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CONCLUSÕES DA ADVOGADA-GERAL
ELEANOR SHARPSTON
apresentadas em 14 de Outubro de 2010 1
1. Após a Primeira Guerra Mundial, a adulta, por um nacional alemão 2 cujo apelido
Áustria e a Alemanha tornaram-se repúbli incluía um antigo título nobiliárquico. Esse
cas e aboliram a nobreza, assim como todos apelido, na forma feminina, foi inscrito no re
os privilégios e títulos pertencentes à mesma. gisto civil 3 na Áustria. O recurso interposto
Desde então, o direito constitucional austría por esta cidadã de uma decisão administrati
co proíbe os nacionais austríacos de utiliza va, adoptada cerca de 15 anos mais tarde, que
rem qualquer título nobiliárquico, proibição rectifica essa inscrição, eliminando a compo
que é extensível à utilização de partículas nente nobiliárquica do apelido, está actual
como «von» ou «zu» como parte do apeli mente pendente no Verwaltungsgerichtshof
do. Na Alemanha, contudo, foi seguida uma (Tribunal Administrativo). Tendo em conta
abordagem diferente: os títulos existentes, o acórdão Grunkin e Paul 4, aquele tribunal
apesar de já não poderem ser utilizados como pretende saber se a legislação austríaca é
tal, passaram a integrar o apelido familiar, compatível com o artigo 18.o CE (actual arti
transmitindo-se a todos os filhos, ficando go 21.o TFUE) relativo à liberdade de circula
apenas sujeitos a variações em função do sexo ção e de permanência dos cidadãos da União.
do filho no caso de existir uma forma mascu Outras disposições do Tratado também po
lina e uma forma feminina do elemento no dem ser pertinentes.
biliárquico – por exemplo Fürst (príncipe) e
Fürstin (princesa).
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6. O artigo 17.o CE (actual artigo 20.o TFUE) estabelecimento dos nacionais de um Estado-
dispõe: Membro no território de outro Estado-
Membro» e «restrições à livre prestação de
serviços na Comunidade [União] […] em
relação aos nacionais dos Estados-Membros
«1. É instituída a cidadania da União. É ci estabelecidos num Estado da Comunidade
dadão da União qualquer pessoa que tenha a [Estado-Membro] que não seja o do destina
nacionalidade de um Estado-Membro. A ci tário da prestação.»
dadania da União é complementar [acresce à]
da cidadania nacional e não a substitui.
«Qualquer cidadão da União goza do direito 11. O Tribunal de Justiça já teve a oportuni
de circular e permanecer livremente no terri dade de se pronunciar sobre questões relativas
tório dos Estados-Membros, sob reserva das à diversidade de apelidos dados a uma mesma
limitações e condições previstas no presen pessoa em registos civis de Estados-Membros
te Tratado [nos Tratados] e nas disposições
adoptadas em sua aplicação.»
9 — Proclamada em Nice em 7 de Dezembro de 2000
(JO C 364, de 18 de Dezembro de 2000, p. 1). Foi apro
vada pelo Parlamento Europeu uma versão actualizada em
29 de Novembro de 2007, após terem sido eliminadas as
referências à Constituição para a Europa (JO n.o C 303, de
8. Os artigos 43.o CE (actual artigo 49.o TFUE) 14 de Dezembro de 2007, p. 1); A versão consolidada mais
recente – pós-Tratado de Lisboa – está publicada no Jornal
e 49.o CE (actual artigo 56.o TFUE) proíbem, Oficial C 83, de 30 de Março de 2010, p. 389.
respectivamente, «restrições à liberdade de 10 — JO C 303, de 14 de Dezembro de 2007, p. 17, na p. 20.
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nos termos do § 149, n.o 1, da Constituição poderia ser alterado. Além disso, uma cidadã
Federal 16, aboliu a nobreza, as ordens secula- austríaca que adquirisse o referido nome pelo
res de cavalaria e certos títulos e dignidades, casamento com um cidadão alemão estava
e proibiu a utilização dos correspondentes autorizada a usar o nome na íntegra; contu
títulos. Nos termos do § 1 das disposições do, devia usar exactamente o mesmo apelido
de aplicação aprovadas pelos ministros com- que o seu marido e não uma versão feminina
petentes 17, a abolição é aplicável a todos os do nome 18.
cidadãos austríacos, independentemente do
local onde os privilégios em causa tenham
sido adquiridos. O § 2 indica que a proibição
abrange, inter alia, o direito de usar a partí-
cula «von» como parte do nome e o direito de
usar qualquer título de natureza nobiliárquica
como «Ritter» (cavaleiro), «Freiherr» (barão),
«Graf» (conde), «Fürst» (príncipe), «Herzog»
(duque) ou outras indicações semelhantes 17. Em conformidade com o § 9, n.o 1, da Lei
que indiquem um estatuto, austríacas ou Federal de Direito Internacional Privado 19, o
estrangeiras. Nos termos do § 5, a violação estatuto pessoal das pessoas singulares é de
desta proibição pode conduzir à aplicação de terminado pela lei da sua nacionalidade. Em
diversas sanções. conformidade com o § 13, n.o 1, o nome que
estas usam é regulado pelo seu estatuto pes
soal, independentemente da base em que o
nome tenha sido adquirido. O § 26 dispõe que
os requisitos aplicáveis à adopção são regula
dos pelo estatuto pessoal de cada parte adop
tante e do menor, enquanto os seus «efeitos»
são regulados, no caso de haver apenas uma
parte adoptante, pelo estatuto pessoal dessa
parte.
16 — Bundes-Verfassungsgesetz (B-VG).
17 — Vollzugsanweisung des Staatsamtes für Inneres und
Unterricht und des Staatsamtes für Justiz, im Einvernehmen 18 — V. n.o 1 supra e n.os 21 e 27 infra.
mit den beteiligten Staatsämtern vom 18. April 1919, über 19 — Bundesgesetz vom 15. Juni 1978 über das internationale
die Aufhebung des Adels und gewisser Titel und Würden. Privatrecht (IPR-Gesetz).
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20. O § 15, n.o 1, da Lei do Estado Civil 22 exi 22. Nos termos do § 10, n.o 1, da Lei que
ge que a inscrição seja rectificada caso fosse aprova o Código Civil 25, os nomes pesso
ais são determinados pela lei do Estado da
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«Sayn-Wittgenstein», que permanece inal quando esse apelido tenha sido atribuído
terado; que, ainda que tivesse de sofrer al noutro Estado-Membro?»
gum inconveniente, a abolição da nobreza é
um princípio constitucional de importância
capital na Áustria, que pode justificar der
rogações a uma liberdade reconhecida pelo
Tratado; e que, mesmo em conformidade
com o direito alemão, o seu apelido deveria
ter sido determinado pelo direito austríaco
(não sendo, consequentemente, permitida no 33. A recorrente, os Governos alemão, italia
direito austríaco a forma «Fürstin von Sayn- no, lituano, austríaco e eslovaco, e a Comissão
Wittgenstein», a sua atribuição à recorrente apresentaram observações escritas. Na audi
foi incorrecta igualmente do ponto de vista ência que teve lugar em 17 de Junho de 2010,
do direito alemão). a recorrente, os Governos alemão, checo e
austríaco, e a Comissão apresentaram alega
ções orais.
32. Consequentemente, submete ao Tribunal 34. Certas questões suscitadas a título preju
de Justiça a seguinte questão prejudicial: dicial pelo órgão jurisdicional de reenvio po
dem ser tratadas directamente, mesmo se em
relação a algumas delas foram manifestados
pontos de vista divergentes nas observações
apresentadas no Tribunal de Justiça. Outras
questões, contudo, afiguram-se mais proble
máticas e podem exigir, em última análise,
«O artigo 18.o CE obsta à aplicação de um re uma investigação mais apurada dos factos e
gime legal com base no qual as autoridades do direito (nacional) antes de poderem ser
competentes de um Estado-Membro [recu definitivamente resolvidas. Relativamente a
sam] reconhecer o apelido de um filho adop estas questões, procederei a uma análise das
tivo (adoptado quando já era maior), na me normas pertinentes do direito da UE e do
dida em que contenha um título nobiliárquico modo como deveriam ser aplicadas às dife
[não admitido pelo direito constitucional], rentes hipóteses possíveis.
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com tal análise. Como acontecia no processo entre os nomes inscritos nos registos oficiais
Grunkin e Paul, a norma de conflitos austrí- de diferentes Estados-Membros. No acórdão
aca em questão 32 remete, em todos os casos, Konstantinidis, o Tribunal de Justiça consi
para o direito material da nacionalidade da derou que as regras de transcrição do estado
pessoa interessada. Esta norma, além dis- civil nos registos civis eram incompatíveis
so, de modo nenhum é incompatível com a com o direito de estabelecimento garantido
norma correspondente do direito alemão 33, pelo Tratado se a sua aplicação causasse à
que é, aparentemente, no essencial, idêntica. pessoa cujo nome era transcrito num alfabeto
Como salientei nas minhas conclusões no distinto «um entrave tal que prejudi[casse],
processo Grunkin e Paul, tal norma faz uma de facto, o livre exercício» desse direito. Tal
distinção entre as pessoas em função da na- seria o caso se a ortografia resultante distor
cionalidade, mas não estabelece uma discri- cesse a pronúncia do nome do interessado e
minação em razão da nacionalidade. A proi- se esta deformação o expusesse a um risco de
bição deste tipo de discriminações não tem confusão com outras pessoas por parte dos
por objectivo eliminar as distinções que de- seus clientes potenciais. Nos acórdãos García
correm necessariamente do facto de se pos- Avello e Grunkin e Paul, o Tribunal de Justiça
suir a nacionalidade de um Estado-Membro e destacou, de maneira mais geral, os sérios
não de outro, mas excluir outras diferenças de inconvenientes que podem resultar para um
tratamento fundadas na nacionalidade. Neste cidadão sempre que deva justificar uma di
caso concreto, todos os cidadãos são tratados vergência entre os nomes constantes de do
em conformidade com a lei do Estado do qual cumentos oficiais que lhe digam respeito e
são nacionais. nos quais pretenda basear-se.
«Sérios inconvenientes»
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identidade, sendo apenas retirado o comple existir um conflito entre a forma como está
mento não determinante «Fürstin von». inscrito o seu apelido na Alemanha e na
Áustria, o que poderia criar dificuldades caso
pretendesse, por exemplo, voltar a casar.
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honorífico e se esse elemento consiste num 52. Os Governos alemão e austríaco salienta
título ou num apelido. ram, em particular, o que consideram ser uma
diferença importante entre a situação no caso
em apreço e a que está na origem dos pro
cessos García Avello e Grunkin e Paul. Estes
últimos processos referiam-se (como, num
certo sentido, o processo Konstantinidis) a
uma recusa de reconhecimento num Estado-
Membro de um nome sob uma forma regu
larmente inscrita nos registos civis de outro
50. Entendo, por conseguinte, que a impor Estado-Membro no exercício de uma com
tância dos inconvenientes que podem resul petência legítima. No caso em apreço, ao
tar para uma pessoa na posição da recorrente invés, parece que o Kreisgericht Worbis não
em consequência da rectificação do seu ape era competente, nem ao abrigo do direito
lido é comparável à que o Tribunal de Justiça alemão nem ao abrigo do direito austríaco,
referiu nos acórdãos Konstantinidis, García para determinar o apelido da recorrente do
Avello e Grunkin e Paul. modo como o fez, dado que o apelido que in
dicou não era, por duas razões (a inclusão de
um antigo título nobiliárquico e da partícula
«von», e o uso da forma feminina), autori
zado em direito austríaco, que era o direito
material designado tanto pelas normas de
conflito alemãs como austríacas. A inscrição
rectificada na Áustria não afecta, portanto,
um apelido atribuído legitimamente noutro
Estado-Membro, mas antes um nome atri
buído por erro, primeiro pelo Kreisgericht
Análise das consequências jurídicas da alte
Worbis e, posteriormente, pelas autoridades
ração do nome do registo civil austríaco.
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exposta pelos Governos alemão e austríaco, Worbis sempre foi válido, tanto ao abrigo do
não foi expressa de maneira tão inequívoca direito alemão como do direito austríaco;
na decisão de reenvio, e que certos elemen ii) que, apesar de ter sido considerado válido
tos podem sugerir que esta não corresponde a naquela data, jurisprudência posterior re
uma representação completa e precisa da rea velou que tal não era o caso; e iii) que nun
lidade. A resposta das autoridades austríacas ca foi válido em nenhum dos dois sistemas
ao questionário do CIEC em Março de 2000 37 jurídicos.
sugere que, nessa data e no seu entender, o
direito austríaco considerou que o nome do
adoptado devia ser determinado pela lei da
nacionalidade do adoptante (o que, dado que
o direito alemão parece optar pela lei da na
cionalidade do adoptado, poderia ter suscita
do questões de reenvio). Além disso, a juris
prudência austríaca, algo contraditória, que
mencionei 38 sugere que, antes de 2003, não
era líquido que um cidadão austríaco adopta
do por um nacional alemão pudesse adoptar
o apelido deste último (pelo menos, na versão
utilizada pelo adoptante) mesmo se contives
se elementos proibidos pelo direito austríaco. 55. A primeira hipótese corresponde a uma
situação comparável à do processo Grunkin
e Paul. Nesse processo, um cidadão da União,
que apenas tinha a nacionalidade de um
Estado-Membro, tinha nascido e residia, des
de então, noutro Estado-Membro, o seu ape
lido foi determinado e inscrito no registo em
conformidade com a legislação deste último
Estado-Membro. No caso da recorrente, ci
dadã da União, que apenas tem a nacionalida
de de um Estado-Membro, foi adoptada e tem
residido, desde então, no território de outro
Estado-Membro, o seu apelido foi determina
do em conformidade com as leis deste último
Estado-Membro. É verdade que o nascimento
e a adopção não são a mesma coisa (embora,
com um pouco de imaginação, se possa des
crever a adopção como o renascimento numa
54. Não me arrisco a exprimir uma opinião nova família e, mesmo do ponto de vista es
sobre estas matérias, mas sempre direi que tritamente jurídico, ambos geram, em muitos
me parece necessário encarar três hipóteses aspectos, direitos, obrigações e consequên
(todas baseadas na premissa de que as duas cias idênticos) e que o apelido da recorrente
legislações remetem para a lei da nacionali não foi, por isso, inscrito nos registos civis
dade do adoptado): i) que o apelido designa alemães (apesar de poder ter sido posterior
do na decisão complementar do Kreisgericht mente inscrito num determinado número de
registos mais ou menos oficiais). Porém, con
sidero que as duas situações são suficiente
37 — V. n.o 18 supra. mente semelhantes para concluir que, como
38 — V. n.os 16 e 27 supra. no acórdão Grunkin e Paul, o artigo 18.o CE
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obsta a que as autoridades austríacas recu objectivas e seja proporcionada ao fim legiti
sem reconhecer o apelido determinado na mamente prosseguido.
Alemanha nesta hipótese – a menos que a sua
recusa tenha por base considerações objecti
vas e seja proporcionada ao fim legitimamen
te prosseguido.
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austríaco, foi legalmente inscrita com um desproporcionada. Por outro lado, se se sus
nome diferente noutro Estado-Membro. peitasse que a recorrente tinha agido de má
-fé ao pretender ser inscrita com um apelido
ao qual sabia não ter direito, ou que tinha de
qualquer modo induzido em erro alguma das
autoridades em questão, a rectificação pode
ria afigurar-se, nesse caso, uma medida justa
e proporcionada. Seja como for, a duração do
período em causa e o uso profissional e oficial
67. As considerações expostas referem-se que a recorrente fez do nome «Fürstin von
ao que poderia ser denominado por situação Sayn-Wittgenstein» são factores que devem
«normal», situação esta em que as questões necessariamente ser ponderados.
são claras desde o início. Por exemplo, no
processo García Avello, os apelidos dos me
nores foram inscritos desde o início de forma
distinta nos registos civis dos dois Estados-
Membros (Bélgica e Espanha) dos quais eram
nacionais; no processo Grunkin e Paul, as
autoridades alemãs deixaram claro desde o
início que não inscreveriam o apelido do me
nor na forma em que havia sido inscrito na
Dinamarca. Todavia, no presente processo,
parece-me que o período de 15 anos durante Uso da forma «Fürstin»
o qual a recorrente esteve oficialmente ins
crita na Áustria e em que lhe foram emitidos
documentos de identificação com o apelido
«Fürstin von Sayn-Wittgenstein» também
deve ser levado em conta ao apreciar a pro
porcionalidade da decisão de rectificar este
apelido.
69. Uma última questão suscitada no âmbito
das observações apresentadas ao Tribunal de
Justiça, mas a propósito da qual dispomos de
pouca informação acerca da posição jurídica
precisa dos dois Estados-Membros em causa
e poucos argumentos sobre a sua justificação,
é a da (aparente) diferença entre as normas
68. A decisão final quanto à proporciona alemãs e austríacas relativas à possibilidade
lidade incumbe ao tribunal nacional com de diferenciar as formas masculina e feminina
petente – há, com efeito, várias questões de de um apelido.
natureza jurídica e factual que pode ser ne
cessário verificar. Caso tivesse sido demons
trado, por exemplo, que a situação jurídica
em 1992 era tal que a recorrente, o tribunal
alemão e as autoridades austríacas poderiam
legitimamente considerar que o apelido da
recorrente devia ser determinado exclusiva
mente pelo direito alemão, uma rectificação 70. Como esta questão é susceptível de ter
15 anos depois poderia facilmente afigurar-se repercussões sobre o sistema patronímico de
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Conclusão
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a) a proibição não seja extensiva à aquisição, posse ou utilização de nomes que não
sejam normalmente interpretados em tal sentido e
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