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INTRODUÇÃO AO CATECISMO – ATIVIDADE DE PESQUISA

Prof.: Pe. João Paulo Celestino


Aluno: Alessandro Negrão Rodrigues

Dentre as diversas temáticas provocadas pelos questionamentos trazidos


no referido material de consulta, a mais explícita é a do próprio sofrimento. O
Catecismo da Igreja Católica (CIC), define o sofrimento como “consequência
temporal do pecado”1, compreendendo as fragilidades humanas como fruto da
propensão ao pecado inerente à natureza humana, consequência do erro dos
primeiros pais. Ao entender o mal como a carência do bem, que é o próprio Deus,
pode-se concluir que a experiência humana de sofrimento é oriunda da
desobediência que afasta o homem da Graça da presença de Deus2.
De acordo com Santo Agostinho, a razão de o homem ser dotado de
racionalidade e vontade pessoal livre, é para que faça a escolha livre de se voltar
para o Bem supremo, e utilizando dessa liberdade, é que o homem se afasta dos
desígnios amorosos do Pai, detendo-se nos bens inferiores da criação3. Deste
modo, Cristo, apresenta uma nova significação do sofrimento, que se configura
por sua paixão e morte na cruz4, onde o próprio Cristo assume nossas misérias5,
dando-se como alimento no Pão e Vinho, que na missa tornam-se Corpo e
Sangue. Sendo a Eucaristia a continuação do Sacrífico de Jesus, entende-se
que ela constitui o remédio imediato para cura das enfermidades humanas,
sejam elas materiais e psíquicas.
Assim, destaca-se o papel da Igreja, confiante na misericórdia proveniente
do coração de Jesus, que com um “amor preferencial”, desde sua fundação,
trabalha para aliviar, acolher, defender e libertar todos aqueles que se encontram
perdidos em suas próprias misérias humanas6, sendo ela, “um instrumento da
Redenção de todos aqueles que à ela recorrem”7.

1 Cf. CIC, 1264.


2 Cf. CIC, 2448.
3 Cf. BELLEI, Ricardo J.; BUZINARO, Délcio M. O livre-arbítrio e o mal em Santo Agostinho.

2010
4 Cf. CIC, 1505.
5 Cf. Mt 8,27.
6 Cf. CIC, 2448.
7
Cf. CIC, 776

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