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15 APOSTAS DE
REDAÇÃO PARA O
ENEM 2023
#MESALVANOENEM
SUMÁRIO:
Links da proposta............................................................................................................................................................ 03
PROPOSTA LINK
https://www.mesalva.com/enem-e-vestibulares/simula-
Envelhecimento saudável: a importância de
dos/3-simuladao-enem-2023/proposta-de-redacao-3-simu-
garantir o bem-estar da população idosa no Brasil
lado-2023
https://www.mesalva.com/app/texto/te-
O trabalho em condições análogas à escravidão
ma-44-de-2023-80062?contexto=&modulo=redp-propostas-
no Brasil contemporâneo
-de-redacao
https://www.mesalva.com/app/texto/DGVQQpV7BS-
O aumento da violência nas escolas brasileiras dKkwnb8PCfrP62?contexto=&modulo=redp-propostas-de-re-
dacao-399
https://www.mesalva.com/app/texto/UjYLjMUkwddqAuy-
Desafios da doação de órgãos no Brasil j7YWGWsAn?contexto=&modulo=redp-propost
as-de-redacao-399
https://www.mesalva.com/enem-e-vestibulares/simula-
Cyberbullying: o assédio entre crianças e
dos/2-simuladao-enem-2023/proposta-de-redacao-2-simu-
adolescentes nas redes sociais
lado-2023
https://www.mesalva.com/app/texto/dzorUCHMLexNh-
O combate à homofobia no Brasil 8gJt2MXAokb?contexto=%7B%7Bcontext%7D%7D&modu-
lo=redp-propostas-de-redacao-399
https://www.mesalva.com/app/texto/K8x3GmkMqkPqRp8T-
A superlotação do sistema penitenciário
TwXYLVE3?contexto={{context}}&modulo=redp-propostas-
brasileiro
-de-redacao-399
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PROPOSTA LINK
https://www.mesalva.com/enem-e-vestibulares/simula-
Amazônia em perigo: a necessidade de
dos/1-simuladao-enem-2023/proposta-de-redacao-1-simu-
preservar a maior floresta tropical do mundo
lado-2023
https://www.mesalva.com/app/texto/hYqPBHUSohcoXCBiu-
A crise do transporte público no Brasil 3fvHQpf?contexto={{context}}&modulo=redp-propostas-de-
-redacao-399
https://www.mesalva.com/app/texto/te-
Os maus-tratos contra crianças e adolescen-
ma-43-de-2022-80062?contexto=&modulo=redp-propostas-
tes no Brasil
-de-redacao
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TEXTO I
No entanto, a saúde precária não precisa dominar a idade mais avançada. A maioria dos problemas
de saúde enfrentados por pessoas mais velhas são associados a condições crônicas, principalmen-
te doenças não transmissíveis. Muitas delas podem ser prevenidas ou retardadas envolvendo-se em
comportamentos saudáveis. Outros problemas de saúde podem ser controlados de maneira eficaz,
principalmente se forem detectados cedo o suficiente. E, mesmo para as pessoas com declínios na
capacidade, os ambientes de apoio podem garantir que elas vivam vidas dignas e com crescimento
pessoal contínuo. Entretanto, o mundo está muito longe desses ideais.
TEXTO II
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 142 milhões de idosos em todo o mundo
não conseguem atender às suas necessidades básicas – ou seja, dentro de seu ambiente, eles não
podem se vestir sozinhos, pagar e pegar suas próprias medicações ou administrar seu próprio dinhei-
ro, contas ou finanças. Por conta disso, é essencial que os governos e a sociedade civil trabalhem na
obtenção de mais dados sobre esta população, avaliem programas e novas tecnologias que possam
ajudar a otimizar a capacidade funcional dos idosos.
TEXTO III
A população está envelhecendo. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em julho de 2022, apontam que 14,7% dos 212,7 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais. Há
10 anos, em 2012, os idosos representavam 11,3% do total. Em números, eram 22,3 milhões de pessoas
e, hoje, são 31,2 milhões.
O IBGE confirma que o país segue a tendência mundial de envelhecimento populacional. Assim, projeta-
-se que, em 2060, um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos de idade. De acordo com o Censo
de 2010, a população de pessoas idosas é a que mais cresce a nível nacional.
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Os direitos dos idosos estão garantidos na Constituição Federal. “Família, sociedade e Estado têm o
dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”, atesta o artigo 230.
TEXTO IV
Disponível em:https://www.paho.org/pt/documentos/infografico-areas-acao-da-decada-do-envelhecimento-saudavel-2020-2030 .
Acesso em: 16 maio 2023.
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TEXTO I
Censo é um tipo de pesquisa para levantamento de dados em que todos os indivíduos de uma popula-
ção-alvo são entrevistados. Censo Demográfico, por exemplo, investiga características demográficas,
sociais e econômicas de toda população brasileira que vive em domicílios particulares permanentes.
Em 2021, o questionário censitário, de 26 perguntas definidas pela Comissão Consultiva do Censo, foi
aplicado a residentes de 71 milhões de domicílios, abrangendo cerca de 210 milhões de brasileiros
espalhados pelo país. Tais perguntas englobam características dos moradores e domicílios, incluindo
temas como natalidade, fecundidade, mortalidade e migração da população, além de acesso a água e
saneamento básico nos domicílios.
Além das 26 questões do questionário censitário, estão previstas mais 50 questões para o questioná-
rio da amostra. O questionário da amostra é aplicado em apenas 10% dos domicílios brasileiros, mas
garante estimativas confiáveis para toda a população.
TEXTO II
Conforme Marangoni, além disso, diariamente, ele tem recebido relatos de recenseadores de Uberaba
que estão sendo recebidos de forma hostil e sofrendo agressões verbais. “Teve um caso de uma pes-
soa que ameaçou acertar uma mangueira de água em um de nossos recenseadores. Esse tipo de rea-
ção atrapalha muito, pois desestimula os recenseadores, já que eles ganham por produção”, lamentou.
TEXTO III
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O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras
instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem
no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há
mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro
Censo Demográfico em 1872, no final do Império. Não há como não reconhecer que parte das con-
quistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza,
promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência
pelo vasto território brasileiro devem-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e
cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionais de
planejamento e estatística.
Jannuzzi, P.M. A importância da informação estatística para as políticas sociais no Brasil. R. bras. Est. Pop. 2018; Belo Horizonte. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=pt&format=pdf Acesso em: 21 nov. 2022.
TEXTO IV
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TEXTO I
O artigo 149 do Código Penal Brasileiro traz a definição jurídica do que é trabalho análogo à escravidão:
“É caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornadas exaustivas, quer sujei-
tando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em
razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto.”
TEXTO II
“No passado, a gente tinha a possibilidade de um ser humano ter a posse de outro. Isso foi abolido em
1888. Só que isso não quer dizer que a liberdade e a dignidade do trabalhador parou de ser violada de
alguma forma. Isso que caracteriza a escravidão moderna”, explica.
TEXTO III
Em 2023, no estado de São Paulo, ocorreu um caso de vítimas de trabalho análogo à escravidão que
ainda sob investigação. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), 32 trabalhadores da cadeia
de produção de cana-de-açúcar foram localizados nessa condição.
O resgate aconteceu a partir de uma operação conjunta, do MPT, Defensoria Pública da União (DPU) e
Polícia Rodoviária Federal. As vítimas foram recrutadas por dois homens, conhecidos como “gatos”.
A acomodação dos trabalhadores foi feita em casas e um cômodo comercial, onde antes funcionava
um açougue, que apresentava “péssimas condições de higiene e conforto”, conforme detalha o MPT.
“Nos alojamentos havia colchões velhos, forros rasgados, fogões e geladeiras velhos, banheiros em
condições precárias de higiene e instalações elétricas expostas”, complementa o órgão.
Os “gatos” cobraram R$ 320 de cada trabalhador, para transportá-los até o alojamento, de forma clan-
destina. As vítimas relataram que não tinham como custear a própria alimentação e que dependiam
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Em virtude de chuvas, as vítimas permaneceram nove dias sem trabalhar e, com isso, sem receber
nenhum pagamento.
TEXTO IV
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TEXTO I
A violência está presente no ambiente escolar, manifestando-se de diversas formas. Essa violência é,
muitas vezes, uma reprodução de violências do mundo social, baseadas em preconceitos contra mino-
rias sociais.
Portanto, violência escolar corresponde ao uso da força e/ou agressividade dentro do contexto/am-
biente escolar e pode se manifestar entre todos os atores sociais da comunidade escolar: estudantes,
professores, coordenadores, responsáveis e demais funcionários.
As consequências dessas ações têm efeitos em todos os envolvidos: tanto nas vítimas quanto nos
autores. Os resultados vistos são: depressão, suicídios, distúrbios comportamentais, prejuízo às ativi-
dades em sala de aula e abandono escolar.
Disponível em https://www.politize.com.br/violencia-escolar/
Acesso em 16 mai 2023.
TEXTO II
Em oito meses – de setembro de 2022 a abril de 2023 –, o Brasil acompanhou cinco casos de extrema
violência em escolas da rede pública e privada, em diferentes estados da federação. Em quatro dos
cinco episódios – Barreiras (BA), Sobral (CE), Aracruz (ES) e São Paulo (SP) –, os autores dos crimes
tinham perfil semelhante: adolescentes entre 13 e 16 anos, do sexo masculino, alunos ou ex-alunos das
escolas atacadas.
A onda de violência não é uma novidade, mas está crescendo. Um levantamento feito pelo jornal ameri-
cano Washington Post apontou 380 casos nos Estados Unidos, desde o atentado da escola de Colum-
bine no estado do Kansas, em 1999. Foram 46 casos só em 2022, o recorde do período. No Brasil, um
estudo liderado pelo professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Daniel Cara,
envolvendo um grupo de 11 pesquisadoras, revelou que a onda de ataques começou no início dos anos
2000, totalizando 16 casos – sendo que quatro deles ocorreram em 2022.
Disponível em https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2023/05/15/Viol%C3%AAncia-nas-escolas-se-o-afeto-%C3%A9-causa-tamb%C3%A9m-%-
C3%A9-solu%C3%A7%C3%A3o Acesso em 16 mai 2023.
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TEXTO III
Governos estaduais divulgaram, na última semana, protocolos de ações para combater ameaças à
comunidade escolar.
Em geral, a partir das características e estruturas de cada unidade federativa, foi proposto que as secreta-
rias atuem de forma integrada também com os órgãos de inteligência. As alternativas incluem, por exem-
plo, ampliação do policiamento escolar, telefones para denúncia e até medidas como o “botão do pânico”.
Por outro lado, professores chamam a atenção para o fato de que é necessário aperfeiçoar medidas
protetivas, e que as secretarias atuem em rede.
Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2023-04/violencia-nas-escolas-estados-definem-protocolos-de-combate
Acesso em 16 mai 2023.
TEXTO IV
Os dados apresentados foram retirados do “Diagnóstico Participativo da Violência nas Escolas”, rea-
lizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e pelo Ministério da Educação em 2015.
Disponível em https://www.oabes.org.br/noticias/violencia-no-ambito-escolar-uma-causa-de-direitos-humanos-561922.html
Acesso em 16 mai 2023.
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TEXTO I
A doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser retirados órgãos ou tecidos de uma pessoa
viva ou falecida (doadores) para serem utilizados no tratamento de outras pessoas (receptores), com a
finalidade de restabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. A doação é um ato muito impor-
tante, pois pode salvar vidas.
De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser do-
ados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e ten-
dões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de
um mesmo doador.
Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt
Acesso em 22 mai 2023 (adaptado).
TEXTO II
O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes, atrás apenas dos Estados Unidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, foram feitos cerca de 23,5 mil procedimentos. Desse
total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre
outros. O país tem mais de 600 hospitais de transplantes autorizados.
No país, a doação de órgãos e tecidos acontece somente após a autorização familiar. Os órgãos doa-
dos vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em uma lista de espera
única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo
exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública
de saúde.
A recusa familiar é o principal motivo que impede a doação de órgãos no Brasil, de acordo com uma
pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo a Associação Brasilei-
ra de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes
após morte encefálica comprovada em 2021. Atualmente, mais de 59 mil pessoas estão na fila espe-
rando por um órgão. Em 2022, mais de 45% das famílias não concordaram com a doação.
Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/saude/brasil-e-o-2o-no-mundo-em-transplantes-saude-lanca-campanha-de-incentivo/
Acesso em 22 mai 2023.
TEXTO III
Pela primeira vez desde 1998, a fila de transplante de órgãos no Brasil passa de 50 mil pessoas. O dado
é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. E a maioria espera por um rim: 29.690 pacientes.
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Depois vem córnea, fígado, coração e pulmão. O levantamento é feito desde 1998. Os médicos dizem
que a fila aumentou por causa da pandemia.
“Os programas tiveram que deslocar profissionais da saúde para o cuidado dos pacientes com Covid
e esse retorno ainda não aconteceu. Nós precisamos reestruturar toda a capacidade de doação de
órgãos do país e também precisamos reestruturar toda a capacidade de transplantar”, diz o presidente
da ABTO, Gustavo Fernandes Ferreira.
Disponível em https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/03/02/fila-de-transplante-de-orgaos-passa-de-50-mil-pessoas-pela-primeira-vez-
TEXTO IV
Disponível em https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/acoes-de-conscientizacao-sobre-doacao-de-orgaos-e-tecidos-sao-realiza-
das-na-rede-ebserh Acesso em 22 mai 2023.
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TEXTO I
Cyberbullying é o bullying realizado por meio das tecnologias digitais. Pode ocorrer nas mídias sociais,
plataformas de mensagens, plataformas de jogos e celulares. É o comportamento repetido, com intuito
de assustar, enfurecer ou envergonhar aqueles que são vítimas. Exemplos incluem:
- espalhar mentiras ou compartilhar fotos constrangedoras de alguém nas mídias sociais;
- enviar mensagens ou ameaças que humilham pelas plataformas de mensagens;
- se passar por outra pessoa e enviar mensagens maldosas aos outros em seu nome.
TEXTO II
Você sabia que o cyberbullying pode ser denunciado e os agressores punidos quando provado ato in-
fracional? Mas a maioria dos casos pode ser solucionado de forma mais simples, com a mediação dos
conflitos ou com a remoção do conteúdo que prejudica alguém. As principais redes sociais já possuem
ferramentas para denúncia e remoção de conteúdos que se enquadram nessa categoria. É simples e
fácil, veja o passo a passo no Facebook, Instagram, YouTube e Twitter.
Quando não há possibilidade de identificar o agressor e/ou não há espaço para resolver de forma me-
diada e preventiva, o caso pode ser comunicado ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público ou à delega-
cia de polícia quando houver atos infracionais, como agressão moral ou física.
TEXTO III
As chamadas cyberagressões abrangem violências praticadas nas redes, conhecidas como cyber-
bullying (bullying online), shaming (humilhação pública), sexting (exposição íntima), cyberstalker (per-
seguição online), cyberassédio, discurso de ódio, linchamento virtual (famosa cultura do cancelamento)
e tantos outros ataques capazes de destruir a sanidade mental e afetar a capacidade de sociabilização
de qualquer indivíduo, principalmente os que estão em fase de desenvolvimento.
“Nós e nossos jovens nos relacionamos com tudo isso ao mesmo tempo e podemos tanto ser autores
quanto vítimas dessas agressões”, disse Telma Vinha, doutora em educação e coordenadora do grupo
de estudos na Unicamp Ética, diversidade e democracia na escola pública. Para quem agride, com
exceção do cyberbullying (no qual os agressores têm a explícita intenção nisso), muitas vezes não há
nem consciência por parte do reprodutor. Segundo Vinha, apenas o símbolo (geralmente em forma de
meme), é observado e não há uma reflexão do usuário sobre o que está por trás da pessoa que está
sendo exposta, que ela tem uma vida e que tem sentimentos.
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Já para a vítima, as consequências são catastróficas. Pessoas deixam de frequentar a escola abando-
nando os estudos, não conseguem trabalhar, tentam suicídio e, num caso de sexting, por exemplo, a
própria família, por vezes, não acolhe e reforça a rejeição que já vem de um público bastante ampliado.
TEXTO IV
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TEXTO I
Pessoas em situação de rua são indivíduos que passam as noites dormindo nas ruas, nas praças, em-
baixo de viadutos e pontes. Além desses espaços, eles também fazem uso de locais degradados, como
prédios e casas abandonados e carcaças de veículos, que têm pouca ou nenhuma higiene.
Essas pessoas que vêm de diferentes vivências e que estão nessa situação pelas mais variadas razões.
Há fatores, porém, que os unem como: a falta de uma moradia fixa, de um lugar para dormir temporária
ou permanentemente, e vínculos familiares que foram interrompidos ou fragilizados.
Disponível em https://www.adamantina.sp.leg.br/institucional/noticias/entenda-a-diferenca-entre-pessoas-em-situacao-de-rua-trecheros-e-mora-
dores-de-rua Acesso em: 22 jan 2022 (adaptado).
TEXTO II
Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais aponta que a popu-
lação em situação de rua cresceu no Brasil, em 2022.
De janeiro a maio de 2022, mais de 26 mil novas pessoas foram registradas como em situação de rua,
no CadÚnico, o cadastro do governo federal que dá acesso a benefícios sociais. Essa população saltou
de 158.191 em dezembro de 2021 para 184.638 durante o primeiro semestre de 2022.
Disponível em https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2022/06/09/aumenta-o-numero-de-pessoas-em-situacao-de-rua-no-brasil-diz-pesquisa.
ghtml Acesso em: 22 nov 2022 (adaptado).
TEXTO III
Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/populacao-em-situacao-de-rua-no-brasil-cresce-16-de-dezembro-a-maio-diz-pesquisa/
Acesso em: 22 Nov 2022.
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TEXTO IV
TEXTO I
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de gênero”. Por isso, ainda que usado o termo de homofobia para definir essa lei, todas as outras pes-
soas LGBTQIA+ são contempladas.
TEXTO II
O cantor Lulu Santos fez uma cobrança ao governo. Durante a apresentação da cantora Makem na se-
mifinal do “The Voice Brasil”, realizada na noite de 27/12/2022, o artista pediu ao ministro da Justiça a
criação de uma secretaria LGBTI+.
“Eu queria lembrar ao ministro da justiça que o nosso país segue sendo o que mais mata pessoas
LGBTQIA+. E que talvez nesse novo Ministério da Justiça coubesse uma secretaria para cuidar desse
assunto”, declarou Lulu Santos, que também afirmou que a violência contra a população LGBTIQIA+
“envergonha a alma dos brasileiros”.
Disponível em https://revistaforum.com.br/lgbt/2022/12/28/lulu-santos-pede-que-novo-governo-federal-crie-uma-secretaria-lgbt-ministros-de-lula-
-respondem-129352.html Acesso em 15 mai 2023. (adaptado)
TEXTO III
Discriminar alguém no Brasil por causa da identidade de gênero ou orientação sexual é crime no Brasil
desde 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a lei contra o racismo também pode
ser aplicada contra a homofobia. E, a partir desse marco, o Jornal Hoje vem acompanhando o número
de casos de homofobia registrados em delegacias.
De acordo com dados obtidos de todos os estados e também do Distrito Federal, com base na Lei de
Acesso à Informação, no primeiro ano após o julgamento do STF, de junho de 2019 a junho de 2020,
foram 161 casos de homofobia registrados em todo o país. Esse número passou para 135 no segundo
ano e, no terceiro, fechou em 600 casos.
Para o presidente do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero, Paulo Iotti, o número
de registros, apesar de ter aumentado, ainda não reflete a realidade.
“Certamente há uma subnotificação de dados, por pessoas que, às vezes, nem sabem que a homofobia
foi reconhecida como um crime. E, por outro lado, há vários problemas das delegacias, que também às
vezes não entendem como tipificar o crime homofobia”, falou Iotti, que é doutor em direito constitucio-
nal e defendeu no STF a criminalização da homofobia.
Disponível em https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2022/12/26/crimes-de-homofobia-sobem-no-brasil-e-vitimas-relatam-dificuldade-de-regis-
trar-ocorrencia-em-delegacias.ghtml Acesso em 15 Mai 2023 (adaptado).
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TEXTO IV
Disponível em https://observatoriog.bol.uol.com.br/destaque/segundo-levantamento-brasil-registra-207-mortes-de-lgbt-entre-janeiro-e-agosto-
-de-2021 Acesso em 15 mai 2023.
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TEXTO I
Entre 2011 e 2021 havia, em média, cerca de 66% mais presos do que vagas existentes com pico de
quase duas pessoas por vaga em 2015. No mesmo período, o número de pessoas presas por 100 mil
habitantes subiu 20,3%. Mesmo com número insuficiente de vagas, o país apresenta tendência de pren-
der cada vez mais.
Apontada como solução possível, a construção de vagas é onerosa e sobrecarrega ainda mais o cus-
teio do sistema prisional para os governos estaduais e distrital. A fatia crescente de orçamento para
manter prisões poderia ser aplicada em saúde, educação, moradia e outras políticas de cidadania com
o objetivo de não deixar ninguém para trás, segundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas.
TEXTO II
O Brasil tem 341.037 mandados de prisão em aberto. Desse total, 25.587 pessoas estão foragidas
e 315.450 são procuradas, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O número
é quase o dobro do déficit de vagas do sistema prisional calculado pelo Departamento Penitenciário
Nacional (Depen), atualmente em 191.799. Além dessa situação, o Banco Nacional de Monitoramento
de Prisões (BNMP) mostra que 812 mil pessoas estão privadas de liberdade atualmente no país, sendo
que menos da metade, 326 mil (40%), têm decisão definitiva sobre a pena.
Outros 293 mil são presos provisórios, 188 mil cumprem pena em execução provisória (aguardando
o julgamento de recursos) e 1,7 mil cumprem prisão civil (quando não há o pagamento de pensão
alimentícia, por exemplo). A superlotação de presídios é apontada como uma das falhas do sistema
penitenciário e é considerada um agravante para fugas e crises, como as que acontecem no Rio Grande
do Norte desde as últimas semanas.
Disponível em https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADcia/com-crise-e-pres%C3%ADdios-superlotados-brasil-tem-
-341-mil-mandados-de-pris%C3%A3o-em-aberto-1.1006847 Acesso em 22 mai 2023.
TEXTO III
A superlotação e as péssimas condições dos presídios brasileiros são as raízes para o surgimento de
facções criminosas no país, afirma a doutora em sociologia Camila Nunes Dias, professora da Univer-
sidade Federal do ABC Paulista, uma das autoras do livro A Guerra A ascensão do PCC e o Mundo do
Crime no Brasil.
Para a especialista, o poder dessas organizações só diminuirá quando o Poder Público enfrentar direta-
21
15 APOSTAS DE REDAÇÃO PARA O ENEM 2023 15 APOSTAS DE REDAÇÃO PARA O ENEM 2023
mente o problema nas prisões brasileiras. Segundo Dias, “não apenas se apostar apenas na repressão
a eles com polícia, com regime duro, com armas, bombas. Isso não vai ter nenhum tipo de avanço”.
“Enquanto as prisões continuarem sendo celeiros de grupos criminais, a gente não vai resolver o pro-
blema. Vai se apagar o incêndio e daqui um ano ou seis meses, a gente vai estar falando de novo do
assunto porque uma nova crise está acontecendo e é assim, cíclico”, argumentou.
Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2023-03/superlotacao-e-pessimas-condicoes-em-presidios-sao-base-de-faccoes
Acesso em 22 mai 2023.
TEXTO IV
Disponível em https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2021/05/17/populacao-carceraria-diminui-mas-brasil-ainda-registra-superlota-
cao-nos-presidios-em-meio-a-pandemia.ghtml Acesso em 22 mai 2023.
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TEXTO I
Em poucas palavras, inadimplência é o termo usado para se referir às dívidas que não são quitadas den-
tro do prazo. Ou seja, inadimplente é aquele que, por algum motivo, não conseguiu pagar suas contas
antes da data do vencimento, descumprindo, assim, alguma obrigação financeira.
Apesar de parecer algo simples, a inadimplência pode causar sérios transtornos — desde a interrupção
do serviço que está com as contas atrasadas até ter o CPF colocado em listas de restrição de crédito
(o famoso “nome sujo”). Quando isso acontece, surgem novas barreiras para obter crédito e comprar
algo parcelado, por exemplo.
A verdade é que se tornar uma pessoa inadimplente e ter dificuldades de lidar com o orçamento ainda
é a realidade de muitos brasileiros. Por isso, entender melhor esse cenário e saber como não cair nele
é imprescindível para evitar alguns transtornos.
TEXTO II
Com alta de 0,5% no número de inadimplentes, segundo o Serasa, país tem o maior volume de brasilei-
ros nessa situação desde 2016.
Mais uma vez, pelo oitavo mês seguido, subiu o número total de inadimplentes no Brasil. Em agosto,
a alta foi de 0,5% em relação ao mês anterior, somando 67.976.241 de brasileiros nessa situação, de
acordo com dados mensais do Serasa.
De acordo com o levantamento, o número de endividados poderia ser ainda maior, não fosse o aumento de
22% na negociação de dívidas no período. Ou seja, mesmo sem recursos, o brasileiro ainda zela pelo nome.
“Como os brasileiros estão com o orçamento mensal apertado, a negociação de dívidas com parcela-
mento foi uma solução buscada para aumentar o número de regularização de débitos, o que de fato
ocorreu”, complementa, em nota, comenta Aline Maciel, Gerente de Serasa Limpa Nome.
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TEXTO III
O número de jovens inadimplentes vem crescendo constantemente no Brasil. Dados do Serviço de Pro-
teção ao Crédito (SPC) revelam que 19% dos brasileiros entre 18 e 24 anos estão endividados. Mas por
que isso acontece e de que forma seria possível reverter essa realidade?
Outro fator é que a educação financeira nas escolas é praticamente inexistente, então o jovem acaba
não tendo um planejamento financeiro. Eles não têm os conhecimentos de finanças básicas, e, por isso,
acabam entrando em dívidas.
TEXTO IV
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TEXTO I
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo. Ocupa cerca de 600 milhões de hectares, cobrindo
nove países, sendo mais da metade no território brasileiro. Em território nacional, constitui a Amazônia
Legal, que inclui os estados do Pará, Amazonas, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre e parte dos estados
do Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.
É na região amazônica que se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo, tendo como principal
rio o Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume de água. Outros rios grandes, médios e
pequenos atravessam essa região. Estima-se que cerca de 20% das águas doces do planeta circulam
na bacia Amazônica.
TEXTO II
Mesmo assim, observamos sua destruição com indiferença. “A Amazônia é o refrigerador do planeta,
seu ar condicionado. Se a destruirmos, teremos consequências globais. Não temos consciência de
que todos fazem parte de um mesmo planeta. Tudo está interligado de modo que não conseguimos
entender”, explica Encarni Montoya, pesquisadora de Geociências Barcelona (GEO3BCN-CSIC) e uma
das integrantes do Painel Científico pela Amazônia, formado por mais de 200 especialistas.
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TEXTO III
TEXTO IV
Amazônia: 2022 tem a pior marca da série histórica de alertas de desmate do Inpe (Instituto de Pes-
quisas Espaciais).
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TEXTO I
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é a modalidade de ensino destinada a garantir os direitos educa-
tivos dessa numerosa população com 15 anos ou mais que não teve acesso ou interrompeu os estudos
antes de concluir a Educação Básica. Conforme assinala a escritora Marta Kohl de Oliveira, no texto
“Jovens e Adultos como Sujeitos de Conhecimento e Aprendizagem” (1999), a modalidade não é defi-
nida propriamente pelo recorte etário ou geracional, e sim pela condição de exclusão socioeconômica,
cultural e educacional da parcela da população que constitui seu público-alvo.
TEXTO II
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), única maneira de recuperar a escolarização daqueles que tive-
ram que sair da escola na infância e na adolescência, passou de 3,5 milhões de matrículas em 2018
para 2,9 milhões em 2021, de acordo com o Censo Escolar. A modalidade perdeu mais de meio milhão
de estudantes, e muito disso se deve ao corte de verbas: em 2020 e 2021, a EJA recebeu os menores
investimentos governamentais desde o início do século XXI
— A EJA não pode ser um anexo, mas uma política pública efetiva no país. Para aprender, não tem
idade — avalia Lourival José Martins Filho, professor da Universidade do Estado de Santa Catarina e
presidente da Associação Brasileira de Alfabetização.
TEXTO III
“Tive que sair da escola para sustentar a minha família”, conta Ademildo Teixeira. A última vez que ele
pisou em uma sala de aula foi aos 14 e só retornou 43 anos depois, aos 57, graças ao apoio que teve
das filhas, ambas professoras, para que voltasse a estudar.
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O que atraiu Ademildo de volta foi seu amor pelas palavras e a vontade de publicar um livro de poesias,
bem como uma maior estabilidade financeira. Ao final deste ano, Ademildo concluirá o Ensino Médio na
EJA do Instituto Federal de Goiás (IFG) e prestará vestibular para o curso de Letras.
Na EJA, é fundamental trabalhar levando em consideração a história de vida dos alunos, por meio de
muito diálogo e autonomia. “Temos que trabalhar com projetos, autoavaliação, trabalhos em grupo, por-
que provas não fazem muito sentido. Além disso, muitos vêm com trauma da avaliação, porque era o
momento em que repetiam de ano”, lembra Eva Chow, coordenadora de projetos do Centro Paula Souza.
Dona Eda Luiz, gestora do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Campo Limpo,
também deixa sua recomendação:
“Essas pessoas buscam a escola para pertencer a um mundo que cobra muito, mas não oferece opor-
tunidades iguais. Então a escola tem que oferecer isso, além de respeito, escuta atenta, reconhecimen-
to de diferentes culturas, protagonismo, aprendizagem significativa e construção coletiva dos conheci-
mentos”, diz.
TEXTO IV
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TEXTO I
O preconceito, seja ele de que natureza for, é uma crença pessoal, uma postura individual diante do
outro. Qualquer pessoa pode achar que um modo de falar é mais bonito, mais feio, mais elegante, mais
rude do que outro. No entanto, quando essa postura se transforma em atitude, ela se torna discrimi-
nação e esta tem de ser alvo de denúncia e de combate. No caso da língua, é imprescindível que toda
cidadã e todo cidadão que frequenta a escola (pública ou privada) receba uma educação linguística crí-
tica e bem informada, na qual se mostre que todos os seres humanos são dotados das mesmíssimas
capacidades cognitivas e que todas as línguas e variedades linguísticas são instrumentos perfeitos
para dar conta de expressar e construir a experiência humana neste mundo.
TEXTO II
Preconceito regional:
Junto ao socioeconômico, é uma das principais causas do preconceito linguístico. São comuns casos
de indivíduos que ocupam as regiões mais ricas do país manifestarem algum tipo de aversão ao sota-
que ou aos regionalismos típicos de áreas mais pobres.
Preconceito cultural:
No Brasil, há uma forte aversão por parte da elite intelectual à cultura de massa e às variedades lin-
guísticas por ela usadas. Isso fica evidente, por exemplo, na música, ao passo que, por muito tempo, o
sertanejo, o samba e o rap foram segregados no cenário cultural por serem oriundos de classes menos
favorecidas e/ou usarem linguagens informais (gírias, linguagem “caipira”, expressões regionais, etc.)
Racismo:
Infelizmente, no Brasil, elementos da cultura negra ainda são segregados por uma parcela da popula-
ção. Isso se reflete na linguagem, por exemplo, no significado de palavras de origem africana, como
“macumba”, que, no Brasil, é ligada a satanismo ou feitiçaria, mas, na verdade, é um instrumento de
percussão usado em cerimônias religiosas de origem africana.
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Homofobia:
É comum que gírias ou expressões sejam rotuladas como específicas da comunidade LGBT e, con-
sequentemente, repudiadas por aqueles que possuem aversão a esse grupo social. Basta se lembrar
da polêmica em torno de uma questão da prova do Enem de 2018 que versava sobre o pajubá (dialeto
criado pela comunidade LGBT).
TEXTO III
“Como é que a gente fala?”, artigo escrito pela professora Carolina Lobrigato
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TEXTO IV
TEXTO I
Conforme a Constituição Federal, em seu inciso V, artigo 30, os meios de transporte público são aque-
les gerenciados, primariamente, pelo poder público municipal ou por empresas privadas por meio do
regime de concessão ou de permissão. Como exemplos desse tipo de meio de transporte, é possível
mencionar metrô, ônibus e trem.
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É assegurado pela Constituição Federal de 1988, no seu 6.º artigo, que o transporte é um direito social.
A Carta Magna ainda dispõe de orientações quanto à administração desse serviço:
Art. 30. Compete aos Municípios:
V — organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos
de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
Disponível em https://summitmobilidade.estadao.com.br/compartilhando-o-caminho/transporte-publico-e-coletivo-existe-diferenca-entre-eles/
Acesso em 16 mai 2023.
TEXTO II
O transporte público está previsto no rol de direitos sociais da Constituição Federal, ou seja, é dever do
Estado garanti-lo, com qualidade, universalidade e continuidade. Contudo, a mobilidade, que deveria ser
um instrumento de conexão e aprofundamento da democracia, é hoje uma barreira social.
As pessoas se locomovem menos do que gostariam ou estão imóveis, por conta do alto custo e da
baixa qualidade do serviço. Com isso, são impedidas de ter acesso a direitos básicos - como educação,
saúde, trabalho e lazer - e aos espaços da cidade. Essa situação contribui para a exclusão socioespa-
cial e aprofundamento das desigualdades.
Ao mesmo tempo, o preço alto e a má qualidade expulsam os usuários do sistema, isso num contexto
de urgência climática em que deveríamos atrair mais passageiros para o transporte público e desincen-
tivar o uso do carro.
Disponível em https://pp.nexojornal.com.br/ponto-de-vista/2022/A-crise-do-transporte-p%C3%BAblico-no-Brasil-tem-solu%C3%A7%C3%A3o
Acesso em 16 mai 2023.
TEXTO III
Estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugere serem necessários R$ 295
bilhões em investimentos, até 2042, na infraestrutura de mobilidade urbana das 15 principais regiões
metropolitanas do país.
Intitulado Mobilidade Urbana no Brasil: Marco Institucional e Propostas de Modernização, o estudo lista
também uma série de recomendações visando a ampliação e a modernização dos atuais sistemas de
mobilidade urbana.
Dos R$ 295 bilhões calculados pelo levantamento, R$ 271 bilhões teriam como destino a expansão
de linhas de metrô, o que possibilitaria “mais que dobrar” a extensão da malha atual. A ampliação das
estruturas de rede de trens seria destino de R$ 15 bilhões, e outros R$ 9 bilhões seriam investidos em
sistema de transporte rápido por ônibus.
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Para chegar em “um nível de excelência”, as regiões metropolitanas brasileiras precisam superar a falta de
financiamento – fator apontado como “o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil”.
TEXTO IV
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TEXTO I
Negligência, violência física, sexual e emocional são formas de violações de direitos às quais crianças
e adolescentes são constantemente submetidos. “Nós podemos reunir essas quatro dimensões na
definição de maus-tratos – práticas de cuidado consideradas impróprias pela cultura, sempre dentro
de determinado período histórico e de determinada sociedade”, explica Niva Campos, psicóloga e su-
pervisora da Seção de Atendimento à Situação de Risco da Vara da Infância e da Juventude do Distrito
Federal (SEASIR/VIJ-DF).
TEXTO II
Em abril de 1989, uma mulher moradora do estado da Virgínia, sul dos Estados Unidos, amarrou um
laço de cor azul à antena de seu carro com o objetivo de provocar um questionamento entre os mora-
dores locais. Bonnie W. Finney, após saber que os seus dois netos tinham sido vítimas de maus-tratos
até a morte por parte dos pais, tomou esta iniciativa como uma forma de amenizar a dor da perda. As
crianças apresentavam marcas de violência e manchas negras pelo corpo. O laço azul tornou-se um
símbolo de alerta na luta contra os maus-tratos a crianças e adolescentes.
Abril é o mês de combate e prevenção aos maus-tratos contra crianças e adolescentes. Em 25 de abril
é celebrado o dia internacional da luta pela erradicação desta forma de violência que atinge meninos e
meninas em todo o mundo.
TEXTO III
O Brasil registra 673 casos de violência contra crianças de até 6 anos por dia ou 28 a cada hora, e 84%
dessas agressões têm pais, padrastos, madrastas ou avós como suspeitos, segundo dados da Ouvi-
doria Nacional de Direitos Humanos, analisados em estudo produzido pelo comitê científico do Núcleo
Ciência pela Infância (NCPI).
Ainda segundo o estudo, crianças até 13 anos representam a maior parte das vítimas de estupro no
Brasil (61,3% do total de casos), segundo dados do Anuário Brasileiros de Segurança Pública. E a maior
parte das crianças vítimas de morte violenta intencional são meninos (59%) e crianças negras de am-
bos os gêneros (66%).
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TEXTO IV
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