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Tratado sobre o Funcionamento da UE

Artigo 4.o

2. As competências partilhadas entre a União e os Estados-Membros aplicam-se aos principais


domínios a seguir enunciados: a) Mercado interno;

Artigo 26.o (ex-artigo 14.o TCE)

1. A União adota as medidas destinadas a estabelecer o mercado interno ou a assegurar o seu


funcionamento, em conformidade com as disposições pertinentes dos Tratados.

2. O mercado interno compreende um espaço sem fronteiras internas no qual a livre circulação
das mercadorias, das pessoas, dos serviços e dos capitais é assegurada de acordo com as
disposições dos Tratados.

3. O Conselho, sob proposta da Comissão, definirá as orientações e condições necessárias para


assegurar um progresso equilibrado no conjunto dos setores abrangidos.

Artigo 114.o (ex-artigo 95.o TCE)

1. Salvo disposição em contrário dos Tratados, aplicam-se as disposições seguintes à realização


dos objetivos enunciados no artigo 26.o. O Parlamento Europeu e o Conselho, deliberando de
acordo com o processo legislativo ordinário, e após consulta do Comité Económico e Social,
adotam as medidas relativas à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e
administrativas dos Estados-Membros, que tenham por objeto o estabelecimento e o
funcionamento do mercado interno.

2. O n.o 1 não se aplica às disposições fiscais, às relativas à livre circulação das pessoas e às
relativas aos direitos e interesses dos trabalhadores assalariados.

3. A Comissão, nas suas propostas previstas no n.o 1 em matéria de saúde, de segurança, de


proteção do ambiente e de defesa dos consumidores, basear-se-á num nível de proteção
elevado, tendo nomeadamente em conta qualquer nova evolução baseada em dados
científicos. No âmbito das respetivas competências, o Parlamento Europeu e o Conselho
procurarão igualmente alcançar esse objetivo.

4. Se, após a adoção de uma medida de harmonização pelo Parlamento Europeu e o Conselho,
pelo Conselho ou pela Comissão, um Estado-Membro considerar necessário manter
disposições nacionais justificadas por exigências importantes a que se refere o artigo 36.o ou
relativas à proteção do meio de trabalho ou do ambiente, notificará a Comissão dessas
medidas, bem como das razões que motivam a sua manutenção.

5. Além disso, sem prejuízo do disposto no n.o 4, se, após a adoção de uma medida de
harmonização pelo Parlamento Europeu e o Conselho, pelo Conselho ou pela Comissão, um
Estado-Membro considerar necessário adotar disposições nacionais baseadas em novas provas
científicas relacionadas com a proteção do meio de trabalho ou do ambiente, motivadas por
qualquer problema específico desse Estado-Membro, que tenha surgido após a adoção da
referida medida de harmonização, notificará a Comissão das disposições previstas, bem como
dos motivos da sua adoção.
6. No prazo de seis meses a contar da data das notificações a que se referem os n.os 4 e 5, a
Comissão aprovará ou rejeitará as disposições nacionais em causa, depois de ter verificado que
não constituem um meio de discriminação arbitrária ou uma restrição dissimulada ao comércio
entre os Estados-Membros, nem um obstáculo ao funcionamento do mercado interno. Na
ausência de decisão da Comissão dentro do citado prazo, considera-se que as disposições
nacionais a que se referem os n.os 4 e 5 foram aprovadas. Se a complexidade da questão o
justificar, e não existindo perigo para a saúde humana, a Comissão pode notificar o respetivo
Estado-Membro de que o prazo previsto no presente número pode ser prorrogado por um
novo período de seis meses, no máximo.

7. Se, em aplicação do n.o 6, um Estado-Membro for autorizado a manter ou adotar


disposições nacionais derrogatórias de uma medida de harmonização, a Comissão ponderará
imediatamente se deve propor uma adaptação dessa medida.

8. Sempre que um Estado-Membro levante um problema específico em matéria de saúde


pública num domínio que tenha sido previamente objeto de medidas de harmonização,
informará do facto a Comissão, que ponderará imediatamente se deve propor ao Conselho
medidas adequadas.

9. Em derrogação do disposto nos artigos 258.o e 259.o, a Comissão ou qualquer Estado-


Membro pode recorrer diretamente ao Tribunal de Justiça da União Europeia, se considerar
que outro Estado-Membro utiliza de forma abusiva os poderes previstos no presente artigo.

10. As medidas de harmonização acima referidas compreenderão, nos casos adequados, uma
cláusula de salvaguarda que autorize os Estados-Membros a tomarem, por uma ou mais razões
não económicas previstas no artigo 36.o, medidas provisórias sujeitas a um processo de
controlo da União.

Artigo 168.o (ex-artigo 152.o TCE)

1. Na definição e execução de todas as políticas e ações da União será assegurado um elevado


nível de proteção da saúde. A ação da União, que será complementar das políticas nacionais,
incidirá na melhoria da saúde pública e na prevenção das doenças e afeções humanas e na
redução das causas de perigo para a saúde física e mental. Esta ação abrangerá a luta contra os
grandes flagelos, fomentando a investigação sobre as respetivas causas, formas de transmissão
e prevenção, bem como a informação e a educação sanitária e a vigilância das ameaças graves
para a saúde com dimensão transfronteiriça, o alerta em caso de tais ameaças e o combate
contra as mesmas. A ação da União será complementar da ação empreendida pelos Estados-
Membros na redução dos efeitos nocivos da droga sobre a saúde, nomeadamente através da
informação e da prevenção.

Artigo 258.o (ex-artigo 226.o TCE)

Se a Comissão considerar que um Estado-Membro não cumpriu qualquer das obrigações que
lhe incumbem por força dos Tratados, formulará um parecer fundamentado sobre o assunto,
após ter dado a esse Estado oportunidade de apresentar as suas observações. Se o Estado em
causa não proceder em conformidade com este parecer no prazo fixado pela Comissão, esta
pode recorrer ao Tribunal de Justiça da União Europeia.

Artigo 260.o (ex-artigo 228.o TCE)


1. Se o Tribunal de Justiça da União Europeia declarar verificado que um Estado-Membro não
cumpriu qualquer das obrigações que lhe incumbem por força dos Tratados, esse Estado deve
tomar as medidas necessárias à execução do acórdão do Tribunal.

2. Se a Comissão considerar que o Estado-Membro em causa não tomou as medidas


necessárias à execução do acórdão do Tribunal, pode submeter o caso a esse Tribunal, após ter
dado a esse Estado a possibilidade de apresentar as suas observações. A Comissão indica o
montante da quantia fixa ou da sanção pecuniária compulsória, a pagar pelo Estado-Membro,
que considerar adequado às circunstâncias. Se o Tribunal declarar verificado que o Estado-
Membro em causa não deu cumprimento ao seu acórdão, pode condená-lo ao pagamento de
uma quantia fixa ou progressiva correspondente a uma sanção pecuniária. Este procedimento
não prejudica o disposto no artigo 259.o

3. Quando propuser uma ação no Tribunal ao abrigo do artigo 258.o, por considerar que o
Estado-Membro em causa não cumpriu a obrigação de comunicar as medidas de transposição
de uma diretiva adotada de acordo com um processo legislativo, a Comissão pode, se o
considerar adequado, indicar o montante da quantia fixa ou da sanção pecuniária compulsória,
a pagar por esse Estado, que considere adaptado às circunstâncias. Se o Tribunal declarar o
incumprimento, pode condenar o Estado-Membro em causa ao pagamentode uma quantia
fixa ou de uma sanção pecuniária compulsória, no limite do montante indicado pela Comissão.
A obrigação de pagamento produz efeitos na data estabelecida pelo Tribunal no seu acórdão.

Artigo 267.o (ex-artigo 234.o TCE)

O Tribunal de Justiça da União Europeia é competente para decidir, a título prejudicial:

a) Sobre a interpretação dos Tratados;

b) Sobre a validade e a interpretação dos atos adotados pelas instituições, órgãos ou


organismos da União. Sempre que uma questão desta natureza seja suscitada perante
qualquer órgão jurisdicional de um dos Estados-Membros, esse órgão pode, se considerar que
uma decisão sobre essa questão é necessária ao julgamento da causa, pedir ao Tribunal que
sobre ela se pronuncie. Sempre que uma questão desta natureza seja suscitada em processo
pendente perante um órgão jurisdicional nacional cujas decisões não sejam suscetíveis de
recurso judicial previsto no direito interno, esse órgão é obrigado a submeter a questão ao
Tribunal. Se uma questão desta natureza for suscitada em processo pendente perante um
órgão jurisdicional nacional relativamente a uma pessoa que se encontre detida, o Tribunal
pronunciar-se-á com a maior brevidade possível.

Carta dos Direitos Fundamentais da UE


Artigo 10.o: Liberdade de pensamento, de consciência e de religião

1. Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este


direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, bem como a liberdade de
manifestar a sua religião ou a sua convicção, individual ou coletivamente, em publico ou em
privado, através do culto, do ensino, de práticas e da celebração de ritos.

Artigo 21.o: Não discriminação


1. É proibida a discriminação em razão, designadamente, do sexo, raça, cor ou origem étnica
ou social, características genéticas, língua, religião ou convicções, opiniões políticas ou outras,
pertença a uma minoria nacional, riqueza, nascimento, deficiência, idade ou orientação sexual.

Artigo 35.o: Proteção da saúde

Todas as pessoas têm o direito de aceder à prevenção em matéria de saúde e de beneficiar de


cuidados médicos, de acordo com as legislações e práticas nacionais. Na definição e execução
de todas as políticas e ações da União, será assegurado um elevado nível de proteção da saúde
humana.

Estatuto do Tribunal de Justiça da UE


Artigo 23.°

Nos casos previstos no artigo 267.° do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a
decisão do órgão jurisdicional nacional que suspenda a instância e que suscite a questão
perante o Tribunal de Justiça é a este notificada por iniciativa desse órgão. Esta decisão é em
seguida notificada, pelo secretário do Tribunal, às partes em causa, aos Estados-Membros e à
Comissão, bem como à instituição, órgão ou organismo da União que tiver adotado o ato cuja
validade ou interpretação é contestada. No prazo de dois meses a contar desta última
notificação, as partes, os Estados-Membros, a Comissão e, se for caso disso, a instituição,
órgão ou organismo da União que tiver adotado o ato cuja validade ou interpretação é
contestada tem o direito de apresentar ao Tribunal alegações ou observações escritas. Nos
casos previstos no artigo 267.° do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a
decisão do órgão jurisdicional nacional é igualmente notificada pelo secretário do Tribunal aos
Estados partes no Acordo sobre o Espaço Económico Europeu que não sejam Estados-
Membros, bem como ao Órgão de Fiscalização da EFTA mencionado no referido Acordo, que
têm o direito de apresentar ao Tribunal alegações ou observações escritas, no prazo de dois
meses a contar da notificação e quando esteja em causa um dos domínios de aplicação desse
Acordo. No caso de um acordo em determinada matéria, celebrado pelo Conselho e um ou
mais Estados terceiros, prever que estes últimos têm a faculdade de apresentar memorandos
ou observações escritas quando um órgão jurisdicional de um Estado-Membro submeta ao
Tribunal de Justiça uma questão prejudicial sobre matéria do âmbito de aplicação do mesmo
acordo, a decisão do órgão jurisdicional nacional que contenha essa questão é igualmente
notificada aos Estados terceiros em causa que, no prazo de dois meses a contar da notificação,
podem apresentar ao Tribunal memorandos ou observações escritas.

Artigo 23.° -A

O Regulamento de Processo pode prever a tramitação acelerada de certos processos e a


tramitação urgente dos pedidos de decisão prejudicial relativos ao espaço de liberdade, de
segurança e de justiça. Nos processos referidos no parágrafo anterior, pode-se prever um
prazo para a apresentação das alegações ou observações escritas mais curto do que o
estabelecido no artigo 23.°, e, em derrogação do disposto no artigo 20.°, quarto parágrafo, que
o processo seja julgado sem conclusões do advogado-geral. A tramitação urgente pode prever,
além disso, a limitação das partes e outros interessados referidos no artigo 23.°, autorizados a
apresentar alegações ou observações escritas e, em casos de extrema urgência, que não se
realize a fase escrita.

DIRECTIVA 2000/84/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de


19 de Janeiro de 2001 respeitante às disposições relativas à hora de
Verão (revogada)
(4) O bom funcionamento de determinados sectores, não só o dos transportes e o das
comunicações, mas também outros sectores da indústria, exige uma programação estável a
longo prazo. Consequentemente, justifica-se o estabelecimento, por um prazo não
especificado, de disposições relativas ao período da hora de Verão.

(7) Atendendo a que a harmonização completa do calendário do período da hora de Verão,


com vista a facilitar os transportes e as comunicações, não pode ser suficientemente realizada
pelos Estados-Membros e pode, pois, ser melhor alcançada ao nível comunitário, a
Comunidade pode tomar medidas, em conformidade com o princípio da subsidiariedade tal
como estabelecido no artigo 5.o do Tratado. A presente diretiva não excede o que é necessário
para a consecução dos objetivos.

Tratado da UE
Artigo 4.o

3. Em virtude do princípio da cooperação leal, a União e os Estados-Membros respeitam-se e


assistem-se mutuamente no cumprimento das missões decorrentes dos Tratados. Os Estados-
Membros tomam todas as medidas gerais ou específicas adequadas para garantir a execução
das obrigações decorrentes dos Tratados ou resultantes dos atos das instituições da União. Os
Estados-Membros facilitam à União o cumprimento da sua missão e abstêm-se de qualquer
medida suscetível de pôr em perigo a realização dos objetivos da União.

Artigo 5.o (ex-artigo 5.o TCE)

3. Em virtude do princípio da subsidiariedade, nos domínios que não sejam da sua


competência exclusiva, a União intervém apenas se e na medida em que os objetivos da ação
considerada não possam ser suficientemente alcançados pelos Estados-Membros, tanto ao
nível central como ao nível regional e local, podendo contudo, devido às dimensões ou aos
efeitos da ação considerada, ser mais bem alcançados ao nível da União. As instituições da
União aplicam o princípio da subsidiariedade em conformidade com o Protocolo relativo à
aplicação dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade. Os Parlamentos nacionais
velam pela observância do princípio da subsidiariedade de acordo com o processo previsto no
referido Protocolo.

Diretiva 2000/78/CE do Conselho, de 27 de Novembro de 2000 (Jornal


Oficial nº L 303 de 02/12/2000 p. 0016 – 0022)
- Artigo 2º, n. º1, al. b: “[…] existe discriminação indireta sempre que uma disposição, critério
ou prática aparentemente neutra seja suscetível de colocar numa situação de desvantagem
pessoas com uma determinada religião ou convicções […] comparativamente com outras
pessoas”.

Acórdão do processo T-333/10 (Tribunal de Justiça da União Europeia,


setembro 16, 2013)
– “(80) Assim, o princípio da precaução permite às instituições, quando subsistam incertezas
científicas quanto à existência ou ao alcance de riscos para a saúde das pessoas, adotarem
medidas de proteção sem ter de esperar que a realidade e a gravidade de tais riscos sejam
plenamente demonstradas (v. acórdão Gowan Comércio Internacional e Serviços, n.º 78,
supra, n.º 73 e jurisprudência referida) ou que os efeitos adversos para a saúde se
materializem (v., nesse sentido, acórdãos do Tribunal Geral Pfizer Animal Health/Conselho, n.º
64, supra, n.os 139 e 141, e de 11 de setembro de 2002, Alpharma/Conselho, T-70/99, Colet.,
p. II3495, n.os 152 e 154).

- (81) Além disso, quando for impossível determinar com certeza a existência ou o alcance do
risco alegado devido à natureza insuficiente, não conclusiva ou imprecisa dos resultados dos
estudos levados a cabo, mas persista a probabilidade de um prejuízo real para a saúde pública
na hipótese de o risco se realizar, o princípio da precaução justifica a adoção de medidas
restritivas, sem prejuízo de as mesmas deverem ser não discriminatórias e objetivas (v.
acórdão Gowan Comércio Internacional e Serviços, n.º 78, supra, n.º 76 e jurisprudência
referida).

Acórdão Simmenthal II do processo 106/77 (Tribunal de Justiça da União


Europeia, março 9, 1978)
17 : “(…) por força do princípio do primado do direito comunitário, as disposições do Tratado e
os actos das instituições directamente aplicáveis têm por efeito, nas suas relações com o
direito interno dos Estados-Membros, não apenas tornar inaplicável de pleno direito, desde o
momento da sua entrada em vigor, qualquer norma de direito interno que lhes seja contrária,
mas também— e dado que tais disposições e actos integram, com posição de precedência, a
ordem jurídica aplicável no território de cada um dos Estados-Membros — impedir a formação
válida de novos actos legislativos nacionais, na medida em que seriam incompatíveis com
normas do direito comunitário”.)

JURISPRUDÊNCIA
- Proposta de DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO, relativa à abolição das
mudanças de hora sazonais e que revoga a Diretiva 2000/84/CE, Bruxelas, 12.9.2018 “ (...) a
Comissão analisou os elementos factuais disponíveis, que apontam para a importância de
dispor de regras harmonizadas neste domínio à escala União, a fim de garantir o bom
funcionamento do mercado interno.”
- Proposta de DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO, relativa à abolição das
mudanças de hora sazonais e que revoga a Diretiva 2000/84/CE, Bruxelas, 12.9.2018 “(…)
permitir mudanças de hora não coordenadas entre os Estados-Membros seria prejudicial para
o mercado interno, em razão de custos mais elevados do comércio transfronteiras,
inconvenientes e possíveis perturbações nos transportes, nas comunicações e nas viagens e
menor produtividade no mercado interno de bens e serviços.”

- PROCESS0 C-617/10 (Tribunal de Justiça da União Europeia Fevereiro 26, 2013), para. 21.
“Uma vez que os direitos fundamentais garantidos pela Carta devem, por conseguinte, ser
respeitados quando uma regulamentação nacional se enquadra no âmbito de aplicação do
direito da União, não podem existir situações que estejam abrangidas pelo direito da União em
que os referidos direitos fundamentais não sejam aplicados. A aplicabilidade do direito da
União implica a aplicabilidade dos direitos fundamentais garantidos pela Carta.”

- Acórdão do processo C-628/15 (Tribunal de Justiça da União Europeia, setembro 14, 2017),
Para. 47: Cabe salientar, em primeiro lugar, que incumbe aos Estados-Membros,
designadamente por força do princípio da cooperação leal, enunciado no artigo 4.o, n.o 3,
primeiro parágrafo, TUE, assegurar, no respetivo território, a aplicação e o respeito do direito
da União e que, por força do artigo 4.o, n.o 3, segundo parágrafo, TUE, os Estados-Membros
adotam todas as medidas gerais ou específicas adequadas para garantir a execução das
obrigações decorrentes dos Tratados ou resultantes dos atos das instituições da União. Por
outro lado, o artigo 19.o, n.o 1, segundo parágrafo, TUE impõe aos Estados-Membros que
estabeleçam as vias de recurso necessárias para assegurar uma tutela jurisdicional efetiva nos
domínios abrangidos pelo direito da União.

- CONCLUSÕES DA ADVOGADA-GERAL ELEANOR SHARPSTON, ECLI:EU:C:2019:321, 11 de abril


de 2019, relativas ao Processo C-482/17, n.º 9: O artigo 114.o, n.o 1, TFUE estabelece
disposições pormenorizadas para a realização dos objetivos enunciados no artigo 26.o TFUE. O
legislador da União tem, assim, competência para adotar medidas relativas à aproximação das
disposições legislativas que tenham por objeto o estabelecimento e o funcionamento do
mercado interno. O artigo 114.o, n.o 3, TFUE estabelece que a Comissão, nas suas propostas
relativas à saúde, segurança, proteção do ambiente e defesa dos consumidores, e o
Parlamento e o Conselho no âmbito das respetivas competências, basear-se-ão num nível de
proteção elevado, tendo nomeadamente em conta qualquer nova evolução baseada em dados
científicos.

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- Processo C-547/14, ECLI:EU:C:2016:325 (Tribunal De Justiça da União Europeia, 4 de maio de


2016), n.º 63 e jurisprudência aí referida: Refira-se igualmente que, com a expressão «medidas
relativas à aproximação», que figura no artigo 114.o TFUE, os autores do Tratado quiseram
conferir ao legislador da União, em função do contexto geral e das circunstâncias específicas
da matéria a harmonizar, margem de apreciação quanto à técnica de aproximação mais
adequada para alcançar o resultado pretendido, em particular nos domínios que se
caracterizam por particularidades técnicas complexas (acórdãos Alemanha/Parlamento e
Conselho, C-380/03, EU:C:2006:772, n.o 42, e Reino Unido/Parlamento e Conselho, C-270/12,
EU:C:2014:18, n.o 102)

- Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à abolição das mudanças


de hora sazonais e que revoga a Diretiva 2000/84/CE, p. 7: “O estudo ICF de 2014,
encomendado pela Comissão, examinou as (hipotéticas) implicações da não harmonização dos
regimes de hora de verão, nomeadamente para o funcionamento do mercado interno, mas
também para as empresas e os cidadãos, tendo concluído que a assincronia das disposições
nesta matéria geraria custos mais elevados, maiores inconvenientes e menor produtividade no
mercado interno de bens e serviços.”

- Processo C-547/14, ECLI:EU:C:2016:325 (Tribunal De Justiça da União Europeia, 4 de maio de


2016), n.º 153: Quarto, quanto à proporcionalidade dessa ingerência, há que salientar que o
artigo 35.°, segunda frase, da Carta, e os artigos 9.° TFUE, 114.°, n.° 3, TFUE e 168.°, n.° 1, TFUE
exigem que seja assegurado um elevado nível de proteção da saúde humana na definição e na
execução de todas as políticas e ações da União.

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