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Plano de Execução BIM - Daniel Alves - 31 - 10
Plano de Execução BIM - Daniel Alves - 31 - 10
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PÓS GRADUAÇÃO: GESTÃO MASTER BIM PISAC – UnB
MÓDULO 5: SUSTENTABILIDADE E O BIM
PROFESSORES: Cynthia Nojimoto [FAU-UnB]
Luciane Durante [UFMT]
ALUNO: Daniel Alves Moura
MATRÍCULA: 221202783
Enquadramento do documento
O presente documento, funciona como Plano Execução BIM, nele são estruturados os capítulos
indispensáveis a um documento desta natureza bem como o objetivo e descrição de cada capítulo
com o propósito de tornar a implementação de metodologias BIM um processo estruturado e
sistematizado.
Apoia todos os envolvidos e responsáveis pela elaboração do Plano Execução BIM destinado a
desenvolver com recurso a aplicação de metodologias BIM. Para o desenvolvimento deste
documento procedeu-se a consulta de várias normas e documentos nacionais e internacionais, de
destacar:
• Plano de Execução BIM, CT197 - Comissão Técnica de Normalização BIM;
• ISO 19650-1:2018 - Organization and digitization of information about buildings and
civil engineering works, including building information modelling (BIM) — Information
management using building information modelling — Part 1: Concepts and principles
• ISO 19650-2:2018 - Organization and digitization of information about buildings and
civil engineering works, including building information modelling (BIM) — Information
management using building information modelling — Part 2: Delivery phase of the assets
• ISO 19650-2:2018 - Organization and digitization of information about buildings and
civil engineering works, including building information modelling (BIM) — Information
management using building information modelling — UK Annex
• Information management according to BS EN ISO 19650 - Guidance Part 1: Concepts,
UK BIM Framework
• Information management according to BS EN ISO 19650 - Guidance Part 2: Parties,
teams and processes for the delivery phase of the assets, UK BIM Framework
• BIM Project Execution Planning Guide - Version 2.2
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INTRODUÇÃO
O Plano de Implementação BIM (doravante PEB) é um documento relativo ao projeto específico,
cujo objetivo é a implementação bem-sucedida de metodologias BIM. É importante que seja
desenvolvido no início do projeto mas é um documento que pode ser modificado e atualizado. O
objetivo deste documento é garantir que todos os interessados tenham uma ideia clara de como a
metodologia BIM será implementada no projeto e seus objetivos. Para uma implementação bem
sucedida, todos os envolvidos devem estar conscientes dos seus papéis e responsabilidades.
A estrutura do PEB proposto contempla os seguintes elementos:
• Informações do empreendimento
• Etapas previstas para o Projeto
• Partes intervenientes
• Definição dos usos BIM
• Mapeamento de processos
• Marcos do projeto
• Estratégia de Federação e Estrutura de Divisão da Informação
• Matriz de responsabilidades
• Processos e métodos para a produção de informação
• Entregáveis
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SUMÁRIO
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1- INFORMAÇÕES DO EMPREENDIMENTO
Descrição geral do projeto: Projeto residencial unifamiliar, composto por 4 quartos sendo todos
suítes, Sala de estar/TV, Cozinha, área Gourmet, Garagem, lavabo, área de serviço e área
externa de lazer.
Nome do empreendimento: Residência D&V
Proprietário: MOURA ARQUITETURA E ENGENHARIA.
CNPJ: 999.999.999/0001-99
Representante legal: Daniel Alves Moura
CPF: 999.999.999-99
RG: 9999999-00
Tipo de projeto: Projeto residencial Unifamiliar
Número do projeto: 001
Tipo de construção: Alvenaria convencional de vedação
Endereço: Quadra 37, Lote 1280, Setor Leste, Gama, Brasília, DF, Brasil
Área construída estimada: 400,00 m²
Tipo de contratação para a execução dos projetos: Design and Build
Tipo de contratação prevista para a execução da obra: Preço Global
Data de início do projeto: 20/10/2023
Data esperada para início dos serviços de construção: 20/10/2024
Data esperada para finalização da construção: 20/08/2025
4- USOS BIM
Identificar os Usos BIM propostos para o anteprojeto é de suma importância. Esclarece o
valor acrescentado da implementação da metodologia BIM definindo todos os objetivos que se
pretendem alcançar. Dessa forma cada uso BIM apresentado a seguir é uma tarefa a executar para
concretizar o objetivo proposto com a implementação da metodologia BIM no projeto, resultando
dessa tarefa um entregável. Estes são definidos para que toda a equipe envolvida tenha uma visão
clara do que se pretende com a implementação da metodologia.
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Tabela 3 - Objetivos
Prioridade
Descrição do objetivo (alta / média /
baixa)
Integrar todas as disciplinas de maneira a identificar antecipadamente as
interferências, reduzir erros e alterações de obra alta
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Tabela 5 - Requisitos de Informação e Entregáveis
Uso BIM Requisitos de Informação Entregáveis
Modelo de Coordenação de
Coordenação/ Gestão da Plano de execução BIM Premissas do
Arquitetura/Engenharia. Documentos
Informação anteprojeto
e relatórios de Conformidade.
Planta topográfica
Desenhos técnicos relativos a
Arquitetura e Engenharia
Memoriais descritivos do Projeto de Modelo Arquitetura
Modelagem 3D Arquitetura e do Projeto Modelo Estrutural
Térmico/Acústico Desenhos Modelo Instalações/MEP
técnicos as especialidades
Template de especialidades
Desenhos técnicos:
Modelo Arquitetura
Produção d e Documentos (De -Plantas
Modelo Estrutural
senhos) -Cortes
Modelo Hidráulico
-Vistas
Modelo Arquitetura
Extração d e Quantidades Modelo Estrutural Mapa de Quantidades
Modelo Hidráulico
Imagens foto-
Visualização Modelo Arquitetura Imagens foto-realistas
realistas
5- MAPEAMENTO DE PROCESSOS
O mapeamento de processos é necessário para que de todos os intervenientes tenham a
percepção do processo sequencial que levará a uma correta realização dos Usos BIM propostos.
Nele foi representada a interação desejada entre entidades envolvidas, apresentando os elementos
necessários para a iniciação de cada tarefa bem como a troca de informação para a realização de
cada tarefa. Os mapas de processos têm diferentes níveis de especificidade, desde o processo
global de todo o empreendimento englobando todas as fases e intervenientes até um mapa de
processos mais detalhado específico a um Uso BIM assim com representado a seguir para o
projeto em questão.
Estes espelham a sequência cronológica das diferentes tarefas a executar e é
recomendável seguir notações padrão para que se consiga uma comunicação padronizada como
por exemplo o uso das regras BPMN (Business Process Model and Notation). Na figura 1
encontra-se representado um mapa de processos com um breve sumário do fluxo proposto.
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Figura 1 - Sequência da metodologia de trabalho proposta. Fonte (Autor;2023).
6- MARCOS DO PROJETO
Identificar os principais marcos do processo é fundamental para aplicação da metodologia BIM, definindo
todos os agentes envolvidos e a informação produzida. Dessa forma cada marco apresentado a seguir é
uma tarefa a executar para concretizar o objetivo proposto, conforme tabela 6.
Tabela 6 – Marcos do processo de Projeto.
Responsável Descrição Entregável
BIM Verificação dos parâmetros de
Relatório BCF
Manager/Coodenador projetos estabelecidos
Modelo Arquitetura
Modelador Arquitetura Modelo Estrutural Modelo
Elaborar modelos de
MEP
Modelador Estrutural informação 3D em Revit,
Modelo Federado
TQS, e Qibuider
Modelador MEP Documentação do Projeto
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negócio ou serviço a desenvolver. Prosseguem abaixo o modelo de divisões que podem ser
adotadas no projeto:
• Por especialidade
8- MATRIZ DE RESPONSABILIDADES
É apresentado o que será desenvolvido, quando é necessária essa informação correspondente aos
Usos BIM propostos e quem será o responsável pela sua produção (tabela 7). Os elementos
contidos na Matriz de Responsabilidade apresentam a especificação com que detalhe devem ser
produzidos segundo o conceito Level of Information Need. Os detalhes dos elementos são
apresentados segundo três parâmetros: a sua geometria (simbólica, genérica, elementos
detalhados ou fabricação de componentes), a sua confiabilidade (preliminar, proposta,
coordenada, como construído) e a informação necessária para cada componente do respetivo
modelo. Para auxiliar na definição desta matriz é recomendado recorrer a uma matriz RACI.
Consiste na atribuição das letras R, A, C, I, as tarefas em que cada parte interveniente estará
envolvida com o seguinte significado:
• A – Autoridade – Entidade responsável pela supervisão dessa tarefa sendo também responsável
pela aprovação após a conclusão da mesma.
• I – Informado – Todas as entidades que devem ser informadas sobre a conclusão de uma tarefa.
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Tabela 7 – Matriz de Responsabilidades
ENGENHEIRO
BIM ENGENHEIRO ENGENHEIRO AGENTE
ETAPA ARQUITETO EXECUÇÃO/
MANAGER ESTRUTURAL INSTALAÇÕES EXTERNO
MANUTENÇÃO
A alocação dos ficheiros produzidos na plataforma (CDE) de dados partilhados deve ser feita da
seguinte forma:
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• Em curso: Repositório de informação que se encontra a ser desenvolvida pela equipe de
trabalho. As informações neste estado não deverão ser visíveis nem acessíveis a qualquer
elemento fora da equipe de trabalho.
• Publicada: Contém a informação que foi autorizada para uso sendo a sua versão mais atual. Os
elementos obsoletos devem ser movidos para o “Arquivo”.
• Arquivo: Todos os elementos de informação que foram partilhados e publicados, mas que já se
encontram obsoletos.
Os sistemas de coordenação e referência são essenciais para o trabalho colaborativo. Isto evita
enganos de coordenação e a necessidade de transportar ou rotacionar modelos ao integrá-los com
outros modelos. Para um correto funcionamento colaborativo recomendam-se:
• Os modelos devem ter 3 eixos (X, Y, Z), Z corresponde à direção vertical e deve assumir o valor
real do nível médio da água do mar
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• A coordenada (0,0,Z) corresponde a uma localização que permite que todo o modelo cabem no
primeiro quadrante.
• A direção do eixo Y deve corresponder à direção norte real e, para facilitar a operação o ângulo
de rotação entre o norte real e o norte de projeto deve ser determinado de modo que o plano de
trabalho seja ortogonal.
Antes de serem publicados os modelos devem ser verificados e revistos sendo essa uma tarefa a
ser realizada pelo seu autor. As diferentes verificações podem ser feitas de diversas formas, todavia, alguns
softwares de modelagem permitem fazer estas verificações automaticamente (por exemplo o Revit
permite fazer a detecção de elementos sobrepostos no modelo automaticamente). A seguir na tabela 9,
apresenta-se uma lista exemplo de verificações que podem ser feitas aos modelos.
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Tabela 10 – Controle de qualidade dos modelos.
Verificação Definição Responsável Software
Assegurar que não há componentes BIM
Visual Navisworks
imprevistas e o projeto foi seguido Manager
Detectar problemas quando dois BIM
Interferências Navisworks
componentes entram em conflito Manager
Assegurar que os standards BIM BIM
Normalizações Manager Navisworks
foram cumpridos
Assegurar que o modelo está
BIM
Integridade do modelo alinhado com os Usos e com os Navisworks
Manager
requisitos previamente propostos
10- ENTREGÁVEIS
Documentos adicionais, a serem entregues em formato pdf e formato de origem do software
utilizado.
Tabela 11 – Entregáveis.
NOME DO ENTREGÁVEL DESCRITIVO
Modelo BIM de coordenação Arquivo do projeto no formato definido para uso no processo de colaboração e coordenação
Modelo BIM As built Arquivo do projeto no formato definido para uso com as built (provavelmente IFC).
Conjunto de folhas contendo plantas, fachadas, cortes, elevações e, se for o caso, outras
Folhas gráficas
vistas, que devem ser definidas conforme a etapa.
Arquivo das condições existentes (topografia, edificação etc.) no formato definido para uso
Modelo das condições
no processo de projeto (provavelmente IFC), com elementos majoritariamente em LOD
existentes
300 ou superior.
Quantitativo de áreas classificadas conforme especificação, da ABNT NBR 12.721,
Quantitativo de áreas também podendo incluir áreas de panos de fachadas, ou por tipos de função (comercial,
residencial etc.).
Avaliação de custos com base em critérios de classificação de áreas associadas aos seus
Estimativa de custos
respectivos índices de custos apurados.
Quantitativo de materiais Levantamento das quantidades de materiais considerando seu consumo líquido.
Quantitativo de serviços Levantamento das quantidades de serviços considerando seus critérios de medição.
Análise de custos com base nos quantitativos de materiais e de serviços nos prazos previstos
Orçamento analítico
para a obra.
Representação virtual e Apresentação do projeto em Realidade Virtual e em Realidade Aumentada, elaborados a
aumentada partir do modelo BIM.
Relatório Documento que reporta as atividades e/ou decisões do projeto
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Tabela 12 – Entregáveis por etapa.
Etapa Entregável Observações Usos BIM previsto
Modelo das condições existentes Modelagem de condições existentes
Quantitativo de áreas Quantitativos de áreas
Implantação, situação, esquemas
Folhas gráficas Criação e concepção com modelos BIM
EV fluxos de pessoas e veículos
Estimativa de custos Modelagem de condições existentes
Representação virtual e aumentada Criação e concepção com modelos BIM
Modelo BIM validado Design Review – Revisão Crítica
Modelo BIM de coordenação Criação e concepção com modelos BIM
Modelo BIM de coordenação Criação e concepção com modelos BIM
Quantitativo de áreas Quantitativos de áreas
Quantitativo de materiais Quantitativos de materiais
AP Implantação, situação, plantas,
Folhas gráficas cortes, fachadas e elevações em Criação e concepção com modelos BIM
escala 1/200
Orçamento analítico Orçamentos com recursos BIM
Representação virtual e aumentada Criação e concepção com modelos BIM
Modelo BIM validado Validação de códigos e normas
Modelo BIM de coordenação Criação e concepção com modelos BIM
Quantitativo de áreas Quantitativos de áreas
Quantitativo de materiais Quantitativos de materiais
Quantitativo de serviços Quantitativos de serviços
Implantação, situação, plantas,
PB Folhas gráficas cortes, fachadas e elevações em Criação e concepção com modelos BIM
escala 1/100
Orçamento analítico Orçamentos com recursos BIM
Representação virtual e aumentada Criação e concepção com modelos BIM
PE A Definir
CO A Definir
OP A Definir
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