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Sobre as FOBIAS ESPECIFICAS, podemos inferir razoavelmente que tais fobias foram, em algum ponto da
história humana, adaptativas – isto é, ajudaram nossos ancestrais a sobreviver em ambientes perigosos e
imprevisíveis. É bastante óbvio o porquê de as coisas serem assim: basta pensar em focos de fobias como
cobras e aranhas (às vezes venenosas) ou em alturas e águas profundas para entender por que evitar tais
perigos leva à sobrevivência.
Sabemos que os medos agrupados sob esse nome estão localizados na parte emocional do cérebro, o que
significa que eles têm pouco a ver com a parte racional, que calcula os riscos. Sabemos que eles se mantêm
pela evitação; se o objeto temido estiver longe, o medo provavelmente não irá embora. Por outro lado,
quando o medo é confrontado e ligado a consequências seguras, ele tende a diminuir. Em poucas palavras,
ativar nosso medo é essencial para suplantá-lo.
Uma vez adquirido o medo, o indivíduo passa a evitar o objeto temido. Toda vez que o menino está perto
do coelho, sente -se mais ansioso; toda vez que ele evita o coelho, sente -se menos ansioso. Seu medo é,
assim, reforçado pelo que se chama de “condicionamento operante”. Evitar a ameaça leva à redução do
medo: na verdade, a evitação é recompensada. Assim, passa -se a ter uma associação positiva, ao mesmo
tempo em que o medo relativo ao primeiro estímulo se mantém. Se o medo pode se manter por meio da
evitação (e há evidências de que isso é possível), então o medo pode ser desaprendido pela
reexperimentação do objeto temido e pela constatação de que ele é inócuo.
Ao obedecermos a essa lista de regras, aumentamos nossos medos e limitamos nosso comportamento.
Vamos reescrever essas regras!
FOBIAS ESPECIFICAS
FOBIAS ESPECIFICAS
Quando você fizer a exposição real, tenha em mente que precisará sentir alguma ansiedade para que tudo
funcione. Você começará com o que é menos assustador e, gradualmente, vai se envolver em uma exposição
passo a passo, até chegar à situação mais temida. Conforme fizer isso, observe os comportamentos de
segurança que usa – e elimine cada um deles.
Mantenha cada imagem em mente por um tempo (em geral, recomendo 10 minutos) observando o nível de
medo em intervalos de dois minutos. Veja se o número inicial diminui à medida que você se atém à
imagem. Se isso acontecer, continue a pensar na imagem até que a queda se estabilize. Depois, passe ao
próximo nível da hierarquia e faça a mesma coisa.
A queda do nível em cada etapa é o resultado do que chamamos de habituação. Significa que quanto mais
tempo você se expuser a uma imagem, menos responderá a ela. Na verdade, você se acostuma à imagem
que teme: fica menos agitado, menos preocupado e mais indiferente a ela.
É importante que esses exercícios iniciais sejam voluntários; que você sinta que pode parar a qualquer
momento em que o desconforto se tornar grande demais (você pode continuar depois).
RELAXAMENTO AUTÓGENO
1. Fique em uma posição confortável, pode ser deitado ou sentado com a coluna ereta.
2. Praticar dois a três ciclos de respiração profunda.
3. Deixar os ombros soltos, manter a respiração calma e, em seguida, colocar sua atenção no
braço direito
4. Imagine que seu braço direito está pesado e que existe um objeto em cima dele
5. Repita de 5 a 8 vezes para si mesmo, mentalmente as palavras meu braço está pesado,
agradavelmente pesado
6. Constatando seu braço mais pesado repita uma única vez para si mesmo estou tranquilo
agora, tranquilo
7. Em seguida, imagine que seu braço direito está quente e que ele está dentro de uma água
morna
8. Repita de 5 a 8 vezes para si mesmo as palavras: braços quentes, agradavelmente quentes.
9. Constatando o calor no seu braço, repita uma única vez para si mesmo estou tranquilo agora,
tranquilo
10. Repita este processo para os dois braços e as duas pernas.