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I.
Pedido da alínea a)
Estamos perante uma relação jurídica plurilocalizada, uma vez que os Autores residem em
Odemira, os Réus têm residência habitual em Pequim, e o prédio em causa situa-se em
Portugal.
Deste modo, cumpre verificar a aplicabilidade do Regulamento 1215/2012, uma vez que
estamos perante um problema de competência internacional. O pedido em causa refere-se a
matéria civil, pelo que o âmbito objetivo se encontra verificado (art. 1.º/1); apesar de os Réus
não residirem num EM da UE, verifica-se o âmbitos subjetivo porque temos uma exceção:
direitos reais (art. 24.º/6 Regulamento)
Pedido da alínea b)
Estamos perante uma relação jurídica plurilocalizada, uma vez que os Autores residem em
Odemira, os Réus têm residência habitual em Pequim, e o prédio em causa situa-se em
Portugal.
Deste modo, cumpre verificar a aplicabilidade do Regulamento 1215/2012, uma vez que
estamos perante um problema de competência internacional. O pedido em causa refere-se a
matéria civil, pelo que o âmbito objetivo se encontra verificado (art. 1.º/1); contudo, os Réus
não residem num EM da UE, pelo que, não se verifica o âmbitos subjetivo. Aqui temos a
responsabilidade civil extracontratual.
Aqui o pedido não versa sobre direitos reais, mas sobre uma indemnização pelos danos
causados, portanto releva recorrer aos critérios de atribuição de competência previstos no art.
62.º/1 do CPC.
- critério da causalidade: a ação deve ser proposta em Portugal porque a causa de pedir ou o
facto principal ocorreram em Portugal. Dizem os réus que o negócio entre os Réus foi realizado
no Tribunal Central Cível de Lisboa, legitimando, assim, a aplicação do art. 62.º/1/b)
Pedido reconvencional:
Estamos perante uma relação jurídica plurilocalizada, uma vez que os Autores residem em
Odemira, os Réus têm residência habitual em Pequim, e o prédio em causa situa-se em
Portugal.
Deste modo, cumpre verificar a aplicabilidade do Regulamento 1215/2012, uma vez que
estamos perante um problema de competência internacional. O pedido em causa refere-se a
matéria civil, pelo que o âmbito objetivo se encontra verificado (art. 1.º/1); apesar de os Réus
não residem num EM da UE, verifica-se o âmbitos subjetivo, porque os reconvindos vivem em
Portugal.
Aqui usamos o art. 8.º/3 para referir que os tribunais portugueses eram competentes.
2. Território
Pedido a):
A regra geral é o domicílio do réu (80.º/1), contudo, como estamos a falar de uma ação de
preferência, em que estão em causa direitos reais, aplica-se o critério do art. 70.º/1, que
refere que o critério é o do local da situação dos bens (fórum rei sitae). Por isso, como o imóvel
se localiza em Odemira, a ação deve ser proposta no Tribunal da competência genérica de
Odemira, da Comarca de Beja.
Pedido b):
Aqui vai ser de acordo com o 70.º/2, por se tratar de responsabilidade extracontratual -
novamente, a ação deveria ser proposta no Tribunal da competência genérica de Odemira, da
Comarca de Beja.
Pedido reconvencional:
3. Valor
O tribunal local cível de Beja era competente quando foi posta a ação, mas como se adicionou
a reconvenção, o valor ultrapassa os 50.000 e tinha de pôr o processo para o central cível de
Beja.
II.
2. Exceção dilatória por ilegitimidade do Réu Mao: o réu é uma parte ilegítima por não ter
interesse na causa, 577.º, e).
4. Impugnação indireta: quem tem de provar que são prédios confinantes é o autor (facto
constitutivo), portanto como é o autor que tem de provar é uma impugnação indireta.
5. Exceção perentória extintiva: facto novo que extingue direitos dos autores (pela renúncia)
6. Exceção perentória impeditiva: quem tem de provar que houve negócio simulado eram os
réus (facto extintivo).
7. Exceção perentória impeditiva: fala-se da culpa, o réu tenta demonstrar que a empresa não
teve culpa (facto extintivo). Se ele não conseguir provar, ele tem culpa.
8. Impugnação de facto direta (facto 6: dizem que não corresponde à verdade), mas também
indireta (justifica porque não corresponde à verdade: não cultivam no prédio, abandonado).
Aqui seria mais correto dizer que era impugnação indireta.
III.
Como residia em Pequim, art. 239.º. Como não faz parte da UE não se aplica o Regulamento CE
nº 1393/2007, aplicando-se o 239.º/2. Portanto, a citação pode ser feita por carta registada
com aviso de receção, por intermédio de consulado, por carta rogatória ou por citação edital.
A via postal não resultou, portanto terá de ser remetida uma carta rogatório ao ministério da
justiça do país em causa a pedir que a pessoa seja citada (no caso, a China, Pequim). E, além
disso, teria de ser traduzida em mandarim.
IV.
Como os autores não apresentaram réplica, os factos alegados pelo réu são admitidos por
acordo os factos que fundamentam a reconvenção: art. 587.º que remete para o art. 574.º/2.
V.
São os seguintes os temas de prova (ver factos que estão em contradição, que interessam para
a decisão da causa):
- se a conversa que consta do ponto 5 da contestação existiu ou não (não se podia falar aqui da
renúncia porque isto é um termo de direito)
- se foi intenção de Mao e Tung transferir a propriedade sem qualquer contrapartida, não
tendo sido pago o preço
Aqui dizemos na positiva ou negativa consoante o ónus da prova: autor [negativa], réu
[positiva]
VI.
1ª pergunta: a testemunha ia depor sobre simulação (ia dizer que o negócio é simulado), mas
há um artigo que diz que não pode ser produzida prova testemunhal quando os próprios
simuladores querem provar a simulação (394.º/2 CC). Mas a doutrina faz uma interpretação
restritiva quanto a este assunto, admitindo a prova.
2ª pergunta: contudo, a prova não é totalmente proibida - e a força desse depoimento era
complementar: a doutrina tem interpretado restritivamente isso e, só com outra prova é que a
prova por testemunhas pode valer.
VII.
No Código de 2013 criou-se um mecanismo para o direito de regresso: quando são casos de
devedores solidários, aplicamos o 317.º, afastando a intervenção acessória provocada, porque
o 317.º permite que fiquem logo condenados os dois.
VIII.
IX.
Como não há procuração, nos termos do 48.º/2 fica sem efeito a contestação. A consequência
disso é que os factos são admitidos por acordo e é como se não houvesse contestação.
Se não houvesse contestação, a revelia seria absoluta porque o réu não teve qualquer
intervenção, não sabemos se ele está bem ou não citado (portanto temos de ir ver se o réu
sabe da existência daquele processo).
Além disso, a revelia seria inoperante (567.º), por preencher a exceção do art. 568.º/a).
X.
Pluralidade de autores: litisconsórcio necessário legal (são casados com comunhão de bens e
como o prédio está na comunhão de bens, teriam de ser os dois a estar na ação - art. 34.º CPC
ou também pelo 419.º CC). É admissível.
Pluralidade de réus: litisconsórcio voluntário (há quem diga que o vendedor não tem de estar,
basta o comprador) ou litisconsórcio necessário (há quem diga que têm de estar os dois). É
admissível.
- Pluralidade de pedidos:
A e A -> T (indemnização só contra o Tung). Para este pedido temos de ver os requisitos do
36.º
Análise mais complexa: Relativamente ao segundo pedido há também uma coligação: para ver
se o segundo pedido era admissível tínhamos de verificar se era coligação. Se a coligação fosse
inadmissível o segundo pedido não era admissível.