclamante, pois incompatíveis. Fato que fica claro com a descrição da
classificação de ocupação na qual foi enquadrado o Reclamante:
CBO- ________: ________
Ou seja, o cargo ocupado não contempla atividades de ________.
Diante disso requer a condenação da Reclamada no pagamento das
diferenças salariais, decorrentes do acúmulo de função, com reflexos em aviso prévio, 13º
salário, férias + 1/3, FGTS.

Prova do exercício de nova função Prova da função contratada Prova da remuneração


distinta de cada cargo.
DO DESVIO DE FUNÇÃO

Conforme esclarecido, o reclamante fora contratado para exercer a função de


________, contudo exercia atividades bem distintas daquelas contratadas, exercendo
rotineiramente atividades de ________.

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O desvio de função trata-se de conduta ilícita que deve ser combatida pelo
Judiciário, pois retrata uma determinação unilateral e autoritária do empregador sem a
justa remuneração devida, causando inequívoca lesão ao trabalhador.

As atividades delegadas ao serem compreendidas no cargo a que fora


contratado o Reclamante, deve terem contrapartida a justa remuneração atinente ao
cargo. Fato que fica claro com a descrição da classificação do cargo que fora contratado e
do cargo adequado às atividades que exerce, conforme determinação de cargos e salários
da empresa:
CARGO ________ ATIVIDADES ________

CARGO: ________ ATIVIDADES: ________

Ou seja, o cargo ocupado não contempla atividades exercidas pelo


Reclamante, devendo ter a justa remuneração pelo serviço prestado, conforme previsão da
CLT:
Art. 460 Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova
sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a
perceber salário igual ao daquele que, na mesma empresa,
fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente
pago para serviço semelhante.

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,


prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento
empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
etnia, nacionalidade ou idade.
§ 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que
for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica,
entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo
empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo
na função não seja superior a dois anos.
Assim, considerando a incompatibilidade nos encargos atribuídos à
Reclamante, tem-se por devido o acréscimo salarial em decorrência do acúmulo de
funções:
DESVIO DE FUNÇÃO. DIFERENÇAS SALARIAIS. Restando
provada a alteração contratual lesiva, nos termos do preceito legal
contido no art. 468, caput, da CLT, caracterizado estará o alegado
desvio de função a ensejar as diferenças salariais pretendidas. (TRT-
11 00017285320165110012, Relator: SOLANGE MARIA SANTIAGO
MORAIS, Gabinete da Desembargadora Solange Maria Santiago
Morais).

Diante disso requer a condenação da Reclamada no pagamento das


diferenças salariais, decorrentes do desvio de função, com reflexos em aviso prévio, 13º
salário, férias + 1/3, FGTS, a partir de ________.
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DAS FÉRIAS E 13º PROPORCIONAIS

Além de se deparar com a rescisão contratual, o Reclamante não auferiu os


valores devidos pela despedida imotivada, referente a férias e 13º proporcionais,
conforme claro entendimento jurisprudencial:

FÉRIAS E 13º SALÁRIO PROPORCIONAIS. DESPEDIDA COM


JUSTA CAUSA. A teor da Convenção nº 132 da OIT, conquanto se
reconheça que a ruptura contratual se deu por justa causa, não se
pode negar o direito do trabalhador às férias proporcionais.
Aplicação do art. 7º, incisos VIII e XVII, da Constituição Federal.
Ainda, é devido o décimo terceiro salário proporcional, conforme a
recente Súmula 93 deste Regional. (TRT-4 - RO:
00215742520145040011, Data de Julgamento: 24/08/2016, 4ª
Turma)
É devido, portanto, ser o Reclamado condenado ao pagamento, acrescido de
juros e correção.
DA AUSÊNCIA DO DEVIDO DEPÓSITO DO FGTS

Diferentemente do indicado em todos os recibos de salários, a Reclamada


deixou de efetuar os devidos depósitos do FGTS, conforme extrato de conta
vinculada que junta ema nexo.

A Reclamada deveria, nos termos da Lei n.º 8.036/90, efetuar imediatamente o


recolhimento das quantias noticiadas nos recibos de salários, e não pagas até o momento
da interposição desta ação, ensejam a 40% nos termos do Art. 467 da CLT, conforme
precedentes sobre o tema:
FGTS NÃO RECOLHIDO E MULTA DE 40% SOBRE OS
DEPÓSITOS FUNDIÁRIOS. MULTA DO ART. 467 DA CLT.
INCIDÊNCIA. Depreende-se do artigo 467 da CLT ser devida a
multa no valor de cinquenta por cento das verbas rescisórias, se
estas não forem pagas pelo patrão na data do seu comparecimento à
Justiça do Trabalho. O FGTS não recolhido e a multa de 40% sobre
os depósitos fundiários são verbas trabalhistas, resultantes da
dispensa imotivada e, portanto, são títulos rescisórios típicos,
passíveis de incidência da penalidade prevista no art. 467 da CLT,
razão pela qual merece reforma o jugado no particular. (TRT-1 - RO:
00111805720145010070, Relator: LEONARDO DIAS BORGES, Data
de Julgamento: 28/09/2016, Décima Turma, Data de Publicação:
25/11/2016).

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Devida a condenação da ré ao pagamento do FGTS não recolhido


quando comprovada a ausência de depósitos em vários meses do
pacto laboral. Recurso provido, no particular. (TRT-1 - RO:
00107497620155010041, Relator: LUIZ ALFREDO MAFRA LINO,
Data de Julgamento: 23/05/2017, Quarta Turma, Data de
Publicação: 30/05/2017).

Razão pela qual deve ser condenada a reclamada ao depósito do FGTS devido,
devidamente atualizado, cumulado com as multas previstas nos Arts. 22 da Lei 8.036/90
e 467 da CLT.

DA NECESSÁRIA LIBERAÇÃO DA GUIA DO SEGURO DESEMPREGO

Inobstante a ocorrência da rescisão contratual ocorrer em ________ a


Reclamante ainda não teve acesso às guias SD/CD para viabilizar o percebimento do
seguro-desemprego.
Portanto, deve a Reclamada ser condenada à imediata liberação sob pena de
indenização substitutiva equivalente à cinco parcelas da respectiva verba, bem como a
liberação do TRCT e chaves de conectividade para recebimento do FGTS.

DOS DANOS MORAIS DEVIDO O ATRASO NOS PAGAMENTOS SALARIAIS

O Reclamante faz jus a indenização por danos morais por não receber
pagamentos salariais nos prazos em lei preceituados, sendo submetido a constante
pressão psicológica em virtude de suas dívidas e da impossibilidade do sustento da
própria família.

Trata-se de direito reconhecido pela jurisprudência:


INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ATRASO NO PAGAMENTO
DE SALÁRIOS. O atraso no pagamento dos salários permite
a presunção da ocorrência de dano moral indenizável, em
conformidade com o disposto na Súmula nº 104 desta Corte. (TRT-4
- RO: 00205207820155040014, Data de Julgamento: 23/02/2017,
1ª Turma)
DANO MORAL. ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO
SALARIAL. O dano moral resulta de lesão a direito da
personalidade, repercutindo na esfera intelectual do indivíduo. A
reparação por dano moral decorrente do contrato de trabalho
pressupõe um ato ilícito ou um erro de conduta do empregador ou
de seu preposto, um dano suportado pelo ofendido e um nexo de
causalidade entre o comportamento antijurídico do primeiro e o
prejuízo suportado pelo último. O atraso reiterado no pagamento de
salários configura o descumprimento do dever do empregador mais
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relevante ao contrato de trabalho, implicando, assim, violação dos


direitos da personalidade do empregado, com destaque para o da
dignidade da pessoa humana. No caso dos autos comprovado o
reiterado atraso de salários impõe-se o deferimento da indenização
postulada. 2. Recurso ordinário conhecido e provido em parte.
(TRT-10 - RO: 561201300210000 DF 00561-2013-002-10-
00-0 RO, Relator: Desembargador Brasilino Santos
Ramos, 11/09/2013, 2ª Turma, Data de Publicação:
20/09/2013 no DEJT).
“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
DANO MORAL. ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO
DOS SALÁRIOS. DANO "IN RE IPSA". Constatada violação
direta de dispositivo de lei federal (arts. 186 e 927,"caput", do
Código Civil), merece ser processado o Recurso de Revista, nos
termos do art. 896, c, da CLT. Agravo de Instrumento provido.
RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. ATRASO REITERADO
NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. DANO "IN RE IPSA". O atraso
reiterado no pagamento dos salários configura, por si só, o dano
moral, porquanto gerador de estado permanente de apreensão do
trabalhador, o que, por óbvio, compromete toda a sua vida - pela
potencialidade de descumprimento de todas as suas obrigações, sem
falar no sustento próprio e da família. Precedentes da Corte. Recurso
de Revista parcialmente conhecido e provido.” (AC. 4.ª T./TST-
RR-3321-25.2010.5.12.0037. Julgamento: 14/11/2012.
Ministra Relatora: Maria de Assis Calsing).

Por tais razões que deve ser reconhecido o dano moral causado ao
reclamante com a reflexa condenação indenizatória.
Prova do atraso do pagamento
DA NULIDADE DO SALÁRIO COMPLESSIVO

O salário complessivo é EXPRESSAMENTE VEDADO pelo nosso


ordenamento jurídico, conforme clara previsão do § 2º do art. 477 da CLT:

“O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja


a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter especificada
a natureza de cada parcela paga ao empregado e
discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas,
relativamente às mesmas parcelas”.

As verbas salariais devem ser pagas de forma clara e destacada no recibo de


pagamento de salário. Caso contrário, resta caracterizado o salário complessivo.

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No presente caso, nota-se pelos recibos que junta-se em anexo que o salário
era pago ao Reclamante sem qualquer discriminação das verbas concedidas.

Ou seja, o Reclamante não tinha qualquer informação do quantum relativo


ao salário e demais direitos recebidos.

Para segurança do empregado, o empregador deve especificar os valores que


estão sendo pagos referentes ao salário, às horas extras, adicional de insalubridade,
adicional noturno, etc, o que não ocorre no presente caso em grave afronta à Súmula 91 do
TST:
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou
contratuais do trabalhador”.

Portanto, nula a forma determinada como remuneração do empregado,


devendo ser pagos todas as verbas trabalhistas não comprovadas pelo empregador.
Prova do salário complessivo.

DO ACIDENTE DE TRABALHO – DA INDENIZAÇÃO DEVIDA

Prescreve o artigo 2º, da Lei nº 6.367/76:

"Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da


empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a
perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho."

Nesse sentido, o reclamante laborava para a reclamada, exercendo suas funções


habituais, quando (narrar o fato).

Diante da conduta da Reclamada, e do acidente de trabalho do Reclamante, nasce para


este o direito de ser indenizado, conforme melhor jurisprudência, in verbis:
ACIDENTE DE TRABALHO DANOS MORAIS. Demonstrada a ocorrência
do acidente laboral, bem assim a culpa da empregadora, forçoso é concluir pela
pertinência da condenação da empresa ao pagamento de indenização pelos danos
morais suportados em razão da incapacidade temporária para o trabalho, a qual fere
a auto-estima do homem e a sua dignidade. Nesse diapasão, o juízo deve levar em
consideração, além do caráter pedagógico da condenação, para que acidentes como
este não mais ocorram, o grau de culpa do empregador no evento danoso, a extensão
do dano, o patrimônio material da empresa, além de se preocupar em não causar o
enriquecimento ilícito do Reclamante com indenização exorbitante. De mais a mais,
não se pode olvidar a demora do Autor para o ajuizamento da demanda. Assim, acolho
pois, pleito indenizatório obreiro e condeno a Vindicada ao pagamento de R$ 3.000,

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00 (três mil reais) a título de danos morais. (TRT23. RO - 00623.2007.022.23.00-9.


Publicado em: 27/06/08. 2ª Turma. Relator: DESEMBARGADOR OSMAIR COUTO)
ACIDENTE DE TRABALHO. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E
MORAL. PREVISÃO CONSTITUCIONAL (ART. 7º, INCISO XXVIII, DA CRFB) E
INFRACONSTITUCIONAL (ART. 927, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO CIVIL). A
indenização decorrente de acidente de trabalho, quer pelo dano material quer pelo
dano imaterial, encontra assento constitucional e infraconstitucional, porém, para a
sua fixação, imperiosa a comprovação da lesão, do ato omissivo ou comissivo do
empregador e do nexo de causalidade. No caso em apreço, verifico que além da
ausência de cumprimento do dever de cautela do empregador em fornecer ao
empregado treinamento adequado para a realização de suas atividades, estas
revelam-se de risco, pois o trabalho com destopadeira de pêndulo expõe
excessivamente a incolumidade física do trabalhador, razão de aplicar-se ao caso a
teoria da responsabilidade objetiva, independentemente de culpa, a qual somente se
afasta se houver culpa exclusiva da vítima, o que inocorre no caso presente. (TRT23.
RO - 01360.2005.066.23.01-0. Publicado em: 27/05/08. 1ª Turma. Relator: JUIZ
CONVOCADO PAULO BRESCOVICI)

Nesse sentido, o reclamante faz jus a indenização pelo acidente de trabalho por este
sofrido, sendo a reclamada condenada ao pagamento da indenização de R$ _______, o
que desde já se requer.

DO CABIMENTO DA MULTA DO ART. 477

Considerando que o Reclamante não recebeu no prazo legal as verbas a que fazia
jus quando da dispensa, resta configurada a multa do art. 477, § 8º, da CLT,
especialmente porque o reconhecimento da relação de emprego com a reclamada vir a
ocorrer somente em Juízo.

No mesmo sentido, os seguintes precedentes da Alta Corte Trabalhista:


MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. Não provado o depósito
tempestivo das verbas rescisórias discriminadas no TRCT, mantém-
se a condenação ao pagamento da multa de que trata o artigo 477, §
8º, da CLT. (TRT-1 - RO: 00001194820145010282, Relator: Angela
Fiorencio Soares da Cunha, Data de Julgamento: 06/06/2017,
Quarta Turma, Data de Publicação: 20/06/2017)
MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. A multa do § 8º do art. 477 da
CLT é aplicável quando não adimplidas as verbas decorrentes da
ruptura contratual reconhecidas como devidas pelo empregador no
prazo legal previsto no § 6º do mesmo dispositivo legal. (TRT-4 -

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RO: 00208341920145040027, Data de Julgamento: 23/11/2016, 3ª


Turma).

Assim, devido o pagamento da multa, eis que as verbas rescisórias não foram
pagas no prazo legal, impondo-se a penalidade em razão da mora.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Nos termos do Art. 818 da CLT, "o ônus da prova incumbe ao reclamante,
quanto ao fato constitutivo de seu direito", ocorre que:

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa


relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de
cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade
de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o
ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

Assim, diante do nítido desequilíbrio na obtenção das provas necessárias,


tem-se a necessária inversão do ônus da prova.
DOS PEDIDOS

Diante todo o exposto REQUER:

1 O deferimento do pedido liminar para:

1.1 que seja expedido alvará judicial, bem como a certidão narrativa,
para que a Reclamante possa sacar seu FGTS e habilitar-se no
programa do Seguro Desemprego, nos termos do art. 300 do CPC,
bem como seja imediatamente corrigida a anotação e consequente
liberação da CTPS, sob pena de multa diária, aplicado
subsidiariamente por força do art. 769 da CLT;
1.2 que seja determinado à Reclamante a exibição de documentos
necessários à composição das provas necessárias a esta demanda,
em especial ________ para fins de que seja mensurado os valores
devidos;

2 A citação dos Réus para responder a presente ação, querendo;

3 A concessão dos benefícios da Gratuidade Judiciária, por tratar-se o


Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições
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financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua


subsistência e de sua família;

4 O reconhecimento da configuração dos Réus como grupo econômico e


consequente responsabilização solidária;

5 O reconhecimento da configuração da sucessão empresarial e consequente


responsabilização solidária das empresas Reclamadas;

6 O recebimento do incidente de desconsideração da personalidade jurídica e


consequente responsabilização dos sócios pelas verbas trabalhistas;

7 A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a


documental, testemunhal e ________, com a inversão do ônus da prova nos
termos do Art. 818, §1º da CLT;
DOS PEDIDOS

A total procedência da presente Reclamatória, condenando o Reclamado a:


8 Sejam realizadas as devidas anotações na CTPS;

9 Seja determinado o pagamento das diferenças salariais devidas de todo


período contratual;

10 Sejam pagas as horas extras trabalhadas, com reflexo, pela habitualidade,


nas férias, na gratificação natalina, nos repousos semanais remunerados, FGTS
e multa de 40%;

11 Sejam pagas as horas de intervalo intrajornada não gozadas, com reflexo,


pela habitualidade, nas férias, na gratificação natalina, nos repousos semanais
remunerados, FGTS e multa de 40%;

12 Sejam devidamente remunerados em dobro as horas trabalhadas em


domingos e feriados;

13 Seja determinada a integração ao salário do valor mensal, com pagamento


das diferenças a título de auxílio alimentação e transporte para fins de cálculo
de horas extras, 13º salário, férias simples e proporcionais, 1/3 de férias, aviso
prévio, parcelas rescisórias pagas e FGTS;
14 Seja determinada além da retificação da CTPS, as comissões pagas por fora
devem ser consideradas para fins de cálculo de horas extras, 13º salário, férias
simples e proporcionais, 1/3 de férias, aviso prévio, parcelas rescisórias pagas
no TRCT e, a partir das verbas acima postuladas a incidência no FGTS, DSR;
15 Seja reconhecida a natureza salarial dos valores recebidos à título de
prêmios e gratificações com os reflexos trabalhistas inerentes à remuneração;
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16 Seja a reclamada condenada à devolução dos valores descontados


indevidamente, acrescidos de juros e correção monetária;
17 Seja reconhecido o acúmulo indevido de funções com o pagamento das
diferenças salariais, com reflexo em aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3,
FGTS, DSR;
18 Seja reconhecido o desvio indevido de função com o pagamento e
implementação das diferenças salariais, com reflexo em aviso prévio, 13º
salário, férias + 1/3, FGTS, DSR, a partir de ________ .
19 A condenação da reclamada ao pagamento indenizatório de danos morais
pelas sequelas sofridas pelo acidente de trabalho;
20 A condenação da reclamada ao pagamento indenizatório de danos materiais
por todo prejuízo decorrente do acidente de trabalho;
21 Seja o reclamado condenado ao pagamento de férias e 13º proporcional ao
período trabalhado, devidamente atualizado;
22 Seja o reclamado condenado ao depósito do FGTS, devidamente
atualizado, cumulado com as multas previstas nos Arts. 22 da Lei 8.036/90 e
467 da CLT.
23 Sejam entregues as guias para encaminhamento do seguro-desemprego
imediatamente, ou seja, na primeira audiência ou pagar o equivalente a 5
parcelas pelo seu não fornecimento;
24 A condenação da reclamada ao pagamento indenizatório de danos morais
por todo exposto;
25 Seja determinada retificação e baixa da CTPS do reclamante;
26 Seja condenada a reclamada ao pagamento da multa do artigo 477, §8º, da
CLT, pelo desatendimento do prazo para efetivação e pagamento da rescisão;
27 Seja condenado ao pagamento dos honorários do procurador do Reclamante
na razão de 15% sobre o valor bruto da condenação, nos termos do Art. 791-A;
28 Seja determinado o recolhimento da contribuição previdenciária de toda a
contratualidade;
29 Seja determinado o pagamento imediato das verbas incontroversas, sob
pena de aplicação da multa do artigo 467 da CLT;
30 Requer a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento
das verbas requeridas.

Junta em anexo os cálculos discriminados das verbas requeridas nos termos


do Art. 840, §1º da CLT.
Dá à presente, para fins de distribuição, o valor de R$ ________
Nestes termos, pede deferimento.
________ , ________
________
OAB/ ________ ________
Documentos anexados:
Procuração
RG e CPF do Reclamante
Comprovante de residência
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Estrada de Itapecerica, nº 11.490 – 1º Andar – Valo Velho – São Paulo/SP


CEP:05858-004 - Fone: 5812-4529
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CTPS Reclamante
Cópia contracheques
Cópia do extrato da conta do FGTS
Cópia do atestado de saúde demissional
Cálculos discriminados de todos os valores requeridos - Art. 840, §¹º CLT

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