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Traduzido por Denise Vilela, a partir de SCHWARTZ, G. & BISHOP, P. (Ed.) Momentz of Discovery. New York. Basic
Books, 1958.
irão se encontrar no centro da Terra. Sendo que o relógio de Siena está verticalmente sob o Sol, se
supusermos uma linha reta que liga o Sol ao topo do ponteiro do relógio esta reta coincide com a
reta que vai desde o Sol até o centro da Terra. Se agora supusermos outra linha traçada ascendente
desde a extremidade da ponta do ponteiro de Alexandria, passando pelo topo do ponteiro indo até
o Sol, esta linha reta e a linha acima citada serão paralelas, uma vez que elas são linhas vindas
desde as diferentes partes do Sol até as diferentes partes da Terra. Nessas retas paralelas incide a
reta que vai desde o centro da Terra até o ponteiro em Alexandria, de modo que, por conseguinte,
os ângulos alternos formados são iguais. Um desses ângulos é aquele formado no centro da Terra,
pela interseção das retas que ligam o centro da Terra aos relógios; o outro está no ponto de
interseção formado pelo topo do ponteiro em Alexandria e a reta que vai da extremidade de sua
sombra até o Sol, passando pelo ponto onde (a reta) encontra o topo do ponteiro, enquanto que o
ângulo do centro da Terra subtende o arco que abrange desde Siena até Alexandria. Mas os arcos
são similares desde que são iguais os ângulos que subtendem esses arcos. Portanto, qualquer que
for a razão que o arco na cavidade do relógio estabelecer, com o círculo (do relógio), o arco que
envolve de Siena à Alexandria mantém a mesma razão com seu próprio círculo (da Terra). Mas o
arco no bojo é sabido ser um cinquenta avos de seu próprio círculo. Portanto a distância de Siena à
Alexandria deve ser necessariamente uma ciquentagésima parte do círculo máximo da Terra. E a
dita distância é 5000 estádios; portanto o círculo grande completo mede 250.000 estádios. Este é o
método de Eratóstenes.