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ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA
REGISTRADO(A) SOB N°
>01898049*
ACÓRDÃO
Passa-se ao mérito.
Sem razão à apelante
A a u t o r a celebrou livremente contrato de a d e s ã o com
a a d m i n i s t r a d o r a do giupo de consórcio destinado à aquisição de bem
imóvel, referente à Cota n° 151.01, do Grupo n° 1020, cujo valor do
b e m imóvel, n a d a t a d a a s s i n a t u r a do contrato, e r a de R$ 8 8 . 3 0 9 , 5 7
(oitenta e oito mil, trezentos e nove reais e c i n q ü e n t a e sete centavos),
conforme fls. 0 9 / 15.
Os contratos de adesão são aqueles q u e n ã o
permitem a s partes discutirem livremente s u a s condições, devido à
preponderância d a vontade de u m dos c o n t r a t a n t e s , que elabora t o d a s
a s c l á u s u l a s . "O outro adere ao modelo de contrato previamente
confeccionado, não podendo modificá-las: aceita-as ou rejeita-as, de
forma pura e simples, e em bloco, afastada qualquer alternativa de
discussão" (CARLOS ROBERTO GONÇALVES, Direito Civil Brasileiro,
Contratos e atos unilaterais, Editora Saraiva, 2004, pág. 75)
Daí a o p o r t u n a citação de Silvio Rodrigues:
"Contrato de adesão, nome que lhe deu Saleilles, é
aquele em que todas as cláusulas são previamente estipuladas por uma
das partes, de modo que a outra, no geral mais fraca e na necessidade
de contratar, não tem poderes para debater as condições, nem introduzir
modificações, no esquema proposto. Este último contraente aceita tudo
em bloco ou recusa tudo por inteiro," (Direito Civil, Dos contratos e d a s
declarações unilaterais d a vontade, Ed. Saraiva, 2004, pág. 44)
No entanto, com o fito de restabelecer a desigualdade
por ele provocada, em o u t r a s palavras, p a r a se evitar a onerosidade
excessiva ao consumidor, a lei c o n s u m e r i s t a (Lei 8.078/90) e n c a m p o u
e s s e s tipos contratos.
Na hipótese, a j u n t a d a de d o c u m e n t o s com a
apelação é possível, desde que respeitado o contraditório. Não é o caso.
Mesmo que assim não fosse, n a d a m u d a r i a , pois a
q u e s t ã o de mérito é u n i c a m e n t e de direito.
Desse modo, não é possível o reajuste do valor pago a
título de lance n a s parcelas vincendas.
Pelo exposto, nega-se provimento ao recurso.
Presidiu o julgamento, com voto, o D e s e m b a r g a d o r
ITAMAR GAINO (Revisor) e dele participou o Desembargador SOUZA
LOPES.
São Paulo, 13 de
SILVEI