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Os lábios são protagonistas do terço inferior da face e responsáveis também pelas mímicas naturais dos seres humanos, como a fala e o sorriso. Mas, por
alguns motivos como genética e envelhecimento, alguns indivíduos sofrem por apresentar os l’abios superiores longos demais, o que resulta em um aspecto
envelhecido pela não exposição dos dentes incisivos. Os preenchimentos à base de ácido hialurônico podem devolver desenho, contorno e estrutura dos
lábios, mas quando o problema é o alongamento do lábio superior, a indicação correta é a cirurgia de “Lip Lift” ou Lifting Labial. Apesar do sucesso da
cirurgia, quando bem indicada, uma das preocupações é a cicatriz inerente à técnica. Com a finalidade de melhorar o prognóstico cicatricial, algumas
alternativas podem ser usadas, com todo respaldo científico. Entre elas estão o uso prévio da Toxina Botulínica, o uso transcirurgico do iPRF e o uso pós
operatório da Terapia com Laser de baixa intensidade. Os concentrados sanguíneos., mais especificamente o I-PRF, pode ser uma solução para otimizar o
reparo tecidual na área da cicatriz, já que é considerado um concentrado de cura com vasta utilização, devido sua liberação suprafisiológica de fatores de
crescimento. Esse trabalho teve como objetivo apresentar um relato de caso clínico onde foram utilizadas essas 3 terapêuticas como aceleradoras no
processo cicatricial do lifting cirúrgico do lábio, objetivando melhora significativa do resultado final.
A CIRURGIA 6.
superior;
Conferência em vários ângulos, garantindo a simetria do desenho;
7. Anestesia: infraorbital (intraoral) e local (extraoral), com vasoconstritor, garantindo
hemostasia. O anestésico de escolha foi Mepivacaína 2% e Epinefrina 1:100.000 (total
4 tubetes de 1,8 ml cada);
8. Marcação inicial com a ponta da lâmina do bisturi onde percorreu-se o trajeto da linha
do desenho com lâmina de bisturi (Aesculap, n. 15);
9. Delicadamente foi realizada a dissecação do tecido demarcado, com espessura regular,
preservando parte do subcutâneo, não atingindo plano muscular do músculo orbicular
do lábio e o tecido foi totalmente removido;
10. Seguiu-se com a divulsão do lábio cutâneo preservado, em plano supra muscular, com
tesoura Iris curva;
11. Conferência da soltura total do tecido, garantindo a eversão labial e uma facilidade na
coaptação, reduzindo a tensão na sutura entre os bordos da ferida, melhorando a
estabilidade na sutura, seguida do teste de eversão e conferência dos bordos ;
12. Finalizada a etapa cirúrgica, antes da sutura, partiu-se para obtenção do agregado
plaquetário. Após garrotear o braço da paciente, fez-se antissepsia na região da fossa
cubital. Elegeu-se a veia cefálica e com scalp 21G e coletou-se aproximadamente 18 ml
de sangue, utilizando o sistema fechado à vácuo de coleta, em tubos sem conservantes.
O material foi para a centrífuga, a uma velocidade de rotação de 700 RPM por 3 min.
A centrifuga usada foi Spinplus da marca Biancoloab. Obteve-se assim o iPRF (Fibrina
Rica em Plaquetas injetável) que, com o auxílio de uma seringa de irrigacão, umedeceu
todo o leito cirúrgico;
13. O fechamento foi realizado inicialmente com 3 pontos internos sendo 1 central e 1 em
cada extremidade usando fio de sutura Monosyn que é reabsorvível e de alta resistência
tensil. Logo após, sutura subdérmica que promove um resultado mais delicado, em
toda extensao da ferida com distanciamento de costura de aproximadamente meio
centimetro, com fio nao absorvivel Premilene de polipropileno azul 5.0.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O lifting labial é uma técnica eficaz para restaurar a harmonia da face, entretanto os objetivos estéticos devem ser determinados com humildade,
flexibilidade e embasamento cientifico. O sucesso do Lip Lift dependerá: da seleção correta do caso; da colaboração no pós-operatório e na “decisão compartilhada”, sendo que o
profissional deve expor todos os riscos da cirurgia. Esse é um comportamento essencial para minimizar complicações e otimizar a satisfação do paciente. Um dos riscos mais temidos pelos
indivíduos a serem submetidos ao método é uma cicatriz aparente e inestética, mas existem cuidados a se tomar, além de boa indicação e técnica apurada, para prevenir tal evento, como os
usados neste caso clínico: Toxina botulínica prévia, iPRF no trasncirurgico e Laser de baixa potência no pós- cirúrgica.