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2. CONDUTORES

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2.1 – Conceituação
Os materiais condutores: são caracterizados por diversas
grandezas, dentre as quais se destacam: condutividade ou
resistividade elétrica, coeficiente de temperatura, condutividade
térmica, potencial de contato, comportamento mecânico, etc.

Estas grandezas são importantes na escolha adequada dos


materiais, uma vez que das mesmas vai depender se estes são
capazes de desempenhar as funções que lhe são atribuídas.

A escolha do material condutor mais adequado, nem sempre recai


naquele de características elétricas mais vantajosas, mas sim, em
outro metal ou uma liga, que, apesar de eletricamente menos
vantajoso, satisfaz as demais condições de utilização.

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2.1 – Conceituação
Em um átomo neutro o número de elétrons é igual ao número de
prótons (o átomo é um sistema eletricamente nulo);

Quando há um desequilíbrio, dizemos que o átomo está ionizado;

Se apresentar elétrons em excesso, o átomo estará ionizado


negativamente, se apresentar falta de elétrons estará ionizado
positivamente:
Ganham-se elétrons  anions (-)
Perdem-se elétrons  cátions (+)

É importante observar que o número de prótons é constante, o que


se altera é o número de elétrons, isto é, para ionizar o átomo
negativamente colocamos elétrons a mais, e se quisermos ionizar o
átomo positivamente, retiramos elétrons.
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2.2 – Metais como condutores elétricos

Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os


metais - ferro, ouro, platina, cobre, prata e outros, a última órbita
eletrônica perde um elétron com grande facilidade, por isso seus
elétrons recebem o nome de elétrons livres.
Quanto menor for sua orbita, mais fácil de ser retirado o elétron
da ultima camada.

No interior dos metais os elétrons livres vagueiam por entre os


átomos, em todos os sentidos sem direção definida.

A condução do fluxo de elétrons livres, ou a circulação de uma


corrente elétrica é notada tanto em materiais sólidos quanto nos
líquidos, e, sob condições favoráveis, também nos gasosos.

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2.2 – Metais como condutores elétricos

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2.2 – Metais como condutores elétricos


Os átomos dos elementos correspondentes às substâncias condutoras
perdem espontaneamente elétrons do último nível energético dando origem a
um íon positivo e a um ou mais elétrons livres.
A imagem que pode ser feita de um condutor sólido está mostrada na
figura onde vemos íons positivos envolvidos por elétrons livres em movimento
aleatório.

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2.2 – Metais como condutores elétricos

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2.2 – Metais como condutores elétricos

Sob o ponto de vista prático, a maioria dos materiais condutores


são sólidos, e dentro desse grupo, ressaltam-se, os metais que,
devido à facilidade de fornecer elétrons livres, são usados para
fabricar os fios de cabos e aparelhos elétricos;
No grupo dos líquidos, vale mencionar os metais em estados de
fusão, eletrólitos e as soluções de ácidos, de bases e de sais.
Quanto aos gasosos, estes adquirem características condutoras
sob a ação de campos muito intensos, quando então se podem
ionizar.
É o caso das descargas através de meios gasosos, conhecido por
plasma, normalmente, os gases, mesmo os de origem metálica, não
podem ser utilizados nem considerados como condutores.

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2.3 – Materiais de elevada condutividade

Os materiais condutores caracterizam-se por uma elevada


condutividade elétrica.
Possuem também grande capacidade de deformação, moldagem e
condutividade térmica.
Com exceção do mercúrio e dos eletrólitos, que são condutores
líquidos, e do plasma (gás ionizado) que é gasoso, os materiais
condutores são geralmente sólidos e, neste caso, incluem-se os
metais, suas ligas e não-metais como o carvão, carbono e grafite.

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2.3 – Materiais como condutores elétricos

Exemplos de bons condutores:


Metais (como o cobre, alumínio, ferro, etc.) usados para
enrolamentos de máquinas elétricas e transformadores, etc.
Ligas metálicas usadas para fabricação de resistências, aparelhos
de calefação, filamentos para lâmpadas incandescentes, etc.
Grafite;
Soluções aquosas (de sulfato de cobre, de ácido sulfúrico. etc.);
Água da torneira, água salgada, água ionizada (como, por
exemplo, as das piscinas);
Corpo humano;
Ar úmido.
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2.4 – Materiais de elevada condutividade

Vejamos alguns dos metais mais utilizados na área de Engenharia


Elétrica:
2.4.1 Cobre e suas Ligas
• O cobre tem cor avermelhada característica, o que o distingue de outros
metais, que, com exceção do ouro, são geralmente cinzentos, com diversas
tonalidades.

• O valor da condutividade informa sobre o grau de pureza do cobre, ou


seja, condutividade elétrica do cobre é muito influenciada na presença de
impurezas, mesmo em pequenas quantidades.

• O principal minério de cobre é o CuFeS2, vindo a seguir o Cu2S, o Cu3FeS3,


o Cu2O e o CuCO3 e Cu(OH)2.

• A porcentagem de cobre nesses minérios varia de 3,5 a 0,5 %.


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2.4 – Materiais de elevada condutividade

• As principais jazidas se localizam no Congo, Rodésia do Norte, Estados


Unidos da América, Austrália, Espanha, Suécia, Noruega e Chile.
Destaque-se então que a condutividade elétrica do cobre é muito
influenciada na presença de impurezas, mesmo em pequenas quantidades.

A resistividade do cobre a 20oC é de: ρcu = 1,7241μcm2/cm e seu


coeficiente de termo resistividade vale: α = 0.00393/ºC.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.1.2 Processo de obtenção:


Os processos de obtenção se classificam em processo seco e por via umída.

Processo seco. Após a eliminação parcial do enxofre, efetua-se uma redução


em fornos de fusão, através de carvão e aditivos ácidos que irão absorver
grande parte do ferro.

2Cu2O + Cu2S  6Cu + 502

Por via úmida. Minérios pobres em cobre são industrializados por um


processo úmido. Aplicando-se ao minério uma solução de enxofre, obtém-se
uma solução de sulfato de cobre, da qual o cobre é deslocado pela ação do
ferro.

o processo eletrolítico de se obter o cobre, representado por mais de 90 %


de todo o cobre obtido mundialmente.
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2.4 – Materiais de elevada condutividade


2.4.1.2 Processo de purificação:
A pureza do cobre para fins elétricos deve atingir valores de 99,99 %.
O cobre é transformado em placas anódicas e inserido num processo
eletrolítico.

O catodo é formado de chapas de cobre ultra puras e o eletrólito de uma


solução de sulfato de cobre com acidificação por enxofre.
Durante o processo eletrolítico, todo o cobre do anodo se transfere ao
catodo, ficando as impurezas, como Fe, Ni, Co e Zn, retidas no eletrólito.

Havendo, entre as impurezas, metais nobres como Ag, Au e Pt, estes se


depositam no fundo da cuba eletrolítica, fazendo parte da chamada "lama do
anodo".
O cobre eletrolítico assim obtido não pode ser laminado, havendo,
portanto, necessidade de sua fusão, daí resultando os lingotes, próprios
para a industrialização. 36

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.1.3 Aplicações do Cobre:

Em função de suas propriedades, o cobre, nas suas diversas formas


puras, tem determinadas suas aplicações.

O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige elevada


dureza, resistência à tração e pequeno desgaste, como no caso de redes
aéreas de cabo nu em tração elétrica, particularmente, para fios
telefônicos, para peças de contato e para anéis coletores.

Em todos os demais casos, principalmente em enrolamentos, barramentos


e cabos isolados, se usa o cobre mole ou recozido.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.1.4 Ligas de Cobre:


A escolha de uma liga deve considerar também os aspectos econômicos.

A adição de certos elementos (por exemplo, o níquel e o estanho) pode


aumentar o preço da liga, aumentando certas propriedades, ao passo que, a
presença de outros elementos (zinco, chumbo) permite abaixar o preço sem
redução notável de características técnicas.
Existem 3 grupos básicos de ligas:
Latões: ligas Cu-Zn (existem ainda os latões de chumbo,
Cu-Zn-Pb, de estanho, Cu-Zn-Sn...

Bronzes: ligas Cu-Sn (existem ainda os bronzes de alumínio,


Cu-Al, de silício, Cu-Si, de berílio, Cu-Be)

Cuproníqueis: ligas de Cu-Ni


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2.4 – Materiais de elevada condutividade

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.2 Alumínio e suas Ligas


O alumínio é o segundo metal mais usado na eletricidade, havendo nos
últimos anos uma preocupação permanente em substituir mais e mais as
aplicações do cobre pelo alumínio, por motivos econômicos em função de
grandes reservas em jazidas (7 % de toda a crosta terrestre é alumínio).

Alguns aspectos, baseados principalmente no custo e produção nacional


maior do alumínio, têm levado a crescente preferência pelo alumínio, cujo
maior problema é a sua fragilidade mecânica e sua rápida oxidação.

Essa rápida oxidação, forma uma fina película de óxido de alumínio e esta
película apresenta uma resistência elétrica elevada com uma tensão de
ruptura de 100 a 300V, o que dificulta a soldagem do alumínio, que por essa
razão exige pastas especiais.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.2.1 Obtenção do Alumínio

Os principais minérios são a bauxíta (Al2O3.H20), freqüentemente


misturado com impurezas, como o ferro e outros aditivos.

Para a obtenção do alumínio, a bauxita é finamente moída, é colocada


numa solução concentrada de sódio sob pressão e a uma temperatura de 160
a 170 0C.

Nessa fase, o alumínio do minério se transforma em aluminato de sódio,


eliminando o ferro e outros aditivos na forma de uma lama.

É feita a filtragem, sendo depois a solução do aluminato com hidróxido de


alumínio puro cristalizado, quando então o alumínio dissolvido se separa na
forma de Al(OH)3, que,, resulta em Al203 puro.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

Finalmente o óxido de alumínio é aplicado o processo eletrolítico. O anodo


é um eletrodo de carbono; o catodo é a cuba de aço revestida com carbono
internamente.

O alumínio é o meio líquido, em fusão, que ficará sob a ação de uma


tensão elétrica de aproximadamente 6 V e a corrente de 10 kA a 30 kA.

O alumínio que se deposita no catodo é pouco mais pesado que o eletrólito


em fusão, o que faz com que se deposite no fundo.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.2.3 Aplicações do Alumínio


O pequeno peso específico das ligas de alumínio leva, na área eletrotécnica,
às seguintes aplicações principais:

em equipamento portátil, uma redução de peso;

em partes de equipamento elétrico em movimento, redução de massa, da


energia cinética e do desgaste por atrito;

de peças sujeitas a transporte, maior facilidade nesse transporte,


extensiva à montagem dos mesmos;

em estruturas de suporte de materiais elétricos (cabos, por exemplo)


redução do peso e conseqüente estrutura mais leve;

em locais de elevada corrosão, o uso particular de ligas com manganês


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2.4 – Materiais de elevada condutividade

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.3 Chumbo e suas ligas


O chumbo é um metal de coloração cinzenta, com um brilho metálico
intenso quando não oxidado. Sua oxidação superficial é, porém bastante
rápida.

Apresenta elevada resistência contra a ação da água potável, devido à


presença de carbonato de chumbo, sal, ácido sulfúrico.

Não resiste a vinagre, materiais orgânicos em apodrecimento e cal. O


chumbo é atacado pela água destilada. O chumbo é venenoso.

Nas aplicações elétricas, é freqüentemente encontrado, reduzido a finas


chapas ou folhas, como nas blindagens de cabos com isolamento de papel,
acumuladores de chumbo ácido e paredes protetoras contra a ação de raios
X.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

Ainda o chumbo é encontrado em elos fusíveis e em material de solda.

Nas ligas, o chumbo é encontrado junto com antimônio, telúrio, cádmio,


cobre e estanho, adquirindo assim elevada resistência mecânica e à
vibração, ficando, porém prejudicada a resistência a corrosão.

Suas aplicações mais comuns, são na indústria química e de papel, nas


tubulações de águas salinas, mancais anti-fricção, projéteis de armas,
usinas de energia nuclear e elemento liga de latões, bronzes e aços (para
melhorar a usinabilidade).

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.4 Estanho e suas ligas


O metal é branco prateado, mole, porém mais duro que o chumbo.

Nota-se que a resistividade do estanho é elevada, o que faz esperar um


elevado aquecimento perante a passagem de corrente.

Utilizado em temperaturas inferiores a 160o C, o metal apresenta


manchas cinzentas, que desaparecem se o metal é novamente aquecido.

Ao contrário, se aquecido acima de 180ºC, o material se torna quebradiço


e se decompõe na forma de pequenos cristais.

À temperatura ambiente normal, o estanho não se oxida, e ácidos diluídos


o atacam apenas lentamente.

Por isso o estanho é usado para revestimento e está presente em ligas,


como no bronze. 48

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

A exemplo do chumbo, o estanho é encontrado como material de solda.


O minério de estanho já está esta se tornando bastante raro.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.5 Prata e suas ligas


É o metal nobre de maior uso industrial, notadamente nas peças de
contato.

A cor prateada brilhante é característica, escurecendo-se devido ao


óxido de prata ou sulfeto de prata que se forma em contato com o ar.

Sua obtenção resulta freqüentemente de minérios combinados de prata,


cobre e chumbo.

A prata, devido às suas características elétricas, químicas e mecânicas, é


usada em forma pura ou de liga, cada vez mais em partes condutoras onde
uma oxidação ou sulfetação não viria criar problemas mais sérios.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

É o caso de peças de contato, notadamente nas parte em que se dá o


contato mecânico entre duas peças.

No caso da prata, no seu estado puro, encontra o seu uso nas pastilhas
de contato, para correntes relativamente baixas;

A prateação, numa espessura de alguns micrometros, é usada para


proteger peças de metal mais corrosível.

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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.6 Ouro e suas ligas


Esse metal, que apresenta uma condutividade elétrica bastante boa,
destaca-se pela sua estabilidade química e pela conseqüente resistência a
oxidação, sulfetação, etc.

Também suas características mecânicas são adequadas para uma série de


aplicações elétricas, havendo porém a natural limitação devido ao seu preço.

O ouro é encontrado eletricamente em peças de contato na área de


correntes muito baixas, casos em que qualquer oxidação poderia levar à
interrupção elétrica do circuito.

E o caso de peças de contato em telecomunicações e eletrônica. Seu uso


nesse caso é feito na forma pura, não sendo encontrado em forma de liga,
pois esta somente eliminaria as propriedades vantajosas que o ouro
apresenta.
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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.7 Platina e suas ligas


Ainda na família dos metais nobres, encontramos a platina, que também é
bastante estável quimicamente.
É relativamente mole, o que permite uma deformação mecânica fácil, bem
como sua redução a folhas, com espessuras de até 0,0025mm, ou a fios
finos, com diâmetro de até 0,015mm ou ainda menores através de processos
especiais.
Devido às suas propriedades antioxidantes o seu uso elétrico é encontrado
particularmente em peças de contato, anodos, fios de aquecimento.
É o metal mais adequado para a fabricação de termoelementos e
termômetros resistivos (Na faixa de - 200 a + 500oC, a platina permite a
leitura mais exata da temperatura do que outros metais.

A platina a essas temperaturas não sofre transformações estruturais,


fazendo com que a resistividade varie na mesma proporção da temperatura.
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2.4 – Materiais de elevada condutividade

2.4.8 Níquel e suas ligas


É um metal cinzento claro, com propriedades ferromagnéticas.

Puro, é usado em forma gasosa em tubos e para revestimentos de metais


de fácil oxidação.

É resistente a sais, gases, materiais orgânicos sendo porém sensível à


ação do enxofre.

O níquel se caracteriza ainda por uma elevada estabilidade de suas


propriedades mecânicas, mesmo a temperaturas bem baixas.

Magneticamente, o níquel pode ser magnetizado fracamente, não sendo


mais magnético acima de 356oC (temperatura de Curie).

Seu uso resulta assim para fios de eletrodos, anodos, grades, parafusos.
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2.4 – Materiais de elevada condutividade

Aliás, todas as ligas de níquel se identificam por serem resistentes,


mecanicamente, e contra a corrosão e por suportarem bem o calor.

Nas lâmpadas incandescentes, fios de níquel são usados como


alimentadores do filamento de tungstênio (W) devido ao seu comportamento
térmico.

O seu elevado coeficiente de temperatura o recomenda para termômetros


resistivos.

A condutividade elétrica do cobre cai rapidamente na presença do níquel,


chegando ao seu valor mínimo a 50% de Ni.

Assim, ligas de níquel são adequadas na fabricação de resistores, a


exemplo do Konstantan. Monel, e outros.

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2.5 – Propriedades elétricas dos condutores

Tabela de condutividade Tabela de resistividade

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3. PROPRIEDADES
ELÉTRICAS E
TERMICASDOS
CONDUTORES

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Porque estudar as propriedades elétricas ? O estudo das propriedades
elétricas busca explorar como os materiais respondem a aplicação de um
campo elétrico.
Corrente elétrica: é o movimento ordenado dos elétrons no interior de um
condutor.
SÍMBOLO - I (Intensidade de Corrente Elétrica)
UNIDADE - AMPÈR (A)

Como obter uma corrente elétrica?


Para obtermos uma corrente elétrica precisamos de um circuito elétrico e
são necessários três elementos:

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Corrente elétrica: Num fio metálico condutor, os elétrons livres não estão
em repouso e seus movimentos são totalmente desordenados.

Para orientá-los estabelece-se entre dois pontos desse condutor uma


diferença de potencial (ddp), que origina um campo elétrico (E), responsável
pela orientação do movimento desses elétrons livres.

Sendo a carga de um elétron negativa, eles se movem em sentido


contrário ao do campo elétrico. Observe na figura, que, devido à diferença
de potencial (VA – VB), os elétrons livres (portadores de carga) são repelidos
pelo pólo negativo , de potencial VB da bateria (gerador) e atraídos pelo pólo
positivo VA, deslocando-se no sentido anti-horário

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Os átomos dos elementos correspondentes às substâncias condutoras
perdem espontaneamente elétrons do último nível energético dando origem a
um íon positivo e a um ou mais elétrons livres.
A imagem que pode ser feita de um condutor sólido está mostrada na
figura onde vemos íons positivos envolvidos por elétrons livres em movimento
aleatório.

A corrente elétrica nos condutores sólidos é constituída por elétrons


livres que se deslocam do potencial mais baixo para o mais alto. 60

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Um átomo possui várias órbitas, cada órbita contém uma quantidade de
elétrons.

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Condutividade elétrica: quantifica a disponibilidade ou a facilidade de
circular corrente elétrica em um meio material submetido a uma diferença
de potencial. Sua definição física é dada por:

=>  = n.e.e

onde:
σ = condutividade elétrica do material (Ω.m-1);
n = Concentração de elétrons livres do material (m-3)
p = concentração de cargas livres positivas do material (m-3), chamadas lacunas
e = carga elétrica elementar = 1,6022x10-19 C
μn = mobilidade dos elétrons livres e das lacunas (m2/Vs)

Geralmente um material condutor, mais perfeito que seja, apresentam


inúmeros defeitos, que são classificados por sua dimensionalidade;

É usada para especificar o caráter elétrico de um material.


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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Ela é simplesmente o recíproco da resistividade, ou seja, inversamente
proporcionais e é indicativa da facilidade com a qual um material é capaz
de conduzir uma corrente elétrica.

A unidade é a recíproca de ohm.metro, isto é, (Ω.m)-1.

1


= condutividade elétrica (ohm.cm)-1
= resistividade elétrica (ohm.cm)

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores

A condutividade elétrica nos materiais

Metais   ≈107 (Ω.m)-1

Isolantes  10-10 ≤  ≤ 10-20 (Ω.m)-1

Semicondutores 10-6 ≤  ≤ 104 (Ω.m)-1

Melhores condutores elétricos são: prata e o cobre

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Condutividade elétrica nos metais:
A teoria eletrônica clássica supõe-se que o corpo condutor sólido tenha
uma cadeia cristalina iônica ou metálica envolvendo os íons, uma nuvem de
elétrons livres.
A ligação metálica consiste de uma serie de átomos do metal que doam
todos seus elétrons de valência para uma nuvem de elétrons que vagueia a
estrutura cristalina.
Todos os átomos metálicos tornam-se cátions idênticos quando perde
elétrons na sua ultima camada eletrônica que mantém unido os átomos de
metais é a atração entre as núcleos positivas e o "mar de elétrons”
negativos.
Deslocados destes pela ação de uma força externa, essa nuvem de
elétrons através do corpo, estes se chocam com os íons do sistema
cristalino, perdendo energia de deslocamento, e que se faz notar por um
aquecimento do corpo.
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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Quando o metal está sujeito a um campo elétrico externo, os elétrons
livres deslocam-se com uma velocidade aproximadamente constante (Va) no
sentido oposto ao do campo elétrico, devido à ação da força elétrica e das
“forças de atrito” (resultantes dos eventos de espalhamento): Va = e.E

vd = e.E
A velocidade à deriva Vd representa a velocidade média
do elétron no sentido da força imposta pelo campo
aplicado. Ela é diretamente proporcional ao campo
elétrico.
A constante de proporcionalidade e e é denominada
mobilidade do elétron, suas unidades são metros
quadrados por volt-segundo (m2/V-s).

Deslocados destes pela ação de uma força externa, essa nuvem de


elétrons através do corpo, estes se chocam com os íons do sistema
cristalino, perdendo energia de deslocamento, e que se faz notar por um
aquecimento do corpo. 66

Título aqui 22
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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores

Condutividade elétrica nos metais:


Essa energia de deslocamento, que se faz notar por um aquecimento do
corpo, pode ser relacionada com a equação de transformação de energia
e é chamada lei de Joule-Lenz, dada por:

W= .E 2, (1)
onde:
W = quantidade de energia transmitida pela nuvem de elétrons por unidade de tempo,
E = campo elétrico aplicado,
= condutividade elétrica.

Por outro lado, relacionando a densidade de corrente com a resistividade


e o campo elétrico, tem-se

i = .E, (2)

onde i = densidade de corrente. 67

3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Resistividade elétrica: Resistividade elétrica (também resistência elétrica
específica) é uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente
elétrica.
Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o material permite
a passagem de uma carga elétrica.

A unidade SI da resistividade é o ohm metro (Ω.m).

A resistividade elétrica depende da temperatura. Por exemplo, nos


materiais condutores a resistividade aumenta com o aumento da temperatura
e nos isolantes diminui.

 = resistividade
RA
 A = área da secção

L L = comprimento

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Classificação geral

Baseado no valor da resistividade, os materiais se classificam em:

 materiais condutores, l0-2 a 10 .mm2/m,


 materiais semicondutores, 10 a 1012 .mm2/m;
 materiais isolantes, 1012 a l024 .mm2/m.

Realmente, a diferença estrutural entre os materiais é uma das principais


razões do seu comportamento tão diverso, motivo pelo qual torna-se
necessário estudar a própria estrutura molecular do corpo, e as suas
características de ionização e de excitação.

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


As cargas elétricas deslocam-se sob a forma de corrente elétrica através
das diferentes substâncias, mas sob aspectos diversos.
Chama-se de resistência a maior ou menor dificuldade que opõe um
condutor à passagem de corrente elétrica, cuja unidade é o Ohm ().
A resistência elétrica R obedece a 1 lei de Ohm (U=R.I) e pode ser
entendida como a avaliação quantitativa da resistividade, pois depende da
geometria do material.

Fazendo-se um estudo dos fatores que determinam a resistência,


estabeleceu-se pela lei de Ohm que

U = R.I U (1) (1ª Lei)


R
i
Onde u = diferença de potencial elétrico
R = resistência elétrica
I = intensidade de corrente elétrica

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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


Por outro lado, sendo N o número de elétrons livres por unidade de
volume de material, elétrons estes que se deslocam a uma velocidade vd
através de uma seção A, e sendo e a carga de um elétron, a corrente
elétrica i será:
i = N.e.vd .A (2)
Se, por outro lado, um condutor de comprimento l está sob a ação de
uma diferença de potencial U, a intensidade de campo elétrico E será:

U (3)
E
l
além disso,
 d  .E
ou
U (4)
 d  .
l
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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


onde  mobilidade do elétron. Substituindo (4) o valor (2), temos:

U (5)
i  N .e. . .A
l
e usando a eq. (1), temos:

U U (6)
 N .e. . . A
R l
simplificando R,
1 1l
R . (7)
N .e. A
O quociente
1 é denominado de resistividade :
N .e. onde
 = resistividade elétrica do material (. cm),
R = resistência elétrica ()
(2ª Lei) A = seção transversal (cm2)
l = comprimento do corpo condutor (cm)
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3.1 – Propriedades elétricas dos condutores


A corrente elétrica é o movimento ordenado dos portadores de carga
elétrica. Assim, todos os fatores que dificultam a movimentação dos
portadores contribuem para a resistividade  do material.

Matematicamente, a resistividade total de um material metálico é a


soma de três contribuições.

73

3.1 – Propriedades elétricas dos condutores

74

Título aqui 26

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