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21 Anos

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EXMO.(A) SR.(A) DR(A) JUIZ(A) DA VARA DO TRABALHO DE
SERTÃOZINHO-SP.

RAÍ MATOS DA SILVA, brasileiro, casado, operador de


máquinas, portador do CPF nº 496.758.498-51/MF, residente e domiciliado na rua
Nazaré Pedro nº 245, Vila Princesa, Pontal-SP, CEP: 14.180-000, por intermédio de
seu advogado que esta subscreve, vem mui respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, propor a presente

AÇÃO TRABALHISTA

em face de em face de AGRIJUL – AGRICOLA


JULIETA LTDA. EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o
nº 00.176.732/0001-37 com endereço na Fazenda Santa Terezinha, Zona Rural s/n,
caixa Postal 203, CEP 14.175-000, Sertãozinho-SP e DELOS – DESTILARIA
LOPES DA SILVA – LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº 71.322.523/0001-00, com
endereço na Fazenda Santa Terezinha, Zona, Rural s/n, caixa Postal 203, CEP 14.175-
000, Sertãozinho-SP, as quais também poderão ser notificadas no endereço do sócio
JAYME JOSÉ LOPES DA SILVA, residente e domiciliado na Rua Dr. Antônio
Furlan Junior, nº 1.373, Sertãozinho/SP, pelas seguintes razões fáticas e jurídicas que
passa a expor e ao final requerer:

PRELIMINARMENTE.

DOS LIMITES DOS PEDIDOS.

Com a entrada em vigor da Lei 13.467/2017, o Colendo TST


editou a Instrução Normativa n. 41, onde dispôs que, para fim do que estabelece o
artigo 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será sempre estimado, observando-se,
no que couber, de forma supletiva, o disposto nos artigos 291 a 293, do Código de
Processo Civil.
Desse modo, não há se falar em limitação dos valores atribuídos
na petição inicial, tendo em vista que foram elaborados por estimativa, já que o valor
definitivo somente foi conhecido e apurado por ocasião da liquidação de sentença com
a observância da coisa julgada e da documentação a ser juntada pelas reclamadas.

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_______Rua Quinze de Novembro n° 1.208 – centro – São Joaquim da Barra-SP – CEP: 14.600-
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Fone: (16) 3728-3853 / e-mail: ronaldoaraujo@aasp.org.br
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I - FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS.
1. CONTRATO DE EMPREGO – ANOTAÇÃO
PARCIAL DA CTPS.

O reclamante foi contratado pela primeira reclamada para prestar


serviços em lavouras exploradas pela segunda reclamada, laborando nos seguintes
períodos:
- de 28.05.20 a 22.10.20 – com anotação em CTPS.
- de 23.10.20 a 20.05.21 – sem anotação em CTPS.
- de 21.05.21 a 14.09.21 – com anotação em CTPS.
- de 15.09.21 a 01.05.22 – sem anotação em CTPS.
- de 02.05.22 a 06.09.22 – com anotação em CTPS.
- de 07.09.22 a 06.03.23 – sem anotação em CTPS.
- de 07.03.23 a 05.12.23 – com anotação em CTPS.

Como se viu, o reclamante não teve o seu contrato de emprego


corretamente anotado em sua CTPS, o que acarreta ao empregador a violação do
disposto nos artigos 29, 41 e 47, da CLT, razão pela qual faz jus ao reconhecimento
do vínculo empregatício dos períodos acima indicados com o pagamento de
todas as verbas trabalhistas decorrentes, sem prejuízo das penalidades criminais e
administrativas a serem apuradas pelo MPT e pela DRT, através de procedimentos
próprios a serem instaurados, mediante a expedição dos competentes ofícios, o que
desde já se requer.
2. UNICIDADE CONTRATUAL.

As reclamadas têm como atividade principal a cultura da cana-


de-açúcar.
Tendo em vista que a cultura da cana é uma atividade sazonal,
somente os serviços executados nos períodos de safras é que poderiam justificar a
contratação por prazo determinado.

Porém, como se viu no tópico anterior, para viabilizar a


exploração da atividade econômica o reclamante laborava com contrato formal nos
períodos de safras e permanecia laborando sem a devida anotação nos períodos de
entressafras, ou seja, laborou na verdade em um único período com início em
28.05.20 e término em 05.12.23, data em que foi dispensado sem justa causa, já
que vigia contrato de trabalho por prazo indeterminado.

À luz do que dispõe o artigo 9º, da CLT, uma vez que havia a
continuidade do trabalho sem anotação nos períodos de entressafras, está nítida a
fraude praticada, tornando nulos de pleno direito os contratos celebrados por prazo
determinados, já que o reclamante executou serviços diversos ligados à atividade
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permanente das reclamadas (cultura de cana), contrariando o disposto no artigo 443, §§
1º e 2º, alíneas “a” e “b”, da CLT c.c. artigo 14, parágrafo único, da Lei 5.889/73.
Com efeito, emerge o direito do reclamante na declaração de
nulidade das contratações por prazos determinados e, como consectário lógico seja
reconhecida a celebração do contrato de emprego por prazo indeterminado e a
demissão sem justa causa, condenando-se a reclamada no pagamento de aviso prévio
indenizado e seus reflexos no 13º salário, nas férias + 1/3, no DSR e no FGTS, multa
de 40% sobre o FGTS, a entrega das guias para habilitação do seguro desemprego e da
multa do artigo 477, da CLT, tendo em vista que não houve quitação das verbas
rescisórias no prazo legal.

3. GRUPO EMPRESARIAL.

A despeito de possuírem personalidades jurídicas distintas, as


reclamadas possuem uma relação de coordenação e de direção, estando ligadas entre si
já que pertencem ao mesmo grupo econômico, eis que ambas são administradas e
controladas pelo mesmo sócio e tem como atividade a exploração da cultura de cana
que se destina à fabricação de açúcar e álcool em indústria de sua propriedade.

Assim sendo, é inegável que as funções executadas pelo


reclamante se inserem no seu processo produtivo, já que foram revertidos em benefício
da atividade empresarial, pois a indústria necessita da produção da lavoura.

Nesse caso, portanto, evidente a existência de grupo de empresas


nos moldes do artigo 2º, § 2º, da CLT, haja vista que ambas se beneficiaram, de forma
direta ou indireta, dos serviços prestados pelo reclamante, o que implica na
solidariedade de todas as reclamadas que figuram no polo passivo.

4. FUNÇÕES.

O reclamante laborava exercendo a função de operador de


colhedeira nos períodos de safras e realizava diversos serviços gerais nos períodos das
entressafras, tais como tratorista, capina, entre outros.

5. SALÁRIO.

O reclamante recebia salário-hora no valor de R$ 9,59 (nove


reais e cinquenta nove centavos) e remuneração média em torno de base mensal no
importe de R$ 4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais).

6. UNICIDADE CONTRATUAL – DOBRA DE


FÉRIAS – VIOLAÇÃO DOS ARTIGOS 134 E 137, DA CLT.

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Em razão da existência da unicidade contratual, conforme tese
exarada no item “1” supra, as reclamadas não concederam férias ao reclamante
referente ao período aquisitivo de 2020/2021 e 2022/2023.
Uma vez declarada a unicidade contratual, o que se acredita,
todos os contratos serão unidos, de modo que se reconhecerá a existência de um único
contrato de emprego, por prazo indeterminando, o que deixará patente a violação dos
artigos 134 e 137, da CLT, razão pela qual devida a verba de dobra das férias,
acrescidas do terço constitucional, referente aos períodos mencionados

7. ADICIONAL PERICULOSIDADE.

Dentre as atividades habituais, o reclamante também realizava o


abastecimento das máquinas, operando a bomba de combustível.

Mesmo executando essa atividade em condições extremo de


risco, jamais recebeu o adicional de periculosidade.

Em razão dessa exposição, nos termos do que dispõe o Anexo I,


da NR-16, o reclamante mantinha contato direto e permanente com substâncias
inflamáveis, em condições de periculosidade, permanecendo em área de risco, sem que
a reclamada lhe ministrasse treinamento específico, sem fornecimento de qualquer tipo
de EPI ou lhe pagasse o adicional de 30% (trinta por cento) sobre a sua remuneração,
conforme determina o artigo 193, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho, o que
será devidamente comprovado através de perícia técnica.

Sendo assim, o reclamante é credor de adicional de


periculosidade, bem como seus reflexos em todas as verbas de natureza salariais pagas
e devidas no curso da relação empregatícia.

8. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.

No desempenho de suas funções, o reclamante laborou se


expondo, de forma diária e habitual, a vários agentes insalubres, tais como ruído, graxa,
radiação, calor, entre outros agentes a serem identificados e classificados, acima dos
limites de tolerância estabelecidos na NR-15.

Mesmo laborando em tais condições a reclamada não forneceu


EPIs adequados ao obreiro que se ativou em trabalho insalubre, sem as mínimas
condições de segurança e sem receber o adicional de insalubridade em grau máximo a
que faz jus, bem como os seus reflexos em todas as verbas pagas e impagas no curso da
relação de emprego, o que poderá ser comprovado através da realização de perícia
técnica no local, conforme estabelece o artigo 195, da CLT, o que desde já se requer.

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Sendo assim, evidente que o reclamante é credor de adicional de
insalubridade, bem como dos seus reflexos em todas as verbas de natureza salarial,
pagas e devidas no curso da relação empregatícia cujo valor deverá ser apurado e pago
utilizando-se como base de cálculo o salário mínimo federal.
No desempenho de suas funções, o reclamante laborou se
expondo, de forma diária e habitual, a vários agentes insalubres, tais como ruído, graxa,
radiação, calor, entre outros agentes a serem identificados e classificados, acima dos
limites de tolerância estabelecidos na NR-15.

9. JORNADA DE TRABALHO – DIFERENÇAS DE


HORAS EXTRAS.

O reclamante, para o fiel desempenho de suas funções, laborou


cumprindo a seguinte jornada de trabalho:

– nas safras das 6h00 às 18h00 e das 18h00 às 6h00,


gozando de apenas de 0h30 minutos de intervalo intrajornada, de
segunda a sábado e em média dois domingos por mês.

– nas entressafras das 7h00 às 17h00, gozando de


apenas de 0h30 minutos de intervalo intrajornada, de segunda a sábado.

Laborando em regime de sobrejornada, o reclamante não


recebeu corretamente as horas extras prestadas habitualmente, fazendo jus, portanto, às
diferenças quantitativas e qualitativas lhe deverão ser pagas com a observância do
adicional de 80% habitualmente pago sobre o valor da hora normal nos dias de segunda
a sábado e, domingos e feriados não compensados com 100% ,conforme entendimento
consolidado na Súmula n. 146 do TST, considerando-se como extraordinário o labor
prestado a partir da 8ª hora diária e 44ª hora semanal, levando-se em conta, ainda, a
supressão do intervalo intrajornada, a aplicação da Súmula 264 TST e da OJ 97 SBDI-
I.

Há de ser observada, ainda, a redução e a prorrogação da


jornada noturna nos períodos de safras em que o reclamante se ativou e jornada
noturna, consoante o que preconiza o artigo 73, da CLT.

10. INTERVALO INTRAJORNADA.

Como se viu, em patente violação ao intervalo intrajornada legal


de 1h00 por dia, bem como violando ao disposto nos artigos 5º, parágrafo 1º, do
Decreto 73.626/74 e 71, caput, da CLT, aplicável ao trabalho rural por força do
disposto no artigo 1º da Lei 5.889/73 a reclamada concedia ao reclamante apenas 0h30
por dia de intervalo, como já declinado.
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A despeito do direito ao recebimento do tempo suprimido de


intervalo a título de verba indenizatória, com acréscimo de 50%, nos moldes do artigo
71, § 4º, da CLT, uma vez que o intervalo não se computa na jornada de trabalho o
tempo suprimido acarreta na extrapolação da jornada, razão pela qual o reclamante
também faz jus ao recebimento das diferenças de horas extras correspondentes,
acrescidas do adicional de 50%, com a aplicação da Sumula 264, do TST, na forma da
OJ 97, da SDI-I, do TST, e dos reflexos legais devidos.

11. ADICIONAL NOTURNO - DIFERENÇAS.

Nos períodos em que o reclamante laborou em jornada noturna,


a reclamada não observava o que determina o artigo 73, da CLT e, contrariando a
dicção da Sumula 60, do TST, eis que não considerava a prorrogação da jornada nem a
redução da hora noturna para a apuração do adicional, de modo que o pagamento do
adicional noturno se dava em número e valores inferiores ao realmente devido.

Como declinado no item “9” supra, a reclamada para o


pagamento das horas extras não considerava a jornada efetivamente cumprida, o
intervalo de fato usufruído, o que também refletiu negativamente no cálculo do
adicional noturno.

Desse modo, faz jus o reclamante ao recebimento das diferenças


no adicional noturno, acrescidas dos reflexos legais.

12. INDENIZAÇÃO POR VIOLAÇÃO DA NR-31.

Nos locais de trabalho do reclamante não havia sanitários em


condições de uso, tendo sido submetido à humilhação e constrangimento ilegal, pois, se
via obrigado a fazer suas necessidades fisiológicas a céu aberto, na própria lavoura
canavieira.

O reclamante também não dispunha de local apropriado para


fazer as suas refeições.
Pelo ora esposado, vislumbra-se o total e profundo desrespeito
por parte da reclamada aos direitos do reclamante.

Com efeito, inegavelmente que a privação de ambiente de


trabalho adequado incidiu na violação do princípio da dignidade da pessoa humana e
direito à intimidade, considerados invioláveis pela Constituição Federal de 1988, razão
pela qual, em razão do ilícito praticado pela inobservância da NR-31, o reclamante há
de ser indenizado pelos danos de ordem moral sofridos.

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A conduta voluntariamente omissiva da reclamada caracteriza-se
manifesto ato ilícito e nos termos do artigo 186 do Código Civil, sendo passível de
indenização nos moldes do art. 927 e do dispositivo constitucional supracitado, que
garante o direito à reparação.

No que tange ao quantum indenizatório, esse deve ser


suficientemente bastante para compensar, de certa forma, o reclamante pelos danos de
ordem moral ocasionados pela conduta omissiva e ilícita da reclamada e, em
contrapartida servir como sanção para que se abstenha de lesar os direitos à dignidade
da pessoa humana e à intimidade de outros trabalhadores, face à omissão praticada.

Nessa ordem de ideias pugna o reclamante, portanto, pelo


recebimento de indenização por danos morais em razão da humilhação, desrespeito e
violação da sua dignidade como pessoa humana, tendo em vista o vilipêndio de seus
direitos básicos de cidadão e trabalhador.

A indenização nesse caso, dada a gravidade dos fatos que a


justifica, é uma medida meramente paliativa, uma forma de mitigar o sofrimento da
vítima, de proporcionar uma compensação, haja vista que impossível restabelecer-se o
status quo.
Por outro lado, a indenização tem o seu caráter pedagógico, ou
seja, tem como objetivo, aplicando a condenação, inibir o causador do dano da prática
de ato análogo.
Diante das novas regras de direito estabelecidas pelos artigos
223-A e seguintes, da CLT, é inegável que a reclamada deve ser condenada no
pagamento de indenização que, no caso presente, não pode ser fixada em valor
irrisório, sob pena de se negar aplicação ao instituto, de tal modo que pretende o
reclamante que o valor da indenização seja arbitrado em, no mínimo, R$
10.000,00 (dez mil reais).

II - PEDIDO.

O reclamante, estribando-se nos fatos acima declinados e no


Direito expresso, formula o seguinte pedido:

a) Declaração de reconhecimento de vínculo empregatício,


referente aos períodos de entressafras informados no tópico “1”, da inicial, com a
devida retificação da CTPS e expedição dos ofícios competentes.

b) Declaração da unicidade contratual e, via de regra,


reconhecimento da celebração do contrato de um único emprego por prazo

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indeterminado, referente ao período de 28.05.20 até 05.12.23, com a devida retificação
da CTPS.
c) Declaração de reconhecimento do grupo econômico e da
solidariedade passiva das reclamadas, na forma do artigo 2º, § 2º, da CLT.

d) Declaração da dispensa sem justa causa.

e) Aviso prévio indenizado 39 dias............................R$


6.300,00

f) Décimo terceiro salário proporcional, referente aos períodos


sem anotação em CTPS..................................................................................R$
8.000,00
g) Férias proporcionais, acrescidas de 1/3, referente ao período
sem anotação em CTPS:................................................................................R$
10.700,00

h) Dobra das férias acrescidas de 1/3, em razão da unicidade


contratual, referente aos períodos aquisitivos 2020/2021 e 2021/2022..........R$
12.800,00

i) Adicional de periculosidade no importe de 30% sobre o salário


do reclamante, nos termos do artigo 193, § 1º, da CLT.................................R$
60.000,00

j) Reflexos do adicional de periculosidade:


j1) No aviso prévio....................................................R$ 5.000,00
j2) No 13º salário.......................................................R$ 5.000,00
j3) Nas férias + 1/3.....................................................R$
6.700,00
j4) No DSR.................................................................R$
9.000,00

k) Adicional de insalubridade em grau máximo, apurado sobre o


salário mínimo...............................................................................................R$
25.000,00

l) Reflexos do adicional de insalubridade:


l1) No aviso prévio....................................................R$ 2.100,00
l2) No 13º salário.......................................................R$ 2.100,00
l3) Nas férias + 1/3....................................................R$ 2.800,00
l4) No DSR................................................................R$ 4.200,00

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m) Diferenças de horas extras habitualmente prestadas,
acrescidas dos adicionais habitualmente pagos de 80% para os dias normais e de 100%
para os domingos e feriados, considerando-se como extra o serviço prestado a partir da
8ª hora diária e 44ª semanal, a supressão parcial do intervalo intrajornada, prorrogação
da jornada noturna, com observância da Súmula 264, do TST e da OJ 97, da SDI-I, do
TST................................................................................................................R$
50.000,00

n) Reflexo das diferenças de horas extras:


n1) No aviso prévio....................................................R$
4.200,00
n2) No 13º salário......................................................R$ 4.200,00
n3) Nas férias + 1/3...................................................R$ 5.600,00
n4) No DSR...............................................................R$ 7.500,00

o) Indenização pelo tempo suprimido de intervalo, no valor


correspondente ao tempo de 0h30min ao dia de efetivo labor, com acréscimo de 50%
sobre o valor da hora normal, nos moldes do artigo 71, §4º, da CLT, por violação do
intervalo intrajornada do artigo 71, caput da CLT..........................................R$
10.000,00

p) Diferenças do adicional noturno em razão da não


consideração das jornadas efetivamente cumpridas no referido turno, inclusive do
tempo de efetiva fruição do intervalo intrajornada, e da redução e prorrogação previstas
no art. 73 da
CLT:..............................................................................................................R$ 10.000,00

q) Reflexo das diferenças de adicional noturno:


q1) No aviso prévio...................................................R$ 850,00
q2) No 13º salário......................................................R$ 850,00
q3) Nas férias + 1/3...................................................R$ 1.100,00
q4) No DSR...............................................................R$ 1.500,00

r) FGTS e multa de 40%, apurados sobre todas as verbas de


natureza salarial postuladas e do período sem anotação em CTPS................R$
23.000,00

s) Multa do artigo 477, da CLT...................................R$


4.800,00

t) A condenação das reclamadas no pagamento de indenização


por danos morais em favor do reclamante, levando-se em conta a gravidade do ato
ilícito, o grau de culpabilidade e a extensão dos danos sofridos em razão do

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descumprimento da NR-
31............................................................................................................R$ 10.000,00

u) Entrega das guias de TRCT no código de saque 01 para


levantamento dos depósitos fundiários e das guias CD/SD, para requerimento do
seguro-desemprego, em condições de saque e, no caso de omissão, conversão da
obrigação na indenização do valor correspondente, com fundamento nos artigos 186 e
927 do C.C.

v) Honorários advocatícios de sucumbência, no importe de 15%


sobre o valor da condenação, a serem apurados em liquidação de sentença, nos termos
do artigo 791-A, § 2º, da CLT.

III – REQUERIMENTOS.

a) Ante o exposto requer de V. Exa. se digne determinar a


citação dos reclamados, via de seu representante legalmente constituído, para em se
desejando, comparecer à audiência de conciliação, instrução e julgamento, que for
designada, oportunidade em que poderá oferecer contestação, sob pena de revelia e
confissão, devendo, ao final, ser a presente AÇÃO TRABALHISTA julgada
TOTALMENTE PROCEDENTE e, consequentemente, seja a reclamada condenada
no pedido formulado pelo reclamante, exarado da letra “a” letra “v”, acrescido de juros
de mora simples de 1,0% ao mês, correção monetária, observando-se a época própria,
honorários advocatícios de sucumbência no percentual de 15% incidente sobre o
valor total da condenação, observado o disposto no art. 791-A, da CLT, custas
processuais e demais cominações legais;

Requer, ainda:
b) o processamento da presente ação com observância do rito
ordinário;
c) seja determinado a reclamada que proceda à juntada aos
autos os controles de horário do reclamante referentes a todo o período laborado,
por força do disposto no artigo 74, § 2º da CLT, para que o reclamante comprove as
diferenças devidas mediante perícia contábil que será requerida, sob pena de, em caso
de omissão injustificada, sejam tidos como verdadeiras as jornadas de trabalho acima
declinadas, bem como dos recibos de salário de todo o pacto laboral sob as penas do
artigo 400, inciso I, do CPC, reservando-se ao obreiro o direito de impugnar o que
entender devido;
d) a nomeação de expert para a realização de perícia técnica,
conforme determina o artigo 195 consolidado, para que caracterize as condições de
periculosidade e insalubridade nos serviços desempenhados pelo reclamante, com
resposta aos quesitos que serão apresentados oportunamente, autorização para o

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acompanhamento da perícia, nomeação de assistente técnico, protestando desde já por
quesitos suplementares;

e) sejam as verbas incontroversas de caráter salarial, pagas na


primeira audiência sob pena de incidir multa de 50% (cinquenta por cento) nos ternos
do artigo 467, do Estatuto Consolidado;

g) finalmente, se conceda ao reclamante, os benefícios da


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, eis que pessoa pobre, na acepção
jurídica do termo, não reúne condições de arcar com as despesas do processo, sem
comprometer o seu sustento, bem como o de sua família (declaração em anexo).

IV – PROVAS A SEREM PRODUZIDAS.

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em


Direito admitidos, sem a exclusão de qualquer que seja, especialmente pelo depoimento
pessoal do representante legal da reclama8a, oitiva de testemunhas, exames periciais,
juntadas de documentos e outras mais que se fizerem necessárias à comprovação da
veracidade dos fatos articulados.

V – VALOR DA CAUSA.

Dá-se a presente, para os devidos fins legais, o valor de R$


293.300,00 (duzentos e noventa e três mil e trezentos reais).

Termos em que pede deferimento.

São Joaquim da Barra-SP, 13 de março de 2.024.

p.p.
RONALDO ARAUJO DOS SANTOS
Advogado - OAB/SP 183.947-D

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