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AULA PRÁTICA 19/10/2023

19 de outubro de 2023 20:32

1. António propõe uma acção judicial contra Bento, que contesta. O Juiz notifica
ambas as partes para juntarem aos autos um documento, e fixa 10 dias de prazo para
o Autor e 15 dias de prazo para o Réu.
- Temos logo à cabeça o principio de acesso aos tribunais que está presente no artigo 20.º da CRP, onde
deve ser assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para a defesa dos seus direitos e interesses
legalmente protegidos, por um lado temos o direito de ação de António numa proposta de ação judicial
contra bento, por outro lado temos o direito de defesa de Bento, já que este tem o conhecimento do
processo efetuado num ato de citação judicial + Temos também o dever de cooperação , a verdade é
que as partes processuais têm deveres a cumprir perante o tribunal, são os considerados deveres
processuais, ao qual temos a boa-fé processual (artigo 8.º), a cooperação (artigos 7.º e 417.º),
apresentação de documentos (Artigo 430.º), este principio é mais para o âmbito da instrução. + Será
que temos um principio do dispositivo?
- Principio do dispositivo:
|-> Temos aqui um impulso processual, que está submetido ao principio do dispositivo (artigo 3.º), o
impulso recai sobre as partes (724/1 + 728 + 784 +794 + 855 + 856 + 859 + 868 + 876

2. António propõe uma acção judicial contra Bento, que contesta. O Juiz convida o Autor a aperfeiçoar
a petição inicial, mas após o aperfeiçoamento o Réu não é notificado para se pronunciar. ---> Vem dos
deveres de cooperação (deveres funcionais) no âmbito de que deve incrementar a eficiência do
processo, deve assegurar a igualdade de oportunidade das partes (de certa forma o despacho de
aperfeiçoamento parece ser uma exceção à citação do réu *3), temos um andamento célere (artigo 6.º)
como expressão de um processo civil DIALÓGICO, no âmbito da ação judicial, o juiz convidou a
aperfeiçoar a petição inicial e de eu temos então por exemplo um aperfeiçoamento por causa de
irregularidades ou insuficiência nas peças, ou até mesmo para sanar alguns pressupostos processuais
em falta. Nesta situação o tribunal incorre numa violação do direito de defesa que o réu tem, já que ele
tem de ter conhecimento, por isso podemos ter o caso de um acórdão do TRP que foi relativamente à
não notificação à mandatária da ré, onde teríamos uma nulidade processual no âmbito do artigo 195.º,
n.º1 do CPC)

3. Despacho de aperfeiçoamento O art. 590.°, n.° 1, permite o indeferimento liminar em alternativa à


citação do réu, nada se prevendo quanto ao conhecimento de exceções dilatórias sanáveis e de vícios da
petição inicial que não conduzam ao indeferimento liminar. O regime legal guarda para um momento
posterior o conhecimento desses vícios: é na audiência prévia - que se realiza na fase da gestão
processual — que o juiz pode convidar as partes a sanar as exceções dilatórias (art. 590.°, n.° 2, al. a)) e a
suprir as irregularidades, insuficiências ou imprecisões dos articulados (art. 590.°, n.° 2, al. b), 3 e 4). Este
regime é coerente com a regra da inexistência de despacho liminar, mas não pode afastar que, tendo o
processo sido apresentado ao juiz para proferimento desse despacho, o juiz não possa aproveitar a
ocasião para, em vez de indeferir liminarmente a petição inicial, sanar ou convidar a sanar alguma
excepção dilatória (art. 6.°, n.° 2) ou convidar o autor a aperfeiçoar o seu articulado (aplicando-se então
os termos previstos no art. 590.°, n." 3 a 7)

3. António propõe uma ação contra Bento, pedindo a declaração de que é proprietário da casa, com
fundamento na celebração de um contrato de compra e venda. O Juiz decide ouvir como testemunha
uma vizinha, que não tinha sido arrolada por nenhuma das partes. No decurso da audiência de
discussão e julgamento, essa testemunha afirma que António vive na casa há 90 anos e o juiz declara

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discussão e julgamento, essa testemunha afirma que António vive na casa há 90 anos e o juiz declara
a sua propriedade com base em usucapião. ---> Estamos no âmbito do principio de dispositivo

4. António propõe uma ação contra Bento, pedindo o cumprimento de um contrato,


alegando que este ainda não havia sido cumprido. Bento contesta, afirmando que
cumpriu, mas que, de qualquer forma, o contrato era nulo. O juiz decide fazer a
produção de prova em duas fases: primeiro prova sobre a nulidade, depois decisão
sobre a mesma e, apenas em caso de improcedência, prova sobre o cumprimento.

5. Qual o tribunal que tem competência para apreciar a incompetência do tribunal arguida por uma
das partes?

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Sentença: 607.º e seguintes
- Fundamentação da decisão
- limites da decisão (artigo 609.º), só se pode condenar no que é pedido (principio do pedido)
- 609/2 tem uma lógica dispositiva e do pedido
- Dentro da própria sentença temos dois principios fundamentais, de apreciação da prova e do
conteúdo da sentença
|-> Principio da legalidade
|-> Principio da Fundamentação
|-> Principio da Imparcialidade
|-> Principio da Livre Apreciação
- Se não existir uma conduta da prova vinculativa, o juiz tem discricionariedade na qualificação da
prova, dando menor ou maior credibilidade, considerando a sustentabilidade ou insustentabilidade.
- Existe uma imutabilidade do caso julgado (principio do caso julgado), existe uma exceção no âmbito
do artigo 696.º.

Resolução dos Casos Práticos:


Estes casos são de principios juridicos.
CASO 1:
- Principio do Acesso aos Tribunais
- Principio do pedido
- Principio do contraditório
- Principio da Cooperação
- Principio da Preclusão (ou seja, a fixação de prazos precludem o direito).
- a questão dos prazos está claramente a violar o principio da igualdade de armas (artigo 4.º)
Caso 2:
- Principio do Acesso aso Tribunais
- Principio da cooperação
- Principio da gestão processual
|-> Temos o Despacho de Aperfeiçoamento (artigo 590.º/2-B + 3)

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|-> Temos o Despacho de Aperfeiçoamento (artigo 590.º/2-B + 3)
- Possível principio do contraditório.
- Principio da tutela jurisdicional
- Principio do Contraditório
- Existe uma violação do principio da tutela jurisdicional efetiva, sendo uma violação do próprio
principio da igualdade de armas

Existe um brocardo: das nulidades reclama-se, dos despachos recorre-se

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