Você está na página 1de 263

CONGRESSO NACIONAL

ANAI·S DO SENADO FEDERAL


ATAS DA 169.a A 175.a SESSÕES

ATAS DA S.a A 10.a REUNIÕES

AN. SEN. BRASlLIA - V. 13 - N.o 15 P. 6613-6878 1.0 NOV. A 14 NOV. 1989


SENADO FEDERAL SUBSECRETARIA DE ANAIS
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO 11
. QOINTA-FEIRA, 2-. DE NOVEMBRO
.._
DE 1989
.-

SENADO FEDERAL
SUMÁRIO
l-ATA DA 169" SESSÃO, EM 1• 1.2.4 -Pareceres nia, comunicando a rejeição dos seguil1tês ·
DE NOVEMBRO DE 1989 Referentes às Seguírites matérias: projetas: . . _ _
-Oficio "S" n9 28189, da Presidência -Projeto de Lei do. Senado n9 226/89,
1.1 -ABERTURA do Egrégio Supremo Tnbunal Federal, co- que regula as coligações partidárias e o
!2 -EXPEDIENTE municando que aquela Corte, em sessão prazo de registro de candidatos a Presi-
1.2.1-Mensagens do Senhor Pre· de 13 de setembro ídtimo, "declarou in- dente e Vice-Presidente da República, n·as
, sidente da Repúbllca constitucionais as expressões: ''e vanta- eleições em segundo turno e dá outras
gens pessoais_ (adiciOnais por tempo de providências.
- N~ 268, 269 e 276189•(n" 722, 723 se!Vfçõ)", constantes do § 29, do art. 29, -Projeto· de Lei do Senado no 135/89,
e 731/89, na origem~.- reStituindo autógra- da Lei n? 7.721, de 6 de janeiro de 1989". que "dispõe sobre o regime jurídico dos
fos de projetes de lei sancionados. -ConSulta n94/88, formulada pelo Pre- servidores civis da União, das autarquias,
e
- N•' 270 271/89 (n'' 725 e 726/89, sidente ao Senado Federai, com base no dos territórios federãis e da,s fundações pú-
na origem), de agradecimento de cornu· que faculta o Regimento Interno da Casa, blica, previsto no arl 39 da Constituição,
nicações. solicitando a formulação de princípios nor- e dá outras providências".
Submetendc à de/iberaçãô do Senado mativos qUe possam orientar os trabalhos . -Projeto de Lei do Senado no 267/89,
Federal a escolha de nomes indicados pa- legislativos no tocante à previsão contida que "regulamenta o inciso LXXVI, do art
ra cargo e função cujo provimento depen- na parte final do parágrafo único do artigo 59da Constituição brasileira, que beneficia
de ck sua prévia aquiescênCia. , 62 da Constituição. as pessoas consideradas pobres".
N• 273/89 (n• 729/89, na origem), refe- 1.2.5 -Comunicação da Presidên- -Projeto de Lei âo Senado no 230189,
rente à escolha do Sr. Octávio Rainha da cia que "revogam a Lei n9 7.770, de 19 de
Silva Neves, Embaixador do Brasll junto
à República da fndia, para ci.Jmulativamen-
~AbertUra ae prazo para apresentação junho de !989".
-No 83189 - CCJ, -do Presidente da
de emendas ao Projeto de: Resolução n9
te, exercer a função de Embaixador doBra- 83/89, Oferecido coino conclusão do pare· ComisSão de ConstituiÇão, JuStiça e Cida-
sil junto à. República das Maldivas; cer da CCJ sobre o Oficio no S:.28-89, lido dania, comunicando a aprovação do se-
N• 274/89 (n• 730/89, na origem), refe- · anteriormente. gu!nte projeto:
rente)! escolha do Dr. Antonio Carlos de 1.2.6- Leitura de Projetos . __:Projeto de Lei do Senado n• i42/89,
Nogueira, para exercer o cargo de Ministro ..:... Projeto de Lei do Senado n9 360/6"9, · que altera a redação do artigo 40 da Lei
do Superior Tribunal Militar na vaga decor· _ de autoria do Senador Gofnes Carvalho, rP'724:4, de 7 de Q_oy~bro" de .1984".
rente da aposentadoria do Ministro José. que dispõe sobre o "Programa de Distri- 1.2.9 - Comunicação da PresJdên-
Luiz Barbosa Ramalho Qerot .~buição de Cesta Báska &~Alimentação"_ cla
ao trabalhador. -Abertura de prazo de 72 horas para
1.2.2 -Aviso do Ministro -.Chefe _interposição de recurso por Utn décimO
· -Projeto de Lei do Senado n9 361/89,
do Gabinete ClvU da Presidência da da composição da q'l:s~•. para que os Proje·
República de autoria do Senador José JQná'cio Fer-
reira, que define como crime contia a ad· tos de Lei do_ Senado n9• 142, 135, 226,
- N9 799/89, encaminhando informa·- ministraçã:o pública os atas que menciona 230 e 267, de 1989, sejam apreciados pelo
ções_ prestadas pelo Ministério da Marinhà e dá outras providências. Plenário.
sobre quesitos -ç:onstantes do Re_querimen· 1.2.7- Requerlniento 1.2.10- Ollclo
n•
to 498/89. · · · - N9 595/89, de autorià do Senador Jo- - N9 175/89 - LPL, da Uderanc;a do.
sé Jgnácio Ferreira, solicitand_o ao Poder Partido Liberal,- de substituição de mem·
t.2.3 -Mensagem do Governador Executivo informaçõeS--que menciona.
do Dlsbito Federal broS "na"üOmiss!o Mista incumbida de exa-
- N• 114/89-DF(n• 104/89, na origem),. 1.2.8- Ofidos minar a Medida Provisória n" 97/89.
restituindo autógrafos de projeto de lei san- . - N9' 79 a 82/89, do Presidente da Co- 1.2.11 - cOmu-nicações da Prest-
. clonado. !"fiissáo de Constituição, Justiç_a e Çidada- ~ncia ·
6614 Quinta-Feira 2 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL-(Seção H) Novembro de 1989

EXPEDIENTE
CENTIIO GIIÁFICO DO SENADO FEDIEML

PASSOS PORTO DIÁNO DO CONGIIESSO -CIONAL


Diretor-Geral do Senado Federal Impresso sob a responub,li!Chlde da Meu do Senado Federoll
- AGACIEl DA SILVA MAIA
Diretor Executivo
CESAR AUGUSTO JOSÉ De SOUZA
ASSINATURAS
Díretor Administrativo
LUIZ CARLOS DE BASTOS Semestral
Diretor lndus1rittl
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA- Exemplar Avulso ---··--····-········--·········'···'··--····"·' NCzS 0,11
Diretor Adjunto T~r~; 2:200-exemplares.

·----------~~ ----
-Recebimento da Mensagem n9 Projeto -de Le( do DF n' õ9;de 1 9"89, Projeto de Resolução n~ 1, de 1989, de
272/89 (n~ 728/89, na origem}, pela qual âe iniciatiVa da Comissão do Distrito Fede- iniciativa da Comissão Dlretora, que altera
o Senhor Presidente na República solicita ral, que autoriza a desafetação de domínio a redação de dispositivos da Resolução rf
autorização para que o Governo do Estado âe bens de uso comum do povo, deritro 146, de 1980, alterada pelas Resoluções
do Paraná possa emitir, mediante registro dos limites territoriais do Distrito Federal. nÇIS 50, de 1981, e360, de 1983 e dá outras~­
no Banco Central do Brasil, Letras Fimm- VOtação adiada por falta de quorum. providências. Votação adiada -por falta de
ceiras do Tesou ro do Estado do Paraná ~rojeto de ResolUÇêo _n~ 81, de _1989, quorum.
(LFT - PR), destinadas a substituir _queautoriza 9 Governo ~o Estado do Cea- Prc;>jeto de Resolução _n"' 51, de 1989
l.OOQOOO de Obrig'ações do Tesouro da- rá a emitir Letras Finãnceiras do T escuro (apresentado pela Comfssão de Assuntos
quele Estado (OTE,....,... PR), que serão extin- dO E:Stãdo ·(LFfE-CE), em moôtante Econômicos como conclusão de seu Pare-
tas.· equivalen~ _ao valor das 2.839.9'13 Obriga- cer n1 152, de 1989), que autoriza a Prefei-
-Recebimento da M~nsagem n1 ções do Tesouro do Estado do Cea(á tura Municipal de Bonito, Estado de Per-
275/89 (nõ 727/89, na origein), pela qUal --(01~) _que serão substituídas e extin-· nambuco, a contratar operaçãO de crédito
o Senhor Presidente da República solicita tas. Votação adiada for falta de quorum. . no valor correspondente, em ·cruzados, .:f
autorização para qué a República Fede- ProjetO _de Resolução n" 82, de 1989, 80.848,17 OTN, de julho de 1987, junto
rativa do Brasil possa contratar operação que autoriza o -GovernO do Estado do Rio ·à-Caixa Econômi_éa FederaJ .. VotaçaO: adia-
de crédito externo, no valor de até US$ çieJaneiro a elevar, excepcional e tempora- da por falta de quorum.
47,000,000.0(J(quarentá e sefe mmlóes de riamente, seu limite de endividamento, pa- · Votação, em tumo único, do Projeto de
dólares americanos), ou seu equivalente ra emissão dos títulos que menciona. Vota- Resolução n1 67, de 1989 (apresentado
em outra moeda, junto ao Banco lntema- _ção adiâOil por falta de quorum. pela Comissão de Assuntos Econômicos
cfonal de Recon-strução e Desenvolvimen- como conclusão de seu Parecer n1 231,
- Projeto de Decreto Legislativo n 9 30,_-~e
to- Banco Mundial, para o fun que espe- 1989 (n9 44/89, na Câmara dos Deputa- de 1989), que- autoriza a concessão âe ga-
~ifica. _____ _ rantia da União aos títulos que menciona.
dos), que aprova·o texto do Acordo de
Cooperação Ecóilômfca: celebrado entre Votação adí?Jda por falta de quorum.
1.2.12- Discursos do Exi>edleJ1te Requerimento n~ 566, de 1989, de auto-
o Governo da República Federativa doBra-
SENADOR ANTÓNfO Wr.t MAYA- sil e o Governo da República Socialista da . ria do Senador _Dirceu Carneiro, Solicitan-
Matéria publicada no Jornal de Brasífja, Tchecoslováquia, em Brasfiia, em 12 de do, nos termos ~gimentais, tenham trami-
sob o titulo "Orçamento da Crise". Greve maio de 1988. Votação adiada por falta tação conjunta os Projetas de Lei do Sena-
na Universidade de Brasília. Alocação de de quorum. don~ 176. 178, 200, 211, 236 e 237, de
recl!-rsos, no orçamento de 1990, para a 1989, dos Senadores Neis0i1 Cãrneiro, Ju-
Educação. _ ____ _ -~- _- PrPjeto de Lei do Senado n 9 22, de 1989, -tahy Maga!hães, Antônio Luiz Maya, Fran-
SE:NADOR LEfTE: C!VI\ES- Fecha- de autoria do Senador Jamil Haddad, que cisco Rollemberg, Dirceu Carneiro e José
mento da "estrada do COlono", em Foz dispõe_ sobre _o transporte de presos e dá Fogaça, respectivamente, que dispõem
doiguaçu. _ ___ _ ~- . _outras providências. Votação adiada por sobre a política para o setor agropecuário.
SENADOR cJ(J}YfE$-CARVALHO- falta de quorum. · Votação adjada por falta d_e quorum.
Considerações sobre o projeto de lei apre- ProjetÕ_de Lei do SeTtado n1 91, de 1989 Votação, em primeiro turno, da proposta
sentado por S. Ex", que di~>Põe sobre o (Complementar), de autoria do Senador de Emenda à COnstituição n~ 1, de 1989, '
programa de distribuição de cesta básica João Menezes e outros Senhores Senado- de autoria do Senador João Menezes e
da alimentação ao trabalhador. res, que estabelece, nos termos do. § 9'? Outros Senhores Senadores, que altefa Os
_ do art. 14 da Constitúíção, de 5 de outubro prazos estabelecidos no § 6? do art.. 14,
1.3- ORDEM DO DIA de 1'988, prazo para desincompatibilizaçãO para desiricolnpatibilização do Presidente
Projeto de Decreto Legislativo· n9 36, de de Ministros de Estado. Votação adiada por da Repúl?lica, do~ GoVema_dores de Esta-
1989 (n• 112/89, na Câmara dos Deputa- " falta de quorum. do, do Distrito Federal e dos Prefeitos. Vo-
dos), que aprova o iro que renova a con· Projeto de Lei do DF n• 63, de 1989" tação adiada por falta de quorum.
cessão outorgada à Rádio Imperatriz So- de iniciativa da Comissão do Distrito Fede- Votação, em prlmejro turno, da proposta
ciedade Ltda., para explorar serviço de ra- ral, que .autOriza a-irlstifulÇãO da FUndação de Emenda à Constituição no 2, de 1989,
diodifusão-sonora em onda média, na ci- Memorial Israel Pinheiro e dá outras provi- de autoria do Senador O!avo Pires e 'outros
dade de Imperatriz, Estado do Maranhão. dências. Votação adiada por falta de quo- Senhores Senadores, qUe mótiifica o § 39
RetJ'rado da pauta. rum. do art. 4~ do Ato das Disposiçõe-? Constitu-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (S_eção 11) Quiota-feira 2 6615

danais Transitórias. Votação adiada por adiada da por falta de quorum, após pare- 1.4- ENCERRAMENTO
falta de quorwn. cer da comissão competente. _2 - DISCURSO PRONUNCIADO
Votação, em primeiro turno, da proposta Projeto de Decr~to Legislativo n9 32, d~ EM SESSÃO AI'ITERIOR
de Emenda à Constituição n9 3, de 1989, 1989 (61/89, nQ Câmara dos Deputados), -Do Sr..._ .Jpsé lgnácio- Ferreira, profe-
de autoria do Senador Marco Maciel_e ou- que aprova o texto do Acordo de Coope- rido na sessão_de 31-10-89. (Republica-
tros Senhores Senadores, que acresCenta ração Técnica celebrado entre o Governo ção)
parágrafo ao art. 159 e altera a redação da República Federativa c::fo Brasil e o Go- · 3 - ATO DA COMISSÃO DIRETQ..
do inciso II do art. 161 da Constituição vernO da República do Paragl@i, em 27 RA DO SENADO FEDERAL
Federal. Votação adiada por falta de quo- de outubro de 1987. Votação adiada por -N9 27, de 1989 (Republicação)
rum. falta de quorum, após parecer da comissão
4 _:PORTARIAS DO PRIMEIRO
Oficio n• S/12, de 1989 (n' 156/89, na C!ompetente. -
SECRETARIO DO SENADO FEDE·
otigem), relativo à proposta para que seja RAL
autorizado o governo do Estado do Piauí 1.3.1-DJscursosapósaOrdemdo -N•, 54 a 56, de 1989:·-----
a contratar operaçao de crédito junto a Dia
organismos financeiros· da República Ar- 5 - DIRETORIA GERALDO SENA·
SENhDDR MURO BENEVIDES - DOFEDERAL . .
gentina, no valor de (!S$ 30,000,000.00
Transferência da arrecadação e fisca1iza- - Extrato dos Contratos nss 53_ e 54L89.
(trinta milhões de dólares americanos}. Vo- ção das contribuições previdenciárias do
taçdo adiada por falta de quorum, após 6 - COMISSÃO MISTA DE ORÇA-
lapas para o Ministério da Fazenda.
parecer da comissão competente, favorá- MENTO
vel nos termos· do Projeto de Resolução
SENADOR JOSÉ FOGAÇ4 - Candi- - - Çonvocação de reunião para o próxi·
datura do Sr. Sílvio SantoS à Presidente mo dia 7.
0° 84/89, que oferece. - -da República
Projeto de Decreto Legislativo n9 31, de 7 - COMISSÃO DO DISlRITO FE-
)989 (n~ 59/89, na Cf!irri.ià àOS Deputa- DERAL
dos), que aprova o textó das emendas à 1.3.2 -Comunicação da Presidên- -ConvocaçãO-de reuniãO para o Pr6Xi-
Convenção da Organização Internacional cia mo diaS.
-Término do prazo para oferecimento ··8-ATADECOMISSÃO
de Telecomunicações Maritimas por Saté-
de emendas_ ao Projeto de Lei do Senado
6te (lnmarsat) e ao seu Acordo Operacio- 9 - LiDERES E VICE·LiDERES DE
nal, adotadas pela Quarta Assembléia das n• 13/88-DF. PARTIDOS
Partes -lnmarsat, realizada em Londres, 1.3.3- Designação da Ordem do 10- COMPOSIÇÃO DAS COMIS·
de 14 a 16 de outubro de 1985. Votação Dia da próxima sessão SÕES PERMAriENTES

Ata da 169" Sessão, em 1 9 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48~ Legislatura
Presidência dos Srs. Nelson Carneiro, Nabor Júnior e Antônio Luiz Maya.

ÀS 14 HORAS E 30 MINCJTOS, ACHAM-SE EXPEDIENTE N~ 276/89 (n9 731/89, na origem) de_ 31


PRESENTES OS SRS. SENADORES: de outubro último, referente ao Projeto de Lei
da-Cãmara n" 25, de 1989 (n" 2.236/89, na
Mensagens Casa de origem), que altera a redação do inci-
Nabor Júnior - Leopoldo Peres - Odacir
Soares - Jarbas Passarinho - Antônio Luiz Do Presidente da República so l, alínea b, do art. 32, da Lei n9 7. 729; de
Maya - Alexandre Costa - Edison Lobão Restituindo autógrafos de Projetos de -16 de janeiro âe 19~89, para incluir o Município
- Mauro Benevides -- Mansueto de l4:vor Lei sancionados: de José de Freitas na Juri_s_dição da Junta de
-João Lyra --Teotónio Vilela Filho- Fran- Cõnciliaç:ão e Julgamento de Teresina- PI.
cisco Rolle_mberg- Lourival Baptista -João N• 265189 (n• 722/89, na origem), de 31 (Projeto que se transformou na Lei n" 7 .865,
Calmon - Nelson Carneiro -lrapuan Costa de outubro ú1timo, referente ao Pi-ojeto de Lei de 31 de outubro de 1989.)
Júnior ~Neira Filho - Mendes Canale - da_Çõ.mara·n• 39, de 1989 (n' 1.915/89, na
Leite Chaves- Gomes Çarv?alho -José Pau- Casa de origem), que dispõe sobre a transfor- De agradecimento de comunicações:
lo Bisai. mação ·da Escola Técnica Federal do _Mara- N• 270/89 (n• 725i89, na origem), de 31
nhão_em Centro Federal de Educação Tecno- de outubro último, referente à aprovação das
lógica. matérias constantes das Mensagens da Presi-
(Projeto que se transformou na Lei n~ 7 .863, dência da República n9l' 314, 358 e 509, de
O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) -, de 31 de outubro cie 1989.) 1986, 494, de 1988, 260, 280, 435, 440, 509,
A lista de presença acusa o comparecimento 534 e 547, de 1989.
de 21 Srs. Senadores. Havendo núm~ro regi~ N• 269/89 (n• 723/89~ na -origem); de 31 N• 271/1)9 (n• 726/89, na origem), de 3i
mental, declaro aberta a sessão. de outubro último, referente ao Projeto de Lei de outubro último, referente à aprovação da
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos n9 42, de 1989-CN, que autoriza o Poder EXe- matéria consta_o~ da MjiD.Sagem da Presid~n­
trãbalhos. · cutivo_ à abrir ao Orçarriento -FiSC:_al da União cia n~ 513, de -1989.
crédito especial até o limite de NCz$ Submetendo à dellberação do Senado
O .Sr. J9 Secretário procederá à leitura do 108.000.000,00, paia Oifins que especifica. Federal a escolha de: nomes indiCadOS pa-
~di ente. ra cargo e função cujo provimento depen-
(Projeto. que se transformou na Lei n9 7 .864,
É lido o seguinte de 31 de.outubro de 1989.) de de sua prévia aqulesçêncla:
6616 Quinta-feira ~2 DIÁRIO DO CONGREsSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

MENSAGEM N~" 273, DE 1989 Paris, Segundo Secretái"io, 1962/64. -dutoreS de Cacau, Rio de Janeiro, 1964 (dele-
(N• 729189, na origem) Londres, Primeiro Secretário, 196701. gado). ~ _ ~ . ~ ~ ~~~ ~ ~ ... ~
Excelentíssimos Senhores membros do Se- Cairo, P.rimeiro Secretário, 1971/73. Comissão de Estudos da Política do Cacau,
nado Federal: Cairo, Encarregado de Negócios, 1972. __ Rio de Janeiro, 1~65 (repres~nta!lte).
De conformidade com o Artigo 52 (item Paris, Minlstro·Conselheiro, 1974/77. DReunião da Junta do Acordo Internacional
lV) da Constituição, tenho a honra de submeter Abidjan, Embaixador, 197Bn9 do Cacau, Lagos, 1965_(delegado).
à aprovação de Vossas Excelências a escolha. Freetown, Embaixador, curnulativamente, I Sessão da Comissãó de Produtos de Base,
que deseJo fazer, do Senhor Octávio Rainha 1978179. Junta de ComérCio~ Desenvolvii-riento (UNC-
da SiJva Neves, Embaixador do Brasil junto Uagadugu, Embaixador, cumulativamente, TAD), Genebra. 1965 (delegado).~·~ .. ~_
à ReP,úbllca da (ndia, para, cumulativamente, 1978n9. - Conferência da ONU sobie o Convênio In-
exer_ckr a função de Embaixador do Brasil jun- Roma, Representante Especial do Brasil ternacional do Açúcar, 1965 (membro).
to à República das Maldivas, nos termos do junto à Organização de Alimentação e Agri~ VII e VIII Sessões do CoilseihO Internacional
Artigo 56 § 1o, do Regulamento de Pess~l cultura (FAO), Nações Unidas, 1984/86. do -caf~. Londres, ·1-965 (delegado).
do Serviço Exterior, baixado pelo Decreto n~ -Nova Delhi., Embaixador, 1987/89. ~I_ R~união do GrupÇI_-de Trabalho d~ Alto
93.325, de 1~ de_outubro de f986. Colombo; Embaixador; cumulativamente, Nivel do Conselho Internacional do Café, Lon·
2. os- rhéritos do Embaixador Octávio Rai- 1988/89. ~ -- dres, 1966 (delegado). ~. ,
nho da SiJva Neves, que me induziram a esco- Katmandu, Embaixador, cumulativamente, COnferência do Comitê do Cacau, o NU; No-
lhê-lo para o desempenho dessa elevada fim- 1988/89. ~ ~ va YOrK, 1961'; (membro). ~. -

ção, -constam da anexa informação do Minis- XXI/ Sessão do Conselho lnternacional do


Comissão de Exportação de Materiais Estra~
tédo das Relações Exteriores. - Açúcar, Londres, 1967 (delegado-suplente}.
tégicos, 1955 (secretário~adj~nto). Junta Executiva da OIC, __ Mêxico, 1968 (re-
.Brasilia, 31 de outubro de 1989. -_.José Cçn"nissão de Estudos Rela;tjv:os à _tiavega~
Samey. presef!tante-suplente).
ção Aérea lntemacional, 1955 e 1958 (repre· Missão do Presidente do lBC ã Etiópia, Quê-_
sentante-suplente).
nia,_ Cl_ganda, Tanzânia e Costa do Marfim,
INFORMAÇÃO Cànferêrida da ÓNU para a criação daAJEA, 1968 (memoro).
Curriculum-Wtae: Nova York. 1956 (ni.e-mbro). .Junta Executiva_ da OIC, Abidjan, 1969-
Embaixador O<:táVlõ-Rainho rla Sl!Va Neves - Assembléia Geral da ONU, Nova York, 1956 (membro).
Rio deJaneiroiRJ, 14 de novembro de 1929. (assess-or)._ Grupo ·de Trabalho _de Análise_ do Plano Na-_
Filho de Frederico da Silva e Corfi.issão [nteramericana de Energia Nu- cional do_Café, junto ao Fundo de_Diversi:
Margarida Rainho Carneiro Neves. clear, Washington, 1958 (_representante). ficação da OIC, IBC, Rio de Janeiro_,_ 1969 (re-
Curso de Preparação ii Carreira de_ Diplo- Subcomitê Consultivo lnternaciolial do Al- presentante do MRE).
mata,IRBr. godão, 1960(representante). - _ Reui1iao Extraordinária do_ Ca(é,_ Londres,
Curso de Aperfeiçq1mento de Diplomata Reunião da COmisSão Jnteramericana-de 1970\dele,gado). ~ ~ .
(CAD), IRBr. Energia Nuclear, Petrópolis, 1960 (represen· Negociações entre Países em Desenvolvi-
Seminário de Desenvolvimento Organiza- tante), mento do GAIT, Genebra, 1970 (membro}.
cional, DASP, ESAF, RJ .. - . Simpósfo sobre as Apücações Pacíficas da · Confe:rêricía NegOciadora_ dO Arranjo [nter-
Diretor, substituto, do Fundo Monetário In- Energia Nuclear, Petrópolis, 1960 (membro). nacional de Cereais, GeneDra, 1971 (chefe).
ternacional, 1961. ~-- · -- Projeto-pilOto de erradicação da Cafeicul- Missão Prep~rat6ria da Viager:n do Ministro
Diretor, substituto, do BIRD, 1961. tura, GERCA,IBC, Rio de Janeiro, 1960 (coor- de Estado à Africa, 1972 (membro).
Presidente do Instituto Brasileiro ddl Café, denador). - ColisultorTécnico da CEPAL, para a prepa-
JBC, 1979/84. ~ Reunião Especial do COmitê de As·sistência - ração· da_ p9sição latino-america~ no GAIT,
Cônsul de Terceira Classe, 9 de dezeffibro ao De_~envolvimento. OCDE, Paris, _1962 (ob~ no tocante à aplicação da CEE, Santiago,
de 1954. serVador). 1972.
S~gundo Secretário, antigüidade, 24 de ou- - -Reunião do Grupo Jnterr:!acional de Estudos Reunião Preparatória da Conferência Ener-
tubro de 1961. ~ sobre. a Borracha, Paris, 1962 (obseiVador). gética Mundi~, Paris, 1975 (subchefe).
Primeiro Secretário, merecimentO, 31 de Conse1ho ExeCutivo do Instituto Internacio- Reunião f1jnisterial de Paris sobre Çoope~
. dezembro de 1966.___ · · --- rial ão-Frlo, Paris,1962 (represeOtarite_~suplen- ração Ecorióri1ica lntern'aciàn.31, -1975 (dele-
Conselheiro, mereâmento, --1 & ) janeiro de te).~ •. ~ ·. . • ~~ gado). , . -· ____ .. . ,_
1973. ConVersaÇões com a CôtnUrlidáde E.COnô- Reunião do Grupo dos "19'" da Conferênda-
Ministro de Segunda Classe, merecimento, mlca Européia, (CEE), 1963 (delegado). sobre Cooperação Económica Internacional,
16 de sefembro àe 1974. Assembléia da Aliança dos PaiseS Produ- Paris, 1976 (chefe).
Ministro de Primeira Classe, merecimento, tores de Cacau, Abidjan, 1963 (del~gado). I Reunião das ComissÕes da Conferência
12 de dezembro de 1979. Asséinbléia da Aliança dos Países Produ~ sobre_ Cooperação- Ecoi1ômica Internacional,
Encarregado do Setor de Energia Nuclear tores de Cacau, Duala, 1964 (delegado). Paris, 1976 (chefe}.
e Materiais Estratégicos, Departamento Eco- l Conferência das Nações Unidas sobre Co· ComisSào-f (En'ergia) da COnferência soPre
nômico, 1954. - --- mércio_e Desenvolvimento (UNCTAD), III Co· -Cooperação Económica- Internacional, Paris,
Assistente do Chefe âa Divisão de Produtos missão, Produto de Base, Genebra, 1964 (d.e- 1976 (delegado).
de Base, 1964. ~ - legado--suplente). Reunião do Grupo dos "19" das Comissões
Chefe, interino, da -Divisão de ProdutOS de --conferência Negociadora do Acordo Inter- da Conferência sobre CoOPeração Económica
Base, 1966. nacional de Produtores de Cacau, Lomé, 1964 Internacional, Paris, 1976 (chefe).
Chefe da Divisão de PrOdutOs de Base, (delegado). ReuniãO da Comissões sobre Cooperação
1967. - _Reunião da Junta do Acordo lnternaclonal Económica Inteínacional, Paris, 1976 (chefe)._
Chefe da Divisão de Pofít!Ca Corrlercial, - do Cacau, Lagos ·e Abidjan, _1964, Tdelegado). _ Reunião da Junta Executiva da OIC, 1979
1974. ------ Reunião do GATI, Genebra, 1964 (delega- (chefe da delegação}.
Chefe da Divisão do Pessoal, 1974. do). Reunião do Fundo de Estabiliza-ção de Pre-
Chefe, substituto, do Departarliento de Ad- Reuriião Extiaordinária da,Junta do AcordO ços do Café, Bogotá, 1979 (chefe da delega-
mirifstração, 1974. -- -- Internacional do Cacau, Acra, 1964 (delega- ção brasileira).
Agregado, 1979/84. do). Assembléia Geral destinada a oficializar a
Washington, Terceiro Secretário, 1957/6C Reuriião dos Comitês' Executivo e Adminis- criação do Pancafé, Panamá, 1980 (chefe da
Washington, Segundo Secretário, 1961/62. tra_tivo..e Assembléia Gerai da Aliança dos Pro- delegação brasileira).
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Quinta-feira 2 6617

Reunião do Fuhdo de Estabilização de Pre- Tribunal Militar na vaga decorrente da aposen- do Ministério das Relações Exteriores em con-
ços do Café, Panamá, 198Q (chefe da delega- tadoria do Ministro José Luiz Baibosa Rama- vênio oorn a Universidade de Brasília, ern co-
ção brasileira). _ lho Oerot - , memqração ao XXV Aniversário das Nações
Reunião da Junta Exei:utva e do CÕnSelho Ós méritos do Doutor Antonio Carlos de UnidaS.
da OIC,- LOndres, 1980 (chefe da delegaÇão Nogueira, que me in~~ram a escolhê-lo para 4.5 .:.... Estudos Brasil_eiros, promovido pela
brasileira). o desempenho desse elevado cargo, constam Universidade de Brasí1ia. ·
· Reunião do Pancafé, Panamá, 1980 (chefe do _anexo Curricull!_m Wtae•. 4.6'..--- Economia Brasileira- Promovido
da delegação brasileira). & Brc:tsí1ia, 31 de outubro de 1989. -José pelo Conselho Técnico de Economia e Fman-
XXXVI, XXXVII, XXXVIII e XL Reuniões do Samey. ç~ em convênio com a CETREMFA (Minis-
Cónselho da Organização Intemaciona1 doCa- tério da Fazenda).
fé, Londres, 1981/83 (chefe). Currlculum Vitae
Reuniões do Conselho da Organização In- Experiênda Profissional _
Nome: Antonio Carlos de Nogueira
ternacional do Café, Londres, 1983/84 (chefe). Fil\ação: João José de Nogueira e Emília 5.1 - Conferente do IPASE, de dezembro
Reunião da Junta Executiva da Organização de_ 1956 a novembro de 1960; ~terido ::;ido
HardJhan de Nogueira
Intemadonal do Café, Man_U_a, 1933 {çhefe). transferido para Brasília em Junho de 1959.
Data de nascimento: 27 de dezembro de
Reunião da Junta Executiva da OrgcinizaÇão 52 -Auxiliar Legislativo do Senado Fede-
1935
Internacional do Café, Abidjan, 1983. ral, em junho de 1961 a janeiro de 1963".
Naturalidade: João Pessoa-PB
Viagem Presidencial à Colômbia, Bogotá, Advogado - Inscrição OAB-DF sob o n9 5.3 .-Tesoureiro Auxiliar do Ministério da
1982.(meinbro). Fazenda de 1O de janeiro de -·1963; a _partir
1.259, de 18 de_outubro de 1974.
IX Reunião da Comissão Intergovemamen- de 1965 o cargo acima foi denominado Fsel
Inscrição na OAB-DF como Solicitador Aca-
tal Brasil-União Soviética paia COOperação dêmico sob -o n9 356 SA, no período de 6 do Tesouro.
Comercial, Ec.ohômicaJ _O~ntífica e Técnica, de novembro de 1970 a 16 de setembro- de
5.4 --: Assessor Parlamentar do Ministério
Moscou, 1983 (delegado). da Fazenda, junto ao Congresso_ Nacional, de
1971.
Viagem Presidencial aci -Japão, Tóquio, _InsCriçãO Provis6riÇJ sOl::i-_0 -n"' 323/P, em 17 1967 à 1971.
1984 (membro). de setembro de 1971 a 17 de outubro de 5.5 - Representante Ofidal do Mihistérlo
Conselho da Organização da Alimentação 1974. CPF 002.094571-04. . da FaZenda no Encontro de Brasília. organi-
e Agricuhura (FAO), Roma, 1984 (subche[e). Certificado de Reservista n? 451.851 - 7• zado R.E!ia AERP (A$sessoria Especial de Rela-
Assembléia de Governadores, Fundo Inter- ções Públi~s da Presidência da._Repúblic_a).
RM
naCional para Desenvolvimento da Agric.ultuca 5.6 ~Membro do Grupo de Trabalho junto
Tiful_o Ele!!:oral: Inscrição 74435220/89 -
(IFAD), !985 (governador-alterno). aO-MinÍstério das Relações EXteriOres, çomo
Zona 1, Seç_~o 292 BrasiJia-PF'
Conselho _Mundial de Alimentação, Buenos representante do Ministério da_ fazenda, para
EspoSai Edna Maria Troccoli de Nogueira
Aires, 1985 (representante-alterno). Filhos: Antonio car!Os de Nogueira Filho, criação da Fundação Alexandre de Gus_mãQ.
Conselho Múndim de Alimentação, Roma, Alice Troccoli de Nogueira Saboia e Adriana 5.7 -Advogado da SUDEMA- Superin-
1986 (representante). , _ ___ -Trõcolii de Nogueira Vaivefde de Morae.S - tendência de Desenvolvimento do ~do do
Fundo Internacional para o Desenvolvimen~ Endereço: QI 21, cj. 1, casa 10...:... SHIS. Maranhão-1971 a 1975, e responsável pelo
to da Agricultura (!FAC), Roma Fundo_lntema- Escritório do Governo_do Estado do Marã.nhão
Te!: 366-1999 e 366-2007. em Brasília. .
cional para o Desenvolvimento da Agricultura ' ,Escritório Profissional: SCS - Ed_. Baracat,
(]FAC), Roma, 1986 (diretor-substituto). 5.8-Técnico Legislativo do Senado Fede-
sala 506 -'-"Te!" 224-7305
Conferência -regional da OrgS.nlzação de Ali- ral, mediante concurso- 1961.
Formf)çáo Colegial
mentação e AgricuJtura, Barbados, 1986 {sub- 5.9 - Advogado dos Diários Associados,·
2-:1 - Prirriárlo - Colégio Marista Pio X
chefe). ~João Pessoa-PB no período de 1972 a 1976.
Ordem do Rio Branco, Bras~. 22- ._Ginasial - -Colégio Marista Pio X 5.10 -Advogado da Serfina (Grupo San-
Ordem dos Guararapes, Brasil. bra) - 1978 a !985. .
-João·Pesso8-PB
Ordem de Boyacá, Grã-Cruz, Colômbia. 5.1 i - Assistente das COmissões de Finan~
23 ..:.:... Clássico --Centro de Ensino Médio
Ordem Nacional do Mérito, República Fran· Elefante Branco ças e Relações Exteriores do Senado Federal.
cesa. _ __ ., TJtulação
5.12 -Diretor da Subsecretaria de Comis-
Ordem do Sagrado Tesowro, Japão~ _ ---3.1 ._ Bacharel em Direito pela Universi- sões do Senado Federal - 1979. _
Ordem Nacional, Costa__ do Marfim. Q~de de BraSília, Tllrffiadejulho de 1971 _ 5.13- Diretor Superintendente da Compa-
O Embaixador Octávio R?inho da S~va_ Ne- '32 - Bachar_el em Administração de Em- nhia Imobüiária de Brasí1ia - Terrac:ap, de
.veS se encontra nesta datei no exercício de. presas~ ÇEUB -__1984
junho de 1985 o.]ulho de !986: .
suas funções .de Embaixador do 6~asil junto CursoS dtfExtensão _ . 5.14 - Membro do Conselho de Adminis-
à República da fndi_a. _ 4._1 ~
Legislative Administration and Rese- tração da Companhia Imobiliária de Brasília
SeJ:retaria de Estado das 'Relações Exterio· rar~h- offerede bythe_ éompa-rative Develop-
.....;.. T erracap, de juJho de 1985 ajulho de 198(5.
res, de de 1989.- Sérgio Barbosa Ser- . ment Stu~es- State SJpiversity of New York 5.15- Delegado das Unhas Brasileiras pa-
·a, Chefe do Departamento ..;.,- SerViço Exte- at Albany (USA), Graduate School_ of Public
ra o Mediterrâneo e Adriático (Loyd Brasileiro
rior. e Companhia Paulista de Comércio e Navega-
Affairs, Estágio no __Senado _N_orte Ame:dcano
em Washington. ções); em Gênova - Itália, a partir de 7 de
(À Comissão de Relações_ _Exteriqres e agosto de 1986.
Defesa Nadona1) 4.2 - Mo-dernizaçãO Administrativa e De-
senvolvimentO Econômico....:.. Ministrado pelo Congressos, conferências e cursos
Conselho Técnico -de Economia e Finanças 5.1 ..._ Fundação MJ1ton Campos
do Ministério da Fazenda- Convênio com 5~_1.{.- Simpósio sobre Democracia e Polí-
MENSAGEM N• 274, DE 1989
o Conselho Regional de Economistas Profis- tica Social.
(N• 730/89, na origem) 5.2- Comissão de Minas e Energia e Eco-
sionais- 11• Região.
Ex~lentíssimos Senhores Membros do Se- 4.3 - Plariej'amento Municipal (Desenvol- nomia do Senado Federal
nador.Federal: vimentp Local Integrado) - Ministrado pelo 5.2.1 - Simpósio Alternativo para Carajás.
Nos termos do art. 123 da ConstitUiçãO Fe- Serviço Federal de Habitação e Urbani~mo­ 5.3 :- Penfield Comodity Corretores Ltda.
deral, tenho a honra de submeter à conside- SERFHAU em convênio com- a Universidade ':":"'" São Paulo e SaChe Halsey Stuart Shields
, ração do Egrégio Senado Federal o nome do de Brasília. - - me-USA
advogado Dr. Antonio Carlos de Nogueira, pa- 4.4- Cursei Especial sobre as Nações Uni- 5.3.1 -Primeiro Seminário de_Mercado_FI,I.-
ra exercer o cargo de Ministro do Sup"efior das - Ministrado pelo Instituto Rio Branco, · turo- de Instrumentos FinanceirOS.
- ' -·
6618 Qwnfu-fe1hC2 . DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

5.4 \--- CorttiSSão de Saúde do senado Fe- Executivo :a abrir créd1tos adicionais até o limi- trados Brasüeiros, a execução das expressões
deral ..... te de NCz$ 670.065.000,00 (seiScentos e se- "... eváfltagens pessoais (adicionais portempo
5.4.1 - Simpósio NacionaJ de Assistência tenta milhões e sessenta e cinco mil cruzados de serviço)",_ constantes do § 29~ do art. 29,
Médica Previdenciária. - novos_) e dá outras providências. da Lei n9 7."721, de 6 de janeiro de 1989.
5.5- Instituto de Pesquisa, Estudos e As- (Projeto que se transfonnou na Lei n 9 50, Sala das ComisSóeS, 26 de ·oUtUbro de
sessor,ia do Congresso·.;_ IPEA.C_ ____ _ de 30 de outubro de 1989.) 1989. - Odacír Soares Presidente em exer-
5.5.1 -Encontro BílaterafBrasil- Estados cício--_.. Ronaldo Aragão Relàtor - Már:do
Pareceres
UnidoS de América - Democracia: O V~to, Lacerda, Ney Maranhão, Chagas Rodrigues,
o Partido, o" Mandato. Od Sabóia de CaNalha, Juthay Maga/háes, .
5.5.2- Fórum ABT:_ Congies_So Nacional PARECER N• 297, DE 1989 Meira' Filho, Nufzío Bezerra, Carlos Nberto,
- USJCA - Agência de Comunicação Inter- Da Comissão de COiJsfitiJição, Justiça Fr~mdsco RoUemberg, WílsOn Mártins, Aureo
nacional dos Estados Unidos da América. e_ Gdadania, sobre o Oficio S n·~ 28, de Mel/o, Antonio Luiz Maya.
&peneiiCidProffss!Onã! EspedDcii ~ -19(19, da Presidência do Egréj}io SuPre-
6.1 - Advogado da _Serfin·a emPreSa dO mo Tribunal Feder~ comunicando que
Grupo· SAMBRA ..::C]971 f975 a . -aquela Corte. em Sessão de 13 de setem- PARECER N• 298, DE 1989
6.2 L Advogado da Sudema- Superinten- bro últkno, -"declarou inconstitucionais as
dência de Desenvolvimento do Estado do Ma- expressões: "e vantagens pessoais (adi- Da Comissão de Constituição, Justiça
ranhão - 1971 a 1975. e Cidadania, sobre consulta 4/88 foiri1U---
- -- cionais por tempo de serviço)': constan-
6.3 - Advogadó"-dos DiáriOs AssociadoS -tes __ do _.§__2~ do art. ~ da Lei n~ 7.721, fada pelo Presidente do Senado Federal...
-19'72 a 1976. · -- ··- · · ·-- · "·, '· com base no que faculfa o R"egimei7to
-de 6 de janeiro de 1989."
6.4 ~ Membro integrante do Escrftófio ae R:_elator: $eilador konaldo Aragão
Interno da Casa, solicitando a formulação
Advocacia do Dr ..José__Luiz Clérot;"b-M.irliStr_o de princípios· normativos Que possam
do Superior Tribuna] Militar, desde 1970, qua- O Excelentíssimo Senhor Ministro Néri da qrientar os trabalhos legislativo no tocan-
dro inscrito como Solicitador Acadêmico, até Sijveira, Presldente do Supremo Tribunal fe- te à previsão contida na parte_ fiiJal_ do
1985. . ·deral, remeteu ao Se~do Federal o ofício nç parágrafo único do {Irt 62 ila Ço(JStit_ui~
65 -Advogado militante no Foro do Dis- S/28, de 1989 (n• 31 ....: P/MC, de 21-9-89, ção. -
trito Féderal e Tribunais na Capital da Repú- na origem), comunicandp que, er_:n decisão
pi'oferida p!la Suprem-a Corte, foi julgada pro- Relator: Senador Od SiJbóia de Carvalho
blica, no pertodo de 1971 a 1985." - Invocado o que faculta o Regimento Interno,
6.6_-Advogado militante no Distrito Fed~ cedente a Ação Direra de Inconstitucionali- solicita a Presidência da Casa a apresentação
ral com escritório no SCS, Edifício Baracat. dade n9 14-4, r~_querlda pela Associação dos de sugestão, por parte deste órgão, para subsi-
rgaa
sala 506 ....:..- ffrãsrua, de em diante. Magistrados Brasileiros, e, por conseguinte,
diar a formulação de princípios normativos
Condecorações deClaradas íncõnstitucionais as expressões: "e
vantagens pessoais (adicionais por tempo de a serem observados na ocorrência da hipótese
7.1- Medalha da Fundação-de Brasilia prevista na parte final do parágrafo único- do
7.1. '1 - Conce"dida pelo ExceJeiltíssimo S:e- serviço)", constantes do § 29, da L.ei n? 7.72t; art 62 da Constituição. · -
nhor Dr. Juscelino Kubifschek -Presidente -~_àe_Er~ejáneiro de 1989, o-qual, na ínteg'ra, O dispositivo citado rez:a:
da Repúblcia (1960) assim reza:
7.2- Medalha do Mérito lrnbira - ''Art. 2• .................................... _ _ __ . "Art. 62. ............... - .... -·----'-·--
7 2.1 - Conceataa pero Excelentíssimo Se- § 29 A remuneração dos Ministros do
Parágrafo únlco. As medidas provisó-
rias perderão eficácia, desde a edição, se
nhor Dr. João C'asrelo Ribeiro Góriçalves - _Supremo Tribunal Federal, considerado
Governador do Maranhào ( 198í}. ~ - não forem convertidaS -em-lei no prazo
o básico, na verba de representação e de trinta dias, a partir de sua publicação,
83 - Medalha da Orde'rli do -Mérito Rio vantagens pessoais (adicionais por tem-
Branco; Grau de Oficial 1989~ -- - - po de serviço}, não poderá ultrapassar
devendo o Congresso Nacional discipli-
Brasi]ia, 30 de- outUbro--de 1989. -AiliOiiio o Umite previsto no art. 37, inciso XII, da nar as relações jurídicas delas decorren-
Carlos de Nogueira, (Irisc. 1259-, OAB-DF.) tes."
Constituição Federal."
(À Comissão de Constituição, Justiça A consu1ta data de 9 de dezembro de 1988,
Declaradas inconstituCionais pela Suprem:
e Odadania.) sendo de notar que, no princípio de maio do
Corte as expressões supra-citadas, cabe ao
corrente ano, o· Congresso Nacional aprovou
Senado FederaJ, nos termos do art. 52, item e a Presidência promulgou a Resolução. n9
Aviso X. da Carta Magna, sUSpender-Ities a execu- 1/89 (CN) disciplinando da seguinte forma a
DO MINISTRO CHEFE DO ção. questão;
GABINEI'E CML DA Assim, em atenção ao que dispõe o art.
388 do Regimento Interno do Senado Federal, "Art. 17. Esgotado o prazo a que Se
PRESID~CIA DA REPÚBliCA segundo_ o qual após lida em Plenário, "a co- refere o parágrafo único do att: 62 da
municação ou representação será encami- ConstitUição Federãl. sem deliberação fi-
N"' 799/89, de 31 de outubro último, enca- nhada à Comis~ão de Constituição, Justiça nal do COilQresS-0 Nacional, a Comissão
mfnhando informações prestadas pelo Minis- e Qdadania que formu1ará projeto Cle resolu- Mista eJaborará projeto de ·decreto legila-
tério da Marinha sobre quesitos constantes do ção sUspendendo a execuçao da lei, no todo tivo disciplinando as relações jurídicas de-
Requerimento nç 498",-de 1989, do Senador ou em parte", ofer~ndemos o seguinte-: - _correntes e que terá tramitaçâo iniciada
Jamil Haddad. na Câmjlfa dos Deputados."
PROJETO DE RESOLUÇÃO
Encaminhe-se cópia ao Relator. N• 83, de 1989
c Constat.a~se, destarte, hclver perdidO objetO
da consulta por já estar a matéria devidamente
Mensagem Suspende, por inconstltucfonalklade, a
disCiplinada no pl~o regimental. •
execução de expressão contida no § 2~
DO GOVERNADOR DO Ante o ~sto, com base no que preceitua
do art. 29, da Lei n" 7. 721, de 6 de janeiro o art. 334 do Regim~nto Interno do Senado,
DISTRITO FEDERAL de 1989. opinamqs pela: prejudicialidade da consulta,
Restituindo autógrafos de projeto de lei Artigo único. É suspensa, por inconstitucio- .devendo ser a matéria defmitivamente arqui-
sandonado: nalidade, à vfsta de decisão defin!tva prOferida vada.
N9 114/89-DF (n9 104/89, na origem), de pelo Supremo TribUnal Federal, em 13 de se- Sala das Comiss_ões, 26 de outubi'O _de
30" de outubro último, relativa ao Proje.tQ de tembro de 1989, nos autos da Representaçâo 1989. - Ódacir Soares, Presidente em exer-
Lei do Dfn961, de 1989, que autoriza o Poder n~ 14-4, requerida pela Associação dos Magis-- cício ·-.;.-.Qd Sab6ia de CarValho, Relator -
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Quinta-feira 2 6619

Meira FJJho, Nt:!y Maranhão, Cha!;as Rodri· Art 5':' _Compete ao Ministério do Traba- II - a suspensão_da ex.ecutoriedade de qual-
gue_s, Ronaldo Aragão, Márcio Lacerda, Anto- lho a fisCa!~açã9 do cumprimento da presente quer ato, quando necessário à preservação
nio Luiz Maya.. Wilson Marüns, Jutahy Maga· lei relativainente às empresas que participa- do interesse_ público.
·Jhães. Louriyal Baptista, AJujzjo Bezerra,"Áureo rem do programa por ela instituído. Art. 3 9 A apui-cição da responsabilidade
Mel/o, Francisco RoUemberg, Oirlos Alberto. Art.__6e O Poder Executivo regulamentará criminal independe da administração, caben-
O SR- PRESIDENTE (Nabor Júnior) - a presente lei no prazo de 60 (sesserlta) diaS. do às autoridades competentes, no âmbito das
O Expediente lido vai à publicação~ (Pausa) Art. 79 Esta lei entra em vigor na data de respectivas atribuições, realizar as diligências
Do Expediente lido, cons~ o parecer da sua pubUcação. e sindicâ_ocias. cabíveis, apkando as penali-
Corníssão de Constituição, Justiça e Cidada- Art. 8 9 Revogam-se as disposições em dades aos responsáveis e enviando as conclu-
nia sobre o OF~S/28/89, que conclui pela apre·
contrário,_ sões ao Ministério Público.
sen~ção do Projeto de Resolução n? 83, de . ·- ., . _ -·- __ Justifi~ç~o Art. 4 9 Esta lei entra em vigor na data de
1989, relativa à suspensão de expresSão in- sua publicação.
constitucional contida em lei. A matéria ficará
Um dos grandes problemas sociais brasi- Art. 5 9 São revogadas as dlsposições em
sobre a mesa, durante 5 -sessões- ordinárias, leiros é o relativo à deficiente a1Un_ent;~.ção das contrário.
para recebimento de el"('leodas, _nos termos pessoas de baixa renda e de su_as f.Amnlas.
dos disp<?Sto no art. 235, II, 4 do Regimento O Poder Púbijco através de diversos instru- Justificação
_mentos vem procurando minorar esta_ s_ltua-
Interno. ,
Sobre a mesa, projetas que serão lidos pelo
ção, tais como a merenda escolar, a distri- O Constituinte de 1988~ em boa hora, ~iri_giu
buição gratuita de lefte, etc. em princípio geral, a ser observado por todos
Sr. 19 Seretário. os escalões administrativOs, o da licitabilidade
O projeto ora apresentado visa eilgajar as
São lidos os seguintes empresas nesses programas a fim de qe toda prévia de todas"... ~ obras, serviços, compras
a sociedade colabore para que se consiga, e alienações ... "procedidos no âmbito do Po-
se não acabar, pelo menos minimizar a insufi- der Público.
ciência a1imentar dos trabalhadores de baixa Do ponto de ~-infracOnstituclonal, desde
PROJETO DE LEI DO SENADO
renda. 19a6, vigora, efitre liós, o Decreto-Lei n\> 2.30Ó
N• 360, de 1989
Cabe ressaltar, nesse ponto, que os acordos co~solídando normas máteriais e adjetivas
Dispõe sobre o "Programa de Distribui- coletivos e convenções já vêm incluindo cláu- pertinentes a este relevante_ campo do domi-
ção de Cesta Básica de Alimentaçdo'~ ao sula com o objetivo ora visado. Contudo, ne- CJ1io público_. ·
trabalhador. cessário se faz regulamentar_ a matéria, tendo _ Acreditamos que o diploma legal em causa
O Congresso N_acion~ d_ecreta: em vista as dúvidas que poderão ocorrer não assegurá, de fortna satisfatóriã, a preServação
Art 19 As empresas poderão conceder s6 eril relação às empresas mas também aos dos valores básicos de igualdade, publicidade,
aos seus empregados, que percebam até 3 empregados, relativamente às legislações do probidade _e objetividade que devem presidir
(três) salários mfnimos, uma "Cesta Básica trabalho, da previdência- social e tributária. todos -os pr6cedimentoS prévios é contratação
de Alimentação". para seu sustento e de sua Nesse sentido, o projeto em seu artigO 29 esta- administrativa. ·
familia. belece a verdadeira natureza do bénefício"des- Verifica~se, não obstante, inexistir ii:Orrriã de
Parágrafo único. O ·regulamento estabe- tinado aos trabalhadores e regula às diversas natureza penãl a sancionar, de forma severa
lecerá os produtos que deverão ser incluídos ~p~teses atinenteS às quais poderão surgir e drástica, aqueles que ousãm transgredir pre-
na "Cesta Básica'' e o Umite do valor total lttigtos, resguardando assim, as empresas de ceitos tidos como fundamentais para preser-
das mercadorias, o qual será atúalizado mon; quaisquer cobranças fiscais ou prevídenciárias vação da lisura e da moralidade administra·
tariamente a cada Inês. futuras. · tivas.
Art 2 9 O valor da "cesta Básica", -distri- Sâla das sessões, 19 de nóvembro de 1989. _A prese0te iniciativa tem por escopo suprir
buída aos empregados: -Sehador Gomes Carvalho. esta lacuna ao tipificar como conduta penal-
1- não terá natureza salarial, não se incor- mente punível a inobservância das normas
(À Comissão de Assuntos Sociais - pertinentes ao processo licitatóriO e à contra-
porando à remuneração dos empregados, pa- decisão _terminativa) ·
ra quaisquer efeitos; tação administrativa.
II - não constitui remuneração para fins PROJETO DE LEI DO SENADO Com o prqpósito de dotar o Ministério Públi-
. de cobrança de contribuição previdenciária e Co de eficientes meios de presetvação do Inte-
N• 361, de 1989 resse coletivo, faculta-se a requisição à autori-
nem base para""Cálculo dos depóSitos do Fun-
. do de Garantia do Tempo de Serviço; Define corilo crime contra i!l adminis- dade judicial de duas medidas cautelares rele-
III- não integra a receita bruta da empresa
tri!lçiio pública os atos que- menciona e vantes, a saber:__ -
para quaisquer fins; dá outras provk!_~l}~ias. , _- o imediato afastamento, do serviço ativo,
IV- não constib.li rendfmento tributável pa- O Congresso Nacional decreta: dos servidor~ contra os quais existam sufi-
ra o beneficiário; Art. 19 Adjudicar _ou contratar obra, seiVi- cientes indício_s de autoria do delito;
V - constitui despesas operadonal para ço, compra, alienação, concessão_ ou permis- ----;-- a suspensão da executoriedade de qual·
efeito de Imposto de Renda. são no âmbito da administraçã.o pública, direta quer ato, quando esta medida for necessária
Art 39 As empresas quê participarem do ou indireta. sem observar _as prescrições legais -- à- presetvação do interesse público. .
programa de que trata o.artigo 19 desta lei e regulamentares,relativa.s_ a licitaçõe"s e con- Por derradeiro, fica explícito que a responsa-
poderão firmar convêrUo com .empresas for- tratos administrativos. bilidade criminal independe da administrativa,
necedoras de cestas ·básicas ou de "vales-ali-. Pena: reclusão de 1 a 3 anos e mylta, além _cabendo às .autoridades competentes proce-
mentação", regjstradas no Ministério do Tra- de perda da função públiéa e iOabilítc.'ição para der às diligências e slndicâncias cabíveis no
balho, para. a realização de ações ·conjuntas, o exercício de qualquer outra atê;:~ reabilitação. âmbito das respectivas unidades.
visando a implantação do programa. Arl 29 O inquérito policial para apurar o Julgamos que, com a aprovação dO pre·
Parágrafo único. Os vales referidos no ca- crime de que trata esta Lei será _instaurado sente projeto estará o Congresso Nacional
put somente poderão ser utilizados pelos tra- na forma do artigo 59 do Código de Processo contribuindo para inibir a reiteração de práti-
. balhadores .na aquisição de cestas básicas de Penal, cabendo ao órgão d9 Ministério Público, cas nefastas e de t:graves e perniciosas conse-
alimentação das empresas referidas neste ar- qüências. ___ _
desde logo, requerer à autorid'ªdes judicial
tigo. competente; Sala das Sessões, 1~ de novemb~ de 1989,
Art. 49 O programa regulado por esta lei 1- o imedia~ afastame"nto do serviço ati\ro ---José !gnáclo Ferreira.
é complementar ao instituído pela Lei n\> 6321, dos servidores contra oS quais existam sufi- (À Comissão de CoirstítriiÇtio, Justiça
de 14 de abrg de 1976. - cientes indícios de auto.ria; e e Odadania -:" decisão _terl}'J{na,t!_v~~)
6620 Quinta-feira 2 biÃR!õ b<H':dNGRESSO NACIONAL (Seção II)

O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Na oportunidade renovo a V. Ex" meus pro~ Na oportunidade, expresso-lhe meus pro-
Os projetas lidos serão publicados e remetidos testes de elevãda esti(na e condideração. - testos de elevado apreço e consideração. -
às Comissões competentes. (Pausa) Senador CRI Sab6iã de CBIValho, Presidente. DeputapoAdolfo Oliveira, Uder do PL.
Sobre_ a mesa, requerimento que será lido OF,--f'[9 81/89- CCJ -- O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) -
pelo Sr. 19 Secretário. - Brasflia, 26 de outubro de 1989
A Presidência recebeu a Mensagem _n9 272,
É lido o seguinte Senhor Presidente, de 1989 (n" 728/89, na origem), ,de 31 de
REQUERIMENTO N<:> 595; DE 1989 Nos termos regimentais, comunico a V. Ex" outu&ro, pela qual o Senhor Presidentê da R-e-
que esta Comissão rejeitou o Projeto de Lei públic\,, nos termos do art. 52, -inCiSo IX, da
Senhor Presidente, do Senado n" 267, de 1989, que ''Regulamen- Constifuição, solicita autorização para que o
Na conformidade do que faculta o art. 217· ta o inciso LXXVI, do art. 5\> da Constituição Govérno do Estado do Paraná possa emitir,
do Regimento Interno.- requeiro seja o Poder brasileira, que beneficia as pessoas conside- mediante registro no Banco Central d6 Brasil,
Executivo convidadO a enviar a esta Casa o radas pobres", na reunião desta data. J,..etras Financeiras do Tesouro do Estado do
Congresso Nacional, no prazo de 30 (trinta} Na oportunidade renovo a V. EX!' meus pro- Paraná (LFf - -PR), destinadas a substituir
dias e sob pena de responsabilidade, os se- testes de elevada estima e consideração. - 1.000.000 de Obrigação do Tesouro i:laquele
9l!-intes documentos· relacionados com a Senador Od Sabóia de Ca!V8lho, Presidente. Estado (OTE- PR), que seí-ão eXtiritas.
construção da "Ferrovia Leste-Oeste": OF. N~ 82/89 - CCJ A Matéria será despachada à Comissão de
1) propOsta feita em 26-4-88 pelo Grupo Brasilia, 26 de outubro de 1989 assUntos l;:5:onômiCO$: ·
Empresarial ltamaraty para formaçãci de um Senhor Presidente, A Presidência recebeu a Mensagem n9
consórcio destinado a construir e operar uma 275, de 1989 (n9 727/89,_ na origem), de
ferrovia entre Santa Fé do Sul (SP) e Cúiabá; Nos termos regimentais, comunico a V. EX'"
2) cópia do proçesso levado ao Conselho que esta C9missão rejeitou o Projeto de Lei 31 de outubro, pela qual o Senhor Presi-
Deliberativo da Superintendência de Desen- do Senado n~ 230, de 1989, que "Revçga a dente da República, nos termos do art.
volvimento da Amazônia (Sudam) em Lei N9 7.770, de 1~ de junho de 1989", na 52,_ incisos V e VUI_._da_ Co_nstituiç_ã_o, __soli~
15-12-88 sugerirido ·a-ConCessão de um -fman-
reunião desta data. cita autorização para que _a República Fe-
ciamento de Cz$ 274.000.000.000 para cons- Na oportunidade renovo a V.~ meus pro- del-ativa do Brasil possa contratar opera-
trução da ferrovia; testas de elevada estima e consideração. ....,.... ção de crédito externo, no valor de até
Senador Od Sab-óia de Ouvalho. PresJdente. os_$ 47,000,000 (quarenta'e s_ete milhões
3) cópia de todo o processo licitat6rio para OF. N~ 83/89 _ CCJ de dólã.res americanos), Ou Seu equiva-
construção da ferrovia, cUJo" edital foi lançado Brasília, 26 de outubro de 1989 lente em outra moeda, junto ao Banco
em 17-2-_89, inclUSiVe do contrato final firma- Internacional de reconstrução -e-desenvol-
do em 12-5-89 e aditivos ulteriores. Senhor Presidente, vimento - Banco Mundial, para o frn
Sala das Sessões,- 4 de outubro de 1989. Nos termos regimentais, comunico a V. Ex' - qúe especifica. ---
-José !gnácio Ferreira. -- -que eSta comissão aprovou o Projeto de Lei
A matéria será despachada à comissão
o SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) _ do Senado n~ 142, de 1989, que "altera a .,.de assuntos e_conômlcos. (Pausa)
redação do art. 40 da Lei N~ 7.244, de 7 de
O requerimento lido vai ãO-exame da Mesa novembro de 1984", na reunião desta data. O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) -
Diretora. (Pausa) Na oportunidade renovo a V. Ex!' meus pro· Há oradores inscritos. --
Sobre a mesa, oficias que serão lidos pelo testes de elevada estima e .consideração. - Concedo_ a palavra ao nobre Senador Antô-
Sr. 19 Se_cretárfo: -- - Senador Qt;/ Sabóia de Carvalho, Presidente. nio Luit Maya.
São lidos os seguintes.
O SR. ANTÔNIO UIIZCMAYA (PDC-
O SR- PRESIDENTE (Nabor Júnior) -
Com referência ao expediente que acaba de TO, PronUncia o seguinte di_scurso. Sem revi-
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, sãci..do orador.)....., Sr. Presidente, Srs. Senado-
JUSTIÇA E CIDADANIA ser lido, a Presidência comunica ao Plenário
res, hoje pela manhã, ao receber o Jomal de
que, nos termos do art 91, §§ 39 a 69, do BrnsOia, ficamoS preocupados com a notícia
OF. N• 79/89 - CCJ Regimento [nterno, depois de publicada a de-
Brasllia, 26 de Outubro de 1989 do furo no Orçamento pai~-1990, que dêixa
cisão da Comissão no Diário do Congresso
atónito o Congresso- Na:ciCm~l.- -
Senhor Presidente, Nacional, Abrlr-se-á o prazo de 72 horas para
A notícia está exarada nos seguintes termos;
Nos termos regimentais, comunico a V. Ex' interposição de recurso, por um décimo da
que esta Comissão rejeitou o Projeto de Lei composição da casa, para que os Projetas de "O orÇamento dã crise. É assim que
do Senado n9 226, de 1989, que "ReguÍa aS Lei do Senado n9s 142, 135, 226, 230 e 2õ7, os pã.rlamentares estão çhamando 9_s no~
Coligações partidárias e o prazo de registro de 1989, sejam apreciados pelo Plenário. vos orçamentos federéÍis de 1990; que
de candidatos a Presidente e_ vice·Presidente Esgotado esse prazo sem a interposição de começaram a ser analiSados ontem pela
da República, nas eleições em segundo turno reCursos,_ o Projeto de Lei do Senado N~ 142, Comissão Mista do Congresso, enCarre-
e dá outras providências", na reunião desta de 1989, s_erá remetido à Câmara dos Deputa- gada do assunto. Atónitos, os par1amen-
data. dos, e os demais irão ao arquivo, por terem tares constataram, após_um primeirO exa-
Na oportunidade renovo a V. Br meus pro- sido rejeitados. (Pausa) me do Orçamento Fiscal e do Orçamento
testos de elevada estima e consideração. - Sobre a mesa, Oficio qUe será lido pelo Sr. da Seguridade Social, que praticamente
Senador Gd Sab6ii! de Carvalho, Presidente. - 19 Secretário. todo o dinheiro público no pr6ximb ano
OF. N• 80/89 - CCJ -:É lido O~~inte destina-se a pagar dívid<!, contraída pelo
Governo, nada menos que 60% dos re-
Brasília, 26 de outubro de 1989 .. OF. N• 175/89 - LPL cursos. O que sobra é para pagar pessoal
Brasl1ia, 31 de outubro de 1989 e realizar as trarisferénê:ias constitUcionaiS
Senhor Presidente,
Senhor Presidente," ___ _ para Estados e Municípios. Uma outra
Nos termos regimentais, comunico a V. Ex'
Tenho a hoilra de soliçitar a V. EX' seja indiM descoberta dos parlamentares: eles só
que esta Comissão rejeitou o Projeto de Lei
podem mexer em menos de 20% _dos
do Senado n~ 135, de 1989, que "Dispõe sobre cado para compor a Comissão Mista incum-
recursos orçamentários."
o regime Jurídico dos servidores civis da bida de examinar a Medida Provisóda n~ 97,
União, das autarquias, dos Territórios Federais de 24 de outubro de 1989, o Deputado Rubem Sr. Prestdente, essa nótida, realmente, del.Xa
e das fundações Públicas, previsto no art. 39 Brcinquinho, como titular, e o Deputado Milton atónito o CongressO Nacional. Estamos num.
da Constituição, e dá outras providências", na Reis, como suplente, retiflcando indicação an- ano de muita crise e o próxiino, pelo menos,
reunião desta data. terior. de acordo com a notícia à'Wi veiculada pelo
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAQONAL (Seção ll) Quinta-feira 2 6621

Joma/ _de BrasUia~ será de crise ainda maior, vides, o a~rte, que é muito oportuno, sobre:... dades estaduais, deixando de cumprir o papel
sobretudo para o sistema financeiro -do País, tudo porque responde a uma·solicitação, exa- que lhes é devido. V. EJcf fala da merenda esco-
com reflexos negativos no próximo Orçamen- tar'nente por parte do pessoal docente da. Uni- lar e eu aproveito .o seu pronunciamento, fa·
to da União. versidade, que precisa melhor se qualificar, zendo este breve aparte, a nm de informar
O que será deste País nQ próximo ano? Esta para cumprira SUa nobre missão de doc.entes. que estou apresentando, hoje, um projeto de
é a nossa preocupação maiof e estamos ven~ a nivel de terceirc;> grau. lei que trata não da merenda· escolar, mas
do os levantes de vários segmento_s da comu- $~ eJ;>Se programa, toma-se impossível de um assunto t&o importante quanto a m.e-.
nidade aqui, em Brasília. São os segrrientos que a Universidade progrida; sem esse progra- renda e~olar - a cesta básica. Corrio. estou
da educação, do trabalho, de diversos órgãos ma, é impossível que ·a pesquisa tenha anda- inscrito para falar, vou deixar para abordar este
·públicos que fazem reivindicações em termos mento no País. Caril esse prti_grama, há condi- assunto no momento oportuno.. Cumprimen-
salariais. ções de se preparar pesquisadores, pessoal to V. Ex' pela importância do .assunto; a dota-
O trabalho está paralisado na Capitã:l do docente para a formação de profiSSionais in- ção orçamentária da Educação que es.:tá cada
País .•AUniversidade de Brasília, 1.1ma d~s gran- dispensáveis ao proce,sso de desenv:olviroento vez mais minguada. Temos nesta.C:lsa Sena-
des_ _institUições de ensino do País, sofre os do nosso pr6prio País. · · dores ~ustres, como Jarbas Passarinho e João
reflexQS dessa crise. _]j_á pouco tempo a UnB Este apelo Veemente já foi feito desta tribu- céllmon, profundos. cOnhecedores da Educ.a-
paralisoU pó r mais de dois tneses, suas ativida- na, e agradecemos a.~ Ex' por lembrá-lo nesta ção, os quais, tenho certeza, também atende- .
des. E retomo~ a paralisá-las na semana pas- opOrtunidade. rão ao apelo que V. EX' está fazendo.
sada, reivindicando condições para c_umprir Um segundo apelo também foi feito pelo O SR. ANTÓNIO LWZ MAYA- Nobre
a sua mfssão no campo da educação. . pessoal da Eduçação, com referência à me- Senador Gomes Ca!Valho, agradecemos este
Sr. Presidente, o problema da crise ~ falta renda escolar. Parece-me gue os recl,lrsosdes- aparte ein que V. Ex' manifesta sua preocu-
de recurso sufiCiente para que a institWção tinados à merenda. escolar, no Orçamento pa-ção com o ·problema da Educação e com
possa cumprir sua missão: educar, formar os proposto para o próximo ano, são insuficien- o problema da carência das populações mais
recursos humanos de que tanto precisa a Na- tes, não irão sequer dar :atendimento aos pri- necessitadas, apresentando à Casa projeto de
ção brasileira. meiros fneses da escola•. SQbretudo a nível. lei referente exatemente à cesta básica. Isso
É exatamente em dma dfsSo,.Sr. Presidente, · de 1: ~rau, ensino funda.J!lental. Sem a me- é fundamental.
que pretendemos fazer um Pronunciamento, renda escolar, a escola pública não funciona.
a partir .exatamente desses dados iniciais: re- . O termómetro da freqüência da população O Sr. Jarbas Passarinho - Permite-me
cursos insuficientes para aquilo que constitui mais carente, dos alunos mais neceSsitados, V. & um aparte?
a prioridade número um neste País -educa- dos mais pobres é, sem d(Mda, a merenda
ção. Da educação haverá saúde para o povo. escolar. Com a merenda escolar funcionando O SR. ANTÓNIO LUIZ MAYA- Sinto-
Não é o contrário, não é povo sadio que é de acord.o com uma ·programação prévia, a me sumamente honrado com aparte de V.
povo educado: é povo educado que é povo escola pública terá freqüên<;:ia, a ·evasão será fx', nobre Senador Jarbas Passarinho. Gos~
sadio. mínima e o apotveitamente superior; se .não taria de concluir o pensamento·com referência
houver merenda escolar para o ensino funda- à oportunidade do aparte dado ao nobre Sena-
O Sr. Mauro Benevldes - Permite-se V. dor Gomes Carvalho, porquanto esses dois
EX' um aparte? mental da escola pública, esta poderá fechar
suas portas, porque não haverá quem queira assUntos se conjugam, são cogeminados. A
O SR. ANTÓNIO LWZ MAYA- Pois nela estudar, por falta de condições, sobretudo cesta básica atenderá ã ne<:essidade dos C?l.-
não. de manutenção própria, por parte das farnmas rehtes e à merenda escolar dos filhos desses
ma.ls necessitadas, dos alunos mais carentes. carentes. Estão tOtalmente relacionadas. O
O Sr. Mauro Benevides - Nobre Sena- aparte de V. EX', nobre Senador Gomes Carva~
dor, V. Ex!' traz, nesta tarde, assunto que real- Razão pela qual, nesta oportunidade, lembra- lho, vem, de algum modo, dar uma conotação
mente nos preocupa, nos angustia e nos faz mos este segundo apelo, porque estamos rea-
firmando de público, desta tribuna, pedindo de maior preocupação deste Congresso, desta
buscar uma solução, para contornar essas difi- Casa, para com um.· problema maior, que é
culdades de nature~a orçamentária. No pró- ao Congresso Preste bem atenção às dotações a situação dos mais carentes em termos de
prio instante em que v. E>r focaliza esre-tema, orçamentárias e destine recursos indispensá-
veis à Educação. -educação e em termos de saúde.
que já, tantas e seguidas vezes, com muito Muito obrigado, nobre Senador.
brilho e acuidade, o tem tratado da tribuna Pelo qye soubemos hoje, pela manhã, do
nobre Sehador João Calmon- não presente Ao nobre Senador Jarbas Passarinho;· senti-
desta Casa, eu me perri'litiria destacar, aqui, mo ..nos mais do que honrados, porque na
no <::J:ue se relaciona à educação, que tenho na Casa ·-, os recursos estão minguando a
cada ano. Ass.im os 18% do orçamento serão sua pessoa sempre tiveni.os um grande mes~
recebido de vários Estados d.a Fed~ração ape· tre, desde- os tempos em que S. & dirigiu
los para que se restabeleça .aquela dotaç.ão, em merior quantidade do que os já conce~
o- Ministério da Educação e nos tempos em
inexplicavelmente suprimida, destinada à Ca- didos no ano anteriOr. que estávamos lá a dirigir os destinos do Ensi-
pes. Não se tem noticia de qu~ qualquer provi- O Sr. Gomes Carvalho - Permite-me no de 1<? Grau da Se.cretária de Educação do
dência haja sido adotada até. este momento, .v. Ex' um aparte? "EStado dé ·aoiâs:"OUVimõS õ ·nobre Senador
na área do Parlamento, para que esses recur- Jarbas Passarinho com muito prazer. · ·
sos, que devem ser consignados à Capes e O SR. ANTONIO UIIZ MAYA- Com
que praticamente desapareceram no Orça- tOdo prazer e honra, nobre Senador Gomes O Sr. Jarbas pé!;SSarinho - O prazer e
mento, sejam afinal restabelecidos e garan- Carvalho. a honra são meus, nobre Senador, de vê-lo
tam, através ·da Capes, o aperfeiçoamento do chegar a esta Casa e ser fiel exatamente àqU~o
pessoal do ensino .superior. Portanto, apro- O Sr. Gomes Carvalho- Nobre Senador que tem sido o objetivo, eu não diria funda-
veito este aparte ao brilhante pronunciamento Ant6ni0 "LWi-MaYa, V. EX' traz a esta CaSa as- mental, mas Um 'dos objetivos fundamentais
de V. ~ para consignar, aqui, ·o meu apelo surito de. re.al.importáncia. Sou inconformado de V. Ex', da vida de V. E•, que é, Como educa-
às Uderanças partidárias, para a Comissão de com relação aos problemas da Educação.: La- dor. a educação brasileira Relativamente à ob-
Orçamento, e, numa ação conjugada com o nientaVélrilente a riOSSa ·constituição perdeu servação do Senador João Calmon, ela tem
Poder Executivo, com a Secretaria d.e Planeja- o rumo da História. Não m.e conformo com inteira p~ocedência, porque nós, na Consti-
ffiento, possamos garantir essas dotações·· ín- a·fa]ta de definição das responsabilidades dO tuinte, embora hé\ia quem discorde disso, tan~
dispensáveis à contimild.ade do programa enSinO de-f9grau, que, no meu entendimento, to que aprovou; porque eu não aprovei, nós
cgg~ado à Capes. dever"ia ser do município; o ensino de 2~ grau, na Constituinte, repito, demos 4 7%. de transfe-
do Estado; e o ensiilo de 3'' grau, que são rências de fundos. do [pl e do ICM para os
OSR.ANTÓNIOLP!ZMAYA-Agrade- as univeÍ"sidades, a partir da União. Na mo- E$,dos k Municípios e mais os 18% que de-
cemos a V. Ex', nobre Senador Mauro Bene- . mento oS Estados fazem incursões as universi- .- vem corresponder à Educaç~o. De maneira
6622 Quinta-feiái ·2 Novembro de 198!1

que há poucos dias, quando ouvi o Relator- · Gostaríamos de fazer uma reflexão em cima Ess~ -greve foi objeto de dois artigos esta
Geral do Orçamento, Deputado Eraldo Tmo- daquilo qu~ foi objeto de conversa informal semana, sobre os quaiS gostariamqs de fazer·
co, falar no "Bom-Dia, Brasil" que tudo o nã C"õmisSào de Educação. Dos recursos des- um pequeno comentário~ São de dois profes-
que vai restar ao Presidente da República serão tinados à l?:fucação, 80%, l1oje estariam sen- sores, com visão totalmente diversa uma da
dois bilhões - creio qoe eram dois bilhões, do destinados às universidades e ao ensino outra, da mesma universidade a Educ_8Ção co-
sei que era uma quantia insignificante -para de 3~ grau. A tendência do Relator é baixar mo_ prioridade, sobretudo as re.Mndicações
repartir, aí entra a observação que V. Ex!' fez; de 80% par_g~_~O%~ para b€rleficiar o ensino que os professores fazem.
porque 18% de trilhões é uma coisa, 18% fundamental, que é o de maior importância. E por falar em reivindicações, os jornais de
de bilhões é outra multo menor. Por outro Se· houver, contudo, esse _corte drástico no Brasma publicaram artigos diversos em suas
lado, ach'o que é um equívoco, inclusive de Orçamento, dos 80% destinados ao 39 o grau, edições de domingo sobre a situação vexatória
alguns Colegas, acharem que o Ministério da cerca de quarenta universidades federais terão em que se encontra atualmente a conceituada
Educação está completamente errado quan- que fechar suas portas. <JnB - Universidade de. Brasília.
do destina para o 3o grau a grande maioria Esta seria a conseqüência drástica. Será que Merecem·destaque especial os artigos de
das suas dotações orçamentárias. Há pouco, estamos em condições de fazer Um corte des- José d'Arronchela Lôbo, Professor de Comu-
o Senador Gomes Carvalho - que se tem sa natureza, com "conseqüências tão drástica nicação e \'ice-Presidente da Associação dos
firmado nesta Casa rapidamente não apenas e tão impi'evisíveis no campo da educação Docentes, e de L\lcio Castelo Branco, Profes--
como homem assíduo, mas também como superior? sor do Departamento de Sociologia, ambos
homem altamente preparado para desempe- da UnB, publiqtdos no Jomal de BrasDia, em
nhar a função de Senador, como está fazendo
O Sr. J.Jarbas Passarinho - V. ~ me
permite, "tobre Senador Antônio Luiz Maya? sua seção "Opinião".
- falava da municipalização do ensino, que o e
comunicador social taxativo quando
é uma tese, como V. ~sabe, discutível, polê- OSR.ANTÓNIOUIIZMAIA-Poisnão. afirma peremptoriamente:
'mica, mas que, realmente, predsamos levar
em consideração, porque o }9 grau quase O Sr. Jmbas Passarinho- Eu nãq faria "A Universidade de Brasilla está nova-
sempre foi do Município, o 29 gfau do Estado, essa reduçao para 50%. Já Machado de Assis mente em greve. Lamentável. Mas, sobre-
excepcionalmente, o 3o grau do Estado, como eSCieYeu que "'cad_a um_mata a pulga do seu tudo inevitável. Trata-se de questão de
São Pau] o que tem a maior universidade brasi- modo". No meu modo eu não faria a redução, sobrevivência. Econômica, sem dúvida,
leira, o Paraná que tem três universidades esta- porque o objetivo ~alcançar é, evidentemente, mas também da dignidade profiSSional
duais. mas o grosso da despesa do Ministério a ·universalização do ensino .de 1o grau. Se de quem dedica em média mais de 20
é realmente com o 3 9 grau e com o pós-gra- nós não fizermos tsso, nós vamoS ter sempre anos de sua vida à formação acadêmica,
duação. a -fOnte fornecedora dos analfabetos de ama- necessária ao desempenho da profissão.
As informações a que V. ~ se referiu ainda rlha: EindiScutivel. Mas para o Ministério, que e que persiste ao longo de toda a car-
há pouco, sem elas não teremos pesquisa pu- não tem nÓrmalmente responsabilidade com reira."
ra e não teremos, conseqüentemente, pesqui- o 1'? grau, a não ser no sal~rioMeducação, nos
sa aplicada. E a parte final do meu aparte, convênios que fazia, não sei se ainda conti~ A análise dos acontecimentos provenientes
que não quero seja longo para não nos privar nuam fazendo. da paralização anterior, que deram origem à
de ouvi-lo, como estamos ouvindo, com tanta greve deflagrada na semana passada, conclui
emoção, inclusive na voz, de V. EX'õ' ao defender com verberações ao Governo que oferece aos ·
. O SR. ANTÓNIO LUIZ MAYA- Até o
esse princípio, para não tomar mais longo o docentes e funcionários técrilco~administratf-.
ano passado fazia.
aparte, eu chamaria a atenção disso que se vos da UnB apenas 26% de reposição salarial,
caracterizou com o nome de meren~. escolar. O Sr. Jarbas Passarinho- Com os Mu- enquanto foi reconhecida pela· Justiça uma
Ficou com esse nome. Era Carrfpanha de nicipios, inclusive. reposição de cerca de 152% para os funcio-
Alimentação Escolar, mas ficou sempre como O SR. ANTÓNIO LWZ MAYA- Exato. nários do Banco do Brasi1 e da Caixa Econó--
Merenda Escolar. V. ~ tem inteira razão. Na mica Federal. O fato é considerado P-elo articu-
experiência que tive como Ministro, e, na oca- O Sr. Jarba~ Passarinho - Os Estados, lista como um verdadeiro acinte, uma inten-
sião, v. ~ era secretário de Estado, há de que eram obrigados pelo Presidente_ Castelo . ção deliberada de "Sucatear o ensino público
estar lembrado _de que, em: determinadas es- Bran-co, pela lei que ele deixou, a aplicar o e gratuito neste País, abrindo espaço para a
colar de primeiro grau, até nas férias mantí- mínimo de .3P% dos s_eus orçamentos exata- ampliação e expansão do ensino privado que
nhamos a merenda escolar, porque era a úni- mente Oe$Sé campo, era o campo de ensino perversamente restringe o acesso à Univer-
ca forma de dar uma alimentação por dia para de 1 o e 29 graus, o Ministério já tem o 2<? grau, sidade aos filhos de uma pequena elite de
aquelas Qessoas pobres, que não tinham pro- as escolas técnicas federais e_o Colégio Pedro privilegiados".
II, que é um sfmbolo, tanto que apareceu na Nós ter-""ramos esta conclusão e simplesmen-
vavelmente alimento na própria casa.
Se não tivermos isto como um reforço para Coristituição brasileira. Mas o 3 grau é a finali-
9
te çliriamos: faltam recursos à nossa Educa-'
ajudar a presença do estudante va escola au- dade fundamental do Ministério. Se n6s fize~ ção. A Educação. infelizmente, não está sendo
tomaticamente ele será desviado e vai acres- mos 50% por 50%, nós vamos ter 50% de tratada como prioritária. E ele levou para outro
centar o número já enorme das evasões que 18%, que corresponde ao total a ser alocado rumo, para turno diferente.
acontecem no J9 grau. ao Ministério da Edu~ção e, isso vai ser ridj-
cuiO para atender ás Universidades. "Sem falar nos incalculáveis prejuizos
O SR. ANTÓNIO LWZ MAYA- É ver- para o desenvolvimento da ciência e tec-
OSR.ANTÓNIOLWZMAYA-Agrade- dade. nologia autónoma do Pais, verdad.eiro ca~ ·
cemos a V. Ex', 'nobre Senador Jarbas Passa- so de Segurança Nacional, no bom senti-
É exataRlente dentro dessa perspectiva, no- do, advindes do fato que aos industriais
rinho, exhtamente_essaslembranças de fatos bre .:Senador Jarbas Passarinho. a nossa preo-
ocmridos no passado, que hoje nos servem de ensino não interessa investir em nada
cuPação. Exatamente com o ensino do 39 o que não proporcione lucros fáceis e ime-
de lição para que tomemos decisões para o
grau, porque estamos- vendo a universidade diatos."
futuro.
batendo-se por melhores condições de traba-
Realmente, corno V. Ex- lembrou bem, hoje lho. Quer dizer, mais recursos para que ela Entendemos, também, que esta lião- é a
há ur:na ansiedade das próprias crianças ca- possa desempenhar com dignidade o seu pa- conclusão. Estamos lendo, exatamente por-
rentes de que a merenda _escolar tenha conti- pel. que, em termos, não concordamos com essas
nuidade nO período das féria escolares, porque Não vemos como uma revolta contra a au- conclusões.
é sua única fonte segura de alimentação, pois toridade, vamos di!:er assim, por exemplo, a O Sr. Jarbas Passarinho -Seria justo
é dada pelo próprio -Poder Público. greve da Universidade de Brasília. -se V. Ex me permite dizer que, infelizmen~.
Novembro de 1989 DIÁRIO 00 CoNGRESSO NAOONAL (Seção II) Quinta-feira· 2 6623

os governantes não fazem da Educação, co- usurpação "democ-rática", como instru- O art. 2"', que trata da distribuição aos em-
rno da Saúde, pré-investimentos ou investi- mento hábil para o tráfico de influência pregados, diz que não terá_ natureza salarial,
mentos, e sim despesas. De maneira que, ___ política. A pr:iri..Cipal conseqüência desta não se incorporando à remuneração dos em-
quando se trata de despesa, automaticamente manifestação grotesca e de inJcmtilismo pregados para quaisquer efeitos, não constitu-
as prioridades podem oscilar ern favor de uma é.a destruição radical das singularidades ciQnal a remuneração_ para fms de cobrança
ou de outra. Construir uro ponte, talvez, dê próprias à InstituiÇão, as quais consistem, de contribuição previdenciária, não Integra a
resultados mais rápidos para certos goveman- justamente, nas noçõ~s de autonomia, li- ~eceita bruta da empresa para quais·quer fins,
tes, não é? - berdade de investigação e docência e no não_ çQnstitui rendimento tribu~rio para o be-
compromisso_ ético~ absoluto com_a Pus- ri.~ficiário, ainda constitui despeSa operacional
O SR- ANTÓNIO WIZ MAYA -Sem para efeltçl--de Imposto de Renda.
ca da Verdade."
dúvida algUma, resultados eleitorais, sobretu-
P~econiza airida este proje_tõ _4e -lei que O
do em ano de eleição. Veja bem V. Ex", SerJador ..}arbas Passarinho,
que o sociólogo fala de maneira: tão diversi- programa regulado por esta lei é comple-men-
O Sr. Jarbas Passarinho- E V. EX, co- ficada daquilo que conhecemos,. que é a lin~ tar ao instituído pela Lei n"' 6.321, de 14 de
mo educar, sabe que Piaget já dizia que o abril de 1976. ··
guagem própria da categoria, criticando, exa-
investimento em educação exige uma matu- Na justificação, Sr.Pi'eSidente, Srs, Senado-
tamente, o método utilizado~- que não seria
ração de, no mínimo, 14 anos. esse processo de definição, através de assem~ res, digo que um dos grandes problemas so-
O SR. ANTÓNIO LUIZ MAYA- É ver- bléias o _rnéto.do_ próprio para o diálogo com ciais-brasileiros é o relativo à deficiente a1imen-
dade. as autoridades para as reivindicações. tação das pessoas de baixa renda e de suas
famfiias.
O Sr. Jarbas Passarinho - Então, de Concluímos, Sr. Presidente, estas reflex.õiS.
~-- Quando S. Ex'" a Ministra do Trabalho, Doro-
modo geral, os dirigentes não se impressio-
Aqui e agora não é lugar para se fazer
uma avaliação criteriosa do que afirmam os
théa Wemeck, esteve nesta Casa, tive Oportu·
nam por esperar 14 anos para o efeito ou nidade de inquiri-la sobre o fato de aS empre-
o dividendo a que V. Ex" se referiu. eminentes mestres da UnB. Porém, um~ coisa
ê·:certa. A Educação padece uma crise das sas, em determinados anos, quando obtêm
O SR. ANTÓNIO LUIZ MAYA- Tem inaJs agudas .do País. N~o é prioridade na cio· boas receitas, pagarem o 14'~ ou 15'~ salário.
razão, hobre Senador. _ __ __ , na!. Como tal não é tratada a nível de governo. Todos sabem que isso não é_ feito, porque,
A greve é assim justificada,_ Sr. Pre_si9ente, Tanto que o orçamento não lhe oferece desta- se elas pagarem o 149 ou 15~ salário, no ano
como um instrumento de luta. que especial. Razão pela qual levantamos nos- seguinte este é incorporado ao salário. A 1egis~
Tudo bem, "um instrumento de luta" para sa voz desta tribuna para que sejam realmente Iação é perversa para o trabalhador.
melhores ,condições de trabalbo. ls,to ªçlmiti-_ destinados à ed1,.1cação-· os reç:ursos que lhte --E rdativam-Emte_ao Ministério do Trabalho?
mos perfeitamente. são assegurados pela Constituição. Enquanto f)âo se estuçla esta i::]ueStão, entendi
O segundo articulista entr@ por ·outra linha A aplicação critériosa desses recul'$os dará que a cesta bási~a seria uma fórmula de mini·
de pensamento: possibilidade à melhoria .do processo educa~ mizar o problema, até porqUe nas escolas, co-
, Lúcio Castelo Branco co_ntra-.:rtaca também dona! brasileiro, que abrange desde o ensino mo disse muito bem o nobre Senador Antônio
de: maneira peremptória, afirmando categori- de qUalidade, até a segurança- do magistério Lú.fz Ma:ya, a merenda escolar já cumpre o
camente: em termos de salários e de conQiçqes de tra- seu papel, embora com as deficiênciaS das
bo)b9. . .. v€rbas o.rçamentárias tão carentes neste mo-
"A consolidação- da UnB, como centro Donde, Sr. Presidente e Srs. Senadores, este meritõ. HaVeremõs, riuiri rriomeflto fnuito pró-
de excelência acadêmica e instituição au- nosso grito de alerta para os membros da xim"O, de fazer com que o or~amento da Edu~
tónoma exemplar, está comprometida cã.ção e seus afins sejam cumpridos integral-
Comissão Mista de Ors;amehto, que prestem
pela infiltração maciça de uma ideología bem atençáo _ao que estão fazendo, e que não mente, pois o país que _Se preza não ·pe~:;de
política sindlca1ista autolegitimada pela deneguem á EducaçãQ aquilo que lhe é devido de vista a Educação. -=- _ -_ --- -
decisão irracional da_s _a_ssembléias." Por isso;entendo, Sr. Presiderite e Srs. Sena-
por força constitucional. (Mu_ito bem. Palr;nas!)
Vejam, dois professores _da universidade dores, que este projeto complementa, e as
O ·SR- PRESIDENTE (Nabor Júnior) - empresas, por certo, não terão obrigatorieda-
com pensamento totalmente diversificados. Concedo a palavra ao nobre Senador Leite
Qm faz da luta o instrumento de trabalho para de:, mas terão o instrumento_ c_apaz de fazer
Otaves. com que os seus funcionários que percebam
reivindicar; o outro vê nisso .urna manife.stação
de ideologia. O SR. LEITE CHA J.fS PRONUNCIA -menos óu até três salários mínimos possam
DISCURSO QUE, ENTREGUE À REV/- complementar a receita d-a família com a cesta
O Sr. Jarbas Passarinho- O surpreen- &10 DO ORADOR, SERÁ PUBUCADO básica. ·
de.nte é que V. Ex' parece que disse que o POSTERIORMENTE. ... - Por isso, Sr. Presid"ente a SrS. -OSenadores,
segundo é sociólogo. já encaminhei à mesa, e está em andamento
Ó SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) -
OSR.ANTÓNIOLUIZMAYA-Ésoci6- Com:edo a palavra ao nobre Senador Gomes na. Câmara Alta do País, este projeto. (Multo
logo. Carvalho. bem!)
Durante o discurso de Sr. Gomes car-
O Sr. Jari>as Passarinho- O socióbgo, O SR. GOMES CARVALHO (PR. Pro· valho, o _Sr. Nabor Júnior, "SUplente. de
que devia s'er- como já disse aqui um Sena- nuncia o seguinte discurso:- Sem revisão do Secre.tádo, deixa a cadeira da presidência,
dor - marxista como todo sociólogo parece orador.) - Sr. Preside_nt_e:, Srs. Senadores es- que é ocupada pelo Sr. Antonio Luiz _
que não é. Exatamente o sociólogo está recla- tou apresentando, na data de hoje, um projeto Maya, Suplente de Secri:fádo.
mando da infiltração de uma Ideologia. de lei que- _dispõe sobre o programa de distri~
buição da cesta básica de alimentação ao tra- COMPARECB1 MAIS OS SRS. SENADO-
O SR. ANTÓNIO LUIZ MAYA- E ele
continua dizendo, criticando duramente o mé-
balhar. RES: Mário Maia -Áu~o Mello- Olavo Pires-
Como disse há pouco, em aparte ao ilustre -João _Menezes - Moisés Abrão - Carlos
todo utilizado na paralisação por parte dos Senador Antônio Luiz Maya, que tratou da me-
docentes: - ~ Patrocínio -Joã_o-CastclQ- Hugo Napoleão
renda escolar, devo dizer que este projeto tem -.Marcondes _Gadelha -:- Rc;'liniundo _Lyra·:....:._
"A transferência primária dos conflitos o melhor cunho social. Marco Ma.çiel ~Iram Saraiva- Maurício Co!'-
politico-sociais e dos intereSses classistas o art. 1'I deste projeto preconiza QUe as eTn- rêa ~ Márcio Lacerda -José F_ogaça.
para o âmbito da universidade nada mais presas poderão conceder aos seus emprega-
é do que um recurso sub~reptíco, porém, dos que percebem até três salários mínimos O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
de eficácia lnequivôCa. com o objetivo de u_mª--. cesta_ .básica de_ alir:nentação para seu -Terminado o temp-Õ destinado ao EXPe-
usar a instituição, mediante tátlcas de sustento e de sua.famíl{a. - diente.
6624 Quinta-feira 2 'oiARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção Ii) Novembro de 1989

6 11
PROJETO DE DECRETO LEGISIJ\TIVO PROJETO tlE-RE$0LUÇÃó
ORDEM DO DIA N• 30, DE I geg N' 51, DE 1989
A matéM~ constante do item 1 da pauta Votação, em turno único, do Projeto de De- Votação, em torno único, do Projeto de Re-
não será apreciada, nos termos da alínea ~ creto LegislatiVo nç 30, de 1989 (ilç 44/89, solução n~51, de 1989 (apresentado pela Co-
do art 175 do Regimento Interno. na Câmara dos Deputados), que aprova o tex- missão de Assuntos Económicos como con~
É o seguinte o item retirado: to do Acordo de Cooperação Econômica cele- clusão de seu Parecer n9 152, de 1989), que
Discussão, em turno (~nico, do Projeto brada entre o Govemo da República Fede- autoriza a PrefeitUra Municipal de Bonito, Esta-
de Decreto Legislativo n~ 36, de 1989 (n" rativa do Brasil e o Governo da República So- do de Pernambuco, a contratar operação de
112/89, na Câffiáfa dos Deputados), que cialista da TchPcoslováquia, em Brasilia, em a:édito nq_vaJor correspondente, em cruzados,
aprova o ata·que renova a concessão ou- 12 de méfío de 1988, tendo a 80.848,1_1 OTN, de julho de 19-87, junto
torfjada à Rádio Imperatriz Sociedade Lt- PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-- à Caixa Económica Federal, tendo
da., para explorar serviço de radiodifusão nário, nos termos de substitutivo que oferece, PARECER, sob ri? 277, de 1989, da· Co~
sonora em onda média, na cidade de Im- missão
7 _.de Assuntos Econômicos, favoráVel à
peratriz, EstadO- do Maranhão, tendo PROJETO DE LEI DO SENADO
PARECER PRELIMINAR, por pedido de emenda n~ 1, de plenário, nos termos de subs-
N• 22, DE 1989 titutivo que oferece.
diligência.
VOtaç~o. em turno único, do Projeto de Lei
O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya) 12
do Senado nç 22, de 1989, de autoria do Sena- PROJETO DE RESOLUÇÃO
-Não há número para deliberação. As maté- dor Jami1 Haddad, que dispõe sobre o trans-
, rias _em fase de votação ficam com sua apre-
N• 67, DE !!l"8g
porte de preso$ e dá outras providêndas, ten-
ciação adiada. do Votação, em turno único, do Projeto de Re~
São as seguintes as matérias com apre- PARECER, sob n• 97, de 1989, da Comissão solução n9 67, de 1989 (apresentado pela CO-
ciação adia.da: e
-de. Constitilição,Justíça Cidadania,. Pela missão de Assuntos Económicos como con-
constitucionalidade e juridicidade. clusão de seu Parecer n9 231, de 1989); que
autoriza a concessão de garantia da União aos
titulas que menciona, tendo
2 8 PARECER,sdb_n• 276, de 1989, da Co-
PROJETO !)E lEI DO DF PROoiETO DE LEI DO SENADO missão
N• 69, DE 198li N• 91, DE 1989 -de Assuntos Econômicos, favorável às
(Em Regime de Urgência, nos termos do
(COMPLEMENTAR) Emendas de n 95 1 a 3, de plenário, nos tennos
art. 336, c;. do Regimento Interno.) Votação, em turno único, do Projeto de Lei de substitutivo que oferece.
Votação~ em tumo único, do Projeto de Lei 'do Senado n9 91, de, 1989 (Complementar), 13
do DF n~ 69, de 1989, de iniciativa da Cõrr1is- de autoria do Senador João Menezes e outros REQUERIMENTO N• 566, DE !989
são do Distrito Federal, que autoriza. a desafe- Senhores Senadores, que estabelece, nos ter-
tação de domínio de bens de uso_ comum mos do § 9' do art 14 da Constituição, de
elo povo, dentro dos limites territoriais do Dis- 5 de _outubro de 1988, prazo para desinCOin- Votação, em turno único, do Requerimento
trito Federal, tendo patibilização de Ministros de Estado, tendo n9 566, de 1989, de autoria do Senador Dirceu
PARECER FAVORÁVEL, proferido em pie- PARECER, sob n9 139, de 1989, da Co~ Carneiro, soJicitandp, nos termos regimentais,
. nário. missão tenham tramitação conjunta os Projetes de
-de ConstftqíçJo,Justiça f! Cidadania, pela Lei do_Senado n9' 176, 178, 200, 211, 236
3 e 237, de 1989, dos Senadores Nelson C!U'-
PROJETO DER~OTIIÇÃO constitucionalidade e juridicidade, com voto
_vencido dos Senhores tfey Maranhão, Jutahy nelro, Jutahy Magalhães, Antônio Luiz: Maya,
N• 81, DE 1989 o
Fraiicisco -Rollef!lberg, Dirceu Carileiro e Jo~
Magalhães e Mansueto de Lavor.
Em Regime de Urgência, nos termos do 9. Fogaça", reSpectivamente, qUe dispõem sobre
art 336, C,. do Regimento lnterõO.) a política para o setor agropecuário.
Votação, em lumo único do Projeto de Re- PROJETO DE LEI DO DF
solução n~ 81, de 1989, que autoriza o GoVer~ fli' 63, DE 1989 14
PROPOSTA DÉ ÉMENDÀ
no do Estado do Ceãrá a emitirLetras Finan- Votação, em turno (mico, do Projeto de Lei À CONSmUIÇÃO N' l, DE 1989
ceiras do T escuro do Estado (LFfE - CE), ~ do DF n9 63, de 19"89, de iniciliti\ia da Comis-
em montante equivalente ao valor das são do Distrito Federa1, que autoriza a institui- Votação, em prime[ro turno, da proposta
2.839.913 Obrigações_do TesourO do Estado ção da Fundação Memoria1 Israel Pinheiro e de Emenda à Constituição nç 1, de 1989, de
' do Ce.ará (OTCE) que serão sUbSti-tUídas e dá outras providências, tendo autoria do Senador João Menezes e outros
extintas, tendo PARECER FAVORÁVEL, sob n• 247, de Senhcires Senadores~ que ait«Úa Os _prazo$-eS..
PARECER FAVORÂVEL, proferido em ple- 1989, da-Cciinissão_ tabelecidos no § 6 9 do art: 14, para-desincom-
nário. -- ·-do Distrito Federal patibilizaçào do Presidente da República, dos .
4 Governadores de Estado, do Distrito Federãl
10 . e dos Prefeitos, tf::ndo
PROJETO DE RESOLC!ÇÃO PROJÉTO DE RESOLUÇÃO N• I, DE 1989
PARECER, sob n•145, de 1989;
N• 82 DE 1989
. Votaçãp, em tumo único~ do Projeto de Re~ -da Comissão temporária, favorável ao
(Em Regime de Urgência, nos termos do solução n 9 1, de 1989, de iniciativa da Comfs- prosseguimento da tramitação da matéria,
art 336, c, do Regimento lnkmo) . são Dfretora, que a1tera a redação de dispo- com voto venCido dos Senadores ChagaS Ro-
Votaçáo, em turno único, do Projeto de Re- sitivos da Resolução nç 146, de 198Ó, alterada drigues e Mal,ln"cio Corrêa ..
solução n~ ~.de 1989, que autoriza Ogoverno pelas Resoluções n9 5 50, de_1981, de 360,
· do Estado do Rio de Janeiro a elevar, excep- de 1983 e dá outras providências, tendo
15
PROPOSTA DE EMENDA
cional e temporariamente, seu ~mite de endivi- PARECER, sob n" !59, de 1989, da Co-
damento, para 'emissão -dos títulos que men- À CONS'IlTUlÇÃO N• 2, DE 1989
missão. _ __ _ - -
,ciona1 tendo · -de_ Cof151iil!("çáo,justiça e Cidadania, pela Vot~ção, __~~ prime~~ tu~o, da pr~po$
1 PARECER FAVORÁVEL. proferido em ple- ç_o_nstitu_cJonalidade, juridicidade e, no mérito, ·de Emenda_à ConstituiÇão ilç 2, de 19.89, 'de
nário. favoráVel autoria do Senador Olavo Pires e outros Se-
DJÁRIO 0.0 CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Quinta-feira 2 6625
Novembro de 1989

nhores Senadores, que modifica o § 3• do Ante o exposto, acolhemos a matéria nos O SR~ MÁRIO MAIA (PDT - AC. Para
art. 4~ do Ato das Disposições Constitucionais term~ do seguinte: emitir parecer.) - Sr. Presidente, Srs. Sena-
Transitórias. - dores,
PROJETO DE RESOLUÇÃO Chega a esta Comissão, para análise, o Pro-
16 . N•84,DEI9S9 - .
jé"fõâe Decreto Legislativo n~ 31, de 1989 (Pro-
PROPOSTA DE EMENDA Autoriza o Governo do Estado do Piauf jeto de Decreto Legislativo n9 59-B, de 1989,
À CONSliTUIÇÃO N• 3; D~1989 a·contriiürr operaçáo de crédito externo na Câmara dos Deputados), que "âprova: o·
Votação, em primeiro turno, da proposta no valor de ilS$ 30.000.000.00, através texto de emendas à_ Convenção da Organi~
de Emerida à Coilstltuição n" 3, de 1989, àe de Convénio de Pagamento Recíprocos zação Internacional de Telecomunicações Ma-
autoria dQ_Senador Marco Maciel e outros Se- _BrasU!Argentina. - rítimas por Satélite -lnmarsat e ao seu Acor-
nhores Senadores, que acrescenta parágrafo O SefladO -Federal resolve: do Operacional, adotadas pela 4~ ASsembléia
ao art 159 e altera a redação'do inciso 11 do - Art. 1o ~ o Governo do Estado do Piauí, das Partes blmarsat, realizada em Londres, de
art 1~1 da Constituição Federal. nos termos do art. 52, inciso V, da Constituição -
14 a 16 de outubro de 1985": -
Federal, autorizado a contratar operação de O presente Projeto já obteve, J:Ja Câm_ara
crédito externo no valor deUS$ 30.000.000,00 dos Deputados, doutos pareceres: da Comis-
O SR. PRESIDENTE (António Luiz Maya)
São de Constituição e Justiça e Redação, pela
-ltem5: (trinta milhões de dólares norte-americanos)
Ofício n" S/12, de 1989 (n° 156/89, -na ori~­ junto a organismos financeiros argentinos, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica
através do Acordo de Pagamentos Recíprocos legislativa; da Comissão de Gência ~ T ecnO~
gem), relativQ à proposta para que seja autori- logia, Comunfcação e Informática, pela apro-
z8do o Governo do Estado do Piauí a contratar Brasii/Argentin<lr destinados a financiar a
operação de crédito junto a organismos finan- construção e equipagem de um pronto-so- vação; e da Comissão de Relaçõe~ Exteriores,
pela aprovação. Esteve, também, à disposição
corro na Capital e 5 unidades_ mistas de saúde
ceiros da República Argentina, no valor deUS$ dos Srs. Senadores, a partir do dia 6 de setem-
30,000,000.00 (trinta milhóes de dólares ame- no interior daqÜ.ele Estado. bro de 1989, ria Comissão de Relações Exte-
ricanos). (Dependendo de parecer.) Art. 2" Esta resolução entra em vigor na riores e Defesa Nacional- CRE; n.~fo recebeu
A matéria cohstou da Ordem do Dia da data de sua publicação. emendas, dentro do prazo regimental
sessão ordinária\ 'anterior, tendo sido retirada Art. 3~ Revogam-se as di$posições em Agora, cabe-nos oferecer aos nossos pares ·
da pauta nos termos do art. 175 alínea e do contrário. parecer conclusivo, que silva com sucedâneo
Regimento Interno. É o parecer, Sr. Presidente: hábil à sua elevada apreciação, de caráter ter-
Solicito ao nobre Sr: SE:-ilã"cfOr- Aiexandre minativo.
Costa o parecer da ComisSão de Assuntos O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
Econômicos. · ......;; O Parecer da Comissão de Assuntos_ Eco- t..Relatórlo
nómicos conclui pela apresentação de projeto Em conformidade com o disposto no art
OSR.ALEXANDRECOSTA(PFL-MA. de resolução que "autoriza o Governo do Esta- ·44, inciso I, da Carta CohstituCional de 1989;-
Para emitir pareCer.) - Sr. Presidente, Srs. do do Piauí a contratar operação de crédito substituído na Constituição Federal em vigor
Senadores, com o oficio S no 12/89 do Senhor externo no \'alar dé 30 milhões de dólares pelo art. 49, inciso I, o Excefentissimo Senhor
Governador do Estado do Piauí, nos termos americanos, através de Convênio· de Paga- Presidente da República encaminhou ao Con-
do art 52, inciso V da Constituição Federa1, mento RedjJiOCo BrasiVArgentina". gresso Nacional, através da Mensagem nç 57,
solicita autorização do Senado Federal para Completada a instrução da matéria, pas- de I987,_do Poder Executivo, o texto da Con-
contratar operação de crédito no valor deUS$ sa-se à discussão do projeto, em turno llD.ico. venção da Organização Internacional de Tele-
30.000.000,00, junto_ a organismos financei- Em discussão o projetei (Pausa.) comunicações Marítimas por Satélite - ln-
ros argentinOs, a~avés-do Convênio de Crédito Não havendo quem peça a palavra, encerro marsat e ao Acordo Operacional, a dotadas pe-
Recíproco Brasil/Argentina, destin~do a finan- a diSCUsSão. la 4• Assembléia das Partes lnmarsat, realizada
ciar a construção e equipagem de um pronto- A votação da matéria fica adiada, em virtude em Londres, de 14 a 16 de·outubro de 1985".
socorro na capital e 5 unidades mistas de saú- da falta de _quorum. Faz Sua ExcelênCia acompanhar sua Men-
de no interior daquele Estado. O SR. PRESIDENTE (António Luiz Maya) sagem de ExPosição de Motivos do Sr. Minis-
As condições financeiras da operação são -Item 17: tro de Estado das Relações Exteriores, que
aquelas definidas pelo acordo de pagamento destaca, por opOrtuno, o fato de que o docu-
recíproco Brasil/Argentina. PROJETO DE DECRETO LEGISLAllVO inento a ser apreciado por esta Comissão im-
O Gov:emador.foi autofizado, pe'la Lei Esta- .N• 31, DE 1989 . planta e executa o serviço móvel aeronáutico
dual n~ 4.218, de 19 de julho de 1988, a con- (Incluído em Ordem do nos termos do art. na rede do lnmarsat. Esta rede, crtada em
tratar a operação de crêdito, e, pelo Aviso no 376, e, do Regimento Interno) julho de 1979, surgiu para prOver as embar-
1.347/89, o Sr. Ministro da Secretaria de Plane- cações -com sjstemas de com411icação por
jamento e Coordenação da Presidência daRe- Discussão, em turno único, do Projeto de satélite. Desde as primejras discussões, pensa-
pública, reconheceu a prioridade do progra- Decreto Legislativo n~ 31, de 1989 (n" 59/89, va~se em ampliar o atendimento destes servi-
ma, assim como a capacidade de pagamento na Câni.ara dos Deputados), que aprova o tex- ·ços à's aeronaves, barateando os custos de
do Estado para honrar os seus compromissos. to__das emendas à ConVenção da Organ:ização implantação e dando condições maiores de
No mérito, o pleito se enquadra em casos Internacional de Telecomunicações f.'\~tlf!las rentabilidade à Organização, que administra
análogos que têm merecido.,F~ acolhida da Ca- por Satélite (lrimarsãt) e ao seu Acordo Opera- e regulamenta este serviço.
sa, até mesmo porque a operação em tela danai, adotadas pela Quarta Assembléia das São, ao todo, quinze emendas ao texto da
não envolve dispêndio físico de divisas, tem Partes Inmarsat, realizada em Londres, de 14 Convenção, e três no Acordo operacional, no
um longo alcance social e servirá para dar a 16 de outubro de 1985 (dePendendo de qual a única alteração é a inclusão da figura
eficácia à Política de Integração Econômica parecer). jurídica aeronave comO usuária do Sis~em.~
Latino-americana, através do incremento das Nos termos do art. 6" da Resolução n9 1, Inmarsat
relações c_omerdãls. de 1987, a Presidência designa o eminente Este o relatório. ,
i Opinamos pelo acolhúnento do pedido, seja Senador Mário Maia para emitir o parecer da 2. Voto do Relatorr
pela relevánci~ para o Estado do Ptauí e, princi- Comlssáo de Relações Exteriores e Defesa Na-
palmente, pela contribuição que o programa cional. Considerando, assim, que a atual Conven-
representa para as nossas relações interna- Solicito ao nobre Senador Mário Maia o pa- ção significa, inequivoCamente, um avançO,
danais, no contexto da integração latino-a- r-ecer_ da Comissão de Relações Exteriores e um aprimoramento aO transporte de passa-
mericana. Defesa Nacional. geiros e de carga
6626 · Qulnta-feià 2 DlÃRlO DO CONGRESSO NAdONAL"(Seção ll)

Considerando, também que as modifica- Constitui o Acordo em referência um instru- de V. Ex" o apoio no sentido de evitar o esvazia·
ções feitas não alteram substancialmente _o mento internacional de inegável importância mente da Previdência Social, o que trará enor#
Acordo, e que o presente texto está vazado que atende aos objetivos comuns de desenvol- mes prejuízos para os segurados. O ante-pro-
nos mais consagrados princípios do Direito vimento sociãl e económico, proporcionando, jeto nesse sentido já foi elaborado pelo Minis-
Intemadonal, certamente, benefícios mútuos para os dois tério do Planejamento e deverá ser entregue
Votamos pela aprovação dos textos de pafses signatários e cçmtribuindo, por con~ ao Ex.celentissimo Senhor Presidente da Re-
emendas à Convenção da OrgaflizaçãÕ Iõter~ qüêhcía, para a melhoria da qualidade de vida pública a fun de ser _remetido ao Congresso
nacional de Telecomunicaçôes Marítimas por de seus pares. Nacional. A primeira tentativa de transferência
Satélite - lnmarsat e ao seu Acordo Opera- ConSiderando os elementos objetivos coli-. do lapas para a Fazenda já foi rejeitada pelo
cioÍlal, adotadas pela 4~ Assembléia das Partes mados pelos Governos do Brasil e do Para- CongreSso Nacional no Início do ano! -~~!iím
lnmarsat, nos termos do presente Projeto_d'e guai, bem como a legitimidade dos meios pro- esperamos de V. Ex~ todo empeMO para que
Decreto Legislativo. postos para alcançá-los, !Jlanifestamo-nos pe- eSsa nova tentativa não venha a lograr exi:to.
É o parecer, sr. P're5idente. la aprovação do presente Acordo. João Luiz Ramalho de Oliveira
O SR. PRESIDENTE (Antônio l.uiz Maya)
É o parecer, Sr. Presidente. __ Presidente
- O parecer conclui favorélVelmente ao pro- Sr. Presidente, este_ é o texto do telex que
jeto. -·O SR. PReSIDENTE (Antônio Luiz /'1\a.ya) me foi transmitido por um dos mais desta-
Passa-se à discussão do projeto, em turno - O parecer conclui favoravelmente ao pl-o- cados líderes empresariais do meu Estado,
único. - jet()~ - o Dr. João Luiz Ramalho de Oliveira, que tem
Em discussãO. (Pausa.) Passa-se à discussão do projeto, em turno a reSponsabilidade de p-residir a F edefaçao
Não havendo quem peça a palavra, encerro Unrco.-u=:ausa.J -- do Coméiclo Atacadista do Ceará.
a discussão. _ Não havendo que peça a palavra, encerro Srs. Senadores, trazendo o fato ao conheci-
A votação da matéria fica adiada por falta a discussão. · ·· mento deste Plenário desejo conclamar os
dequorvm. · ---A votação da matéria fica adiaaa por falta meus Tiustres Pares no sent}do de que 9aran-
de quorum. tam a existência do fAPAS com a sua atual
O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya) competência, notadamente a de arrecadar e
-lteml8: O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya) fiscalizar as contribuições previdenciárias.
Discussão, em turno único, do_ Projeto de -Volta-se à lista de oradores. Se assim não ocorrer, haverá natwal deses-
Decreto Legislativo n 9 32, de 19-89 (61/89, na Concedo a palavra ao nobre Senador Mauro timulo entre os fiscals_do refertdo Órgão, todos
Câmara dos Deputados), que aprova o texto Benevides. admitidos por concurso público e com larga
do Acordo de Cooperação Técnica celebrado experiência na área.
O SR. MAORO BENEVIDES (PMDB -
entre o Governo da RepUblica Federativa do CE._Pronuncia o seguinte discurso. Sem revi- Fica, pois, o meu apelo aos colegas desta
Brasil e o Governo da República do Paraguai, são do orador,)- Sr. Presidente, Srs. Seilãdo- e da outra CaSa do Congresso, a fim de que
em 27 de outubro de 1987 (dependendo de res, já há algum tempo; cogita-se, no âmbito inadmitam as referidas modificações, preser-
parecer). do Governo Federal de transferir a compe- vando-se o lAPAS no contexto de sua atual
Solidto do nobre Senador Mauro Benevides tência de arrecadar e fiscal_izar as contribui. estrutwa, até aqui claramente definida, apesar
o parecer da Comissão de Relações Exteriores ç6e·s ptevidenciártas para o Ministério da Fã- das frustradas tentativas de subtrair-lhe miste-
e Defesa Nacional - - res de inquestionável relevância.
zenda, marginalizando-se em conseC:Jüência,
o lapas, até aqui com a responsabilidade de Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito
O SR. MAORO BENEVIOES (PMDB - cumprir esses ímportantes encargos. bem!)
CE. Para emitir parecer.) - Sr. PreSidente, No início do ano, quando o tema foi exausti- O SR. PRESIDENTE (Antonio Luiz Maya)
Srs. Senadores, esta Casa é Chamada, nos vamente debatido no Congresso, Senadores -Concedo a palavra ao nobre Senador José
termos do art. 49, inciso f, da Constituição e Deputados posicionaram-se contra essa al- F'ogaç:a. -
Federal, a pronunciar-se sobre o Projeto de tração;·-presetvãndo a referida autarquia da
Decreto Legislativo n~ 32, de 1989: que "apro- substimação a que seria relegada no contexto O SR. JOSÉ FOGAÇA (PMDB - RS.
va o texto do Acordo de Cooperação Técnica da administração da União. Pronuncia o segujnte discurso. Sem revisio
celebrado entre o Governõ-da República Fede- Sabe-se_ porém, que agora, a susbtituição do orador.}- Sr. Presidente, Srs. Senadores,
retiva do Brasil e o Governa· da República do do -~ap~~ pelo Ministério da Fazenda nessas leio, nos jornais, vejo', através da televisão, e
Paraguai, em ·27 de outubro de 1987", em atribuições~ voltaria a $er proposta à Câmara tenho ouvido tainbém no rádio, informações
Assunção. e ao Senado, embora Permaneça a resistência referentemente a tentativas de embargar ou
Trata-se de ato internacional que, como as- dos Parlamentares à pretendida inovação. impugnar a Candidatura-do Sr. Sílvio Santos.
sinala a Exposição de Motivos do Sr. Ministro O assunto, Sr. t'residente, começa a ser, Quero crer que esta é matéria de grande rele-
de Estado das Relações Exteriores, ··... visa mais uma_ vez, alvo_ da inquietação de setores vância neste momento político, porque, sein
a promover a cooperação técnica entre os dois empresariais incoriforn1ados com a transfe- dúvida alguma, a entrada do Sr. Sílvio Santos
países em áreas de interesse mútuo e que rência âa tarefa de arrecadação e fiscalização no embate, na disPuta eleitoral, altera o qua-
melhor atendem a seus objetivos de desenvol- do lapas para a Fazenda. dro, muda o cenário eleitoral em que se deba-
vimento económico e social... " · Sobre a controvertida questão, venho de re- tem os candidatos; a correlação de forças se
Esclarece a referida Exposição de MotivOs ceber do Dr. João Luiz Ramalho de Oliveira, altera profundamente. Portanto, não se trata
que "a cooperação ... poderá assumir as se- digno Presidente da Federação do Comércio de wna questão menor; trata-se, isto sim, de
guintes modalidades: intercêmbio de informa- Atacadista do Ceará, a seguinte mensagem, uma questão de grande relevância para o Di-
ções, aperfeiçoamento profissional, projetas do did: 30 de outubro. - reito, para a Constituição e para a Democracia.
conjuntos, intercâmbio de técnicas e consul- Exmo,.Sr. Repito que ressalvo as questões éticas da
tas, ou qualquer outra forma de cooperação Senador Carlos Mauro Cabral Benevides conduta, da iniciativa e _dessa manobra em-
que vier a ser acordada entre as Partes Contra- Senado -Fede·ral preendida pelo Sr. Sílvio Santos e pelos seUs
tantes ..." Brasma-DF áu1icos, por aqueles que o têm ~ri~nta_do e
Cabe salientar que o disposto no art. 2~ do TELEX DE 3D. .OUT~ 89. que prOcuram tiiar proveito dessa- situação.
projeto de decreto legislativo, que exige a apro- KFederação do Comércio Atacadista do Na verdade, Sr. Presidente, o conteúdo ético
vação, pelo C9ngresso Nacional, de quaisquer Ceará, preocupada com a intenção do Gover- desta candidatura é altamente duvidoso, é al-
atas ou ajustes que objetivem a implemen- no no sentido de passar para o Ministério da tamente questionável, porque não é uma can-
tação-do Acordo, está em plena consonância Fazenda a competência de arrecadar e fisca- didatura que se tenha submetido ao exame
com o art. 84, Vlll, da Constituição Federal. lizar. as contribui~s previdenciárias encarece critico, ao processo normal, natural, defensá-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Quinta-feira · 2 6627

vel, de participar do debate, do confronto de peito à filiação partidária. Nós, legisladores, mente, não se previu prazo para garantir a
idéias, da análise: ampla, abrangente de uma não ~stab~l_ecemqs_ até hoje -:- porque não filiação dos que viessem a postular a Chefia
proposta ou de um projetO que o Sr. Sílvio se ~Qto_u uma legislação mais clara este ano~ d1i Nação.
Santos apresente ao País. -- COt:flO hâO se fez ainda em relação àS éleições O SR. JOSE FOGAÇA - Exatamente.
Portanto, como se trata de uma manobra~ de )990-_ b prazo previsto_para a, filiação Este Congresso Nacional cumpriu o seu pa-
de uma trama, de algo que fica VisíVel hoje, partidária. V. ~L que neste momento está pel, que era o de dizer que tião é procedente
inegavelmente, se percebe que foi algo lon_ga- compulsando_ a legis1ação eleitoral e haverá a acusação de que o Senado Federal e a Câ-
mente preparado, adrede _urdldo para resultar de discutir, com muito mais clareza e profun- mara dos Deputados se tenham omitido em
nesta entrada abrupta e surpreendente, nós · didade_ esse tema, vai chegara à condusão relação a isso. Não! O Senado e a Câmara
a condenamos do ponto de vista étic<Y. - de que, com mais anterioridade, se exiQia de aprovaram, no art. ~9 do texto que" aqui foi
Creio que se trata de aJgo que desvaloriza, cada candidato a cargo- eletivo a fi!i~s:ão pelo gerado, aqui produzido, aqui apreciado, aqui
desmerece, desqualifica o ~onteúdo moral do espaço ç!e um ano. Uma legislé!ção posterior votado, que os candidatos deveriam estar filia-
processo democrático que_ estamos vivendo redmiu e..s.se prazo para seis meses e, neste dos a um partido político até o diâ 15 de mãio
nô Brasil, processo esse que é construtivo, exato momento, em razão de um veto aposto de 1989. No entanto, o arl 89 foi vetado pelo
enriquecedor, estimulante para o País. pelo Presidente da República à lei já votada, Senhor Presidente da República. Ora;-para-
Se temos estas_ críticas.Lse fazemo:> toda este ano pelo Congresso, ficamos sem delimi- derrubar o veto hoje sao necessários 248 votos
esta sanção ao Sr. Sí1vio_Sãntos poi'ter entrado tar, com PréCisão, o tempo obrigatório de filia~ na Câmara e 38- no Senado. POr que essa
em momento tardio e por ter caracterizado ção partidária pa:ra qua1quer postulante a car- derrubada do veto não foi possível, não se
todo este oportunismo pata-enlfar na disputa go, eletivo. Se V. Ex•, hoje a pretexto de comen- viabilizou politicamente? Porque a aprovaÇão
eleitoral, do ponto de vista legal, Sr. Presidente, tar a Candidatura do Sr. SilVío Saritos, vai-se da matéria já se deu no momento em que
pelo menos segundo informações que temos referir, lnapelavelmente, ao problema de filia- a disputa eleitoral se travava com maior ten-
segundo dados com os_ quais contamos, não ção partidária, já aproveito o_ seu pronuncia- são, com maior densidade, de modo que arre-
creio que haja ilegalidade na candidatura do mento para advertir o ConQressb de que esse gimentar as forças político-partidárias dentro
SílviO Santos, ou seja não é uma candidatura mesmo- rato Poàe Ocorrer erri 1990, já que do Congresso, em torno desta questão, já se
passiva de impugnação. até _o momento, não se regulou o instituto tornava difícil. E mats, as forças governtstas
O jogo democrático que estamos vivendo da -ruraç-ao' partidária o que terá que ser feito, com assento nesta Casa, mormente ou sabi-
no País é isto. É tão amplo, tao aberto, tão irTIPrOrroQ:aVelmente até o fim da peresente damente lideradas pelo Senador Marcondes
irre_strito, tão ilimitado, o grau de liberalidade Sessão Legislativa, tendo em vista o que dis- Gadelha, Líder do PFL, hoje Membro do PMB,
que, hoje, vigore no País, que; -indusive esse põe a-constituição em vifiOr. Eiltâo, ~s consi- pelo Senador Edison Lobão, vice-Uder do PFL
tipo de manobra, esse tipo de artificio, de sub- .derações qUe v....E?c' raz neste· i~staftte, em - não sei se hoje Membro de outro partido
terfúgio, de expediente, pode também ser usa- tomo da Constituição em tomo_ da çan.didatura, -, essas forças jâ se arregi!Jlentavam, já se
do e o juiz da qualidade ética de tal compor- deSíMO Santõs, me- córrií:)elem advertir a Casa mobilizavam pela não rejeição ao veto, ou seja,
tamento é o povo brasileiro, ou seja, o instru- da necessidade imperiOSa e inadiável de se para criar toda sorte de obstáculos a que se
mento do embargo, da impugnação - não processar agOra, até_l5 de dezembro, a elabo- formasse uma maioria absoluta capaz de der-
creio que deva ser usado neste momento, até i"ãção da lei que vaí disciplirlar as eleições de rubar o veto. De modo _que, na verdade, o
porque esse instrumento- pode ter um efeito 1990, porque, se· hãO ocorrer, Senadores e Congresso cumpriu o seu papel, mas o Presi- .
bumerangue pode voltar-se conta os seuspró- Governadores que disputam, portantO, cargo dente da República vetou~
prlos autores -, pode ter um efeito neg<:~tivo majoritáfio, POderãO Utilizar a mesma prerro- Com o veto, vigora o que está no Código
contra quem o impetre e um_ efeito positivo _ gativa de que va1e, agora, o homem de televi- Eleitoral, e o Código Eleitoral é omisso quanto
em favor do próprio candid;:~.to _Si. Sílvio San- são Sílvio Santõ~qJara postular o mais a1to à filiação. Daí por que é plenamente lega1,
tos ou Seflor Abra'lane_l, conforme consta do cargo da_ República, que é a sua Presidê~.cia. absolutamente defensável, do ponto de vista
seu registro_ públicO. , 0- SR. JOSE FOGAÇA - Obrigado a da Lei Eleitoral, a filiação do Sr. Sílvio SantoS
V. Ex~' nobre Senador Mauro Benevides. ao Partido Municipalista Brasileiro para con-
O Sr. Mauro Benevldes - Permite-me No caso das eleições de 1990, não se perde- correr ao cargo eletivó" de presidente da Repú-
V. Ex" um aparte? rá repetir o que estamos verificando, ou seja, blica.
O Sr. Chagas Rodrigues -Senador José
O SR. JOSÉ FOGAÇA- Pois não, nobre um candidato não poderá, às vésperas do plei-
to, 15 dias -antes, apresentar-se ao eleítorado Fogaça, permite-me V. ~um aparte? -
Sanador Mauro Benevidesl Eu ainda não en-
trei no exame legal da questão sobre a qual mediante: filiaÇão a qua1quer partido, uma vez O SR. JOSÉ FOGAÇA - Concedo o
me dediquei e me debrucei, hoje, pela manhã, que o Código Eleitoral vigente,<)"lâo derrogado aparte, nobre Senador Chagas Rodrigues.
para trazer um esclarecimento a este Plenário, pela nova Constituição, estabelece que, nas O Sr. Chagas Rodrigues- Queria apro-
a esta Casa, ao COngreSSO Nacional e à opi- eleições para governadores de Estado, Sena-
dores, Deputados federais, Deputados esta- veitar a oportunidade para falar sobre essa
nião publica brasileira, mas; como o tema é omissão. A explicação é que, antes, vivíamos
premente, palpitante, a opinião de V. Ex" para duais, prefeitos e vereadores, o prazo de filia- num regime de exceção...
mim é sempre demasiadamente importa.nte. ção é de 6 mes_es antes da data da eleição.
Gostãtia de ouví-lo. A exceçãõ, ljõbre Senador Mauro Benevides, O SR. JOSÉ FOGAÇA - Sem dúvida.
dá-se_exatamente-nõ que-tange à- eleição para A Presidência da República não-era um-cafgo
O Sr. Mauro Benevides- Nobre Sena-· Presidenta da República, sobre a qua1 Código ocupado por eleição direta. ·
dor, a presença de v. EX' nesta tribuna, fascina Eleitoral é .iQterirame-nte comisso, não estabe-
a todos nós, ainda mais quando o tema abOr- lece prazo de filiação; o prazo de filiação é O Sr. Chagas Rodrigues- ... e a niaioria,
dado ocupa os espaços justificadamente mais apenas de_ 3 dias, que é o prazo necessário que estava a serviço do Governo, querra faCi.:
generosos da grande imprensa brasileira - para que o Presidente do Diretórlo Municipal litar a indicação do candidato. O nome do
todos os jornais, hoje, destacam, com realçe ao_ qual se _filiou o pretendente coloque no general podia chegar até na última hora. O
o lançamento da candidatura do Sr. Silvio San~ quadro ou dê conhecinlento público da fllia- general não tinha frliaçãó partidária, o geneR
tos, ao mesmo tempo _em que, em outras colu- ção, para que ela possa, então, receber a im- raJ ...
nas, se referem à perspectiva de impugnações pugnação legalmente prevista.
do seu registro perante a Justiça Eleitoral. A O SR. JOSÉ FOCAÇA- Nem podecta
seqüência do raciocínio de v:-EJCI- -e pude O Sr. Mauro Benevides -E V. ~sabe ter, constitucionalmente_ e_s_tava impedido.
perceber, na armação das fras_es iniciaís, que a razão desse caráter emissivo do Código E1ei- O Sr. Chagas Rodrigues- Nem poderia
V. EX"-- chegará, fatalmente, a este ângulo da toral? Porque a eleição para presidente da Re- ter. Eiltão, tudo se fazía para que o indicadO,
_questão - é exatamente aquela que diz res- pública._'era por via indireta e, co':!seqüente- . sempre genera1,..
6628 Quinta-feira 2 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

O SR. JOSÉ FOGAÇA- A questão era O Sr. Mauro Benevldes - Muito obriga- O SR. JOSÉ FOGAÇA- Exato. É uma
saber quantas estrelas, não que fili~çâo teria do. A redproca é verdadeira e V. Ex!', não ape- disposição unilateral de vontade. Po'rtanto, não
nas da minha parte, mas de todos os Colegas, pode entrar no julgamento da Justiça ou de
O Sr. Chagas Rodrigues - ... pudesse obterá, tantas vezes queira-, õ aparte. As inter- quem quer que seja, s_e motivos menOres 'ou
ser aceito. Eminentes Coioii~is não. podiam venções de V. Ex' ilustram IJ)eus discursos. maiories, se_ motivos ,torpes ou elevados leva-
ser candidatos. Nenhum deles, inclusive um V. Ex" estâ guardando urna pOsição de exem- ram o Sr. Armando Corrêa, carididato à Presi-
ilustre Senador... Este, só porque se falou no plar coerência neste s_eu pronunciamento. dência pelo PMB, a renunciar. S. S• diz que
seu nome, foi ameaçado, porque tinha de ser Quando se pretendeu, aqui, a aprovação do renuncia em favor do País, em favor da Nação.
general~de~exército o Presidente da República. prOjetsJ originário da Câmàra, votadO -em -ãcOr~­
Então, a legislação era feita para que, à última
elo d.eJ.j__deranças, que poderia representar, na- O Sr. Mário Mala- Será?
hora, chegasse o nome do general, sem prazo quele momento a -obstaculização de uma can-
de filiação. O que surpreende, hoje, -é que exis-
didatura, não no seu registro formal, mas na
tam tantos políticos, inclusive Congressistas, sua viabilidade eleitoral, V. EN,· este Seilad6r
que ainda não se tenham libertado desse pre- O SR. JOSÉ FOGA(;:A - Ora, se esta
e-OutroS C"OteQas nesta Casa, nos POsicioria- é uma postura menor, podemos fazer o julga·
conceito, desses sentimentos e pensem que mos veementemente contra, entendendo que
continuamos num regime em que o candidato menta político, moral- e o faço tanto quanto
aquilo representava um casuísmo eleitoral. Pe- o faz V._ qr, Senàdõr Mário Maia-. mas não
à Presidência da República possa ser anun- la nossa tradiçáo de luta contra casuísmos
ciado na última hora. Entre esses polfticos está cabe aos juízes entrar no foro íntimo, na esfera
à época do período autoritário, tivemos tam:.. persona1íssimà do candidato, porque a renún-
o Senhor Presidente da República. Sua Exce- bém a coragem de nos insurgir contra aquela
lência, ao vetar artigo da Lei Eleitoral, demons- cia é um gesto, é um ato eminentemente unila-
modificação na lei eleitoral. Agora, em razão teral e subjetivo, e, portanto, não pode ser algo,
trou certo saudosismo do período de exceção,
da omissão do Conr;;~resso, a Justiça eleitoral não pode ser objeto de julgamento. Sob este
quando, na realidade, o verdadeiro regime de-
utilizou _o_ s_eu poder normativo, como foi, por ponto de vista, é importante ressaltar que a
mocrático é aberto, livre. Qualquer um pode
exemplo, o caso da f!Xélção da data da eleição substituição é uma prerrogativa da Comissão
ser candidato à Presidência da República, mas de Governador do_ Estado no próximo ano.
precisa sujeitar-se às crlticas e ao_s elogios de Ex_~cutiVa NacionaL Segundo sei, o PMB tem
Quanto ao prazo; de domicílio eleitoral, o Tri- uma Comissão Executiva provisória, porque
todos; nunca devendo aparecer à última hora. bunal Superior Eleitoral, utilizando sua prerro-
Pode ser legal, V. EX' examinou a legislação é um Partido ainda com registro não definitivo.
gativa normativa, !)estabeleceu prazo que en- Daí porque a substituição se dá também den-
-V. EX' é um dos homens mais inteligentes
dendeu como ajustáveis à realidade da legisla- tro da lei, segundo os jornais.
e mais cultos desta Casa - , mas, do meu
ção eleitoral brasileira. Veja-se~ por exemplo, Sr. Presidente, a única renúncia que não
ponto de vista, candidato que aparece à úJtima
que, em relação a domicílio eleitoral, o prazo pode gerar substituição, na atual legislação,
hora é candidato que não tem um verdadeiro
estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral é no segundo tumo.-N a desistência ou renún-
respeito aos princípios da democracia. Essas
foi apenas de 100 dias. Entáo, nobre Senador cia não permite a substituição do candidato
candidaturas são, a meu ver, antidemocráti-
José Fogaça, que-façamos a lei em relação por outro filiado ao mesmo partido, nem cabe
cas. ():__1990 ainda este ano. .I:: o que defendo, para prerrogativa à Comissão Executiva Provisória
O SR. JOSÉ FOGAÇA- Concordo pie' que não se pretenda modificar a Constituíção ou Permanente de fazer ou proceder à substi-
namente com V. Ext. Aliás, foi como iniciei, neste tocante, nem se vá surpreender candi- tuição. Se houver-renúncia no segundo tufl!o,
como introduzi o meu pronunciamento, fazen- datos ou partid_os com modificações em cima será chamado o terceiro mais votado ou o
do a mais' severa crítica à origem e à natureza da hora que são visivelmente inconstitucio- primeiro imediatamente inferior na listagem
dessa candidatura que, a meu ver, é de pro- nais. - eleitoral. Portanto, a renúncia no primeiro tur-
funda conteúdo antiético. ~ um j~o, é uma no cria a trarisferibilidade do direita, que no
manipulação, é uma forma de em~uste. Foi O Sr. Mário Maia - Pérmite-me V. ~ segundo turno não cria, não produz. Aqu~ o
uma fa'rsa, longa e astuciosamente monta._da, um aparte. nobre Senador José Fogaça? direito não é pessoal nem é transferível; o direi-
para se alcançar o efeito que está sendo obti- to no primeiro turno pode ser transferido a
d,o. Só temos urna arma para COrilbatê-Io, no- O SR. JOSÉ FOGAÇA-NobreSenador
outro candidato, uma vez que haja renúncia
bre Senadores Olagas Rodrigu__es e Mauro Be- Mauro_Benevides, no que __se _refere à eleição
que se cumpra essa exigência da lei, e a Co-
nevides - a arma da seriedade e da cons- para a Presidência da República, a questão missao Executiva proceda formalmente à
ciência popular. Não há outra arma_para com- do domicilio eleitoral evidentemente não coo- substituição.
bater o Sr. Sílvio Santos, e é eSte o fio. o cOn:. ta, rrias, relativamente à eleição de Governador Portanto, -quanto a esses aspectos, a candi-
teúdo, o veio do meu pronunciamento, e a de Estado, no próximo ano, esta questão terá datura Sílvio Santos está rigorosamente den-
onde quero chegar. Tentar embargá-lo nos que ser levada em consideração - e é da
tro da lei, embora questionemos, embora esta-
Tribunais por causa de questões subjetivas, maior importânci.t\ - , sob pena de haver aí,
beleçamos aqui as mais severas restrições a
não me parece o instrumento mais adequado tr~sferência de candidaturas de um Estado
esse tipo de comportamento político ---'- con·
neste momento. E como-disse, .isso pode ter para o_utro, sem se respeitar-passado, tradição,
denável, imoral, amoral, antiético, antidemo-
uma repercussão que venha até a favorecê-lo, c_onpromissos públic_os_assurnidos com o po·
crático -que vem sendo adotado por aqueles
que venha até a beneficiar, política e eleitoral· vo de determinada região. que urdiram, que produziram essa candida-
mente, o impugnado. Os impugnandos pode- Faço referência, aqui, ao § 39 do art. 11
tura de última hora.
rão ter gravíssimos prejuízos eleitorais com da atual Legislação Eleitoral, que diz:
isso. O Sr. Mário Maia- Permite-me V, Ex'
-~ "Em casos de morte, renúncia ou inde- um aparte?
O Sr. Mauro Benev:ldes - Nobre Sena- feri~nto de ~egistro de candidato, o par-
dor José Fogaça, V. Ex' guarda uma exemplar tido ou coligação deverá providenciar a- O SR. JOSÉ FOGAÇA- Antes de che-
coerência.... sua Substituição no-pra:zõ-'de até 10 (dez} gar ao momento, tão desejado por mim, de
dias, por decisão da maioria absoluta do conceder o aparte a V. Ex'?, gostaria apenas
O SR. JOSÉ FOGAÇA - Parece-me órgão executivo de direção nacional do de_ fazer referência àquilo que vem sendo tam·
que: agora, é o caso de enfrentá-lo nos debates partido a que ·pertenceu o substituído." bém levantado como re.strfção ou como mo-
e nas colocações abertas que a democracia tivo para a. impugnação da candidatura do
Há dois pontos importantes: a renúncia per- Sr. Sílvio Santos. A Lei Complementar rr' 5,
possibmta. mite a substituição do candidato e a renúncia
Tem--o aparte V. Ex' V. Ex' não precisa de 29 de abril de 1970, chamada Lei das lnele-
é um ato eminentemente subjetivo. g:tbilidades, no que tange à candidatura para
antecipar-se. Se V. EX' tiver comigo o respeito
que sempre tive com V. Ex!, tenha certeza de O Sr. Mauro Be~des- É uma dispo-· a Presidência da República, diz, no inciso II
que terá o aparte assim que o solicitar. sição uni1ateral de \!'Ontade. doartl~
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAGONAL (Seção ll) Quinta-feira 2 6629

"São inelegíveis para Presidente ou Vi- O SR. JOSÉ FOGAÇA - Inclusive os forma contundente, essa candidatura, produto
ce-Presidente da Repúbltca: objetivos podem ser completamente desvin- de uma trama, de uma tramóia, de um ardil,
culado~ ou alheios ao interesse específico dos de um jogo de in~resse_s escusas, que é a
d-os que tenham exercido, nos três trabalhadores, o que não toma_ a greve ilegal candidatura do Sr. Sílvio Santos.
meses anteriores ao pleito, cargo ou fun- nem a toma inconstitucional. f'{o entanto, o
O Sr. Mário Mala - Permite-me V. Ex"
ção de direção, administração ou repre- exercício deste direito plenO~ ilimitãdo, abso-
luto, tem uma limitação, e esta é a responsa- um aparte?
sentação em empresas c:oncesionárias
ou permissionárias de serviço púb)(co." hiTldade saciá! que nele está embutida. O gre- O SR. JOSÉ FÓGAÇA- Agora, eviden-
vismo, as atitudes inconseqüentes ou irres- temente, dou-nie ao prãzer e à honra de ouvir
ponsáveis acabam recebendo sanções da so- o aparte do nobre S,enador Mário Maia.
Aqui, evidentemente, se enquadram as ciedade, acabam recebendo a resposta ou a O Sr. Mário Mala- A honra é minha
emissoras de televisão do Sr. Sílvio Santos. reaçãQ d_a ~.oc!edade. De. modo que a _onda em aparteá-lo. Nobre Senador José Fogaça,-
Mas, segundo dados constantes dos jornais de grevismo que o País viu no ano de 1988 a análise que V.. EX' está fazendo, com toda
e ainda informações aqui trazidas pelos nos- foi arrefecida no ano de 1989 não porque hou- minúcia, e aqueles que procuram também
sos Colegas Senadores Edison Lobij.o e Mar- vesse prisão de sindicalistas, nã.o porque hou- obstacu1ar a caminhada do Sr. Sílvio Santos,
condes Gadelha, o Sr. Sílvio Santos não teria vesse intervenção de sindicatos, não parque procurando nos escaninhos da lei um impedi·
exercido nos últimos seis meses nenhuma ati- hOuvesse mudança esSencial na lei, mas tão- _ mento para que ele venha ser candidato, é
vidade diretiva, administrativa ou representa- soinente pOrqUê esSe tipo de comportam-ento como se estivessem proucrando tratar de 'um
tiva nas suas empresas, sendo apenas um inconseqüente gera uma- reâção social nega- paciente dando-lhe rémédio apenas para os
acionista majoritário, o que, portanto, elide a tiva. E não há greve vitoriosa sem o apoio sintomas, sem chegar ao diagnóstico da doen-
inelegibilidade. Na verdade, se não exerceu da sociedade. O coniportamento irresponsá- ça. E fazem-se, então, várias tentativas de_me-
função diretiva, administrativa ou representa- vel levava à derrota dos trabalhadores e à per- dicamento. Dá~se wn medicamento, um anti-
tiva, ele não.. se enquadra na Lei de (nelegibi- da das suas reivindicações. térmico, um antibiótiCo a, b ou c, sem se saber
lidades. AJ., entre os fatos e a lei, é preciso Eritão,- esta é a lição que emana da nova da doença, .e os germes vão criando resistên-
averiguar·ou verificar a procedência das infor- Cõnstitl.ilçâo brasileira: muita liberdade, mas cia, e o paciente definhando./
mações: se ele não tem um cargo de represen- que exige muita responsabilidade. Nesta liber-
tação em conselhos de administração, se ele dade .ilimitada que a nova Constituição asse-
exerceu ou assinou atas__ que caracterizem di- e
gura está embutida, natural inevitavelmente, O SR. JOSÉ FOGAÇA-As vezes toma
reção ou administração de empresa ao longo a necessidade de um comportamento respon- a doença mais resistentes.
desse período. É importante ressaltar que foi sável, para que ela não se esvazie, para que O Sr. Mário Mala- Eu trataria um poUco
reduzido de seis para três meses esse período o direito não se enfraqueça, para que ele pró- na análise mais profunda, para ver se se chega
de desincompatibilizaçáo das empresas con- prio não se veja combalido naquilo que ele a um diagnóstico sociológico, como falou V.
cessionárias de serviço público: assegura, naquiTo que ele garante aos traba- Ex", da fenômeno Sílvio Santos. Já tive ocasião
Portanto, Sr. Presidente, deste ponto de vis- lhadores. de falar .aQui, em. oportunidade anterior; sobre
ta, salvo se os fatos resultarem ou compro- Da mesma forma, Sr. Presidente, temos- o que está acontecendo como fenômeno, re- _
varem o contrário, o Sr. Sílvio Santos não se que, agora, enfrentar, nesta questão, eSte fato ferindo-me ao aparecimento da candidatura
enquadra na Lei de lnegilibilidades, o que tam- novo surgido no processo-eleitoral brasileiro Collor de Mello, e, àquela época, fiz referência
b~m comprova, demonstra que essa decisão - o fenômeno político da candidatura Sílvio também a SilVíO- santos. AnaTiso, de maneira
não foi tomada recentemente. Não é uma de-- Santos - com as mesmas armas, as armas un) pouco diferente, sem colOcar os elemen-
cisão que venha dos últimos di~s. Ela foi longa,. da responSabilida~ .;s armâS-da atitude con- tos que estão nõ-foco d~ diSclis5ao, Q Sr. Collor
astuciosa e espertamente montada, articulada, seqüente, as~._armas d(i pOstura política retilí- de Mello, e ainda agora o Sr. Silvio Santos,
para chegar a este momento; daí porque te- nea, no sentido de mostrar que, toda vez que como conseqüência, como efeito, não como
mos em relação a esse tipo de comportamen- este-País ehtregoU_o se~ _qesfino e o seu co- causa, coíiio se estivessem as causas neles
to político as mais duras, implacáveis e severas mando para quem não tinha um verdadeiro próprios, na sua võntade própria, na Sua mani~
restrições. _ . pr~j~_!!a~~onal, merg~hamos em 30_ anos fesi.ação, corrio--"Se eles fossem culpado ou
É um tipo de comportament.; que denigre de escuridão~ de incertezas. que comprome- respOnsáveis em ocupar, no cenário da Histó-
o nome do Brasil internacionalmente, ~ des- teram a vida de wna geração, da minha gera- ria do Brasil, neste momento político que atra-
qualifica o nosso processo democrático, tão ção. Os hómen~ e as·mulh.ere"s Qo me-u tempo vessamos, a posição que estão ocupando. São
árduo e penosamente construído. Infelizmente perderam, viram jogados no lixo da História eles meros elementos, atributos de um mo-
a democracia que construímos é assim, Sr. aqueles que poderiam ter sido, do ponto de mento. O fenômeri.o, eu diria <jue é muito mais
Presidente. Não sei se digo infelizmente ou vista 'da democracia, os mais belos e criativos profundo. Devemos rec.onheç:er que temos
felizmente, porque construímos um processo ano.s .da5-ri0ssc!s Vi~as:. FOr_am a·nos, foram atraVessado uma fase penosa, chamada tra-
de participação popular, de liberdade de com- mOmentos que perdemos, muitas vezes, na vessia; ap6s o processo de escuridão em que
portamento inaudito na história republicana; lUta da clandestinidade, na luta da organização vivemos, mais de vinte anos da ditadura, com
não tem precedentes na vida republicana bra- política obscura, nas sombras, lutando contra a dissolução dos partidos políticos, desembo- -
sileira um nlomento de tanta plenitude, de inimigos que não conhecíamos, para que, um camas numa travessia que se pensava estar
tanta densidade démocrática. Basta-nos re- dia, pudéssemos chegar ao estágio luminoso atravessando. o Am~zonas na sua parte mais
portar ao exercício do direito de greve. O direi- de vida democrática que vive o Brasil hoje. larga, no Solimões; depois verificamàs ·que
to de greve não tem paralelo, como é assegu- O pavb- brasileiro tem qUe Sabei- disso, que a travessia era ainda mais larga, como se fosse
rado no Brasil, em nenhuma outra Constitui- é muita a sua responsabilidade neste momen- o Mar Mediterrâneo; depois o Oceano Atlân·
ção do Mundo. Na Constituição da Ttália_há to, que é pteciso agir c-orrespondentemente tico~ e, agora, vemos que estamos atraves-
restrições; na C:on.Stituiçá.o _da França há limi- às exigências do momento, mas que essa res- sando Ocean_o maís largo, o Pacífico, ou talvez
tes; no Brasil não há limites algum. Os sindica- ponsabilidade flão -vai ser exercida com atas fazendo a cirCt.iriãvegi:tção do mundo, nunca
tos, as assembléias sindicais decidem quanto repressivos, com limitação do direito. Vai ser encontrando terra para aportar. Por quê? O
à oportunidade ao objetivo e sob que motivo exercida, isto sim, com o conteúdo de serie- fenômeno que ocorreu depois dessa carência
ou pretexto realizam a greve. dad.~. COI'!} gestos Conseqüentes e~com i!l ele- de liberdade que a ditadura nos ofereceu com
vação real, consistente, dos níveis de cosn- essa abertura, quapdo os políticos não tinham
O Sr. Mário Maia - Permite-me V. Ex"· ciência popular neste País. nem partido - o~ partidas foram dissol~dos
o aparte, para não ficar muito defasado da · É neste sentido, é nesta direção que enten- - e .começaram. alse reorganizar, procurando
sua Idéia? - demos deve Ser cOmbatiCia coin dtifeza, de partidos aqui e ali, e os partidos que ainda
6630 Quinta-feira 2 DIÁRIO pcn:oNGRESSO NAOONAL (Seção U) Novembro de !989

se sustentaram se foram enfraquecendo, se aprofundar-me, dar esta cOnotação socioló- lá e para cá, um Governo que era sistemati_-
esvaziando; fez com que -o grailde Partido pai gica ao racioçínio tão à luz do Código FJ.eitoral. camente corroído atravéss de uma intensa e
ou mãe, qye era_ o MDB, desse nascimento prog-ramada formação--de opinião, de- umã
a vários outros, como o PFL e os que ainda O SR. JOSÉ FOGAÇA - Sem dúvida. campanha para a formação de opinião.
hoje existem. De modo que vemos que a ma~ E V. Ex" justifica plenamente o longo aparte, Então, sUr9iu, de repente, um cidadão que
lha da formação dos partidos se está deterto~ com o conteúdo, c,om_ a riqueza dos argu- havia sido eleito Prefeítci de __São PauJo, em
rando, se desagregando. É preciso haver uma mentos, das colocaçõe_s que fez. Apenas dis- um ano eleito Governador e, no ano seguinte,
rearrumação da ideologia partidária para que cordaria da sua premissa. V. Ex' diz que tudo já era candidato à Presidência da República.
os partidos se componham, e isso demanda isso é produto de ?llgumas frustações do povo Uma carreira- assim- fulminantíssima; em
tempo, décadas, talvez séculos. O _grande_ mal brasileiro com fatos políticos recentes, no que 3 ou 4 anos saiu condição de um pouco co-
do golpe de 64 foi a disSolução dos-partidos eu concordo, mas diz que é produto _de mais nhedd_o professor de Ungua Portuguesa, de
políticos, não- dando oportuniâades à sua sedi- de vinte anos de ditadura, que retirou do povo um bairro de São Paulo, para a Presidência
mentação ideolôglca e programática. Então, brasileiro... da República. __
o que aconteceu? Com a manifestação dos E" ó que dizia O Sr. Jânio Quadros? Q Sr. ·
políticos, muitos de n6s, até obrigados a ceftzts O Sr. Mário Maia- Recentes e remotos.
J€mio Quadros _tinha apenaS um discurso: eu
incoerências ou incongruências de atitudes, O SR. JOSÉ FOGAÇÁ .:_. Exatamente. sou um homem desvinculado de partidos e
indo de um partido para outro, no afã de espe- Que _-re#rãu do povO. bi-asileiro um potencial de políticos; eu, J.ânio __ç.1uadros, nada tenho
ranças, fomos criando urna frustração no e~pí­ ou uma qualificação crítica. Tenho a impres- a ver com e~se CongreSli9 qúe· eStá aí, nada
rito do povo. E à revelia rnesrrlo da vontade são de que temos que ir wn pouco até mais tenho a ver com esses partidos que estão aí,
dos políttcos, o povo teve grãndes esperanças fundo, temos que entrar mais na base desta nada tenho a ver com esses políticos que estão
e grandes frustrações, e já as nornino aqui questão. NãO são apenas as ditaduras formais, aí. Eu s_ou o novo. Eu venho do nada e eu
iretas para Presidente da República; depois, visíveis, que devem ser, neste momento, julga- vou para tudo. Eu vou conduzir o povo ao
a frustração do Colégio Eleitora[; a Presidência das como fatores predominantes para esta fra· paraíso, sem partidos, se luta, sem organiza-
Tancr_edo Neves, com- a sua morte trágica; gilidade, hoje, da estn,~-tura_politica institucional ção política.
e a da Constituinte, pOrCiuê'O ·povo-penSava- do País.- Isto era o que dizia_o Sr._Jânio Quadros."
que ia ser uma panacéia, ia resolver todos É- uin pouca mais piOfundo. As ditaduras Quando há ditadura, nada se diz sobre os
os nossos problemas, _e até hoje a ConsUtUição são a ponta de um iceberg, mas, no fundo, políticos porque, aí, o exercfcio do poder oli-
ainda está sem suas leis complementares, pa- resulta de uma permanente disposição das gárquico se dá através da ditadura· militar e
ra o povo segui-las. Então, ~::riou-se um vazio classe~_.don'linantes de_ desmoralizar e enfra~ do poder formal que ela tem. Mas quando
no inconsciente coletivo. Este feriõinenõ é a quecer o Congresso Nacional. há democracia, aí tem-se que desmoralizar
manifestação inusitada de _um inconsciente Num país em que 'as estruturas políticas, os políticos, tem-se que enfraquecer os politi-
coletivo nacional. E, vejamos bem, quando os partidos e as lideranças são fr~gels, predo- cas, para que as oligarquias prevaleçam por-
se fez a abertura e começaram a falar nos minam as oligarquias, predominam os setores que onde há partidos fortes e organizados as
candidatos à Presidência da República lem- dominantes do poder ac:onômico. Num país oligarquias são reduzidas a zero. ..
bro-me bem, quando foi levado à midia dos em que há partidos fortes, organizados e con- Então, qual a arma que as oligarquias têm,
meios de comunicação, para encher esse va- sistentes, e onde o_ Coqgresso Nacional é forte que a classe dominante têm? E o enfraque-
zio, o primeiro nome que apareceU foi o _do e respeitado, as oligarquias são reduzidas à cimento no periodo democrático, não flO pe-
Sr. Fernando ColiOi' -de7{ieno. Esta é ã contra- sua insignificância. Num país em que o Con- riodo ditatOrial. Este jogo Só é feitO nos-pertO-
prova do meu argumento, da minha linh~ de gresso N"adon~ é sistematicamente deprecia- dos democráticos, como foi feito çontra Jus-
o sr.
raciocínio. Sílvio santos apareceu como do e desmoralízado, o importante sempre é celino Kubitschek e a classe poUtica em 1960,
o beneficiário ou c_omo -o projetar de uma saber a opinião do Sr. Antônio Ermínio de para produzir o Sr. Jânio Quadros, e como
aha percentagem, mais do que todos os no- Moraes, porque é muito mais importante_ do esta sendo feito agora, neste período demo-
1'1\es conhecidos na política nacional. Com O que O_ Congresso-Nãdonal. Num país em que crático, contra a classe política, para produzir
retraúnento dele depois, os meios de comuni- o Congresso Nacional é sistematicamente Fernando Collor ou para produzir Sílvio San-
cação, os interessados, a mídia e certos seta- desmoralizado por urna campanha dirigida tos.
, res desta, o substituíram pelo Sr. Femando nesta direção, o importante sempre é haver, Então, a minha discordância de V. Ex? é
Collor de Mello, que preencheu, como uma uma alternativa como o Sr. SllVio.Santôs: Tor-
110 plano desta premissa que V. ~ estabe-
luva, aquele vazio que estava ocorrendo, no na-se muito mais forte d() que" todos os parti- leceu: a de que as ditaduras acabam dUuindo
inconsciente coletivo. O povo estava querendo dos políticos em conjunto. a consciência popular em tomo da imp&áncia
wna _esperança, porque todos somos conhe~ Nobre Senador Mário Maya, veja como te- dos partidos políticos. Não! O que enfraquece
ddos e o povo não quer o conhecido. O povo nho rãzão nisto que digo e assevero neste os partidos, o que dilui a consciência popular
passou do racional para o emocional. Ele quer momento,_ como íst9 não é produto ap_enas é esta campanha que só se dá nos períodos
· o que emociona no momento~- porque todas das ditaduras formais que viveu este País, mas democráticos.
as esperanças anteriores foram frustadas. O é uma disPoSição permanente, deliberada, das
fenómeno _ocorreu do inconsciente coletivo classes dorrunantes. Eu não me leml:l_ro de ter visto uma campa-
com o Sr. Collor de Mello e está a repetir-se ·A candidatura do Sr. Jânio QuadroS,- ~m nha assim contr~ o Congresso e contra os
agora com o Sr. SílviO Santos porque, real- 19_6_0, - e antes dela não tinha havido ainda políticOs no penado da ditadura. Não preci-
mente, ele causou uma verdadeira celeuma, uma ditadura, a não ser a de 37 a 45, do_ sava. Os instrumentos de poder, de domina-
wna verdadeira confus_ão - e hoje os jornais EStado Novo, mas já cOm década e meia de çãO, de- exercido desse poder já estavam for-
estão dizendo-, porque são os políticos, tão superação, pelo menos no plano institucional malmente assegurados. Para que esse poder
'os empresários, são todas as classes represen- -.e~ candidatura surgiu após_um Governo se exercite hoje, para que o Sr. Mário Amato
ltativas da sociedade brasileira se manifestan- que hoje se reconhece tenha sido brilhante, seja mais importante do que o Senador Nelson,
do, a favor_ e contra. À pess. o~ do ~f· Sílvio como foi o dÕ Sr. JuScelinO Kubitschek. Esse Carneiro, Presidente do Congresso Nacional,
1Santos? Não. Como V. & bem disse, o fenô- reconhecimento que se tem· hoje da dimen- é preciso desmoralizar o CongresSIO Nacional,
meno Sílvio Santos aparece agora; Secunda- são, da visãO história, da premonição de J~s­ porque ai o Poder ,Económico, cunfigurado
riamente, para ocupar este vazio que está no celino Kubtschek, não se tinha na época. Os na figura do Sr. Mário Amato, é quem -decide
inconsdente coletivo. Não_ sabemos para onde jamais, os meios de comu_n~caçáo atacavam os de.stiitos do País.
vamos a partir desse momento, como já não duramente o Governo JK. Diziam que era um Então, isSo é um'a-piediSposiçSo permapen-"
.o sabíamos desde o momento anterior. Des- Governo Unofàl, perduJário, ·um Governo gas- te, programada, deliberada, isso é um projeto
cu1pe-me ter alongado o_aparte, mas eu queria _ tador, que vivia viajando dentro do Brasil, para 'das oligarqUias, da cl~sse dominante deste
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) QUinta-feira 2 6631

País, que é histórico, hue tem 400 anos. E é a liberdade de expressão, para fazer reagir riência comercial como camelô nas ruas cen-
toda vez que houver liberdade, toda vez que a consciência poJ1Ular, para mOstrar à opinião trais do Rio, Silvio foi para São Paulo, come-
houver democracia, esses instrumentos vão pública, aos eleitotes, à população, à socie- çando sua vida artística como locutor da Rádio
ser postos em prática, de modo a sempre re~ dade brasileira, que este tipo de jogo, que·esta Nacional" Começou modestamente, como
sultar nisso: desmoraliia-se os partidos, des- pqstura, esta articulação, esta manobra Sã() ele próprio diz, e hoje teJTl esse património
moraliza-se os políticos e produzem-se os Jâ- profundamente contrários aos int~resses' da estimado em 300 milhOeS de d6lares. V. ÇJcl'
nios Quadros, os F emandos Collor de Mena maio(ia, principalmente aos interesses dos do- sabe que muitas fortunas são feitas à sombra
e os Sílvios Santos; e quando não houver Jâ- minados, dos despossuídos, daqueles que da lei, muitas, entretanto, são conseguidas ile-
nio, quando não houver Collor, e quando não mais sofrem os rigores de uma crise ecõnõ- galmente. Espero que essa fortuna toda tenha
houver Sílvio, surgirão outros, serão produ- mlca como esta. As armas que temos são sido feita na forma da lei, e que o próspero
zidas outras figuras paralelas ou semelhantes. estas: combatê-lo nestE: nlvel_e neste plano. empresário, tenha sempre pago em dia os tri-
Assim, V. Ex" vai-me permitir que eu disCor- butos devidos. Leio aqui outra notícia: "Sílvio
O Sr. Chagas Rodrigues- Permite-me
de apenas dessa parte, dessa parcela do seu $Ç~ntos realizou um dos seus sonhos nos anos
V. EX um aparte? 80, ao conseguir do Presidente João F_!guei-
raciocínio: no que se refere à questão de que
a gênese desse estágio de inconsciência, ou O sR. JOSÉ FOGAÇA - Quero crer redo uma concessão para o seu canal de tele-
a gênese _desse inconsciente _coletlvo, estaria que haVerá esta mobilização. Quero crer ·até visão. "Veja V. EX: enquanto os democratas
na ditadwa militar que dominou este Pals ao que poderá articular-se um movimento pela do Brasil criticavam o Governo do Sr. Figuei~
longo de .duas décadas. Eu diria que_iss_o é seriedade, pela integridade, pela dignidade na- redo, que chegou à Presidência da República,
uma atitude permanente. cional, neste momento, a fim de combater antidemocrática, ditatorial, enquanto os jovens
a·fa!Céitrua, a farsa, o jogo Cênico, a teatralidade nas universidades eram tratados como sabe-
O Sr. Mário Maia- 56 para corrigir. Não perrnlciosa contida nessa canc1idatura que ora mos, o Sr. Silvio S~ntos, como um- esperto
há discordância no nosso penSamento. entra no processo eleitoral. empresário, conseguia do ditador um -canal
O SR. JOSÉ FOGAÇA - Na verdade, Estava encerrando, Sr. Presidente, mas fui de teleYisão. Isso demonstra que S. S! não
não é uma discordância, trata-se de raciocí- brindado com o pedido de aparte do nobre tem compromissos maiores Cum o regime
nios alternativos. Senador Chagas Rodrigues, a quem honrosa- democrático, e que não o defendeu, mas se
mente concedo a palavra. serviu da ditadura para aumentar o seu patri-
O Sr. Mário Maia -Pode haver diferença mónio. Nós_ sabemos_ que a legislação exige
no estilo de raciocínio, na apresentação das que_ todo candidato faça uma declaração de
palavras, mas concordamos, porpue essas oli- O Sr. Chagas Rodrigues - Nobre Sena-
dor José Fogaça, estou de plen·o acordo com seu bens. Eu, quando candidato ao Governo
garquias também se serviram do período dita-
essa tese ceni:ral de V.~ MaiS uma-vez-V, do Piauí, não somente fiZ a minha declaração
toriaL _como mandei registrá-la no Cartório de Títulos
Ex" merece nossas conQr"atUlações. Realmen-
O SR. JOSÉ FOGAÇA- Elas têm que te, para aqueles que sempre defenderam a e Documentos, para que todos a conheces-
se servir sempre: quando não têm as armas lei e a Constituição, não seria agor~ que essses sem a qualquer momento, através de certidão,
dos militares, elas têm a ruma da desmora- homens, entre os quais mode?tamente me e depois comparassem o meu património de
lização do Poder desarmado que é o' _Con- incluo, iriam concordar com algum movimen- ant~s com_o depois de haver exercido o gover-
gresso Nacional. to fora da lei, contra a Constituição, e aceitar no do Estado. Agora, os adversáriOs do _Sr.
O Sr. Mário Maia-Na época da ditadura, uma iniciativa, fruto do oportunismo, para im- Sílvio Santos, eu_iria mais longe, os seus inimi-
não necessitavam, porque a voz dos políticos pugnar a candidatura de qualquer cidadão_ gos certamente tomarão conheciemnto dessa
estava abafada Estou de pleno acordo com brasileiro. Todo aquele que atender aos requi- declaração de bens. A própria Fazenda terá
V. ~. também, que são as oligarquias que sitoS legais e constitucionais poderá ser candi- uma oportunidade extraordinária para saber
se servem desses períodos de força para os dato à Presidência da República, e poderá ser se esse património fabuloso foi feito rigorosa-
seus objetivos, ·e criam, através dos meios de deáotado no campo limpo da competição. mente dentro da lei.
comunlcação, essa disposição do inconscien- E.U mesmo não tomarei, e em nenhuma hipóR
te coletivo. tese tomaria, qualquer iniciativa para impug- Concordo, pois, com V. Ex"; como demo-
nar a candidatura de qualquer cidadão. O pro- crata e legalista, entendo que nenhum cida-
O SR. JOSÉ FOGAÇA- Até nemcon- blema é saber se os 'fatos, se as atividades dão, seja quem for, deve ter, por questões
deno os jornais ou os meioS de comunicação; desse ou daquele cida_dão _estão_ protegidos político-partidárias, sua candidatura impugna·
,eles são apem.as o instrumentá, eles são ape- pela lei, se ele, agindo, qualquer cidadão, des- da. Mas todo aquele que não satisfizer os requi-
nas os porta-vozes dessa fQ[mação de concei- sa ou dáqUela maneira, infringiu ou não os sitos legais não poderia ser registrado pela
tos, que resulta de uma vontade da classe dispositivos legais. É uma questão de fato, Justiça. M estão os fatos. Que sejam eles exa-
dominante no nosso País, dos grandes empre- e os fatos devem ser examinados à luz do minados. Mas, como se diz, se S. S' afeildeti
sários, dos latifundiário_s, do capital financeiro, Direito. Veja_ V. EX-': estou aqui com o Correio rigorosamente às exigências legais, não há co-
do capital monoplístico internacional aqui ins- BrazJJifm_ge de ..boje -_e aproveito a oportu· mo impedir o registro da sua candidatura. Te-
talado. Não tenho dúvida sobre isto, e talVez nidade porque V. Ex" está fazendo um discurso remos, sim, que, democraticamente, comba-
neste ponto nós convergimos. histórico. esse discurso ficará nos Anais e será tê-la, e nós continuaremos a nossa-luta. V.
Sr. Presidente, para encerrar, resumindo ob- devidamente examinado, não só hoje, como EX apoiando um nobre e honrado candidato
,jetivo do nosso pronunaiarriento, segundo as pelos nossos historiadores. amanhã - esse - e eu também apoiando o meu candidato
informações que temos, segundo os dados jornal, no caderno destinado à eleição 89, diz -; que é o nosso nobre colega, o ilustre Sena-
que colhembs nos jornais e ç depoimento dos o seguinte, referindo-se ao Sr. Silvio Santos: dor Mário Covas. Não temos receio de enfren-
Senadores Edison Lobão e Marcondes Gade- "Dono de um património estimado em 300 tar o Sr. SílVio Santos, AqUeles cO-mo V. ~.
lha, em relação às condições nàs quais o Sr. milh!)es de dólares ... " Eu nunca fui empre- como nós todos, que enfrentamos a ditadura,
Silvio Santos exerce as suas :atividades dentro sário, nunca tive nenhuma atividade empre- o :casúlSITlo ditatorial, por que agora iríamos
da empresa da qual ele é o'· acionista majori- sarial, fui Procurador da f.azenda Nacional, temer a luta e deixar de enfrentar nas urnas
tário, não vemos, na legislação em vigor e mediante concurso prestado no Rio de Janeiro um empresáricu::J:ue se apresenta como candi-
na ConstitUição da República, elementos para mas, realmente, num País como o nosso, re- dato à Presidência da República? Ess_e candi-
impugnar a candidatura S~vio Santos. S6 há conheço que se trata de um fato raro. O candi· dato nunca se preocupou em exercer qualquer
um modo de impedir que o :Sr. Sílvio Santos dato, portanto, como se diz, é um próspero atividade política; ao contrário, preocupou:.se
possa obter sucesso eleitoral, que não vejo e vitorioso empresário. Leio mais. abaixo - a vida toda em ganhar dinheiro. Hoje, S. Sf
como possível: é utnizando as armas democrá- a notícia vem justamente de São Paulo - possuf uma das maiores fortunas do Brasil,
ticas, as armas que a democracia nos dá, que sobre o novo candidato: "Depois de sua expe- 300 milhões de dólares, e soube, com os pro-
6632 Quinta-feira 2 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro de 1989

cessas a s_eu alcance, cavar, nos tempos da (Durante o discurso do Sr:José Fogaça; celras dO-TesOUro do -Estado (LfTE-CE), erri
ditadura, uma concessã.ozjnha de canal de te~ o Sr. António Luíz Jl1aya, Suplente de Se- - montante equivalente ao valor das 2.839.913
levisão. Vamos à frente, vamos à lUta. creMrlo, deixa a cadeira da presidência, Obrigações do T escuro do Estcido do Ceará
que é ocupada pelo Sr. Nelson Carneiro, (OTCE) Que serão substituídas e exti"nias, ten-
Presidente.) do __ ___ _ _
O SR. JOSÉ FOGAÇA -Sem dúvida PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-
nenhuma, Sr. Presidente, a intervenção do no- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) -
nádo.
bre Senador Chagas Rodrigues traz uma c_on- Na presente sessão te"rmlnou o prazo para a
tribuição riquíssima e propícia ao que estáva- apresentação de emendas ao ProjetC)_ de ~ei -4-
mos aqui dizendo. S. Ex" avança, dá um passo do Senado n" 13, de 1988-DF, que-aprOva PROJETO DE RESOLUÇÃO
a alteração- da denominação do Banco de Bra-
à frente e começa a questionar a natureza N• 82, DE 1989
SI1ia SIA-BRB, dispõe sobre sua particip3ção (Em regime de urgência, nos termos do art.
e a origem dessa imensa fortuna.
No entanto, nobre Senador Chagas Rodri- no capital de empresas, e dá outras provi-
dências. 336, c, do Regimento Interno)
gues, parece_ que a ideologia que predomina
neste País e que passa, por decantação, para Ao projeto não foram ofeieddas emendas.
A matéria será incluída em ordem do dia, Votação, em turno único, do Projeto de Re-
todos os setores sociais ~ mas, no fundo s_olução no 82, de 1987, que autoriza o Gover-
e na verdade, há uma ideologia também dos oportunamente.
no do Estado do Rio de Janeiro a elevar, ex-
setores mais poderosos_-, é a de que, quando O SR. PRESIDENTE (Nelson Camei.ro) cepcional e temporariamente, seu limite e en-
um funcionário público, alguém que presta - Não há mais oradores inscritos. dividamento, -para emissão dos títulos que
serviços ao Estado e ao povo, recebe um bom Nada mais havendo a tratar, vou encerrar menciona,_ tendo
salário, isto é sujo e imoral, mas quando al- a
os trabalhos, designandO para sessão ordi- PARECER FAVORÁVEL, proferido em.ple-
guém enriquece do dia para a noite, formando nária de sexta-fetra, às 9 horas, a seguinte nário.
wna fortuna incalculável de _300 milhões de
dólares. isto é dignificante. -5-
Esta é a ideolOgia do nosso capitalisino; ·- ORDEM DO DIA
essa é a ideologia perversa, podre e selvagem Em regime de urgência, nos termos do art.
do nosso sistema. S_e alguém é servidor públi- 336, c, do Regimento Interno)
co· e recebe um bom salário, ele é_execrado -l- Votaç_ão, em turno único, do Projeto de Re-
pela opinião pública. No entanto, se fez a sua solução n? 84,_ de 1989, que autoriza o Gover-
fortuna à base de uma série de expedientes, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO no do Estado do Piauí a contratar operação
de subterfúgios e jogos de favores, como foi N• 36, DE 1989 de crédito externo no valor de OS$
o caso do Sr. Sílvio Santos, sabidamente favo- (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do 3_0,000,000.00 (trin-ta rriilfiOes de dóiare5-an1-e-
recido pelo governo militar do General F'r.guei- art 353, parágrafo único, do Regimento Inter- ricanos), através do convênio de pagamento
redo, ao receber uma concessão que o tornou no) recíproco Brasil/Argentina, tendo
mais rico, mais poderoso, o que custa isso Discussão, em turno único, do Projeto de PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-
do ponto de vista moral, do ponto de vista Decreto Legislativo nç_36, de 1989 (n91l2/89, nário.
da concessão, da sujeição política do Sr. Silvio na Câmara dos Deputados), que aprova o ato
Santos ao Governo Figuelredo? O quê Custou -6-
que renova: a concesSão outorgada à Rádio
isso? Pois isso é considerado algo absoluta- Jmperatriz Sociedade; Ltda., para explbrar ser~ Votação, em turno único, do Projeto de De~
mente liso e inatacável. A ideologia dominante viço de radiodifusão sonora em onda média, creto Legislativo n-" 30,- de 1989- (n9 44/89,
defende isso, porque esse tipo de cotsa está na Cidade de Imperatriz, Estado do Maranhão, na Câmara dos Deputados), que_ aprova o ~ex·
na sua natureza, está na própria essência do tendo to do Acordo de Cooperação Econômica cele-
regime que vivemos. Enriquecer, ·não importa PARECER PREUMINAR, por pedido de dili- br.ida entre o Governo da República Fede-
como, faz parte do jogo do sistema. Ser um gência rativa do Brasil e o Governo da República So-
profissional bem pago no serviço público é cialista da Tchecoslováquia, em Brasília, 12
sujo e imoral. Essa é a ideologia do sistema. -2- de maio de 19_88, tendo -
E. como disse V. Ex", talvez agora swja uma PROJETO DE LE1 DO DF PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-
oportunidade para c_omerçarmos a questionar N• 69, DE 1989 nário, nos termos de substituti•/o que oferece.
essas ·grandes fortunas, todas elas montadas (Em regime de urgência, nos termos do art. -7-
à sombra do regime militar; talvez esteja aí 336,
a oportunidade. c, do Regimento Interno) Votação, em turno único, do-Projeto de De-
Mas não deixa de ser estranho, Sr. Presi- creto Legislativo no 31, de 1989 (n9 59/89,
dente, do ponto de vista, inclusive, da imagem Votação em turno único, do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados), que aprova o tex-
internacional. da imagem externa do nosso do DF n9 69, de 1989, de iníciativa da Comis- to das emendas à Convenção da Organização
País, esse fato, esse fenômeno que está ocor- são ·do Distrito Federal, que autoriza a desafe- Internacional de Telecomunicações Marítimas
rendo com a entrada do Sr. Sílvio Santos no tação de domínio de bens de uso comum por Satélite ((nmarsat) e ao acordo operacio-
processo eleitoral. do povo, dentro dos limites territoriais do Dis- . nal, a dotadas pela Quarta Assembléia das Par-
trito Federal, fendo - - --- tes Inmarsat. realizada em Londres, de 14 a
Não sei o que dirão os outros povos com
relação ao Brasil. Temos a nossa democracia, PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple- 16 de outubro de 1985, tendo
ela tem características sui generls, e é uma nário. -PARECER FAVORÁVEL, proferido--em ple-
democracia que construímos e defendemoS. -3- nário.
Quero crer que muita gente estranharia se
o Sr, George Bush e o Sr. Dukakis, em meio PROJETO DE RESOLUÇÃO -8-
à campanha, nos dias finais de campanha, N• 81, DE 1989 Votação, eri1 turno único, do Projeto de De-_
(Em regime de urgência, nos termos do crêto Legislativo no 32, de 1989.(n~ 61189,
vissem de repente um partido desçpnhecido
lançar o Sr. Frank Sinatra à Presidência da art. 336, na Câmara dos Deputados), que aprova o •ex~
República. Tênho certeza de que isso causaria c, do Regimento Interno) to do Acordo de Co_operação Técnica ceie:
espanto e estranheza na sociedade americana· Votação em turno único,- do Projeto de Re- brado entre o Governo da República Fede-
e no Mundo inteiro. Pois é o_-que está aconte- e
solução n~ 81, de 1989, que aUtori~<iO Gover~ _ rativa do Brasil o Governo da República do
cendo no Brasil. (Muito bem!) no do Estado do Ceará a emitir Letras Auln- Pãraguai, em 27 de outubro de 1987, tendo
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Quinta-feira 2 6633

PARECER FAVORÁVEL. proferido em ple- missão de Assuntos Econômicos como con- "Convenção sobre Pronta_l:'lotificação de Aci-
nário. clusão de seu Parecer n9 231, de 1989), -que dente Nuclear" e da "Convenção sóbre Assis-
autoriza a concessão de garantia da União aos tência no Caso de Acidente Nuclear ou Emer-
-9- títulos C)ue menciona, tendo - gência Radiológica", aprovadas durante a ses-
Votação, em turno único, do Projeto de Lei PARECER sob n9 276, de 19~, da Comts- - são eSpecial da Conferência Geral da Agência
do Senado n" 22, de 1989 de autoria do Sena- são ____ _ lntefDáéii:;matde En-eigia Atómlc_a, em Viena,
dor Jamil Haddad, que_ dispõe sobre o trans- - _de Assuntos Econ6mk:os, favorável às de 24 a 27 de setembro de 1986. · ·
porte de presos e dá outras providências, ten- Eriiénaas de nçs 1 a 3, de Plenário, nos termoS -21-
do _ ___ de substitutivo que oferece.
PARECER, sob n~ 97, de 1989, da Coi-rlrs- biscusSão, em turnO único, da r~ão final
~15-
são. (oferecida pela COmrSSâo Diretora em -seu Pa-
-de Constitulçdo,Ju5tiça e Cidadania, pela Votação, em turno único,-do Requerimento recer n9 267,-de 1989), do Projeto de Lei do
COI'IstitucionaJidade e juddicidade. no 566, de 1989,_ de autoria do Senador Dirceu Senado n 9 166, de 1989 - Complementar,
· Cáttieír6, Solicitando, nõs termos reg~entais, de autoria do Senador Fernando Heririque
-10-
tenham tramitaçãO conjunta os ProJetas de Cardoso, que exclui, da. incidência do Imposto
Votaç_ão, em turno único, do Projeto de lei Lei do Senado n9' 176, 178, 200, 2·11, 236 sobr_e ServiçOs de quaiCtuer ·natureza, a expor-
do Senado n~ 91, de 1989-CoinpleinEintai, de -e237~ de 1989, dos Senadofes Nelson -Car- tação para o exterior dos serviços .que men-
autoria do Senador Joáo Menezes e outros neiro, Jutahy Magalhães, Antônio Luiz Maya, ciona, nos termos do inciso II do § 4~ do art.
Senhores Senadores, que estabelece, nos ter- Francisco Rollemberg, Dirceu Carneiro e José 156 da Cc.institulÇão" Fedeial. ·· -
mos do § 9? do art. 14 da Constituição, de Fogâ-çà,~reSpêctivamente, que dispõem sobre
- 2 2 -
5 de outubro de 1988, prazo Para desincom- a política para o setor agropecuário.
patibilização de .Ministro de Estado, tendo Discussâo, em tumc:r único, do veto total
-16-
PARECER, sob n• 139, de 1989, da Co- aposto ao Projeto de Lei do DF'n"' 54, de 1989,
missão Votação, em primeiro turno,- da Proposta que reestrutura a categoria funcional de Assis-
-de CoiJstituição, JUstiç_a e Cidai:Janla, pela de Emerida à Constituição n9 1, de 1989, de tente Jurídico do Plano de Classificação de
constitucionalidade e jurídiddade, com voto autoria do Senadoi João Menezes e outros Cargos de que trata a Lei n~ 5.920, de 1973,
\!enddo dos Senadores Ney Maranhão, Jutahy Senhores Senadores, que altera os prazos es- fixa sua retribuição, e dá outras providências.
Magalhães _e Mansueto de Lavor. tabelecidos nO § 6~ do art 14, para desincom-
patibilização do Presidente da República, dos O SR. PRESIDEN1E (Nelson CarneirO)
-11- Governadores de Estado, do Distrito Federal -Está encerrada a sessão. -
Votação, em turno único, do Projeto de Lei _e dos Prefeitos, tendo
do DF n~ 63, de 1989, de iniciativa da Comis- PARECER, sob n" 145, de 1989, (Levanta-se a sessão às 16 hor"ãs e 55
são do Distrito Federal, C)Ue autoriza a institui- -da COmfssão Tempbtária, favorável ao minutos.)
ção da Fundação Memoria] Israel Pinheiro e _prosseguimento da tramitação da matéria, DISCURSO PRO!YUIYCJADOPELOSR.
dá outras providências, tendo com voto vencido dos Senadores Chagas Ro- JOSÉ IO!YÁOO FERREIRA JYA SessÃO
PARECER FAVORÁVEL, sob n• 247, de drigues r'M.auricío Corrêa. DE . c Q(JE SE REPUBU-
1989, da Comissão 0\ POR HA~ SAlDO COM JJYCORRE-
-17-
-do Distrito Federal ÇÓES JYO DCJY - SEÇÃO H:._ DE
- Votação, em primeiro turno, da Proposta 31-10-89.
-12- de Emenda à ConstituiÇão n9 2, de 1989, de
Votaçâo, em turno único, do Projeto de Re- autoria do Senador Olavo Pires e outrOs Se- O SR. JOSÉ IGNÁCIO FERREIRA
solução n9 1, de 1989 de iniciativa da Cernis-~ nhores senadores, que mOdifica o § 39 do (PSDB - ES. Pronuncia o seguinte discurso.)
são Diretora, que a1tera a redação de dispo- art 49 do Ato das DisPosições CQnstitudonals_ - Sr. Presidente, Srs. 5enadores, O Miilistro
sitivos da Resolução n~ 146, de 1980, afterada · Ttárlsltórias. - Saulo Ramos, em entrevista à imprensa do
pelas Resoluções n'?' 50, de 1981, e 360, de País, referindo-se às exemplares ações da Polí-
-18- cia Federal no combate ao crime organizado,
1983 e dá outras providências, teõdo
PARECER, sob n• !59 de 1989, da Comis- ~ ·~votação, em primeiro- tUrnO, da Proposta qUe envergonhava e envergonha ainda hoje
são -de Em~9~ à Consti~uição n 9 3, de 1989~- de o meu Estado, do Espírito Santo, acusou-nos,
-de Constituição. Justiça e Odadania,' pela aUtoria do Senador Marco Maciel e outros Se- jUntamente com o Cioverriador Max de Freitas
constitucionalidade, juridicidade e, no mérito, nhores Senadores. C)Ue acrescenta parágrafo Mauro, de "fechar os olhos ao que lá estava
favorável. .ao art. 159 -e altera a redação do inclso II do acontecendo, só vendo corrupção no Governo
-13-. art._l61 da Constituiç~o Federal. Federa1".
Diz S. E)cl' na matéria do jomaí, e isso saiu
Votação, em turno úniCo, do Projeto de Re- em todos os_jornais do País:
-19-
solução n~ 51, de 1989 (apresentado pela Co-
missão de Assuntos Econômiços como con- - _Djscussão,_em turno único, da redação final
clusão de seu Parecer n~ 152, de 1989), que (oferecidã-pela Comissão Diretoii:l eiri Seu Pa~ "O -que--me ·espanta" - referiil.do-se
autoriza a Prefeitura Municipal de Bonito, Esta- récer n~-2"68, de 1989), do Projeto de Decreto ao Govemador Max de Freitas Mauro e
do de Pernambuco, a contratar operação de Legislativo n9 25, de 1988,_de autoria do Sena~ ao Senador José Ignácio Ferreira, do
crédito no valor correspondente, em cruzados, dor Leite Chaves, que susta o Decreto n~ PSDB-:__ "é que esses dois ilustres ho-
a 80.848.17 OTN, de julho de 1987, junto 96.991, de 14deoutubrode 198S.que"atrihui m_ens públicos, que acusaram o Governo
à Caixa Económica Federa1, tendo competência para autorização de pagamentos Federal, sem apresentar nenhum fato
PARECER, sob n• 277, de 1989, da Co· e recebimentos par meio de outras instituições c;oncreto, nao te.nham tomado qualquer
missão financeiras". atitude diante da imensa onda de crimes
- de Assuntos Econômicos. favorável à que se desenvolvia dentro da casa deles."
-20- E prosseguia: -
Emenda n~ 1, de Plenário, nos termos de subs-
tib.ltivo que oferece. oiSC:USsão, em rumo único, da redãção final · "Não tem autoridade política para acu-
(oferedda pela Comissão Diretora e~ seu Pa~ sar o Governo Samey- cjuein, em se~_pró­
-14- recer no 266, de 1989), do Projeto de Decreto prio Estado, fechou os olhos para o crime
Y9tação, em turno único, do Projeto de Re- Legislativo n9 27, de 1989 (ri.9 57/89, na Câma- organizado, deixando a Justiça local de-
solução n'Ô' 67, de 1989 (apresentado pêla Co- ra dos .D-eputados), que aprova os textos da . sesperada de tanta omissão.'"
6634 OOntaCfeira 2 "í)IÃR!õ DÕ CONGREsso NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

E conCluiu: debochado despacho do Presidente da Câma- chegou a lhe ser imputado, com aprovação
'Verifico uma_ coiild9ência"....::.... prOsse- ra em exercício, __que impediu fosse uma de- na CPJ; inclusive, prática de crime comum.
gue Saulo Ramos. "Também a CP! do núncia contra o- Seithor Presidente da Repú- Quero deixar claro que nenhuma colocação
Senado, presidida por outro capfxãba, JO- b_lica e vários Ministros apreciada pela Casa, do Sr. Mlnistro ficará sem resposta. E que tam-
sé Jgnádo Ferreira, eõtendeu que deveria confOrrrie dispi..mh·a a Lei n9 1.079, de 1950. bém não vou áceitar essa invérsão de papéis
investigar todo tipo de acusações de cor- É, p()rtanto,_ Sr. _Presidente, um Ministro no que _parece ser a rriarca-desta República. O
rupção contra o Governo Safney. Até -cu"" condiciOnal, pohji.Je ta1vez não o fosse, se seus Sr. Ministr_o se ponha no seu lugar!
....:.... diz ele - "tudo normal. crimes pudessem ter sido apurados e punidos. S. EX' é um Ministro de Estado- e eu, um
O_ que é estranho é que, embora tão t: também um Ministro em parafuso, d~ um Senador da Repúb_lica. Quem o julga sou eu!
preocupados sobre corrupÇão no Gover- Governo em parafuso, a poucos metros do Não ele a mim!
no Federal, o Governador e o Senador solo.__ Clin Ministro, Sr. Presidente, que diz que
do Espírito Santo não tenham 'v~_O ql!e fa!tã_ d_intieirO para :corTiprar algemas para figu- . (*) ATO DA COMISSÃO DIRETORA
em Vitória existia o maior centro de crime ras dõ Govéno, 'na Seplan. Quem disse isso N• 27, DE 1989
organizado de todos os tempos na Histó- foi o Ministro Saulo Ramos: "falta dinherro até
ria do BraSil." Para comprar alQ-emas para figuras do Gover· A ComísSáO DiretOra do Senado Federal,
no .que_ ocupam cargos na Seplanl" no Uso de suas atribuições e considerando
Sr. Presideri.te, o sr. MiniStro Saúfo Ramos _-_Das dUas uma, Sr. PreSi-denie, ou ÕSr. ~inis­ o disposto no art. a~ do Decreto Legislativo
já me conhece bem e sabe, até por experiência tro é Urri leviano, e o Governo que o mantém de 1988, -oein como o disposto na Lei
- rf.'- 72,
bem_ o merece, ou é comparsa desses compa- n9 7 .830, de 28 ,de setembro de 1989, publi-
própria, que não me omito, nem mesmo cada no DOCI de 29- de setembro de 1989,
quando os criminosos são multo mais graú- nheiros .de Governo a quem trata como crimi-
nosas; todos ainda soltos e_ sem algemas. resolve:
dos, usam colarinho branco, como ele, e le-
sam, além do erário, o próprio conceito de Art. 19 Quando ocorrerem reajustes sala~
Acho, Sr. Presidente, que os criminosos têm
República e as crenças no futuro deste Pafs. riais para os servidores da União, fica autori~
medo mesmo é da P91ícia_f:.ederal, que é uma
No caso especifico do Espírito Santo, Sr. das instituições respeitáveis deste Pals. Não zada a Diretoria de Pessoal a proceder, nos
Presidente, não é exatamente o Ministro que têm medo do Sr. Mihistro, que para eles é termos previstos no art 89 do Decreto Legis-
está de parabéns, mas sim a Polícia Fe_deral, -lativo n? 72, de 1ç de dezembro de 1988, as
um fatasma de lençol furado, gente bem co-
eventualmente, hoje, sob subordinação hierár- alterações de que trata esse_ dispositivo, obser~
nhecida por eles, por baixo do pano.
quica à sua pessoa, mas que é uma das insti- vades rigorosamente os percentuais e a data
Sr: PreSidente, ~Sr. Miiilstro da Justiça é respectiva para o cumprimento das determi~
tuições mais respeitadas e acreditadas deste bem conhecido como um campeão das in-
Pais. - nações legais.
constitucionalidades neste_ País. Inimigo nú- Art. 2~ A despesa decorrente da aplicação
Ela - a Polícia Federal :...__. há mais de um mero um da nossa Constituinte, a quem ata-
ano, a partir do Ministro Brossard, passando deste ato correrá à conta das dotações desti~
cou o quanto pôde. Ele deixou suas impres- nadas ao Se-nado Federal no Orçamento Geral
pelo Ministro Oscar Corrêa, vem levantando sões digitais na Obra de desorganização do
paciEmtemente todas as provas contra o que da União.
Direito Público deste País, nos lnúgteros de- Art. 3<? Este ato entra em vigor na data
se denominou "crime ofgànizado" em meu cretos-leis inconstitucionais que fo'}am elabo-
Estado, um trabalho que agora frutifica, c_om de sua publicação.
rados com sua assistência, quando não foram - Art. 4" -Revogam-se as disposições em
êxito, sob aplausos gerais, que o eventual, ago- com sua exclusiva autoria no GoverÍlo José
ra Ministro, se quer creditar. contrário.
Samey e encaminhados ao Congresso Na- Sala da Comissão Diretora, 5 de outubro
Ao longo do período, tenho, reiteradamente, cional.
clamado por providênciaS ao Governo âe meu de 1989. -Nelson Cameiro -Alexandre
Estado e ao Ministro·· da Justiça, des~e o lon· É, Sr. Presiderite, um desseS contorcionlstas Casta -Mendes Cai7a/e- Poinpeu de Sousa
do Direito, que pensa que o exercido do Direi- _,Áureo Mel/o.
gínquo ano de 1985; quando foi bnhlmente
assassiriada, Sr. Presídente, em monstruos-o to é" um torneio de -macetes. Tfapezistajurídico
crime ocoriido em· pleno centro de Vitória, que precisa a qualquer hora dessas ser colo-
uma pessoa particularmente cara ao meu co- cado no seu lugar. Se_ria bom, muito bom, PORTARIA N• 54, DE 1989
ração: a minha sobrinha, Ana Angélica de Frei- que fosse mandado o Sr. Romeu Tuma apurar
todos os crimes imputados a este Governo. O Primeiro Secretário do Senado Federal.
tas Ferreira. InclusiVe, recentemente, em outro no uso de suas atribuições regimentais,
episódio de sangue e impunidade, também A Policia FederéÍI, QUe é uma das coisas boas
que este Pais tem, deveria ser incumbida de Resolve designar José Benício Tavares da
clamei por providências junto ao próprio atua! Cunha MeiJe, Assessor Legislativo, Luiz Fer-
Ministro da Justiça. fa:zer essas apurações também, algumas delas
de corrupção explícita, tão evidente e tão clara, nando Lapagesse Alves Corrêa, Técnico em
Tenho, Sr.- Presidente, inúmeros expiidien- Comunicação Social e Juliano Laura da Es-
tes que trago comigo, agora, para atestar a que tem que se pôr óculos escuros. para não
doer a vista quando se vê. cóssla Nogueira, Técnico Legislativo para, sob
procedência da afirmação que, agora, faço. a presidência do primeiro, integrarem a Co-
Vários foram ·o_s telexes que enGaminhei ao Sr. Presidente, quero deiXar claro que me missão de Inquérito incumbida de apurar os
Governador do Estado, inclusive, recêntemen- tenho COiTiPõrtado, nesta Casa, com eqUilí- fatos constantes do Processo n9 015107/89-2.
te, um com todas as tintas da veemência, e brio, com dedicação à causa pública e cumpri Sffiado Federal; 23 de outubro de ]989.
ao atual Ministro ·da Justiça Saulo Ramos. o meu_dever, quando exerci, com exação, o - Senador Mendes OJmiJe, Pilmeiro Secre- -
. No episódio sob enfoque trata-s_e,_SL Presi- cargo de Presidente da Comissão Parlamentar tá.rio.
dente e Srs. Senadores, de uma -leviandade de Inquérito que se destinava a apurar irregula-
do Sr. Ministro Saulo Ramos, que quer atingir, ridades é ilegalidades na órbita da Adminis-
também, ao Governador Max Mauro, a quem tração PúBTtca Federal. Tenho mantido essa
imagina que eu esteja ligado por laços de postura de equilíbrio e de zelo para com a PORTARIA N• 55, DE 1989
aliança politica, definitivamente, hoje, inexis- coisa pública. Não posso, não devo e não vou O Primeiro Secretário do Senado Federal,
tentes. Sou, hoje, um homem distanciado de aceitar as acutiladas do Sr. Ministro da Justiça, no uso das suas atribuições regimentais.
palácios, tanto do federal quanto do estadual, Sr. Saulo Ramos, sobretudo quando tenho- em Resolve designar GoyW.caz Brasônio Pedro-
com discordâncias enormes com o Gover- -m:éiie que S. Éx~ foi, por lnim e por outros so Albuquerque, Técnico Legislativo, ~ergio
nador do meu Estado, Max MaurO. ÔSr.Minis- qUatro SénadÕres, denunciado, perante a Câ- de Otero Ribeiro, Técnico Legislativo e Luiz
tro da Justiça, Sr. Presidente e Srs. Senadores, mara doS Deputados, por prática de crime Fernando Lapagesse Alves Corrêa, Técnico
é um acusado de crimes que o Legislativo de responsabilidade. E quando rememoro em Comunicação Sod.:if para, sób ?1- Presi-
não apurou, por força daquele temerário e que, riO R"elatório do SenadOr Carlos Chiarelli, dência do primeiro, integrarem a CoriUssão
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Quinta-feira 2 - 6635

de Inquérito incumbida de apurar os fato!' COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO nistro do Interior, pedido-de informações perti...
constante do_Processo no 015155-89-7 CONVOCAÇÃO ne-ntes à Secretaria Especial de Habitação e
Senado Federal, 23 de outubro de 1989. Ação Comunitária - SEHAC. -
-Senador· Mendes Cana/e Primeiro Secre- De ordem do Senhor Presidente da Comis- Após apreciada a matéria pelos presentes_
tário, são Mista de Orçamento, Deputado Gd Carva- é a mesma aprovada e encaminhada à Secre-
lho, convocamos os senhores membros para taria Geral da Mesa para as devidas providên--
PORTARIA N• 56, DE 1989 uma reunião, próxima terça-feira, dia 7, às cias.
·o Primeiro Secretáriodo Senado Federal, 16:00 horas, para dar continuação à discussão 2 - ExPediente da Casa do Pequeno Polegar
no uso de suas atribuições regimentais, resol- do Parecer Preliminar do Relator-Geral, Depu- (Of. n916, de 13-10.:89) em que solicita libera-·
ve designar Paulo Roberto Mendonça Silvério, tado Era Ido Tinoco, sobre o .orçamento para ção da funcionária Maria José Ceci, Fonáau-
Assessor Legtslativo, José Augusto Arcoverde 1990, na Sala 16 áá ariexo 11 da Câmara dos diologa, uma tarde por semana, parã prestar
de Melo, Técnico em Comunicação Social e Deputados. - Hilda de Senl!l CoiTei!! t-v.lede- serviçoS de assistência a menores carentes.
José Marcos de Freitas, Téctl.ico Legislativo rhecker_ Secretária de Comissão. O Senhor Presidente informa haver consul-
para, sob a presidência do primeiro, integra- COMISSÁÓ DO DISTRITO tado a referida funcionária- e. a"pós manifes--
rem a Comissão de Inquérito incumbida de FEDERAL- PUBUCAÇÃO tação favorável dos presentes, autoriza o aten··
apurar os fatos constantes do Processo n" CONVOCAÇÃo- dimento da referida solicitação enquanto ne-::
011944/89-7. . cessários os serviços. · -
Senado Federal, 24 de outubro de 1989. O Excelentíssimo Senhor Presidente da CQ-~. 0
3 - Processo n? 015332/89M6 relativo a pe-~
-Senador Mendes Cana/e, Primeiro Secre- misSão do Distrito Federa], Senador Mauro dido de crédito suplementar pãra ã AsSEFE
tário. Benevldes, tem o prazer de convocar Vossa ..-..Associação dos Servidores do Senado Fe-
Excelência, para reunião extraordinária, a se deral, no valor de NCz$ 1.778.943,28.
EXTRATO DE CONTRATOS E realizar quarta-feira, dia 8 de novembro, às A solicitação é aprovada e encaminhada à Di·
0(] TERMOS ADITIVOS 11:00 horas, na sala de reuniões da Comissão, retoria-Oeral para aâoção das providências c a~
Espéde: Contrato n9 053/89 Ala Senador Alexandre Costa. - bíveis.
Contratada: Xerox Industrial e Comercial S/ Secretaria da _Comissão, 19 de novembro 4 - Oficio n' 51/89-GSS, de 23 de outubro
A de 1989.- Carlos Guilherme Fonseca, Secre- de 1989, do Senhor Senador DivaldO Siinúig)r;
Contratante: Senado Federal tárlo da ·com1sSãOâ0 DiStrito Federal. Segundo Secretário, Solicitando se)a o Projeto
Objeto: Locação de 144 (cento e quarenta 23• Reunião, em 8 de novembro de 1989 de· Resolução n 9 35, de 1989, de autoria do
e quatro) equipamentos xerográficos, da mar- PAUTA Senhor Senador Frandsco Rollemberg reme-
ca exdusiva Xerox, durante_ __ o exercício de tido à Segunda Secretaria para posterior rea-
1989. -- [tem 1 - Projeto de_Lei do Distrito fe_deral presentação junto à Comissão Diretora.
Licitação: Tomada de Preços no 027/8. n9 66 de 1989 MenSagem n 9 101/89-DF Após debatida pelos presentes foi deferida a
Crédítopeloqualcorreráadespesa:Àconta (Mensagem n 9 91-GAQ, de 16-10-89, na ori· solicitação.
doProgramadeTrabalho01010012229n21, gem) Cria a Carreira Magistério Público do 5 - Processo n~ 014579{89-8 eni: que Fer-_
Natureza da Despesa 3132-0111/0. - - Distrito Federal, seus cargos e empregos, foca nando Antonio Pereira Gomlde requer a sus-
Empenho: Foi emitida a Nota de Empenho os va1ores de seus vencimentos e salários e pensão de seu contrato de trabalho pelo perfo-
[19 00070/1, de 23-1-89. -- · dá outras providências. do de 730 dias, a partir de 27-10-89, bem
Valor Contratual: Estimado em NCz$- Autor: Executivo local. como lhe seja autorizado a ausentar-se do
125.152,08 {cento_e Vinte e cinco mü, cento - Relator: SenadOr Pompeu de Souza País.
e dnqüenta e dois cruzados novos e oito cen- Parecer: Favorável ao projeto, por constitu- O SetÍhor Presidente dá ciência aos presenteS
tavos). clonai e_juridico, aguardando conclusã_o sobre do Parecer do Senhor Senador DivaldO Surua-"
Vigência: 23-10-89 a 31-12-89. _ as emendas apresentadas. gy, Segundo-Secretário, favorável ao solicita-
Signatdrfos: Pele Senado F-ederal: José Pas- - - - - - -
do; e· que--é--aptovado peios· presentes.-- -
sos Pôrto. Pela contratada: José Maria Fernan- 29~ ~eunião Ordinária da Comissão 6- Solicitação da Wvencia - Revista Bra.;
des. -Amawy Gonçalves Martins, Diretor da Diretora realizada ern süeira de AJcoolicos Anônimos para que o Se-
Subsecretaria de Administração de Material e 27 de outubro de 1989 nado Federal autorize ao Cegraf a impressão'
Património. Às onze horaS do dia virl.te e sete de outubro ~os números 11 e 12 da referida ~eviSta. --
EsPécie: Contrato n? 054/89° de hum mil novecentos e oitenta e nove, reu-
Contratada: Encadernadora Guanabara Lt- ne-se a Con1issão Diretora do Senado Federa~ Apreciada a matéria, a ComissãO. Diretora·
da na Sala de Retmiões da Presldênda, com a autoriza o entendimento do pleito nos termos
Contré'Jtante: Senado Federal preseryça dos Excelentíssimos SenhofeS Se- da solicitação. Nesta oportunidãde ê apiovada
Objeto: Prestação de serviços de encader- nadores_N_els_on_ carneiro, Presidente, Alexan- recomendação ao Senhor Diretor ExecUtivo
nação de livros, periódicos e Diários Oficials,-- dre Costa, Segundo Vice-Presidente, Mendes_ do Cegraf no sentido de que se _dê prioridade,
durante o exercido de 1989. - Canale, Primeiro Secretário, Nabor Júnior e neste fmal de ano, aos trabalhos dos Senhores _
licitaçifo: Tomada de Preços n 9 008/89. Aritonio Luiz Maia, SuPlentes, Senadores.
Crédito pelo. qual corrertJ despesa: A conta Deixam de comparecer, por motivos justifi- 7 - Processo n 9 Ó00176/89-3 em que- o Sr.
do Programa de Trabalho 0101001.2229/641, Cados os Excelentíssimos Senhores Senado~ Joel Pinto Capela recorre da decisão relativa
Natureza da Despesa 3132-0103/8. res Jrí:!m Saraiva, Primeiro ViceMPresidente, D{- a seu reenquadramento no cargo de moto~
Empenho: Foi emitida a Nota de Empenho valdo Suruagy, Segundo Secretário, Pompeu' rista.
n• 01695/0, de 28-8-89. . _ de Souza, Terceiro Secretáiio e Louremberg O Senhor' Presidente desjgr:ta o Senhor Sena~
Valor contratual: Estimada em NCz$ Nunes Rocha, Quarto Secretário. dor Alexandre_ Costa, :Segundo Vice-Preslden-
60.554,50 (sessenta mil, quinhentos e cin- O Senhor Presidente declara Iniciada a reu~ te, para relatar a matéria. i
quenta e quatro cruzados novos e cinquenta nião e apresenta à Comissão Diretora os Se- 8- Exposição de Motivos do Senador Mar·
centavos), guintes assuntos: cos Mendonça concluindo por apresentar mi·
Vigência: 25-10-89 a 31-12-89. 1 -Requerimento n9 580, de 1989, do Se- nuta de Ato que "dispõe sobre o program8
Signatários: Pelo Senado Federal: José Pas- nhor .Senador Jutahy Magalhães, solicitando oficial A Voz do Brasil". '
sos Pôrto. Pela Contratada: Gilberto Souza Ro- nos termos do Art 216 do Regimento Interno A matéria, após debatida pelos presentes, é
cha. -AmaUJY Gonçalves Martins, Diretor da do Senado _f ed_er_al e combinado com o pre- despachada pelo Senhor Presidente à Consul~
Subsecretaria de Administração de Material e visto no art. 50, § 29 da Constituição Federal, teria-Geral do Senado' Federal para eXame e ,
Patrimônio. seja encaminhado ao Poder Executivo - MiM .. parecer.

;
6636 Quinta-feira 2 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989

9 - Ante-projeto d_e_ Resoluçáq_ __@e_ resta- 4-:- Proc:esso_nc 007771/894 que trata das do referido Ato, que assiQado vai à publi-
belece a_ ResoluçãO n~-312, de 1987, a-firri condu-sOeS de Comissão de Inquérito que cação.
de criar a Seção de Apoio ao Comitê de Im- apurou as causas de· abandoná de c:argo do
prensa. ..,.. servidor Raimundo Nonato da Silva. -Em seguida, o Senhor Presidente concede-
A matéria é encaminhada à Diretoria-UeraJ do O Senhor Primeiro_ S~ç:r_etádo dá conheci- a palavra ao Senhor Senador Antonio Luiz
Senado Federal para exame e instrução do mento aos presentes. das conclusões do refe- Maya, Slipleníe, que submete_ à apreciação
processo. -- -- - rido inquérito, ou seja, pela aplicação ao refe- dos presentes o Processo n9 006720/89-7 em
1O- O _Senhor Presidente comunica aos rido servidor da pena de demtssão por aban- que o Sr. Lourival Camara requer incorpo-
integrantes da Comissão DiretOra que ã. apre- dono do_.cargo, a -que se refere -o art. 555, ração aos proventos de sua aposentadoria do
ciação, por esse colegiado, do relatório da _Ço- V, combinado com o art. 561, §primeiro, do vã10r da gratificação de representação.
missão Místa destinada ao exame analítico e atual Regulamento Administrativo do Senado A matéria é baixada em diligência; juntO à
Diú~toria Geral, no sentido de que lhe sejam
peridal dos ates e fatos geradores do endJvida- Federal (art.463, Ve469, II,§ 1?daResolução
mento externo brasileiro, será efetuado tão lo~ n? 58, de 1972), Após debatida a matéria, re- apensados os processo anteriores que deram
go se verifique a publicação no biário do Con- solvem os. presentes aprovar as conclusões origem ao recurso em tela.
gresso Nacional do Relatório da referida Co- da Comi;;$ª-Q_d_e __lnquérito, mandando apUc:ar A seguir, o Senhor Presidente concede a
missão. a pena de demissão por abandono de cargo. palavra ao Senhor Diretor-Geral, que submete
Em seguida, o Senhor Presidente_ concede 5- ProcesSo n" 014631/89-0 relativo ao à apreciação dos presentes as seguintes ma-
a palavra ao Senhor Senador Alexandre Costa,. reexame da decisão que denegou o ressarci- térias:
Segurldo Vice-Pr_esidente, que submete à deli- mento de despesas efetuadas com aquisição 1 -Processo n9 013509/89-6 erri qUe ·:i"Se-
beração da Comissão Diretora o seguinte as- de m~dicamentqs pelo Senhor Senador João - nhor Senador José Ignácio Ferreira, solicita
sunto: Calmon. ressarcímento de despesas com tratamento
Parecer oral sobre o Processo n9 013781/89- odontológlco.
A matéria é aprovada pelos presentes, que
em que o Sr. Marco Antonio -José de Souza aprovam o ressarcimento, nos termos da in- O Senhor Presidente designa para relatar
requer licença para tratar de interesses particu- formaçào prestada peJO-Senhor Primeiro-se- o processo do Senhor Senador Nabor Júnior.
lares pelo prazo de 730- dias, a partir de cretário, encaminhando-se o processo à Dire~ -2- Processos n9 5 00169-4/8-9"-8,
03-10-89: • toriã Gerai para PrOSSegi.JiffieriiO. - 005216/89-3"e 010410/89-8, que tfatãm das
O pareCer, favorável ao re{fuerimento, é 6 - Proc-e-S-sos h?s 01:3_584/89-8 e prestações de contas de parcelas dos recursos
aprovado, __ _ ··- __ _ 013.8!?0/89-0- que trata do res$arcimento de transferidos pelo Senado F'ederal à Associa-
Em seguida o Senhor Presidente concede- ção dos Servidores do Senado Federai-AS-
despesas de 'jt'lfermagem de dependente do
a palavra ao Senhor Senador Mendes CanaJe; Senhor Senador Odacir Soares. SEFE, relatiVas, respectivamente, às 1', 2• par-
Primeiro Secretário, que submete à ãprecia- Após apreciaÇão da sOlicitação, os presen- celas e aos meses de abril e maio de 198"9.
ção dos presentes as seguintes matérias: tes aprovam o ressarcimento, nos termos das O Senhor Presidente designa o Senhor Se-
~licitações constantes dos referidos proces-
nador Antônio Luiz Maya, para relatar os referi-
1 -Processo n9 PD-000418/89-7- em que sos. Decide ainda a Comissão suspender o dos processos.
o Conselho de SupeiVisão do Prodasen sub- 3--;- Parecer do Senhor Senador Lourem-
ressarcimento futuro de casos análOgos, reco-
mete à consideração da Mesa Diretora pro- mendando a utilização dos serviços da Subse~ berg Nunes Rocha sobre o requErimento apre-
posta relativa~ 41 (quarenta e um) casos de sentado pelo Senhor Senadoi' ÁureO Mello,
cretaria de Assistência Médica e Social para
desvios de função. prossegUimento do tratamento. splicitando a anulação da penalidade aplicada
O Senhor Presidente designa para relatar A peguir, o Senhor Presidente concede a
ao servidor Floripedes José de Araújo, confor-
o_ processo o Senhor Senador Louremberg me Processo n_c 0056•f6/89_-8.
palavra ao Senhor Senador Nabo r Júnior, Su- - --Após-a leitura do referido parecer, a Corriis-
Nunes. · plente, que submete à deliberação do Cole-
giada o seguinte assunto: são Diretora o aprova, determinando a anula-
2- Processo PD 000343-89.:-9 que trata da ção da penalidade aplicada pela Portaria n?
homologação de Concurso- Público realizado 28, de 1989, do Sr. Diretor-Geral, ao Setvidor
. para preenc:himento dos empregos do Pro- Processo no 009175/89::0 relativo a su- Floríp"edes José de Araújo. -- -
dasen. · gestões _originárias da Subsecretaria de Nada mais havendo a tratar, às quatorze
O Senhor Presidente _designa relator o -Se- Assistência Médica e Social para a presta- horas, o Senhor Presidente decl"ara eilcerradas
nhor Senador Antonio Luiz Maia. çào de assistência médico~odontológica os trabalhos, pelo que eu, José Passos Porto,
3 - Processo n9 008005/89-3 que trata da aos Senhores Senadores e seus_ depen-
7
Diretor-Geral e Secretário da Comissão Dire-
prestação de contas do Fundo EsPeciaJ do - denteS. · - - - tora, lavrei a presente Ata que, depois de assi-
Sen.idO Federal - _FUnS_en, reléitiva ao J9 tri- Udo O pareCer que conclui pela ap~e­ nada pelo Senhor Presidente, vai à pUblicaçãO:
mestre de 1989. ~- __. SéntEiÇãõ de mfnuia .de Ato da Comissão Sala da Coinissão Diretora, 27 de outUbro
0 Senhor Presidente desiQna o Senhor Se~ Diretora - a !Jlatéria é discutida pelos de 1989. Senador Nelson Carneiro~ Presjden-
nadar Nabor Júnior para relatar a matéria. presentes que concluem pela ~provação te.

,,
''
,
República Federativa do Brasil
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO 11

Al'IO XUV- !'Ir 152 8ABADO, 4 DE I'IOYEMBRO DE 1989

-CONGRESSO NACIONAL

PROJETO DEtLEII'I• 57, DE 1989 (Cl'l) Antônio Gaspar José Queiroz .


002, 003, 004,005, 006, 007. 008, 009. 024
MENSAGEM N• 186, DE 1989-CN 010,011,012 José V1ana
. (1'1' 641/89, na origem) 028, 0:29, 030
RELAÇÃO DE EMENDAS Qeovah Amarante
Lúcia Vânia
013
POR PARLAMENTARES 001,023,026
Abgail Feitosa HiláriO Braun M)'riam Portella
025 · or7, õie. ·11151 onti
Aluizio Bezerra JOão· Paulo Pires Vasconcelos Valdir Colá~ .
01<1 027 019, 029,)):21, 022
6638 Sábado 4 DIÁRIO bo CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de 1989

PASSOS PORTO
Diretor·Geial do Senado Fede·ral
AGACIEL DA SILVA MAIA
Diret:or Executivo
EXPEDIENTE
CENTRO GIIÃACO- RiuDo FEDERAL
DIÃ.-o-COIIIGIIESSO
ImpresSo sob • responNI:HiidHe da MHI do Senado Federal
-L
CESAR AUGUSTO JOSÉ De SOUZA
ASSINATURAS
Diretor Administrativo
LUIZ CARLOS DE BASTOS ·Semestral ··················-··········----·············• NCz$17,04
Diretor Industrial
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exemplar Awlso ......................- -.................. NCz$ 0,11
Diretor Adjun1o T1tagem: 2.200-exeinplares.

..... ... .......... .......................... "'"""'""""


vln~"bdao "" C:N!!'o ..,,. . . "''Jtu dowuu "•••t,Wia · , . - - -
ln«•~,...,,(yclo U ~nuh~do d• ~04 ot!vo.r..,n, ~~ ..,,_.
·~·
••rctuou • S<:llf'.t, c.,.touiUao "" "· '~1111.
1 (K!A v!N!A
Hhla 1
.v••••••••••~.,-----,---;;:;~---.

I 'ao'-Dl I ht lauo ..... .- Inflada


I I ,...lo. •• .Joon/Do~
I..C:l<to·••• ~~ ,.roJoto 1UW.~l!OQ5•J,c.Gl", ~~~f I t~pn,:. --·~~~;;;··-·-··;:;;;:;;------;~
tio "l"•~•~lo tc,....lóglel", 0 ••ouL"a u•••.ltor. ··~""o r.cn F.... ~·.:o~~."" t•.ae,...,.
!O.ooo.e<.o,co (dU •JIMu ~c c1uuUo> 'no••• L oor• • l"ffhnto'la 110 "'"" J,l.n~ •• D te,1&3,tD
u.a••.o:~~
Untro ~ C'11fl<il • hcnologlo co (ohdU do ÇoJ••· "-'
11•1
1.1.:)41,:1'2
J.2,7li7,3J" l:!,7Jt'/',V
.... j,d.:!ot,07 1:1.7<1.1' ,,7
... I :::t.l,.,4d 12.lV ,:17
~OD ,..,:ltO,l~ 1=,7~1,:!7
... ü.~.o.:t ~~-~·7·"
o..t ~-•~s.u '"' ~~.111.~~
M...., ff,»:)," t•l ·~·'""•:17
Ooz lfU.t'd3,t4 <•I 1~.711,,~
llh l>o1 <1~•1~1 qv.,.:o 1 1-.plontoçlo do rulho~lc <I~ o6•
u-.o 1Meot1..-,.tos no sct.~r
ettnclo c Teenologlo, ' · • antJ,.., -· I ~1::!.:1-U,U I __ _ _ !_4~.UI,.04
~~---.--~-~~ ........
. . . H 91ccoh odn PIU ~ lophMoeiD <I~ C'ontro Ql CUnoh * Toe•
,..levlo do htodo do tolh, conot1Wl·•• c• •~<liGa <lo ••Jor nlo•t"""
eh, ..u opcnn P•~• oq"flo htod"• .... to•bh ~··•
(.anln•hiU q.,., I PHI~< d~!, *"<G~tro tUI>Old~ .....,.Cio! tiO
•~ouo
\hVIIdG ~ •
-----------~
C-1. Inllo~lo ruJctua: ~~ 11:.., •h

4J.2,Mi,36
C .... v•~---~
.• i I~ III • sU,4 ~
1~4.1:11,~
.,..,.nval•l... nto, de u~tf 1 contrltlttlf poro 1 GI•J""!;Io daS C'G~I•
tungo""''" du!QYol<todel ng!onoh, 1 J>ta•ooor c~Mllta ontrc ca.,.,:!
II!+U•SD
"'ntu d• .,., ••••• noçu. Uoh~to • C ·--···--· • :1. I ~ III
~·~oMn<!~•d po'h, 1ab '"""'" os ••pec~os, ~ oe<>lM .. e,nto fropooto III
Hlto propoou~u. '
. ·~·.-;. " ' · ' . 7 •••
c-----~-~-···--
·~·.;
I)" tot'• '"··lÇ

0~1'\lTAOO - ANiaMlC ao~po~


o"t •
I~
3~
Oot.,J., ~~~~~~~
• S•10:out>U<~u '"••a .. ao•• IPl ~:: • Pl
• s..,t""c~t>C.J.o ... o •..,,. •• ~.o C.l ' ' '
~~~

111<1!1lll.;'"'
Dl"olol
'
'
,..
..•..., .., ...
I I~U~\1<11

llloliOWo!o(<~
l,lltlllllo!
Z.cln••• ""4" ~-•••• IJ:U ~
~ ..ont•• • Dohua do ollvl~odo 1171!,13IU37:!,:Yll ·~

.. ...,.. ..
llt~llll:l:l-l=tri.GI
,..,.••na • Prnorvono ~a .-.c...-vo Muo..,lo,lca, Olbll<><~ror)~" •
De<Y...,nh.t 1 c""••lna noelonol a• Oonnvolvi•cnt<J CJ.,ntlro~o •
To<no\aolco • Cl<l'~ I SoorourOo ~>l'<~l•l •• Clenci• • Tecoola11o
'·"-
UII ~ ~· ~ ~·
• IICUI'~ • de~~·' U3.tee,oo 1 C:ont<> o tru .. 11 ll~llliltla4t<PUII

•..., .. ...
c• ..ndOI bOv~a I ~~~~ /<C~ UO,OII.,OG Chloc .. IDO .. UU•nh 1.11-
. n uo>n~<>• .... ~... ). I.ZIX ~·

11,1 MO

""""""""-1.\fll'llll
Ul-lll~ll,IIIJI,ll ._
U"
'""h' IUU ~.
,ubda Mo~l.,.~l.~, O.••~volvl .. nto• C:l•ntltlca

.. .."' •.
• Toc~•l<~ol<o $1IIIIWICtU.IliU,II
Funda Mac;aoal #c DuonVGIYI...,~U Cloftllflco
.. r.,c~oloolca
UU,.e~••• :iJ'3.~4 ~ AoQlo ~ rr..Jctao na Nu u ~I,I<IIUrtl<l.lltlfll>lllll
"'' "' ~·
I,JI'IW.M
IftfOO'•OUD *"Clonei&,., 1COftOI~oU<
~· ~·

-.. ,....•
U"
,,_.~-11
"'•1-• MÇo~ S71·•••.u
J kln""ntu. o .. u .. u • ••P..,.n

:11,11<1
•mnpcnntt·
o~uudoo """"' I • '
l.l)-U,IHI,!).J:,JJ
U"
~· ''·'
*•'
elli$"11WICI!rotn'>IQJI,IVII,II
""""
. ~•-•• u dco;>notn • •n~l~, o cr4~Jto ••ooclol
,._o<ta. n•o 11 odncJo>oJo Ll•ho• -· .. O<Io!O • hOWIU
Clontlflu • Tccnal~olca dnonvoN•oo •••• 1ÇTfiR ~~~<K:T.
........ - ... -.,01.,_.,_,..
toi·-....:-Jy...;totl.....,.l<l,'l«!ouo""ClooUIWof-<o.
lj'hcM!,

D.auvol.,,...,.,t<> c..,.uh.. ~t.t, Tnfo•-•~o C:lontlfo<• " t • l · h - o l _ ... _ _ o_...-::llll•m..... 4o ""K<O llool
fo<n<>l~olta, r -.... ta • p,,....,,,,
Fondo••nhl o F-mta • oo"l-ot.ldo\J.Ifi.Jl;ltool>,..,•ll«<-"''''looi.H*-"'
P•n•oloo 1\oolln<>a> ~ ludiclonh " " ' roc""•,.. •• dotoc3"~o - - .. loor..·
lalclolo hn•• I !nUa d.. •fcotoa do ocoleroch d<>
••~••w lnrloclanii'IO, 9;, i"'''"u'ID u••u• ,. •oc•u ICI'f""'"'_," .. ~•ICIOI,Ool,_: - - · _ . _ . , , ·
~ b Ufor<'ldoo 'ohdcll ut<l.<:•nllo-u '""" hnotor •
tndJU 4-cr~l I• ''•~M, JQ••DI 40 1~\UN.J, ... ~ l•••n 40* U
"'....... ,,...,;,.,,,..,..:...... o~.••s.• .......
~otocloo lnl~lah """"''•• ... , •~•J.,•tUu ,..;• -•n ••
"»,.S. '""" '"""~l•n~i• •co o<>olor •• ~_,.n ••

--
ifoac• n
••••.,••;o ,,., ..~ hula 1 • olioloa n;a•••
• •.,...,. ...,, t . . oJ~o, ...,., o. ~·"'~""'" J. . llclh' ••
cerNdo lnf\ocumlirl• f ollcuooloda lo tn,IJ.!o\lfldvel)
-"''" o rNrteT • u ••k• ••un.,.,.l~!dn ''\" C:NI'~ , ua,:JX •
.~ ..... ,.
~4.~x. "•••cctl--nu •~'•• tto•.-~. T&Hia ;, oliotn
l.cru•-oe .. ~ .. <O<Ihrl
lnntt•·•• ""~ a -lfludo wa ,..,.aau ~ •• ~~et .... ,..,.. • ""'dadr at uzu.nt":~.~•·lU" ·:;ftut~•,.....
... C:...~ra ~.. 1Un<>IOoJil& IIJ,..rol I Co.nulho No~ I I
fuft'"""hl ,..... ur.clo ,.,.. ,..,. •• '"'"tu .. ...,. •• ,.,._, . . -.-~lvJ-1• C:l~tlfl~o • T•~""loolc~ I CM~
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONCi~ NA<;IONAL (Seção O) . Sãbado 4 6~9

;..cn:tarl• E»•clat d .. C:l•ncla c Tf.c,.ologla- •crnR- no Yllotot'


•• ·f'C;z~ 2-ltll.tOt,ll( Oolto •llhoera d• c.r<.~z•doa n-o• h
~~~u.~uun
:S.Il\'JLIII
...••• ••• "··
rcntC' 11911l - F'un<'tG Nllc;.lo!l•l d• Ocw:nvoiYI••.,to Cl•ntlf'lc;o
.. r .. cnoh>lllito • •
Fundo N:licionat cl~ O..t.•nvolvl•~tg ClcntLrlcGI
1.111
4111lti!P'Jflllitan.,..
.....
4,111HL811 Cl,tltiJ.IIttJ,U ...... M
llol

••
.........
ltf,f

it'I'G?' -
n•
.......'"'·'
e To:çnolo11h:o S111t: UAJlt>lf 1~.UIU,U III.)
U90'I'.O~\I0:::&31't•3 - Afoolt;~ "'"' ,.,.o:~r•"'• di' f>•••nvot-
YI.,r:nto T'llçnolog;LCD di\ EIWP'~•• Nacional ., tolu;,. ruca. PtiJ't$1' n1
UHW.OI
Ull
....... ...•••
ll'j!tfJC'flUé'
n tlfi.DMIIt.ICI H(tOSU
't,ll'loii.Ol"_.I-·O.Il-<1.11
Ult
....n.> a.etct
u~ .....
U,4

Slllt IW\C'ItmJ'ISTIC,,I!Jil.U 100,1 ltf,,


tonfor•e- t.~ dc•ont.t.ra a Ct:t~,&lr. o cri-ftlto c•PI'<:Ial '""
•roi'G'I.to J>:t.r.t. •• pr.lnc.h•al• Linha,. de lllpolo i. Pecq•LI'Ioa
C•eotlflca c Ttotnol<5t"IO::II; d••cnvlltvod:u •ela SCT.IF'R (FNDCT,
hl • W...~,.,..-: ........,l•l~t' ÕIJtl'i""'td, lollr'NUO tifootllielo TtQC!.siC!I,
I'MM\o I ,.,.., .. l'll..,..,.l.>l I f:.,.t. I ho!ll'L.I Rbu.il.
De-senyo\v•,.el'lto E:o.Po:rl•cnt,.\, tnfor~<~~~ocS:o Cl•ntlflc;r; e
Tc<.ot~ol&!llt .. , F'o"'cnto à Pccqul•a F'undaoorntal • "Foournto à "• • .,.,..la oht.a<'HJ ...,..,."""""o,,..,. ..,..:OIIb>l 4<o "•1•ttf b ki>POI Tl"ll
..... q., ....... 1\ptlc•dal e .......,, •., .....
t. c>ar'./... .,co.... o ...... dota.;:;:!:e'llo • Ul:tJ•• 1 ll!d~l 11~.011 t.zo1o ,.,, • rl!!ll;l ~· un n lill'on !Ir ,_..u~on
lnlcoals d~·:o-•.as tlnha'llo do., ~t-fc•to• da acclctac~o do - .., •• ,..,....,til'..
pro<:orsso lnflaciOJ'I:I.rlo, o!jg •-r'lraMn nrnhqo( urés~
u:.Ll. •• rcfil'rld•• .lotao:.:>.r. .. : OJ.till;t"anda-sor coroo <lcn,.tnr 0 lei • r-t.. 1 ,H-.tu r,tiew ~ ICII J.,tl.l~ : to.;,.wM.,.Ia t ..ou.... lll t
ín<llce Gcr:;.t de l'rcços, I(iP-OI oh, F'CõV/R.J, cstl.,.,.-,.., que a11o lolor.,,u tUfi1UI(I I lt(q\otiC-::. ~~~ l$,f IIU.CW..
dotaçQ~s Iniciais <l~y.,rl•• 11o<rt' rcaJust:tt.cras Pc.to •cnos ca

I
l06.4X, l'l.r'a •&n..,tc-nçii:o <lo pod~r d~ co,.prl. da oipoca da
.;;-rr.>v:tt.cii:o tv~dc Tabcla. 1 - l'igln:a t3/~41.
la::S,7-··· ... :...3
""b11ocrv,.-'I.C', ta•bi.M, •~t~c ' a propot.ta lta91h:Lta dc
corr'ICCioL"', lnlhcloniÍrh< ~ d_lro:rl"nclalh, (C lnJ•ntlflczlYC\) .-----===---------.--,-------.
L I M~
,...,...
orntr'.r o :<"N:X:T c as ac~11o d••cnvotvid:;.s pelo CNP" • 113,3X e DEPUTP.OO ANTONIO GllSPAR Plo!DB I
7"L,ZX, r'C' ..:>oo:ctlya•cate (VIde Ltca !1, Tl.bll:ta 2, páulna
).

ltu;toa.\t"-"" "uc i. aod I rtcaç!ht ora. c>I"OPO'IIota oE d ..


fundaacnt:a.t ~ .. Por~inc:L• p:a.ra. "'JI' ot. Instituto .. dC' '"~'"q'~i•a
Ylncutado'l. 1.0 CNP<t po .. •a• 'I'Jitar dc•pc1.JI'I. lnadL'Iiv~t"' .,
lnca!Opr•s•(v.,ls de ••routene:io doit 'I.'Ja'l. :.t lvld,.,des, o:1a - u1a
forAa <III.,• O'i dco:alt; lnritlt\lto" d., pt:'I.<Nisa Ylnc11lados
cllrct:;..~~~Cntc à SCTIPR, çonh..,,tad.os no 1'1.. S7J'8'1,
ln c. \u•-• ondr c:oubcr I
lwooo:,.hr • Dotacao da atiYtdade 1170i.O:it.00S62.714

.... . ' ·-------- JCI'-OJ


"anutenc~o <lo 'L .. bo~:Jotor lo N•c lonl•l de t..uz Slncratron
Con.,.orlho nacictnkl de Oc-•c!W'olviP:ul::nto Cientifico c Tccno\oglco /
CNP<I / Sc<:ro:taria EDp 1 cial:.d•Ci•ncl11. o: T~cntol<>lll"' - SCl:/PR -
.1'

'' Estlll.ano:lo-sc lnft1c:lo


nuh. •• ..11111/0cz
de NC.:S a::;6.•eo.eo ( Oltoc~nto" c dnq<.tent:>; cri" ooll
cro.u:•do,;o n 0 ..,...,. ) P•rl'l HC>::3.400.000,.0• ( Tro:fl •ltnoo:"' <t Qu•Cro-
CC'ntos otit cr"z;,dos novo'l. >•
.Jan/8? ~.2~3,39 -9.~3:,:39
Fe" :1.•.:~.-~.69 t.•.a4S,69
I'Sar t•.7a3,~a 1~.7ti3,~B
Abr u.o.. e,:s2 u.3 4 e,~2
I'Sal 1~.707,37 12.787,37 U'9o• - Fundu /-IOLCional de D!l:"lil'nV"?IYh•cnto c'~o:ntltlcQ
.Jun 1&.209,07 t2.7a7,37 c TccnoiQ~Ico
.lu\ ~.3::00.~6 :1.2.(97,37 ·:1.1'109 - F•mdo N#o~lçon::t.l de Oo:scnvolvl•o:nto Clo:nlll'lcQ
~o 3t.:!04,1.& 12.7u7,37 ' e Tcccnol<'>lllco

_________ ________,...____
Sct 4'a.37s.a::t t.;,7s7 ,37 U'P09.63UIO ~"l:J.72" - Ntolo ll ftrojctolõ na ~rrll de
Out !:iQ,e!:!I,OO (*~ 12.7&7,37 Do~: 11 ~nvotvlMI:I\tO Clcnttrlco ""' tntid•de• de Enoslnt"
Nov 79.:53::i',$0 Hl) :1.2.787,37
Dr11 ____,_
10Q,9é3,•• tMI 1:Z.7a7,37
1/alorl NC::a:s 2.!S44,1Hé,CIO (Dois •11hac.,, ,. .. L.. hentos c ,.uar~tnt•·•
so .. -. 412.~3.3t. t 144 ••21,.&4 ""atro ,.;I Cr'04:t:ados no~s ).

412,:ilt3,3& lfi'UifiNIU/6!
. V..r tac:lo X • C ---------- - 1 ) x 1M • :1.84,4 :.;
:1.44 ••21.64

Conf'or111c •• dcf!IOn!ltra :a s .. IJIJir, o cril-dito ~sp.cclat


01-t-GA+!lD PI'"OPO~to p•r:a as pr,lncipals L.h•has de l'lpo,lo à l'cs'l•.LI't.a
( ---~-õi'--- -1 I 1C. , • •, cu:nt1flo:;a .. Tecnológica desl!'nvolvidas pela SCT/I'R
Oots.nvolviiOellto E~t~>otrlr>ental, InforMaçio
lFNOCT,
Cientifica c:
T~:o:anolo$~lca. Foac:ntQ à PC'sq"l"a Fun.:a.. l'ntat c Fo ..... nto ·lt.
:1."1.,::5 + 64,9' + 76,oll Pe ... quis=t. Aplicada) é Insuficiente Para. rccoiOI'CII" •s do~•o:;Õe-s
( - - " " ' - - - - - - - - - · - - - 1) X , • • • tee,é ): lnlclal'!l dcs'!la11 llnt.as elos cf.. lto.., da •cetcrac:O:o do
14..,'5 proc.etoso inflaclon;[rlo, ~L..i.llll:
u.aJ. às ref!CI"Idas o:lot;açó> .. s; utll.iza.ndo-101' COO>o ""fl~~or o
índIce Geral ctot PrcçOh IGP-Dl da I"CV/lt,J, e11t l•a-so: <lUC
OI,. Dota-;i.o lnlch.l dot!f,Ç&a:s iniciais dc~laa ser reaJ•J~t•d•s·pclo acnos .,,.
$A • S<i~h:aentac:.Sc$ ,Jiprovada.s (pL. 22 + I'L "':U 164.~%. Pllra aanUt!i!n;iQ do pOdl'r do~: CO"'l'ra d:rt. ~I'Ota._••da
$P • So.u>l••~llt~io e• Olou:uss:lo IPL ~7) aprov.cio.(vldl' Tabela 1 - piglna 63te41. • ,

.....
ObWrva-se, taiiOlléa, ~e 1. ,ropo"t.ta loopl (c I ta dll
c:arr'ecS'o· lnf'taclol'lirl;a é dlfcrenc.l,.da (<t lnJ•,,.tlflc:â-11
Cfltrc o f'NOCT I' as ,.,Se,.
4esotnvolvi(la't. po:lo CNPq , 113,3% ot
74,2X, re"t.pllit::.tlva~~to:nt• (Yide itell ~. Tabela :, "'•lna
.4/04).
C~r<~hl 'I 111M.
lbt~saU•-se '""' & aoo:llflcac'i'13 ort. pro~o;ta f
,.,. UI '
I CCI:;:UittU f11ndaaotntai IIOPortlnçla para 'I•Je os la-stitutolf. de Potsqo•l"t.a
"'tnc..,la.dos 1<0 CliPot PO,sa• q•Jitar 4c1'p .. sas
de
lr.adl:i.,.els •
'nc-Pri'StShr•H• dot ,.,..nutenc:io do~: sua-s at IVIdades, da ""•••
UIG'IACM llllt!lt
tor•• "'Uc- os dl!ll;al• ln.t lt~.r.to'l de '"c-squLsa <llnc\ll;ados
1,11 WlOil. '
1,211 "·'
•• ,cflt'l't:UWnte -· SÇTI"PR. COI>te,.pl'lodO'I. nr) PI.. :57/99 •

11 SLf\DIDil'COE$
1.11\\IL.Dl
uu
.rfOj~ IPI.J:l CI'LC:I
......
6640 Sábado 4 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D) Novembro de 1989

de NC:r~ ~:IO.IIQoO,eO ( ' Ouunt<a 1t tdnf01. •11 .


:!~~~~-~-------·---------------. cr,.., 11 ,: 011 ,. ... voa 1 f>'t,ra Ke= 970.eOO,OO C Hov~<:~<ltos I' ••t•Rt:.a

.... Et.~l•ando-u
lOF'~OI

nula c• .Jo•n/Oc'l:'
lnllaclo
01ll cr<1o::o.d<>"' ~>ovos).

9.2$3,39 ·'1.~3,39
F'ol\tc• ii?OO ,.,.<Ttlo Naclon1>l de Do:sl'nYo1vl•ccnto 'cl.,ntlf'lco
FCY 1t,3<1:0,6? lto:Jo\:";,&9
1,0,703,08
« trcno!Oflleo
fl:a.. t•.7t13,0Q 11909 Fundo N:o.clonl\1 d~r O~u·nYolvlll.,nto .Cicn'1:1flc:o
#lbr 11.3o1e,::;2 U.3<1•,::;:- C TIOCI>O)OI)iC:O , .
"'"' 12.787,37 12.767,2; 11'l0\>,03HIO ~•3.061 1\polo a rroJ•tos na ,.,,...,11 de
R

.lOJr, 16.~ell,87 12.797,37 de O~~lti\VOIYIMCnto Clo:n.t !fico


.,tul 2::1:.3~0.4.!. i2o707,37
1111o 3o.:-.•", 16 12.797_,37
s.t 42.31:'>,9::1: 12.787,31 Vl.lorl NCz~ 7<10.000,00 ( Setcc:entos • ~u11rcr>ta all eru:~:p.dos
Ot.~t !iO.t':!õ!-,00 c•;.' 12.797,37 f\OVO"' ),
Nov 79,::;3:;,oo <•) 12.787,37

--~·-·------ s.ea. 963, •;.•:..;•~·c'-----·


t2.7a7,37
"}SUEIÇéiJU+•
S.:.•• 412.:0~3.3& 14<1~021,&<1

'Con for• C' S<lt dc:•on.stra • ao:o•1lr-, o c:r<ld I to cspcc: lat


propC>,to p:o.ra a• pr.lnC:Ipals Llnhall d• ltpolo à Pcsq•1lca
t:icntUic:a ., Tcc:not·l~lc11 d<:"s,.nyolvldis PCla SCTIPR IF~DCt,,
\larhcio X • < ----------- I ) te 1tt "' U1&,4 %. o'"scnvolvlroento E><Pit~IMent:o.l, Xnf00"11ac:S.o Cl..,t(rlca -.
T'"eonol.$1;1ica, f'oll<:"l'lto à PC:S<i'-'isa p..,nda.,~ntal o: 'l"o111cnto à
f'c'!.'\'llt.a Al>llc:adal é ln•••Hciltnte )>ara rC"<:OIOPot" a" dotacõcs
Iniciais """'"''"'"' linha$ dos '"f'cltoa da :o.ccler:o.c~o do
OI+SII+SO. .. r'OoCIII$'SO cfnfl"a.c \onir-lo, o!jp !M)pl 'ran1P MDP1• JCré-r l•p
baJu•tc • t -------- - i I x ttt rLLL l'!. ,..,r.,rl.:l11t. dotacz., ... : •Hil.l:ando-sc co.,o II<:Hat<>r
...lllf'OI._to Dl i'n.lllcc G<tral d<: Prorcos, XCP-Dl da f'Gt,I/R.J, c5tl.,...-s., "''"
dotacões lnlelals d"'vcrla10 -s.<:r rc:o.Justad;ot. p~rlo •~rno'!. e•
... c :~!~-~~"'~·•
iU·,S ·
• ""·"- n x te. • tu,& x'
1!36,-4:1:;, "a.ra ••nutornc$;o do poder d.,. co•Pr" da êpoca da
apro..,.cio Cvldc Tabcl:o. 1 - pàoln.;o. e3tll•l· '

Obser-va-,. .. , t a10bé11, qo,., a proP011ta IIOP 1 I c I t :o. • d•


c:orre<;io lnfh.elonirla é dlr,..-.~nclada lc lnjY5tlflcllvcl)
Dl • Dot:a~âo tnh:hl o:n.trc o FN::>CT o: :as ac&cs diii,.C'n....,lv_id:t.s "'"lo CNPq , l1::1,3X c,
IIII'• SUp1c•cnt:acÕ•s ,.,,rovad"s CPI.. 22 +r .. <12) 7",2:1':, resp<:"etlva • .,nt .. tvlll~r lt1t11 ::;, T:t.bcla 2, páalna
m • s .... tc•cntac:io -11• ~i1.c;t.. . $:lo tPL.. :S7) 111"14·H,

"""'"'"-tta-s.. "l'Je a •odlticllcrõa ara_ prol'o ... t;o. c! de


fund,.,.c-nt:o.l IIIIPO~ti.nel:o. para"'''" os l~>s.tltutos dor pe-squisa

I .., Dhfd I 1• •
vlnc..,lado,. 1110 CNPq PO'>'H'"'- <i•Jitar dcsPt'ifaS Jn:o.Cflàvcls 1:
lneoro?resslvi'IS de n<t.n<~t•mcão d<: '!.\Las atI v idade~. da _,. ••
ll:al·l~ I ·I for10l'- q•Je· os d<:"llaos ,ln~otit<~tos de pes-lsa vlnc:\llados
dlr-eta•cntc: à SCT/PR, contcap\ad010 no PL S7/S9.
..
I I~ I
"' I I~)= fAI f lU

~~~~:~_: _____ ~-~---.....----~·:-,-~=~-


•..
U~ti\ICW.
&.11 1\'t~
us. •••
•••
G,T iiM lOP-DI
"·' too.t

.....
lt~.\tai:S~~UlU~rt.UI
I.IIWUit ...•.. ... J.4,t' ....
lto.t
......
.Jarl/69 ~.2!>3,3?
s•.3<~:S.6<J
Est l11ando--se ln.flacio
n\ll:O. e• J1.1n/Dez

9.2::;3,3?
t0.3"S,6<J
lt~PDillSC!WaiMJ
1.11 r.I.OR ,7;4
••
...
••• .....
,J'-4 ""
.,.,
1•• 783,08
u.a<~o.z:!
t0.783,08
U.3"e,:;2

.,...,
Ul.f, Mal 12,767,37 12.767,37

.... !1..21!19,87 u:.7B7,37

r •..n.•
.., .-fa>IG !tHU. tsTIIIAM .>o• I 22.3S0,<1..S 12.?87 ,37

.......
3 •• S04,16

•..""'...
4,11\'l.tilrl U.II+U,UKUI 12.767,37
,4:!.37S,G:2 12.767,37
Ult'
'·' n,o
100,•
Sll.&S:i,et (*I
79.S3S,<U t•l
12.767,37
t2.787,:n
11111: RW!l.lCU,tiiU.Jl..
"''
.....
.,..,~fiKAl~·'·'
f,U Vlllil l~.t'

·~ "·'
"·' IOO,t
.... 1•a.7é3,eo c .. ;. 12.787,37

n lirtn.!!IT~ot.~t~ Pfi'OI'IIS'Ia
l.tiWUQIUHI.IKt.ll
T.,IU
~.<
"~
'tl,tlc
D,> "·'
J"·' Var laç::ilo X • ( - - - - - - - - - - 1 ) 11: 140:-· 186•" X
.I J K •wtm: I'IIJ'IISJB l,,l1fll,ll nu _1®.4-- 100,, U<l,8'21,f"

h)• ~r.,.INo: )t-...J...... to I::<HUiftlllo llilM' .. UGCINtificl'• TfODbtiCI, OJ•SA+SD


r-to 1 '""''" r'"""""olll • r....,to' tr.,•m /ofliCH>, Re'~J<~sto: • ( - - - - - - - - - - · - 1 ) K t#.,
Pro,o>osto OI'
ül· fl'op!HU •1•~•41 Wfllm,....... a ffi'oa ,.,.culvll '- rN/"'If i&> .,h~ fia.!!
.. rtlK.._ • lo1cbl UOO,Ul tut• ur1 • I'II'Do;1.:.. 160'1 u liltln H,....,.,.
.........;,.. ~~a,.!.~
(d • r-.to • ,...,,.,:. ~uOO =IC:ll '·• ,;~~~oos : ,.._MiNu. t..ttlo••Út •
fl1f..,..,.,~ C•o•llhc_•.! l....,ol ... oco =!IÇ.II !l,O .. lt«,,_
01 • uata;.:l:o lf\lel•l
SA • S••pllt•<:nt:o.ç6cs Aprov•lla~ ICPL 02 + P'l.. 42!
BD • Suplc•~tnta;:lo .,,. Olsc:\lssio (PL :S7J

r-t-~-----c,.::o;c,,o,:::oo~~-,-,-.,-"-.,-,-.-~--'~-,r:'pH~ =-:J 01'\111 .I


I
t61M.

""''""'"' '"
til I (CI:tllfiU

!IIC1<.~a·a~ arur~ •eoubo:rl


HICI'AMllnCUI.
1.11w.ttll ... .....,, .....
100.0

l.tfi
. Au•entar a Dotacao da at lvld•dc- U701,0:f100S&2.7fl•
Aanlltenc:"o do tn"t I tuto, de i'fl\tCOII'Ot I <:11 ll'1.1r11 c' AP I I <:11!11.
Con.scllll:l l>a<:lonal cl"' O~tu,nvolYIJI"nto t:ilrritlflc:o III Tc<:~to)oglco
~~I Gor<:ro:t11rla E;sp•c:l•t da Cl•.ncla c T"c:n.plo$1111 SCT/PR R
I)Stflt.'IOiloi\.(0/W'JJN.II,SIPI..Hti~­
!,U\'!ll.o-.
UIZ,
....
.....
DIÁRIO DO CONGRESSO Nl\dONAL (Seção U) Sábado 4 6641
Novembro de 1989

:n~~o;~.abltl'õt'CJICCPLm
3,119.1.~
J.J)I ...••• •••
11 11
.
,.,
""·'
. ... I
I
lOP-OI
Ect l•ando-•., lnthc'-o
.,,,
...•u...
., JOTIC(I !1)11,1 mt~
t,lliNI.IJ:"CI,IK!t.IJ.IU,II
••• "·' .....
,•••... ....
4,:Jt 11,1' .Jan.f8'f 1'.2::13,39 ..2::;3,39
t•-3-4!1,69 , •• 34::0,69
Sl Z Jc: liUMit Ct.IIIU,U 111.1 t•.783 •• 9 1•.7a3,ea

.....
" 10t~ nliit l'tll'im' "''
6,1)WolGI. ...
••
•..•••
.~ .....
•••
........
U.3"'10,:i2
:1.2.787,37
:1. •• 2419,87
22,3:5.,46
3 •• !í.4,16
11.3.(6,::;~
12.707,37
12.7'17,37
12.787,37
12.787,37
::~.

... ·~··...
fl ~/4/tj tu'OS'I.

,.... ..... 42.37~,82 12.787,37

••••
1,11 WW1 U,tKI,IH2,11 :U,t Ccl 76,4 !í8.0!li$,.& C•l U!.787,37
79.-sa::;,eOJ C•l 12.787,37
·~
Ull
(lez, 1.8.943,61' (+} 12.787,3?
li Z K ltlWS1t nD'CSTJ C'.1LICJ.ll •••
Cal- w.,,.,...,,: ...,......,.)lol...,lo tt,.•l-111, loloroocn thoUflo:.~ t IO(IIolcmcr,
'""'"'" 1 ,..,.lw rt'IJ.I-1•1• r-11 a r.,,.,.. ~JLcúa,

tU • Pt-C~ olot-rl'!l ...,......,. • uuo ,...~ln\ 11t lfl~ll 4l tol:tuo fiNl 412.":103,34
K rtiiiiU 1 IOI(il)l!~.tll holl Ul'4 O rQ.T C"""" 11 III"" .. rti!UU' ..,..,:.~~~ .. % .. ( - - - - - - - - - - 1 , ~ , • • • 186,4%
~... (oiiiKfflooCW.. 1"'1"'1 •• 21,,4

ld- feot.to 1 '~'"' "'llo:M&,. K1t ,,o lll!lool : tts ..voMNfl\~ I<r .. t-111 t
t lt<;~~0]~1" : if::ll Dl+Solo+SD
Jof .. UC:OB t-hfi(O \),f Jl)hon, '
•••Jucte • C ---------- - 1 ) • t••
. I
-----:::--:------.·.--·---,
Propo-c;to
.•
.... (
DI
1<!..,5 + ..... ., + 76,"'1
----~------ - n .: to• • :z
I OEPUTAOO AIHONIO G~A_:;PAR _ htA
• _ I P t « l_B I 14.,5
U•&,6

DI • Dot•çlo lnlr la\


~ • Sup\«:M<rnt ~t.S<t'll. Aprovad:u CPL 22 + JIL. "'121
SI> • S....l!l••.,ntac{o- Dlll_c<ú:d.o CPL. ::17)

........ ....
r.~~::,,.u,
Inc.l"•-•o: on<l'~:- coubc1'1
,..
A~••ntlu• a Oot 11cao da •t (Yidadc- u7et .03180::;62.lo'i'9
·' """' ~.Cd

' ...
Hanuto:t~co:o do Ccntf'O 8ruoth:tro r:lc Pc!ICI1illu< F'lt.lr"" I' IIW!II\lllt.UIO I
111 tCI =tAl I CU
CO<I!Iclho n>~rlona.l r:lc Dc:-s .. nvolvh,.:r>to Clrntlrlc:o c T<:enologlco I
CNP<t' Si<cf'oe~•rl• Espcrll\1 r:la Clcntl• c Tetnolo11111 - ~T/PR -

........
41!c NC>:S 4-t~.&oo.•Qo c Qu;o.t~occnto., r qual"cnta c cinco ooll li ICTI!C.M t~mll.

~.·
1.11 VILIJI ICM
Cr"U:ZadO'I' novo!' ) P11r"' NC>:i.GOO,OOO,Ofl <H"" "'lth"'o • olto- IDO,t
o:•ntoc ali c~uz•cloc novot.>•
1.11 l
'"
11 SlftD!E.'InAtlXS
2.11 WUI'I
:UI Z
1\P\'11'~ cPl22 r ru21
... ...
..... .IC,t· ....
tto,l
11900 - f'llr.do »•clon,;,l de Drsenvotvhtcnto t:l•ntlf'leo
31 UUl!OCfiiÇAQ 01 Jl~ U'l.'5l'l
11909 ~·... ~~~n~~~~~~~l ele Drsc:nvolVIl\Ento Clcntlf'lco
·_ 3.U V:tCR
Ull ....••• u•••• U,\
100,0

...••
c Tctnolo!l Lco
11909.03100 :!;~3.061 - Apoio a l"f'oJ~rto• na t\rt!a _de
di! Do:•cnvo\VIMcnto Clent I rico 4IIOT~ niUll:sTII'AU
c.u lllliR n.tll<2.llH3.11
uu "'·' :111,1

Ua]Of'l NC::S 1. 3::1::1.00&,110 Ulu• •li h•o, tr·cz«:nt a• "' c lnqo..cent a e


c lnco ~t~ll crtJ.~ados novo•l • $)X 11.-RWIISTtH.. IliCI.II
U,l

113,3 .n.z ....


. 11+,0.

61JDIAÇN)TilW.tt.L'tllSTAnl
'·11 Wrl.!lit
'.li I
.,. "·'•••
1!9,1 ....
IOO,t
!USTIE JCA!WA • 7)5lJ\D'Jlfll(lll
l.ttw.ut 14.1Kl.IHI.ll
r1Qt51'.
...n.• •.. a"'w ,...
'""aP<>~~~#o;:;,., •:,. d:~~=;~: isa L.~~~~!'":.."', ~~~:·! ~ ~ _::::~ :~!
Cl.,nt(f'ica e Treflol.;ólllt::• dC!!o:rlYolvfd:u Jõêla -SCT/PR Cf'NDCT,
1)H

111 JE lWI:Clt I'W"C>ll u,nru.u' 110,, .... IIIO,t

1M,,

Dca•nvotvl,.cnto E:<?>o:rl"'"'"ta(, lnfot"ll:u;S:o _ Cl«:nt i fica c h)~ ~"*m': ~M-I• t.-nritf;lt.tl. lolor.s;n Clodifla • TOOGII>I!a,
Trconolóllic:a, f'cull':nto ito. Pc-sq•Jisa Funda•cntal c f<l'•ento '- T..Mt111 h1.,du T...S.Oo!IIIJI t f-1• 'T*W~JU "linta••
.,,,.'l'•lsa Aplicada) é lnsOJflclent., ~ara r•~Ómpor- ~os dotaciies
ln I c- la Is d«:'tlsu. 11 nhu. do.. .,r., I toe da >ICI'l.,r ::~'cio do_ aJ- P,.w~b •la!oo:'oofo ~nl.~l~ t - pf~t"l"'l
,.roces~o
~ ito.s
lnth.:Loni.l'lo, n!in Jmelluorto nenhum vCF"i•o
rothrl;as dot•cZcs: util.l:.-ando-:u;· co~o d<tfl;~otor
ft rth;ID I Joidd 11!-0,UJ holo
~M~~llct..
,.ti 41.rnj"'ll 4,t loll'IOI Fiut
I I'I<KT CIIOoO lVI IS li.tMl, olt .... 'IOIU'

:lncllc<! O:•rat d• Precas, IGI'-01 ela f'GIII'R..J, estl~>o-'SOI! qoJor


tfotac3u. lnlci•ls dCYotrlaot ""'~ rca.) .... ,.t ... dl'o'l ?>o:l~ •enoc .,.. lei• r......tt,a '""'h' -.,ua61: ICzl ,,tlllh:.t-1: ..._..""-ID hrtr.l»Atd'
te&.~:z. p:ora "'\+.nt.at•ni.:ão da !>Od<tr d<: co,.pra da ~pr.\c;o.. da hFor1.1~~ t•nhho:.t • T«.. loJ•« =IC:' t~.~ ••ilon.
aprov•cio (Yide T!-beh i - ?>áillna 43/41-4).
Obser""'-""'• ta,.bof.,, q•Je a proposta i~t~Pl Í<:lta <I•
CDr'r"e<;:S:o lnthoo:;lonãrla é dlf•rcnci"d.a hi lnJu"Stlllcâye\)
•ntr• o F't!OCT 41: loll acôSc11 <ICIUinVOlvldac pelo CNPq , 113,"3% or
L
..,
.o-:>7-41>007-B
.
. I
74,::!:1:, .. .,,.p.,ctlvaacnte CYide" !t.,• :;,--Tebcla 2, plisina
4·V~4). r,~.----------,,-,-,-,,-,-,-,-N-TO~-,-,-,,-,-,------------,r:A=r==;H~=:=J
lfes11:o.1ta-s., "1<111: :a ooodl r!caciõo ora l't"OPOSta é dC"
funda .... nt1.1 iii.PortS.ncla para <WC: os ln"Stltutoll dlt pesq•JI'Sa
vlnct.thclo~:~ ao CMPc fi'Osc•'" •l'lltar det.pecas Ln::~odl:iv<tic e Inclu:II·CIO' ondo: coub<trl
lneomprcssrv.,lc de ..-.nutltncS:o de"""" •tlvldadct., d:o. lltC's•a
ror•:o. que D'll dt:rutls inst ltuto11 d<t pesqui!la Ylnco..clados Oohocaa p:o.ra a :o.t lvld•d« U701.e310tl:563."::!'14 - lMPlv.ntl!,çao
•lrct:o.•cnt.e i. SCTIPR, CCI(It«:np\adoll no PL. ::17/89. do L:o.borat-orio Naeion11l de PlaSOI;J. l"usao Nuclr"'r Conlrol11<1a / ·
Con•<rlhQ N;o.clon"l dor Dcr.o:nvolvll•"'nto Cientifico_~ Te.:.nol_olllro I'
CNP'I • Sorcr .. t.,rl:o. EIIPoflcial da Cler>o:;la"' T<tcnolollla- liCT/PR ~
,..,., valor de N.CzS :;zao.ee&,e• !Duzc-ntot e olt_cnta •11 cro..c::::...-oa
novosl.
664;; Sábado .4 DIÁRJO DO CONGRESSO NACIO('iA!_ (Seção D) N~mbrn rJ~ 1989
--~----~-------------------

F'•totl UVtl
119.9'
"'
"'
Fundo H,.r;lonaJ de Dee•l!vol ... IMento Cl•lltlf'lco
e Ter;nolo~tH:o
'undo n ... clonal de D<llle>.'IIYO)IIJiooornto Cl~tntl,lco
41 JDTCIIJ tllll.l. Ent!MM
4,U
un
\'it~li,IIICLIHU,I)
...
....I •••• .,.......
_.. e TO'C:notoo Ir; o
..... •••
..'"·'...1..
U1lO'I'.t~1o•z.o.!lo.-.1 - A!>alo • P'roJetoe na Area SJIIC t!AJ~ lf,J),I(I,II
Des•owolvl••nte~ Clcnt l.,fcp
,,.1~ rlllt.L I'II(PIIfr.l.l
••HMG~;
,,IIZ •••
"·'
••
••
f)$li'UIC'!IIÇ.\Dmnsf•
.... ,,,,
MIS!Xf!CATWt •
l,JI"'.W.LI: U,IHI,I Ht,tl
l,JH
•• u•
ll,llel
1H,O
SI z1t wn.:m ~•ttum.n IH,, I•• too,,
e&..f'w•c ec de•on .. tra a en'llr, o cr~dUo .,.,..,.:ral
l't'OPtl"to par• •• pr:ln~IPal• l.lnhas do: Apoio :., F'e,q•ll•a hl • ..!lot;o,-: ~1\>i-111 t.,ll'l ... bl. ,.,.... ~ .. Ci""lftU • l,_lorja,
Cientifica ., TC'c:rto\.Sg;ça Clt'souwolVIdas ,..,.h. SCT/PR tFNDCT, r-tD 1 , ....tu r'"""-ul • r-ü a'"''""~ -.hei.,.,
Oc-sei'IIIOtvl•ento !:>(o•riH:tlt:o.l, Inf'or•>.r;il:<> Clorntltlc:a e
TccO<OoiÕGica, Fo10•nto lo. _Pcs~OJha f"und••~rntal e l"o••nto '- '"- rr.,.a•t• oh~•doo Wll~ 1 .. _ -u•tr•l 11+ H•lnt' • k t - fl•ll
Pes·~uos"' A:>11Cadal ~ ln,.•Jfici~Cnt• ,.,.,.., rc:o:-.:>toPOI" as dotar;OS.s HNI"'"'' Mc"l tl110,4llbai1W"t t/VX1-f6rtK \.llbn ·~~
hlh:-lals dessu. linhas dos erc:ltoe tU .,r;ot\cru;iõo do ~hld!J ... l•~.
,,.oc,..sso lnU•c:l!)nll,.lo, 11io rr!!ll 'canrto ocnb"!! !C~
U.ll. .los .. .,,.,,.,.,,. .. dotu:Zc11: utot.l:n.nda-T:c ca~~><> defllltor a lei· ~I• • '*'~li• a..Uudo' ICII 6,1 ~Uorl: ~"""""' tl-1"11 t
lndl~• OH"a,l de l'rco~;os. IGP-OI da, FGV/RJ, cstl,.a,-•e qu,e a-s l.Fcrtúuo tu•Ufw • lf<liCII..,n =IC•I 1~.~ "'li""·
dohu::3n. ln.ielals dcv~,.l.•• ser rcaJu11tada" Pelo •enos ••
UM·~•x. Jtar:a M.o.nuten.;-i'o do Podorr de CQIIIpl"a, da •pac:a- tia
aprovaciõo (VIde. Tabela 1 - piÔglna, •31"04),•
Obscrv:a-&ot, t:a,.boho, ·,...,., • Proposta l..,.l(clta cÍc
Ie!5::;r·-oeca.e-&
. - - - -DEPt/TliDO
- - -ANTONIO
- -CASPA~
- - - - - - -M
, -r•Pfo.mB:--1
-
-· -· I
..
c:orrcci:o ln-lbclo•ulrla <1: diferenciada Ce

..., ,.
inJ•utlflc.iye-1)
cntr• o FIIIDC:T c as ac~s de-,.cnvolvldas porto CNP" • U3.3X or
74,2%, ro:•pcctLY ...entc Cvlde ltc• :;, Tabela 2. Plitln•

RcT:salt•-'"' que a Modlflcacli.o ora proPosta á de


.
fund•aorntal lap...-t:lncla para"'''"""'" ln•tltu;tos de- pa-sql.llsa-
vinculados 11.0 CNPq pa•s•• ql.lilal'". d~rspet.:;o.S ln~lâv~rl• c
lnco•prcsstv ... l ' de "'•nutenç$"o ""' •u.•t. •t lvid:O.d~rs, da ••s•a
for•• '11.l"' os dcll&ls lnstlt11to& de por•c>Jisa vlncu.lados In.c 1111-s~r onde co11hcr r
dll",..tao..mtc ii. $CUPR, contc.,ph.<io~o. PL ~7/89-,no AuMotnttf a Dota~•o da at lvld01de H7•1.ti310G!i62.4'l'lõ'
11:~.nu.t.,ncac. do OllloCrY:;o.tarLO:O U:;o.clc>r•al
C:ons11'1tlo n>~clonRl d« DeslnY<>lYLlOIE"nto C:lentltlco c Ti'crtoloplco
C:NP'I I $o;-cr't:tllr I fi EloP.,Cil'l d:a. Clen<=:\a e T"cnologoa - SCTI"PR
ICP-IH d" NC"'~ ó!13.00!t,OO C Duz~rntos"' trotzc 1111
Cs~ llltndo-111> ll'lflt<ti.O cru:o:adc.,. IICY<>Io ) PU">I NC>: 'S'Go0-"0e,eo ( ltOYII:Cf!l'lta" •ll
nu.la c11. .Nnl"l)cl:" cro.~:o:adol'o ""'""'" )

.h.n./89 9.2:;3~3~ 9".253,39


, ...v tt.34:;,69 1&.3-4::i,ó9
l1:ar tt.7(13,69 It.783,03 119eo - Fo.~ndo
Maclonal d• Dcs«rtvo!vi•cn.to C:l~rntlf'ICo
Abr U.3-'••:::;2 :H.~O,::i.õ!
F"ontc•
,.. T•~nolc.glcO"· --· - · ·
H:t.l 12.797,37 12.787,37 11909 Funde. NA~ lan1l d,o: :lcs~rnvoiYIM"nto C:Jotnt if'ICO,
-
..lo.u!. t6.20.,.,87 :1.2.707,37 1
,.. Totcnolc.plco
~1 22.3:S..-46 12.787,37 11909.0:'1100 :;:ô3.DóZ - ApoiO a Pro.ict<ls n•s Arllllo d&'
AI)O 3t.::it._ ,16" 12.787,37 Er>crtla. Agropor.cual'" la '"' Octo~~:nvalvl 111nto TecnolOJiiCo
Sct -42.3:r:i.El2 12.787,27
Out :;a.e$:>.oo t•J 12.797,37
Jlav 7P'.:i3$,00 <•) t2,7B7 ,37 ValorJ JIC:rl t.ll7-t10t,te ( S..hc:~rnto• c olter>t.l • ...t~r •11

~--~~~~-.,...~-:~:~:~::~:~::;::::_·~·~·:~---~-----
12.787,37 C:fUll:adOIO. fi.OYOS ) .

~·). lnlla;ie pr<!J<rhda: 37 X ao .... acirtf'IC6!IV+ •

. l:orofor11<r Sll' dc•onst'ra a .. e,u.Jr, o croEdtto c&Peclal


pr-opoloto pa.ra as pr,lnc:lpals Llnh•s de ílpoio :i, Porsq••Lsa
·Cithtlrtca Ir TCfl'IOio$glca dc~oc-nvalvldas Pela SCT/PR IFNUCT,
Ocs.. nvolvliOer>to E><Pcrll1orntal, lnfo..-•aç!ilo Clehtlfi=a e
OI+So\+$0. T•=anolt::;~l=•• Foac-nto à Pe~oql.ll"'' r .. ndaOI .. ntat,c Fa•ento à
( ---------- l ) X tee ""'"qo,J.I•:a A;>llcada) á lneuflo:ie-nt" para rc~-por as <IOti..;Õcs
DI
!~~!!!! ·~~~i: ta~~~~:~ :s~ .:,!~\~;!ao d:.oo:~;te~:~~~-- ,:;
. J.4t,:;. 6-4,9 • 76,4 UAl. refcr L<ias dota.;Õc&: util.lzand.:~-se co.. o <leflator 0
às
•C-- "-----uxtet•1tt,"-X lndiC:c Gcl'"a1 de- Preços.,, lG.P-'D% da F"GV/RJ, -tf,..a-•• que •s
ue,:5 dota~3no Inicial• dCYI:'t".h.A sor-r- re•J•J'f;tad;>S pelo "'"nos e 11
iS6,.4X, · para OII.RI1tcnç.~' do pod•r <le <:OIIpra d" época da
al>rav•;So (Yidc Tabela: i!:- P:ii:Difl!l. •31"1-4), •
DI .. Dotaçlo Inicial
ti ... • SuPit:•c-nh<:6c& AprOY•d:n (PI. ~ + PI. -421 Observa-se, tlloUI]of•o . ..,. • Pr"opo•t• iiiPiõclta de
SD"' So~plc .... tac:lo c• Olscu.ul.o CPL :171 corre;!lo lnflaclonirl"a 1: dltc.r*-n=lada (c. lroJu.stlficâYel>
entre o F"HOCT c as •<5oo:s <IC"tõotnvolvlda'S pelo CNPq , 113',3:( c

..
.74,;!Xo rc-&Pcctlva.~rnte (Yide ltt:"' :;, Tabela 2, Pállina
D41"04),

ar, lfl .,... .., lt... es.alta•pc que a •odlflc:r.~;!lo ar• proposta • de"
IID~At
I.
I ""'
... I
I ltl =!AI f III
f~.~nd•llotr>tal """...-t~ncla par-a '11.llll' o• lnst.lto.<tos de-
Yln.cv1ados ao CNI"<1 """sa• 'l•llt"'r dcspc1as
pCiollu.isa
Jnadlivelil e

....- "' ....m.s


I
lno:OfiiiP,..,.._,r..,.ls de •a.nu.ten~io de Sl1ll.,. atlvidade..,., da ""'''st~a
1J W!I(M IMitiM. for•• que o" de•al• ln.:t Jtu.to& llc- l'<rsONis:a vln.<:ulado&

..... .....
....
I,UiW.Cit uo,s dlrctaoo.t:t~tc 1 :SCTI"PR. c:ontciiJ>Iados no PL '=07/W •

"~
, ~.......,,.,.um

.... ,
tn.m
...... 14.;.
•• ....
U8l.JIIMU IIIJ!Ql:UDfPUll
.....
U>""-tr:
...
liA
•••• .......
Novembro de 1989 DIÁRIO DO <:ONGRESSO NAQONAL (Seção II) Sábado 4 6643.

...
talt1R1& s,' F"ontwt St<Joe •Fundo N..:lon1l <fe o'cunWI1vl•.rnto Cl•ntl,lêo
-----------------~~----------- • r .. cnoloRico
1 I· JOP..Ol U'90? I"Yndo N•c:lew>al li• o .. ,...,,.,,olvl••ntg CH•~ttlrlco
1 t:OP•O% I E•~ l•andCJ-so:- ln-flacio o: f'<'(notoglco ,
. ., t ,, I nll\:ro e• .Jurt/Oc1: U?e'l'.I3100 ~~!l.061 - ilpato • l'r<>J•toa .,. """•• chr
---:;...,-y;-----;:;;;:3, •.~3,:W tle...,nvolvl•orr>to Cl•nt lf'lco
• ...... tt.34'!S,69 it.3Cõ,69
"-" :Lt,71113,te te.7a3,os U•lort HCz'l i.4b?.e0•,ee. ( Hu• •llhao, '1'-l•trocentoa e •••••nt• t
·::'i
• ..Jun
g:~~:i~
:1.6.:2•'1,1117
g:;:~·.~;
:1.2.707,37
., 0 ...., •11 cr .. zados novó• ) •

.Ju.l 22.3~ ... 6 12.7$7,37


111111 , •• ~ .... u. t2.71t7,:17
lel .. 2.37:>,92 t.2.797 ,37'
Oo.lt ~.t:i:i,tt C•l :1.:2.787,37
t1ov 79,S3S,tO t•l 12.7CI7,3;1' Collfar•• •e dcMol'l~tra • $1'S1Uir,. a erllflto ot•pcclal
0.1! Ul,9&3.:.~---~~ l>f'OP{)<J;to p•r• •• pr;lnelp•l• l.lnh"'ll oit: olllpolo t P~:•qu.l•a
Clt:ro~/flc• • TC'Cnol~SIIt:a dl''lenYbiVIda~ POila SCtn>R CFNDCT,
412:.St3,3~-------~~~.
._._
~;~~~~~l~:~:7t",.o..~~~!'"'r~!:!~.n ~!~~=:~;~.. t ;·~~~!!~~: ~
1

P•aq••lsa A;>llcad:p.) é '""'·"lcl<:nt• p;ay;o O"l't:O,.,POI". •• dotliCÔOI'S,


lnlc:lala dcst:a:o \lr>hat. do'!l •fo:ltoa da acclC"raçii:o do
pl"oc•no lnfhclonárlo, ni'n '""'JnMo ntnb"• arnhc'-o
t:.J:.Jôl. às. l"•hrld•• dota;:Sto:~:: OJlil,tz.:ondo~t;c co.. o denatol"
---.--~- {ndh:• Gt:l"al d• Pl"e<;o~, lQP-Of da FGV/R.J. c"t iiPI&-'IlC" qUe
:l+t.t2l,64 dotac3e'S lnlc:h.lr; deveriaM s•r r•aJus.tada<J. prlo ••noa ••
136,4%, pal"a .,an•~tornçi:o do p<>dotr de cort.;ora da boc• di.
liProva;i:o «vide Tabeh. 1 -pág ln• •3/9'*)•
01+111+'110.
•••Josh: ( -------- - l ) " t.tt Obaarva-~e, .tanb~n, q•.1e a pr-opo,..ta l""'llclt• .,,.
Prorosto tU .:orreç!:o lnfhctonàrlq é dlfel"enclao:la Cc lnJ~.<'Stlfleàvel)
•ntr1: o FNOCT r "" açt. ... de•envo1Yid:t."S Pelo CNPq , 113,3%. •
' ' t4t,5 + ""'·" + u .... 7.-,2x, ror•peet lva•ente (YidC" ltt·• :;, T~bala :o1, piJtlnl.
• t - - - - - - - - - - I ) " :Ltt • ~tt,6 X ~~./04). .
, .... s
ll:u.sa1t-.~se qu.,. a •odlflt:at:S:o ora proP015ta of '~~•
f11nda111<rntal 1-ortin.:ta pal"a q••e 010 lnstlto.t~O'S d1: pe-'l.q\1.1111.
lU • ~tado lnlclal OJit•C:11l1.dos ao CttPq POS!l.a• '1'.1 lt ar desPe'l.as. · I nau lãYe I• e
IA • StJ!I>leiu~ntao::.acs ""'"""'•d•s tPL :1:2 + Pl. "~)

.....
lncooopr- .. s'lliYCI'l de ru,niJ.tl!l'n<:S:o dt:_SIJa,. ativlda.dCs, da ,..,.,..,
$0' • ~.uolc•ltnt~lo - Dlsc:u•sio U'L ~) forM• """' 011 dtetllals lnatlt•Jto"S de Pesq~.<l•a Yln<:llla.do'
.
dlretaroutflte- :lo SCT/PR, c:on1:ot,.p\a'd.,. no PL 157/9'1'.
~

:~~~~~-=------------~
lf;IC~III'lott

,,..,_ ""'
... ·I OP<Ibt
I
I
"'
m~

(t)::tlhll. "" 1DP-Dl


IGP-01
E10t lllaMio-s.te lnftaçlo
nula "ela Jun./Oe-z

........
UJDTAUG
.....
l~ltlfll.

••• ,., ,Jan/9'1' '1'.~3,39 -<f'.~,.3,39

.......
a.l 110,$ fev ~:•.3<115,49 :1.0.34:;,t.'1'
u' ~~.o Har-
lllbl"
i0.783,08
11.3<10,!.~
10.7B3,tl9
i1.<!4~,':52

......
11 Mllmii'ACM$ ~CM t "-Gi
I.U•twt .... ...
IM
Hal
Jun
12.797;37
16,209,97
12.797,37
:1.2.797,37

·-~~~tllli!DIS&\tlll'm1
''·' .JIJ.l
::;
:22,3:;.;4.$'
:::;~;;~~.
:l-2.7$7,37
~~:;:;:~
..... R"
•• ••••••
lM
1M,t
Ollt
NOY
!5B.eS:5,00 C•)
79.:535,00 (*)
:1.2.:rB7,'37
12.787,37
"IQTJQ!e ftm

.....
1St !liAM
•.nw..-.u.amt.ll«~)
...
..... ~

••
.. ......... -----~::_ _ _ _ ~e9.'1'43,oo:-'"~'-------1:.:_:_"_·_,_,_
So•• "'12.5(13,36 1'*4.021.~

....
...........
nu. lnfl~:lo :proJo:tada: 37.% ao alls
SIS.IWmin: tt.t~U,tl
11 WIIC'I fWL PtCN5ll ~~~
•••
.....
I,Uwtlil
S.:~
n.o
' 31,$
---------- ~ :1. > I( 1" • uu.,4 :t

n UU~m~t~ nortSTA
l,I)WI.I»: CUH.I,IHI.-11 m.o
n• Zl.t fel
•••
.... Dl+SA+SD
l,tiS
IJ IIÚ:tAJ«;1t rtCPCIS1t C6,UÁt,u' .... ,100,,
tGO,t.
..:JN,(
( -~--------- - :1.

1.-.,'$ ..
m
64,9 + 76,-4.
X tO•

Cd- "*'""~: '""""'~.riNflt• bu.. t...tll,- t.h••m• ct~mã- ~r-~.


t ---------~_,. ~ x 1ee • too.• x
140,:5
r-te 1 ,_.iu r~~Mt""'~l' r-t•' '"'~'"~!>:MI,
• tl) •l'itoosh tbLal'~ lll.~{to\60-w t M'l.oll '"''"t.ld 11 r11jHtl (J htr.l~ Fild DI • Dota.cto lrtlcla1
"'rtlKII,• lnkitl flto,nl '""'' 11r1 • Jl.'!lCT cao "" 11 liot~~' do "~w. loJI • 511P1C"'ent:t.clic• Aprov•da!l (f'l. !Z'2 + PI. '*2>
. _.. toidol tf)G Of1. SO • S\1p\ort..rntaçõÕ.o h Ols.o;•~~d.o (PL ~)

·•:57.-0 • •
(d· ,...,.,,. Ptwrlu lfllud• ""''' l,t•tu-: ..._l.n-tt ~,.,.J-bt t

'9-:
1oftum• tl..,hha f Toaoeh~lct =11(\1 11,e nl""~o ·
..... ta iElllllltoK

,,-.--------.,-,-.-n.;r.-.-••-.-,-,-,-,-,,-,-.---..,..1:ArP= :--1 lt!.l'.l:UIY4AO """' Qhh)


"'"
~ 1~1

111011\CM JM[C\111. '" "' ltl I UI

1.11~0
l,!l,l
·~··
M,l ....
a.c
.....
·~·
llltif'Ul\rn/IPJES
1,11
t.tf!'
~,IU!f!
~ tru: t P\.421
....... ...,
-~
........
3istr\.DI!XI.ItMLtllll'itUSSi!OtMI
3,1) v:Lml
1.2-ll ...
n.o •••
"·' ....••
DJÂRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de !989
6644 Sábado 4

ttla'lo1Co'4 rt!Vt
.....
unMM
4,11 WUit fl,tHU,I)fU,U ....
Jl,t "~
••
...
IH,t
,.... IllfO-oJ
---·--··-·---
10!'-Dl
lt:stl•ando-•c 111f1açlo
111 H WJil.:U: 14.1li'II.JI w •• fC,I
·~~ 1 I nula "'"' JoJn..IDez
__.-·---""---·-
., IIT&;Aa fiW. fttn$Q ,.,

.....
f,,ll WUIII ....••• ...•• m,l
IOU
-·-----------'--"",:~--:=;,·.;,_·
.lan.lll9
Fcv
Har
9.253,39
lt.3~::S,4'9
1 •• 7S3,.B
9,~3,39
11.3~~ 0 69
t0,783,t8
7) JIWDIII(III
l,ll~
1.1)1
r!ICFIIS1l
t4,1HIJH2.11 ...
n.>
h,tlcl
~- "·'
uo,e
11Utr
He.l
Jo.ift
.Sul
ligo
U.3~•.~:z
12.797,37
1"o211t9,B7
22.3":".t,4!
3•.::;04,16
U,34t,!i2
12.797,37
12,787,37
12.79.7,37
12.,787,37
11 Z R lt.UI1.m: ~I U,U/U,JI 100,& 100,, lOM S..t 42.37::1.92 12.707,37
out ~s.•:s::;,ot t•l 1:!!,787,37
Ho... 79.!>3:S,tt (*) l2,7fl7,37
hl• """',.....,.'": '-"tM-1~ ttn•L-tll, l•for.. ~ll Chlll!llu t hc:atbiiCio O..z 109,963,01 t•) 1~.787,37
f-l• f ln'!tluf--111 'f•Ntt 1 1•n•lu -.llCMe, ---·------.....,._..~ ...
Saaa I 412,::1.3;36
-I .
1~4.1.:21,64
f.) • ""'e'h .,.jot4o-tf t HIIO ,...UIIIlf • nofnlt Q Jot.>e., rtql
dot.'~ ----------·------=------~·--~~~~_...
.. ftlii:N 1 loldiiiiiO,f:)llolt Ul'l tl'laiCJ ~- lVI A lll ...l . IH1111«
~loltcld .. J. cw..
fd• f-l•l't~tu ... liuff >:11;11 6,ttLL""'"": ~M-tt l!,.,l_blo
f•l•uno ClfAU/ICI" !O(IIIkl-)111 • IICif !S,I 011t--.

I Oif.So'I+SD
r--~----,--,-,-,-u-,-.,-,-_ ;:r'o-,-10-c-,-,-,.-,------,lc;Ar: :=;: =:J ----- -,--·-·-.1 ) K 111
0

DI • Dotac{o lnlcial

I no; haa-st o:~<'~ dO: coube.- I


Aullltnt•,. 1 Dotacao da at lvld~de '11701,03100!17:;>.:102.
Olf'>Js•o de Conhc.t:lllo:ntos Ctcntlf'lt:as c TKnolD!rh;o•
C~u••lho nto;l(lnlll d• DcscnWilviMIE'nto CJ.,ntlflco'l' Tcc:nolo~tl<:o
,.... SA • SUJ>l ...cntaçÕrs Aprovtodal' CPL 22
SD • SI1Pl••cntacl.o •• Oi'sc:o.ts.:d.o CP!-
'1-
:sn
PL 42)

CNP,. .1 S•cr•ta~loo E'J.PI'elal da Cicl'cia • T...aoolo7la - SCT.II'R


oocr 1 cr. ld lata.
de NC:-~ 182.068,00 (
cr~o~:uado'J. ,. 0 v 0 , . )
Cl'l'Oto I' oite-nta • lfols ali ·
Jlara NCz1 • .tO~.t06,00 I Hu• allh:oo • cca Mil
Uo) '1. lU lt,•IAtf_~U ••

cru>::aclos nevoa ) • U IQTifM 1~1ttlol.


1,11 1111.111 f4,1 ..,,, uo.s
Utl i1.S 32,$ lOM

Fonte r 11'900
f.1'i't9
-
-
FUndo lo/a c I anal di' Dl'llotliwt~Yiacnto C il'nt I r lco
~u!~~n~~~~!:;~l
di' Dul'n,..lvl•cnto Clcrotlrlco'
li ~I.CCS flti:III!MU (Pln
2.11 \'II(.Oit
l,tll
E ri.Ul
...... ~

"·'
..
'"·'
•..
• r.,cnotoglco
U'll't'9,CI3100 ~73.86.; - Apoio a Pro~rtos na ll~ca di'
In4"o~••c•o •• Cl"ll'ncla I' T•cnolo$11.&
31 Sli'I.DI$KIICAO
3,11'1.'tiiA

""'
a 11~ uun
•.. ...
"·'
....
'·' ..
"·'..
Valo~ I NC:d •ne.eeo,et C Nov•c•ntos c dcnoaio all uu;t"ados
novoa ),
IJWI~t'l.lil(,lSJIIWlA-

.....
4,1) Wt!JIIl,llfU,HI<t,U

"" ........
111,1

'li 111: 1WifiTt 14,1YU.11'


"'·'
•u MTACMJ rnw.
... u
'·"'
WU'Iot
rtar~STl n>
.........
,.ioopo;~~/"";::,.
D..SI'nvotvll'll'nto
":s
E)(ptl,.l_..,tal, Intor-M:ocio
0
d;;.~~~~:!,s"'t.i:~~!~d., ..,!~t!ltl :::~::!
•CIOI'flt(flca e TC"cnolo!.IIIC'a ci ..SI'nYolYlda''IO p .. ta SCT.IP'R (F'NDCT,
Cleht (tlca e.
Teconolólllt:lh Fo•l'nto à l'•squlsa Fqnllalll'ntat c. l'o••nto à
Pesquisa Apllc:o.da) <i lnsuflcltntr ""'~"' I'I'O::e»oPor a.s dotacS••
lhlflalr. drssas llnfoaa dos efeitos da accl•~•ciio do
li JI,I'L!.(OO~ I'Kte5T~
1.1 I WUoll "•IHI.lH:t.ll
7,tl I
ll 1: K ttAJWt rttf!ml U.U/11,11,
...
tl,f Ccl·

ICG,,
, ..
li.f

lot,f
;;:t_cs,.o lnf'lac loná~ lo, n'r roR! rqndn "t!'nhu• u .. f,(l•o,
índ 1<:•b

19&~-4%, · 1>ara
O•~=~·~!d~~-~~!~,.~~~D~t !~';~t~~~~~~..~r;~.~:!i:~!r
dotac;;.,. Inicial,. clrvc~l•• ••r- rt~aJui!Otad'aiiO P•lo
•anut•ncio do pod•~ di' ç.oiOP,.a da.
aPravacSo (yJdr Tabela 1 - plli:glna t31e.u,
Ob .... rv•--·ta•bh, qo.r.e a

Propo .. ta IMpl{ciia de
••no!l
<i!poca.
0

c•
da
r-too 1 r..tot~ r.....,..,.tll • r-t• 1m....u ~t~Uad.l.
...} •l'r.,..u thta-:o.U uoai ..do-M.
.. ,..!"'... ' looidallllla,u' ,,.,o
._..,Md,js '"'' Df't.
--~~ai ~~~~
r~N • nmcr ~ ,.,.. '"
,. .
(ti- Worror-: t.-Htl"'hri-to E>:•H"U..Id, loal'ornR~ Citotlflu t TtcMJatic.l,

q
li-'w••
lot- filll
~tut.

Co/~i!:CS:o ln-flaclon,rla "I dlfrrenclada 11' lnJu•tlflclli:vrU


entrr o_ F'HDCT I' as ac3~· dfi'SctflYOlYida.• plllO CHP.q 0 1t3,3X "
lei· r-t• t PHtoiu ,.,,~o;,t. : ll;:zl '·'ai ~!.H : ~hUatt flttt'..,bJ t
loloruçlt C:,..t1li<1 t Toaoolt;lu:. IIC1$ 1$,1 tllhon,
7-4,~X. r•spcct tv:r.••nt .... tvld• I te• :S, Tabrla 2, f"l(glna.
.-4 ....4). • •

~c•••lta-u' ,.._. a aodlf'lc:r.çio o~• I>I"OPO•t• i d•


funda-ntat. laPorti.nc:la ,.,..._"'"'"o .. Institutos di' ,.,.qui,.,.
vinculado• "ao CNPot po•••• "!Uita~ de•PII,.ÍI'!I l<udl'v•i• 11 r-'~----~,:,:,~Ul~A=O=O•A:,::TON~JO-. -.. ,c,-,-,-~----~,r~=r;H:-=i··
tncor~Pr<i-s,.ivl'l'!l de -nt&tllncio di'"""'" ativld•,.••• da ,.e,.•a
fo~•• """ os. dr•ala ln,tltut<>l' dt peslljUis:r. Ylnc~~alado• ~
orllr•ta~~aente à SCT.IPtt. contcaPlado• na. PL :ô7.18?. ·

Ii.c'lua-SI' onde co:.dle~'


AuOÓcntar a DotaC.att da atlvld>tdll 11701.131••~2.784 ""
flanut .. ncao· do C•nt~o d .. Estudos •• 'olltlca, Cl•nt,.if'lca c
T•cnolD§Ica ~· Con•clho nacional d• D•s•n\001VI..,nto Cl•ntit'lco e
·Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Sábado 4 6645

1'Rcnalot"lco. Cl'lf'• 1 llccr.-tarla


- SCliPII ~ d• HC:r=S 101.e11•,oo C
cruzado• novos l
Ooztr alt
,._,.. HClO S.OO.OH,OO l Cc•
E•~•u:La1 ola Clcncla e T•cnr:>togla
•11
...... .. !Cita!._
.c:l'uzado'l nayos !,
Jl!DlllliOO
....""' tif'1Cd
'
"' '
mA
I Cti•IA)I Ct)

i'"ont•• U9. . - Furulo Hac)on•1 d; Of:a,.n-1YI•cnto Clcntlf'lco


IJIQTIUII:JJClll.
1,11 WILIII
s.uz ...••• a,r
....
1M,,

.,.,,..
11 TIICf>OIOIIICO X,>

.,........
119M - fundo Nacional de D•••n-\vla.. nto Cll'nt I fico
· c T<~cnologlco .
t.l90\r,03llt0 :173.11/i.<l - !'~paio., l'r.,Jctos na · illrca de
!nf"oraac"o ca C Iene la c Tecnologl•
· ti Slf'UIIEl!TW-q_ ~ lrt%11 PI. tU
Z,U'IIIllf:
l,t) 1 .......
"•101"1 NCz'

wmnnrn 'W!.
1111.•••••• ( Dltcnt•·•·oltn all cru:o:adoa noYGal, ~~ Sl'f'LWlltlto\8 tllltiDISWIIPrni
3,11 WllP
UII

U IIOliÇMI nJW. tsTIWA


4,1) WI.Oit U,IIICLUKUI
.......
....•••
.,•••..
.n••••.. .... ..
4,1) 1

.... ....'"·'
...•••
'' t n W111m 14,JIJU,U
. Coni'ora~ se d.,..<lnatra a u•gulr, o cr4!dlto ••p .. clal
propo'lto jOara ãs l'>i:lncipa.ls Llr>ha'" dC" APoio à
·t:icnt lflc:o. C' ~ccnotóolca d•s..nYolYida.t. Pl"1a SCTI'PFI:
Potsq•ll•s:•
(f'NOCT,
!I EQTf.ç.IQ tD:M, nctGSTIIll
!.H WC.~
uu
..... •••
D••~nYOlYIIOento E><PC"r'lacnt•l, JnfOI""•ac;io Clcl'\tlf!O:a .,
"• "''
T~C:OtlolÓJJlo:a, F:oa.,nto. à I'IO'S'IUI>'a F•lnd:o.M,..I\tal ~ FoM<rnto à
P~s~lsa Apllo:acta) é ln.,.,.fl~lent~ para rcco.por ·as clotacSo:s
lnldals dlts••• llnhaa do•
:.:.í..."t~
•feitos da a~orh:..-ac:ia do
~::!~~!~i~!~~c:l!~ :~n!:~~~?u n;:~~· ~7;t!T ~.~
ll!lJ1.DID!I'~mrostl
7,llWLotU,IKI.IK1.U
7,11 s
...
•• tJ.tca-
"·' ...•••..
Índice
!Sata~S..:s
.... d ..
Ceral de Pl'eC:O'~<,_lGP-01 da FGV/RJ, c•tl•a-sor """'
Iniciais. d..,v.,l'la• acr reaJu"tada" pelo •cno•
iGi>,"'l%, · Para Man .... tcnc:S:o do padÉr de co,.pra da época-
C!l!
da
11 t n twm mrono l'.lltu.n ..... JOU ....
apr~c:S:o (vld" Tabe-la 1 - PIÔ!IIIna '113/•"1). • hl- llt~or•Hs: ,._r.,.;....,to. t~nri,...t.d, s.r..... ~ tleotHiu t T..,..!otia,
r-t• • t~Ju tOIIdo..,Uio r-11 .a P....,iu "'l..:~.s..
corr.,~~<rr]':;~:~ I o~,~=,.,~. i~:~r~!c la:;op~;talfiJ::: [~ / ;Ltt~ t'-1- tr-t.o ol.lboi'..U .. o t _ o....., l'tf'C ..'-•1 lff u~J ..Io di lot.tuo r~NI
<rntr• o FKOCT ~ as·ac:Sc;s de•o:nlo'Olvldaa pelo CN?q , 113,3X ,. '"'ul:~~:n • loidiiiiOO,UJ tn\e rv• o I'IIDtl PW wa n ltl!tn • """to..
:~;.!!;. t't:spec:tlva•cntc Cvld .. ltc• :;, Tlobeh 2, Pálllna -l•i<liiJtloo~.

11:1 ~ lneott 1 ,..,_lu r.Uada ::11:11 6,t ol~: touowlvi ....tl l<rtriM1lblo
· ll .. !l.satta-s• 'I'Je a Podlflc:adõa ora propo-s.t:a ~ de 1•1•~11 tieo!lfi(l 1 Tr<l!Olii\IICI: 11t1t IS.t ollhof1,
fo,~nda-nt:t.l I•Portlncl:a ""''"" '1'1" ot. lnatlt"teii de Pt't.'llJ.isa
,vinculados ao CNP01 Posar•• <ll.llt•r dcsp~sa• Jnad\ávela 1:
'ncoapresslY•Is d" .. anOJ.to:ncilo de '"""""' at IYidad'"'"• da MeS.,1o
for•a 01"~ a .... do:•als lnllt•lt.utas d~ P"""'I!Jitll. vlnco.tladoa
,f~f''l:tallen~lt à SCTJ'PR, c:ont•mp\:a,do.., no PL :';7.1'8?, .--~~---~-~~-~,,w~--
1 OEPUT/1.00 ÃNTONid CASPAR
.. I MA J PV.Oa

tnc;lua-t.e ond• coub1r1


.tabÉla 1
-------------- •2GP-Of
,.,_,.~..,t:t.r a Oot<~,c:aa da atiYICiade 11701.03109562.703
t1anutencao- do L;o.baratorlo d'll Cofllputacao Clorntif'lc• J'
.Eat l•;o.ndo-•n lnt'l:a.çlo Cans•.lho n•clon"l de: Oet.cnYOlYI•'"nto Clo:ntlf'lco c Tccnolo~lco /
n"l"' c,. ..NnJ'Oc-z "CNP<t J' Scc: ... ctarla "'"'"'~l;o.l ds Cll!"nc:la c Tccnolo~la - SCTJ'PR -
"do: NC:~:S <l:::a::.aoo,•o c Qu~~<troccnto• 1t clnquo:nt_a ~!:!I ta~~~-~ __ ,

....,..•••
.lan,/'89
•••
9.~3,39
i6.:3"1:5,é'S
, •• 793,08
U.3"1.,':i2
9,253,_39
~. •• 34:';,69
s.•.7a3,o8
1
~:~i~! 0 : ~o~~:.:!dos~~~~ N~;Laoo.ooo,06 ( H\u• .. nt>ao .. oltl>-
01

....
U.341,:i2

.......,..,•••
12.787,37 12.787,37
u •• 2o9,B7 S.2..1S7 ,37 11906 f'undo Nacional d'e DescnYOlYiao:nto Clentlf'l_co
.,
22.~ •• -46 12.787,37 Fonter
31.!';1"1,16 c T.rcnolo!llo:.o
12~787,37
-42.37':5,82 i19e9 '- FlllldD Nacional "" Dec..,nYDlYI••nto Chntlfl_c:o
12.707,3JL e To:cnologlco •
::08.6:55,00 C•l 12.,7S1",37 p909.o:uoeoe :'i43,"06t - AJI:olo a ProJe-tas na. 111ro:a de
·~
79.:ô3:'i ••• (•) i2.7S7 ,37
••• 10tl~9ii3,GO-C•l· 12.787,37
D'IISOI'nYolVI-nto Clcntlf'to:.o

14"1.021.,.&4. 1Jalorl NCzS 1-3"1:;!.000,01 C Hu.• .,11haa, tre:~:en~oa e,'luaro:nta •


do!• •11 cruzado" !'OVOS t. '

Dl+SA+:GD
( ---'"'--'!:""-- -·1, ) IC 1te
•• "SÚEJçarjye·
t4e,"S'+ &4.~ + 76,~ ·
• ( ------------ U IC t•t • t•t,6 X
S.4t.~ Canf-•• Slt d"•onstra a SI!"I<Jir; o crédito e~Peclal
•rOPOato p:a.ra ,.... J>r,inc:IP&I• Llnh:a.s ti'll Aloolo :1t. P<rt.q\llt.a
i:lt:ntlfoc:a 'e f ..cno!Óglcil. d ... llriYOlYidas Pela SCr/PR <rNDCT,
Dt • oota,:lo- Inicial 0 .. 11oiiRYO\vlaento EKPerlaental, lnforntaç:io Cientifica "
SA • SllPl~aentaçõn AforOYad:a.ol tPt. ::'2·+ t'L 42} Tltc:one~l.Sgtc:a, FoiiPnte~ à ''"'~'lo.tl'loa FUI'dall•n;ta1 1t Faaento :1t..
11;> • S<lplt:ountac:io ca DI.COJ.t.d,o !PL S7) ~«S'Io.tlt.a Aplicada~ i: insuf'lc"-nt• para t'~OIIIPor "'" do~:J.c:3e ...

;;~!:!! ~:~!:!1o!l~~~: : ; : ·,!!)l_!:;dn d!~nb~:le;;~:~r .::


~ :lt..a r.,f.,rldat..dotac:Zc,..: lJ.tll.lzando-s.e c:o•o derh.tor o
;indlc• ~"!"' de t'rt:"Cos, JOP>-01: da FGYJ"'...J, •t.tl--...- '1<11t as.
6646 Sábado 4 DIÁRIQ DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989

cr.atacõe• Iniciai• dcvC'rlaoo acr rcaJt.t•tada• ~e~o •ena• •• .t5.=s7-••s.a-·a


11l4.,"l::• ,..,.,.. ••nu.tornçi.'co doo ,.oder de .;o'"''"' da época lila

--
..,.,.avaclo (vld<t hbcla 1 ~ '~alna t3/t<lll. ·

carro:~:•r'i!;;:~ to!,;~!" '1 ;•t:..:n:c ,.:~ap~:t.a ln~::~ fi:~:.... ~~


~trc o FHDC1' • •• ac~-: .. d•••nvolvi<h.s ••lo CNI'"' , tt3,3% c
74,Z::C, r••~>ccttvaacntc tvldc it••
::i, T.t.bo:la 2, páolna
.• 41'... , .

ll"saatta-a• C<I.C a aodlfln.clo ara prc,osta "" de


tunda•cntal IOIPortinc:la ••r• q•Je 01. ln•tH•ltos de Plf'L<IYI••
YlncOJiado" ao CNI'ot ,. ......... q•Jitat dcu·c~•• lnr.dláv"'l• e 11'111:rl-5ot no An•xo I, Soerltltil [Splel•J da Cllncla e fiCI'I010911 0
lnc.-pre••(vcla lfe a:t.nllt«-ncll:o de •<~•• at lvldadors, da 10et•a dO Projeto di Lel n• S?, di UI,~CN.
for•• II'IC oa dc•a.la uut 1\IJtOt.. de pct,q..,lsa Ylntllh.do~
lflrcta•cntc i SCT/t'R, ot.ontcap)ados ""PI.. :i7/09,
llll2.0ll0056".0lJ .• eoorden•çlo dn aç&es di cep•cltlçlo clenllf'!

...
Cl 1 l1Cnoldg1c• 'e• Heclnlcl de P:recl,S'Io.
IOP-Dl Desen'volvJ-ento d• CIPidliÇio cllnt~flcl •
101''-DI ~•tlaando-"e lnfla,io tecnolCIQict nlclon•l •• Neclnlc• de P:reclslo
ftula .,,. .Jlln/'Pez

....... .,...,11'19

''"
9.2::;3,3 •
16.3<1:1,49
1 •• 70:1,06
U.3<IO,:O::!
·-.~.~,.,=.~,~.-.
16.3-4:0,6'1'
se.703.os
U.3-40,:i2
atuvb da boplanttçlo dO !=1nt:ro 41 Mednlca
d1 ~roclllo d• ~olnvlll•-SC, l1oc1ndo
-aoa 1\0. valor de Nt'1:$ 4100.000,00.
:riCU!,

....•••...,.
M•l 12.781,37 S2.7t:7 ,37 JUSTlrlCACAD
U.::!~?.87 --~.71!;1',_37

....... 22.3:>0 ...6


36.:0t<l,l6
f-2.?"'<1.7,37
1~.767,37 Tendo •• •hta o t:r1bllho desertYolvldo 1 qt,ur "'" Slft

...
12.71!7 ,37
42.37:;,82
:011.6~,oo <>I '12.767 ,37 ·,do cJo r111 ·J•Po:rtlf'IC!I p•r• 1 co•ul'lldade Joli'IVlllense, be•· l~
·~
79.!:'>3':1,00
,.,
"' J.2,7D7,37 po:ra 'os de1111b Hul'>1clplOS 11 E.!õ~tdos B:raiii'Uel:ros. ltnvh da Sop.te,:

....
------------
-----------
(e): Inflação proJctacla: 37 X ao
106.9é3.04i

4t2.:it3.36

•*•
!-2.767,37
lA4,02:1 ,64
_......_
'dadl Educac.lond de Sll'ltl Catar11'1a/E$cola Técnlcl Tupy, co111 • col'!
bonçlo de dJversas entid•des do ra111o no toCiinte 10 desel'lvolvl••n.;,
to cient!tlco e tecmolCiglco f\1 ':rea eduCIClonal, sci'IIIOS gor' bl•,
alocar :recur~oo~ no .nl'>tido de d~U,ear as 1ç,01s pau • l•Pllf'lteçlo
4t2.1:i63,3& do Centro de Mee.linlcs cJ11 P:reehlo dtt JolnvJUI, Estado di •Sa.,ta
Yarla"io % • C - - - - - - - - -- t ) lo: 1M .. :16&,4 X Catar ln•. A Escola To!icntca Tupy, .. uco do enslno tée!'llco 'PIII fr•••
144,6~1.64
de Weclf'llc•, Hetalu:rgJ•, $=te! f'IIO pode tie1r ••=-•
•co•panh•r o
avaru;o clent!rica ti tec'nol6511Co dos úlU•as tiiPOS, Achl105 que se
Dt + Sol! " SO fad Jua.Uç• açoJh(mclo nou• progo,h.
ReaJo.uotl' • ( ------------ 1 I IC 166
PrOPO$tO DI

•• 5 + ""·"' + ""·"
• t 14
--·--.. -------- u 1e t•o • to•,& x
:1.46,5

01 • Ootao;l.o lllllclal
8A • S•.u•ll'.,..nheloes Aprovada.§ CP!. ::Z + PI. "21
SO • S~l•,.•ntaçio •• Olt.eusd,o tPL 57) o\LUlz.IO II!U:Il!I.A
.............. ~.
·-.---·~- '!'. _.,_ •-'•-:t•·
•JUDJ,:t
lo aJ llltlors lncluv-u oad~t <"oubc:r AO l"UI •' S7{119 d01t11.ç.iio N'e•••atárla lo ·.,,.1.;1'
Df'1L da IICZUtt.ooo.ooo.oo {vinte .ÚbUaa d• eru~adoa· """"'), •••tit~a<lo
""' ··~
I
ti.ICtlll:liroCIIII I a I•PI••taçãu do "Ceoitro On{v.,r><lt:iirlo'., lly l'aa'*"l•na T,;o:•lo:o-cla":"-.
1'1 [(J~~Alllll
"' I
.tíflo:a• da .... $~Üaia",

.......,
ll IGToiCM I~U:llll.
l,ll witR
I,J:Il "·'
"•
1'10,$
IQQ,O JUStU'lt:Açlll

:tl~~I'X1m.'liiC~EII.-el
:.u fiUit 40,i !4,;. '-!,;- Heat• ll"'ra •• \l,ua 1 dlo~1.1aa.ii" ... tarll'" ,.., a'pt'<>Yeltl>•<:<lto
1.):11
''·' ••• IIO,t tlaa ri<lll.EII IHCOAtradat III l•1liio A•at. .. ni~a t• jll<:irra, .;adi •aia
!I~EM'f~EI' ll~CrL.Sll
:J.IJV.11.!llt
•..
-"·' •.. u.~
opo~t11ao qll• ae dii ii A,.. .,õai.a "" ~entro da peaqui.aaa e oft ..,oJ.,._ ~· -
p•~ d• d<>tâ-1• d• ... t.,.. d:.,.,t{f!o:.,.• • r.;,.,;;.,oa • tO:.,ool•o~ prÔpri<>a

'~··
3,tll 11,1
para .. c-t~cotar o 1111 d .. aall~lllv'i•eato ae1>n;;•,i,::a a aoCial, ••• ('rcj .. l.•
41JOl~fllW. l!ófllt.U.Io
.....
Ul\toiWtU,I)Ilt.lffi3,U
"'·'
"·'
l't,,.
u• III, I
,j,QQ,t
1.11 p~ra & ••u.utançiio dll ••io·&•blrnt<:,'bc-• naal• ·•••c-~t»rtr .,. <llr~l

tna .Í&a ~~~•••"dadas ll~t(VII 1 a"" e•p•'o;a• ltiO&r•f•~o• a Jllll expr<:~


, I K WJIS1l: lot..IIICJ.U 113.1 ..,. JIO,j
a<ou culturlif• ·

' ' IIQTA(AO mM. Pldtll5T~ 1•1 A ratevin~t• de tal ••preaftdi•oato al.,;•~o, ao •o•o01ta .!

·~·..
J,ll wuc fi,, m.o ('ual, jj verdadaira p:ri;,ri<la.da naeiotoal, quaadn a n•eiin e " pl•••t•
Utl ~
•• ""'
n U1.t'I001t"l:ll mrosn .
l,IJWJ.tiiU,IHI,tKt,U ...
n.• n,o Cd J4,C
,..,. l•p<>rta.;cl• ccotõr,ic• 11•r•
<"tuna1, para o qua tlldo'o 1earvo cl•ntih<'<> •
o •uodo, o quo:- lXI !li' oo•• .. .,.,,,,;;.,r!_
tl~rftl<'" ""'"" ... ., t:ol~

....
IOO,t
UJZ Ir,!,
'"''" a tl••~><ulo:.i'" <1"' r .. ttor<r "'""tro ,., .. ,.,.,,..tt•ru>.
ll% KkW\at nmJS!fU.IIJII,t) 100,, 1~0,6

A praac-nt<' •••n<lo, o,.,j,.tlvn clro1.1r" <>r•:~ll<'nto <lv eo<1di •


(IJ • ""';ev~u.: """"'""lviMIIto [QtriO<'IIhl, Joreruuo Cltollrk' • Ttcotl"'lQ,
r-t. • t ....... r.o. h"'lflht • r-t• , f'""' ..
,.11041, , ,õra ro.r~ pro•ov~r a cocllflcaeio lia ln.;t.,t•o:Õea, d• lntraeatrutur•
" recur•co"- hu.ancu, p•ra dotar a A•atôni.• •• "'" ~ .. nrro ola'e•tu,doa
1•1· PtOHlh oh...,...SO ... t"'dr-H I......, Jtret<ol~il "IOI)nlt .. loiiU~ fillll
ft ,.]lfiO' lok"J I l~,UJ t.,lf ''"' ol'ltX.T CIIO.O '"'"' H llolln" ,nu>~o>~
•oUado para ~~ e•ra<"terl~ticaa ao~la~euon<i•i~•• rln 1'<'111ií'"·
........ IVJdH. ~lo ~.

(c I- l-t• 1 tos••iu lfllada ; 11:11 '·' ollla1; k'l.o~OIIrilftlt lmrl-111 •


loi«Wu~ C:nlihcl 1 Ttcroo~IU ~ IG:IIl,,: olltooH,
Novembro de 1989 DIÁRIO 00 CONGRESsO NACIONAL (Seção m Sábado 4 6647

01!-DI.itldfl M'iRIAH I"ORlEllA

~ort.inc:.t•
Illclua.~e
--
onda couber, no Projoto dct Lei no 57/8'
do NCZ$ ,l.OOo.ooo,oo ( u_._ •U~.Io da cruudos novos) Dn•
apacllaçlo de pessoal na bea dlt pesquJu do C16nc1a~ da $aUdo na run,
M tN a
--
.--,.-,-.-,-.-, -,-,-,-,.-,-.-.-..-.'"""-----------.,. ;;r=:J
INCLUA-SE, t~nd• cO\ItlaJ", a 1~~portlnc1a de''MCzS 500.000,00 ( qutnhentos
aU c:-Yuudo!i novos), para eorwenlar• co• a run~açlo de Do~a-envolvl-ento
dQ Alto Urugua_l - f'IJN.OJ\U, quct CDtllpiiC" a',_ !"unlctploa de: Tucun<1uv1, or.
Mlul'[cio CardoSO~ Horltontlll.ll, Cthslu•al, Trts P•·n.o•, reneote Porta-
açlo UnlvCUide.de Federal do Plllui, e• rorestna - Pl, la, Pal•lt!nho, Vbh Alegre, Taquaruçú. do Sul, f'tederlco Wes.tphllen ,
Kull.alt,,·C.,..po Novo, Buga, lledentoa, cor011el BlCII!C::O, Vlst• Caúctl.,,S~
de Nova, Altgrh, Chhfleth _11: S•nto August~, do E::.tado do R.l~ Granel•
a ll.ra• de Oesef!vohi•ento ChrnUf!co o~:~ Entidade ~Sul, a rte de !~:~plantar novos. •~lodos c t&cnlc•s eCiuc:aclona.h nas
s l.ooo.ooo,oo { u111 •UhGo da cruudos novos ) • Escolas. dJ<J zo Gt;~~u, dos •enclonados IOIUnlc!plos.

fonte~ llll2.0,100S7Z.,?.o\ ~ Contrlbulçlo ao Fundo Nacional di


JUS IFfCACIII:O Dcsen"obl•ento Clentiflco a Te'Ctlol6qlco.

No Phu!, C:OJIIO no NQtdctste, • c:.r&ncia do recurso.,. tina!! JUSTlf'lt::ACII.O


Jroa l•pcdtt quo a Unllt'ersldade se ,tr:~nsror .. c rcd•ente no .!.nstrumc!!_ •
Ge Desqtds. c, por v11 det c-ons.cqu(!nch,renovador o tt,;..,.,.roi-!llador do J.~~plant:açllo de novo's 1116li'dos e t6cnlca::s educaclOlliitlS, v••
spaço da cultun e dc:scnvolvl•cnto lo_cU!io. ao encqntro de Ulla antlga :up.l raçllio das co•unld~des, u. . vez que o en-
sino ~ prec•rto nessa r&gllio, e:d<jjlndo q1..1e o ,eslOJdant!: se desloque ilt'
Neso:e cont.o>:tl), .. preo:nlltfto de ~""" t1u10anos <li rund!_ a o:oapltal do Estado, qut clhot" S.o\0• Kooo 0 n• procVr~ do o:osj>cu::h•lhaello nl
Esb· e..,~:nda Objctiva tran~f'DtiiiU: a fiJFPl !'Iene ln~otru~n!lnto d.t! b·ea de 1nror1116Uea.
a que o Estado do Ph•li nlci poderf e!!
ae desenvohJIMinta e equlparsr-se ao!l
0'!57'-0<0:1.0-3

--
ocput.do mt.ARxO BRAUN.. ----------~ir:Sy=~7

lNCt.UA-SE, onde COu!Jet, no ""exo 1,1, a "!lllporU.m:::ia de NCá ?OO.OIJO,OQ


'(nov~cento~ •11 .ctu:rildos novos), p;ua 11polo ao Progta•Integrado do
l)esenvolvl•ento Teerool6giéo' Reg!omU e ,.etetlveçllo do SOtor duo Inf'or•!
:=J

çl5es, da Unlvers'ldade de I 1,.r -R.~ - IJHI.)IU. ·

Fon,tc:s: 11?()?.0)100553.0(;2 - Apolo 11 Projttos nas .bea:=de!.


nerb111, agropeeub..ie. e ,des!lnvolvilllento te!=nol6gÚlol

USI0?.031005-1).06" - Apoio a Projetas na 'reli cta 1~


ron.11c1o c• ci~ncia e tecnologia.
Inclua-se, onde couber, no Pro:Jeto dt Lel no !>718SI'Of
111porunc1a de ,NczS 500.ooo,oo {, Qu1nh~nto1; .-u c.ruzados ·n.!!.
vos ) para a Produçlo Coraun1Uria de Callarl5es lt Peixes· e• P.!
tiJenos lllódulos ncs povoados· Burlnha e Saru Gundc, WJunld.~lo
(I tarerldo p1·ogra•:a te• co•o Un•Udade 11 exccuçflo de açl!oa·
de L.ulr cornla, Eshdc do Phu[, pau o Lflllor:tt.Sr1o de Prod.Y.
conJuntallo,tt:fldO e• Vista aodetnos c lldtqual1as ~lte:rnatlves tccnoJ&Sgl...
çlo Mlll'lrlhi de Barra Gnnde (lAPROHAR}.
· cas, partleular•ente co• teht~lo a:
- Agrolodusttlalilaçlo;
- Blotccnolog!a aplicada e ll!ltopeeuiria;
- Sbte1111 i;le produçlo;
- Ptodutlv!.dade e rendiMento;
- Conservaç:ro de So~o e Roteçlo de Cultural!..
O (aboratd.r1o de Produç:&o Mllrlnha de B.ru Grande
Congre!ifando, e• tor11o desse o:tjetlvo, llderanç•s, dlrlgentn
a.APROJ.lAR), 11unlr;:lpio de Lulr Correia, P1111J.I: 0 115
vlflt:IJledo ..
de (nsUtu!çOes, 6rg:los !IOvema•el'itais, pro1'1sslcna1s, unlversiaades, -
Pr6-Re1torh da. Eio;tcr.ç:to da f'unda~lo l.Jnlvus1dade federal dO
cs.colas t,.Scnlc;as de ~~~ <jjrau, 6r<jjlOs. •uniclpab• particulatC'!> e etstacl!!
P1a1.1I fOrPI. o' LAPRCI-!AR ucrce a supervlsao t&cnlca do proJ.! ais de osco.ta~ di:: 111 e .2!1 gráus.
to. o. objctlvo do proJ;tCI é suPrir 1 ear~nela •prOteica daqueh
comOJnldade·e, ao aes•o ta~po, orerecer-lhe u~:~o ront.c d~ renda_,
proplcle.ndo, us.l'•• a .,,ühorb da qualidade dllt vl.da d1queh. po,
pulaç!lo., Édste all u11 puad9xo lnacclthel - dial'lte do filtro
aquela 'OJent& pusa fo111c. O'ute ~aodo, al6• do llspecto teenol.S~.
co, o ptojoto te• u• !lleYidO sentido soei~~. ruao de ser'·d-..!.-
ta eiiCfli:JIIo
E-.endll KodlrleoUvll .-
lnclutr no Ane?to U do f"rojeto de Lei nll S7 do 1988, CM.
fr;Tj: =:J
-:-,-,-,c0r1:,--,:,:,c,:7:,0:- ..,.. -.-~-.-.r,---=--,"-
'Ic,c,cPru,-,-00

11.900 - F'u~do NBclon•l de oeaenvolv!•ento CJenUUco e Tccnol6'011co


, .. 11.90? - f'undo Nac1onol de Dc••nvoblaento ClanUnco o Tecnoldglco.
664_8_ Sábado 4 · DlARIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção D) Novembro de 1989

I'E:SQUISit IIPI. !C -"lA


-11907.<llD05:õ".l06:l ~ ApoJo • Projetos nas lireu de energia, agropecu,:.
.;!.P0,.0)101J5S,.xu: - ,.loc:tçlo do recursos pon lpo1o • i,.p]ellle,J)h!j;lo rh e desenvoh1•ento tecnolc5Qlco.
de proJeto• do pe$QUho, dhulgeçto _tccnológJca e YllOtl HCZ$ 500.000 000.
prenrvoçlo dos recunoiJ nttunis, nt •l"et dt pes
.(:t, peh ~nochçlo de cu!dlto e l'l:uhto!ncia Pes: J05TIF"lCATJV,t.
dUdU de Sfntl CttarJnt ~ .IICARPESC. ,t. EMPASC I reJ:oN'II!c:Jd• n~te1on•lumte ço•o 11111pren efJc.Úmte-.n~ 'pet-
Vtlor: tiCZS JOO.OOO,OO qulu lgropecuhil· Hoje se recente dt rocunos ne<:lll$s.ll-r!os p1r1 ~" os
.Jt.ftl9.0)1005~U04:t ~ ,.polo llo projeto$ tliS :lrees de inol-gh tgropecu,rl projetos e as J)esqúlsn lfe vir lo$ ano:J, nlo pare e ollo coloQue todo o
1 cle•erwoh1aento tecnolóaico. ttlbolho de v~rlos •no~p perder • .l SlOlECNOLOGl.A, se Jn1e1ou nu lire••
de •oça, audn de 't~•t•tu pon'• necenHI de lncentJvos e r~eu:rsos.
• JOSTJFICATJV.l ll EMPASC represent• ' ENBRP.PA e• Sante Cltii'Jn•, J:l reeebltu até 4CIS
Otl)etlvt 1 prnente- h1erfde 1 doceçlo- de recuuos tlnencel:ros, que dos recunos pau sua •anuun~lo, hoJe recebe nlo .,,ls
que 10" e: reeent
dtbU1:c• 1 cor1scwçlo e os prop6dtos dntt Jlssocltç3o, C'OIIO c; dtsenvo se det.b r.ltl de reeutso• tto neeesdrlos ~ooa. s•us projetos.
vJ.•c:nto de pesquJn e p:roguMJS educecJonoh e de esslstfnch tlfcnice eo
Pfllc:edor, epureiçoando g,procc:uo de ceptuu, indu~;triollzeçlo, conser-
viçlo 111 co•erchl1nçlo o:o produto da getcl.
Sufl J11porUncll p1r1 a eeonooala do Es.tado, be,. corno nova fonte de
eliMnto e rend•, utende-se por 27 J4uniclplos JHorllneos, Jnflulndo no
••is
PIO C•tonJnense cerc:• de 121. :co,.~tote na puca arte~an,al, s:lo
co-unid~Jdes pe:cC;uehu { 2:õ 11111 I)CScadores ntento•1s coM 1.111 total de 1!'i
~e 140

I
-- =:J
•11 peuoa~ que dl!fl!'l'ldl!• dlreta ou Jtodfret111etote da pesca e• Sant:o Cat!
rJna). Pele conjutotura econo11Je• nu•l so... o:sa • r~:alJdade recur:cos nDtu- r-,c,c,-,-,.-,-,-"-,-,-,-,-:00c,-,-=n~ -------'---·-,-~~s'CI7~?ã'
~rds te111 lev::~do a Quas.e e~tinÇ'lt.o duto classe trabalh;r.don, torn1ndo-se
~:s.c:J"od.tlll!!l o ;o_ !o rJnarw;:dço _S:Qllc tado ~_Q.IIIl a lançs IIÇI .t._n~tlt Relator.
Inclui.'" no An=xo II do Projeto de Lel nll 57 dlt 1SJ89, CN
e:s?-6020-!5
11.900 _,_Fundo Noelontl de Desenvo1v1.r1en~o Clent!rico e Teeooldgic:o
0.909 - F"undo N•cJonsl de OesenvolvJIIento-cieilUrJco e Teenológlc:o.

PESQIJI~ M'l.JCAOA

lnelu,lr no Anexo U do Projeto chl! Lei no ~7 de 1989, CN.• 11,!l09,0:nOO!i6l.ux- Alocoçllo o;Se recu:rso1 p1n lllpolo e Jmplellllflhçlo.
de Projetas de Pesqu1n, desenvolvl ..el'ltO teenolo
1t.900 - ruru:to N1cJo11al de oesenvoh.J-.:nto C1eriÜrJ::.o e lC"cn::~log-Jco <~.l.co e su1 dhulqaçlo no lliree di Engenharll Mee!
11.909 - Fundo Nacionll de Dcsenvolvi•ento C1entírico e Teçno.logJco nl~::• da Unhenidade rederal de S•nt• C~ttulna -
' UFSC,
PESQUISA, APLICAD.l Vllot: NCl$ 1.000.0QQ~OO
USIOSO.OJ1.• <10~:JJ.~~x - Al_ocaçlo d~ recursos. par11 i•ple!'lentaçlo e apoio 11.90SI.Ol100563.06} - Apoio ao Progum• de OesenvolvJmento T~c:nologlCO
a ProjetPs de Posquh• na ~rea de Apicultura: da EIIIPUSII NliiC!OMl.
Instituto de Apicultura do Estado de Sinta C•ta Valor: NC~S. 1.000.000,00
rlna. (liiSC). ·
Valor; NCl$ 200.o00 4 00". .JUSTJFic,t.TIY.

- t1901.0J1.005:5-J062 - .Apoio a projetes nu lircu de energil, •v:rope'- A Universldode Fil!denl de Santa Catarina, notabJlbe-se por hr uM
culirla • desenvolYh•ento tecnoliigicg, o:Sos •elhores qu;dros de técnleos e pesquJ.tldores co"' tesulhdos e~cltlen­
Valor·: NC2$ 200.000,00 tes, jd utl11udos e111 t~cnologla gendl n1 lir~a de Engenharia Nee•nlc•·
Por f•lt• de 1recurs.is•, estas pesquh•s estio an~e1çadas dlt Plflr -.::.a-
.pleta•ente,
JUSTIFlCATJVA
A Ap!~::ultun CllltatJnense c:ons.idertd;o a nú111ero 1 no lll!'r-C:::íd"o n.c.lo111
O Br•:s.U buse1 dt todn as ror.,u • lndependi!ncla teenológicl na •r•
industrial, 5•rh lo111entlivel 1 Jrijustifi~::dvel a falta de recursos para
preclst de apo1o:t, agora, pcra a pnquin e 11 gençllo de novas tlcnicu
u1111 Src• Uo i111port1nte, po: lno nosso pedldO te,. a plena justitJC:Dçla
e a obtençllo de subproduto:t:: d" 11el • .Jii vtll ra.u~ndo este trabalhÔ, porll!m
a not>reu e a priorida!e r~:querldo pau q:.se 111: pos~::~ d:stlnar recursos
no;ocess1 U de recursos qge a pcsq1.1h1, uea vez que i o~ntro de treln:t-
di unUo.
•ento do.s •p.Jcultore$ do Bn:oil e Precisa ser ..ine:"lint!vllda por tudo o
que repres.enh, qu•nto :r ecoleoi• o • prÕdu~Jo agrfcoh.

I
QEPUlJIOO VA!,CUI COLII"fTO LllCJA llllNtA

-~
<oond• HodH!oot!"
Inclu~:r no olnexo n do Projeta. de Lei nll :5-7 dO i'989, CN.
No PL !57/89 - CN a 1onportlnc11 o.- Nct$ 2-0Xl.OOO,OO •••
1T.SIOO - Fundo Nachll'llll de oes.envcrlvl•ento Cient!fJco e Tecnolog!G (dois •1lhllu• de cru~Dd?s nOvo:o) para oltender ii Fundeçlc t.c.Lde da$ Ne:-

'':::.:::,:.::~mn•ol.'!..n<o ciont!ri'' •"""'' 'l<


ve$,'e• Coll,h-CO. (Vítioau do C~slo-131) · ·

"·"' ~; 1Ul:t.OH00~62.6S'4 - (.Anexo 1)


de c~u..:ado$ _novos}
NczS 1.000.000,00 {hu,. •Jlhlo.

·11SIQSI.o;noO.S:5-:J.:u>:x - Alocaçllo de recun~.s para 11polo c .Jmple111entaçio d


· Projetos de P~squJu, 81oteco1a, OlvulgtçJo teeno ll7Ül.O.Jl00.5,2.677 - (Anexo I) Ncd 500.000,00 (quinhentos
·ldgJc• nt lirn da AGropeeuli'rh peh E11pre:sa (!e Pe •u erl.!~ados novos)
quba olgroptculirJa de S1nt. Cat.rina - EMPASC. ·u,o9.0JlOO'''·o" - (.llnuo U) Nez-$ .500.000,00 {qulnflentol'
Valor: NCZ$ 800.000,110 •U erundoi novos) '
Novembro de !989 OWooDO CONGRelSQJ'lA<;IONAL (Seç_ão D) ~4 6649

A l!acola a. Agi'OI'I<*ia .ta cr.u:r. .taa Alai• ' a J:agola •~:~parlor aa1•
antiga do •raaU M •~• da a<;~rlcultura • P'&():uirla,
A Fundeçle~
LddCI·4n He~es foi erlallto e htstHuldl per. eten-
Atual-nta atan4a •• t.Õrno Cla '00 al1m0a e' nh·al o!• ~~u.açlo •
dllt es vftlotes dlut .. 1t lndlretn CID eddenu nd1oet1vo eo• o Clis1o-
J)7, ocorrido 1111 Collnt.. Cu,.prlndo o seu obJctlvo principll, eposu
01 rK"U'tiOI .oU,ci~Cioa aario apUc•uSoa · - iraaa d• peaqulaas
:ctn <Hriculdedu entrentedn, 1 rundes;lo, •li•
do etlll'1ó1111111tO ••dlco , o1ant.U1.caa,ei;v.1~ntoa da labozat.õrio,projawa dle peeuirla da 1•!
.od'ontolc5otco, pdec;lóglco 1 soclel •• vl:U•es~ proMove, hMI;n~•. proor!
t.• • outzoa aetoz•• ele daaenvo1v1. .nto e1ent1fleo q~,~e •• encont.~
.u: de pcsquhu •• deeoutncle dos lltl"dta'i' nd1oet1vot roas .. rn hu•!
olaaprD'11'14oll de reew:.oa.
nos, pro<JU"'I de vlg1lfl'lc1• INibientll 1 u•Uu IJtudos ep10e•1o16gk:os
elos e'l'dtcu. do ecldente. E11 su••• e Fundeçlo ~eidt dn Heves n• '"'!
cendo ethhledes rdevenhs,ne ns1sttncU et!dlco.-1\ospltlhr, bce co•o
tiO ec'Ofllplnhllllanto de •voluçlo de uúde diS vtt1•es do •cldente nucleer
c!o• o Ct!slo-1)7 ce G'oUnh, A:nl•, l111pu1oso sa tu dour 1 r.ter1da ',.
rundaçlo de ado• aproprlados pua qua pos .. •~ceuter o seu papd "de Ie!57-e0:Z6-4
•cnSo adequado • aerhdado da que ae, r.voate.

....,,
..-,-,------------·) ~r:.-=:J
rb!!-"'-,.-,-,-,-,-,-,-,-""~
' l" ... I!
--· C<l

F'iea redU!ii:lda • dotaçlo dut1ntodl 10 SAT(t.ITf .SlNO-BRASllE!


RO Ol RE:CURSOS TERRESTRES, no correspondente ll Ncz$ lo·.ooo.ooo,.oo (daz
•Uhllll de cruudo111 l'lovos) ~ Co111 u.sa reduçlo, .slo Su,P!emontadn IS %!:!_
0e1taque-u: a 1r.portAneb de NCzS 1.000.000 (Hu• •Uhtlo de brleu destinadas 10 CNPq , n01 ~egulntes itol'la: PCIGI.Ihl Apllc:•cóa
crUudos novo!õ) do PL nv 57/8? ~ CN, Ar'loxo U, 119051 ~ rundo Nac:lonal de Ootenvolv1•cnto Expei-1•entd e lntor•açlo Cicl'ltítlc:a e Tecnológica.
Duên-.olvJIIIento C.1entlf1eo e Teenologlc:o, Código 115107.0)100.543.72.._ ~ Ai;l,2 - FONTE: 1Ul'2.0)l00.5ô).718- Anexo I do PL 571e9~CN ......
io a Projetes. nn Arca de Oes.envohi111ento C1cnt1t1co c11 entidade~!. de ens.1- Ncz$ lO.ooo.-ooo,oo {dez •llhlles de cruzados novo111).
no ~ pau eonclus.IIQ das. obru do Ho~pllal 1Jnlvenltir1o da rundllçiQ Unl-
Ycrddade rederal do Ser~ipc.
JOSTiflCAÇAO
,)USTlF'ICACII.O
Se• dellõoocreet~r a 1~orUne'1a do Stt.Ulte Sino-8rn1lelro de
.-,. aula~o teórleu e os trabalho~o a•bulatorh.ill> dO$ cursos
de .e:dlclna e enft:1'11111'õJCfll jé es.tllo funcionando oo Hospital Unlvcu1Ur1o ,
Rceuuoa Tcrrl!strcs, o6 de $C ressalter que no SIOmcnto,

fundalllcntal
que '" teforc:c,. a.s rubricas no CNPq, respond:vcl pe,ta pqUUea de e•P!
oraças ao 'ólilÍv.nteseo esforço dos e&tudllnte.r., protcuor~s, setrvl~Ores e •.!!
llinlstradore& da Universidade Federal !le Sergipe c do c-entro de CU:neias ,,
cltaçlo de pusoal na 'reo dant!rtca e tecnológica. O hto banef\ela..
, pO%' 11.11 YC% 1 o próp:tlo Satdlgo.
liológieas c 1;11 Saúde. -
Os lntcrnà,.cntos c. ex.raes ·COIIIO u aUvidlitdCIII do c:uuo de

-
odontologia eont1auarao, atiavé& de convênio allõlln~do, no Hospital do Cl~ •s7-0e27-2

I :c l ;;-_
--
~rgh.
Todavlv., pu~ o andaru:mto nor~nal do~· tursos de Hed'1e1!1••
bcrontologh c Ef)feriii&QCII pre~lsun~os do apoio do$- ncibru Pares u nona 'c-
I .JCJitO PI'Y!,O PIRES VASCONCELOS !_

•cnda para vhb111zaç:lo 1-.edlata de conc:lullõllo das Obus do Hospital Unl-


verdtárlo, que aU• da sua 111porUneh dld4t1ca p:tell;tanl seuiços a cer- Inclua-se, on~ couber, a verba de NCzCil.ooo.omr,"tRI' (Hua •llhiD
ca de cento e elnq,uenta 11111 pessoas carentes que 'hlllblt'al!l o.r. balrrollõ que o de cru:.:edo111 novosJ pra re,all:.:açlo de:: pesquisa· atrall'ós da fec:uldade de
t;1rcundam. c1flncias Huaanaç dt:! Bl-I~MG.

'Qnte: 11112.0)10050. 718 SATTEt.ITE SINO-BRASlLEJRO F;lE RECU'tw


. SOS, TERA(STRES-dJERS.

JUSTif'lCATIVA

_.....,... A consbnto alta da lntlaçlo ve• prt~judlcando substeneial•cnto


_.os t:abdhos de pesquisa J' 1nlc1ados. Aasi•, 6 de IIIUIIII l-"pGrt6ne1a
:a aprov&(;IÍ>·destc padido de sUplc•ento • Faculd•de a-eb1e citv.da, •1'1•
do quo posai eoneluh as ii!J)ortantcs pcsquhas e•anda•cnto.
Inclua-•• onl!lo coubor a iloport.incla de NCZ t: <t.ooo.ooo.oo
(llola -.iltiÕcl• do CJ:Uazado. novoal para atlll'idMoa do peaqutsa,
'faeuld:adol !!la Ag'ronomla 4& Unb•rs1Ciac1e F.cloral da llahia CUFBA

. -
ftl

-
e::s7-e02B-:L
cõCI. lSl~lJ ,no ltuolc!~io .ela Crua elas A~a.

~==~:':·::'':':':':':':":'::::::= ·-;;::~~:::::::::l:•o:~:::::'~":'':::=-1:::::
r ---

Juat;1f1eat:1va

Inclua-si!! Gndo cou~l' no Ar'io:o:o IX ·do PL 57/fiS'..CN, do l'"undo


de Ontnvohi•~nto C:i~tnt!fleo c TcçrioÚigieo, t l111portlne111 de MCZl

. o -.m1dp1o 4111 Cru:r. 4aa ~· eati aituado a 150 b d. hlva4or 500.000 0 00 .(OUINHE:NTCJS MILHOES OE CRUZADQS NOVOS), para desenvolVi••n~

....
-sa.a -u bclu!Cio Duaa. nu;~1io da ogra.ndol aptidão agr!cola a pecui- •
......
$o d011 projeto• da Secrotni.a •un1e."'d de Edue1çlo 1 Culturt~Jl~ll'ara ..
6650 Sábadn 4 DIÁRIQ DO CONQRESSO NAQONAL (Seçáo D) Novembro de 1989

Jl,O,O)l00~4l. 724 • rrojatos na ,, .. ·<f• 1nslno 'loo.ooo


JUato;,JOOS4),061 • G•uçao Oa novos c:onhlc:lmeotos no c:a•-
,0 da p•uquha ;too.ooo

A S~:~c:retuS. dll actucaçlo 1 C"'ltuta do Nun1c:{pin det Jl-Pauo.. Por ser u.ra Unlversl~de roca• critdl ell u• Esttdo quo
nl tt111 desenvolvido. vlrl.:.t projetos n11 'reu de ,.. te•Ulca, f'bf.ea e cretcou usu~a:lldonl'lente CO-III lllgrtçlo orlutldas de todu locd1dades
81oc:Une1 .. , c:o• Qunde pcn;peet1YI pau o dc:senvol'll'l.•ento e conhecl•~e!! do eus11, 1 tloc:1çlo de recuuos pan o campo di pesquisa clenttrtce
tornou Ulflt nec:euldlde ptU o boM descr>Yolvlllento CIO tlovo Estado .Íe
A C:Qnt.lnu•çao dntt l~~~portll'ltl trabalho 01tf auoguud•s c:o 411 totd•ente ClrttltC CICI ctpadtlçlo ct.peelel.t:nde na 're• tccnol(IQlce
a-dcst!nsçlo dutes ncu~sos.

DEP, JOSE V~AN_~

--
-------TI;,r'::,:--J

Inelu1-sc: onde ca~.~ber na Ane~eo


I do PL 57/8,-CH, 1 lfllpoilln-
c!a de NClS 400.000,00 (QUATROCENTOS MIL CRUlAOOS NOVOS),' p1r1 1 111n~
tençlo do OIIU$Cu du CotllurUcaçCies - J1-Piunt-!UI.

ll70l03100,ó2.70:l- 111n11tenç1o do aus:eu.Parnit~ct-100.000


• COt.IGREsSO NACIONAl.
co.~ lolltll dt Orçamento ,

11
21
n•aident•• O..pat.ado
Vic:•-l'~••idento:
Vic:o-P~si<!ontez

3• Vic:•-PresidenCII Deput..So
a.u~.nl Pllll:-&
Set14do~

orç.-toJ~•
cm
J0Ao LO!KI
c-~o (Prmll/tlAJ

Oep.~tedo z:IU w.LA.DAlti!:s (Psrr9/JIG)


Jost.
:Zl.IO.ft'

(l'FlJI"]:)

UIIZ KAI'A (J'I)sjl':r)


Deputado awlX) 'J:3;m UIIJia)

Ubo;atirtO--N-;ei~

.............
l170lO)JoO"I!:2.703- '•ailutençto do lo::l.COO

-
TITULJI.aii:S
••nu~ençlo
Iiro"lOllOQ!hS2. 704 - do t.abofat6t1o L.S1nc:rotan 20J.OIXI
........
- JI.I,.UIZIO 'B!:ZEitflA
C'ID CAAV.u.tro
_,
-CD
....,. .......,.,.
"'
....
....
"'
03 :tu..:n~/5t
223-714•

.......
A pr~sente IHIIIffidl desUna-se • rdvind:leoçlo de recursos. pa-
OOHIII'GOS JUVENIL .-CD
••c. "' 223-5591

u .. ••n~tençSo do único IIUs.eu loe.aUzac'o nb interior dO Estado de


I'IRMCI DE CASTRO
FRANCISCO ROLLUIRERG
_,
-'CD .223-267&
311-30:12/33
l'tondOn!l que preserva os. aparelhos de C:QIIunieaçtlo ut111zados pelo Ml-
tei;:hal CGnd!dO Rondon para desbravar e colon!:rtr o Estlldo de RondOnll
GENEBAI.DO CORREIA
lii!:IIRIOU!: !IX1ARtO M.vt!i
-CD
,CD
•••
,. 223-1164)

......
223-3605

••.
,f:shs. rel!qul.tts de grande ,t111porttnell .. ara a hhtiSria do susil se '!!. ISRAEL PlNlfEIRO - co '540 :126-363"

.
contra11 e• collllllcto aba11dono, •• r•s• de detertoriztç•o por tdta dt IVO C!:RSdSIMO -CD 223-'1551
~eCIJn.os r!nartedros. J'oXo AGRIPIMO -CD
Jolo CALMOM _,. 22. .7'122

.....,.,.,.,"
:tu-:nn/56
J~

J05t
CIIRLOS BhC'Ii:W.R
JOSt CM1CS ~ - CD
DU'l'RA
JOSt G!:RAU>O
- CD

-CD
-CD
.."",.
~

'"
%26-3917
226-!1712
223-4048
226-:0909

...••.
JOSt TAVAJtrS -CD ):z.c 22!1-7540
.JIJTARY K.WAUI.\ES _,. ••
,,."••
311-33.70/71
_,.
DEP. JOSI; Vl.IINA

·-
---------------r,-~;:;=:-1 -~LDO
IJkiA VAIU"A
!'atES

Mll,lfOtt. KOEtEIRA
KANstiE-ro PE LA'IOR
Wc:to ,11RAGA
- co
_,.
-CD

-CD .., ...


"',
3U-ll08/D9
223-lsta
223-5993
lU.-31112/13
223-Sn5
/ IUJICCS LUlA
II'EL~· WEDEXIN
-CD
_.,. "' 220 225-1951

"" " 311-3152/53

....... .....
lfYDEJt BAMOSA :i23-•o~ts
Inclua-se ondt coubtr no Anai(O II dQ PL 57/&,-CN, do t"un-
UMAl'O VXANNA
- CD
-CD """' "' 223-l&93
dO de Dcsenvolv1•ento Cient.H1co c Teenol6g:lco, I i111porUncil de
ROli'.U.OO ARAG;\o _.,. "'' 37 lll-40n/s•
NCZS l.DOD.OOO,OO (HUH Hit.t!AO OE CRUlAOOS NOVOS.), PUI O 1polo I pro-
jetes na bca de enslno ch.ntH1c:o reollzados pcll Universldtde do E'!,
RO$PIOl!: N!:TTO -CD •• , 223-357$
lado de ltonçl0n1a..UNIR.
... "-"=-"" -sr
-co
•• Ul-3160
DJI1'IWO I'UftTADO
'I'IDII DE t.IMA -CD ,. U·:t~a
22s-154a
.l'i_Q~e!Jlb~o de 1989. DIÁRIO DO CONGRESSO~I'IAOON,A.L (Se~ão U) . Sãbaflo 4 . 6651

..._. ....
... .....,..
IPD , .UtGAIL n:::tTOSA 22:1-21U,
te .to a M.U:tJn. DOftt•oos 225·27:11
ft'L ?Jlll.u.DO I'Rl"E'IO -cu 02D 223-3'SU
:tOISOW LOalO 20 311-3073/74
•CD

.. ...
llD u~-n•s

... .. ...
nALDO TIIIOC'O
RAJiCISCO DOruiEt.L!:S
HUI'OEJI.TO !IOOTO
.:JOJ.O ALVES
•CD

-co ..
... "•• .,..
•CD
5l2.

63D
223-·Ut)
22"3-039~

223-0.(95
311-30~5/56
.... ott.:s:o""'ia.u
DJrll'.r.L GONÇALVES • CD H
. .2 223-4498
223-4fit3

... ••
.:JoJ.o t.ODO
_.,.
,.
...••
HAAÕÜ)Õ.sAliÓIA ·CD OA 66D 223-8493
J~O !IEI:CE9 311-3064/65
-JOSt "iõGAÇA ~sr u 226 3077/78
..T0$1!: ..TOII.CE -co 4DO 223-9!193
_,. JOVAIIJI'I MAS IKI •CD ,. 223 5148

..."'"'...
LQ;URIVAr. liAniSTA 111-30:i:õ/27
- ar
...
KÃltCIO I.ACUOA MT 224 302t/30

... .....••
Wl"Z rwtQUES ·CD CE :l23-3'U
nt/1'0 011: CONTO " CD
"' 223 tJ:I.7

"..,..
OSVALDO co!.I.HO ••.., CD :t23-6845
PAC! t..U'DIH. ·CD "' 2:::1-!I.CSt
fllL$01f GI'8SOH •CD •• :Ul 9U3
au't Jlz:DEL
_, 203 226 224&

......
liALA'l'IZL C.MVALHO ·CD 226-3757

...
SEV!:aO GOMES Edo h'iaC:o 311 3215/16

..
UHXo :SUSIM ·CD 7DO 223-IS34S
tmlRA'l'AK AGUIAR •CD SD' :223 4843
VIC'l'Ott I'ON'l'AKA
AtCIO Jtt'll:!l
CHACM lt-ODRictn:S ... "
·CD
-= '"'
."' 17
223-9:sn
.u:s-::t::tJs
311-3167/66
.i.orn.~.""í.ntA
JOf'lUJI FR!:JAT
... .."
•CD
·CD D> "'
"'
223 5545
226 21112

- .. .
226 29"17
OUCY D!:ITOS ·CD 1"16· 2Z5-<115!1S JOSt QIJ!!tR02

•• '"
'",.
...."' ,.,.."'
22:1 5643

....
Õtltcir.U c;uun:no - sr • LEVY DIAS • CD,
..r D7 _J:&.l.-3179/oO
.;ost si::ft.M. ·CD 223•43U ODACIR SO.ME-S 224 3218/19
4D7
• CD 223 58!13
HAII.IA ti': t(I.RlES 1.B1.0U." ~ CD 234•28U Alll!A KAII.IA RATTES OJ
se '"
...
22:1 ~lta
SAULO QUZ:I.RO:t ... CD 223-'J58!1 nAJICISCO KUStrR -CD
"'
"'•• ..,
- -l'OMProtJ OE SOUV. - sr or 311 422!;1/30
n:~NIO VILELA FIUIO "' sr
"
..,..
DO :n:r.-40U/9<.
-co .,.

......''"""'
nti.GILDkiiO DE: $ENNA "' CD 22;.6à4J - -T!::LKO r;lltST 2U 31'J8
223-3843
"'
-"' .
:tiZA VA.LA!JA.RES -co 223•2890 Si!!RGIO CARVALHO • CD "'
rauno 226 2897
CE:S1JI. MAIA ~o 52 i 223--2340 IIOCifA -CD SI>
"'
... ..,.•• "',.
• CD 223-65411
CHXCO IIUMBERTO
WCIO lLC~TARA
. ·CD a 73S·
223-77'J3
223':'69(3
rt'IU:S'JIADU OJ
"'

- .. ,......
IKAAIO MAIA 311•3148/.(9
fURO niXEIItA "' CD 272 224..0310
DAII.CY l'OZ:r:A
FC.U'!: Ml'liDES
... CD
- CD ·n
!I ;tO 223--64i8
223-2993
,,..,......... CAO"""" ..........
...
... co ·~ 224 i7I9
•• DENlSAR AIUII!IRO
"'
... .,"'.
olt$G!: ARIIACZ: - CD 223-9643
225 4664
n 64Õ vt.AOIKIR P.u.I'IEJ:RA ·CD
"'D'
·-...
..TOS!! LtiiZ MAIA ... CD 223-4398
MAtlltO BORGES 311 3173/74
ltOliERTO CAMPOS· - S!' KT DO 311--4059/60
22] olS4:l
BAS!LIO VIt.t:.o.NI
GEOVAJI'Í OO~ES
... CD
- CD
•• 2"23'~37':C":t
MIMLOO r;orm5
JAMJ:L 8ADOAD
·CD
_,. "'
18 • 20 :226 3230/31

..TOXo CAS'tti.O
a!:XATO JOHNSSO!f
CIIJUI.EL JIENEVIOES
... SF
- CD
- CO
... m
DO 31l-J.073~74

5ecratlÍIII:"iiU BU.S. da S.na Co=- lriodOl!:~O:


..,."' 73D 223-3545

..."
FtliiO ltAUNiltl'r'rl ... CD 223-559"3 Eadareço< SalA Ui ... An•xo l t ... CÕ-ra elo• D•putiJdoa
LOUltDI.BERG tli..ME3 ~WX:HA ... sr KT
t"
3D .311-3035/36·- r-•• 311 6938 (sac:retari~J)
.:JO.XO DE DEUS 72D
IRMA PASSONI
- CD
- co , 223-36!15
223-4845
223
311
2945 {Preaident.e)
6937
Jokl' PAOt..O --.;;-CD 22.3-8095
.., '" 311 6942/43 (ll yic:•-Pr-. . idente)
-JOSt t.UIZ OE s;(
tiAX II.OSEN'IUNN
G:iD~JlAm'AS
MOIStll ABRJ.O
ti.OBDTO IIALl!:S'I:RA
, ... CD
•CD
-co
-"
·CD
.""••
GO
276

"'
'"
D7
262
225-3120
223-!l328
223-3525
lll-3136/37
223-stU
31.1 6!1·U (Rolatot"-Genl)
All•er:nror-úu ar. LW.11 Va.c:onealoa (ÓJ)
311 6682
.,.,.~ Joaá C.rl..,. .U•e• doi Suat.o11 (sr)
223 3381/311 3318

próprios aplicados com exclusividade pelos ou parcial da medida provisória, a luz dOs parâ-
PARECER N• 108, DE 1989·CN
produtores em sgus empreendimentos rurais. metros de urgência e relevância estipulados
Da Comissão MistlJ in_cumi?ida de exa- O amparo do PROAGRO, restrito m·ensalmen- pelo art." 62 da Constituição. · ·
minar e emitir parecer sob_re a admissi- te a 80% dos saldos das dívidas bancárias, É neo;:essário lembrar- que a relevância d"a
bilidade da Medida ProviSóná n? 96. -de abrange hoje a totalidaQe dos díspêndios de matéria não se re_stri_nge, tomo bem aponta
24 de outubro de 1989, que "dispõe so-. berfeficiáiios, ou_seja, a parcela atendida pelo a Exposição de MotiYQS n' 201, de 19~9, que
bre o Programa de Garantia da Atividade crédito e os reCl!rsos próprios aplicados co·m- acompanha a ~ensagem Presidenc.ial, à uni-
Agropecuária (PROAGRO), instituído pela plementarmente pelo produtor. Permanecem versalização do seguro agrícola. A desvincu-
Lein? 5.969. de 11 de dezembiO de 1973, excluídos do seguro agrícola produtores que lação entre s~guro e crédito reduziria a pressão
alterada pela Lei n? 6.685. de 3 de setem~ financiam integralmente a safra com seus re- da demanda pelos recursos h.ancários notoria-
bro de 1979. e dá outras providências. cursos, situação que a Medida Provisória sob mente escassos face às neces.Sid_ades dey pró-
exame pretende alterar para o periodo agrícola' xima safra. Pelo duplo aspecto de que se reves-
Relator: Deputada Lúc[a Vâlp8 ~ te- diminuição de risco do empreendimento
qUe se inicia.
A Medida Provisória w 96, de 24 de outubro e incremento relativo do.crédito -, a medida
de 1989, tem por objetivo permitir que a CO· A-~stã-Comissãó cabe, conforme· dispõe o visa cónsoJ!4é!r as_ ~ectativas de ganho do
bertura do Programa de Garantia da Atividade art. 5 9 da Resolução rt' 1, de 19ª9, do--Con- ptódutor rural e, conSeqüerit~mente; incre-
,Agropeçuária (PROJI:GRO) contemple, Iam· gresso Nacional, pronunciar-se num primeiro mentar, no possivel, a área cultivada e a pr'!du-
. bém, n~ Periodo.ãgrícola 1989/90, os recursos momento..ill ~!to da ~e ~tal ção da pr6xlma safra. ·
6652 Sáfnldo 4 DIÁRIO DO <:;ONGRESSO NAOONAL (Seção H) Novembro de 1989

. No que se refere à urgência, trata-se, a nos- : do artigo 62 da ConstitUiÇão Federál, obje,ti~ · redurir ~-crôillco 'déficit de habitações ,no Dw·
so ver, de conseqüência direta do _calendário ·. vando promover a doa'ção de bens imóveis' !rito Federal. Nesse sentido, a Exposição de
'agrícola. Na verdade, o perfodo 1989/90 já da União ao Distrito Federal. Motivos que acompanha a Medida Provisória
se encontra em andamento e a presente me- A doação pretendida abrange as projeções afirma que esta .....pretende compatibilizar a
dida proviSória perderá boa parte de swÚigni- e lotes localizados no Distrito Federal, bem crescente demanda imobiliária, no Distrito Fe-
ficação se vigente apenas após o término da como os investimentos real~dos pela União, derai, com lln'l.a escassa oferta de im6ve'is resi~
rase de plantio. -- -por intermédio da Superintendência da Cans- denciais, previnindo problemas que, i:ada vez
Em rázão do exposto consideramos atendi- truçªo e Administração Imobiliária - Sucad, mais, afetam a população de BraSília." Ade-
d.os os pressupostos do art. 62 da Constituição ' , em propriedade da Companhi~ lll)obiliária de· mais, cabe assinalar, como o diz a referida
~ somos do parecer favoráve_l à admisslbili- Brasília - TerraC:ap, localizada em Samam- áposição de_.Motivos; que a edição do ato·
dade da Medida Provisória n? 96, de 1989. baia, na Capital da República. sob exame " ...corresponde.a uma devolução
Sala das Comissões, de 1 de novembro de de bens que anteriormente integravam o patri-
1989. - Senador Nabor Júnior, Presidente Da Admissibilidade .. mónio daquela enti~ade federativa~>.
- Deputada Lúcia Vânia, Relator- Senador Nesta. oportunidade, cabe-nos Preliminar-· Quanto à- Urgência, entendemos que tal-
Alufzio Bezerra- Deputado Wcerite Bago - . mente examinar a Medida sob o aspecto de pressuposto é tambl!m atendido pela Medida
SenadorAntônfoLuiz.Maia-Senador-Lou- sua admissibilidade; nos termos do art. 59, da 'Provis4-ria. quando s-t sabe que esta representa
rival Baptista - Senador Gomes Carvalho ' Resolução rf. I, de 1989, do Congresso Na- uma providência iniÇial destinada a soJucionar
, ...:... Deputado Mansueto de Lavor. danar um problema inegWel interesse social, o qual
A admissibilidade implica, necessariamen- deve ser enfrentado pronta e.r<widamente pe~
PARECER 1'1•109, DE 1989-CI'I te, a apreciação da matéria à vista dos con- los Poderes PúbUcos, sob pena de se agravar
ceitos ou da concepçao dos pressupostos de cada vez mais, ao longo do tempo.
Da ComissJo Mista, sobre a admissi-l urgência"-e relevância, aludidos na menciona-I Estas são as cõnsiderações que nos levam~
bilidade da Medida Provisória n' 97, de' da Resolução. ,
a reconhecer a legitimidade da Medida, razão
·24 de outubro de 1989, que ''dispõe so-. Entendemos que a relevância deve conter- pela qual nada ternos a opor quanto ao seu
bre a doação de bens imóveis da Onião. se num patamar que envolva assunto de reco- recebimento.
ao Distrito Federal e dá outras provld~-. ilhecido interesse çyíblico, ta1 como a consi• Saladas Sessões, 1<?de novembro de'1989.
das': derou o legislador constituinte ~o inclui-la en· - Senàt!or Leite Chaves - Deputado Fran-
tre os requisitos indissociáveis da medida pro· cisco Cameiro, Relator - Deputa'do Rubem
Vi.s6ria. • Branquinho - Sen. .Meira Filho - Dep. Ge-
Relator: Deputado Francisco CanÍe!to
Segunclo essa concepção, as providêndas raldo Campos -Sen. Edlson Lobão - Dep.
Trata-se de Medida Provisória expedida pelo: tomadas pelo P9der Executivo se nos aflgU· .Jofran Frejat-Sen. Mauro Benevides___;_Dap.
Senhor Presidente da República; nos termos, ram relevantes, pois visam, em Çlltima a'náli~e; Antônio Fe!Teira.

SENADO FEDERAL
I SUMÁRIO

l-ATA DA B• REONIAO, EM 3 DE' -Projeto de Lei da Câmara n 9 ,?8, de Justiça do Distrito Federal e dos Territó-
NOVEMBRO DE 1989 1989-Complementar (n9 118/8~, n<:t Casa: rios, e dá outras providências. (De iniciativa,
de origem), que estabelece normas sobre do Tribunal de Justiça do Distríto Federal_
!.l-ABERTURA a participação dos Estados e do Distrito e dos Territórios.) ..
Federal no produto .da arreqadaçãci do Irn~ -Projeto de Lei da Câmar_a n9 62, de
1.1.1- Comunicação da Presldên..i posto sobre Produtos lndUsbializados - - 1989 (n•57!/88, na Casa de oíjgem), que
da ·
IPI, relativamente às exportações. estabelece a obrigatoriedade da incidência
lnexfslência de quorum para abertura da -Projeto de Lei da Câmara n9 59, de de correçáo monetária sobre as imporfân..
sessão. 1989 (n• 1.246188, na Cosa de origem), cias pagas com atraso peJas entidades e·
que altera os arts. 176 e· I 77 da Lei n~ , órgãos vinculados à ~dministraçã.o Públi·,
1.1.2-Designaçao da Ordem do: 4.737, de 15·de julho de 1965, que institui ca, relativas aos contratos que especifica,
Dia da próxima sessão o Código Eleitoral, com as al_terações pro-' e dá outras providências.
movidas pelaS Leis n~"-6.989, de 5 de maio ·
12-ENCERRAMENTO de !982, e 7.332, de I• de julho de 1985, 13.2- Comunicação da Presidên-
e dá outra_s providências. cia
13 - EXPEDIEI'ItE DESPACHADO -;_Projeto -de Lei da Câmara n~ 60, de
-Término- do prazo para apresentação 1
!989 (n'"'3.049/89, na Casa de origem),
de emendas dos §eguintes projetas:
1.3.1- Ofidos do Sr. 1, Secretário que acrescenta_ dispositivo à Lei n 9 6.25.1,
--.....:.Projetas de ResoJução n'~" 75 a 77189.
da Câmara dos Deputados de 8 de outubro de 1975, que institui nor-
mas gerais sobre desportos.
EnCãminhando à revisão do &!nado IJU· -Projeto de Lei da Câmara n• 61, de 2.-MESADIRI;T9~ _
tógrafos dos seguintes projefbs: 1989 (n• 1.828/89, na Casa de origem), . 3 -LIDEIUlS E VICE-LIDI!REs DE
·-Projeto de Lei .da Câmara n" 57, 4e que inclui a Categoria de lnspetorde Segu- PARTIDOS
1989 (n• 1.48.5/89, na Casa de origem),: rança Judiciária no Grupo-Atividades de
que altera a legislação do Imposto de Ren-•_ Apoio J.udid~o. do Qu. adro de P.essoa.
. I.
4 - COMPOSIÇÃO DAS COMIS-
do e dá ·o~_providências. · ·: ~-áQ~IJ.tL~_$k~~r:_iª_Ço_l)iPYQal de SÕES PERMAl'IEI'ITES
_Nove,mbro de 1989 D1AAJo Do CONGRESSO NAOONA!.. (Secãq ll) Sábado 4 _6653

Ata da 8~' Sessão, em 3 de novembro de 1989


3' Sessão Legislativa Ordinária, da 48' Legislatura
Presidência do Sr. Jarbas Passarinho
ÀS 9 HORAS. ACHAM-SE PRESENTES OS -3- na Câmara dos Deputados), que 'aprova o tex-
SRS. SENADORES: . to do Acordo de_Cooperação Econômica ceie·
PROJETO DE LEI DO DF, No 69, DE I 989 brada. entre o _Governo da República Fede-
Mária Maía - Aluízio Bezerra- Nabor Jú-
nior-Leopoldo Peres-Aureo Meno -Oda· (Effi Regime de Urgência, nos termos do rativa do Brasil e o Governo da República So-
cir Soares - Jolio Menezes - Jarbas Passa- art. 336, c. do Re-gimento Interno) ctalista da T cheCÕlslováqulél, em Brasffia, em
rinho - Carlos Patrocínio - João Castelo Votação, em turno único, do Projeto de Lei 12 de maio de 1988, tendo _ ·
-Alexandre Costa- EdiSon Lobão"- Cha- PARECER FAVORÁVEL, profertdo em ple-
do DF, fi?69, de 1989, de iniciativa da·Comis-
gas Rodrigues - Cid Sabóia de Carvalho - nário, nos tennós de substitutivo quê oferece.
são do Distrito Federal, que autoriza a desafe·
Mauro Benevides - Marcondes Gadelha - tação de domínio de bens de uso comum -8-
Raimundo Ura -.Marco Maclel- Ney Mara· do povo, dentro dos limites terrítorias do Djs..
nhão- Mansueto de Lavor - Francisco Ro- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
trlto Federal tendo N• 31, DE 1989-
lemberg - Lourival Baptista - Nelson Car· PARECER FAVORÁVEL, profertdo em ple-
neiro- Iran Saraiva- Meira Filho- Márcio. nário. Votação, em turno único, do Projeto de De-
Lacerda -José Fogaça. creto Legislativo no 31, de 1989 (n• 59/89,
-4- -na Câmara dos Deputados), que aprova o tex-
O SR. PRESIDENTE (Jarbas Passarinho) PROJETO DE RESOLUÇÃO N° 81, DE I 989 to.daS emendas à Convenção da Organização
-A lista de presença acusa o compareciemrt- , internacional de Telecomunicações Marítimas
(Em Regime de Urgência, nos termos do
to de 27 Srs. SenadoreS. Entretanto não há por ::?atéHte (lnmarsat) e ao Acordo operacio-
art. 336, c, do Regimento Interno)
em plenário, o "quorum" regimental para nal, adotadas pela Quarta Assembléia das Par-
' abertura da sessão. Votação, em turno único, do Projeto de Re- tes lnmarsat, realizada em Londres. de 14 a
Nos termos do § 29 do art. 155 do Regi- solução n~' 81, de 1989, que autoriza o Gover- 16 de outubro de 1985, tendo
mento Interno, o expediente que se encontra no do EstadO do Ceàrá a emitir Letrá.s Finan- PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-
sobre a mesa será despachado pela Presidên- ceiras_ào Tesouro do Estado (LFTE-CE), em _Q~o.
cia, independentemente de leitura. montante equiValente ao valor das 2.839.913
Nestas condições, vou encerrar a presente Obrigações do Tesouro do Estado do Ceará -9-
reunião, designando para a sessão ordinária (OTCE) que serãO substituídas e extiil.tas, ten- PROJETO DE DEc:RÉTÜ LEGISLATIVO
de segund~-feira, a seguinte do W32,DE' 1'989
PARECER FAVORÁVEL,profertdo em ple- Vo~ção em turno úntco, do Projeto de De-
nário. creto Legislativo n• 32, de I989 (6I/89, 1111
ORDEM DO DIA -5- Câtnara dos Deputados), que aprova o texto .
PROJETO DE RESOWÇÃO K• 82, OE I989 do Acordo de Cooperação Técnica celebnldo
-l- entre o Governo da República Federativa do
(Erri .Regime de Urgência,~nos terrhos do
Brasil e o Governo da-República do Paraguai.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO art. _336, c. Cio Regimento Interno)
em 27 de outubro de I987, tendo.
No 36, De I989 Votação, em iumo único, do Projeto ele Re- PARECER FAVORÁVEL, profertdo em ple-
(Incluído em Ordem do Dia, nos tennos do solução n9 82, de 1989; que autoriza o Gover- nário.
art. 353, parágrafo único, do Regill'l:ento Inter- rlo do Estado do Rio de Janeiro a elevar, eX-
cepcional e temporariamente, seu limite de
-lO-
no)
endividamento, para emissão dos títulos que PROJETO DE LEI DO SENADO
: Discussão, em túmo únfCO, do1Projeto de No 22, DE 1989
menciona, tendo .
Decreto Legislativo n• 36, de 19891n° I I2/89, PARECER FAV®RÁVEL, profertdo em ple-
1
na Câmára dos Deputados), que aprova o ato nário. Votação, em túmo único, do Projeto dé Lei
-
'que renova: a concessão outorgada à Rádio . do Senado n9 22, de 1989, de autoria do Seria-
~6-
Imperatriz Sociedade Ltda, para explorar servi- dor Jamil Haddad, que -dispõe sobre o tranS..
ço de radiofusão sonora em crida média, na PROJETO DE RES9LOÇÃO N° 84, DE 1989 porte de presos e dá outras providências, ten-
Cidade de Imperatriz, Estado do Maranhão, do
' (Em Regime de Urgência, nos termos do
tendo . PARECER, sob no 97, de I 989, da Comissão
c •
arl336, c, do ~Regimento Interno)
PARECER PRELIMINAR, por pedido de dili- -de Constituição, Justiça e Qdadanía, pela
gência~ Votação, em twno\úniCO, do Projeto_de Re- constitucionalidade e juridi~idade.
solução ri' 84, de 19fkl, que autoriza o Gover- -
-2- hO do Estado do Piauí a contrc,tar operação ~li-
, PROJETO DE LEI DO DF N• 59, DE 1989 de. crédito externo no valor de US$
PROJETO DE LEI DO SENADO
30.000.000,00 (trinta milhões & dólares ame- N• 91, DE I989-COMPLEMENTAR
(lncluido em Ordem do Dia nos Terrno5 do
' art. 49, in fine, da Resolução n" 157 , de 1988) ricanos),._~través do Convênio de Pagamento
, . Recíproco Brasil/Argentina, tendo Votação, effi turno único, do Projeto de Lei
DiSMsão, em turno único, do Projeto de PARECER FAVORÁVEL, proferido em pie- do Senado n• 9I, de I989 (Complementar)
, Lei do DF, n~" 59, de 1989, de iniciativa do nár:io. . /\ - de autoria do Senador João Menezes e outros
· GóvériíádO:i' do Distrito Fedêra1; que dispõe -~.;t.-- _./ Senhores Senadores, que estabelece, nos ter-
sobre a regularização ou desconstltulção de. PRQ.)ETO DE'DECRETO !-ECÍ!sLATIVO mos do § 9'? do art. 14 da Constituição, de
parcelamentos urbanos implantados no terri- · N~
30 , DE_ .g
1 89J - 5 de outubro de 1988. prãzo para desincom-
tório do Distrito Federal sob a fonn.it de lotea- . ~ patibilização de Ministros de Estado, tendo
mentos ou condomínios de fato (dependendo. Votação, em turno único, do Projetp de De- PARECER, sob no 139, de I989, da C:9'
de parecer). · - creio _,L~ativo n° 30, de 19.89 (no 41/89, . . missão .....
,.r<:c
,._,,·
/
, 6654 .Sábado 4 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Novembro de 1989

. _:_de ConstitufçAo,Justiça e Odadllnía, pela -16- 96.991, de 14 de outubro-de 1988, que "atribui
constitucionalidade, e jwididdade, com voto competência para autorização de pagamentos
VencidQdos Senadores Ney Maranhão, Jutahy _e recebimentos por meio de outras instituições
Magalhães e Mansueto de Lavor. REQUERIMENTO N• 566, DE 1989 finanCeíras."-
-12- ~21-
-VõfaçãO, em turno único, do Requeriinento
PROJEfO DE LEI DO DF N• 63, DE 1989 n9 566, de 1989, de autoria do Senador Dirçeu Redação Final
Votação, em tumo único, do Projeto de Lei Carneiro, solicitando, nos termos regiffientais, PROJETO DE DECREfO LEGISLATIVO
do DF n9 63, de 1969, de iniciativa da Cernis- tenham tramitação conjunta os Pr_ojetos de N•_27, DE 1989
. são do Distrito Federai, que autoriza a institui- Lei do Seoado n9" 176, 178, 200, 211, 236
ção da Fundação Memorial Israel Pinheiro e e 237; de 1989, dos Senadores Nelson Car- DiscuSSão, em turno úrlÚ:o, da Redáção Fi·
dá outras providências1 tendo · _ neiro, JutahY Mã.g.ãlh.3.es, Antônio Luiz Maya, nal (oferecída pela Comissão Diretora-em seu
PARECER FAVORAVEL. soo n' 247, de Francisco Rollemberg, Dirceu Carneiro e José Parefer:n9 266, de 1989), ~_o_Projetç de Decre-
1989, da Comissão.__ · · Fog~S:~·- respectivamente, ~~12__dfspõem sobre to Legislatíyo_-~09 2.7, _de 1989 (n? 57/89, na
-do Distrito Federal. a política para o setór a:gropecuário. --Câmara dos Deputados), que aprova os textos
da "COilYeilção ~bre Pronta J:'iotificação -áe-
-17- Acidente_ Nuclear" e da "Co"iivenÇão sobre As-
-13- sistência ·no CaSO de Acidente Nuclear ou
PROJEfO DE RESOLUÇÃO N• 1. DE !989 - PROPOSTA DE EMENDA À Emergência Radicilógk:a"; aprovadas- durante--
a sessão especial da Conferência· Geral da
Votação, em turno único, do Projeto de Re- CONSillUIÇÃO N• I, DE 1989
Agência Internacional de Energia Atôlnica, em-
solução n9 1, de 1989, de iniciativa di!i: Colnis-
Votação, em primeiro turno, da Proposta Viena, de 24 a 27 de setembro de 1986.
são Diretora, que altera a- redãção de dispO-
sitivos da Resolução n9·146, de 1980, alterada de Emenda à Constituição n 9 1, de .1989, de -22-
pelas Resoluções n~G 50, de 1981, e 360, de autoria do Senador João Menezes. e outros
Redação Final
1983 e dá outras providências, tendo Senhores Senadores, que altera- os -prazos es-
PARECER, sob n• 159, ·de 1989, da Co· iabelecidos no § 6~ do art. 14, para desincorn- · PROJEfO DE LEI DO SENADO
~o . patibilização do Presidente da República, dos N• 166, DE !98Q- COMPLEMENTAR
~de Constituiç8o,Juitfça e Gdãdama, pela Govem;âores de Estado, do Distrito Federal Discussão, em turno único, dà Redação Fi-
constitucionalidade, juridicidade,e, no mérito, e dos Prefeitos, tendo nal (oferedda pela CorTlissão Diretora em seu
favoráV<~i. PARECER, soo n• 145, de 1989, Parecer n9 267, de 1989), do Piojetc::i- de Lei
--da CàmfsSão Temporáría, favorável ao do Senado n 9 166,- de 1989"\Coinplementar),
-14- prosseguimento da tramitação --da matéria,
de autoria do Senador Fernando Henrique.
com voto vencido dos Senadores Chagas Ro- Cardoso, que exclui, da incidência do Imposto
PROJEfO DE RESOLUÇÃO N• 51, DE !989
drigues e Mauricio Cor.rêa. a
Sobre Serviços de qualquer" natureza; expor~-
-18- ___táção para o exterior dos serviços que men·
Votação, em turno único, do _Projeto. de Re- do"na, nos termos do inciso D do § 4? do art.
solução n~ 51, de 1989 (apresentado pela Co- 156 da Consfifuição_Federal.
missão de Assuntos Económicos como con- PROPOSTA DE EMENDA À
clusão de seu Parecer n9 152, de 1989), que _ COi'icSTITUIÇÃO N• 2, DE 1989 -23-
autoriza a Prefeitura Munidpal de Bonito, Esta-
Redação Anal
do de Pernambuco, a contratar operação de
Votação, em primeiro turno; da Proposta
crédito no valor correspondente, em-cruzados,
de Emenda à ConstituiçãO n~' 2, Qe_ 19_89, de PROJEfO DE DECREfO LEGISLATIVO
a 80.848,17. OTN, de julho de 1987, junto autoria do Senador Olavo Pires e outros Se-
à Cáixa Econômica Federal, tendo N• 24, DE 1989
nhores senadores, que modifica o § 39 do
PARECER, sob n• 277, de 1989, da Co- -art 49 do Aro das Disposições Constitudonais
missão Discussão, em turnO único, da Redação fi.
Tra;õ:Sitõrias: · nal (oferedda pela Comissão Diretora em seu
-de Assuntos EcOh'ôriJicos, favOrável à
Emendap~> 1, de plenário, nos termos de subS;- -19- -Pacecen:t 290, de 1989), do PIPjeto_de Decre:·
titutivri que oferece. · _- _ _ to Legislativon• 24, de 1989 (n• 160/86, na
C'amara dos Deputados). que aprova 'O texto
PROPOSTA DE EMENDÀ À da Convenção Ds:stinada a_ Evitar a Dupla Tri-
-15- CONSillUIÇÃO N• 3, DE 1989 butação e Prevenir a Evasão FtScal em Matéria
de Impostos sobre a Renda, celebrada entre
PROJEfO DE RESOLUÇÃO N• 67, DE !9S9 VotaçãO, em primeiro turno, da -Proposta o Governo da República Federativa do Brasil
de Emenda à Constituição n" 3, de "1989, de e o_ Governo-da República Socialista da Tche-
Votação, em turno único, do Projeto de Re~ auto tia do Senador· Marco _Maciel e outros_ Se- coslováquia, em Brasüia, em 26 de agosto de
solução n" 67, de 1989 hho~~senádõfe_s, que acrescenta pãrá_graf~ 1986, bem como o protocolo que a integra.
ao art 159 e altera a redação-do incisO II do _-24-
art 161 da Constituição Federal.
Votação, em turno único, do Projeto, de Re- Redação Final
solução n~> 67, de 198"9 (apresentado pela Co- -20'- PROJEfO DE LEI DO DF N• 42, DE 1989
missão de Assuntos Econômlcos como con·
Redação Fina1
clusão de seu Parecer n~> 231, de 1989), que DisCussão, em turno único, da ~edação Fi-
autoriza a concessão de garantia da União aos PROJEfO DE DÉCREfO LEGISLATIVO ruU_(ofer~dda pela Comissão.Diretora em seu
títulos que menciona, tendo N• 25, DE 1988 Parecer n 9 289, de_ 1989), do Projeto de Lei
PARECER, sob n• 2~6. de 1989, da Co- DiscusSão~ em huno único, da r~çãó f~ do DF nç 42, de J989, de- iniciativa da Comis-
missão (oferecida pela Comissão Diretora em seu Pa- sãd do Distrito Federal, que.dispõe sobre nor-
-de Assuntos Econ6JTÜcos, "favOrável às recer n9_268, de 1989}, do Projeto de Decreto. mas para a proteção do meio ambiente, nos
Emendas de n~~ 1 a 3, de plenário, nos termos Legislativo n 9 25, de 1988, de autoria do Sena"- casos que especifica, apresentado por suges·
de substitutivo que oferece. 1dor Leite Chaves, que susta o Decreto n? tão do. Deputado AugUsto CafV!'IIho.•
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Sábado 4 6655

-25- * 1<;> Fica ainda assegurada aos onw


dot61ogos a faculdade de deduzir, da re-
dustrializados -!PI, 10% (dez. por cento) aos
Estados e ao Distrito Federal, proporcional-
Redação Final ceita decorrente do exercício da respec- mente ao valor das respectivas exportações
PROJETO DE LEI DO DF N• 47, DE 1989 tiVa profiSSão, as despesas ·com a aquisi- de produtos industrialiiados, nos terrrlos do
Discussão, em turno único, da Redaçáo Fi- -ção -do material odontol6gicq por eles inctso ll e do § 29 do art. 159 da ConStituiçã~
aplicadas nos serviços prestados aos seus Federal.
nal (oferecida pela Comissão Diretora em seu
pacientes, assim como a·s despesas com § 19 Para efeito de cálculo das parcelas
Par~er n• 291, de 1989), do Projeto de Lei
do DF n• 47, de 1989, de inlCiativa do Gover· o pagamento dos profisSionais dedicados pertencentes a cada unidade federada, Consi-
nadar do Distrito Federal, que cria funções à prótese e à anestesia, eventualmente derar-se-ão:
do Grupo Direção e Assistência Interrnadiá- ütilizados na prestação dos serviços, des- 1- as origens indicadâs nas respectivas
rias, nas tabelas de Pessoal que medona. de que, em qualquer caso, mantenham guias de exportação ou em outros documen.-
escnturação das receitas e despesas reali- tos _que __ identifiquem a unidade federada e>o:~
-26- -zadas. portadOra; · ~
PROJETO DE LEI DA c.Âl'oARA § 2? Na venda em leilão, o valor de II- o conceito de produtoS industrializados
N• 78, DE 1986 transmissã.o .da venda do bem para os adotados ,pela legislação federal referente ao
efeitos do § 29 do art 3<:> desta lei será !PI.
Discussão, em turno suplementar, do Subs- o valor da arrematação, exduídas as des- § 29 Para os fins do inclso I do § 1o desta
titutivo do Senado ao Projeto de Lei da Câmara pesas relativas aos impostos estaduais e lei complementar, na hipótese _de a operaçãb
n• 78, de 1986 (11' 1:945/83, ria Casa de ori· municipais iriddentes sobre os bens lei- interestadual anterior à exportação ter sido
gem), que inclui o fotógrafo autônomo no loados e os custos diretamente vincula- realizada ao abrigo de isenção, total ou parcial,
quadro de· atividades e profissões a que se_ dos à realização do leilão. As exclusões do imposto de que trata a alínea b do inc!so
refere o art. 577 da Consolidação das Leis a que se refere este parágrafo não podem I do art. I55 da Constituição Federal, será conR
do Traba1ho, aprovada pelo Decreto-Lei n9 ultrapassar 50% -(cinqUenta por cento} do siderada a unidade federada de origem, -ou
5.452, de 19 de maio de 1943, tendo ~valor da arre~atação do bem." seja, aquela onde teve início a referida opera-
PARECER, sob n• 269, de 1989, da Co· Ção interestadual.
missão · Art. 29 Esta"Jei ení:ra em vigor a partir do
§ 39 Os coeficientes de rateio serão calcu-
-Diretora, oferecendo a redação do ven- primeiro dia do terceiro mês seguinte ao de lados para aplicação no- ano-calendário, toR
cido. _sua publicação.
Art. 39 Revogam-se_ as disposições em mando-se como base o valor em dólar norte-
-ZT- contrário. americano das exportações ocorridas nos 12
(doze} meses antecedentes_ a primeiro de julho
VetoTotal LEGISLAçj.O OTADA do ano imediatamente anterior.
PROJETO DE LEI DÓ DF N• 54, DE 1989 § 49 Sempre que a participação de qual-
LEJN•7.713, DE22DEDEZEMBRODE 1988 quer uniÇiade federada ultrapassar o limite de
20% (vinte por cento) do montante a que se
Dtscussão, em turno único, do veto total
refere o caput deste artigo, o eventual exce-
aposto ao Projeto de Lei do DF n"" 54, de 1989, Altera a legislação do 1lpposto de renda
,que reestrutura a categoria funcional de Assis- dente será distribuído entre as demais, na' pro-
e dá olltras providênciaS. porção de suas respectiVas participações rela-
tente Juiiclico do Plano de Classificação de fi.vas. _
'Cargos de que trata a ~ei n~" 5.920, de 1973, ····.Art:···i·l·.···-o-s-ti--tuT~-d_o_s_s~-tvi-.ç-o_s_n_ot;;~i~ § 5° O óigão encarregado do controle
fixa sua rebib~ção, e dá outras providências.
(fénnino do prazo da Comissão do Distrito· e de registro a que se refere o art. 236 da das exportações fornecerá ao Tribunal de
F;ederal para apresentação do relatório _ __ Constituição da República, desde que mante- Constas da União, de forma consolidada, até
:2-11-89.) hham escrituração das receitas e das despe- 25 do mês de julho de cada ano, o valor total
saS, poderão deduzir dos emolumentós rece- em dólares das expOrtações do período a que
0 SR. PRESIDENTE (Jarbas Passarinho) bid6s, para efeito da incidência do impostq: se refere o § 39 deste artigo.
_Está encerrada a reunião. . _ I - a remuner~ção paga a terceiros, desde Art. 2o Qs çoefkientes individuais de parR
que com vínculo empregatkio, inclusive en- ticipação, calculados na forma do artigo ante-
(Levanta-se a reuniáo às 9 horas e 30 cargos trabalhistas e previdenciários; rior, deverão ser apurados e publicados no
minutos,.) n-os emolumentos pagos a terceiros; Diário Oficial da União pelo Tribunal de Contas
EXPEDIENTE DESPACHADO NOS '.nr_:_ ãS -despesas de custeio necessárias pa- da União até ~ úl~o dia útil do mês de julho
TERMOS DO[? DO ART. 155 DO RE- ra a m'"áhUfepçãó 'dos serviços notariais e de de cada ano.
GIMEJYTO l/Y1ERNO.
Olidos
registro.
- ___ _________
............. .,............. .........,, ,,, ., __
§ 1? As unidades federadas disporão de
30 (trtnta) diaS, a Partir da publicação referida
no caput deste artigo, para apresentar contes:.
ta,ção, juntando desde logo as provas em que
DOSR.1•·SECRETARIODA se fundamentar.
CÁMARA DOS DEPCITADOS (À Comíssão de AssuntOs EcõnômiCosT · § 29 O Tribunal de Contas da União, no
Encaminhand~à revisão do Senado au- prazo de 30 (trinta) dias contados do recebi-
tógrafos dos seguintes projeto&: PRO.JETO DE LEI DA CÂMARA mento da contestação mencionada no pará-
PRO.JETO DE LEI DA CÁMARA N• 58, DE 1989- COMPLEMENTAR grafo anterior, deverá manifestarRse sobre a
(N• 118/89, na Casa de origem) mesma.
N•57,DE 1989
Art. 3 9 -·As quotas das unidades da federa-
(1'1•1.485/89, na Casa de origem) Estabelece normas sobre a participação ção· serão determin_açjas de acordo com os
dos Estados e do Distn1o Federal no pro- - coefi'cientes indMduais da participação a.que
Altera a legislação do Imposto de Ren- duto da arrecadação do Imposto sobre se refere éaartigo anterior.
da e dá outras providências. _
-Produtos lndustriaüzados -lP/, relativa- § ]9 Até o quinto dia útil do mês subse-
<Y'Congresso Nacional d~reta; mente às exportações. qüente' ao da arrecadação do JPI, as cbtas dew
Arl IS> Ficam acrescentados ao art II da verão ser creditadas em co!Jta.s especiáis aber-
Lei n• 7.713, de 22 de dezembro de 1988, O Congresso Nacional decreta: tas pelas unida~es da federaÇão em seus res-
dois parágrafos, com a seguinte redação: Art. ]9 A União entregará, do produto da pectivos bancos oficiais; na falta destes em
~arrecadação do Imposto sobre Produtos ln- estabelecimento bancário po~ elas indicado.
"Art. 1I. ·-·········--...··--···---··
6656 · Sábado 4 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Novembro <ie I 989

§ 2~ Q_ cumprimento do disposto neste 1\Jj._jsg,. A União entreg~á: Eleitoral, com as alterações promovidas pelas
artigo ~~rá comunlcado pelo Ministério da Fa- I--do produto da arrecadação dos impos- Leis n9S 6.989; de 5 de maio de 1982, e 7.332,
zenda ao Tribunal cte Contas da Qnião, discri- tos sobre renda e proventos de qualquer natu- de 1~ de julho de 1985, passam a vigorar corrt
minadamente: por unidade federada, até o últi- reza e sobre produtos industrializados, qua- a seguinte redação:
mo dia útil do mês em que o crédito pver rentã e s_ete por Cer nã seguinte forma:
sido lançado. _a) _viryte e um intL.ros e cinco décimos por "Art. 176. Contar-se-á o voto ãjJenas
Art. 4~ O Minístérfo da Fazenda publicará, cento_ao'fundo.de Participação dos Estados para a legenda, nas eleições pelo sistema
até o último dia do mês..'~J.Jbseqüente ao da e 49 _Distrito Federal; proporcional;
arrecadação, o montante do_ li?I arrE;lcadado, b) vinte e dois inteiros e ciiJ.CO décimos pÕr 1- se o eleitor escrever apen.as a sigla
bem como as parcelas distribuídas a cada uni-:__ c_ento {lQ Fundo de Participação dos Muni- partidária, não indicando o candidato de
dade da federação. cípios; sua preferência;
Parágrafo único - Cada unidade federada c) três ROr c_ento para aplicaç-ão em progra- II- se o eleitor escrever_ o nome de
poderá contestar os valores .dis.triln.1idos, de· ma de financiamento ao setor produtivo das mais de um candidato do mesmo Partido;
veil.do tal' contestação ser objeto de ~ãnifes­ regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, atra- III- se o eleitor, escrevendo apenas os
tação pelo órgão competente, no prazo de vés de sJ.Jas instituições financeiras de caráter números, indicar mais de um cari.didato
30 (trinta) dias. .. regiot"l~! de acordo com os planos regionais do mesmo Partido; _
Art. 59 Os Esta.dos entregarão -aos seu~ de desenvolvimento, fic:ando assegurada ao IV -se _o eleitor não indicar o candi-
respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por semi_-árido do Nordeste a metade dos recur- tlato através do nome ou do nCunero com
cento_) dos recursos que nos termos desta lêi• so_s_ des!inados á região, na forma que a lei cJareza sufidente para distingui-lo de ou-
receberem, observando-se para tanto os mes- estabelecer; tro candidato do mesmo Partido.
mos critérios, forma e prazos estabelecidos · ·II- do produto da arrecadação do Imposto Art. 177. Na contagem dos votos pa-
para o repasse da parcela do IÇMS que a ConS- sobre Produtos Industrializados, dez por cento . ra as eleições realizadas pelo sistema pro-
tituição Federal assegura às municipalidades. aos Estados e ao Distrito Federal; proporcio- porcional observar~se-ão, ainda, as se-
Art. 6'l' Para efeitos de apuração dos coefi- tnalmente ao valor das respectivas exportações guintes normas: .
cientes a serem aplicados no período de 19 de produtos industrializados. 1- a inv~rsão, omissão ou erro de gra-
de março a 31 ded_eze.mbrp de 1989, .;tdotar- fia do nome ou prenome não invalidará
se-ão os critérios previstos nesta lei comPle- § 2~·:··Ã·-~;~h~;;;;··~-i~-d~··r~d~;;d;·:p~d~;á o voto desde que seja possível a identifi-
mentar. ser destinada parcela superior a vinte por cen· cação do candidato; .
Art 79 Os reo.trsos_já existentes, relativos to do montante a que se refere o inciso II, II- se o eleitor escrever o nome de
a arrecadação do IPl _no periodo compreen- devendo o eventual excedente ser distribuído um candidato e o número corresponden-
dido entre J9de março e o mês_ da publicação entre os demais participantes, mantido, em te a outro da mesma legenda ou não,
desta lei, s_erão creditados nos_ 30 (trinta) dias relação _a_ esses, o critério de partilha nele esta- contar-se-á o voto para o candidato cujo
b nome foi escrito, bem como· para a
subseqüentes, em uma única parcela moneta- _belecido.
riamente atualizada, em favor de cada unidade legenda a que pertence;
federada ber\eficiária. ·-·;;t·i6't~·--c;;;;i·;;;;;;i;;;;~;;;~ ~-·~· .. lll- se o eleitor escrever o nome ou
Art. 89 · Esta lei complementar entra_ em 1- deftnir valor adicionado_para fins d'o dis- o número de um cand_Ldato e a legenda
vigor- na data _de s_uª publicação, retroagindo posto no art 158, parágrafo único, I; de outro Partido, contar-s~_á o voto para
· seus efeitos a 1o de março de 1989. . _li~ estabelecer normas sobre a entrega o candidato cujo nome ou número foi
Arl 9~ _ Revogam-se as disposiçõeS. em __ gos recursos de que trata o art. 159, especial- escrito;
contrário. mente sobre os crMrios d~ rateio dos _fundos N- se o eleitor escrever o nome ou
previstos em _seu incisoJ,:objetivando premo· o número de um candidato_ a Deputado
LEGISLAÇÃO CTTADA ver o equilíbrio sócio-económico entre Esta- Federal na parte da cédula referente a
. CONSTITUIÇÃO DA dos_ e entre Municípios; Deputado Estadual ou vice-versa, o voto
-,~--~ -dispor sobre o acompanhamento, pe·
será C<?ntado para o candidato cujo nome
REPÚBUCA FEDERATIVA DO BRASIL ou número foi escdto; -
los beneficiários, do cálculo das quotas e da
...................__Tfr=u-w-·Vi·----- liberação das participações previstaS nos arts. V- se o eleitor escrever o nome ou
!57. 158 e !59, o número de candidatos em espaço da
Da Tributaç~o e do Orçamento Parágrafo úriico. O Tribunal de Contas da- cédula que não seja o correspondente
União efetuará o eálcu1o das quotas referentes ao cargo para o qual o candidato foi regis-
CAPÍTULO I trado, será o voto computado para o can-
Do Sistema Tributário Nadona/ aos fundos de participação a que alude o inci-
so II. didato e respectiva legenda, confonne o
·········-·······················siÇAõiii__ _ registro." · ·~- _
Dos Impostos dos Estados e do Art. 29 Esta lei entra em vigor na ·data de
Distrito Federal sua publicação. _
Arl 155. Compete aos estados e ao Dis- (À Comissão de Assuntos Econôml- Art. 3~ Revogam--se as disposições em.
trito Federal instituir: · ·eos.) - -- contrário.
1- impostos sobre _ [E/GISLAÇÃO CTTADA
a) tramissão causa morti$ e doação, de PROJETO DE LEI DA CÂMARA
, qualquer bens ou direitos; - N• 59, DE 1989 CÓDIGO ELEITORAL
b) operações relativas à circulação de mer· (N• 1.246/88, na Casa de ori!Jem). LEI N-4.737. DE 15 DE JULHO DE 1965
cadorias e sobre prestações de serviços de· Alteraosarts.176e 177daLeinc4.737,
transporte interestadual e intermunlcipal e de de 15 de julho de 1965, que-institui o
liistitui o Código Eleltoral.
comunicação, ainda que as operações e as C6digo Eleitoral, com as alterações pro- ........ -.... ~-·-··-- ......................................... ~····--·-

prestações es inidem no exterior. _ movidas pelas Leis nf# 6.989, de 5 de PARTE QUARTA
································-·---- maio de 1982, e 7.332. de Jc de julho Das Eleições
de 1985. e dá ofl.lras providências.
3EÇÃO VI O Congresso Naciona1 decreta:
·············"'··"'··········· "iliüw v·······························~
DaRepartiçáodasReceitas Tributárias -Arl ]9 Osarts.l76e I77daLeil1'4.737, Da Apuração
...................................... "······-~'"' ····~ -.-4~. 15 de julho de 1965, que institui o Código
l"jgv~mbro de 1989 [)IÁRIO DOCONQRESSO NACIONAL (Seção 11) ~bado.·4 6657

CAPITULO II LEI N• 7.332, DE 1• DE.JCl!.HO DE 1986 w-_:_-edttar norinàs' complementa_res Sobre


Da Apuração nas Juntas os desportos, inclusive o desporto proflss!onal,
Estabelece narinas paro realização de
observadas quanto a este as normas especiais
7:-:-:--······---
-·-·····························SE~O IV eleições em 1985, dispõe sobre o aliStamenl?
de proteção de tais atividades; •
eleitoral e voto do analfabeto e dá outras proVI-
Da i'::ontagein dos Votos dências. · V- editar normas disciplinadoras dos esta-
tutos das entidades integran~s. do Sistema
-·······················---: -:.: .... :::,...~.~.:::::.:......................... :..._._........ ~~-?"i Desportivo Nacional;
Art. 176. Contar-se~ão os Votos apenas Art. 20. Ficani revogadas ·as arts. 4 9 e 5 9, . . .VI-decidir quanto à participação de dele-
para a legenda, nas eleições pelo s1stema pro- 6<? e 7" da Lei n9 6.989, de 5 de maio de 1982, gações desportivas nacionais em competi·
porcional: restabelecendo-se a redação anterior dos arts. ções internacionais, ouvidas as competentes
I - se o eleitor escrever o nome_ de mais 145, 175, 176 e 177 da Lei n 9 4.737, de 15 entidadesdealta4treção,bemassimfiscalizar
de um candidato do mesmo partido; de julho de 1965 - Código Eleitoral, a res- a sua constituição e desempenho;
JI-..:.... se o eleitor, escrevendo o nome apenas peito do voto de legenda. VIl- editar normas gerais sobre transferên- ·
os números indicar mais de um candidato
do inesmo partido;
-..-...--............--..........._............... H........................ cia de adetas_amadores e profissionais, obser-
............................................................ ;........ --..... _;...... ~;:_ vadas as determinações das entidades interna-
III- se o eleitor não indicar o candidato - (À Comissão de Constituição, JustiÇa e clonais de direção dos desportos;
através do nome ou número com clareza sufi- Odadania.) Vlll- coordenar a elaboração do Calendá-
ciente para distingui-lo de outro candidato do rio· Desportivo Nacional;
mesmo partido; - . PROJETO DE LEI DA CÂMARA IX- baxar normas referentes ao regime
IV- se o eleitor, indicado a legenda, escre- ·N•60,DE 1989 econ~mico e fmanceiro das entidades despor-
ver o nome ou número de candidato de outro (N~ ~.049/~~· na Casa de origem) tivas, inClusive no que diz respeit9 aos cnos
partido; _ ._ administtãtivosi - --
Art. 177. Na contagem dos votos para as Acrescenta dispositivo à' Lei n" 6251,
eleições rea1izadas pelo sistema propgrdonal de
de B de outubro 1975, que úrstit:Ui rior- X-disciplinar a participação de qualquer
entidâde desportiva brasileira em competições
observar-se-áo, ainda as seguintes normas: mas gerais sobre desp!Jrtos.
internacionais;
1- a inversão, omissão ou erro de grafia O CohgrêSso" Nacional dec_reta: XI- baixar instruções que orientem a exe-
do nome ou- prenome não invalidará o voto Art }9 Acrescente-se ao art 42 da Lei n 9 cução da presente lei e do seu regulamento
desde que seja possível a indenficação do can- 6.251; de 8 de outubro de 1975, o seguinte . pelas entidade desportivas;
didato; § 29, reriiuilerando-se o parágrafo único para _ XII___,.. praticar os demais atas que lhe são
II- se o eleitor escrever o nome de um § 29: atribuídos por esta lei. ...
candidato e o número correspondente a outro,
''Art. 42. .....................~...... - ...................... Pará,grafo único._ O regulamento desta lei
da mesma legenda ou não, contar-s_e-ão o indicará quais as decisõ_es do Conselho_ Nacio-
voto para o candidato cujo nome fOi escrito

___
§ 1' ·································-··-'··········-·.··'··· nal de Desportos que dependerão de bemolo-
e para a legenda a que pertence, salvo se ocor- § 29 Ao editar as normas de que trata
N~­ - gação do Ministro da Educação e Cultura.
rer a hipótese prevista no n9 IV do artigo ante--
rior;
o inciso VII deste artigo,
cional de Desportos estabelecerá que do
o Conselho
.............................. -- -
........ ............
·--~-- ..
DI- se o· eleitor escrever o nome ou núme- contrato de transferência de jogador bra-
ro de um candidato a deputado federal na sileiro para o exterior deverá constar cláu- (À Comissão de Educaç4o.)
parte de cédl,lla referente a deputado estadual Sula que obrigue a entidade estrangeira
ou Vice--versa, o voto será contado para o can- ceder, sempre qü.e solicitada pela Cof!.fe- PROJETO DE LEI DA CÁMARA
didato cujo nome for escdto; -deração Brasileira de Desportos, o atleta N• 61, DE 1989
IV- se o eleitor escrever o nome ou o n(l- transferido, desde que convocado para (N• 1.828/89, na Casa de origem)
mero de candidatos em espaço na cédula que o seled~:ma~o na_s:ional." (De iniciativa do Tribunal de~us~ça_ do
não seja o correspondente ao. cargo para o Art. 29 Esta lei entra em vigor na data de Distrito Federal e dos Territónos)
qual o candidato for registrado,.será o yoto sua publicação. -- Inclui a -Categoria de /nspetor dé Segu-
· comPutado para o candidato e respectiva le-- Art. 39 Revogam-se as disposições em rtmça Judiciáritt no Q!Up(!-~tMdade~ de
genda conforme o registro. contrário. Apoio. Judldáiió, do QUilato de /'_e__s~
-····iEi-~'·6:9oo:·i:i"E ..5..oE.'MAiõ.õE:.i9ã2···"· LEOJSLAÇÃO aTADA Perrnaiiente ckl Secretaria do Tribl,I!Ja/ de
Justiça do Distrfto Federal e dO!__ Terrltó-
Dispõe sobre a liliaçáo pmidária em caso riOS7 e âá outras prqvidências-. --~ -- ·
·de incorporação de partidO$ polftit:os, 'e dá LEI ti' 6.251,
outras providências. DJ:: 8 DE OUTUBRO DE 1-975 O Congresso Nacional decr~ta: .
Art. 19 Fica iricluída, no Orupo-Atividades
.Institui normas gerais sobre desportos, -de Apolo Judiciário, do Quadro de Pessoal
.....
····M··~~ f.i~~-;~~;d6 o inciso I do arf 176 e- dá oUtras piovldências. Permanente da Secre_taria do Tribl)n_al_de_Jua--
da Lei n<? 4.737, de 15 de julho de 1965 (Có- ··- tiça do Distrito Federal e dos Tertitó_rios. a
digo Eleitora]), remunerando-se os demais. ... .. .
,.M:;.4~·· c~;:;;·~-~;;··;;;- ç~;:;~~ih~··r:r;i~~-;;~ Categoria Funcional de lnspetor de Segurança
Art .7"' O inciso II do art. 177 da Lei n 9 de Desportos: Judiciária, Código TJDF:AJ-027. . - :
4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleito- I--opinar, quando consultado pelo Minis- Ait 2~ -AS rererêricias de vencimentos ea--
ral) passa a vigorar com a seguinte redaçã.o: tro da Educação e Cultura, sobre a Política tabelecidas no anexo desta lei, correspondem
Art.. 177. ............................................................. Nacional de Educação F"tsica e Desportos; às classes integrantes da Categoria Funcionll
·············-····························---··-··-·············· II- estudar, propor e promover medidas a que se refere o artigo anterior.
que tenham por obj~tivo ~gurar convenien--· Art. 39 Oingresso na Categoria Fundcnll
n- se o eleitor escrever o nome de um te e constante disciplina à organização e à de lnspetor de segurailça Judiciária far....a
candidato e o número correspondente a outro, administração das associações e demais_enti· na primeira referência da classe iHicial, me.
da mesma legenda ou não, contar-se-á o voto dades desportivas do País; diante _concurso público. .
para o candidato cujo o nome foi escrito para m- propor ao Ministro da Educação e Cul- Parágráfo -Ú~ko. Pafa o provim~to di
a legenda que pertence, salvo .se ocorrer a tura a expedição de normas referentes à ma-
hipótese prevista no.n9 IV do artigo anterior". cargos na classe inicial da Categ:o~ Fu~
nutenção da ordem desportiva e à organização a que se refere este-artigo exigir-se=.á diplclnla
.-··--··r·•"'''"''''"'"""''""''''''"""""'"-"""""""'"'"'-''- daJ~!'_e disciplinade~portivas; · de bacharel em Direito. _
6658 Sábado 4 DIÁRIO DO CONGRESSO _NAOOI'IAL (Seção O) Novembro de 1989
~ 4~ Ao primeiro provimento dos car· Parágrafo único. Os_cargos a quê se refere funcionários, nessa qualidade, causarem a ter~
gos de [nspetor de Segurança Judiciária con- este. artigo sei"ão distribuídos pelas classes da ceiros.
correrão por Progressão Funcional, observa-
das as normas regulamentares a respeito, os
respectiva Categoria Funcional, de acordo ~ .................................................................................... .
com-a-lcrtação f!Xada, observados os critérios .......................................................................................
atUais ocupantes _de Cargos efetivos da Cate- regulamentares vigentes.
goria Furidona) de Agente de_ Segurança Judi-
ciária, dispensada a exigência "do art. 3_~ desta Art. 6~ As despesas decorrentes da aplica-· DECRETO-LEI !'i' 200, DE 25
lei. çáo desta lei correrão à conta das dotações DE fEVEREIRO DE 1967
Art. 59 Ficam_ criãdos, no Quadro de Pes- orçamentárias do Tnbunal de Justiça do Dis-· Dispõe sobre a organizaçtio da Admi-
soal Permanente da Secr'etada do Tnbunal de trito Federal e dos Territórios. nistração- Federa]. estabelece diretrizes
Justiça do Distrito Federal e dos T er:ri~órios, para a Reforma Administrativa e dá outr.U
no Orupo~AtMdades de Apoio-Judiciário, Có- Art._ 7<r Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação. -- -- providências.
digo TJDF-AJ-020, 30 (trinta) cargo~·cje lns-
petor de Segurança Judlciáda, Códigó TJDF- O Presidente da Repúblic;;a, usando das atri--
_Art. 8? Revogam-se as disposições em
AJ-027. cohtrário. buiçõ_es_ que lhe confere o art. 99, § 29, do
Ato Institucional n 9 4, de 7 de dezembro de
ANEXO _ 1966, decreta:
Referências d~ Venc1111entos dos Cargos Efettvos TfrULOl
~ Da Administração Federal
GrUPO categoria Funcional _ . Código Referência de Ven-
Cille'litO ou Salário
Por Classe Art. 19 O Poder Executivo é exe_rcido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos Minis-
Apolo lnspetor de Se9Jrança TJDF-AJ Classe Esp. NS 22 a 25 tros de Estado.
Judlclãr_i_O_ __J!,.!diC:Iâr I;! Classe B NS 16 a 21
ClaSse" C- NS 10 a 15 Art.__ 2° O Presidente da República e os Mi-
nistros de Estado exercem as atribuições :de
Oficio GPIN• 620/89 sua competência constitudonal, legal e regu-
. /:IÇlçâo Púf;lica, felaüva aos contrato~ que lamentar com o-auxílio dos órgãos que com-
Brasília. 8 de março de ,1 989 _especiDctJ~ e dá outras.piovidê11cias.
põem a Administração Federal.
Excelentíssimo Senhor --O ·congresSO Nacional clecreta: Art. 3 9 Respeitadas as limitações estabe--
Deputado Paes de Andarde Art. 1~ As importânciaS pagas com atraso lecidas na -t6nstituiçáo. e Observadas as dispo--
M..D. Presidente "da Câmara dos Deputados pela Administração Pública Direta e Jndireta, sições legais, o Podei Executivo _regülarâ a
Nesta Fundações e Empresas sob o controle do Po- -~uturaç::ão e o funcionamento dos órgãos
Senhor Pre!iidente, der Público e suas sub_sidi<árias, relativas a Sa- da Administração Fe-deral.
O egrégio Tribunal PlenO desta Corte, em lários e Obrigações so-ciais, contratos de _ Art:--.49- 1\ AdministraçâÇ>- Federal c_omM
sessão administrativa realizada em 27-2-87, obras, s;erviços e compras terão seus .valores "pniende: - - ---- -
ao apreciar .o Piocess.o AdminiStrativo no corrigidos monetariameri.te, pro rata tempore, (-A Administração Direta qu~ se c:onstltui
43~86, cohcerilente_~a projeto de lei a ser a partir dos respectivos_ vencimentos, contra- dos serviços_integrados na ~strutura adminis--
encaminhado ao Congresso _Nacional visando tuais ou legais, até a data do efeüYo paga- trativa da Presidência da República e dos Mi-
à criação da categoria funcional de Inspetor mento, sem prejuízo das demais cominações nistérios. ·· -- · ·
de Segurança Judiciária aprovou, à unan·~-­ previstas em lei ou contrato., II-A Adffi-inistraçáõ [ndireta, que comM
dade, proposta nesse sentido apresentada p r Parágrafo únicO. Havehdo pagamento de preende a_S seguirities categorias de entidades
~us Agentes d~ Segurança. · qualquer importância ser:? o acréscimo im- dotada~ de personalidade jurídica própria: ·
Em cumprimento à decisão do Tribunal sua posto por esta lei, a diferença devida conti- a) Autarquias; --
_Presidêncta remeteu à consideração _do Sr, ri.üaiá ·a ser âttializada monetariamente até a b) Empresas Públicas;
Presidente da_ República, através do Ministério sua iritegral e efetiva liquidação. c) Sociedades de Economia Mista.
da Justiça em 234MB?, minuta de ante-projeto Art. 29 Os órgãos e entidades menciona- § 19 As entidades compreendidas na Ad-
de lei, cuja matéria não foi soludó_nada até dos no artigo anterior adotarão as providên- ministração Indfreta consideram-se vincula-
esta data. cias admintstrativas-- necessárias para a ime- dasao Ministério em cuja área d~ competência
Advindo a nova ConstltuiÇ~q F~c;lera1,_ seu diata apltcação desta lei. estiver enquadrada sua principal atividade.
Art._ ~ O disposto nos artigos anteriores § 2ç. Equiparam-s-e -às- Empresa:{ Públi-
artigo 99 faxou a autonomia administrativa (e.
financeira) do Podei" JudiciF.o, razãõ pela .qual só se apJíca aos contratos de obras. servíç::os cas, para os efeitos desta lei, as fUridações
tomo a liberdade de submeter a V. Ex' o inclu- e compras celebrados após a publicação desta instituídas em virtude de lei federal e de cujos
so ante-projeto de lei solidtarldo seja o m~mo lei. recursos partícipe a União, quaísquer que se-.
Parágrafo único. OS contratos celebrados jam suas finalidades.
devida.'nente en-caminhado.
Colho a oportunidade para apresentar os antes da publicação desta lêi poderão ser rene- Art. 5ç. __ Ear_a Qs_fins-desta lei, considerª:-.se:
prot~tos de e]ev(u:@ consideração e distin- gociados tendo em vi_sta sua adequação ao I - Autarquia_- o seJ:Viç:o autónomo, cria-
guido apreço. - Desembaa:gador Mana The-- nela dísposto. do por lei, com persona-lidade jurídica, -patri-
reza Braga, Presidente.
Art 3 9 Esta lei entra em vigor na data de m6nio e re<:eita próprios, para executar atMda-
sua publkaÇâo. des típicas da Adlministrãção Pública,_qUe re-
(A Comissão de Constituição, Justlça . Art. _4~ Revogam-se as disposições em queiram, para seu melhor funcion-amento,
e Cidadanla) contrário. gestão administrativa e financeira descentra.
PROJETO DE LEI DA CÂMARA !izada.
'<-. !'!• 62, DE 1989
LEGISLAÇÃO aTADA n- Empresa Pública - a entidade dotada
de personalidade_ jurídica de direito privado,
(nç. 571/88, ~a Casá de Origem) CO!'iSllTlllÇÃO DA com património próprio e capital exc::lusivo da
~PÚBUCA PEDERAT]VA DO BRASIL União ou de suas entidades_ de Administração
Estabelece a obrigatpnC,dlide da inci- Indíreta, criada por lei para desempenhar atM~
dência de correção monefiin"a sobre aS _ ....-...................................................................
M ••- . . . .. .
dades de natureza "empresarial que o Governo
importmlcias pagas com atraso pelas en- --- Art. 107. As pessoas jurídicas de direito seja levado a exercer, por motivos de conve-.
tidades e órg.fps vfncull!ldos à Adminis- público reSPõilderão petas• danos que seus niência ou contigência administrativa. poden-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Sãbado 4 6659

do tài entidade revestir~se de qualquer das for- fatoies de correção monetária, devida por Art. 29 O Poder Executivo, no prazo de
mas admitidas em direito. _ eventuais atrasos de pagamento, somente se-· 60 (sessenta) dias, regulamentará a forma pela
Ht-Sociedade de Economia Mista- a en- rá permitida a correção até o limite da vanaçãÓ qual-será efetuado o cálculo da correção mc>--
tidade dotada de personalidade jurídica de _di- das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Na- netária.
reito privado, criada por lei para o exercício cional- ORTN. -c _ Art. 3 9 O disposto nesta lei aplica-se a to..
de atividade de natureza mercantil, sob a for- Parágrafo único. O pãgãme-nto da c:orre- das as causas pendentes de julgamento. .
ma de sociedade anónima, cujas ações com ção monetária a que se refere _este artigo terá Art. 49 Esta lei entrará em vigor na data'
direito a voto pertençam, em sua maioria, à qUe ser previsto, de forma de que os docu- de sua publicação.
União ou à entidade da Administração lndireta. mentos de cobrança estejam dentro dos limi- Art. 5<:> RevogamMse as disposições em
§ 19 No <;:aSO do inciso m. quando a ativi-
'dade for submetida a regime de monopólio
estatal, a maioria acionária caberá apenas à
--- ...........____
tes fixados no § 39 do art 19 deste decreto-lei.
..................................
............................_.--·-......... -~
contrário. -
.. Brasilia, 8deabrD de 1981; 1609 da Indepen--
dência e ·93<:> da República. -JOÃO FIGOEI·
Clnião, em caráter permanente. REDO -lbrahím Abi·Acke/- Emane GaJ.
§ 2 9 O Poder Executivo enquadrará as en- vêas- José Flávio Pécora- Hélio Beltrão.
DECRETO-LEI N• :2.341,
tidades da Administração lndireta existentes DE 29 DE JUNHO DE 1987 (À Comissão de Assuntos Econômi·
,11as categorias constantes deste artigo: cos.)
Dispõe sobre a correçOo monetária das
_=c!fynonstrações financeiras, para efeito de COMONICAçAO DA PRESID~CIA
determiné1r o lucro real, e dá outras provi- Na presente sessão tenninou o prazo para
dências. . a apresentação de emendas à seguintes ma- ·
DECRETO-LEI N• 2.037, .DE 28 térias:
DEJGNHO DE !983 Art. 28. O.s -valores que devam ser com~ - Projeto de Resolução n9 75, de 1989,
Dispõe sobre o conúale prévio dos dis- putados na determinação do lucro redl de pe- que autOriza a Prefeitura Municipal de Vrtória
pêndios para investigamentos dtJS entida- ríodo-base futuro, registrados no Lucro de· da Conquista, Estado da Bahia, a contratar
des déi administração indireta e funda- Apuração do Lucro Real, serão corrigidos mo- operação de crédito no valei corresponde'nte,
ções supervisionadas e dá outras provi- netariamente até o balanço do periodo-base em cruzado novos. a 2.006.188 Bõnus do Te·
dências. em qu~ ocorrer a respectiva adição, exclusão souro Nacional, junto à Caixa Econômlca Fe-
ou compensação~ · deral; . 1
- Projeto de Resolução n'1 76, de 1989~
··································-·---..---····
Art. 39 Nos contratos de obras e forneci- que autoriza a República Federativa do Brasil
mentos de bens ou serviços, assinados a partir a ultimar contrataçãO de operação de crédito
da data da publicação deste decreto-lei, as externo, no valor equivalente a até US$
LEI N' 6.899, DE 8 DE ABRIL DE 1981
revisões ou reajustes dos preços unitários con- 55,600,000.00 junto ao Banco Interamericano
tratuais, de parte do valor global contratual, Determina a aplicaç~o da correçio de Desenvolvimento·- BID; e
ou do valor global do contrato ficarão limita- monetária nos débitos oriundos de deci- ,-- Projeto de ReSolúção n9 77, de. 1989:
dos expressamente a 95% (noventa e cinco sã~ judicial e dá outras providências. que autoriza a Companhia Estadual de Ener-
por cento) dos índices analíticos, que levem O Presidente da República, gia Elétrica .:_ CEEI; a ultimar aditivo contra-
em conta a participação ponderada dos diver- Faço saber que o Congresso Nacional de· tual à operação de crédito externo, firmada
IOS insumos ou equipamentos utilizados nes- <!reta e _eu sanciono a seguinte lei: em, 12 de outubro 9e 1978, junto a um con-
tes serviços. Arl 1'1 A Correção monetária incide sobre sórcio de bancos franceses, com vistas a pos- ..
Parágrafo único. Nos contratos pluria- qualquer débito resultante de decisão judicia], sibilitar a aquisJção de equipamentos de orf..
nuais, as ponderações deverão ser revistas inclusive sobre custas e honorários advoca- gem francesa pára a ampliação da Central
anualmente, tendo em conta as eventuais va- tídos. Termoelétrlca Presidente Médici, no Rio Gran-
riações da participação dos insumos durante § I • Nas execuções de titulas de dívida de do Sul.
o progresso da obra. líquida e certa, a correção será calculada a Aos projetes nãÓ foram ofefecidas emen-
contar do respectivo vencimento. das.
A1f: 49 Nos c~~mtatos indicados no arl!igo § 29 Nos demais casos, o cálculO far-se:-á As matérias serao incluídas em Ordem do
antenor, caso haJa cláusula de aplicação de a partir do âjuizamento da· ação. Dia,
República Federativa do Brasil
DO CONGRESSO NACIONAL
SEÇÃO 11
TERÇA-FEIRA, 7 DE NOVEMB~O DE l!J.89 IIRASh.'A- DF

SENADO FEDERAL
SUMÁRIO
1 -ATA DI\ 17!1' SESSAO, EM 6 DE diodifusão sonora em onda médía, na Ci- Argentina. 'VOf.a.Çáo-Adiaiia nos termos do
NOVEJ"VRO DE 1989 dade de Imperatriz, Estado do Maranhão, ·art. 168 do RegimentO Interno.
Retirado da pauta. Projeto de Decreto Legislativo n<:r 30, de
1.1 -ABERTURA 1989 (n9 44189, na Câmafa dos DePuta-
Projeto de Le( do DF n<:r 59, de 1989,
! 2 - EXPEDIENTE de iniéiativa do Gov~mador do Distr<ito Fe- dos), que aprova o texto do Acordo de
deral, que dispõe sobre a regularização ou Co.operação Econômica celebrada entre
1.2,1- Oficio descof)stituição de parcelamentos urba- o Governo da República Federativa doBra-
-Do Presidente da Câmara dos Depu· nos implantados no território do Distrito _ sil e o GoVerno da República Socialista da
tados, informando que o Sr. Deputado Jo~ Federal sob a forma de loteamentos ou Thecoslováquia, em Brasília, em 12.. de
nival Lucas passa a integrar a Comissão condomínios _d_e fato. Discussão encerra- maio de 198~. Vo~aç.:!o adiada nos tennos
da, ficando_ a·_ votação adiada nos tennos do art. 168 do Regimento Interno.
Mista de Orçamento, na qualidade de su-
plente, em substituição ao Deputado Mi- d~ art. 168 do Regini.ento Interno, após Projeto de Decreto_ L~islativo n? "31, -de_
raldo Gomes parecer da comissão competente, te·ndo 19_8"9 _(n9 59!89, na Cámi:ira dos Deputa-
usadO_da palavra na sua discussão os Srs. dos), que aproVa o teXto das emendas à
Mauro Benevides e Pompeu de Sousa. Convenção i:laurgan1zãÇão Internacional
1.2.2- Comunicação
de Telecomunicações Marítimas por Saté-
- Do Presidente do Grupo Brasileiro
Projeto de-Lei-dO-DF n9 69,_de 1989, lite (lnmarsat) e ao Acordo Operacional,
do Parlamento Latino-Americano, desig- de iniciativa da ComisSão do Distrito Fede- adotadas pela Quarta Assembléia das Par-
nando o Sr. Senador lrapuan Costa Júnior ral, que autoriza a desafetaç;io de domínio tes ln.marsat, ~alizada em Londres, de 14
para viajar ao.s paíSes da América Central de bens de 'uso comum do. povo, dentro a 16 de outubro de 1985. Votação adiada·
~m objetivos que mendona. dos limites -territori_.~·li_s do Distrito Federal. nos t~rmos _do art. 168 do Regimento In-
Votaçao adiada nos termos do _art 168 dÕ terno.
1.2.3 - Discursos do ExPediente Regimento Interno. Projéto'd~ Decreto Legis@tivo n_9 _32, de
-SENADOR LOUR/VAL BAP71STA- 'p_r_ojeto d.e Res~l~são._n9. $_1, de)989, 1989 (n' 61/89, na Câmara dos Deputa·
Criação, pelo Presidente José_ Sarney, do que autoriza o Govemo do Estado do_Cea- dos), que aprova o textõ do Acordo~·de
Instituto Internacional de Ungua Portugue- rá a emitir Letras Financeiras do Tesouro Cooperação T étnica· Célebrado entre o
sa. do Estado (LFTE--CE}, ~m montante equi- Governo-da República Federativa do Brasil
valente ao valor das 2.839.913 Obr_ig~ções e o qovemo da -Ref)Ublica do Paraguai,
:._SENADbirPOMI'E(J DESOOSÀ- do Tesouro do Estado do Ce~rá (OTCE), em ?7 de outubro de 1987.Votaçãoacffada
Divulgaçãa da "Cãrta de Florianópolis", que serão substiiurdas e extintas. Vota_ç~o nos termos do art. 168 do Regimento ln~
documento coflclusivo do I Encontro de adiada rios termos do art 1Õ8 dO Regi~· temo.
Entidades de Arquitetos, realizado em San- mento Interno. · Projeto de- Lei do 5e!l.ã:do n9 22, de 1989,
ta Catarina. de autoria do Senador Jamil Haddã.d; que
ProjetO de ResoluÇãO n"' 82, de 1989,
1.2.4- Requerimento que autoriza o Governo do Estado· do Rio dispõe sobre o tr~nsporte de presos e dá
~e Janeiro a elevar, excepcional e tempora-
outras providências. VotaçJo adiada nos
- N9 569/89, de autoria do Sr. Senador termos do art. 168 do R~,gimento Interno.
Carlos Patrocínio-solicitando licença para riamente, seu limite de endividamento, pa-
tratamento de saúde, no período de 12 ra erhissão dos títulos que menclopa. Vota-.
çáõ adü1d~ nos termos do art. 168 do Regi- Prcijeto de Lei do SenadO n" 91, de 1989
a 31 de outubro de 1989-:-AprovadÓ. (Complementar),·de autoria do Senadof
me'htó'lnteril.O.- -
1.3 -ORDEM DO DIA Jo~o Menezes e outros Senhores Senado-
·Projeto de Resolução n"' 84, de 1989, res, que estabele.Ce~nos termos -do § ~
Projeto de Decreto Legislativo n9 36, de que autoriza o _Governo do Estado do Piauí do art. 14 da Constituis:ão, d~ ~de outubro
1989 (n9 112/89, na ~mara dos Deputa- a contratar OP:eraçáo de crêdiiO extemo de 1988, prazo par~ deS:inêcimpatibilização
dos), que aprova o ato ~ue renova a con- no valor de us $ "Jo;ooo,ooo.oo (trinta mi- de Ministros de Estado. Votação adiada
cessão outorgada à Rádio Imperatriz So- lhões de dólares americanos), através do nos termos do art. 168 do RegimE:nto ln-
ciedade Ltda., para explorar, serviço dera- Conv~nio de Pagamento Recíproco Brasil/ terno.
6662 Terça-fefra 7 DIÁRI() [)()_CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro de 1989
----~------------~~~~ ~--------~==~~~

EXPEDIENTll
ct;NntO ORÁRCO 00 S:Cit!ADO A::CEKA.L

PASSOS PORTO OJAiaO 00 CONGRESSO NACIONAL


Diretor·Geral do s~mado ft'!doral Impresso sab • respons.tb•hdo~~de d.J Mesa do Sen.ldo Federa'
AGACIEL DA SILVA MAIA
Diretor l:xecutiVo
CéSAR AUGUSTO JOS~ llE SOUZA
ASSINATURAS
Oiretor Administrativo
LUIZ CARLOS DE BASTOS Semestral ·········-······················-·········•u·. ··--.. . NCz$ 17,04
Oiretor lnduslrial
fLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exemplar Avulso ············································-· NCz$ 0,11
Oiretor Adjunto Tiragern: 2.200-exemplares.

Projeto de Lei do DF n1 63, de 1989, dOres de Estado, do DistritO Federal e dos inericiona, nos termos do iÕdso n do §
de iniciativa da Comissão do Distrito Fede.: Prefeitos. Votação adiada nos termos do 49 do art. 156 da Constituição Federal.
ral, que autoriza a instituição da Fundação· arL 166 dó Regimento Interno. Aprovada a redação fmal. A Câmara dos
Memorial Israel Pinheiro e dá outras provi- Proposta de Emenda à Constituição n~ Deputadn«
dêndas. VotaçãO adiada nos termos do art 2, .d_e _1989, de autoria do Senador Olavo Redação Final (oferecida pela Comissão
168 do Regimento Interno, Pires e outros Senhores Senadores, que Diretora em seu Parecer n9 290, de 1989)
Projeto de Resolução n., l, de 1989, de modifica o§ Je do art._4e do Ato das Dispo- do Projeto de DeCreto Legislativo n" 24,-
inicíativa da Comissão Diretora, que altera sições ConstitucionaiS Transitórias. Vota- de 1989 (ne]60/86, na Câmara dos Depu:
a redação de dist'ositivos da Resolução n9 ção adiada nos termos do art. I 68 do Regi- tados), que aprova o texto da Convenção
146, de 1980, alterada pelas Resoluções m_~":~ Interno. Destinada a Evitar a DuDia Tributação e
n9 s 50, de 1981, e360, de 1983, e dá outras Proposta de Emenda à Constituição ne Prevenir e Evasão Fiscal em Matéria de
providências. Votação adiada nos termocS 3_, de 1989, de autoria do Senador Marco impostos sobre a renda, celebrada entre
do art 168 do Regimento Interno. Maciel e outros Senhores Senadores, que o Governo- da República FederatiVa doBra-
Projeto de Resolução no 51, _d_e 1989 acrescenta parágrafo no art.. 159 e altera sil e o Governá da República Socialista da
(apresentado pela Comissão _de_Assuntos a iedação do inci.so II do art. 161 da Consti- Thecoslováquia, em Brasília, eni. 26 de
tuição Federal. Votação adíackJ nos termos agosto de 1_98"6, bem cOmo o- Pr0fôc016
Et:onômicoscomo conclusão de seu Pare-
cer no 152, de 1989), que autoriza a Prefei-. do êlrt. 168 do Regimento Interno. que a integra. Aprovada a redação fiilal,
tura Municipal de Bonito, Estado de Per- ---·-Redaçâo final (Oferecida pela Comissão à Câmara dos Deputados. __
nambuco, a contratar operação de crédito Diretora em_seu Parecer n~ 268, de 1989), Redaçao Final {Oferecida pela ComlSSão
no va1or correspondente, em cruzados, a do Projeto de Decreto Legislativo n9 25, Diretora em seu Parecer n9 289,- de 1989)
80.848;17 OTN, de julho de 1987, junto de 1988, de autoria do Senador Leite êha- do Projeto de Lei do DF n'' 42, de 1989, -
à Caixa Económica Federal.. Votação at:!ia- ves, que susta o Decreto n9 96991, de de iniciativa da Comissão do Distrito Fede-__
da nos termos do ar;:t. 168 do Regimento 14 de outubro de 1988, (Jue "atribui c:om- ral, que dispõe sobre normas para a prote-
Interno. __________ _ petêilcia para autorização de pagamentos ção do meio ambiente, nos.casos que es~
Projeto de Resolução n9 67, de 1989 e recebimentos por meio de outras institui- pecifica, apresentado por sugestão_ do De-
(apresentado pela Comissão de Assuntos ções financeiras. Aprovada a redaçâO final. DUtado Augusto .S:arvalho. Aprovada a re-
Econômicoscomo conclusão de seu Pare- A Câmara dos Deputados. · -- dação fmaC A- sanção do Governador do
cer no 231, de 1989), que autoriza a coií.-__ _ - R"ectação Filial (ofêrecida pela Comissão Distrito Federal.
cessão de garantia da União aos títulos Diretora em seu Parecer n9 266, de 1 989} Redação Final {oferecida pela Coffiissão-
que menciona. Votação adi[!da _nos termos . do Projeto de [)ecreto Le-9is~ativo_ n9 27, Diretora ein seu Parecer n~ 291, de 1989)
do art. 168 do Regimento Interno. de 1989 (n° 57189, na Câmara dos Deputa- do Projeto de Lei do DF nç 47, de 1989,
Requerimento n? 56_6, de 1989, de auto~ dos), que aprova os textos da "Convenção de iniciativa do Governador do Distrito Fe-
sobre Pronta Notificação de Acidente.Nu- deral, que cria funções do GrupO Direção
ria do Senador Dirceu Caineir6, solicitando
clear" e da "Convenção sobre Assistência e Assistência _Intermediárias, nas tabelas
nos termos regimentais, tenham tramita-
no Caso de Acidente Nuclear ou -Emer-- de pessoal que menciona. Aprovada a Te-
, ção conjunta os Projetas PeLei do Senado
gência Rad!ológica", aprovadas durante a dação finaL À sanção do Gõvemador do
n<"176, 178,200,211,236 e237, de 1969,
dos Senadores Nelson Carneiro, Jutahy sessão especial da Conferência Geral da Distrito Federal
Magalhães, Antônio Luiz Maya. Francisco Agência lntemaci~nal de Energia Atômica, Substitutivo. do.~enado .ao Projeto_ de·
RoUemberg, Dirceu Carneiro e José Foga- em Viena, de 24 a 27 de setembro de 1986~­ Lei da Câmara n? 78, de 1986 (n9 1.945/83,
ça, respectivamente, que dispõem sobre Aprovada a redação final. À Câmara dos na Casa de origem), que inclui o Fotógrafo
a política para o setor agropecuário. Vota- Deputados. Autônomo no Quadro de atividades e pro-_
pio adiadl! nos termos do art. 168 do Regiw _ R.edaçao Finãl (oferecida pela Comissão fissões a que se refere o art. 577 da Conso-
mento Interno. Djretora em_ se_u Parecer n9 267, de 1989) lidação das Leis do Trabalho, aprovada pe,
Proposta de Emenda à Constituição no do -Projeto de Lei do Senado n 9 166, dé. lo Decieto-Lei nn_5A52. deJ9 de maio de
1, de 1989, de autoria do Senador João 1989 (Complementar), de autoria do se: 1943. Aprovado o substitutivo etn turno
Menezes e outros Senhores Senadores, nadar Fernando Henrique Cardoso, que_ suplementar: A Câmara dos beputados.
que altera os prazos estabelecidos no § exclui, da incidência do Imposto Sobre Veto total aposto aq Projeto 9,e_, Lei do
6° dOtart 14, para desincompatibilização ServiçOs de qualquer 'natureza, a expor-:. a
DF n<> 54, de 1989, que reestrutU-ra tate-
do Presidente da República, dos Governa- tação para o exterior dos serviços que goria funcional de Assistente Jurtdico do
Novembro de 1989 D!ÁRIO DO CO_NGRESSO NACIONAL (S.,_çáo II) T efça-feira 7 6663

Plano de Classificação de Cargos de que ~SENADOR FRANCISCO ROLLEM· 3 - ATO DO PRESIDENTE DO SE·
trata a Lei n~ 5.920, de 1973, fixa sua retri- BERQ- 55- anOs do falecimento de João NADO FEDERAL
buição, e dá outras providências. Di$cus- Ribeiro.
são ildiada~ para exame_ pela Presidência -SENADOR MAURQ BENEWDES -~ -.........~: 244/89. (Republicação)
do Senaê:lo Federal do Requerimento n 9 Homenagem póstuma ao Prof. José Ibia-
597/89, lido nesta oportunidade, ttndo pina Siqueira. 4 - EDITAL DO SINDICATO DOS
usado da palavra os Srs. Mauro BeneviQes SeRVIDORES DO PODeR LEGISlA·
~e Jarbas Passarinho. 1.3.3 ---:- Designação da Ordein do TIVO FEDERAL E DO TRIB(INAL DE
Dia da próxima sessão CONTAS DA (INIÁO - SINDILEGIS.
13.1 -Commúcação da Presidên· lA-ENCERRAMENTO~
da 5 - MESA DIRETORA
2 - DISC(IRSOS P.RON(INCIA·
Convocação de sessão conjunta a rea1i- DOS EM SESSÕES Al'fTERIORES
zar-se amanhã, dia 7 às 18 horas e 30 6 - LIDERES E VICE·LIDERES DE
PARTIDOS .
- DÓ~;~;dc;;-Aureo Mello, pronunciado
~
minutos, com Ordem do Dia _que designa.
na sessão de 13-10-89.
1.3.2- Discursos após a Ordem do -Do Senador Pompeu de Sousa, pro- 7 - COMPOSIÇÃO DAS COMIS·
Dia nunciado na sessão de 19-10-59. SÕES PERMANENTES

Ata da 170"' Sessão, em 6 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária da 48~ Legislatura
Presidência dos Srs. Nelson Carneiro, Pompeu de Sousa e Nabor Júnior

ÀS 14 HORAS E 30 MINeirOS. ACHAM-SE putado Paes de Andrade, ·Presidente da C~a­ O SR. LOURIVAL BAI>TISTA (PFL -
PRESENTES OS SRS. SENADORES: ra dos Deputados. SE. Pronuncia o seguinte discu~o.) _-Si=: Pre--
Mário Maia - Aiuízío Bezerra - Nabor Jú· sidente, Srs. Senadoreiia desejo, neste mo·
O SR, _PRESIDENTE (Nelson Carneiro) mento, relembrar que l'tl dia 20 de fevereirQ
nior - Odacir Soares - Ronaldo Ar:agão - -=-$erá feita a substituição solicitada. (Pausa.)
Jarbas Pas_sarinho - Antonio luiz Maya - de 1989,_depois de ter acompanhado o Presi·
-Sobre a mesa, comuni<::ação que será lida dente José Samey Como integrante da Sua
Alexandre _Costa --Chagas Rodrigues~ Cid pelo Sr. J9 Secretário.
Sab6ia de Carvalho - Maur9 Benevides - ç:Pl'n_itiv_a, quando por ocasião da viagem à
Marcondes Gadelha- Raimundo Lira- Mar- República Popu1ar de Angola, proferi discurso
É lida_ a seguinte _ _
co Maciel.:.... Lourival Baptista -.João Calmon destacando o eficknte d_esempenho do Minis-
Brasília-DF, 3 de novembro de 1989
-Nelson Carneiro- Ronan Tito- Pompeu tro de Estado da Cultura, José Aparecido de
de Sousa - Louremberg Nunes Rocha - Senhor Presidente, Oliveira,_ designado, ainda em Luanda, pelo
Rachid S.~danha Derzi - Wllson Marti~ Considerancto a grave e delicada situação Chefe da Nação brasileira, para a missão espe·
política e económica hoje eXistente na Amé- ciaf de propor, articular_ e definir, juntamente
O SR. PRESIDENTE (Nelson CaQleiro) rica Central, OGrupo Brasileiro do Parlamento ç_om os paíSes de Língu~ Portuguesa, um pro·
- A lísta de p'esença acus{l_ o compareci~ latino Americano decidiu enviar um de seus grama comum de intercãmbio cultural e valo~_
menta de 21 Srs. Senaào(eS. Havendo núme- membros - Senador lrapuan Costa Júnior rização do idioma, bem como a criação de
ro regimental, declaro aberta a sessão. - àquela região tão afetada pelos últimos uma entidade destinada a congregar a comu,
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos acontecimentos. nidade lusofôníca, ou seja, um mecanismo
trabalhOs. Objetivamos, com essa medida, termos um positivo de integração dos países associados
Não há expediente a ser lido. relato preciso dos problemas que afligem -Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e
aqueles países- também membros do Parla- Príncipe, Gtliné-Bissau, Ca~o Verde e Portugal.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) mento Latino Americano para que possamos Nesse pronunciamento esclareci que ao de-
- Sobre a mesa, oficio que será lido pelo tentar ajudá-los a encontrar uma saída. signar o Ministro José Aparecido de Oliveira
Sr. 19 SeCretário. Esclareço aiilda a V. ~ qu'e a: viagem do como seU eroíssárío especial para a realização
Senador lrapuan Costa Júnior não acarretará daquele magno empreendimento, o Presiden-
E lido o seguinte te- José Samey dec:larou que, 9 amadureci~
ônus parã"o-senaao-Federal ou para o Parla-
GP~0-2368/89 Brasília, 3 de outubro de 1989 mento Latino Americano. menta das relações entre os países de expres-
Sem mais renovo a V. EJr protestos de con- são portuguesa, num mundo caracterizado
Senhor Presidente, sidetação e apreço. . por disparidades, antagonismos e desequilí·
Em aditamento ao GP-0·2.131/89, de 2 de Atenciosamente, Senador Marcondes Oa- brios, mas, cada vez mais interdependente,
outubro do corrente ano, ínformo a Vossa Ex- delha, Presidente. estava, efetivamente, exigindO uma crescente
celência que o Senhor Deputado JonivaJ Lu· CCJ9peração entre nações de traços culbuais
cas (PDC) passa a integrar a Comissão Mista O SR. PRESIDENTE (Nelson· Carneiro) comuns".
de Orçamento, na qualidade de suplente, em - 0 expediente lido vai à publiCação. (Pausa.) O PresidentP. José Samey desembarcou no
substituição ao DeputadO Miraldo Gomes. Há oradores inscritos. Aeroporto de São LUís, Maranhão, às 19 horas
Aproveito a oportunidade para renovar a ConCedo a palavra ao nobre Senador Lou- e 30 minutos de ter_ça-feira passada, 31 de
Vossa Excelência protestos de apreço. - De- rlval Baptista. outubro de 1989, a fim de recepdonar os f're ..
6664 Terça-feira 7 DIÁRIQ DO CONGRESSO NACfONAL (Seção 11) Novembro de 1989

sidentes dos sete países que têm como idioma O SR. POMPEU DE SO(ISA (PSDB - ção, é e será o palco de definição da legis-
oficial a Língua Portuguesa. DF. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Pre- lação complemelftar que em muito pode-
No dia segufnte, como foi amplamente di- sidente,Srs. Senadores, como V. Ex16 puderam rá afetar a vida de todos. Os .arquitetos
vulgado, os Chefes de Estado Mário Soares, verifiCar, este Senador não pôde estar presente também estarão atuantes junto ao Con-
de Portugal; José Eduardo dos Santos, de An- às sessões deste Senac;lo na semana pas.sada. gresso Nadonal para impedir retrocessos
gola; Aristides Maria Pereira, de Cabo Verde; Estava eu participando, em Florianópolis, e ampliar o espaço das conquistas que
João Bernardo Vieira, de Guiné-Bissau; Joa- de um seminário promovido pelas. entidades interessam à população.
quim Alberto Chissano, de Moçambique; Ma- nacionais dos arquitetos, Instituto dos Arqui- Parte destas conquistas se fazem pre-
noel Pinto da Costa, de São Tomé e Príncipe; tetos do Brasil - IAS; Federação NaciÇinal sentes na nova Constituição, .que intro-
e José Sarney, ~o Brasil, se reuniram numa dos Arquitetos; Associação Brasileira de Ensi~ duziu a participação popular corno ele-
histórica solenidade, no Palácio dos Leões, em no de Arquitetura; e, ao mesmo tempo, co-pa- - niéhtõ cOftst1tUtivo da democracia' que
São Luís, para o ato de criação do Instituto trocinado pela Universidade de Santa Catarina está sendo consolidada, recaindo, portan-
Jntemacional de Língua Portuguesa. Neste seminário discutiu-se o problema do to, maiores responsabilidades sobre as
O "Encontro dos Chefes de Estado dos Paí- desenvolvimento urbano no Brasil, hoje. entidades da _sociedade civil, comvnitá-
ses da Língua Portuguesa", proporcionou, Sendo eu autor de um projeto que procura rias e sindicais.
além disso, oportunidade para reuniões bilate- encontrar caminhos para a solução da proble- M Entidades Nacionais dos Arquitetos, .
rais, durante as quais foram examinados pro- mática da cidade no Brasil contemporâneo, como uma das expressões da sociedade
blemas e interesses desses países, transfor- no Brasil de nossos dias, projeto a que deno- organizada, estão e estarão presentes na
mando, destarte, o referido "Encontro", num minei de Estatuto da Odade, e que se encontra definição da futura Lei de Diretrizes ·e Ba-
auspicioso acontecimento político, indepen- hoje sendo objeto de deüberação na Comissão ses da Educação Nacional, defendendo
dentemente da predominância cultural do de Assuntos Sociais, tendo como Relator o o caráter indissociável do e.nsino, pesqui-
evento, da maior importância no cenário inter- eminente Senador, An::iuiteto Dirceu Cam€iro; sa e extenSão atravéS da defesa do ensino
nacional. como. autor desse projeto, fui, mais uma vez, público, gratuito e de qualidade em todos
Efetivamente,-conforme asseverei na(Juele cõnVidado a debater o assunto, dessa feita os_níveis; na luta pela Ref~rrna Agrária
meu prOnunciamento, "a Língua Portuguesa na Reitoria da Universidade de Santa Catarina, que combata a concentração fundiária e
é um dos instrumentos básicos através do qual como já o fizera no Instituto de Estudos Avan- o latifúndio imprOdutivo; na defesa de
será possível ampliar, intensificar e fortalecer çados da Universidade de São Paulo, onde, uma Reforma Urbana que promova o
o processo do diálogo e da cooperação". aliás,_ tive mais uma vez o prazer de ver esse acesso pela populaçáo à moradia e aos
Com o advento do 'instituto Internacional projeto debatido, no mais alto nível, pelas figu- equipamentos sociais e que encare a ela-
da Ungua Portuguesa", cerca de 250 milhões ras mais expressivas da arquitetura e do urba- boração das leis orgânicas municipais e
de pessoas que, no inicio do mundo do tercei- rusmo nacionais. tendo participado em ambos os Planos Oiretores como instrumentos
ro milénio, estariam falàndo o Português co- os seminários, em companhia do nosso Cole- desta Reforma: na defesa de uma remu-
mo um dos sete idiomas mais difundidos entre ga Senador Dirceu Carneiro. neração digna para o trabalho dos arqui-
cerca de onze mil línguas, consolidarão uma Desse encontro resultou, paralelamente, tetos e os demais trabaJhadores, contri-
posição de crescente prestigio em todos os um documento , que, achei, não deveria deixar buindo assim para a distribuição da renda
niveis, planos e setores das relações interna- de trazer para figurar nos Anais desta Casa em nosso País, para que o trabalho se
cionais. da Federação Brasileira, que é a "Carta de imponha à especulação financeira.
Justifica-se, por conseguinte, o registro es- florlanópolis", um "Manifesto dos Arquitetos A afrrmação da plena cidadania passa
pecial da iniciativa do Presidente José Sarney, à População Brasileira", nos seguintes tenno.s: necessariamente pela permanente mobi·
brUhantemente concretizada pelo Ministro da lização e organização da população. Para
Cultura, José Apare<:ida de Oliveira, porqlle, "'CARTA DE FLORIANOPOUS implementar as lutas já identific~das e ou-
sem soní.bra de dúVida, o''lnstituto lntemaclo- Manifesto dos Arquitetos tras que advirão, as Entidades Nacionais
nal da língua Portuguesa" surge como uma à Populaç~o Brasileira dos Arquitetos se comprometem a man-
demonstração insofismável da vitalidade, do As entidades Nactonais dos Arquit~ ter-se articuladas, alertas e mobilizadas
redimensionamento e da modernização da -IAS- Instituto de Arquitetos do Brasil, no sentido da construção de uma socie-
política externa brasileira. FNA. - Federação Nadonal dos Arqui- dade justa e sotidária."
A Nação inteira aplaude e felicita não so- tetos e ABEA.- Associação Brasileira de
mente esses do!s insignes brasileiros como Ensino de Arquitetura, reunidas no 1~ En- J:.Ste Manifesto, que tem o nome de "Carta
também os presidentes das sete nações luso- contro de Entidades Nacionais dos Arqui- de florianópolis", é mais um testemunho de
fónicas irmãs que, nesta última década do sé- tetos em Florianópolis/SC, nos dias 31 que as várias entidades representativas da so-
culo XX, estão emergindo, a nível planetário, de outubro e 1~ de novembro/89, vêm ciedade civil estão presentes e em estado de
como uma comunidade internacional, social, a público reiterar seus compromissos alerta, velando pelos destinos democráticos
econômica e ~ulturalmente progressista, vol- -com a consolidação do processo de de- de nosso Pais, velando para que a derrubada
tada para os objetivos supremos da paz, da mocratização da sociedade brasileira. do regime de iiittqritarisrrto e obs_c~..u·antismo,
justiça social e do bem-estar de toda a Huma- O povo brasileiro após 30 anos irá às que por tantO tempo nos infelicitou, seja plena-
nidade. {Muito bem! Palmas.) urnas no dia 15 de novembro para eleger mente concluída e plenamente bem sucedida
o Presidente da República, fato que repre- na continuação do processo que, em 15 de
(Durante o discurso do Sr. Lourival novembro, terá sua data fundamental.
Baptista o Sr. Nelson Carneiro, Presiden- senta, sem dúvida, um passo significativo
te. deixa a cadelfa da presidência, que neste processo. Os arquitetos estão· pre- Sr. Presidente e Srs. Senadores, as entida-
é ocupada pelo Sr. Pompeu de Sousa, sentes neste momento reafirmando seus des de arquitetos representam uma Vanguarda
39 Secretário.) ·- anseios por um Governo que combata nessa luta. Aliás, em todas as universidades
Durante o discurso do Sr. Lour!vaiBap- -a concentração· de renda e as desigual- - é um fenômeno curiOso - os arquitetos
tista, o Sr. Pompeu de Sousa, 39 Secre- dades sociais e regionais, promova a valo- que,_ teoricamente, nominalmente, deveriam
tJrio, deixa a cadeira da presidência, que
rização do trabalho contra a especulação planejar e projetar as obras monumentais e
é ocupada pelo Sr. Nabor Júnior, Suplen- e rompa com a política de espoliação a as Casas do Poder e dos poderosos, os arqui·
te de Secretádo.) , · · ·· -que o País está submetido pelos credores tetas, desde a formação universitária, são os
internacionais. quadros qualificados deste País que se distin-
O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Porém as eleições presidenciais não guem por uma posição de vanguarda.
Concedo a palavra ao nobre Senador Pompeu esgotam este processo: O Congresso Na- É realmente algo que me deixa animado,
de Sousa. cional1 fortalecido pela Nova Constitui- porque se verifica que, acima dos Interesses
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Terça-feira 7 6665

próprios, pessoais, corporativos, eles colocam rados em cabeças que não têm qualquer com- Atestado
o interess_e nacional. E o interesse na,donal, promisso com os princípios básicos da demo-
neste momento, é vital para que todos esteja- Atestamos, para os devidos fins, QUe o Exce-
cracia~
mos unidos na luta pela consolidação desta Alguns desses políticos, benefidários_do po- lentíssimo Senhor Senador Carlos Patrocínio
frágil democracia que apenas começamos a está sob nossos- cuidados médicos, "CID-
der, ambiciosos e despreparados, que condu- 415.1/3", justificando-Se o seu afastamento
implantar. ziram uma nação rica e viável a uina crise
Costumo repetir que a democracia precisa das atividades parlamentares no periodo de
económica, social e moral que atinge·contor·
de quatro adjetivos: precisa ser política, econó- nos próximos à calamidade, e que não se en- 12 a 31-10-89.
mica, social e cultural; porque, se lhe faltar vergonham de esmagar a população na misé- Brasília, 3 de novembro de 1989. - Dr.
qualquer um dos adjetivos, ela não é substan- Juarez Abdulmassih, CRM-DF 167 -Dr. Car-
ria e no subdesenvolvimento, decidiram que
tiva. E precisamos fazê-lã plenamente subs- los Alberto O. Farias, CRM-DF 2537- a'F
não podem perder' a eleição nem tampouco. 057340021·00 Dr. Antônio Carlos_ A. da Costa,
tantiva no dia 15 de novembro.- afa$al:-se da vida palaciana que tanto apre-
Sr. Presidente, Srs: SenadoreS, valendo-me ·CRM-DF 1792- CPF 06585374/87.
ciam.
da circunstância de vir a esta tribuna, para Déspotas preguiçosos e incompetentes. O O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
fazer o registro deste documento importan- povo brasileiro não merece ser governado por ~O Requerimento lido se encontra devida-
tíssimo dos arquitetos, não poderia também tais políticos que institucionalizaram prát1cas mente instruído com o laudo médico, de que
deixar de assinalar, para que conste igualmen- lesivas ao patrlmônio público. Indivíduos per· trata o inciso I do art. 43 do Regimento Interno.
te nos Anais do Senado, desta gloriosa Casa manentemente .envolvidos em _acusações de Em votação o Requerimento.
de tantas lutas, de tantos triunfos, como tam- corrupção, tráfico de influências, disputas por Os Srs. Senadores-t:lue o aprovam queiram
bém de tantos reveses, em nome e a·se!Viço privilégios e privatizaÇão do Estado. Persona- permanecer sentados. (Pausa)
da democracia não poderia deixar - repito gens que procuram -traõ.sforinar o mundo poli· Fica concedida a licença solicitada.
eu - de pedir que se indua, como lido, no tico do País num cenário deplorável, onde as
texto do meu discurso, outro documento, pro- - jOgadas, as artimanhas e o poder económico O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
duzido paralelamente e publicado hoje nos :...... EsQ-atado o tempo destinado ao Expedien~
possam superar os debates de _alto nível com te~
jornais, lado a lado a esse_ documento dos o objeto_çl_e impedir o Brasil de evoluir política
t
arquftetos. um documento do CREA-Distrito e socialmente.
Passa-se à
Federal, isto é, do CoriseJho Reglorial çle Enge- É inaceitável que questões reglona[s meno- ORDEM fiõ DIA
nharia e Arquitetura do Distrito,federal. Esse res, disputas entre políticos criados na prática
documento, que é eminentemente político Item 1:
do cofonelismo e cevados no autoritarismo,
também e que assume uma posição absoluta- ameacem as instituições e a credibilidade _do PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
mente coincidente com a posição das entida- processo democrático. N• 36. DE 1989
des de arquitetos. é mais uma prova da unida- A América La.tina não comporta mais esse JriCiuído em Ordem do Dia, nos .termps do
de das categorias mais lúCidas que, neste mo- modelo colonislista. O Brasil é um grande país art. 353,:,:>ará9rafo únko, do Regimento ln-
mento, estão com os olhos voltados para o e não pode ser governado por políticos meno- terno
presente e o futuro deste País, e com a preocu- res, desprovidos da consciência da relevância
pação voltada, debruçada sobre o passado Discussão, em turno único, do Projeto
da Justiça Social e da democracia. A eleição de Decreto Legislativo n~ 36, de 1989 (n~
ominoso por que temos atravessado. Passado presidencial no próximo dia 15 poderá ser o
esse, que é preciso conjurar a qualquer pn!ço. 1 ~/89, na Câmãra dos Deputados), que
início de uma virada de página na história bra- aprova o ato que renova a concessão ou-
E a forma de conjurá-lo é que as forças real- sileira. (Henrique Ludu Vice-Presidente)
mente democrâticas, aquelas forças que que- torgada à Rádio lm~ratriz Sociedade Lt-
rem 9 progresso social, que querem a demo- (DUrante -o discurso do Sr. Pompeu de da., parà explorar sc!!rviço de radiodifusãO
cracia plena, a democracia política, económi- Sousa;- O Sr. Nabor Júnior, Suplente de sonoi"a ·em Onda rhédia, na Cidade de
ca, social e cultural, estejam unidas, vigiJantes, - Secá:táiio, deixa a cadeka da presidência, 'lmperãtriz, Estado do Maranhão, tendo
para que, no _dia 15 de novembro, daqui a - - que é" iXupiu1ã pelo st Nelson Carneiro, PARECER PREIJMIN'AR, Por pedido de
nove dias, pouco mais de uma semana, va- Presidente.) diligência.
mos, sem dúvida, às umas com .este s_enti- A matéria constante deste item não será
mento de unidade dos que querem realmente COMPARECEf.r MAIS OS SRS.. SENADO- discutida na presente sessão, em- VirtUde- do
que este País,- à luz de um passado tenebro- RES: disposto na alínea e do art. 175 dq Regimento
so, de um passado _cheio de problemas, de Interno.
um passado cheio de traições à democracia Ronaldo Aragão -João Menezes- Carlos
-conquiste realmente hoje, no presente,~um Patr_ocínio- João Castelo -Hugo Napoleão O SR. PRESIDENlE (Nelson Carneiro)
futuro plenamente. democrático e plenamente - Mansueto de _Lavor - Divaldo Suruagy- -ltem2:
glorioso para os nossos destinos nacionais. Francisco Rollemberg - Itamar Franco -
PROJETO DELE! DO DF !'i• 59, DE.1989
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito Mauro ijjwges- Iram Saraiva -lrapuan Cos·
bem! Palmas.) ta Júrlór - Márcio Lacerda - Dirceu Car- (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do
neiro - Carlos Chiarelli. art. 4•, ln fine, da Resolução n• 157, de i988)
DOC(JMEJ'fTO A Q(JE<;E REFERE O Discussão, em turno único, do Proj~
SR. POMPEll DE SOUSA EM SEU DIS- - O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) de Lei do DF n~ 59, de 1989, de iniciativa
CURSO.· -Sobre a mesa, requerimento que será lido do Governador dó DistritO FéderaJ, (jue
pelo Sr: 1°-Secretário.. dispõe sobre a regularização ou descons.
Correio Braziliense 6-11-89
É lido o seguirlte tituiçã9 de parcelamentos urbanos irfl-
OPINIÃO plantados no território do Distrito Federal
Práticas Políticas Antidemocráticas - Al- REQUERIMENTCfN• 596, DE 1989 sob a forma de loteamentos ou condo-
guns segmentos das elites políticas e econó- mínios de rato (dependendo de parecer).
micas braslleiras, que durante décadas gover- Nos termos do artigo ;43. ;nciso r, do Regi- A matéria constou da Ordem do Dia da
naram o País, recusam-~,e a admitir a alternân- mento Interno, requeiw Uce,gÇa p~ra tratamen· sessão ordinária de 26 de outubro de último,
cia de partidos e grupos políticos no _exercício to de saúde, no període- de 12 a 31-10·89, tendo a sua discussão sido adiada em virtude
do poder. conforme atestadd: midfço ,anexo. de aprovação, pelo Plenário, de requerimento
A população assiste perplexa ao mais novo Sala das SessõEfs, 6rde novembro de 1989~ para o reexame da Comissão do Distrito Fe-
co~junto de planos, espertezas e truques, ge- - Senad_or Carlos&trocinfo. deral
6666 Terça-feira 7 Novef!l!>ro ele 1989

Solicito ao nobre Senador Pompeu de Sou- Para evllar a proliferação de parcelamentos PreSidente, Srs. Senàdores, no parecer ag~ra
sa o parecer da Comissão do Distrito Federal. irregulares, o projeto prevê ain~a um Sistema lido pelo emi~ente Senador Pompeu de Sou-
Integrado de Fiscalização (Sisif), do qual farão sa, vai realç:aàa-a importância desta propo-
O SR. POMPEU DE SOUSA (PSDB - . parteVáliós agentes públicos, com poder de
sjção, submetida, na tarde de hoje, à discussão
DE Para proferir parecer.)- Sr. presidente,
Srs. Senadores, o projeto em exame, de inicia-
polícia, objetivando detectar a formação de n_? plenário do Senado Federal.
parcelamentos não autorizadades para ado- Se o problema relacionado com a regulari-
tiva do Exin" Sr. Governador do Distrito Fede-
ção das providências necessárias à apuração zação e a desconstituição de parcelamentos
ral, encaminhando a este Senado em 29 de de infrações penais e administrativas, bem co-
setembro último, para ser apreciado em regi- urbanos implantados no território no Distrito
mo para a responsabilização civil do infrator. Federa], sob a forma de loteamentos ou de
me de urgência, dispõe sobre a regularização Merece destaque especial a expressa proibi-
ou desconstituição de parcelainentos urbanos condomínios de fato, tem sido várias vezes
;::ão de quaisquer medidas tendentes à implan- objeto de discussão no âmbito da Comissão
implantados no tenitórlO do Distrito Federal
sob a forma de loteamentos ou condomínios :ação de novCfi; parcelamentos no Distrito Fe- do Distrito Federal, e neste próprio Plenário,
deral, por particuJares, até que seja aprovado significa que para esta matéria convergem,
de fato. o Plano Diretor do Distrito Federal. Tal proibi-
Conforme esclarece a mensagem que o en- ção, enunciada no art. 17 do projeto, reves- neste momento, as atenções de milhares de
caminha, o projeto dispõe de forma ~pie-· brasilienses, não apenas os que serão favore-
te-se da mais alta relevância, pois permitirá cidos com os parcelamentos aqui previstos,
mentar à Lei Federal no 6.766, de 19 de dezem- ao Governo do Distrito Federal dispor de
bro de 1979, que trata do parcelamento do como também o Governo do Distrito Federal
meios para promover um harmónico e racio- e os representantes da sociedade civll, que
solo para fins urbanos e objetiva, prioritaria-
nal processo de ocupação do seu território, buscam uma saída que possibilite o esclareci-
mente, imprimir maior vigor aos esforços em- corrigindo distorções, protegendo o meio am-
preendidos pelas autoridades do Distrito Fe- mento total desta matéria com a fixação de
biente e assegurando melhores condições de diretrizes que deverão, daqui para a frente,
deral com o fm de_evitar inadequada ocupa- bem-estar a sua população.
ção de_ seu território, em virtude de loteamen- pautar a reaJização dessa tarefa de incomum
Céilie salientar ainda a manifesta intenção relevância para os destinos do Distrlto FederaL
tos, desmembramentos ou condomínios irre- do Governo do Distrito Federal em atender
gularmente constituídos em área rural em par- os interesses da comunidade e harmonizá-los Na exposição de motivos encaminhada a esta
celas inferiores a 2 ha ou que tenham finali- Casa pelo então Gov_ernador em 'exercido,
aos interesses particulares daqueles que, co· Wanderley VaDin, está dito sobre a proposição:
dade residencial, comercial, industria] ou de mo esclarecido na mensagem, "empregaram
laser. si.iã.~f economias na compra de uma parcela "Procura-se, com o·mesmo, enfrentar-
O art. 1"' define os loteamentos ou condo- de seu território e almejam uma solução à se situações de fato criadas no solo do
míriios já implantados e os restringe àqueles situação de fato em que se encontram". território do Distrito Federal, com a for-
que até a data da lei ora projetada tenham lmpende ressaltar, finalmente, o caráter de- mação de núcleos urbanos ou de expan-
sido objeto de notificação pela Secretaria de mocrático que marcou a elaboração do proje- são urbanas, para os quais urge que a
Vaação e Obras do Distrito Federal e aos que to, confiada a uma comissão de alto nível, administração adote uma posição defini·
em 30 de junho de 1989 não apenas existiam formàda por membros do Governo, represen- tiva, o que Irará segurariç~ aos cidadãos
de fato, como requereram a comprovação de tantes dos condomínios rurais e dirigentes de quanto às relações oriundas das parceJas
sua existência, mediante pedido de cadastra- entidades profiSSionais diretamente vincula- constituidas. Para tal, a solução a ser da-
mente apresentado à Secretaria de Desenvol- das à questão urbana, corno o Sindicato dos da, qUer seja através de regularização do
vimento Urbano do Distrito Federal. Arquitetos do Distrito Federal, o Sindicato dos parcelamento, quer através de sua des-
Nos artigos seguintes (2~. 3<>, 49 e 59), o pro. engenheiros do Distrito Federal e o Instituio constituição, deverá sempre ter por esco-
jeto arrola urna detaJhada Seqüência de proce- dos Arquitetos do Brasil - Seção DF. po a legislação específica federal, como
dimentos que deverão culminar com a regu]a- Do entendimento dessa comissão, nasce- seja a Lei n<> 6.766/79, as nonnas de pro-
rização dos parcelamentos, desde que expe-- . rarn as propostas consubstanciadas neste pro-. teçãO ãJnbiental, o bem comum e a obe-
didas as necessárias autorizações. ·pelos ór- jeto, conforme destaca a mensagem, em suas diência às diretrizes governamentais, in-
gãos competentes, como o InstitutO Nacional linhas finais. clusive de natureza urbanística."
de Colonização e Refonna Agrária (Incra), se- O mérito da proposição toma-se ainda mais
cretaria de Melo Ambiente, Ciência e Tecno- eviderlte qUando se constata que no prazo re- Na eKpOSição de motivso, o Governador em
logia do Distrito Federal (Sematec) e, em áreas gimenta] foi ela virtualmente acolhida pela Co- exercido, Wanderley Valin, teve a preocupação
de proteção ambiental,. após ouvidos o Insti- missão do Distrito FederaJ, porquanto não foi de comentar um a um ~os vários dispositivos
tuto Brasileiro de M~ Ambiente e Recursos objeto de uma emenda sequer que visasse que integram o projeto, para, desta forma, tor-
Renováveis (lbama) e a Companhia de Águas a modificar-lhe o conteúdo. nar mUito clara e muito evidente que a preocu-
e ~otos de Brasília (Caesb ). pação do GDF outra não foi senão o estabele-
Conct~o cimento de normas rígidas que haverão de
Para o cadastiamênto dJiiiftivo, o projeto
exige ainda a prévia audiência do Conselho De_~te modo, e con-siderado que não existe disciplinar e~s questões ligadas a parecela-
de Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente impedimento de ordem constituciona1, legal, meil.to, loteamento, desmembramento ou
do Distrito Federal (c:auma) e das concessio- regimental e de técnica legislativa à tramitação condomfnio.
nárias de serviços pldbllcos, que deverão emitir da iniciativa em apreço, manifestamo-nos, no O parecer, agora tomãdo público pelo emi-
parecer sobre a viabilidade de atendimento mérito, pela aprovação do Projeto de Lei do nente Senador Pompeu de S9usa, deixa _real~
dos parcelamentos pretendidos. DF n• 59, de 1989. - mente claro que a matéria, no seu mérito,
O parecer desfavorável de qualquer dos ór- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro I merece o acolhimento do Plenário do Senado
gãos ouvidos sobre o assunto resultará na de~ -O parecer é favorável. Federal Se no âmbito da Comissão do Distrito
sautorização do parcelamento e em sua con- Completada a instrução da matéria, pas- Federal o projeto não foi examinado, em razão
seqüente desconstituição, conforme prevêm sa-se à sua discussão. do período de inexistência de quorum que
os art. 6•, 7<> e B<>_do projeto. O Sr. Mauro Benevides- Sr. Presidente, marcou a semana passada, e pela circuns-
O projeto dispõe ainda sobre as obras ne- peço a ·palavra. .tãncia de o Governador haver invocado em
cessárias à regularização do parcelamento au- seu prol o art. 4~ da Resolução n~ 157, de
torizado, sdbre a responsabilidade pelas des- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro I 1988, agora no plenário se procura suprir a
pesas com a regularização e sobre as proibi- -COncedo a palavra ao nobre Senador Mau- ausência daquele debate com o Parecer Pom-
ções e penalidades felativas aos parcelamen- ro Benevides. ·
peu de Sousa, e agora com essas minhas con-
tos que não tenham sido oficialmente reco- . O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB - siderações_ em tomo do projeto enviado a esta
nhecidos. CE. Para discutir. Sem revisão do orador.) Sr. Casa pelo Governador do Distrito Federal.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NA99~ (Ses;ão ll). __ _ Terça-feira 7 6667

Faço votos, Sr. Presidente, qUe hóje, se qu- devidamente desenvolvido de maneira a aten- acerto-da medida, e a V. Ex', pela grandeza
roum existir, e amanhã, se hoje não for apre- der à justiça e âos interesses da população do s~u gesto, vindo _à tribuna realçar a iniciativa
ciada a m"J:éria: por falta de quorum, o Plenário do Distrito Federal e aos interesss do prÓprio do Chefe do Executivo de Brasília.
do Seriado Federal decida soberanamente e Cíové(no -do -Distrito Federal e da própria Uni- O SR. POMPEU 'DE SOUSA- Muito
em tomo desta questão f! faça chegar ao Go- .dade Federativa, que é a Capital da República; agradeço a V. Ex", nobre Senador Mauro Bene-
vernador Joaquim Roriz esse projêtO,_que s.erá, esse projeto o nobre Senador Mauro Bene· vides, meu preclaro amigo, pelo' seu aparte,
quando transformado em lei, l,UT1 instrumento vides, grande Presidente da nossa Comissão rião só pelo apoio que me traz, como até pela
da maior relevância, para que se procure diti~ do DistritO Federal, o despachou para este lembrança de um pormenor que eu poderia
mir qualquer tipo de dúvida em relação a eS&es Senador, Porque S. Ex' sabia, Perfeitamente, ter assinalado antes. no meu P!'Onundarnento.
parcelamentos, a esses condomínios previstos das rn:inhas posições. Creio que o fez justa· Foi recordar o Projeto n9 2, de minha autoria,
no Projeto, conseqúênda da Mensagem n~ 94, mente por isSO e para fsso, para que esse que estabelece os pressupostos, portanto, di-
de 1989-DF. senador pudesse, agora como Relator desse retrizes, bases e conteúdo mínimo para o futu·
A nossa manifestação, Sr. Presidente, é no novo projeto, i"essaltar-Jhe as qualidades e o ro Plano Diretor do Distrito_ Federal, e ~ao mes-
sentido .de que o PIElrlárlo, acolhendo esta ma- lado altamente positivo, tão positivO que não mo tempo, determina que, enquanto ·esse Pla-
téria, possa transformá-la em lei, no menOr houve nenhuma emenda, quer na Comissão, no-Diretor não estiver devidãfnenté-h0mblo-
espaço de tempó possível. quer aqui. Sr. Presidente, Srs. Senadores, qual- gad6 pela futura Câmara. Legislativa do Distrito
O Sr.'Pompeu de Sousa -Sr. Presidente, quer emenda seria desfiguradora. Federal, nenhwna alteração se faça mais, irre-
peçó a ~alavra para discutir. o s-r. -Mauro -BeneVideS--:.__ Permite-ffie gularmente, no território da Capital da RepU~­
O SR. PRESIDENTE (Nelson CO)neiro) um aparte, nobre Senadt;~r Pompeu de Sousa? blica. Assinalo e enfatizo que esse novo prOJe·
- to, resultante da Comissão Mista do Goven1o
-Concedo a palavra ao nobre Senador.Porn- O SR. POMPEU DE SOUSA ~ Ouço
peu de Sousa Federal e das entidades da sociedade dvii,
-O_aparte'üo riObre Senador Mauro Benevides.
expressamente determina isso mesmo: -que,
O SR. POMPEU DE SOUSA (PSDB - O Sr. Mauro Benevides -Nobre Sena- daqui por diante, novas irregularidades não
DF. Para diScutir)- Sr: Presidente, 8'1'"1 e Si:s. . dor Pqrnpéu de SÓllSa. eu ine reg~ijo, Comigo sejam m.ais cometid_as:, porque de irregulari-
Senadores, quero manifestar o meU regozijo -mesmo, por haver tido a felicidade de reco· dades todos nós estamos fartos e é preciso
pessoal e congratular-me com o Governo do mendar a distribuição desse proce~_a V. Ex1', pôr um ponto final em tudo isso.
Distrito Federal por se ter rendido à evidência qae terri sido um estudioso _dessas q)-lestões Era b que tinha a dizer, Sr. Presidente.
de que os erros devem ser corrigidos, e essa relacionadas com o desenvolvimento de Bra-
. sH~~. autOr que é dÕ importànte ProjetO n9 2, O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
atitude do Sr. GoVernador só merece toda a - Não havendo mais quem queira faz~r uSo
nossa satisfação e o nosso aplauso, porque, ainda pendente de apreciação pela Coffiissão.
da palavra, está encerrada a discussão.
como V. Ex' e .os nobres_Srs. SenaQo~s .reçor- _V. Ex" tem trazld9 ~l)'lpre a debate, nessa Co-
- Em obediência ao dispostO no art. 168 do
dam, esse projeto é conseqüênçia do veto que rnissão Permanente desta Casa, esses assun-
tos q_ue são_ de inquestionável relevância para Regimento Interno que estabelece que' não
S.&, om~smoSr. Governador Joaquim Ro- -haverá votaçao de proposição nas sessões de
riz. opôs um infeliz projeto anterior que S. E>r o desenvolvimento, para õ proQresso de Brasf·
lia. Recorde-s_e que, quando o própriO Gover- segundas e sextas-feiras, ·a matéria permane~
havia remetido a esta Casa, que - atrope- cerá na Ordem do Dia, em fase de votação,
lando o nosso Regimento com _o regime de nador Joaquim Roriz, examinando proposição
é:jnterior, entendeu de vetá-la,_ S. Ex", com- a até amanhã, quando esta poderá ser proces-
urgência que' S. Ex", muito freqüentemente, sada.
invoca, muito abusivamente invoca - levou suasensibilidade qe hõffiem-público, concluiu
este Sen~do, pOr· estar realmente atropelado qu~ ela não .representava o consenso das ma- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiró)
por esta urgência, a uma decisão precipitada, nifestações em tomo desse·tema. S. EX', então, -Ainda em obediência ao art. 168 do Regi-
na qual tive a oportunidade de, solitariamente, decidiu Por vetar a proposição e, em razão mento Interno, segundo o qual não se proces-
chamar a atenção ele todos, mas, no atropelo, disso, ensejou a vinda, agora, da Mensagem sará -a votação de proposição nas sessões de
n9 49, de 1989-DF, que deu lugar ao novo -s~unda e sexta.-feira, as matéi'ias constantes
esse chamado de atenção perdeu-se aqui, no
vazio deste. plenário. E, na verdade, era wn projeto de lei, que recebeu, da parte de V. dos itens 3 a 19 _da Ordem do Dia da presente
projeto_ errado, ao qual se acrescentou_ uma ~. no que tange à apreciação do seu mérito. sessão, ~m fase de votação, permanecerão
emenda mais errada ainda, que, como eu dizia Parecgr_ favorávet externado~ i-leste instante, em Ordem do Dia até amanhã, quando pode-
então, regularizava as irregularidades, legali- para o conhecimento dos Srs. Senadores. Es- rão ser votadas.
zando aS ilegalidades, e, ao mesmo tempo, tou absolutamente certo de que, hoje ou na São os Seguintes os itenS que têm-sua
ao invés 'de se estabelecer o ônus das obras ~essão d~ améjnhã, o Senado F'ederal_ haverá apreciação adiada:
decorrentes dessa legalização, dessa normali- de aprovar esta matéria,_e o autógrafo, subindo -3-
zação, dessa· regularização- aos benefidãrios para a sanç~o do Sr. Governador Joaquim
dá irregularidade, atribtúa esse_ônus às vítiinas Ror~ haverá de receber a sua assinatura e, PROJETO DE LEI DO DF N• 69, DE 1989
publicado no Diário Oficial, Séfátransformado (Em regime de urgência, nos termos do
da irregularidade: os compradores dos lotes
.irregulares. em lei, para possibilitar, no que diz respeito art.. 336, c,- dO Regimento Interno)
Em conseqüência desse. ..alerta, em que, co- a loteamentos, ~- Qarcelamentos, a con~omt­ _votação, em turno único, do Projeto_de lei
mq disse, fui eu a voz solitária que aqui ela· nios, que tudo isso se processe dentro das do DF no 69,~de 1989, de iniciativa da Cernis-'
mau, mas clamou, àquela altura, no deserto, novas diretrizes consubstanciadas no projeto s,ãQ do Distrito Federar,-que autoriZa a- de.Sare-
!ogo essa voz.ressoou_ em órgãos os mais re- que ora se discute. Nobre Senador Pompeu tação_ de domínio de bens de uso comum·
presentativos da sociedade civil, do Distrito de Sousa, depois~de apresentar, fOrinalmerite, do povo, dentro dos limites territoriais do Dis- ·
Fedetal. E, sob o clamor _dessas voz.es da so- o parecer em nome da Comissão,. V. Ex' fez trito Federal tendo - -
ciedade ciVil, S._~ o Sr. Governador teve a multo~ bem _em vir à tribuná-para, com essa -~PARECER FAVORÁVE.i..; pi6ferido em ,Ple-
ombridade, a correção_ de vetar o seu próprio ae
extraoi-diiláiia- gràndézã sentimento-S, pÔr nário. ___ _ _ __ ·-
projeto e mandar um novo projeto, este, sim, em evidência o acerto da medida gcwema- -4-
devidamente saneado e bem planejado, por- mental S. Ex' mandoU ao Senado urÍla nOva
PROJETO DE RESOLUÇÃO N•
que, inclusive, formulado pelos órgãos do Po- matéria, que, corrigin,do a anterior, abQu pers- N• 81, DE 1989 .
der' Executivo, desta vez assessorados pelas pectivas bem mais favoráveis para aqueles que (Em regime de urgência, nos termos do
entidades da sociedade civil que haviam pro- estãO aguardando decisao em tomo de parce-
art. c· do Regimento Interno)
testado e que S. EX", também mUitó louvavel~_ lamentos, de loteamentos, de condomfnios,
mente, chamou para colaborar numa Cernis· previstos no projeto referido. Portaflto, as mi· Votação, effi turno único, do Projeto de Re·
são Mista. Esse projeto, devidamente saneado, nha~ congr_atulações ao Governador, pel~ solução n' 81, de 1989,- que autõiizao Gover-
6668 Terça-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

no do Estado do Ceará a emitir Letras Prrlan- entre_ o GOverno da República Federativa dó -15-~
celras do Tesouro do Estado (LFTE........,... CE), srasTI-e o GoveinO áa 'República dO-Paraguai, Votação, em turno úni~ do Projeto de Re-
em montante equivaJente ao valor das 2.839. _em 27 de outubro de 1987, tendo solução n9 67, de' I 989 (~.reseritadp pela Co~ -
91.3 Obrigações _do Tesouro ·da Estado do PAREcER FAVORÁVEL; proferido em ple-
missão de Assuntos Económicos corTio coi-i."
Ceará (OTCE) que ·serão substituídas e extin-- nário.
dusão d~ s~u Parecer n9 231, de 1989), que
tas, tendo -10- autoriza a conc_essão _de garantia da União aos
PARECER FAVORÁVEL;-proferido em ple- títulos que menciona, tendo
nário. - Votação, em 1jtuno único, do Projeto de Lei
do Senado n 9 22, de 1989, de autoria do Seria- PARECER, sob n? 276, de 1989, da Co·
-5- -dor Jamil Haddad, (]ue dispõe sobre o trans- missãõ
PROJETO DE RESOLUÇÃO porte de presos e dá outras providências, ten- ....;..-de Assuntos Económicos, favorável à~
N• 82, DE I 989 _do - - - - Emendãs de n~s 1 a 3, de Plenãrio, nos termos
(Em regime de uri;Iênci~ nOs-termos dO: PARE_CE:R. sobn~>97, de 1989,_da Comi9São de substitu~~o q~e oferece. -- -
art 336, c, do Regimento Interno) -de Constituição, Justiça e Gdadania, ~ _:;_~6-

Votação, em turno únlco, do Projeto_.de Re- pela constitucionalidade e juridicidade. Votação, em_ turno-único, do Requerimento
solução n9 82, de 1989, que autoriza o. Gover- -li- n~' 566, de 1989, de autoria do Senador Dirceu-
no do Estado do Rio de Janeiro a elevar, exce- Cameiro,_solicitando, nos termos regimentais.
pecional e temporáriamente, seu limite de en- Votação, em turno único, do Projeto de Lei tenham tramitação conjunta os Projetas· de
dividamento, para emissão dos títulos que do Senado n 9 91, de 1989 (COI:nplef!J.entãr) Lei do Senado n• !76, I 78, 200, 211, 236
menciona, tendo de autoria do Senador João Menezes e outros e 237, de -1989, d'os Seinadtlres Nelson Car~
PARECER FAVORÁVEL, proferido em plená- Senhores Senadores, que estabelece, nos ter- neiro, Jutahy Magalhães, Antônio Lulz fltaya,
rio.
mos do § 99 do art. _14, da Constltulçã~de Franciso_ Rollemberg, Dirceu Cãi'ne"iro e José
5 d~ outubro de_ 1988, prazo para desincom- Fogaça, respectivamente, que dispõem sobre
-6.~­ patibilização_de MiniStros· de Estado, tendo a política para o setor agropecuádo.
PROJETO DE RESOLUÇÃO PARECER, sob n• !3Q, de 19~89, da Co-
N• 84, DE 'I989 missão - -17-
(Em regime de urgência, nos termos do - -de Con5tltu/Ç5c, Justiça e Cidadania, pela
Votação, em primeiro tumo, da Proposta
constitudonalidade e juridicidade, com voto de Emenda à Constituição n~' 1, de 1989, de
art 336, c, do R(?gimento lntemq) \{encido dos Senadores Ney Maranhão, Jutahy autoria do Senador Joãà Menezes e out.Jps
Magalhães e Mansueto de Lavor. Senhores Senadores, que altera os prazos es-
Votação, em turno único, do Projeto_ de Re-
_;:12.:::_-~ --- tabelecidos no f69 da_art. 14, para desincoin~
solução n~ 84 de 1989, que autoriza o Governo
do Estado do Piauí a contratar operação de patibilização do Presidente da República, do:S
.,-Votação, em turno único, do Projeto de Lei Gov_:e~nadores deqf:stado, do Distrito Federal
crédito_ externo no_ valor deUS$ 30,000,000.00 do DFn~ 63, de 1989, de inidatiVá"da Comis-
(trinta milhões de dólares americanos), através e dos Prefeitos, tendo
são do Distrito Federal, que autoriza a institui- PARECER. sob n• I45, de I989,
do Convênio de Pagamento Recíproco Brasil!
ção da Fundação Memorial Israel Pinheiro e -;,_ dp_ Comissão T~mpor§ria, favorável ao
Argentina, tendo _ dá o_utras proVidências1 tendo
PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple- prosseguimento da tramitação_ da matéria,
PARECER FAVORAVEL, sob n• 247, de com voto _Venddo dos Senadores' Chagas Ro-
nário. 1989, da Comissão drigues e Mawício Corrêa.
-7- -da Distrito Federal. __
-18-
Votação, em turno únko, do Projeto de De· -13-
creto Legislativo n<? 30,__de 1989 (n~' 44/89, Votação, em priÕ1eíro turno, da Proposta
na Cllmãrá dos D_eputados), que aprova o tex- Vot.erçáo, em tumo únicO, do Projeto de Re· de Emen,da à Constit_yiç_ãon9 _?•. de 1989; de.
solução n,P 1, de_ 1989, detnidativa da Comis- autoria do Senador Olavo Pires e oUtros Se-.
to_do Acordo de· Cooperação Econômica.cele·
brada entre o GOverno da República Fede- s§o Dketara, que altera a redaçãa de dispo- nhores Senadores, que moficia o § .3' do art.
SJ1ivas da Resoluçáo nP 146, de 1980, alterada 4 9 do Ato Qas Disposições Constitucionais
rativa do Brasil e o Governo da República So-
cialista da Thec_oslováquia, em Brasília, em pelas ResolUÇões nr-s SO, de 1981, e 36Ó, de Transitórias.
12 de maio de 1988, tendo- 1983, _e dá outras providências, tendo
, PARECER. sob nP 159, de 1989. dts Co- -19-
PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-
nário, nos termos de substituêvo que oferece.
missão Votação, em primeíro turno, da Proposta
-de CóiiSfítuiçáo, Justiça e Odadtmía, Pela de Emenda à Constituição n~' 3,
-8- constitudonalidade, juridicidade e, no mérito, de 1989, de aUtoria do Senador Ma"rCCltv\aCleJ
favorável. e outros SenhOres SenadoreS, que atresc(mta
Yotação, em turno único, do Projeto de De-
creto Legislativo no 31, de 19_89_(no 59/89, parágrafo _ao art. 159 e altera a redaçáo do
-14- in~iSo fi do ar:!:_!6~--~~- ConstituiÇão Federal.
na Câmara dos Deputados), que aprova o tex-
to das emendas à Convenção da OrganizaçãO Votação, em tufno únic-o, do Projeto de Re-
Internacional de Telecomunicações Marltirrlas soluçãq n9 51. de 1989 (apresentado pefã CO- O SR~ PRESIDENTE (NEilson Cãmeir_o)
por S~télite (lnmarsat) e ao Acordo Opera- missão de Assuntos_ Econômkos como con- --Item 20:
cional, adotadas. pela Quarta Assembléia das clusão de seu Parecer n" 152, de 1989}, que
Partes Inmarsat, realizada em Londres, de 14 autoriza a Prefeitwa _Municipal de Bonito, Esta- Discussão, em turT!o único. da-Reda-
a 16 de outubro de 1985, tendo-- -- - - dõ ~de PernãmbUc_o, a contratar operas:ão de ção Final (oferecida pela Comissão -Dfre-
PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple- crédito no valor correspondente, em cruzados, toca em seu Parec_er n9 268, de 1989),
nário. a .80.._848,17 OTN, de-julho de Í987,juiito do Projeto de- Decreto Legistativo n., 25,
à Caixa Econôrriica Federal, tendo ___ _ de J 988, de aUtoria do Senador Leite
-9- PARECER, sob n• 277, de 1989, da Co- ChaveS," Que susta o Decreto rl~ 96.991,
Votaçao, em turno único; do .Projeto de De- missão _ge I.q-ae outUbrO d~ 1988, que "'~rtíibuiu
creto Legislativo n~ 32, de 1989 (61/89, na ~-de Assuntos Económicos, fa~ÕráVeJ"'"à competência p~ra autorização de paga-
Câmara dos Deputados), que _aprova o texto Emenda n~ I, de plenário, nos termos d~_$U.b$- mentoS. e recebimentos por meio de ou-
do Açorda de Cooperação Técnica celebrado· titutivo qUe oferece, - tras instituições fi~nceiras'i. ·
Novembro qe 19&? DIÁRIO DO CONGRESSO NAGONAL (Seção U) Terça-feira 7 6669

Em -discussão a redação final: (Pausa) termos do art. 48, item 28, dõ Regimento n-de organização, programação, planeja-
Não havendo quem peça a palavra, encerro Interno, promulgo o seguinte mento, assessoria, levantamento e processa-
a discussão. ' DECRETO LEGISlATIVO
mento de dados, consultaria e auditoria;
Encerrada a discussão, a redação final é N•, DE 1989 DI- de assistência técnica, Científica e se-
considerada definitivamente aprovada, nos melhãnte, inclusive os amparados por marcas
termos do art. 324 do Regimento Interno.. AProva os textõs da ·:con_vençát? sobre e patentes;
Pronta Notificação de Acidente Nu- N- de reparos navais;
O projeto vai à Câmara dos Deputados. -dear" e da "Convenção sobre As$/Stência _y_....,....outros .serviços defmidos pelo Exe<:u-
no Cilso de ACidente Nuclear ou Emer- tivo Municipal como relevantes para expansão
E a s"lguinte a mãtéria aprõVãda. g@nda Radiológica •; ap"rqvadas durante da atividade económica exportadora.
REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE a sessão especial da Confeiêncfa Geral Parágrafo único, Nos casos_de exportação
DECRETO LEGISLATIVO N• 25, DE da Agência Internacional de Energia Ató- de serviÇos não compreendidos nos itens do
1988 mica, em Viena, de 24 a 27 de setembro art. )9 e que gozem de isenção de inc_entivos
de 1986. ~ fiscais federais, os exportadores terão o direito
Faço saber que o Cori_gfessb Nacional
aprovou, e eu, Presidente_ do Senadp, nos ·-O Congresso Naciona1 decreta: de requerer ao órgão do EXec---utivo MUnicipal
termos do art. 48, item 28, do Regimento Art. 19 São_ aprovados os textos da "Con·- a Jsenção do Imposto sobre Serviços. -
Interno, )iromulgo o seguinte venção sobre Pronta Notificação de Acidente Art. 29 Estão também, foram do campo
Nuclear" e da "Convenção sobre--Assistência de incidênciã dO imposto a Que-se refere esta
DECRETO LEGISlATIVO lei, todos os serviços assim declarados em
N' DE, !989 no CãSO de Acidente Nuclear Ou Emergência
Radiológica", aprOVaâas duranlé ~ sesSão es- acordos ou tratados internacionais de bitribú-
Susta o Decreto n~' 96.99.l, __de 14 pecial da Conferência Geral da .AgênCia Inter- tação e reclproddade,-oli outios-ae qUe oBra-
de outubro de 1988, que atribui compe-- nacional de Energia Atômica, em Viena, de sil partiCipe. - -
tência para autorização de pagamentos 24 a 27 de sete__m_bro de 19_86. _ Art. 3? Esta lei_ entra em vigor na data de
e recebimentos por meio de outras insti- Art. 29 Sãq sujeitqs à aprovação do Con- sUa publicação. -
tuições financeiras. - gresso NaCiOnal quaisquer atos oU ajusteS Art. 49 Revogam-se :as diSposições em
contrário. - --
O Cqngresso Nacional decreta: CO!J1Plementares de que possa resultar a revi-
Art. 1" I:: sustado o Decteto n" 96.991, de são ou_a_rnod.ificaçào do presente documento. 0 SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
14 de outubro de 1988, que "atribui compe- Art. 39 Este decreto legislativo entra _em ~-'Item 23:
tência para autorização de pagamentos e rece- vigor na data de sua publicação.
- Discussão, em turno únicO, dã Reda-
bimentos por melo de outras instituições fi. ção Final (oferecida pela Comissão Dire-
nanceiras", publicado no Diádo Oficial de 17 O SR. PRESIDENTE (f'!elson Carneiro)
~ltem22: tora em seu Parecer n9 290, de 1989),
de outubro de 1988. _ dq Projeto de Decreto LegiSlativo n~ 24,
Art. 29 Este decreto legislativo entra em de 1989 (n9 160/86, na Câmara dos De-
vigor na data de sua Publicação. Discussão, em turno único, da Reda-
ção Firial (oferecida pela ComisSãõ Dire- putados), que aprova o texto da Conv_en~
Art. 39 Revogam-se as disposições em
contrário. - tora em seu Parecer n9 ?_67, de 1989), ção p~ti~ad~ a E\j~r_a D~pl~ Tribu~ção
dõ Projeto de Lei do Senado n? 166; de e_ Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) 1989 (Complementar), de _autoria do Se· de-Jmpq_sl:os sobre a Renda; C_elebrada
-ltem21: nadar Fernando Henrique Cardoso, q\]e -~ntre o Goyerno da República Federativa

Discussão, em turno único, da Reda- exclui, da incidência do fmposto Sobre do Brasil e o Goverrio da República Socia-
Se_rviços_dé Q_ui::i.lquer Natureza, a e_xpor:~- _ lista da T checoslováquia, em Brasília, em
ção Final (oferecida pela Cámissão Dire-
tação para o exterior dos ·serviços que 26 de agosto de 1986, bem como o pro-
tora em seu Parecer n" 266, de 1989),
menciona, nos termos do inciso D do § tocolo que a integfã.
do Projeto de Decreto Legislativo n~ 27, ·
de 1989 (n" 57/89, na Câmara dos Depu- 49 do art. 156 da Constituição Federal. Em discussão a redação final, (Pausa)
tados), que aprova os textos da "Con- Ein diS:cusSâó a redação final. (Pausa) Não havendo quem peça a palavra, encerro
venção sobre Pronta Notificação de Ad- - Não havendo quem peça a palavra, encerro a discussão. _ .- ..,
dente Nuclear"' e da "Convenção sobre a discussão. Encerrada a discussão, a matéria é considew
Assistência no Caso de Acidente Nuclear Encerrada a discussão, a redação final é rada defmitivamen.te aprovada, nos termos do
ou Emergêi1ciã Radiológica", aprovadas considerada definit1vam~nte aprovada, nos art. 324 do Reglmentq Interno._ _~ _
durante a sessão especial da Conferência termos do art. 324 do Re:_gimento Interno. _.,_'?_J?rojeto-v'?ltará à Cãrnara~d?s D_ep~dos.
Geral da Agência Intemaciona1 de Ener- -b i:ii-6jet0 Vai à Câmara aos-Deputados. É a seguinte a matéria aprovada:
gia Atómica, em Viena, de 24 a 27 de
setembro de 1986~-- Ê a S_êguinte a matéria aprovada:
REOAÇÃO FINAL DO PROjETO DE
Em d.iscuss_ão a redação final. (Pausa) REDAÇÁO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N• 24, DE 1989
Não havendo qlfem peça a palavra, encerro LEI DO SENADO N• 166, DE 1989 (l"fl> 160/86, na Câmara dos Deputados)
a discussão. ' (Co[nplementar)
Encerrada a discussão, a redação final é Aprova o text_o da éonvenção DestJ~
considerada definitivamente- aprovada, nos EXdul, da incidência do Imposto sobre
hãi:Ja a Evíiii a Dupla Tributaçdo ê Preve-
termos do art. 324 do Regimento Interno. ServiçoS de Qualquer Natureza, a expor- nir a Fv:asaoPisca/ em Matéría de fmpos·
O projeto voltará à Câmara dos Deputados. tação Para o exterior dos serviços que
tos sobre a Renda, celebrada entre o GO-
verno da_ República Federativa do Br8sJ7
É a seguinte a matéria aprovada: mencfomi, nos termos do inciso I! do §
e o Governo da República Socialista da
4~ do art 156 da Constituição Federal. .
REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE Tchecoslováquia, em BrasU!iJ, em 26âe
DECRETO LEGISLATIVO N• 27, DE agosto de 1986, bem como -o_ Protocolo
O Congre-sso Nacional decreta: _
1989 Art. 19 O Imposto sobre Serviços de Qual- que a integra.
(N• 57/89, na Câmara dos Deputados) quer Natureza, de competência municipal, não
incide nas exportações par~ o exterior dos ser- O Congresso Nãdonal decreta: __
Faço saber que o Congresso Nacional viços a seguir discrimina~?S: _ _ . Art. 19 É aprovado· o texto da Convenção
aprovou, e eu, Presidente do Senado, nos 1- de engenharia, arqUltetura_e urbamsmo; Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Preve-
6670 Terça-feira 7 . DIÁRIO DÓ CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

nir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) REDAÇÃO FINAL DE PROJETO DE
sobre a Renda, celebrado entre o Govemo da -Item25: LEI DO DF N• 47, DE 1989
~ep~~cª-~o_s!_a1~ta da ~C7J:le~~~~~áquia, em Dis_cussão, em tumo_ único, da Reda-
Brasília, a 26 de agosto de 1986, bem como Cria funÇões do Grupo Direção e Assis-
çã:o Firial (oferecida f!ela Cqinjssão_Dire~ tência Jntermedíáriãs, nas tabelas de pes·
o Protocolo, acordado no mesmo local e data. tora em se_u Parecer no 291, de 1989),
que a integra. soai que menciona.
Art. ~ São -sujeitos-}_ aprovaçfio do Con- dol'rojeto de L~l do DF-1)~ 4__7.._ 4_~1~?9,
O Congresso NadOriãl deCreta~
gresso Nacional quaísquer atas que possam de iniciativa do Governador do Distrito
Federal, que cria funções do Grupo·Dire- Art. 19 ·SãO criadas, me"diante transforma~
resu1tar em revisão da presente Convenção,
ção e Assistência Intermediárias, nils ta~ ção e supre"ssão de empregos em comissão
bem como aqueles_ que se destinem a ~stabe­
belas de pessoal que menciona. e de função em comissão, na forma do anexo
lecer-lhe ajustes complementares.
Art. 39 Este decreto legiSlativo entra em a esta lei, funções do Grupo Direção e Assis-
Em_ di~cussão a redação final (Pausa) tência [ntermediárias, códrgÇ~" LT-DAI-11 O, nas
vigor na data de sua pubUcação. Não havendo quem peça a palavra, encerro Tabelas de Pessoal do Departamento de Es-
a discussão. tradas de Rodagein do Distrito Federal e do
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
-Item24: Encerrada a discussão, a matéria é conside- Serviço Aufô(10mo de Limpeza Urbana e na
rada definitivamente aprovada, nos tei1TlQS do Tabela de Pessoal do Distrito Federal, parte
Discussão, em turno único, da Reda- art. 324 do Regimento Interno. relativa ~ Administração de Ceüândia.
ção Final (oferecida pela COrriíssão Dire:. M .29 Esta lei entra em vigor na data de
O projeto vai à sanção'do Govelnador do sua publicação.
tora em seu Parecer i19 289, de 1989), Distrito Federal.
do Projeto de Lei do_ DF no 42, de 1989, Art. 39 Revogam-se as dispoSiçóes em.
de iniciativa da CorriisSão do Distrito Fe- É a ~eguinte a matéria aprovada: c"ontrárid. -
deral, que dispõe sobre normas pãra a
proteção do meio ambiente, nos cãSos
que especifica, apresentado por sugestão
do Deputado Augusto Carvalho. ••
CRUI'O DJREÇ O E ASSI
.
~HClA 1H1ERKEDI

liPiti:COS Elll t:Gr>:!5S~ ittA!ISnlii.Ko\f!OS


"
(IJHÇCES 00 C~UI'O Ol:ltÇ~O E ASSlSl,tlt:IA IHTERMlDI~IU.Uo lllSUl.TANUS

-
Etn discussão a tedação final. (Pausa.) OU Sl»'~lltiOCS CA TRA11SFÇA~çllo' OU siu•AUUO ocS ~~~ EK" CONUS(Q

·-· """'
Não havendo quem peça a palavra, encerro
a discussão. OENONIHAÇlo OE~.IH~Ç~ (:ót)ICO COMI:LAÇIG
Encerrada a discussão, a matéria é conside-
p·~~ltaN<"N:O !).. o!STIIAO~S DE
rada definitivamente aprovada, nos termos do !UlO~i:EN 09 OlS!R tJO I"[Q[Ut.
art. 324 do Regiinento Interno.
O projeto vai à sanção ·do Governador do
Distrito Federal. -
. 0'"''!:0
o.rr • .:.
O~ A!2;!!NUJIIA~IO
h~lo di H•hrial ..... ., DIY!S12 0~ I'JIJ.II!t!P!!A~IQ
Cl'l•t• d1 S.~lo dt Jolat'ubl t.T..QAI•111.J .-taAcaWsu.u.,.

É a seguinte a matéria aprovada: ,, l• D!!f~na. ~2·~gVIl~!2


Clt ft .:a h;Io ropo;.rlf.Sa ..... ... ,~, oq:r.etpQ IIGOCVIil.'I;!D<
Cl'l•f• dt seno TopognU,• LT.OAI·I,\)~'
.
~tl!"l' S.:Wi~ III •
~1&.;...;,!.~'')1

~OUi:~W~ ~oecvi(It;e :l:l 2r cti~S[~I!D AOCOVIL!!;:O go Dr


REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE •• ....... o~ ....,d;lw
·~~
" Auhtoon~• t.T•OA:•11t.) ~~JtnU...

LEI DO DF N• 42, DE 1989

Dispóe sobre normas para a prote-


. .I.OI'!N!STU~tO 2~ Cri~,IJtO(A
Cl'l•t• h

a!~i!! ~
St;lt d11 '•nol.l
!!r:t.!M'nl ~
~.~·
.,. AOH!HUTfiA~Ka 5!~ !;EI~~N21~
C111h i1a Stçlc.· 'dt -,.lido...:
SERV!rri.lliUT()O(),.,~lJ!Il'JIQ
L~~lH.1·
~~~·:

..,
a.tt• .:11 ..-.h• 01 ,."pr1.ç,.
ção do meio ambiente, nos casos que " Cllth do NolUto &. ~~

espedfica. -
• Cwtn
""" ~ CuUCII • I.]•O.U•I\1.) ~ b.lllâtn.t1...

O Senado Fedefal decreta:


Art. 19 Todo proJeto urbanístico e toda ex- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Amatérii! vOiiatá à tâ:Jnára dos Deputados.
ploração ec::onômica_da__ madeira ou lenha a -Item 26: É a segujnte a matéria aprovada:
serem realizados em área superiqr a vinte hec- Discussão, em-turno suplementar, do
tares ou em área inferíor à retró:.referlda, quan- Substítlitivo do Senado Federal ao Pro- REDAÇÃO DE VENCIDO PARA TORNO
do considerada como de relevante interesse jeto de Lei da Câmara n9 78, de 1986 SOPLEMENTARDO SOBSTITUTlVO DO
ambiental pelo órgão competente do Governo (n9 1 .945/83~ na Casa de origem), que SENADO AO PROJETO DE LEI DA
do Distrito Federal, dependerão de prév!l ela- inclui o Fotógrafo Airtônomo no Quadro CÂMARA N• 78, DE 1986
boração de estudo sobre o impacto ambienta] de atividades e profissões a que se refere (N• 1.945183, NA CASA DE OWGEM).
e do respectivo Relatório de Impacto sobre o art 577 da Consolidação das Leis do - Jndui o fotógrafo autôilomo no Quadro
Meio Ambiente - Rima. -Trabalho, aprOvada pelo Decreto~Lei n? de Atividades e Profissões a que se refere
Parágrafo único. A autorização para a exe- 5.452, de 19de maio de 1943, tendo o art. 577 da Consofkfação das Leis do.
cução de projeto e para a exploração ref~rida Parecer, sob n9 269, d~ 1989, da Co~ Trabalho, aprovada pelo Decreto~Jei n"
no caput d~e artigo será dada pelo órgão missão S.452, de 1? dt! mmo de·J943.
competente supracitado, após _a realização do --Diretora, C?fe~ecendo a_ redação do
_vencido. O Congresso Nacional decreta:
Relatório de Impacto sobre Meio Ambiente - Art. 1~- O exercício da profissãO de -fotó-
Rima, respectivo, se o relatório em tela assim Discussão do substitutivo, em turno su~~ grafo prof!SSional é livre, em todo o território
recomendar. mentar. (Pausa) ~ nacional, aos que satisfiZerem as condições
Art. 2'l Esta lei entra em vigor na data de Não havendo quem peça a palavra, encerro estabelecidas nesta_ Lei.
sua publicação. a discuSsão. Parágrafo úníco. Considet'a~se ·fotógrãfo
Encerrada a discusSãO; o substitutivo é dado profissional aquele que, com o uso da luz ob·
Art. J9 Revogam-se as disposiç6es em corno definitivamente aprovado, nos termos tém irn<lgens estáticas ou dinâmicas em mate·
contrário. do art. 284 do Regimento Interno. ria! fotossensível, com a utilização de equipa-
Novembro de 1989 D!ÁRIO DO CONG~g NACIONAL (Seção U) Terçà-feíl)i" _7 6671

mente ótico apropriado, seguindo o processa- plina dos que exercem atividade profissional XIV- elaborar a previSão orçamentária da
mento normal e eletromecânico desse mate~ de fotógrafo profissional, nos termos desta Lei. receita e_ da despesa anual, foomdo os valores
rial para quaisquer fins. __ _ § 19 O Conselho Federal dos Fotógrafos dos jetons a serem pagos aos membros dos
Art 29 As profissões de fotógrafo profis- Profissionais será constituído de nove mem- Cciriselhos; e
sional e de técnico em fotografia compreen- bros, eleitos por maioria absoluta, em escru- XV- rt;:solver os casos. omissos.
dem o exerclclo habitual e remunerado das tínio secreto, pela Assembléia Geral dos Dele- Art 89 São atribuições dos Conselhos Re-
seguintes atividades: gados dos Conselhos Regionais. gionais:
r- produção de fotografia para quaisq!ler § :21' O Conselho Federal será instalado I - eleger sua diretoria;
fins· dentro de cento e oitenta dias a contar da II- registrar os prqfissionais habilitados de
11'- ensino de técnicas de fotografias; e data da publicação _desta Lei. acordo com a lei e expedir as respectivas car-
m- serviço de assessoria, organização e § 39 A Assembléia de instalação será pre- teiras profissionais;
orientação previstos no art. 32 desta Lei. .sidida por um representante do Ministério do m-:- acompanhar os auxiliares e aprendizes
Arl 3"' O exercício da profissão de fotó- Trabalho e constituída por delegados eleitores dos técnicos em fotografia e expedir carteiras
grafo profissional e de técnico em fotogfafia, das entidades representativaS da categoria especiais;
com as atribuições estabelecidas nesta Lei, profissiõhal dos fotógrafos profisSionais, de (\1- fiscal~r o exercício da profissão, apre-
só será permitido aos profissionais assim con- existência legal por rilais de um ano, eleitos ciando as reclamações e representações escri-
siderados: por voto secreto em assembléia das respec- tas, oferecidas _a seu conhecimento;
I-:.. fotógrafos profissionaiS diPlomados por tivas entidades. V- instaurar processo e impor multas e
escolas de nível superior, cujos cursos sejam § 49 Para a Assembléia de que trata o pa- penas de advertências, suspensão e cancela-
oficialmente reconhecidos; rágrafo anterioi, Cada entidade indicará três mento do registro profissional e__dos casos
II-técnicos em fotografia portadores de delegados eleitores, devidamente habilitados especiais, de acordo com os regulamentos
certificado de conclusão de curso té<:nico de para o exercido da profissão, inscritos nas res- aprovados, assegurando sempre o direito_ de
fotografia em nível de 29 grau" e de certificados, pectivas entídades de dass_e e no pleno gozo defesa do interessado;
mediante aprovação de currículo e carga horá- de seus direitos. _ - VI- propor ao· Conselho Federal as provi-
ria, ouvido o Conselho Federal de Educação; § 59 Onde não houver associação profis- dências necessárias à regularidade dos servi-
lli- diplomados por escola estrangeira que sional dos fotógrafos profissíonais, caberá ao ços e à fiscaliZação do exercício profissional;
hajam revalidados seus diplomas no Brasil, Conselho Féderal dispor a respeito. vn- eleger seus delegados para o Conse-
consoante estabelecido em lei; Art. 79 São atribuições do Conselho Fe- lho Federal;
[\/'-profissionais não diplomados que, na deral dos Fotógrafos Profissionais: vm ~aPresentar anualmente, ao Conselho
data da publicação desta Lei, tenham, na prá- l-representar' ·õs -fotógrafos profissionais Federal, as contas da gestão administrativa
tica da profissão, exercício por períOdo igual em caráter nacional, encaminhando as deci- do exercício financeiro _anterior;
ou superior a dois anos, observado o disposto sões dos Conselhos Regionais às Assembléias IX- elaborar a previsão orçamentária da
no art 33; --- 'dos Delegados Regionais; receita e da despesa anual; e
V- aqueles que, mesn::-o após a publicação I!- elaborar o código de ética profiSSional X- resolver os casos__omissos.
desta Lei, formarem-se pela prática, no exer- dos fotógrafos profisslonais, a ser aprovado Art. 99 Da dedsão dos Conselhos Regio-
cício de profissão, nos Estados onde não haja em Assembléia Gerãl dos Delegados dos Con- nais, caberá recurso, sem efeito suspensivo,
cursos, por período igual ou superior a dois selhos Regioriãis; no prazo de_ trinta dias, para o Conselho Fe- _
anos, quando então serão regulados c:;omo 111- organizar seu regimento interno, a ser dera!.
"provisionados" pelo Conselho Regional, me- aprovado pela Assembléia Geral dos Deleg;::;. Art. 1O. As penalidades a que se refere
diante avaliação de capacidade profissional, dos dos Conselhos Regionais; o inciso V do art. 89 serão graduadas conforme
ouvidos os sindicatos e associações profissio- IV- organizar os regulamentos que dispo~ à natureza da infração e de ac-ordo com as
nais da classe. rão sobre as especialidades técnicas dos fotó· conseqüências do ato sobre o exercício da
Art. 49 Os profissionais de que trata esta grafos profissionais e dos técnicos em fotogra- profissão.
Lei somente poderão exercer suas atividades, fia, dos auxiliares e aprendizes de técnicos em Art 11. Os inembros do Conselho Fede-
se devidamente inscritos nos Conselhos Re- fotografia, a serem aprovados na mesma for- ral e Regionais deverão ser brasileiros, e seus
gionais, a cuja jurisdição estejam subordina- ma dos itens anteriores; mandatos terão a dwação de três anos.
dos. V.-_eleger a sua diretoria; Art. 12. Os Conselhos Federal e Regio-
Parágrafo único. As atividades dos fotó- VI -aprovar os regimentos internos organi- nais serão administrados por uma diretoria
grafos profissionais, em empresas jornalísti- zados pelos Conselhos Regionais em conso- composta de presidente, vice-presidente, pri-
cas, são exdusivas de repórter fotográfico, na nância com o seu regimento interno; meiro-secretário, segundo-secretário, primei-
forma das disposições legais referentes ao VIl- dirimir dúvidas suscitadas pelos Con- ro-tesoureiro, segundo-tesoureiro e mais três
exercício da profissão de jornalista. selhos Regionais; conselheiros.
VIII- julgar, em última instância, os recur- Parágrafo único.- O presidente terã a repre-
CAPITULO II sos interpostos das decisões dos Conselhos
Dos Conselhos Federal e Regionais sentação legal do respectivo Conselho, caben-
Reg!ÔniUS;- - - do-lhe, além do voto normal, o voto de quali·
dos Fotógrafos Profissionais · IX- promover a instalação dos Conselhos dade, em caso de empate.
Art 5<~ É criado, na Capital da República, Regionais; Art. 13. A renda do Conselho Federal será
o Conselho Federal dos Fotógrafos Profissio- X- dispor sobre a organização e o fundo· constituída de 20% da renda bruta dos Conse-
nais, com jurisdição em todo o território nacio- nameoto de suas assembléias gerais, ordiná- lhos Regionais, além de doações, legados,
nal, e um Conselho Regional dos Fotógrafos rias e_ extraordinárias, e a dos Conselhos Re- subvenções e rendas patrimoniais eventuais.
Profissionais em cada Capltal de Esi:ãdo, nos gionais; ·
territórios e no Cistrito Federa], denominado XI- publicar, anualmente, a relação dos fo- Parágrafo único. Nos Estados, Territórios
segundo sua jurisdição, que abrange a respec- tógrafos profissionais inscritos; e no Distrito Federal, onde não forem instala-
tiva unidade da Federação. XII- aprovar, anualmente, as contas pró- dos os Conselhos Regionais, a fiscalização do
Art. 6<~ Os Conselhos Federal e Regionais prias e as dos Conselhos Regionais, encami- exercício profiSSional e os respectivos registras
ora instituídos constituirão, em seu _conjunto, nhando-as dentro dos prazas, legais à aprecia- referidos nesta Lei serão realizados pelo Con-
órgãos com personalidade jurídica de direito ção do_ Tril;:lunal de Contas da Onião; selho Regional mais próximo, a critério do
público e autonomia administrativa e finan- XIII- ftxar~ ;anualment_e, as -ªnuidades, ta- Conselho Federal.
ceira, destinados a zelar pela fiel observância xas, contribuições e emolumentos devidos pe- Art. 14. Constituem infrações praticadas
dos princípios da ética, da defesa e da disci- Jos fotógrafos profissionais; no exercício da profissão:
6672 Terçatfeira 7 Dlt\RIO DQ CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro de 1989

1- recusar a apresentação da carteira pro- a Justiça Eeitoral e mediante execução fiscal, Art. 25. A expedlção da carteira profissio~
fissionaL quando solldtada por quem de diM a cobrança das anuidades, taxas e emolumen- na! estará sujeita à cobrança de ~ que será
reit9; · ' tos previstos nesta lei. fuca_d~ pelo Conselhq Federal.
O-auxiliar ou facilitar, por qualquer meio; Art. 20. Aos Conselhos Federal e: Regio~
o exercido da profissão aos que estiverem nais compete representar junto às autoridades
CAPITULO UI
Disposiç6es Gerais
proibidos de e~ercê-la; - comPetentes, para fins de direito, nos _casos
III- revelar improbidade profissional; de: Art. 26. Todos os trabalhos fotográficos
IV- prejudicar os interesses confiados a 1- exercício ilegal da profissão de fotógrafo produzidos deverão conter obrigatoriamente
seus cuidados; profissional; o nome e o número da inscrição no Conselho
V- violar o sigilo profissional; n...:.:.. questões relativas ao direito autoral de Regional do Profissional que os executou.
VI- exercer concorrência desleal; e trabaJhos fotográficos. Parágrafo único. Os trabalhos fotográficos
VIl- deixar de pagar taxas, contribuições, Parágrafo único. AO Conselho Federal produzidos por empresa legalmente habilitada
anuidades ou emolumentos devidos aos ór· compete: deverão, também, conter a razão social ou
gãos representativos da classe. - 1- estabelecer normas reguladoras da en- o nome de fantasia e sede do estabelecirneilto.
§ 19 Sem prejuízo da responsabilidade trada de fotografias produzidas no estrangeiro Art. 27. Ao fotógrafo profissional será ve~
criri-lina1 e civil, essas infrações serão objeto no mercado profissional do País; dada fazer executar serviços profissionais por
de processo a ser instaurado pelos Conselhos II- obter das autoridades competentes terceiros que não estejam habilitados na forma
Regionais de fotógrafos profissionais. medidas acauteladoras visando à proteçãb' do desta lei.
§ 2~ Em caso de reincidência, serão apliM exercício profissional do fotógrafo profissional Art. 28. Os fotógrãfõs profissionais serão
cadas as penalidades mais graves de confo~:­ brasileiro, no País e no estrangeiro; civil e criminalmente responsáVeiS pelos seus
mldade com o item V do art. 81. lU- buscar instrumentos que permitam, li- serviços profissionais e pelos serviços ex~q.~­
Arl 15. As rendas dos Conselhos Regio- vres de impostos, a importação de equipa- tados JX>r seus prepostos.
nais seÍ'ão -constituídas de anuidade, ~~s. mentos e materiais especializados necessários Parágrafo único. Aos fotógrafos profissio-
emolumentos, doações, legados, subvenções ao exercício da profissão. nais não caberá, porém, nenhuma responsa-
e rendas patrimoniais' eventuais~ Art 21. Para_ e[~ito de inscrição nos qua- bilidade, exceto a de qualidade, pelo uso qué
§ 1" b fotógrafo pagará ao Conselho Re- dros do Conselho Regional, o candidato deve- venha a ser dado ao seu trabalho, por seu
gional de sua jurisdição, até o último dia de rá fazê-lo por escrito com os seguintes docu- empregador ou por terceiros.
março de Cada ano, uma anuidade cujo valor mentos~ Art. 29. Toda fotografia publicada com fi-
será estabelecido 'pelo Conselho f:ederal. 1- carteira de identidade; nalidade noticiosa ou de ilustração, por qual-
§ 2'1 A imuidade de -Que trata o parágrafo II- número do CIC ou CQC; quer pessoa física ou jurídica, deverá conter,
anteder ficará sujeita à incidência de juros e III- prova de quitação com o seMço mili- em seu respectivo texto, o nome e o número
correção monetária, quando seu pagamento tar, se da sexo masculino; de inscrição, no Conselho Regional do proftS-
for efetuado fora do prazo. IV -titulo de eleitor; slonal que a executou.
§ 3' A taxa de incdção, Cobradã dos pro- V__::_ comprovação do enquadramento no Art. 30. Toda pessoa físiCa ou jurídica é
fissionais que requererem seu registro nos res- disposto no párágrafo único do art. 1o e nos obrigada a pagar os direitos autorais ao fotó-
pectivos Conselhos Regionais, será de cin- incisos I, 11, IV e V do art. 39 desta lei. grafo profissional que prpduzir fotografias,
qüenta por cento do valor correspondente a sempre que essas forem repassadas ou nego-
uma anuidade. "§ f"' Para os estrangeiros serão dispen-
ciadas, ou seus direitos cedidos, no País e
§ 49 As empresas que executem serviços sadas as exigências contidas nos incisos III no estrangeiro, qualquer que seja a condição
profLSSionais de fotografia, inclusive as que ex- e IV deste artigo, exigida, porém, a prova de profissional a que o autor esteja subordinado.
plorem serviços de processamento automá- permanência legal no País. Art. 31. O fo-tógrafo profissional legal-
tico ou manual, bem como as de fotoacaba- Art. 22. Os Conselhos Regiomtis expedi-
mente habilitado, no exercício das suas ativi-
mento de fotografia, ficarão obrigadas a reco_- rão as respectivas carteiras profiSsionàls, ob- dades, somente será responsável, na forma
lher ao Conselho Regional de sua jurisdição SelValldo a ordem numérica crescente da ins- desta lei, por um único estabelecimento ou
uma anuidade que será estabelecida pelo crição. em empresas produtora de fotoarafias.
Conselho Federal. Art ·23. : Na carteifa prOfissional dos fotó-
Arl 16. As empresas que tiverem por ob- grafos profissionais, constarão os seguintes Art. 32. Nas empresaS pÚbíicãs. ou Priva-
jetivo a realização_ de serviços fotográficos de dados: das, os projetas ou trabalhos que envolvam
qualquer natureza deverão provar aos Conse- -f:::... riome por extenso; produção de fotografia'S deverão ter um profis-
lhos Regionais respectivos que essas ativifla- D-filiação; sional devidamente registrado para coordenar
des· são executadas por profissionais habili- m- data ê'Jocal de nascimento; e/ ou executar os referidos projetas.
tados e registrados. IV- número de inscrição; Art. 33. _ Os fotógrafOs profiSsionais que,
Arl 17. Os serviços fotográficos de qual- V-local da sua atiVidade; e na data da vigência desta lei, estiverem no
quer natureza, realizados em empresas públi- V[- fotografia e assinatura. exercido da profissãO, serão inscrJtos nos
cas, bem como nos serviços públicos federal, § 19 A carteira profissional constitUirá do- Conselhqs Regionais. desde que o requeiram,
estadual e municipaJ, deverão ser executados cumento de identificaçãO e Será válida perante no prazo de trezentos e sessenta dias, me-
por profissionais, e sua supeMsão será reali- qualquer autoridade pública, em todo o territó- diante provas do exercício da atMd~de por
zada por profissional legalmente habilitado. rio n-acional. período igual ou superior a dois anos, como
Art. 18. Os Conselhos Regionais, através --- § 2-o Na carteira profissional poderão ocupação preponderante e principal meio de
de suas diretorias, prestarão contas ao Conse- constar observações ieferentes ao exercício sustento, e declaração da entidade_ sindical on-
lho Federal até o último dia de abril de cada da profissão do seu portador, inclusive proibi~ de seja filiado. ·
ano. ções e impedimentos. § 1o Para efeito da inscrição de que trata
Parágrafo único-. ---o COriseJho FederêÍl sub- Art. 24. Os- casoS de transferência do o capiit deste artigo, os- candidatos deverão
meterá ao plePlário dos representantes dos exercício regular da profissão, de uma zona apresentar, entre outros, os seguintes docu-
C~lhos Regionais, até o dia 30 de junho de juriSdição de Conselho Regional para outra, mentos:
de cada ano, a prestação de suas contas e ou o exercício regular da profissão em mais I - para os profissionais subordinados à re-
as homologações das contas apresentadas de um Estado da Fed~ração, dependerão da lação de emprego, carteifa de trabalho devida-
pelos Conselhos Regionais. . _- autorii_ãção expressa dos Conselhos Regio- mente anotada pelo empregador;·
Art. 19.. Os Conselhos Regionais phde- nais envolvidos, e serão anotados na carteira TI- para os furicionár!os públicos, ce-rtifiw
rão, por seus procuradores, promover, perante profissional cada da repartição competente;
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Terça-feira 7 6673

m- para o profisSional autônorno: (férmino do prazo da Coi-nissão do outubro passado, inclusive para as demais
a) certificado da prefeitura municipal; e Distrito Federal para apresentação do re- matérias do Distrito Federal.
b} prova de pagamento da contnbuição latório - 2-11-89). Não só na própria Administração dõ Distrito
previdenciária; Federal diversos setores funcionaram naque"le
ry- para o reporter fotográfico, a carteira Sobre a fnesa, requerimento que será lido dia, como também o Tribunal de Justtça do
profLSSional de Jornalismo; pelo Sr. J9 Secretário. _ Distrito Federal e T ernlórios, onde todos os
V- para as empresas de prestação de ser- É lido o seguinte prazos correram sem qualquer anormalidade.
viços fotográficos: Em conclusão, entende-se que, não haven-
a) prova de registro de fuina na Junta Co~ _REQUERIMENTO N• 597, DE 19.89 do o Governador do Distrito Fe.P_~?ral vetado
merda!; O Projeto de Lei do Distrito Federal n~ 54, ou sancionado o PrOjeto de LeLdO DiStiifu
b) contrato social no qual é explicitamente de 1989, foi aprovado por esta Casa em 20 Federal no 54, de 1989, dentro do prazo que
citado o responsável técnico profissional; e de setem_b_rp último, tendo seus autógrafos lhe foi conferido, é indubitável que seu silêncio
c) registro na Fazenda Fedeial. sido recebidos pelo Governador do Distrito importou em sanção, razão pela qual requere-
§ 29 Os fotógrafos profissioraais que, à da- Federal em 22 de setembro passado, que dis- mos ao Plenário_desta Casa, com amparo no
ta da publicação desta lei, não lograrem ioscri· punha de 15 dias úteis paravetá-lo.ou sancio- disposto no art. 215 do Regimento Interno
ção, por carência de tempo de serviço, serão ná-lo, nos termos do arl _1 O, § }9, da Resolução do Senado Federal, que a matéria em análise
inscritos como "provisionados", à exceção n• 157, de 1988, deSta Casa. · · seja promulgada pelo seu Presidente ou Vic.e-
dos titulares de empresas, até que completem Ocorre que o GoVernador do Distrito Fede- Presidente, na forma do que determina_ o art
dois anos de servl~o profissional. ral decidiu manifestar seu velo total aq referido 10, §§ 3• e 12 da Resolução n• 157, de 1988,
Art 34. ,. Para os·efeitos desta lei, não terão
validade os "certificados" e "diplomas" expe-
projetoem ~17 de outubro último, ,por inter- desta Casa.
Sala das Sessões, 6 de novembro de 1989.
_
médio da remessa ao Senado Federal da Men-
did0s por cursos resumidos, simplificados, in- sagem_ n? 103/89, deixando, portanto, trans- - Senadár- MaUriciO -corrêa. -
tensivos, d~rtas, por correspondência, ou correr os 15 dias úteis a ele facultado, somente
avulsos. o fazendo no 16• dia, quando já lhe e~a defeso O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Parágrafo único. Caberá ao Cólf5élh0 Fe- sancionar óu· ines mó vetar a _proposição em -A proposição vai ao exame da Presidência,
deral dos Fotógrafos Profissionais, ouvido o que dará a sua deliberação na sessão de ama~
apreço. .. nhã. ·
Conselho Federal de Educaç~o,_ a avaliação_ A pefda do prazo por parte--do Chefe do
dos cursos de fotografia, para os efeitos do ExecutivO locãl deveu~se a·enfendimento equi- O Sr. Mauro Benevides- Sr. Presidente,
disposto no art. 3 9 , incisos I e 11, da presente vocado quanto à comemoração do_ feriado de -_peço a pala~ pela ordem.
Lei. 12 de outubro- Dia de Nossa Senhora da O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
· Art. 35. A duração normal da jornada de Aparecida, p_adfq~ira do Brasil e de BrasJlia. -~Concedo a palavra ao nobre Senadoi- Mau-
trabalho do fotógrafo profissiõhal .~ de dnco Antecipada nacionalmente a comemoração ro Benevides.
horas diárias ou trinta horas séniãriais. para a segunda-feira da mesma semana em
§ 19 A aposentadoria por tempo de servi- que caiu o referido feriado, na forma do que
ço do fotógrafo profissional é aos Yinte e·dnco O SR. MAURO BENEVIDES F(PMDB-
dispõe a Lei n? 7 .320, de ffi85, houve por CE. Pela ordem. Sem revis;ão do orador.) -
anos, prestados ininterruptamente, ou aos cin- bem o Governador do Distrito Federal esten- --Sr. Presidente, V. Ex"., avocando, como o faz,
qüenta e cinco anos de id<:!.de, devido à pertcu- 'der a sua comemoração também ao dia 12, o exame des_ta matéria, configurada a omissão
losidade e risco de vida. uma quinta-feira, não considerando, por con- se fosse o caso, do Governador do Distrito
§ 29 O trabalho preStado além da limita- seguinte, esse dia como sendo útil para a con- Federal, caberia a V. Ex!'., nos termos do que
ção diária prevista neste artigo será conside- tagem do prazo para o veto ou sanção do estabelecem a .Constituição e a Resolução n9
rado extraordinário, aplicando-se-lhe o dispos- citado projeto de lei. . 157, promulgar o referido diploma legal. Per-
to nos arts. 59 e 61 da Consolid~ção (las Leis Numa primeira análiSe, pode_-se afirmar, mita-me, Sr. Presidente, coma-aUtoridade de
do Trabalho. com convicção, ter o Qpvernador do Distrito quem.a,pofou a redaçãQoriginal, favorecendo
Art 36. A atividade de_ fotógrafo profissio- Federal descumprido a mencionc;~.da Lei n~ essa categoria de servidores, no caso os assis-
nal é considerada insalubre. _ · 7-.-320, de 1985, que dispõe sobre a comemo- tentes jurídicos, com o enquadramento e me·
Art. 37. É incluída, no Quadro de Ativida- ração de feriados, quer seja no âmbito federal, lhoria salarial expressiva, permita-nie lembrar
des e Profissões, a que se refere o art. 577 estadual ou iTúmicipal. Somente por interiné· que o dia 12 de outubro; referenciado nã-~o­
da Consolidação das Leis do Trabalho, apro- di o da autorização de uma norma ..d~. pelo _sição do ~mir:1ente S_~nador Maurício Cq_rrêa,
vada pelo Decreto-Lei n~ 5.452, de lo de maio menos, o mesmo nível hierárquíco, Ou seja, foi considerado feiiaâo em Brasília. As repar-
de 1943, como categoriá diferenciada, a ativi- uma outra lel federal, seria lícito comemorar tições ligadas ao GDF não funcionaram nessa
dade profissional-de fotógrafo autônomo. um feriado não eX:Cefuaao pela própria Lei data e, conseqüentemente, o expediente do
Art. 38. O Poder Executivo regulamenta- n9 7.320, de 1985, em outro dia que não fosse Palácio do Buriti também não se realizou, em
rá esta lei no prazo de sessenta dias a contar a segunda-feira. função de uma tradição existente em Brasília,
da sua publicação, __ __ Por outro lado, considerando que queffi fãz e até agora respeitadã lndiscrepantemente por
Art. 39. Esta Lei entra ern vigor na data as vezes de Câmara Distrital é o Senado Fede- todos os governadores.
de sua publicação. ·ral, órgão do Poder Legislativo da União, não SolíCito pcirtantô;a V: Ex.•; leVe em conside-
Art. 40. Revogam-se as <;iisposições em poderiam ser adotados_critérios díspares para ração esse- fato, quando, no dia de amanhã_,
contrário, a contagem de prazo comum a esta Casa e V. Ex~ tiver que decidir e fazer a respectiva
ao Governo do Distrito Federa), muito· menos comunicação ao Plenário do Senado Federal.
O SR. PRESIDEN1E (Nelson Carneiro) ser aceita a prevalência da vontade de um Orã, se o Goverriador, até aqui, tEim respE:-itado
-Item 27: dos Poderes de uma Unidade da Federação riQorosamente todos os prazos estabelecidos
sobre um Podet_d_a _(Jnjã_g_.__a teor da mens j)ela ResolUÇão n~ 157.. não teria sentido que,
Discussão, em nlmo único, do veto to- fegls do art. 24, § 3", da Constituição Federal, ao decidir pela- aposição de um veto, S. Ex'
tal aposto ao Projeto de Lei do. DF no que somente permite o exercido da compe- fosse ultrapassar aque_le préizo qüe Iegãlmente
,54, de 1989, que reestrutura a categoria tência legislativa plena estadual, para atender lhe fora conferido. -
funcional de Assistente Jurídico do Plano - a suas peculiaridades, na inexistência de lei Portanto, estávamos, de fato, _diante da si·
de Ciassifkação de Cargos ·de que trata. federal sobre normas gerais. multaneidade de um fei'iado_ co_m o inesmc
a Lei n~ 5.920, de 1973, fJXa sua retribui- Note-se, ainda, que os prazos no Senado objetivo, ou seja, foi assegurada a sua _anteci
ção, e dá outras providências. Federal correram normalmente no dia 12 de pação para segunda-feira pelo_Governo Fede
6674 Terça-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro de 1989

ral e mantido na sua data cronológica em Bra- Aracaju, a cargo da professora Vera Lúcia Sa- novos !.fleologismos, como também, expres-
sília, exatamente por ser a data dedicada à lles. da Universidade do Maranhão,*sobre a sões populares, principalmente o modo de fa·
Santa Padreíeira da cidade, à protetora desta figura de João Ribeiro. A ilustre catedrática lar brasileiro. ·
cidade. Nãp fosse este fato, o caso não teria é, na verdade, a melhor pessoa para falar sobre Mas foi corno jornalista cjentífico que o i1us-
ganho un;t dimensionamento de relevância João Ribeiro, pois defendeu, no curso de mes- tre sergipano mais se destacou e ficou conhe-
que justificasse a caracterização da perda de trado que fez na Universidade de São Paulo, cido. A tese da professora Vera Lúcia Salles
prazo pa~ aposição do veto por parte do Sr. tese a respeito do insigne sergipano, como versa justamente sobre essa atividade intelec-
Governador Joaquim Roriz. jornalista_cientifico. tua1. Falando sobre esse trabalho, o jornalista
Solicito, pofs, a V. Ex' se debruce sobre essa -João Ribeiro nasceu a 24 de junho de 1860 Demócrito Moura ressaltou a profunidade e
situação de fato e, ao extemar-amanhã o seu no município sergipario de Laranjeiras, com seriedade da confefencista: "Na Universidade
ponto de vista, e através dele a sua posição, o nome de João Baptista Ribeiio de Andrade de São Paulo, a professora Vera LÚcia Salles
não venhamos aqui a apenar o Governador Fernandes. Rea1izou seus estudos secundários de Oliveira Santos teve oportunidade de apre-
ou o próprio GDF com uma decisão que, se em Aracaju, até 1980, e, no ano seguinte, via- sentar, em 1981, à Escola de ComUnicação
adotada. signficaria a validade d~ um projeto jou pa!a o Rio de Janeiro, onde prestou exa- e Artes (ECA) uma valiosa e bem documen-
que, segundo o Governador, fugiria aos pa- mes para a cátedra de Português e História tada dissertação de mestrado sob o título João
drões de remuneração atribuída aos demais no f.arnoso e conceituado Colégio Pedro II, Ribeiro como jornalista científico no Brasil. Pa~
servidores do GDF. (Muito bem!) sendo aprovado. Ingressou na Faculdade de ra desenvolver e fundamentar a dissertação,
Direito do Rio de Janeiro, graduando-se em a professora da ECA concentrou suas investi~
O Sr. Jarbas Passarinho -Sr. Presiden- Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1894. gações no período que se estendeu de 1895
te, peço a palavra pela ordem. Com o propósito de alargar seus conhecimen- a 1934".
O SR. PRESIDEN1E (Nelson Carneiro) tos, resolveu conhecer o Velho Mundo, embar- Pode-se _dizer que João Ribeiro foi, no Pais,
- Concedo a palavra ao nobre Senador Jar~ cando para lá em 1985, visitando vários países, o pioneiro do jornalismo científico, divulgando
bas Passarinho. Itália, França, Inglaterra, Alemanha. Preparou as descobertas de Pasteur, Einstein, Max
e editou, então, em Berlim, a revista "O Novo Plank, Kammeres, KoC:h, Bhor e também de
O SR. JARBAS PASSARINHO (PDS- Mundo", em português. Voltimdo ao Brasil, brasileiros, como Carlos Chagas, Oswaldo
PA Pela ordem.) - Sr. Presidente; V. Ex~ já depois de seu périplo europeu, onde realmen- Cruz, Nina Rodrigues. Iilcentivou, com sua
tomou a decisão de fazer o exame pela Mesa te aprofundou seu conhecimento no que havia produção joma1ística, a fundação de grandes
'Diretora desse requerimento do nobre Sena- de mais avançado nas ciências humanas e institut9s de ciência, como Manguinhos, Bu-
dor Maurício Corrêa. Apenas ouvi a leitura mui~ exalas da época, ilustrando mais ainda sua tantã _e Biológico. Conviveu com os_ maiores
to rapidamente e a mim me chamou a atenção esclarecida mente e ampliando sua percepção lumiilares da ciência no Brasil no primeiro
o fato de que ora se argumenta com o Senado do mundo, João Ribeiro participou na Capital quartel deste século: _Pandiá Ca1ógeras, Erru1io
Federal, ora se argumenta com a Câmara do .da República, da vida científica e literária brasi- Goeldi, Vital Brasil, Adolfo Lutz, Miguel couto,
Distrito Fede'ral. Passamos a ser os Deputados leira, quando teve oportunidade de conviver mantendo com os mesmos um intercâmbio
Distritais. com'os mais notáveis talentos do fim do sécu- constante de idéias e pensamentos.
Como Assembléia Distrital, realmente, no lo dezenove em nosso Pafs. Coroando a sua O completo domínio da Lingua Portuguesa,
dia 12 de outubro, o Senado não poderia fun- posição de vangul!lrda nos meios intelectuais, grande filólogo que era, aliado ao profundo
cionar, não teria cabimento. Nós funcionamos João Ribeiro foi eleito, em 1898, para -uma conhecimento 9a ciência de então, ensejaram
aqui, porque era Senado Federal, com matéria vaga na Academia Brasileira de Letras. a João Ribeiro se exprimir, em seus artigos
federal. Então, o fato de --matéria federal ter Novamente empreendeu, em 1901, viagem joma1isticos, com grande naturalidade e dare-.
tido seqüência, não implica, necessariamente, de estudos à Europa e decidiu, após retomo za, tornando~os plenamente acessíveis ao
na minha pobre opinião, caracterizar que tam~ aO Rio de Janeiro, residir na Suíça em 1913. grande público. Isto contribuiu_ para a demo-
bém deverá ter seqO.ência qualquer assunto Com a deflagração da Primeira Guerra' Mun· cratização do saber, pois exatamente a sua
pertinente ao Distrito Federal, como tal. dia1, em 1914, João Ribeiro _viu-se obrigado preocupação maior era divulgar ao máximo
É a observação que gostaria de transmitir a voJtar para o Brasil. Em 1927, foi eleito presi- a ciência entre o nosso povo. E pode-se ima-
a V. Ex', convencido, entretanto, que ninguém dente da Academia Brasileira de Letras. Mor- ginar o seu imenso trabalho num país em
melhor do que V. Ex- dará uma solução justa reu no Rio de Janeiro a 13 de abril de 1934. que a maioria da populaçã·o era analfabeta. •
ao problema. A Uvraria Agir Editora lançou em 1960, na O seu jomalisino científico abarcou prã.tica-
Muito obrigado. (Muito bem! Palmas.} sua coleção "Nossos Clássicos", um Volume mente todos o~ r.amos do saber e o avanço
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) sobre sua vida e obra, de autoria do escritor mundial das ciências naturais e humanas: bo-
-Muito obrigado a V. Ex' Múdo Leão, da Academia Brasileira de Letras. tânica, zoologia, bioquímica, medicina, lin-
A Presidência convoca sessão conjunta do João Ribeiro foi grande jornalista, escritor, guística, filologia, etimologia, antropologia, fi~
Congresso Nacional a realizar~se amanhã, às filólogo e historiador. No jornalismo mostrou Iosofia, história, psicologia e sociologia. De-
18 horas e 30 minutOs,-riO-plenário da Câmara toda a sua versatilidade, como nos conta em senvolveu relevante papel na divulgação, atra-
dos Deputados, destinada à apreciação de sua tese a professora Vera Lúcia SaU~: vés de jornais diários, de todo esse 5?ber teó-
projetas de lei do COngreSso Nacional. rico e-prático, estimu1ando-o no seio-da cqmu.
"Na c_ondição de jornalista, (João Ribei· nidade cientffica nacional, e ainda entre as di-
O SR. PRESIDENTE (Nelson Cameiro) ro) não escreveu apenas artigos divulgan~ versas camadas da População. Escreveu para
-Concedo a palavra i o nobre Senador FranM do teorias e acontecimentos cientffícos, jornais do Rio e_ de São Paulo: O Imparcial,_
cisco Rollemberg. -mas sua prodUção foi bem variada e se a Jornal, Jornal do Brasil, o ComérciO de São
O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG _manifestou sob as mais diversas formas: Paulo, O Dia.
(PMDB -SE. Pronuncia o seguinte discurso.) crônicas, críticas literárias e ensaios." Continuando, Sr. Presidente, diremos, co-
-Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sergipe or- mo ajorna1ista Vera Lúcia Salles, sobre o nos-
gu1ha-se de ter contribuído, ao longo de sua Como historiador, João Ribeiro pontificou so conterrâneo João Ribeiro: "Ele não se con-
história, com talentosos nomes para a forma- coni profundos trabalhos e com sua contri- tentava em guardar só para si, mas procurava
ção da cultura nacional, enriquecendo-a so- buição de professor de História. Deixou publi- transmiti-Ia, cumprindo sua função de· comu-
bremaneira. Pontuam personalidades como cada a sua ''História do Brasil", em 1900, obra nicador". João Ribeiro é daqueles talentos que
Tobias Barreto, Sílvio Romero, Gilberto Ama- nacionalmente reconhecida de grande valor. engr~ndece e ilumina a sua época e o meio
do, João Ribeiro. Ainda agora, a secção sergi· No campo da fllologia, publícou, em 1886, em que viveu. Soube, como ninguém, inter-
pana da Sociedade Brasileira para o Progresso a "Gramática Portuguesa" que, entre outros pretar fielmente aquele momento de expansão
da Ciência (SBPC) promoveu conferência em niéritõS, incorporou à nossa língua, não só e desenvolvimento das ciências, ocorrido no
Novembro de 1989 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) TétÇa-feira 7 6615
último quàrtel do século passado e o primeiro Horilem- de cUltura humanística, foi aluli.o encerra os trabalhos,_ designando para a ses--
deste, e traduzi-lo em termos inteligíveis para do tradLciona'l Se_min~rlo· da Prainha, ali alic~r­ são ordinária (]e_ ~manh~ a seguinte
o grande público. Marcou o seu tempo e sua çando os seus conhecimentos abalizados, que
geração. o projetaram para um brilhante curso univer-
João Ribeiro foi um das maiores polígrafos sitário, findO o ·qual se dedicou ao magistério ORDEM DO DIA
da cultura brasileira. Espirita dos mais cultos, e àS lides advocacionals.
talento multiforme deixou para nossa cultura Tendo, dentre outros, co_mo companheiro
~l-
uma rica contribuição tão ampla quanto varia- em movimentado escritório o saudoso Jo_s_é_
da. Foi pi"O$ador, poeta, filólogo, historiador, Maitins Rodàgues, o-Dr.J_osé lbiapina especia- PRoJETO DE DECRETO
pedagogo, t::rítico literário, folclorista, em tudo lizou-se em Direito __ Cfvll e Comercial, patro- LEGISLATIVO N• 36, DE ~1989
deixando a marca de sua curiosidade intelec- <::inou ca-usas, inclusive em Tribunal SuperiO- - (i~Cluído -em Ordem =elo Dia, nos
tual e de homem atualizado no seu tempo. res, perante· õS Quais era convidado a sustentar termos do art. 353;-paragrafo úilico;·-
Como filólOgo e Qramático sua obra em as teses que Sempre -s_oub~_ defender com ar- do Regimento lntemo)
conjunto reflete um analista sensível e reno- gúcia e sapiência.
vador capaz de se interesar tanto pelos fatos Docente de Direito Internacional Público, Discussão, em turno úni<::o, do projeto De-
da Jíngua escrita como da falada. Nesse cam- transformava as suas aulas em fascinante de- creto Legislativo_n9 36; d~ 1989 (il9_11:2/8_9,
po deixOu-nos "Estudos FiiológíC:os" (1885), bates que embeveciam os seuS _alunos, entre na Câmara dos Deputados), que aprova o ato
a "Gramática Portug'uesa" (1889), e- "Frases os quats teve o privilégio_de ver-me incluído, que renova a coocessãg_outorgada ª_Rádio
Feitas"(19a8) e··um comPêhdio escolar, dida·- nos idos de 1951. Imperatriz Soci_eda~e Ltda., para explorar ser-
ticamente bem renovador- "A Língua Nacto- Ardoroso defensor dos ideiais cooperativis- viço de radiodif1.,1sáo sonora em onda rné<:!.ia,
nal" (1921). a
tas, fundou, em 1949", Cooperativa de Cré- na· Cidade de Imperatriz, Estado do ~ranhão,
Como historiador mercê de sua_<:_apaddade .dito do COrilércio e_ro"pular Ltda., ao lado de tendo
de síntese interpretativa e do se_u ~stilo fluente ClóviS Arrais Mata, Abí1io Vieira de Melo, Carlos PARECER PRELIMINAR, por pedido de dHi-
e agradável seus livros: História do Brasil Eduardo BeneYides, Felipe Franklin de Uma g~~Si~--~ " - -~- - - - - . ----
(1900) e História Oniversál (1918) alcançaram e~airnun9o Valmir éavalcante Ch,agas, pOriti-
grande penetração escolar. ficando. entre diretorés e o _quadro de associa- -2-
Sua obra crítica cobre um período de quase dos como defensor de uma política de taxas PROJETO DE LEI DO DF N• 59, DE 1989~
quarenta anos, desde Machado .de Assis, Uma justas, que não asfiXiasse os tomadores de
Barreto chegando inclusive ao~ modernos _cQ- empr"éstim~s. · · - · · (Incluído em Ordem do Dia, nos
mo José Uns do Rego,- Mãnu~l a~ndei.ra _e Casado com D. Neide Siqueira, o extinto termos do art. 4 9,in fine, da
Carlos Drummond de Andrade. - Resolução n? 157, de 1988)
teve dois filhos, Dr. José lbiapina Siqueira Jú-
Foi um dos primeiros autores a se interess_ar nior - diretor ~eg!onal do Se_nac e advogado Votação, em tumo único, do Projeto de lei
pelo Folclore, deixando-nos nesse campo, "O com larga militância for'erise- e Sílvia: Helena do DF n"' 59, de 1_989, de inlcij!fiva do Oove_r-
Elemento Negro" (1937) e as "Frases Feitas" Frota Caldas, c~ada com o engenheiro Fran· nador do Distrito Federal, q!Jf dispõe _sobre
(1908). <::isco Frota Cald.as, um dos líderes da constru- a regularização ou desconstituiç:ão.de parcela-
Um homem que acumulou os conneclmen- ção civil RO Ceará mentos urbanos implantados no território do
tos mais atua\izados e· significativos de sua · Erilboia-afastado de suas atlvidades profis- Distrito Federal sob a forma de .loteamentos
época, mas que, principalmente, tev-e·sempre - sionaíS, freqüentava, mesmo aos 80 anos, o ou condoinínios de fato tepdp .
a preocupação de compartilhar esse saber, seu escritório de trabalho, situado nO Palácio PARECER FAVORÁVIl.L, proferido em pie~
-de maneira clara e objetiva com seus ·contem- do Coméó:io, entregue aos dois filhos, que nário.
porâneos. --?rientam os seus sêtõres jurídic:o e-írilôbiliário.
Assim, sobre essa personalidade poliédrica Possuidor de uma_ conduta é~ca irfepreei1- ""3-
de João Ribeiro, que apresentou tantos ângu- sível, fbiapina SiqUeirã é sempre apOntado co- PROJETO DE LEI QO DF n• 69, de 1989
los notáveis de contribuição à nossa cultura, mo paradigma-de noss~. mercê de sUa - (Em- regime- de·urgência, nos terlnos do
gostaria de enfatizar sel:l caráter de p~dagogo, <::ompetência e_ correçâo no cuinprimentd das ~rt 3_36,_ -c; i:_l~_~egJme_!l!9 ln~f!_l_C?)_
por yocação e ternpe~arnento, que tanto <::on- tarefas cometidas pela seledõnada clientela
a que Serviu, na defesa de interesses reconhe- Votação, em turno único; do Projeto_de Lei
tribuiu para urna orientação mais liberal e do DF n9 69, de 1989, de iniciativa da Comis-
atualizada em nossa educaÇão. cidamente legitimas. _
··çol}1o ~~é!luno do Profe5sor-JOSé lliiapina são do Distrító Federal, que. autoriZa a desafe-
Cabe asSlnaJar que este pronunciaritento é Siqueira e seu amigo pessoa!, rendo, desta -
tação de domínio de bens de u&a _comum
urrtahomenagem aos tinqüenta e cinco anos tribuna, o preito de minha homenagem à sua do povo, dentro dos limites territoriais do Dis-
transcOrridos do falecimento desse insigne trito Federal, tendo
memória imperecivel, que será cultuada reve-
sergipano, que deixou seu nome <::onsagrado rentemente_ pela atual geração e as porvin- nário. PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple-
na cultura brasileira. ·
douras.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Srs.
Senadores. O SR. PRESIDEI'ITE (Nelson Carneiro) -4-
- Não há ma,is orado_res inscritos. PROJETO DE RESOLUÇÃO N• 8!, de 1989
O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro) A Presidência aproveita" a oportunidade para (Em regime de urgência,_ n9s termos do
-Concedo a palavra ao nobre Senador Mau- saudar as qianças e as professoras que as
ro Benevides. · art. 336; c,. do Reg~ento Interno)
trazem para o convívio com o mundo político·
brasileiro, aqui representado pelos Senadores Votação, em tiJ.rrio 6nico:· do Projeto de Re-
O SR. MAURO BEI'IEVIDES (PMDB - ora er:n plenário, e externa o desejo que sejam, solução n9 81, de f989, que autoriza o Gover~
CE:-Pronunda o ·se Q-uinte dis<::urso.) -Sr. Pre-, no futuro, bons é dedicados cidadãos da Pá- no do Ceará-a emitir Letras Financeiras do
sidente, Srs. Senadores, no final do mês de tria, pedindo para que esse exemplo se.multi- Tesouro do Estado (LFfE:CE), em montante
outubro passado, faleceu em Fo'rtaleza o pro- plique em todo o Distrito Federal e em todo equivalente ao valor das_ :L839.913 Obriga-
'fessor José lbiapina Siqueira, figura de mar- o País. (Palmas.) ções dõ Tesouro do Estado do Ceará (OTCE)
cante relevo em nossos círculos ju_ridicos, ad- que serão substituídas e extintas, tendo
vogado de renome e ca~dtá_tl_cp __ i!posentado O SR. PRESIDENTE (Nelson Catneiro) PARECER FAVORÁVEL. prolerldo em ple-
da Faculdade de Direito do Ceará. -Nada mais havendo a tratar, a Presidência náriO.
6676 Terça-feira 7 DiÁRIO DOCONGRESSO_NAOONAL (Seção ll) . . . . .de 1989
Novembro

- 5 - porte de presos e d6 outras providências, ten- --de Assuntos Econômicos, favorável às


do Emendas de n9s 1 a 3, de Plenário, nos terrtlos
PROJETO DE RESOLUÇAO PARECER, sob n• 97, de 1989, da_ Comissão de substitutiyo que oferece. ·
9
N 82, DE 1989 -de ConstJ'tqiçào, JustlçéJ _e Cidadania, pela
(Em regime de urgência, nôs termos do cciõstituCJonalidãde e juridicidade. -16-
art. 336, C; dO Regimento Interno)
-11- Votaçãa, em turno único, do Requerimento
Votação, em tumo único, do Projeto de Re- ri' 566. de 1989, de autoria do Senador Dirceu
solução n~ 82, cfeTga-9, que autoriza 0 Gover- VOfaçaõ; em tuino único, do Pf?jeto de Lei Cãrneiro, solicitando, nos termos regimentais,
no do Estado do Rio de Janeiro a elevar, ex- do Senado n~ 91, de 1989 (Compleínentar), ~nham _tramitação conjunta os Projetos de
cepcional e temporariamente seu limite de en- de autoria do Senador Joáo Menezes e outros Lei do Senado n•s 176, 178, 200, 211, 236
d.iVidamento, para emissão dos títulos que Senhores Senadores, que ·estabelece, nos ter- e 237, de 1989, dos _Senadores NelSon car-
menciona, tendo mos do § _92_ do ait 14 da Constituição_, de neiro, Jutahy Magalhães, António Luiz Maya,
PARECER FAVOAAVEL, pi-OferidO em -pie-. ----5âe outubro dé 1988, prazo para desincçm- Francisco Rollemberg, Dirceu Carneiro e .José
nário. pãtibllliãÇ;!:iOOe Ministros de ~do, tendo Fogaça, respectivamente, que dispõe sobre
PARECER, sob n• 139, de 1989, da Co- a política para o setor agropecuárlo. -- --
-6- missão
PROJETO DE RESOLUÇÃO N• 84, de 1989 ::.:....de ConStituiÇáo;Justíça e Cidad8nia, Pela -17-
(Em regime de- urgência, r1os termos do art.
constitucionalidade e juridicidade, com voto
vencido dos Senadores Ney Maranhão, Jutahy Votação, em turno único, do Requerimento
336,c, ilç 539, de 1989, de autoria do Senador Gomes
do Regimento Interno) Magalhães e Mansueto de Lavor.
Carvalho, solicitando, nos termos regimentais,
Votação, em tumo único, do Projeto de Re- -12- a convocação do Senhor Ministro dos Trans-
solução n~ 84, de 1989, que autoriza o Gover- portes, Doutor José Reinaldo Tavares, para
no do estado do Piauí a contratar operação Votação, em turno único, do Projeto de Lei
do DF n 9 63, de 1989, de iniciativa da Comis- prestar, perante o plenário, informações perti-
de crédito externo no valor de_ US$ nentes à sua Pasta, especialmente com rela-
30,000,000.00 (trinta rriílhões de dólares ame- são do Distrito Federal, que autoriza a institui-
ção da Fundação Memorial Israel Pinheiro e ção à situação das estradas brasileira
ricanos), através do convênio de pagamento
recíproco Brasil/Argentina, tendo dá outras providências, tendo
PARECER FAVORÁVEL,-prOfEú1dõ -em Ple- PARECER FAVORÁVEL. sob n'
247, de -III-
nário. I 989-J---da Comissão Votação, em primeiro turno, da Proposta
-- do Distrito Federal de Emenda à Constituição n9 1, de 1989, de
-7- autoria do Senador João Menezes e outros
Votação, em turno único, do Projeto de De- -13- Senhores Senadores, que altera os prazos es-
creto Legislativo n.~ 30, de 1989 (n" 44/89, VQtação, em turno único, do Projeto de Re- tabelecidos no-§ 69 do art. I 4, para deslncom-
na Câmara dos Deputados), que aprova o tex- solução n" 1, de 1989, de iniciativa da Comis- patibilização do Presidente da República, dos
to do Acordo de Cooperação Económica cele- sãO Diretora, que altera a redação de dispo- Governadores _de Estado, do Distrito Federal
brada entre o Governo--da República Fede- sitivos_ da Resolução n? 146, de )_980, alterada e dos Prefeitos, tendo
rativa do Brasil e o Governo da República So~ pelas Resoluções n•s 50, de 1981, 360, de PARECER. sob n• 145, de 1989,
cialista da T checoslováquia, em BraSJ1ia, em 1983 e dá oUtras providências, tendo - da Comissão Temporáría, favOrável ao
12 de mafo de 1988, tendo PARECER, sob n• 1,?9, de !989, da Co- prossegtiiinento da tramitação da matéria,
PARECER FAVORÁVEL, proferido em ple- missão com voto vencido dos Senadores Chagas Ro-
nário, nos termos de substitutivo que oferece. ....__de Constitw"ção, Justíçt~ e Odadanla, pela drigues _e Maurício Corrêa .
-8- constitucionalidade, juridicidade e, no mérito,
favorável. -19-'--
Votação, em turno único, do Projeto de De_~
Votação, ém primeiro turno, da Proposta
creto Legislativo n? 31, de l989 (n9 59/89, -14-
na Câmara dos Deputados), que aprova o tex- de Elnenda- à Constituição· n" 2, de 1989, de
Votação, em turno único, do Projeto de Re- autoria do Senador Olavo Pires e outros Se-
to das Emendas à Convenção da Organização solução n9 51, de 1989 (apresentado pela Co- nhores senadores, que modifica o § 3~ do
lntemacional de Telecomunicações Marítimas missão de Assuntos Económicos como oon:::. art. 4" do Ato das Disposições constitucionais
por Satélite (lnmarsat) e ao Acordo Opera- clusão de seu Parecer n?-I52, de 1989), que trans116rias.
cional, adotadas pela Quarta Assembléia das autoriza a Prefeitura Municipal de Bonito. Esta~
Partes lnmarsat, realizada em Londres, de I 4
do de Pernambuco, a contratar operação de -20-
a 16 de outubro de 1985, tendo crédito no valor correspondente, em cruzados,
PARECER fAVORÁVEL, proferido em ple- a 80.848, 17 OTN, de julho de 1987, junto Votação, em primeiro turno, da Proposta
nário. à Caixa Ecoriômica Federal, tendo de Emenda à Constituição n~ 3, de 1989, de ·
-9- PARECER, sob n• 277, de 1989, da Co- autoria do Senador Marco Maciel e outros Se-
missão nhores· Senadores, que acrescenta parágrafo
Votação, em twno único, do Projeto de De- ao art 159 e altera a redação do inciso II do
creto Legislativo nQ _32, de 1989 (61/89, na _,;_:;,"de Assuntos Econômicos, favorável à
Emenda n" 1, de plenário, nos termos de subs. arl 161 da Constituição Federal.
Câmara dos Deputados), que aprova o texto
do Acordo de Cooperação Técnica _celebrado titutivo que oferece.
-21-
entre o Governo da República Federativa do -15-
Brasil e o Governo da República do Paraguai, Discussão, eiri tumo único, do veto total
em 27 de outubro de 1987, tendo Votação, em tumo único, do Projeto de Re- aposto ao Projeto de Lei do DF n9 54, de 1989,
PARECER FAVORÁVEL, proferido em pie· solução n_ç 67, de 1989 (apresentado pela Co~ que reestrutura a categoria funcional de Assi~ _
nárlo. missão de Assuntos Económicos como con- tente JurídiCo dO Plano d~ Oassificação de
clusão de seu Parecer n~ 231, de I989), que CarQoS de que trata a Lei n~> 5.920, de 1973,
-10- autoriza a concessão de garantia da União aos fixa sua retribuição, e dá outras providências.
Votação, em turno único, do Projeto de Lei títulos que menciona, tendo (Términó do prazo da Comfssão dO Distrito
do Senado nn 22, de_ 1989, de autoria do Sena- PARECER, sob n9 276, de 1989, da Ca- - Federal para apresentação do Relatório -
dor Jamil Haddad, que dispõe sobre o trans- missão 2-11-89).
Novembro de I 989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Terça-feira" 7 6677

O SR- PRESIDEI'ITE (Nelson Carneiro) bilidade, esse seringueiro não merecerá a retri- de toda a_ documentàção desta_ Casa~ Têve,
'-Está em:errada _a sessão.. _ buição da Nação brCJsileira pelo favor ou pelo portanto, esta medida definitiva a sua semente
(LevantaMse a sess~o às 15 horas e 40 esforço que dedicou a ela e ao seu povo. iniciadora, o seu pontapé inicial, através da
minutos.) A minha emenda que foi apresentada ao emenda de minha autoria,_que foi apresentada
projeto de regulamentação do nobre Senador precisamente em}? de agosto de_l987.
DISCURSO PRONUNC!ADO-PE- Leopoldo Peres, que veio a seguir de projetas · Destaco a iniciativa désta proposição, apoia-
LOSR"AUREOMELLONASESSÃO DE de regulamentação cle_outros Srs. Senadores da posteriormente pelo Sr. Senador Olavo Pi-
13-10-89 E QUE, ENTREGVE À REV/- e ainda de wn projeto de regulamentação tra- res, que também fez uma modificação ao art
540 DO ORADOR, SERIA P7flJLICAJ50 zido a destempo, mandado a esta Casa pelo 33 do Trtulo X. das Disposições Transitórias,
POSTERIORMENTE " Poder ExeçJJ.tivo~ a minha emenda diz: -que, nesta altura, d~ 477 artigos, já estava
"O estado de cafência a que se refere reduzido ao art. 33. S; EX-, também, participou
O SR. AUREO MELLO (PMDB - AM. o art 29 desta lei será automaticamente dessa jornada em que nós, Senadores da
Pronuncia o seguinte discurso.) _-:- S_r: Presi- reconhecido quando um beneficiário da Amazônia, quer amazonenses, quer acreanos,
dente, Srs. Senadores, tive o praz-er de relatar, quer rondonienSes. tudo frzemos, e tudo conti-
pensão ou os seus dependentes auferi-
na COmissão de Constituição, Justiça e Cida- rem rendimentos cujo valor não ultrapas- nuamos a fazer, em favor de uma justa recom-
dania, projeto de lei, proposto pelo Sr. Senador se os limites daisenção do Imposto sobre pensa aos senhores seringueiros, cuja maioria,
Leopoldo Peres, disciplinando a efetivação do a Renda e proventos de qualquer riatu- até hoje, continua em situação de aflição, de
benefído previsto no art. 54 do Aro das Dispo- reza." carência e angústia. -·
sições Constitucionais TransitóriaS. Trata-se A imprescindibilidade dà\ttestado de carên-
Vale a pena aqui me reportar à história deste cia foi combatida por todos nós, principalmen-
da concessão aos seringueiros recrutados nos
termos do Decreto-Lei n<? 5.813, de 14-9-43, texto constitucional que começou, Sr. Presi- te pelos Senadores citados, que, logo após,
e amparados pelo disposto no Decreto-Lei n 9 dente, com a emenda por mim apresentada, a emenda que tive ensejo de apresentar, luta-
9.882, de 16-12-46, de pensão mensal vitalícia em data' de 15-10-87, e que foi aprovada pela ram para conseguir a supressão da expressão
no valor de dois salários míriiniOs. O exame respectiva Comissão tendo ao tempo o n? 477 consagrada depois pela Comissão de Siste-
da matéria reaviva uma questão histórica que do artigo e que dizia textualmente que "os matização, pela Relatoria, pelo Plenário, enca-
se _reswne. de um lado, numa antiga dívida seringueiros, chamados soldados da borra- recendo esse atestado de carência, que é um
social do estado brasileiro e, de outro, na justa cha, trabalhadores recrutados nos termos do dó'"!!:umento abominável, inqualificável, e que
aspiração de um conjunto de bravos e herói- Decreto-Lei nç 5.813, de 14 de setembro de deveria ter sido expurgado do texto constitu-
cos cidadãos desta Pátria, participantes da in- 1983, amparados pelo Decreto~Lei n? 9.882, cional e que, no entanto, de maneira inexpli-
tensificação da produção da borracha e do receberiam pensão mensal vitalícia no valor cável, nele permanenceu.
esforço de guerra: são os trabalhadores, "os de três salários mínimos. E a concessão do A matéria foi de tal ordem encarada com
soldados da borracha" que, conclamados das presente beneficio se faria conforme lei com- displicência que o Executivo deixou correr o
populações nordestinas, como se afirma na plemeritar, de iniciativa do Executivo, no Prazo prazo do § 3~ do atuai art 54 do Ato das Qipsoi-
justificação da proposição, emigraram para a de cento e cinqüenta dias, após a promul- ções Transitórias, que determina qu•"a con-
gação". cessão do beneficio far-se-á conforme a lei
Região Norte com a patriótica mtssão de repo-
voar os seringais e, assim, dar uma inestimável Logo depois o Senador Aluizio Bezerra, da a s_er proposta pelo Executivo dentro de cento
contribuição à consolidação da vitória dos alia- Representação do Acre, em data de 13 de e_ cinqüenta dias da promulgação da Consti-
,janeiro do ano seguinte, quero dizer, em 1988, tuição".
dos sobre as forças nipo-nazi-fadstas.
Sr. Presidente, analisando essa proPosição, apresentou uma emenda já substitutiva a um No momento em que o Executivo deixou
ainda não julgada na douta Comissão, concluí texto da Comissão de Sistematização, que di- de propor, surgiram como prova da vigilância
zia: e da atenção dos Parlamentares da Amazônia
por uma emenda substitutiva, em que se alte-
ram detalhes do texto aprovado na Consti- -""Dê-se -ao parágrafo-úrlfco do an. -21 --os projetos de regulamentação que pipoca-
tuição Federal em vigor, texto este que está do Ato das Disposiçôes Constitucionais ram, vamOs usar este termo, de todo lado,
redigido da seguinte maneira - art. 54 do Transitórias do projeto de Constituição, sendo que o projeto apresentado pelo Sr. Se-
Ato das Disposições Transitórias: a seguinte redação." nador Leopoldo Peres foi, nO meu modo de
entender, o mais compatível <:om a propo-
"Os seringueiros recrUtados nos ter- Segue-se a redação- do texto original, que siç-ão inicial cl!.!e tive 21: honra de ser __o pri"1elro
mos do Decreto-Lei n9 5.813, ... recebe- S. Ex": prevê, no parágrafo único: a apresentar e ver aprovada, sendo ela depois
rão, quando carentes, pensão mensal vi-
talicia no valor de dois salários mínimos. "O beneft~io previsto neste artigo aPli- brilhantemente_ adjetivada pelas proposiç~s
ca-se aoS seringueiroS que hajam traba- dos demais Srs. Senadores.
lhado na produção da borracha, na Re- Agora que apresentei essa emenda substi-
·§ 29 Os benefícios estabelecídos gião Amazônica, durante a OGuerra Mun- tutiva ao texto do projeto regutamentador, des-
neste artigo são transferíveis aos depen- dial, contnb\.J_indo para o esforço de guer- tac_ando que o estado de _carênci.,, aO qual
dentes reconhecidamente carentes. ra." · infelizmente não podemos fugir, a que se refe-
§ 3o A concessão do benefício far- re o art. 2° da lei em apreço, será _autoinati~
Segundo o parecer da Comfssão de Si!i:te- camente conhecido, quando o beneficiário da
se--á Conforme lei a ser proposta pelo Po- matização, e do nobre Relator, Deputado Ber-
der Exetütivo dentro de c_ento e cinqüen- pensão ou seus dependentes auferirem rendi-
nardo Cabral, a emt:ihda propõe nova redação mento,_ cujo valor não ultrapasse os limites
ta dias da promulgação da Constituição."
ao parágrafo único, e aperfeiçoa o texto do da isenção do Imposto sobre a Renda e pro-
A emenda que apresentei e que desejo in- projeto, para tornar mafs abrangente o uni- ventos de qualquer natureza.
corporar definitivamente na regulamentação verso dos beneficiários. Sou e fui, em princípio, contra qualquer res-
deste projeto, de minha lavra desde o_ princí- Foi dado o parecer pela aprovação. trição a essa pensão, pois é um prêmio, uma
pio, conforme documentação que passarei a A seguir, outras emendas e outros Colega_~ retribuição, pelo v?for, pelo esforço, pelo sacri-_
ler, visa escoimar o textO cOnstitucional dessa vieram em seqüência àquela emenda ao anti- fício- que. nós, Parlamentares da Amazônia,
exigência imperativa que é o atestado de ca- go art. 477, que eu, no ano de_1987, apre- Conhecemos muito bem - daqueles que, ha-
rência,_wn atestado comprovando que o serin- sentei, e que foi, pouco a pouco, receóendo bitando a [aresta, tendo vindo geralmente das
gueiro que participou do esforço de guerra, as diversa:S_l:Tiõdificações, os aperfeiçoarrien- áreas nordestinas, que, se sacriti_cando heroi-
como o chamado "soldado da bOi-racha", que tos de outros Srs. S.enadores.- Pcir~m, todas camente, trabalhando, realizando aquele cha-
tivet tido êxito na vida ao ponto de não conti- tiveram a sua origem nesta prOposição, que mado esforço de guerra que_ o Rubber Deve-
nuar em situação financeira de quase misera- , está ao alcance de todos os computadores, lopment Corporation comandava na Amazô-_
6678 Terça~feira 7 riiAA:IbDCi CONGRESSO NAOONAL (se.ção iij . Noyembro de 1989

nia para que as forças americanas e aliadas compatível com aqueles que nas deleg~cias Art. 33. Os seríriglieiros; chamados- "sol-
pudessem vencer as tropas do Eixo, desempa- de polícia vão mendigar a assTstência jurídica dados da borracha", traba1hadores recrutados
nharam um papel talvez mais sacrificanfe, ou outro tipo de assistência qualquer, venha nos temros'""du""Decreto-Lei n~ 5.813, de 14
mais dolorido e igualmente heróico que os a ter a sua tramitação veloz como os corcé~. de setembro de 1913, e amparados Pelo De-
pracinhas, nos campos rle neve, ou os solda- os tanques ou os aviões a jato que represen- creto-Lei no 9.882, de 16 de setembro de 1946,
dos, nas regiões tórridas das áreas desérticas, taram toda aquela grandde batalha da inferio- receberão pensão mensal vitalícia no valor de
expuseram a sua vida para que os princípios rização humana que constituiu, afinal, a guerra três s_alários mínimos.
e filosofia dos chamados Aliados pudessem que, felizmente, se debelou. § 10. Lei complementar de iniciativ.:t do
prevalecer contra a filosofia do Eixo. - Era o que tinha a dizer. (Muito bem! Palmas.) P()(ler Executivo regulamentará a concessão
Faço; pórtarlfu, votos sinceros de que essa do presente benefício no prazo de cento e
proposiç:ao não demore mais, seja aprovada dnqüenta dias após a promulgação desta
DOC(.If1ENTOS A QUE SE REFERE
com a rapidez que se faz imprescindível, e O SR. AUREO MELLO EJ.1 SEU PRO- Constituição.
que aquela semente que tive a honra de plan~ !YUNCIA/I1E!YTQ, § 20. Aos Cabrangido~ por este artigo,
tar nesta Casa, ainda assombrado com a ma- que exerçam ou tenham_ vocação para ativi·
jestade do mandato de que me via in~stido, Copy Requested by Dilton dade agrlc_oia, o Estado destinará módulos ru-
traumatizado com a morte trágica do meu Dilton Batista Rodrigues rais em locai de fácil acesso e solo. fértil, bem
amigo político mais chegado, que era o Sena- Senado Federal - Gabinete Senador Áureo como facilidades financeiras para a sua explo-
dor Fábio Lucena, ·apresentei no_ ano de 1987. Mello ração; - - -- --
Search - Query
Possa ela vir a render esses frutos imediata- 00001 Seringueiro - Parecer
mente em favor daqueles que, de fato, lutaram M9A000009620 Document - 5 de 22 ---PeJa rerelção, por estar em desacordo com
para que a Guerra fosse vencida e, _depois, Identificação - Banco: Emen -Fase: M- o novo _substitutivo do relator.
os seus beneficias desfrutados por tantos ou- Com: 9Sub:A fim _qo Doç:Ltmento
tros que, hoje em dia, contribuem na socie- Comissão -IX. Comissão do Siste,rrtaüzcição
dade para a evolução da democracia. Copy Requested by Dilton
Emenda: 09620 -Apresentação: 10-8-1987
-=--Aprovada Dilton Batista Rodrigues
Ninguém, porém, rrierecedor de tanto res- Senado Federal- Gabinete Sen. Áureo Mello
peito, de tanta consideração e de tão profunda Fase: M Emendas (1P) ao Projeto de Cons·
Search - Query
admlraçâo, que aqueles, hoje velhinhos, que tituiÇão
00001 Seringueiro
batalharam na selva amazónica, sofrendo as Autor- PMDB- AM --Áureo Mello
U9C000001471 Docurnent-20 de 22
intempéries, o calor, a fome, as doenças de Ref: A9Al 00000477 Substitutiva Artigo: 4 77
Identificação - Banco: Emen ::__Fase:- U -
quase toda ordem, para que as pélas de borra· Dê-se a seguinte redação ao arl. 477; do
Com: 9 - Sub: C ·
cha rolassem ao porão dos navios e, depois, Projeto de Constituição, da Comissão deSiSte-
matização: Comissão IX. - Comissão de SistematizaçãO
fossem convertidos nos pneumáticos e nos Emenda: 01471 ApreSentação: 11-7-1988 Re-
outros apetrechos, que ajudaram a ganhar a "Art. 477. Os Seringueiros, chamados
jeitada
guerra e que merecem realmente essa com- "soldados da borracha", trabalhadores recru-
Fase: u Emendas (2n ao Pi'Ojeto "B"
plementação que ê semelhante àquelas todas tados nos termos do Decreto--Lei n~ 5.813,
Autor - PMDB -AC - Aluizio Bezerra
que têm sido tributadas e atribuídas aos ex- de 14 de setembro de 1943, e amparadas
Ref: A9CI00000061 Supress!va artigo' 61
pracinhas que, no campo direto de batalha, pelo Decreto-Lei n~ 9.882, de 16 de setembro
Suprima-se ao art 61 do A1o das Dispo-
também viram o horror da morte, os rigores de 1946, bem como os atingidos pelo esforço sições Constitucionais Transitórias, do Projeto·
da guerra e a tragédia das divergências huma- de guerra, abrangidos nos acordos de Wa- de Constituição, a seguinte expressão: '~Quan.
nas, geralmente girando em tomo de proble- shington executados pela Rubber Develop- do carentes": -
mas financeiros. E desse instinto vesano, ma- ment Corporation da Amazônia, receberão Parecer
léfico, que é, talvez uma decorrência da própria pensão mensal vitalícia no valor de três. salá-
fragilidade do ser humano que é constituído rios mínimos. A supressão sugerida não deve ser acatada,
de carne e osso, -talvez o mais frágil material Parágrafo único. A concessão do presente porquanto o beneficio previsto no art. 61 daS
vivo existente na natureza e que Ihes_dá como beneficio se fará conforme lei complementar Disposíções Transitórias objetiva aoS serin-
compensação utna agreSSividade que é uma de iniciativa do Executivo no prazo de cento gueiros efetivamente carentes, que terão, em
forma de protegei'~contra a anatematizadora e cinqüenta dias ap~s !i promulgação desta caráter vitalício, pensão mensal no valor de
Consttluição." - dois salários rTiínímos.
regra da natureza que os mantém permanen-
temente ameaçados desde o momento em É oportuno notar que,-pelo § 1° do mesmo
Parecer artigo, é extensível as seringueiros que, aten-
que postos no ventre materno e ajetados para
a superfície do Mundo. Pela aprovação, na forma do substitutivo, dendo a apelo do Governo brasileiro, cOntri-
Bom seria, Sr. _Presidente, fôssemos feitos -Fim do documento: buíram para o esforç9 de _guerra, trabalhando
da substância nobre dos diamantes: rutilante, Copy Requested by Dilton na produção da borracha na região amazó-
bela, imperedvel, e- linda, para que não hou- Dilton Batista Rodrigues nica, 'durante a seQ-undã- Guerra Mundial.
vesse conversão em agressividade, em malda- Por tais razões, não há por que acatar a
Senado Federal- Gabinete Sen. Áureo Mello
de, em tortura aos semelhantes, das torturas, Search - Query - sugestão, de vez que todos os seringueiros
das maldades e das agressividades que são 00001 seringueiro daquela época e ainda vivos só farão jus ao
decorrência da nossa própria fragilidade física OOA000027512 Docurnent - 1O de 22 direito se efetivamente carentes.
que é, a rigor, a fonte inesgotável de toda Identificação - Barico: Emen -Fase: O...,.... Pela rejeição.
agressividade do ser humano. Com: O- Sub: A Fim do Documento.
Concluo, Sr. Presidente, esta fala destacan- Em'enda: 27512 Apresentação: 3-9-l987 .,..._ Cdpy Requested by Dilton
do, então,.. que aquela idéia inicial por mim Rejeitada Dilton Batista Rod!igues
plantada, ainda sobre o ttauma da morte de Fase:_ O Eniendas (ES) ao primeiro Substi- Senãdo Fédefal- Gabinete Sen. Áureo Mello
Fábio L~cena, na data, como disse, de 1987, tutivõ do ~idator -- Search - -ourey --
secundada por Parlamentares como Aluizio Autor- PMDB - RO - Olavo Pires 00001_Serin__gueiro _ _
Bezerra, como Olavo Pires e, sobretudo, relata- Ref, AOA100000033 Substitutiva Artigo' 33 U9C000000370 Document- I~ _de
da pelo conterrâneo Bernardo Cabral, e final- Ao art. 33 do Título X. disposições transitó- 22
mente aprovada pelo Plenário com aquela exi- rias, do projeto de constituição, dê-se a seguin- Identificação ;....._ Banco: Emen--Fase: U com:
gência de atestado de carência que é mais te redaçáo: 9Sub:C
. _, ..,
Novembro de 198_9 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Terça-feira 7 6679

Comissão - IX. - COmissão de· Sistemati- Identificação - Banco: Emen - Fase: S - tribuição à cons.olidação da vitória dos aliados
zação . Com: 9 --Sub: B sobre as forças nipo-nazi-fascistas.
Emenda: 00370 Apresentação: 11-7-1988 Re- Comissão IX- COi"nisSãó de Sistematização Nas palavras do .emin;nte autor do projeto,
jeitada Ernend"' 01758 -Apresentação' 13-1-1988 ao sublinhar a descrição do ilustre amazonen-
Fase: U -Emendas (2T) ao Projeto "B" -Aprovada "se Álvaro Maia, esse espisódio representa "a
Autor - PMDB - AM. Áureo Mello Fase: S_- Emenda de Plenário- (2P) epopéia dos homens e mulheres quê se deslo~
Ref: A9C100000061 - Supressiva -Artigo: Autor- PMDB - AC - Aluízio Bezerra caram do nordeste do Brasil e~enfrentando
061 Ref: A9B090000021 - Substitutiva artigo: 21 as agruras da s~a, para eles desconhecida
Ref: A9COO 001-Supressiva -Seção: 1 Dê-se ao parágrafo único do art. 21 Ato e hostial, conseguiram fornecer ao _C'omplexo
Suprima-se no art. 61 das Disposições das Disposições Constitucionais Gerais e Co- industrial anglcramericano a matéria-prima
Transitórias a expressão interca1ada "ciuando missões de Sistematização e seguinte reda- indispensável ao esforço de guerra das Demo-
carentes", e no seu parágrafo 29 a expressão ção: cracias Ocidentais.
final "réconhecidamente carentes". E para ressaltar_ o profundo sentimento de
"Art. 21. ················-----·-- justiça que se insCreve il.o direito assegurado
Parecer pelo Constituinte e que ora Se pretende imple-
Parágrafo único. O beneficio previsto
A supres.são sugerida não deve ser acatada mentar, lembra o Senador proponente: "Ter.;-
neste arti_go aplica-se aos seringueiros
porquanto o beneficio previSto no art:61 das minado o conflito, poucos retomaram, muitos
que hajam trabalhado na produção de permaneceram trabalhando na Amazônia, mi-
Disposições Transitórias objetiva aos serin-
gueiros efelivamente carentes, que terão, em borracha, na r~ão amazônica, durante lhares e milhares perderam a vida nesse esfor-
caráter vitalício, pensão mensal no valor de a Segunda Guerra Mundial, contribuindo ço e est~o sepultados em covas anónimas
dois salários mínimos.
Parã o esforço de guerra, ãtendendo ao has barrancas dos tributários do grande rio".
_____ apelo do Governo brasijeiro."
É oportuno notar que, pelo § 1 do mesmo - Não é preciso acrescentar nada ao brilhante
artigo, é extensível aos seringueiros que aten- resumo do fato histórico que acentua o mérlt9
dendo a apelÓ do Goverrio Brasileiro, contri- Parecer da proposição.
buíram para o esforço de guerra, trabalhando A emenda propõe nova redação do pará- Por outro lado, no campo formal e nos limi-
ha produção da borracha na Região amazôn- grafo único do art. 21 das Disposições Consti- tes da competência desta Comissão, é possí-
clca, durante a Segunda Guerra Mundial. tucionais -Gerais e TransitóriaS do Projeto de vel indagar-se da constitucionalidade do Proje-
Por tais razões, não há porque acatar a _su- CóhStituição _(A). to, quantO à iniciativa.
gestão, de vez que todos os seringueiros da- A emenda aperfeiçoa o texto do projeto por É que o § 39 do art. 54 do refe_rido At_o
quela época e ainda vivOs s6 farão jus ao direi- tomar mais abrangente o universo dos benefi- das Disposições Transitórias restringe ao Po-
to se efetivamente carentes. ciários. der Executivo a iniciativa de propor a lei con-
Pela rejeição. Pela aprovação. cessíva-·do benefício, delimitando, porém; o
Fun do Documento Fim do documento. prazo dessa competência_ em 150 (cento e
CopY Requested by Dilton cinqüenta) dias da promulgação da Consti-
Dilton Batista Rodrigues DE !989 tuição.
Senado Federal- Gabinete Sen. Áureo Meüo Ota, o prazo esgotou-se sem que o Poder
Search - QUél)' Executivo tivesse exercido sua ç:ompetênda
Da Com!ssao de Constituição, Justiça nessa matéria, cabendo, pols, ao Poder Legis-
00001 SeringUeiro. e Cidadania, ao Projeto de Lei do Senado lativo suprir a omissão.
OOA000027515- Document -11 de 22 n 9 78, de 1989, que ''diSpõe sobre a con- Foi o que se fez aqui, como destaca o pró-
ldentificação - Banco: Emen - Fase: O - cessão de benef!c/os aos seringueiros e
Co=O~Sub,A
prio autor.
seus &!pendentes, nos termos do art. 54, Portanto, o Projeto é, desse ponto de vista,
Emenda: 27515 -Apresentação: 3-9-1987 do Ato das Disposições Transitórias da constitucional e jurídico. -;- _
-Rejeitada Constituição Federal e dá outras provi- todavia, há um reparo a fazer quanto à ine-
Fase: O - Emendas (ES) ao Primeiro Substi· dências." xistência de um critério seguro, no texto nor-
tutivo do Relator
Relator: Senador Áureo Mello mativo proposto, que permita a adequada afe-
Autor- PMDB - RO- Olavo Pires
Com o presente projetO de lei, propÕe o rição do estado de carência ensejador da apli-
Ref, AOAlO -Aditiva -Título' I O
ilustre Sen"i1dor Leopoldo Peres disciplina nor- cação do beneficio.
Emenda Aditiva O arll9 da proposição reproduz o conteúdo
Inclua-se, onde couber, nas Disposições mativa à efetivação do beneficio previsto no
art. 54 do Ato das Disposições Constitucionais da norma constitucional que concedeu o direi-
Transitórias, rrtulo X: to. O parágrafo único desse_ artigo condiciona
_ Eq\liparam-se aos pracinhas ex-combaten- Transitórias. ·
Trata-se da concessão aos seringueiros, re- o beneficio à comprovação do direito pelos
tes da 2' Guerra Mundial, para efeitos de bene-
crutados nos termos do Decreto-Lei n~ 5.813, meios probatórios legais. De outra parte, o
fíci.os .do Poder Público, os seringueiros .cha-
mados "soldados da borracha", trabalhadores de 14-9-43, e amparados pelo disposto no art. 29 determina que o estado de carência
recrutados nos termos do Decreto-Lei n~ Decreto-Lei n 11 9.882, de 16-12-46, de pensão do beneficio e de seus dependentes "far-se-á
mensal vitalicia no valor de dois salários míni- mediante apre&::ntaç_ão de atesta_do fornecido
5.813,1 de 14 de setembro de 1945, e ampa·
mos. por entidade oficial",
rados pelo Decreto-Lei n~' 9.882, de 16 de se-
O exame da matéria reaviva uma· questão Não nos parece. claro e, de modo algum,
tembro de 1946.·
histórica que se resume, de um lado, numa operacional, o mecanismo proposto para
Parecer antiga dívida social do Estadó brasileiro e, de corriprovação do estado de carência.
outro, na justa aspiração de um conjunto de Em primeiro lugar1 porque não está definido
Pela rejeição, por estar em desacordo com a tal entidade oficial atestadora.
o novo Substitutivo do relator. bravos e heróicos cidadãos desta Pátria, parti-
dpantes da intensificação da produção da bor- Quanto a isto, poder-se-á responder que
Fim do Documento. a regulamentação prevista no art. 6~ do Projeto
racha e do esforço de guerra.
Copy Requested by Dilton São os trabalhadores ou "soldados" da bor- suprirá a indefinição da lei. Não é crível que
Dilton Batista Rodrigues , racha, que, conclamados das populações nor- assim o será, pois, se o Poder Executivo não
Senador Federal-Gabinete Sen_.Aureo Mello destinas - como se afirma na justificação atendeu ao prazo constitucional para a pro-
Search - Query da proposição-, emigraram para a Região posta, quem poderia garantir que ele cum-
00001 Seringueiro Norte com a patriótica missão de repovoar priria o prazo de 60 (sessenta) dias para _expe-
59B000001758- Document 17 de 22 os seringais e, assim, dar uma inestimável con- - dir o regulamento da lei?
6680 Terça-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Novembro de 1989

Em segundo lugar, o _conceito de ~·carente", já disse várias vezes, uma pasta inteira de as- posso procuro aSsiStir às competiÇões-espor-
previsto na Constituição. e aplicável ao caso, suntos, por não poder ocupar a tribuna, prisio- tivas na televisão, e começo a perceber que
exige que .a lei - e não a regulamentação neiro, que costumo ficar, na direção dos traba- esse .Jenômen9 nãp é singular da Confede~
desta - o defina claramente. Sou o autor da lhos. ração Brasileira de Judô. Verifico que o des-
proposição que resultou no art 54 do Ato Eu viria tratar do problema da dência e tec- porto brasileiro está sendo, progressivamente,
Constitudonal. nologia neste País. Eis, porérrl, que um assun- deslocado do campo da competição esportiva
A Constituinte, ao conceder o direito de pen- to mais momentoso e mais gritante leva-me para o campo da competição do "cartollsmo",
são mensal vitalícia no valor de 2 (dois) salá- a adiar, mais uma vez, o problema de que dos "cartolas". Os "cartolas" não s6 asswnem
rios mínimos aoS seringue[ros carentes, pre- tenho tr::;~.tado_ tantas vezes aqui, que é esse uma atitude estelar como procuram benefi-
tendeu somente resgatar o estado de miséria da Ciência e Tecnologia. ciar-Se dessa condição estelar e sufocam aqui-
absoluta, ou de abandono absoluto, ou do es- Trata-se, Sr. Presidente e Srs. Senadores, lo para o qual o esporte existe, isto. é, para
quecimento absoluto desses brasileiros que do problema desportivo neste País. o desportista, para a prática esportiva, para
.....-já por sua origein, destino ou triste sorte Eu.seria o último dos Senadores, o úl-timo a competição esportiva.
-foram "encaminhados" para as "fronteiras" dos Congressistas, o último dos Parlamenta- Estou convencido porque neste Páis, afmal
da natureza inóspita, no Vale Amazônico, nem res que poderia tratar. deste assunto, de vez de contas, temos tido pouquíssJmas oporb.l-
somente desejado remediar- e tão--somente que sou _um sedentário por natureza. Jamais ni~ades de_ um verdadeiro regozijo nacional
isto - a dívida social para com esses cida- pratiquei qualquer esporte, a t1ão ser jogar pe- por uma vitória brasileira em competição es-
dãos. lada quando menino. Diz~Se que qualquer me- portiva internacional.
Não, não é adllJ.issível qu_e uma :verdadeira nino brasileiro que não tenha jogado pelada
dívida de guerra (ol,l de paz e de libertação?) não é bra_sileiro, não é meninO nem brasileiro;
O Sr. Ney Maranhão ..___ Permite-me V.
se pretenda resgatar com o pagamento de nunca foi menino nem é brasileiro. E aqui
EX" um aparte? ·
2 salários mínimos por mês. Não é isso, ou estamos diante d_e um despçrtista realmente
melhor, não é apenas isso. A nosso ver, ~ssa brilhante, O SR. POMPEU. OE SOUSA - Ou~o
pensão vitalícia se há de conceder ao serin~ Sr. Presidente e Srs. Senad'ores, procuradc V. Ex!' Com muito prazer, nobre ~enador Ney
gueíro carente (que j~ o é por s_eu destino) por Aurélio Miguel, que, ·comO todo esse Pais Maranhão.
não como um atestado público (este sim) de sabe, é hoje uma glória internacional deste
sua miserabilidade, mas como um vaJor que País -e, aliás, neste momento, está na tribuna O Sr. Ney ~o-Senador Pompeu
se agrega a condições mínimas de_ subsis- de honra com vários outros camPeões de judô de Sousa,V. Ex', como sempre, traz para esta
tência económica preexistente. e de academias de judô - , Aui'élio Miguel Casa assutos de interesse nacional, Esse as-
Queremos dizer que um critério objetivo d~ gue, com esses companheiros, Veio trazer ao sunto que V. EX' trata nesie mom~oi.o é muito
ve ser inserido na lei ora proposta, a· fim de conhecimento do Senado, por meu intermé- grave. Sou, Senador Pompeu de Sousa, um
propiciar o reconhecimento do estado de ca- dio, e através do Seriado, ao conhecimento entusiasta de esporte, sou juc;loca tarribém,
rência independentemente de um atestado. da _Nação, um problema que cOnsideramos sou um faixa preta de judô. Comecei aprender
~necessário desburocratizar a concessão_do da maior importância, qúe é o problema de esse ~sporté qu,.do a maiori8' d~s jovens
direito. preservar as nossas tradições desPOrtivas, que, acha que já _passou da idade, comecei a apren-
Por isso, formularemos uma emenda ao de resto, não são muitas, e criar um culto der com 40 anos e com- 49 anos, Senador,
projeto que assegure ao seringueiro, recrutado dessas tradições para fazei gerar uma nova ~cebi a minha faixa preta. O que está E?Osti_n-
na forma da legis1açãa menciOnada no dispo- geração de desportistas, ae cjue este País tanto do, senador, no esporte nacional é um verda-
sitivo constitucional, cujo rendimento mensal necessita, de que a hlgideí âO nosso povo, deiro banditismo. O "cartola" só faz ·prejudicar
se situe_ nos limites legais de isenção do im- de que a saúde do noss.o pôvo precisa. Eu, o esporte: nacional," porque não é possível que
posto sobre a renda, a percêpção do benefício (rue, corrio disse, jamais pratiquei esporte, sin- um esportista Como Aurélio Miguel, que colo-
que a Constituição prevê. · to_t_e_ãlrriente;hoje aos 73 anos de vida, o erro cou a nessa Bandeira no pódio mais aJto do
Ante o exposto, somos pela aprovação do cometido e me ressinto disso., esporte internacional, ouvido no esporte na-
presente projeto, com a aJteração que ado- Cõnsldefo :.._ e eSte constitui um elemento ciona1, e esteja sendo repudiadq por meia dú-
tamos da educação nacional fi.mdamenta11ssimo pa- zia de cartolas, interesses escuses eStão por
ra as nova"s gerações - , Sr. Presidente_ e Srs. trás disso. O Ministro da Educação, Ministro-
EMENDA N• I -R Deputado Carlos Sant'Anna, já, deviii ter toma-
Senaçlores, da malar importância que preser-<
Dê-se ao art. 2? do Projeto a seguinte reda- vemos, cultivemos e pratiquemos o esporte do providências sérias, ter interfe_rido ~ssa
çãoo e a sádia competição esportiva neste País. conferênciá, porque é uma- vergonha o que
"Art. 2~ O estado de carência a que Tada a Nação sabe que Aurélio Miguel foi está acontecendo neste País, não sõ no que
se refere o ari. 2? desta lei Será automati- a única medalha de ouro que o Brasil con~s­ tange ao judõ, como a qualquer outro esporte.
camente reconhecido quandO o benefi- tou nas Olimpíadas de Seul. Todos sabem Estou sOlidário com V, Ex' Tão importante
ciárlo da pensão os seus dependentes au- igualmente que Aurélio Miguel recusou-se a como qualquer outro assunto de interesse do
ferirem rendimentos Cujo valor n.ã6 ultrã- Ir competir no campeonatç> mundial qu~ agora povo ~rasileiro, _esse_ interes~ do esporte~_é
passe os limites de jsenção dO impoSto se vai travar - creio que na luguslávia - o interesse da nossa mocidade, é a vida, é
sobre a renda e prOVentos de qualquer e se recusou a participar de qualquer come- ·a disputa, e devemos, Senador,_~ necesSário
nawreza. ·: tição enquanto a atual direção "da Co"nfed~ cOnvocar, exigir wna ·Comissão Parlamentar
ração Brasileira de Judô estiver comanaando de._lnquérlto·para essa gerite vir
D!SCGRSOPRONGNC!ADOPELOSR. as ati~dadeS esportivas neste setot. Trouxe·
explicar· cOmO uni ~espõl1lsf.à-dõ quilate de Ãii--
rélio Miguel, a única meda1ha de ouro que
POMPEU DE SOOSA NA SESSÃO DE' me ele uma documentação bastante signifi-
19-10-89 E"QGE, ENTRfG(JE À REVI-. cativa e expressiva das irregularidades ~ arbi-)
o Brasil obteve '!as últim~ OlimpíadaS, ser
trariedades de toda ordem que estão sendo, tratado dessa .forma. EsSeS barididos devem
s-1"0 DO ORADOR, ""SER!ll P(JBUCADO corrietidas naquela .Confederação. Além dissoJ sair imediatamente doS quadros de direçào
POSTER!ORME/'fTE.
·menciono':! .a existênsia de uma 'documen~ 1 do esporte do País. Portanto, nobre Seriador,
tação ainda maior, ainda mais çampromete- 1
congratul.o-me_ com V. Ex' e tenho certeza de
O SR. P0MPEU DE SOCISA (PSDB - dora e· que a-Nação precisa conhecer. que o BrasiJ esportista, aqueles ~rtfstas que
DF. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Pr~ Estou, justam~nte, entrando nessa ma~21t querem ver .a Bandeira do Brasil_ t(emular em
si dente, .Srs. Senac!-ori!s, venho,· hoje, a esta agora, Sr. Pre$idente e Srs. Senadores, com todos os qliadrantes1 através dó esPorte deste
bibuna para tratar de wn assunto sobre o qual o conhecimentO apenas do aficcionado, por- Pais, estãO com V. Ex' meus parabéns a V.
não me tenhç> manifestado. Inclusive como que eu não pfatico esporte, mas ~.mpre que Ex'.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGREsso _NAaqNAL (Seção D) Térça-feira -7 66lll

O SR. POMPEU DE SOUSA - Muito Unidos, para Se aperfeiçoar, porque aqui não roração as palavras __do Ruy Barbosa. ~sta é
agradeço a V. EX',_ nobre Senador Ney Mara~ tinha campO. Isso é muito ~rave, Senador. que é a verdade, Sr. Pres_idente: neste País
nhão, a sua mais do que adesão, a sua incor· têm-se cometido tantas traições aos verda-
poração. E essa incoporação me é muito valio- OSR. POMPEU DE SOUSA- É gravis- deiros interesses nacionais, aos in_tere"sses da
sa, porque se trata de um homem que tem simo. É tão_ grave como o que acoÍltece na mocidade desaiTibiciosà, da mocidade que lu-
aquilo que Mestre Luiz Vaz de Camões· dizia: área da Gência e Tecnologia, quando os nos- ta por aftrmar a grandeza do nosso povo, de
"O saber de experiência feito". V. Ex' é um sos cientistas;- os nossos pesquisadores de tanto ver traída essa mocidade eu já deveria
campeão do esporte que vem ao encontro Ciência e de Tecnologia de ponta têm que estar cansado como todos nós; mas, acho
de um sedentário incorrígivel, pofs, desde ce- emigar, para fazer a verdadeira pesquisa e in- que o desafio constitui ufn estímulo aos que
do acostumado a vivier em torno de papéis, vestigação científica e tecnológica, porque não têm ânimo de lutador, e este velho Senaçlor,
nunca pude praticar esportes e hoje ressito- há campo para isso também aqui. Este é outro que nunca praticou um esporte mas, se não
me dessa deficiência. -~ terreno em que sou batalhador, e, por isso, pratica a competição nos campos desportivos,
Dizia eu que- e ia justamente caminhando volto sempre a ele. tem, realmente, na luta, na defesa de causas,
para chegar ao ponto que V. EX antecipou Sr. Presidente e Srs. Senadores, é por essa na defesa de cruzadas que sejam verdadei-
- estou procurando levantar todos os ele- causa que estou, neste momento, denuncian- ramente representativa de todo o nosso povo,
mentos para fazer uma grande investigação do ao Senado Federal e à Nação este ato a própria razão de ser, a própria razão de existir.
nas deturpações, nos aleijões. nos descami- de traição à juventude brasileira. Pretendo, De forma, Sr. Presidente, que eu considero
nhos, nas traições que o esporte brasileiro tem amanhã, rec:eb~r o Presidente do Conselho profética a declaração do Senador Ney Mara-
sofrido neste Pais, pelo que hoje o Brasil está Nacional de Desportos, o Sr. Manoel Tubino. nhão, de que, no dia em que eu trouxer, e
humilhado, Senador, na maioria de compe- Pretendo conversar em profundidade com S. espero que seja muito breve, aqui, um pedido,
s~ e com todos os elementos que possam
tições internacionais. - um requerimento de formaçãó de uma Co-
trazer o esdarecimento a este assunto, que rrllssão Parlamentar de Inquérito para fazer um
Por este motivo, Senador, e por isso, na · tem sido tão pouco tratado, tão malversado
. verdade estou pensando seriamente em levan- neste País, para, então, com os elementos que inquérito, em profundidade, para levantar toda
tar todos os elementos para colher assina- receber, vir ao Plenário do Senado e apanhar a problemática e todas as traições que se co-
tLuas, como a de V. Ex" e de outros Compa- metem contra o despor.to brasileiro, obtenha
as assinaturas dos Colegas, que estejam dis- a unanimidade das assinaturas que S. ~ pre-
nheiros, para formarmos uma CP!, uma CO- postos a fazer uma obra de saneamento no
missão Parlamentar de Inquérito que faça um esporte nacional, não só no esporte amador, vê. Porque, de um lado, está o Brasil, está
inquérito ·em profundidade, a partir do caso mas no esporte profissional também. Porque o povo brasileiro, está a mocidade esportiva
do judô, mas abrangendo todo o desporto - a verdade é qUe o esporte nacional, por exce- ou não esportiva, mas a mocidade deste País
nacional; porque estou convencido de que o lência, a paixão deste País, que é o futebol, -que ainda acredita neste País- e nós preci~
"cartolismo" está matando o desportivismo sarnas acreditar nesta mocidade, porq~.te é o
por exemplo, hoje, o Brasil, cujo futebol tinha País de amanhã. E, do outro lado, estão aque-
no Brasil. Os "cartolas" ocuparam o poder, uma importância tão grande, que devia ser
só o poder e todo o poder, mas o esporte o País para o qual os craques viessem, hoje les que se corrompem e que corrompem os
está sendo sufocado por isso. E verifico, por outros e, portanto, são os elementos da des-
é o País que os craques abandonam, porque truição da verdadeira nacionalidade brasileira.
exemplo, que na área do esporte amador, que quem tem talento acaba indo para o exterior;
constitui uma área quase sempre abandona- e, quando se pretende fazer uma seleção na- Era o que tinha a dizer ,Sr. Presidente. (Muito
da, quase sempre... bem! Palmas.)
cional quase que se faz uma legião estrangeira
- quase que se tem de colocar uma legião
O Sr. Ney Maranhão - Que deveria ser estrangeira de brasileiros, para isso .
.o contrário, Senador.
O Sr. NeY Maranhão - Permite-me V.
O SR. POMPEU SOUSA Exato; é uma .(*)ATO DO PRESIDENTE
EX• outro aparte? N• 244, DE 1989
área que deveria ser emenentemente incen-
tivada e estimulada, porque é a área da educa- OSR. POMPEU DE SOUSA-Pois não,
ção desportiva por excelência. O desportista com muito prazer, nobre Sênador Ney Mara-
não. .O Presidente do Senado Federal, no uso
amador é um verdadeiro herói nacional,... da sua competência regimental e regulamen-
O Sr. Ney Maranhão --Senador Pompeu tar, de conformidade com a delegação de
O Sr. Ney Maranhão- É um missionário. de Sousa, com este pronunciamento de V. competência que lhe foi outorgada pelo Ato
EX-, essa corrupçao que está existindo no es- da Comissão Diretora n9 2, de 4 de abril de
O SR. POMPEU DE SOUSA- ... é um porte nacional, tanto amador como profissio- 1973, e téndo em vista o Que consta do Pro-
mártir, é um missionário, como diz V. EX-' Quer nal, lembro-me das palavras do grande Sena- cesso n• 1014493)89-6.
dizer: praticar o esporte amador é quase que' dor - estamos com seu busto à nossa frente
um ato de doação, doar-se_ em vtda, doar a -Rui Barbosa, quando dizia: Resolve aposentar, voluntariamente, Maria
vida a uma idéia transcendente; quando não Auxiliadora Viana de Sousa, Assistente Legis-
deveria ser, deveria ser a çoisa mais normal ''De tanto trfunfar nulidade, de tanto
agigantarem-se os poderes nas mãos dos lativo, Classe "Especial", Referência NM-35,
de todo cidadão que tivesse qualquer vocação do Quadro Pemamente do Senado Federal,
para isso. Basta ver, Sr. Presidente e Srs. Sena- maus, o homem se esquece da honra,
e tem vergonha de ser honesto." nos termos do art. 40, inciso IIT, alínea c, da
dores, que este País, na década de 50;"teve Constituição da República Federativa do Bra-
apenas um Ademar Ferrêira da Silva, e nos Estas palavras de Ruy Barbosa, Senador sil, combinados com os arts. 433 e 414, §
lembramos como foi uma figura que _toda a Pompeu de Sousa; temos que resgatar no es- 49, da Resolução SF n9 58, de 1972; art 3~
Nação realmente admirou. porte nacional. É o que está acontecendo nes~ da Resolução SF n~ 13, de 1985, art. 29 da
Só duas décadas depois, na década de 70, te País. Portanto, tenho certeza de que, quando Resolução SF no 182, de 1987, e art. SO da
tivemos _o João do Pulo, que foi_ outra glória pedir a assinatura do Senado, V. Ex" terá unani- Resolução SF ri? 155, de -198"8, com proventos
nacional, e, só agora, no fim da década de midade de apoia a fim de resgatarmos o es- proporcionais ao tempo de serviço, à razão
80, já passando para 90, temos_o nosso Auré- porte nacional. de 25/30 (vinte e cinco trinta avos) do seu
lio Miguel; s_em esquecer o brasiliense Joa- vencimento, observado o disposto no art 37,
quim Cruz. O SR. POMPEU DE SOUSA - Muito inciso XI, da Constituicão_fed_er<;'!L
O Sr. Ney Maranhão- V. ~ se lembra obrigado, nobre Sena"dor Ney Maranhão.
da entrevista que deu Joaquim Cruz, sendo Quero dizer a V. EX~ que, quase ao dar por Senado Federal, 1'7 de outubro de 1989.
obrigado a sair do País e ir para os Estados encerrado o meu discurso, considero sua pe- -Senador Nelson Carneiro, Presidente.
6682 Terça-feira 7 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção O) Novembro de 1989

SINDICATO DOS SERVIDORES DO zar-se dia 21 de novembro de 1989, no auditó- 2. autorizar o Sindilegis a celebrar Acordo
PODER LEGISlATIVO FEDERAL E DO rio Petrônio Portela do Senado Federal, às 14, ou Convençã? Coletiva de Trabalho;
TRIBUNAL DE CONTAS DA ONIÃO horas, em primeiro convocação, e às 14h
30min., em seQ:Unda convocação, para aeiTbe- 3. autorizar o Sindilegis a instaurar Dissi-
rarem sobre a seguinte dio Coletivo contra o Senado Federal, a Câma-
Edital ra dos Deputados e o Tribunal de Contas da
Ordem do DJa União;
O Sindicato dos Servidores do rooer Legis-
lativo Federal e do Tribunal de Contas da 1. apresentação de prqpostas e aprovação
União - Sindilegis, na forma -prevista no art. da pauta de reivindicações da categoria, a ser 4. apreciação de assuntos gerais.
89, letra b, do seu Estatuto, convoca os inte- negodada com o Senado Federal, a Câmara Brasília, 7 de novembro de 1989. - Fran-
grantes da categoria de servidores que repre- dos Deputados e o Tribunal de Contas da císeb das Chagas Monteiro, Presidente doSin-
senta à Assembléia Geral Ordinária a reali- União; dilegis.
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO 11

.NO XUV 1"1• 154 QCJARTA-FEIRA, 8 DE NOVEMBRO DE 11189 ~•••.-DF

SENADO FEDERAL
Faço~ saber que o Senado Féderal aprovou, nos termos do art. 52, inc.isos V e Vffi, da Constituição,
e eu, Nelson Carneiro, Presidente, promulgo a seguinte

RESOUJÇÃO 1"1• 67, DE 1989


Autoriza o Govemo. do Estado do Rio Grande do Sul a contratar operação de crédito
externo no valor de até US$ 100,000,000.00 (cem rriilhões de dólares americanos).
Art 1' É o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 52, incisos V e VIU
da Constituição Federal, autorizado a éontratar operação de crédito externo, no valor de até US$~ 100,000,000.00
(cem milhões de dólares americanos), ou seu equivalente em outra moeda, junto <!O Banco Internacional
para a Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial), mediante a garantia da União, destinada a financiar
parte do Programa Integrado de Melhoria Social - Pimes.
Art 2• Esta· resolução entra em vigor na ~data de sua publicação.
Senado Federal, 7 de novembro de 1989.- Senador Nelson Carneiro, Presidente.

SUMÁRIO

l-ATADA 171•SESSAO,EM 7 DE que aprova o texto da Convenção desti- que cria a Carreira Magistério Público do
NOVEMBRO DE 1989 . nada a evitar a Dupla Tributação e a Preve;- Distrito Federa]. seus encargos e empre- ·
nir a Evasão Fiscal em matéria de impos- gos, ftxa Os valores de seus vencimentos
!.!-ABERTURA tos sobre a Renda entre o Governo da Re- e salários e dá çutras providências.
!2-EXPEDIENTE pública Federativa do Brasil e o Governo
da República Popular da Hungria, celebra- t.2A- ComuniCãçõU
1.2.1-Aviso do Ministro da Aero- do em Budapeste, a 20 de junho de 1986, --Da Comissão de Relações ~rlores
náutica assim como o ProtocolO acordado no e Defesa Nacional; solicitanc:IQ prorroga-
- N9 8/GM-7/500, de 1989, encami- mesmo local e data que a integra. (Reda- ção por mais 15 dias para apreciar os Pro-
nhando informações prestadas pelo Minis- 'ção Final.) jetas de Decreto Legislativo ~e n9S 48 e
tério da.Aeronáutica sobre quesitos cons- 49/89.
tantes do Requerimento n9 499/89, de au- '1.2.3 - Comunicação da Presldên· -Do Senador Irapuan Costa Júnior,
toria do Senador Jamil Haddad da que se .ausentará do País, no período de
-Recebimento da Mensagem n9 8 a 14 do correrlte mês.
1.2.2 -Parecer I 15189-DF (n' I 05/89. na origem), do Go-
Referente à seguinte matéria: vernador do Distrito Federal encaminhan- 1.2.5 - Dlsc:msos do Expediente
Projeto de Decreto Legislativo n~ 28/89 do ao Senado Federal propoSta de modifi- SENADOR LOURIVAL BAPTISTA -
(n~' 157/86, na Câmara dos Deputadas), cação do Projeto de Lei do. _DF n9 66/89, Curso ministrado pelo Professor Aloysio
6684 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de 1989

EXPEDIENTE
aNTRO GÚIRICO DO Sl:NADO FEOER.AL

PASSOS PORTO OIÁ!UO DO CO.,IlruoSSO NA<CIONAL


Oiretor·GefiJI do Senado ~ederal lmpre$$0 $0b a respon~b1hd.ade d• Mesa do Seniido Feder.li
AGACIEL DA SILVA MAIA
Diretor Executivo
ASSINAíUAAS
CESAR AUGUSTO JOSt DE SOUZA
Oin~tor Administrativo
LUIZ CARLOS DE BASTOS Semestral ......................................---········.·--" NCzS 17,04
Diretor Industrial
FlOR1AN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exc:mpl2r Avulso ·······················~················-···-.. ~ NCzS 0~1~
Dõrt:t~r Adjunto Ttragem: 2.ioo~empliues.

Campos da Paz Júnior, sObre a reabilitação composição do Tribunal Region,al do Trã·, rodo Estado do Ceará1ê)TCE) que serão
4e crianças inCapacitadas, na Universidade balho da 9• Região, ct:ia a função de Corre-- substituídas e extintas. Aprovado. À Comis-
de Tulaine, Com New Orleans, Estados Uni- gedor Regional e cargos em comissão e são Diretor~ para a redação final.
. dos. Artigo do Professor Aloyslo Campos de provimento efe6vo il.o Qu@dro Perma- Redação final do Projeto de Resolução
da Paz Júnior, publicado noJomaf doBra- nente da_ Secretaria do Tribunal Regiona1 n~ 81/89. Aprovada. À promulgação.
sil sob o tltulo "Assistência médica". do Trabalho da 9~ Região, e dá ou!fas provi- Projeto de __ Resolução n9 82; de 1989,
SE/YADOR.GOMES CARVALHO- Si- -dências. que autoriza o Governo do Estado do Rio
tuação da cafeicultura brasileira. - N~ 600/89, de wgência para o Projeto de Janeiro a elevar, excepciOnal e tempora-
SENADOR CHAGAS RODR/GaES . - dE! Lei do Senado ri~ 328/89:Complemen- riamente, seu limite de endividam~nto, pa·
MatéQa publicada no Jomeú do Brasil sob tar, que estabelece_ normas gerais aplicâ- ra emissão dos títulos que menciona:
a título "Ferto- Costa autoriza estatal a con- ~veis ao bnposto sobre Transmissão "lnter _ Aprovada. AComissãq. Dir_etora para a ce-
tratar sem Concurso". Vfvos'~ a qualquer tftulp, por ato oneroso, dação frnaJ do Projeto de Resoluçao ~
SENADOR HUGO NAPOLEÃO~ De- _d~ bens imóveis por natureza ou acessão 82189. Aprovada. À promuJgação.
poimento sobre recentes acontecimentos física, e_ de direitos reais sobre imóveis, ex- Projeto de Resolução n9 84, de 1989,
políticos_ envolvendo a candidatura do Sr. c$_ºs. de: garantia, bem como cessão de. que autoriza o Governo do Estado do Piauí
Silvio Santos. direitos à:sua aquisição- ITBI-IV. a contratar operação de crédito externo
no .valor de US$ 30,000,000.00 (trinta mi-
1.2.~- Requerimento 1.2.10- Comunicação da Presl· lhões de dólares americanos), atravéS do
- N9 598/89,- de autoria do Senador _dêncla convénio de pagamento recíproco Brasil/
Carlos Chiarelli e outros Senadores, solici- _-Designação do Senador _Ron_a_l_dp _ Argentina,AproV<3dGI, após usarem da pala•
tando a constituição .de uma Comiss5o Aragá-o para participar da reunião-do Con- - vra os Srs. João Lobo, Chagas Rodrigue_s.
Parlamentar de Inquérito, deStinada a exa- selho Deliberativo da Sudam, a realizarwse- Rachid Saldanha Derzl 'e· José Fogaçci A
minar a licicitude- e a legalidade de opera- em Porto Velho, Rondônia, no dia 23 do Comissão Diretora para a redação finat
ção de compra de plataformas de perfu- corrente. Redação final do Projeto _de Resolução
ração semiMsubmersíveis tipo TH-2800, do n9 84/89. Aprovada. A promulgação.
Co~rcio de Empresas Metálicas e União 1.3-0RDEM DO DIA PrQe\9 de Lei do DF n• 59, de !989,
Industrial de Empresas, realizada pela Pe- Projeto de Decreto Legislativo n~ 36, de de_iniciatiVa do Governador do Distrito Fe-
tróleo Brasileiro-Petrobrás. · 19.89 (n9 112/89, na Câmara dos Deputa- deral, que dispõe sobre a regLilarização ou
dos), que aprova o ato que renova a con- desconstituição de parcelamentos urba·
1.2.7 -Oficio cessão outorgada à Rádio Imperatriz So- nos- implantados no território do Distrito
- N9 231/89, da Uderança do PFL, refe· ciedade Ltda., para explorar serviçg. de ra- Federal sob a forma de loteamentos ou
rente à indrcação do Sel;lador Odadr Soa- -dióâifusão sonora em onda média, na _Çj- condomínios de fato.Aprovadq tendo feito
res em substituição ao Senador J:oão Me- dade de Imperatriz, Estado do Maranhão. det::laração de votO o Senador Maurício
nezes, na comllção de membro titular da DiScussão adiada por falta de cumprimen- Corrêa.
Comissão Parlamentar de Inquérito desti- to de diligência. -Redação final da:_.Projeto de Lei do
nada a investigar possfveis irregularidades Projeto de Lei do DF n9 69, de 1989, DF nç 59/89. Aprovacfa. À sanção do Go-
na indústria automobilística brasileira. de iniciativa da Comissão d9 Distrito Fede- vernador do Distrito Federal.
ral, que autoriza a desafetação de domínio Projeto de Decreto Legislativo Jll' 30, de
1.2.8- ~tura de Projeto de bens de uso comum do povo, dentro 1989 (n9 44/89, na Câmara dos Deputa-
-Projeto de Lei do Senado n9 362/89,- dos limites territoriais do Distrito Federal. dos), que aprova o texto do Acordo de
de" autoria da Comissão Diretora, que dis- AProvado. À ComisSão -Diretora para a ce- Co-operação Econômfca celebrada entre
põe sobre o uso obiigatório da marca ah,l- dação final. o Governo da República Federativa doBra-
siva ao Centenárfo da República na corres· · Redação final do Projeto de Lei do DF sil e o Governo ·da República Sócialista da
pendência oficial dos órgãos e entidades nq 69/89-. Aprovada. À Smlção. Do Gover- Tchecoslovâquia, em Brasília, em 12 de
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judi- nador do Distrito Federal. maio de 1988. Aprovado, o substitutivo,
ciário, União, Estados e Municípios. Projeto de Resolução n9 81, de 1989, · ficando prejudicado o projeto. À Comissão
que autorizà o Governo do Ceará a emitir Diretora.
1.2.9 - Requerln\entoa Letras Fina'nceiras do Tesouro do Estado Projeto de Decreto Legislativo n9 31, de
"""":"" N9 599/89, de urgência para o Projeto (LFTE-CE), em montante equivalente ao 1989 (n~ 59/89, na Câmara dos Deputa·
de Lei da Câmara ~ 48/89, que altera a valor das 2.839.913 Obrigações do Tesciu- dos), que aprova o texto das Emendas à
Novembro de I gag DIÁRIO DO CONGRESSO f'iACIONAL (Seção D) Quarta-feira 8 6685

Con.venção da Organização lhtemacionaf sObre a política para o setor agropecuâdo. 2-ATA DA 172' SESSÃO, EM 7
de TelecomW1icações Maritimas por Saté-- Aprovádo. de NOVEMBRO DE 1989.
Hte (Irunarsat) e ao Acordo OperaCional, Requerimento rJ9 5$9, de 1989, de auto- - 2.1 -ABERTURA
adptadas pela Quarta &sembléia das ParM ria do Senador Gomes Carvalho, solicitan·
tes Irunarsat. realizada em Londres, de 14 do, nos termos Regimentais, a convocação 22- EXPEDIEI'ITE
a 16 de outubro de 1985, AprOvada. À pro- do Senhor Ministro dos Tro$1Sporte5, Dou- 2.2.1 -Comunicação da Presl~n­
mulgação. tor" José Reinaldo Tavares, para prestar, cla
Projeto de Decreto Legis]ativo n" 3,2, de perante o plenário, informações pertinen-
1989 (ri" 61/89, na Câmara dos DeputaM tes à sua Pasta, especialmente com relação -Convocação de sessão conjunta sole-
dos), que aprova o texto do Acordo de. à situação das estradas brasileiras. Apro- - ne, a realizar-se amanhã, às 15 horas, em
Cooperação Técnica celebrado entre o vado. comemoração ao Centenário da Repúbli-
Governo da República Federativa do Brasi1 Proposta de Eni.endas à Constituição ft' ca.
e o Governo da República do Paraguai, 1, de 1989, de autoria do Senador João 2.2.2 -Oficio
em 27 de outubro de 1987. Aprovado. A Menezes e outros Senhores Senadores, -Do Presidente da Comissão de Rela-
promu1gação. que altera os prazos estabelecidos no § ções Exteriores e Defesa Na_çional, comu-
Projeto de Lei do Senado n" 22, de 1989, 6<>-do art. 14, para desincompatibilização nícando a aprovação do seguinte projeto:
de autoria do Senador Jamil Haddad, que do Presidente da República, dos Governa- -Projeto de Lei do Senado n 9 233/89,
dispõe sobre o transporte de presos e dá dores de Estado, do Distrito Federal e dos que- regulamenta o arl 143, §§ }9 e 2<? da
outras providências, Aprovado. À Cernis.. Prefeitos, Votação adiada por falta de quo- Constituição da República, que dispõe so-
sãO Diretora. rum qualificado~ - -- -
bre a prestação _do serviço militar alterna-
Projeto de Lei do Senado n99], de 1989 Proposta de Emenda à Constituição n~ tivo ao serviço militar obrigatQrio, e a con-
(Complementar), de autoria do Senador 2, de 1989, de autoria do Senador Olavo seqUente prejudicialidade do PLS n 9
João Menezes e outros Senhores Senado- Pires e outros Senhores Senadores, que 125/89.
res, que estabelece, nos termos do § 99 modifica o § 39 do art. 49 do Aío das Dispo-
do art. 14 da Constituição, de 5 de_ outubro sições Constituçlonais Transitórias. Vota- 2.2.3 - Comunicação da Presidb-
de 1988, prazo para desincompatibilização ção adiada por falta de quorum qualifi- cla
de Ministros de Estado, Aprovado. À Co- cado. ~Abertura do prazo de 72 horas. para
missão Diretora. __ Proposta de Emenda_à Constituição n'1 interposição de reçurso por um décimo
Projeto de Lei do DF n9 63, de 1989, 3, de 1989, de autoria do Senador Marco- da conlp6siçã0do Senado, para que os
de iniciativa da Comissão_do Distrito Fede- Maciel e outros Senhores Senadores, que Projetas de Lei do Senado Federal n~"
ral, que autoriza a instituição da Fundação acrescenta pârái~irafo ao art._ 159 e altera 233/89-e 125/89 Sejam submetidos ao Ple--
Memoriai Israel Pinheiro e dá outras provi- a re!dação do inciso ndoart. 161 da Consti- nário.
dências, Aprovado. À Comissão Diretora tuição Federal. Votação adiada por falta
Projeto de Resolução n9 1, de 1989, de de quorum qualificado. 23-0RDEM DO DIA
iniciativa da Comissão Diretora, que altera Veto-Total aposto ao Projeto de Lei do
a redação de dispositivos da Resoluçã_o n'1 Pareçer da Comissã:o de Consti*ltição,
DF n9...54, de 19-89, que reestrutura a cate- Justiça e Cidadania sobre a Mensa!Jem rt'
146, de 1980, alterada pelas Re~_oluções goria funcional de Assistente Jurídico do
n9'50, de 1981, e360, de 1983 e dá outras 228; de 1989 (n• 613/89, na origem), de
Plano _de Classificação de Cargos de que 5 de outubro de 1989, pela ,qual o Senhor
providências, Aprovado. À Comissão Dire· trata a Lei n9 5.920, de 1973, fJXa sua retri~
-.tora. Presidente da República submete à delibe-
buição, e dá outras providências. Aprecia.. ração do Senado_a escolha do Doutor José_
Projeto de Resolução n9 51, de 1989
ção sobrestada. _ _ Luiz Vasconcellos, Juiz do Tribuna] Regio-
(apresentado pela Comissão de Assuntos
EcOnômicos como con__clusão de seu Pare- t.3.t- ~tÇrias apreci8das após a nal do Trabalho da segunda Região, para
cer n9 152, de 1989), que aUtOriza a Prefei- Ordem do Dia compor o Tribunal Superior do TrabaJho,
tura Municipal de Bonito, Estado de Per- -Requerimentos n9s 599 e 600/89, li- em vaga Originária, destinada a Juízes da
nambuco, a contratar operação de crédito dos no Expe-diente da pres_ente sessão. -magistratura trabaJhista _de carreia, decor-
no yalor correspondente, em cruzados, a Aprovados. rente da nova cOmpOsição do Tribunal.
80.848,17 OTN, de julho de 1987, junto Apreciação adiada por falta de quorum.
à Caíxa Econômica Federal, Aprovado o 1~.;! ....:blsc:unioo apÓS a Ordem do Parecer da Comissão de Cosntituição,
substitutivo, ficoando prejudicados o projeto Ola Justiça e Cidadania sobre a Mensagem n9
e a emenda. À Coniissão Diretora. SENADOR W~OIY LOBÃO - Carta 229, de 1989 (n• 614/89, na origem), de
l'i-ojeto de Resolução n9 67, de 1989 enviada ao Jornal do Brasil repelindo acu- 5 de _outubro de 1989, pela Qual o Senho_r
(apresentado pela Comissão de Assuntos sações de parlamentar do Paraná. Presidente da República sobmete à delibe-
Económicos como conclusão de seu Pare- SEIYADOR_MARCO MACIEL - 164• ração do_Senado a escolha do Doutor Hylo
cer 0'1231, de 1989), que autoriza a con- aniversário .do Diário de Pernambuco. 19 Bezerra Gurgel, Juiz do Tribuna] Regional
cessão de garantia da União aos titulas Centenário da República. do.Jrabalho da Quinta Região, para com-
que menciona, AproWJdo o_ substitutivo, fi- SENADOR RUY BACELAR ~ Paralisa· por o Tnbunal Superior do Trabalho, em
cando prejudicados o projeto e as emen- ção das obras de Xingó. vaga originária, destinada a Juizes d~ Ma-
das. A Comissão Diretora. SEJYADOR MAGRO BEIYEV!DES- Pa- gistratura Trabalhista de Carreira, decorre-
Requerimento n9 566, de 1989, de auto- raliSãção das obras da Usina de Xingó: tente da nova composição do Tribunal.
ria do Senador Dirceu Carneiro, Solicitan- Apreciação adiada por falta de quorum.
do, nos tefmos regimentais, tenham trami- 1.3.3.- Comunicação da Presidên- Parecer da Comissão de COnstituição,
tação conjunta os Projetas de Lei do Sena- cia Justiça e Cidadania sobrê a Mensagen n9
do n"176, 178, 200, 211, 236 e 237, de Cónvocação de sessão extraordinária a 230, de 1989 (n• 615/89, na origem), de
1989, dos Senadores Nelson Carneiro, Ju- real[zar-se hoje, às 18 horas e 30 minutos, 5 de oub.lbro de 1989, pela qual o Senhor
taby Magalhães, Antônio Lulz Maya, Fran- com Ordem_da_Dia que designa. Presidente da República submete_ à delibe-
cisco Rollemberg, Dirceu Caméiro e José ração do Senado_ a esco1ha do Doutor
Fogaça, resp-ectivamente, que dispõem 1.4-ENCERRAMENTO Frandsco Fausto Paula de Medeiros, Juiz
668.6 Quarta,feira. 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989 ·

do Trib\JMI Regional do Trabalho da Sexta qUalidade de Suplente de Ministro Oas- Presidente da República submete à delibe-
Região, para compor o Tribunal Superior sista, repreSentante dos -Trabalhadores, ração do S~nado a esColha do Doutor Osó--
do Trabalho; em vaga originária, destinada compor o Tribunal Superior do Trabalho, rio Coelho Guimarães Filfio para, na qua1i-
a Juizes da Magistratura Trabalhista de em__y_a_ga originária, _decorrente da noVa dade de S~p_l~':l~ _de Min_istro Classista, re-
Carreira,..dec01rente da nova CGQ'l.posição composição do TriblJll.ê).Apreciação adia: presentante dos Empie9adoreS, compor
do Tnbunal. Apreciaçlio adiada por falta da por falta _de quorum. o Tribunal Süj)erior do Trabalho, em vaga
de quorum. __Parecer da Comissão de, Constituição, originária, decorrente da nova composição
Parecer da Comissão de ConstituiçãO, - Justiça e Cidadania sobre a Mensagem n~ do Tribuna1. Apreciação adiada poi- falta
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem r1' 236, de. I 989 (n• 621189, na origem), de de quorum.
231, de 1989 (n9 616/89, na origem), de 5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor -Pãrecer da CO!Uissaõ- de COhstitúiçao:
5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor Presi~ente da República submete à delib~
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem n~
Presidente da República submete à delibe- ração d_o Senado a escolha d.o Doutor Jl,J- 244, dé I 989 (n• 644(8-g, i\á Oiigem), de
ração do Senado a escolha_ do Doutor Ney venal Pedro Cim para, na qualidade de Su- 13 ~-e outubro do coi-reri~ ano, pelã qual
Proença Doyle, Juiz do Tribunal Regional plente de Ministro Oassista, representante o Senhor Presidente da Repúblicéisubmete
do Trabalho da Terceira Região, para com- dos TrabalhadOres, compor o Tribunal su~­ a deliberação do Senado a escolha do Ge~
por o Tribunal Superior do Trabalho; em perior do Trabalho, em_ vaga originária, de- neral-de-Exército Wilberto Luiz Lima, pãra
vaga originária, destinada a Jufzes da Ma- corrente da nova composição_doTribunal. exercer· o cargo de Ministro do Superior
gis!Iatura Trabalhista de Carreira, decor- Apreciação adiada por falta de quorum. Tribunal Milit;ar, na vaga deCorrente da
rente da nOva cOnlposição do TrfbunaJA- Parecer da Comissão de Constituição,
aposentadoria do Ministrõ General-de-E:
preciação adiada por faJta de quorum. xército Alzir Bejainirri ChalõUb.ApieclaÇBo
Parecer da Comissão -de Constituição, Justiça e Cidadania sobre a Mensagem IY' adiada por falta de quorum..
237, de I989 (n• 622/89, na origem), de
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem no
5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor
232, de 1989 (n• 617/89,na origem), de Presidente da República submete à delibe- 2.3.1 - Ct;»muidcação da Presld~n~
5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor da .
ração do Senado a eScolha do Doutor
Presidente da República submete à delibe- Frãnclsco Leocádio Araújo Pinto, para
ração do Senado a escolha do Doutor Ur- -Convocação de sessão extraordinária
compor o Tribunal Superior do Trabalho, a realizar-se amanhã, às 10 horas.
sulino Santos Filho, para compor o Tribu- em -vaga originária, decorrente da nova
nal Superior. do Trabalho, em vaga erigi~ 2.3.2 -Discurso após a Ordem do
composição do TST, destinada a Ministro
nária. destinada a Advogados, decorrente Classista, representante dos Empregado- Dia
da nova composição do Tribunal.Apreda:
res. Apreciação adiada por falta de quo-- -SENADOR GERSON 0\M<\TA Fun-
çáo adiada por falta de quorum.
Parecer da COmissão de Constituição, rum. cionamento concomitante do Senado
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem n" Pai'ecer da COmissão de Constituição, com ·a ConliSsão Mista de Orçamento.
233, de 1989 (n' 618/89, na origem), de Justiça e Cidadania sobre a Mensagem n>?
5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor 238, de 1989 (n• 623/89, na origem), de 2.3.3 - Designação da Ordem. do
Presidente da República submete à delibe- 5 de outubro de 1989, Pela qual o Senhor Dia da próxima sessão
raçio do Senado a escolha do Senhor José PreSiderite da -República submete à delibe-
ré!ção do Senado a escolha do Doutor 2.4- ENCERRAMENTO
Francisco da Silva, para compor o Tribunal
Superior do Trabalho, em vaga originária, Afonso Celso Moraes de Sousa Carmo, pa- 3 - DISC(JRsO PRON(Jl'!CIADOO
decorrente da nova composição do TST, ra compor o Tribunal Superior do Traba- EM SESSÃO ANTERIOR
destinada a Ministro ·aassista, represen- lho, em vaga originária, decorrente da nova
composição do TST, destinada a Ministro -D_o Sr. João Menezes, proferido na
tante dos Trabalhadores. Apreciação adia- sessão de 25-10-89 ·
da por falta de quorum. ClciSSista, representante dos Empregado-
Parecer da Comissão de Constituição, res. Apreciação adiada por falta de quo-
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem no rum. 4 - REI1FICAÇÕES
234, de 1989 (n• 619/89, na origem), de Parecer da Comissão de Constituição, -Ata da 149• sessãO, realizada em
5 de outubro de I 989, pela qual o Senhor Justiça e Cidadania sobre a Mensagem n9 I I-10·89
Presidente da República submete à delibe- 239, de 1989 (n• 624/89. na origem), de -Ata' da 152 9 - seS"são, realizada em
ração do Senado a escolha do Senhor José 5 de -OutUbro de 1989, pela qual o SentrOr 16-10.89
Calixto Ramos, para compor o Tribunal Presidente da República submete à delibe-
Superior do TrabaiQo, em vaga originária, ração do Senado a escolha do Doutor Pau- 5 - CONSELHO DESOPERVISÃO
decorrente da nova composiç~o do TST, fo de Aze-vedo-r·A~Mqttes para, na qualidade DOPROOASEN
destinada a Ministro Classista, represen· de Suplente de Ministro Oassista, Repre.: - Ata da I 02'- reunião, realizada em
tante dos Tranbalhadores. Aprecü1ç~o sentante dos Empregadores, compor o 29~9-89. ~ .- .
adiada por falta de quorum. Tribunal Superior do Trabalho, em.vaga
Parecer da COmissão de Constituição, origíliária, decorrrente da nova composi- 6 - MESA DIRETORA
Justiça e Cidadania, sobre a Mensagem ção do Tribunal. Apreciação adiada· por
n9 235, de 1989 (n9 620/89, na origem) falta de quorum. 7 - ÚDERES E VICE'ÚDERES DE
de 5 de outubro de 1989, pela qual o Se- Parecer da Comissão de Constituição, PARTIDOS
nhor Presidente da República submete à Justiça e Qdadania sobre a Mensagem n9
deliberação do Senado a escolha do Se- 240, de 1989 (n' 265/89, na origem), de 8 - COMPOSIÇÃO DAS COMIS-
nhor Mayó Uruguaio Fernandes para, na 5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor SÕES PERMANEN'IES
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Quarta-feira 8 6687

Ata da 171\1 Sessão, em 7 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária. da 48~ Leaislatura
Presidência dos Srs. Nelson Carneiro e Pompeu de Sousa

As 14 HORAS E 30 MJN(ffOS, ACHAM.SÉ ANEXO AO PARECER N' 299, DE I 989 de esêalóiiãiTlêitto vertkãJ con&tante: dO pr~
PRESENTES OS SRS. SENADORES: jetQ já em tramitação nO Senado Fedefãl:
· RedaçãO final da emenda do Se/iado Em conseqüêncía ímPririi.iUMse maior celeri-
Mário Maia - Alu~Io Bezerra - Nabor Jú~ ao Projeto de Decreto Legislativo' n" 28, dade ao desenvolvimento dos servidores, pas-
nior - Leopoldo Peres -
Odacir Soares - de 1986 (n 9 157186, ns Cknara dos De~
Jarbas Passarinho - Antonio Luiz Maya -
sando a .progressão a se realizar de 12 em
putados).
Alexandre Costa -João Lobo - Chagas Rcr 12 meses.
drigues - Carlos Alberto ........ Raimundo Lira EMENDAN•1 Propõe-se, também, a criação da gratifica-
-Marco Maciel- Francisco RoUemberg -
(Corresponde à Emenda n 9 1 - CRE) ção--a~ interiorização, destinada a compensar

Lourival Baptista- Gerson Cãmata- Nelson Inclua-se o seguinte art. 2 9, renumerando-se a situação de difícil acesso, em termos de dis-
Carneiro -Mauro Borges-Pompeu de Sou- o atual art. 29 para 3~>:
tância e isolamento, dos professores que lede:
sa-Meira F~ho- Louremberg Nunes Rocha nam nas escolas situadas na ~a rural, além
Art. 19 ......................................................... do atendimento multidisciplinar que lhes com-
-Rachid Saldanha Derzi- Gomes Carvalho
"Arl 2" São sujeitos à aprovação do pete.
- José Richa - Dirceu Carneiro - Carlos
Chiarem- Irapuan Costa Júnior.
Congresso Nacional quaisquer atos que SO]icltando a. compreensão que Vossa Ex-
possam 1resultar em revisão da presente celência por certo terá no encaminhamento
Convenção, bem como aqueles que se da matéria, renovo-lhe protestos de conside-
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de So.usa) destinem a estabelecer--lhe ajustes com- ração e apreço. -..Joaquim Domingos Roriz,
- A lista de presença acusa o comparec_i- plementares." Governador do Distrito Federal.
mento de 27 Srs. Senadores. Havendo núme-
ro regimental, declaro aberta a sessão. MODlFICAÇÕES AO PROJETO DE LEI
Sob a proteç:ão de Deus, iniciamos nossos. O sit .PREsiDENTe (PompeU de Sousa) '-00 DF SOBRE A CRIAÇÃO DA
trabalhos. - O Expedierite lido Vai à publicação. cARREIRA MAGISTÉRIO PÚBUCO
O Sr. 1~"-Secretário procederá à leitura do O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) DO DIS1RfTO FEDERAL
Expediente. · """"A Presidência recebeu,--do Governador do
É lido o seguinte 1. No artigo 29, caput:
Distrito Fe<;ieral, a mensagem ri~ 115, de. ~substituir o período de 18 meses por 12
1989-DF (N~ 105/89, na ·origem), de.7 do cor•
EXPEDIENTE rente, encaminhando ao Senado proposta de
meses.
2. No artigo 5'1, caput, acrescentar a expres-
Aviso modificação do Projeto de Lei do DF n9 66, são - cargos ou antes da f>?lavra empregos.
Do Ministro da Aeronáutica de 1989, que cria a Carreira Magistério Público 3. No artigo _69; · --
do Dístríto Federal, seus encargos e empre~ -nos incisoS I-é II acrescen_tar a expressã9
N9 8/GM~ 7/500, de ]9 do corrente, encamiM gos; flX8. os valores de seus vencimentos e
nhando informações prestadas pelo Ministério -cargo ou após a palavra emprego.
salários e dá outras providências. 4. No artigo 79, caput:
da Aeronáutica sobre quesitos constantes do A matéria será encaminhada à Comtssão
Requerimento n9 499, de 1989, do Senador - acrescen~r antes da palavra emprego a
do Distrito Federal e anexada ao processado expressãO - cargo ou; ·
Jamil Haddad. do Projeto de Lei do DF n~ 66, de 1989. -ainda no·§ 29 SC"lesCel)tar antes da pala-
(~ncaminhe~se cópia ao requerente.) É a seguinte a Mensage;. recebidá pela vra emprego a··'expresSãe- cargo ou.
Presidência. 5. No § 59 do artigo a~, modificar a redação
para:
Parecer MENSAGEM N• 115, DE 1989-DF § 5~ Para efetio de transposição o servidor
(N• 105/89-GAG, na origem)
PARECER N• 299, DE 1989 que não optar por riova carga hor.ária, perma-.
(Da Comissão Diretora) Brasília, 7 de novembro de 1989 necerá com a respectiva carga horária defini-
Excelentíssimo Senhor Presidente do Sena- tiva atual. _
RedaÇão final da emenda do Senado do Federal, e
6 Nos §§ 19, 2-1 39 do artigo 12, alterar
ao Projeto de Decreto LegislativO n 9 28, Honra-me encaminhar a Vossa Excelência a redação para:
de 1989 (n" 157186, na Câmara dqs De-
putados).
proposição no seritido de alterar o Projeto de _§ I ç A progressão por antiguidade dar-se-·
Lei referente à crl~ç:ãQ àa Carreira Magistério á de 12 (doze) em 12 (doze) meses, de um
A Comissão Diretora apresenta a redação Público do Distritcll='e""àeral, enviado a essa padrão pa1a outro, respeitadas as interrupções
final da -emenda do Senado ao Projeto de De- insigne Casá Legislativa em 16 do mês próxi- previstas na progressão por merecimento e
creto Legislativo n• 28. de 1989 (n• 157/86, mO passado, através da Mertsagem n9 o disposto no art. 78, da Lei ·n9 7.692, de 11
na Câmara dos Deputados), que aprova o tex- 09!/89-GAG. de agosto de 1971.
to da Convenção destinada a evitar a Dupla Tais alterações ~sultaram de negociação § 29 A progressão por merecimento pro-
Tributação e a Prevenir a Evasão Fiscal effi com o Sindicato dos Professores do Distrito cessar-se-á 2 (duas) vezes ao ano, quando
matéria de Impostos sobre a Renda entre o Federal- SINPRO. o professor ou ·especialista atinQ-Ir o padfào
Governo da República Federativa do Brasil e Entre as alterações algumas respeitam tão- VI, XII ou XVIII, após a aferição de mérito, atra~
o Governo da RepúbliCa Popular da Hungria, somente ao aspecto de forma do projeto origi- vés de cursos de treinamento; aperfeiçoamen-
celebrada em Budapeste, a 20 de junho de nário, não modificando; portanto, a essência to, especialização e outros, conforme regula-
1986, assim como o Protocolo acordado no de seu conteúdo: · inentação do Conselho Diretor da Fundação
mesmo local e data, que a integra. Talvez a mais substandal se refere a reestru- Educacional do Distrito Federal, que será ex-
Sala de Reuniões da Comissão, 7 de novem- turação dos cargos que integram a Carreira, pedida no prazo de 30 (trinta) dias, após a
bro de 1989.- Nelson Carneiro, Presidente aumentando-se .de 19 para 25 o número de publicação _c:;iesta Lei. _ _
-Pompeu de SouS!J, Relator- NaborJúnlor padrões a: serem percorridos pelo servidor, § 3'! Na progressão por merecimento pa·
-Antônio Luiz Maya. respeitados os índices inicial e final 9a tabela ra os padrões VU, XID ôu XIX será computado
6688 : Quarta-feira 8 DIÁRIO DÓ CONGRESSO NACIONAL (Seção D) Novembro de 1989

o tempo de serviço acumuJado nos padrões dores a que se refere" esta Lei, as seguintes "Art. -17 -_A Gratificã.ção por Exerddo em
imediatamente inferiores. sendo o servidor re- gratificações e vântage"ns concedidas a. qual- Escala 4iklral será paga ao Professor que atua
posicionado no nível correspondente até o li~ quer título, inclusive aquelas decorrel"!tes de em escolas-situadas na zona rural do Distrito.
mite máximo de 5 (cinco) padrões. Acordos Coletivos de Trabalho oujucb~ais;" Federal e será caJcuJada na base de 30% (trin-
7. O caput do art. 13 passa a ter a se-guinte 8. No artigo 14: ta por cento) sobre o vencimento ou salário
~ão: -acrescentar o inciso III ao artitgo 14. do Padrão I, nível 1, do cargo de Profes_sor,
~ 13. Ficam extintas, por serem defini- m-A Gratificação por·Exercício em Escola com carga horária de 20 (vinte) horas sema-
tivamente absorvidas pela nova remuneração Rural. nais."
fixada nos arts. 9'1 e 1O, a partir da transposição -inserir após o artigo 16, a s-eguinte reda- -em conseqüênCia remunerar os demais
de que tratam os é)rts. 2~> e 3 9 , pata os servi- - ção: ·artigos, a partir do 17.

A N E XO I
(Art
- 1~ da Lei n• . •• de 1989)

CARREIRA MAGISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL

DENOMINAÇÃO CLASSE PADRÃO QU.AÜTIDADE


CARGO I EMf'RECO

ES~ECIALISTA DE EDUCAÇÃO
~-

ÚNICA I a XXV 53 370


(Superior - Licenciatura Plena)

PROFESSOR NÍVEL 3 ÚNICA I a.xxv 110 10.600


(Superior - Licenciatura Plena)

PROFESSOR NÍVEL 2 ÚNICA I a XXV os. 2. 7CO


(Superior - Licenciatura Curta)

PROFESSOR NÍVEL l - ÚNICA I a XXV 37 5.250


(f.tédió - Habilitação de 2~ Grau)

ANEXO II

(Art. da Lei n• de de de 1989)

SITUACÃO NOVA
SITUAÇÃO ANTERIOR CARRETA/\ MAGISTÉRIO PÚBLICO DO DF.

NÍVEL/ CLASSE PADRÃO CARGO


CATEGORIA'FUNCIONAL
XXV
XXIV
XXIII
TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS NS õs XXII ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO
XXI

'
PROFESSOR DE ENS:i:NO DE l_g e 2• GRAUS 3
"I XX
XIX
XVIII
XVII PROFESSOR NÍVEL 3
Novembro de 1989 . DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Quarta-feira 8 6689

A N E 'x O II

(Art- da Lei n• de de de 1989)

SITUAÇÃO NOVA
SITUAÇÃO ANTERIOR (QCPM)
CARREIRA MAGISTÊRIO PÚBLICO DO DF.

CATEGORIA FUNCIONAL NÍVEIS CLASSE f?AnrtÃO C A R G 0

XVI
ÚNICA
XV I
XIV
XIII
..
XII PROFESSOR NÍVEL 2
PROFESSOR DE ENSINO DE 11 e 21 GRAUS 2 XI
X
IX
V"[II
VII
PROFESSOR'DE ENSINO DE 1~ e'2t GRAUS 1 V! PROFESSOR NÍVEL 1
v
TV
lll
II
l
XXV
XXIV
XXUI
09 a 16 XXII ESPECIALISTA DE EDUCAÇÃO
ESPECIALISTA DE EDUC~ÇÃO
XXI
(MG III E) XX
XIX
XVIII PROFESSO~ NÍVEL 3
'PROfESSOR CATEGORIA "C" 09 a 16 XVI!
(MG III C) XVI
XV
ÚNICA XIV
XIII
PROFESSOR CATEGORIA "B" os a 12 XII PROFESSOR NÍVEL 2
XI
(MG II B) X
IX
VIII
vu
PROFESSOR CATEGORIA "A" 01 a oa VI PROFESSOR NÍVEL 1
v
(MG I A) lV
III
1T
I
6690 Quarta-feira 8 biAAJf> DO CONORESSO NAOONAL (Seção D) Novembro de t989

ANEXO U.I

(Art. da Le~ n~ de. de de 1989)


TABELA .DE ESCALO:~AMENTO VERTICAL

CARGO/EMPREGO CLASSE. PAD.X0 ll:DIC!:

XXV 220
XXIV .
216
>;XIII 212
ESPECrAI.ISTA DE EDUCAÇÃQ XXII 208
XXI 204
(S~periOr - Licenciatura Prêna) XX 200
XIX 196
XVUI lB4.
PROPESSOR - NÍVEL 3 XVII 180
XVI 176
(Super~cr - Licenciatura Pl~na} XV 172
XIV 168
XJ:II 164
152
PROFESSO-~ - N!VEL 2 XII 148
XI 144
(SUper!or - Licenc!atur~ CUrta) X 140
IX 136
VIII 132
VII
~ROFESSOR - N!VEL 1 VI 121
v U7
(Mê~o - Habilitação de 29 Grau) IV '113
III 109
II 105
r 100

OSR. PRESIDEN1E (Pompeu de Sousa) O SR. PRESIDEI'ITE (Pompeu de Sousa) esqueceram-se dO juramento de Hip6crates
- Sobre a mesa, comunicações que serão ~As comunicações lidas Vão à publicação. que fiZeram, ao se formar, e não resl:st:irani
lidas pelo Sr. 1' Secretário. Há Oradores inscritos. à tentação de transformar o exercício da nobre-
São lidas as seguintes
Concedo a palaVra ao nobre Senador Leu- profissão em "negópoS", ou lu_cros.·
rival Baptista. Novamente ocupo a trwuna ~ra ressaltar
Brasília, 6 de novembro de i989. a excepcional competência do Professor Aloy-
Senhor Presidente, OSR. LOORIVAL BAPTISTA·(PF~­ sio Campos da Pê~Zj Júnior, que, no período.
Nos termos regimentais comunJco a V. f:x!' SE. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Pr~ de 2 a 14 de outubro de 1989, a convite da
a prorrogação por mais 15 dias do prazo para sidente, Srs. Senadores, tive a oportunidade Universidade de Tulaine, em New Orleans, Es-
apreciação ppr esta Comissão, dos PrOjetes de clivulgar, analisar e, inclusive, incorporar tados Unidos, ministrpu curso ;;obre a reabili·
de Decreto LegiSlativo de n9s 48 e 49, de 1989. ao texto do meu pronunci~ento, follT).ulado tação de crianças incaoacitadas.
Na oportunidade, renovo a V. Ex-, meus pro- nO dia s- de agosto passado, a corajosa entre-
testos de; elevada. estima e consideração. - vista concedida pelo Dr. Aloysio Campos da Ioda experiência aCumulada "ao longo -des-·
Senador Chagas Rodrigues, Presidente em -Paz: Júnior ao Jornal do Brasil. que a publicou tes anos no Sarah, deu a este Hospita1 projeçáo
exercício. .· sob o titulo de "A Medicina não é Comércio". internacional.
OF. N• 138189 A grande e compreensível repefCl.!.ssâO das O.Sarah hóje se decliéa, como _Cen_tro Na-
Brasl1@, 6 de novembro de 1989. declarações e conceitos do Dr_. Aloysio Cam- cional de referência, a analisar c:Oticamente
Senhor Presidentê; · pos ·da Paz Júnior foi certamente mot_i':'.:i.da todo o seu acervo científico\~' através de inter-
Conforme ofício qUe lhe foi remetido pelo pelo_ indiscutível prestígio técníco-proftSSional câmbio com universidades QO exterior, trans-
Senhor Presidente do Grupo Brasileiro do Par- e credibilidade des~e ilustre DoutOr em Orto- mite aqqilo que aprendeü e transfere conheci-
lamento Latiria Americano venho comunicar pedia e Traumatologia. mento de ponta, que é aplicado no·seu dia-a-
a Vossa. Excelência, de conformidade com ·o Ao mesmo tem:po deve-se acentuar a deli- dia. COm .a decisão dó Presidente Samey em
artigo 39 do ReQimento Interno, que estarei cadeza, seriedade, densidade técnica e cora- expandir a proposta do "Sarah"1 criando aRe-
ausente çio País no período de 8 a 14 do pre- gem da análise elaborada 1pelo Dr. Aloysio de Nacional de Hospitais de. Medicina do Apa-
sente mês. Campos da Paz Júnior a respeito da mercan- relho Locomotor e implantando hospitais se-
Com meus votOs de apreÇo _e atenciosas tilíi:aÇão e da Obsessiva p!Ji!!ocupàçãO de lucros melhantes coordenados pelo "Sarah", iruciaJ-
Saudações. -lrapuan CostaJunior. Senador. daqueles médicos que, em algumas clínicas, mente em S~ Luis, Salvadór e COritiba. o
Novembro de 1989 DIÁR!O DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) QUarta-feira 8 6691

BraSil terá uma das melhores, senão a melhor paciente; do rrtédico com a instib.lição. Isto a indefinição dos limites de lucros, em modelo
rede de hospitais de reabilitação. é: o argumento da liberdade profissioilal, tra- económico e social, onde o sucesso é identifi-
O trabalho do Dr. Aloysio CampOs da Paz duzido pelo individualismo. cado com a capacida:de de se ganhar dinheiro.
Júnior concentra-se no momento em treinar É evidente que esta concepção vai de en- A questão saúde/assistência t~m de ser ana-
wna grande quant!dade de pessoas para levar contro a qualquer possibilidade de organiza- Usada pelo plano ético.
esta rede, no futuro, aos atuais níveis de com- ção do trabalho. A resistência ~ instituciona- O que ocorre na medicina é um _reHexo da
petência do "Sarah". . lização toma assim vulnerável o setor p_].'íblloo, sociedade especulativa, que investe no jogo
Dando prosseguimento à notável e patrió- na medida em que é reforçado o individua- e não no trabalho. Se um médico recebe m_ais
tica campanha que vem desenvolvendo, nó lismo. para operar mais doentes, o resultado é que
âmbito da sua especialização científica· e técni- Enquaritõ as· profissões, na sua maioria, freqüenternente opera todos.
ca, o Dr. Aloysio Campos da Paz JUitior divul- neste final de sê_culo caminham para uma prá- Precisamos de um Estlldo que se torne
gou, recentemente, um va1foso artigo sobre tic.a ooletiva, ·somente aquelas_ que lidam com competente pela via óbvia do salário digno,
a "Assistência Médica", que oJomlli do Bmsif a vida espiritual e material preseiWm, no mun- da retomada dos investimentos e do retomo
publicou em sua edição de domingo passado, do tecnológico, a convivência com cotidiano à população de lJITl serviço que, despojan-
5 de hovembro, e que requeiro seja incorpo- da Idade Média: "Eu e os meus doentes"". do--se do corporativismo, se preze pela compe-
rado ao texto deste conciso pronunciamento, Abre-se espaço para teoria neoliberal, que tência, que gera o conceito que justifica o in-
em face da sua importância intrínseca, como difunde a necessidade de "reduzir-se o Esta- vestimento. - - - - -- -
valiosa contribuição à solução dos problemas do". Procurando mascarar apropriação sob a
da organização dos serviços médfcos no Bra- retórica da privatização, os adeptos desta teo·
sil. ria se esquecem de que a sociedade c_omo O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
Erain ,Eistãs as observações que desejava um todo financiou a máquina. Em nenhum - Concedo a palaVra ao nobre_ Senador Go-
fazer, ao mesmo tempo em qué _feJicito esse momento falam na socialização-_dos benefí- mes Carvalho.
ilustre médico brasileiro pela spa tenacidade, cios. Para onde irá esse imenso património O SR. GOMES CARVALHO (PR. Pro·
dinamismo e rara capacidade, cujo desem· que foi construído com ·o imposto _e com a nuncia o seguinte discurso. Sem revisão do
penha já o consagrou, dentro e fora d;;u; nos- contribuição compulsória do traballiador? orador.) - Sr. Presidente_ e Srs. Senadores,
1
sas fronteiras, como um dos.mais expressivos Não é à toa que as Santas Casas, as "miseri- trago como tema, nesta tarde, a esta Casa,
valores da Medicina brasile:ira _(Muito bem! Pai· córdias" se associam às Federações Brasi- a cafeicultura brasiJeira. Como Senador doEs-
mas.) leiras de Hospitais. .. tado do Paraná, filho de cafelcuhor, que viveu
Nesses fatos está o mesmo vfcto que faz os seus dfas de infância em terreirOs de café,
DOCUMENTO A OOE SE REFERE O com que o Estado brasileiro sempre servisse posso dizer aos ilustres Senadores e ao nosso
SR. LoaRIVAL BAP71STA EM SEU DIS· a ulna elite. Esta mesma elite, imaginando Presidente que, lamentavelmente, no Br~sil de
CURSO: o Estado fugir-lhe do domínio, em função do hoje, falta uma poFrtica adequada à cafeicul·
crescimento e complexidade da sociedade, tura brasileira.
Jomal do Brasil. domingo, 5-11-89 deseja dele apropriar-se "simplificando-o", - O Estado do Pliraná, que já foi líder da cafei-
ASSISTàiOA MÉOICA ''tomando-o menor", "erugJ.gando-o:~ mas, na cultura nacional, hoje não é o segundo nem
verdade, dMdirido-o em partes generosas en- o terceiro produtor. É o quarto no contexto
Aloysio Campos da Paz Júnior* tre si mesmas. nacional na produção dé grãos de café. O
"'A E1..1TE BRASILEIRA. IMAGINANDO Por outro lado, nós médicos, operàdores Estado do Paraná deixou de produzir as quan-
O ESTADO FUGIR-LHE DO DOMINIO, do modelo, agimos como free--Jancers. Mes- tidades que o levavam à liderança na cafei-
DESEJA DELE APROPRIAR-SE rrio aqueles que estão dentro de hospitais_ esta- cultura, exclusivamente pelas questões climá-
"SIMPLIFICANDO·O', TORNANDQ.O tais constantemente se voltam contra o Esta- ticas. Pla-ntou-se no meu Esta_d_o~ de forma
MENOR'. ENXUGANDO.()"." ~ _dO, dizendo que este é ineficiente. A Ineficiên- indiscriminada, o café em regiões em que as
cia, induzida, gera: insegurança na c_omuni- condições de clima não eram (~oráveis; por
Existiria a necessidade de se i"ever a organi- dade e a justificativa para indicar ao doente isso mesmo os cafezais foram sendo dizima-
zação dos serviços médicos no Brasil, a partir "um lugar melhoronde'também trabalho" ..."; dos, erradicados, até porque o IBC, na época,
de uma visão social e não corporativista do "Estamos em greve por falta de condições oferecia aos cafeicultores incentivos para a sua
ato médico? de trabalho".- E os hospitais que nas guerras erradicação. No entanto, o café, como nõma-
Esta transformação passaria pela criação
a.tuaram até em estaçQes de metrô ou sob de, voltou ao seu Es.tado de origem e hoje
de um sistema médico unificado que, resga-
bombardeio? Parece qúe o componente desi- o. sul de Minas é o principal produtor do País.
tando o setor público e provendo-o de recur- gual é condição essencial. Agora vejo com consternação, na imprensa
sos humanos e materiais adequ~dos. estabe-
A dupla militância, ou seja, o exercido de naciOnaL que o sul de .Minas também está
leceria uma correta relação entre o setor públi- dois empregos, é prática constantemente rela-
co e os concessionários na assistência mé- erradicando os seus cafezais, porque vão plan-
cionada com uma insegurança induzida. Inse-- tar uma nova cultura nessa região que já !!
dica? gurança originada na incapacidade do médico
A discussão sobre .assistência médica no
absoluto sucesso no interior de São Paulo,
de se institucionalizar: "Eu ganho pouco, te- a Lar:onja, em funçãp do sucesso das exporta-
Brasil é centrada na participação do Estado, nho que trabPJJ.har em outro lugar"... Entre- ções dos dtricos, em razao de uma política
ou na sua relação com a chamada Iniciativa tanto, é o Estado que lhe paga noS vários adequada de exportação, de transformação
privada. lugares e se nega c'bm ele, a pô-lo num só. ds laranjas em suco, que hoje, na balança
Em nenhum momento entretanto a questão Afmal, este é também o interesse do Estado comercial do Pais, já é o segundo item mais
fundamental é abordada: a organização Cio tra-
Cartodal. A dupla militância cria as condições importante. MaiS uma vez comprova-se no
balho. Ao não se definir a forma pela quaJ para que o Estado e o cidadão médico prati- País que a falta de uma polftica adequada leva
os médicos e paramédicos devam ter suas quem à antrópofagia. O cidadão que não é os agricultores a mudar as suas culturas. Te-
tarefas organizadas, a discussão se toma retó-
rica, improdutiva.
médlco, sem entender paga o bibuto. mos o exemplo mais recente da cana-de-a-
Há também a vertente ideológica da classe çúcar. Já falei desta tribuna sobre o problema
A organização do trabalho na prática mé-
média: "Afinal não posso ocupar lugar de po-- do álcool. Vamos ter, sim, senhores, que im-
dica esbarra em concepção milenar que pres-
bre". Postor álcool, quando já rodam por ai mais
supõe relação Individual: do médico com o M sucateamento da rede pública, est!mu- de 4,5 milhões de veiculas a álcool. Tanto
Iad<l pelo subsidio govemamenlai à chamada a cultura do café como a cultura da cana-de-
• Cirurgilio-chefe do InstitutO Nll!donal de Mecicila rede privada e à frowddõo das regras queiibe· açúcar, além de serem importantes para o
'tio Aparelho Locomotor. mm a fonnaçio de m~cos no PaiS; junta~se PaiS, têm grande importância sob o aspecto
6692 Quarta-feira 8 "l)IÃRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção li) Novembro de 1989

social, porque sabemos que os famosos dade tem intrinsecamente uma função so-cial, Este diploma legal, em seu art. 15, reza o
bóias-frias trabalham exatamente nessas cul- não é possível que os produtores, em qualquer seguinte:
turas que necessitam do trabalho manual. área, se voltem unicamente para cn? altos lu- "São vedados e considerados nulos de
Sr. Presidente, Sfs~ Senadores, não vai de- cros. pleno· direit?, não gerando obrigações de
morar muito tempo para que se anunde que espécie alguma para a pessoa jurídica in-
O SR. GOMES CARVALHO - Agradeço
o Brasil, maior produtor de café do Mundo, teressada e nenhum direito para o benefi-
a V. Ex" o aparte. ,
vai ter que importar esse produto-. Desta tribu- Devo dizer que sou- a favor de uma política ciário, os ates que, no periodo compreen-
na. faço um apelo às "autqridades compe- dido entre o trigésimo dia da publicaÇão
adequada à agricultura, onde se inclui o café,
tentes", às "autoridades do s_etor"~ Não é pos~ desta Lei e o término do mandato do
mas_ ou totalmente contra o prot~cionismo.
sível que o Instituto Brasileiro _do Café- e co- Presidente da República, importarem em
O_ pf6tedonismo, evidentemente, é um dos
menta-se que será extintO- possa, neste mo- nomear, admitir ou contratar ou exonerar
males geradores de inflação.
mento, por falta de uma política adequada, ex offfdo, demiti(, dispensar, transferir ou
Realmente, o que ocorre na agricultura é
pelo excesso de confisco cambial, deixar sem suprimir vantagens de qualquer espécie
que toda vez que um produto agrícola obtém
solução culbJral tão importante. de servidor público, estatutário ou não,
O café já passou por Minas, pelo Estada condições favoráveis, o Governo fntervém de
forma errada, com política errada e_ com o -da administração pública direta ou indi-
de São Paulo, chego"! ao Estado do Paraná, reta e fundações instituídas e mantidas
confisco cambial. Isto já aconteceu com o ca-
voltou para Minas. São Paulo continua sendo pelo poder público da União, dos estados,
o segundo produtor e o Estado do Espíríto fé, acontece com a soja, e continua aconte-
cendo com-o cãfé. Então, preocupa-me, 50· do Distrito Federal,- dos Murúclpios e dos
Santo, o terceiro. brem=odo,- o que ocorre com o álcool, como T errit6rios."
Não defendo a monoculbJra, porque mono-
cultura na agricultura não é bom. A- mono-
acabei de dizer, com a cana-de-açúcar. Vamos Trata-se, como se vê, de um principio alta-
importar álcool com condições favoráveis à mente moralizador e que vai ~9 _en_contro dps
cultura do café no Paraná serviu tão-somente
sua produção no Pais. O Brasil talvez seja o interesses da Administração Pública, pois to-
para industrializar o Estado vizinho e irmão,
único País do Mundo, por ter dimensões conti- dos sabemos que o País vive uma quadra difí-
São Paulo. e
nentais um clima favorável, que pode plantar
Sem dúvida, não podemos prescindir dessa cil, acusando um alto déficit em suas contas.
cana-de-açúcar. Devemàs lembrar que o culti- PoiS bem: Sua Excelêrida o Senhor Presi-
cultura que tantos e tantos benefícios trouxe
vo da cana-de-açtkar se dá com muita rapi- dente _da República não vetou o artigo. Vale
ao Pais, quer rio campo social, quer no campo dez: O ciclo vegetativo é d~ apenas 6 meses,
das exportações. _ dizer, Sua Excelência sancionou a lei com este
diferentemente do café. O café é plantado e artigo e poderia fazer uso do veto parcial,' co-
Foi isso, apelo aos órgãos que cuidam do
setor, ao Ministro da Agricultura, ao Presidente
-oo depois dos 4 ou 5 anos é que dá a primeira mo tantas vezes tem acontecido.
safra. - Não tendo vetado - e não sei se o Presi-
do IBC, pata que- pOSSãiilrãpfdamente, en~
Não é possível que também os agricultores dente sanciona lei sem ler todos os artigos,
quanto é tempo, tomar Providências _efetivas,
do sul de Minas - e não vai aqui nenhuma por falta de tempo, talvez - , Sua Excelência
a fim de que isso não ocorra. crítica a esses agricultores, vai, sim, a nossa estava duplamente .adstrito, jungido a'l..Pre·
O Sr. Chagas Rodrigues - Permit~me solidariedade, por saber que o café, tendo feito ceito, devendo-lhe obediência plena.
V. ~ um aparte? uma grande peregrinação pelo Pais, volta às Sua Excelência, que é Bacharel em Direito,
OSR.GOMESCARVALHO-Poisnão. suas origens, ao sul de Minas, lá é produzido que tem assessores, houve por bem pedir um
hoje n~o só em melhores quantidades como- parecer da Consultaria Geral da República. Ao
constitui bebida da melhor qualidade - não que parece, Sua Excelência não se confOr-
O Sr- Chagas Rodrigues- Nobre Sena-
dor Gomes Carvalho, 8s consideiações de V.
é possível que esses agricultores do sul de mou, quando refletiu, em ficar privado de fazer
&~são realmente válidas e procedentes. La-
MinaS estejain dizimando e erradicando, com nomeações. Então, o que seria completamen-
tratores, aqueles cafezais, para dar lugar a ou- te dispensável, Sua ~el~ncia ouv~ _o Dr. Con-
mentavelmente não há uma política agrícola
tra cultura que, hoje, é sucesso de exportação, sultor-Gerar da República, que lhe responde,
no PaiS~ uin-a política que leve ·ao produtor
que são os cítricos .. diante dos termos claros da lei e tendo em
aquele amparo a que ele tem direito, que não
é nem pode confundir-se com privilégios. Ne- De fonna que, 8o agradecer aq ilustre Sena- vista preceitos da Constituição Federal, que
nhuma cultura pode continuar se se tomar dor o aparte, deixo registrado o meu protesto realmente o Presidente estava ,impedido de
deficitária. Por isso é neCessário que se estabe- veemente a essa falta de Política adequada fazer nomeações nesse período, e que as no-
leça. dentro dessa politica geral agrícola, uma nao só com telação ao café como à agricultura meações não. poderiam ser feitas nem na Ad-
brasileira, como-um todo. (Muítô berrt!) ministração Direta nem na lndireta, dé acordo
justa e razoável política de preços. Estou ao
lado de V. Ex' quéindo reclama o amparo devi- O SR. PRESIDENTE.- (Pompeu de Sou- corri o dispositivo legal.
do, porque nenhum agricultor - eu me sinto sa} Concedo a palavra ao "nobre senador Cha- O Senhor Presidente da República norrleia -
à vontade para dizer [sso, Porque nunca fui gas Rodrigues. um novo Consultor-Geral da _República e, com
empresário, inclusive na área agrfcola- pode a idéia fixa em nomeações, consulta o novo
manter suas atividades se elas se tornarem alto Magistrado- o Consultor-Geral da Repú-
O SR. CHAGAS RODRIGUES (PSDB blica, no meu entendimento, .é um Magistrado,
deficitárias. Ao lado oposto, também não ê
possível que os agricultores mudem de ativi- - PI. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. no alto sentido da palavra. E, agora, Sr. Presi-
Presidente, Srs. Senadores, ocupo a- tribuna dente, eu leio, para tristeza rriinha e de muitos
dade apenas porque na .Europa determinado
produto está sendo cotado por preços eleva-, do Senado, hoje, para tratar de assuntos que brasileiros. o seguinte, num dos maiores jor-
dos. Precisamos, basicamente, produzir aquilo me parece ser- da maior importância,· sobre- nais do País, o Joma/ do Brasil, edição do
que está diretamente relacionado à alimen-
tudo na quadra atual em que vive o País. último sábado, 4 de novembro:
tação do povo: arroz, feijãb, ba.tata etc. Veja~ Quero -dizer, Sr. Presidente, que neste dis-
mos o casada soja. Produzimos soja, de modo cUrso vou lamentar~ profundamente, um ato "Ferro Costa auloriza estatal a contratar
geral, para exportar. Até onde essa produção praticado por StJa Excelência o Senhor Presi- sem con-cutSol"
de soja, quase predominantemente· objetivan- dente da República. Vou, ainda, fazer um apelo Vem. a noticia
-do -os mercados consumidores estrangeiros, ao espírito público de Sua Excelência, no sen-
é correta? De modo que V. Ex' está certo. tido de reconsiderar esse ato. -Vou ler apenas o iJ:lício da noticia:
Medidas precisam ser tOmadas. Precisamos Sr. Presidente, tudo começou com a recente Brasijja --Com menos de três meses
ter uma política agrícola de preços justos, pro- Lei Eleitoral, a Lei n9 7.773, de 8 de junho no cargo.. o consultor-geral da R_epública,
teger o agricultor, para não ter prejuízo. AO de 1989, que dispõe sobre a eleição para Presi- · 06vis Ferro CoSta, mudou um parecer
mesmo tempo, tendo em vista que a proprie- dente e Vice~Presidente da República. do consultor da República, Sebastiao
Novembro de 198!,1 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Quartacfelra 8 6693

Afonso, sobre a neCessidade de concurso dir, Sr. Presidente, fundonário público com b) Empresas Públicas;
Público para a contratação em empresas servidor público, mas as empresas públicas c) Sociedades de Economia .Mista.
estatais e a obrigatoriedade delas respei- e as sociedades de economia mista integram De modo que o Senhor Presldef\le da Repú·
tarem a lei eleitoral, que as impedia de a chamada Administração Indireta e é a pró-
blica desrespeitou o Decreto-lei )19 200, da
admitir ou demitir servidores até março pllia Constituição que, no seu Titulo m, Capftul.o
Reforma Administrativa, desrespeita a recente
de 1989. "É a interpretação mais adeq-ua- VIl- Da Administração Pública, Seçáo I, Dis-
Lei.Eieitoral e afronta a Constituição da Repú-
da à teoria constitucional", argumenta posições Gerais, diz:
blica. Eu poderia citar, neste ~reve espaço de
Ferro Costa em seu parecer, ~provado ..Art 37. A administração pública di- tempo de que disponho, Hely Lopes Meirelles,
pelo presidente Samey terça-feira. reta, indireta ou fundacional", -portanto, ex-Professor, autoridade insuspeita, que, em
Com o devido respeito, Sr. Presidente, não trata de tudo de qualquer dOs Poderes seu "Direito Administrativo Brasileiro", 14• ediM
sei o que S. Ext entende por iilterpi'etação da CJniáo, dõS EStados do Distrito Federal ção, atualizada de acordo com a Constituição
e, ainda a mais, adequada à Teoria ConSti- e dos Municípos obedecerá aos princípios de 1988, que continua a dizer, na pág. 316:
tucional. de legalidade, impessoalidade, moralida-
"ESPÉOES DE ENTIDADES
O Excelentíssimo Senhor Presidente da Re- d~ publicidade e, tamb~m. ao seguinte:"
PARA ESTATAIS
pública cometeu uin segundo equívoCo. Sua
Excelência não tinha de consultar a mais nin- O paraestatal é o gênero, do qual são
E nesse art. 37, Sr. Presidente, também nos espécies distintas as empresas públicas;
guélll, e o Dr. Consultor-Geral da República, inciso XVII e XIX, a Constituição trata da admi-
pelo menos, foi indelicado, porque, diante de as sociedades de economia mista, as fun.
nistração indireta. dações instituídas pelo Poder Público, e
wn parecer recente, S. Ex" não deveria, haven- No inciso XVU, _re~ a_ Çonstituição:
do tantos assuntos importantes e urgentes so- os serviços sedais autónomos, as duas
bre os quais deve o Dr. Consultor-Geral se XVII- a proibição de acumular esten- primeiras compondo·Guntamente comas
pronunciar, pronunciar-se sobre a matéria já de-se a empregos e funções e abrange autarquias) a Admini_straçãq lndireta da
devidamente examinada. autarquias, empresas públicas, socieda- União, e, os dois últimos, fora dessa Ad-
Diz mais adiante a noticia: - desde economia mista e fundações man- ministração -cOnstituindo a categoõa dos
tidas pelo Poder Público; - entes de ~QOPeração."
Ferro Cãsta. argumenta que o parecer
anterior é inaplicável às empresas estatais Portanto, Para Hely Lopes Meirelles, a Admi-
E o inciso XIX, desse art. 37, prescreve: nistração lndireta da União compreende em-
e aos s_eus empregados. que considera
traba1hadores da iniciativa privada e não XIX- somente por lei específica pode- presas públicas, sociedades de economia nús-
do Estado. "Não há palavras inúteis na rão ser cria$s empresa pública, socie- ta e autarquiaS. - -
lei e nem se usam sinônimos", pondera dade de economia mista, autarquia ou Agora, S. ~o novo_ Consuhàr-Geral daRe-
o consultor-geral da República, invocan- fundação pública; pública entende que sociedades de economia
do os artigos 37 e 39 da Constituição... " OOÕoo••······:····················••"''"""'••••••••'""'""'"HOO"
mista_ "são estatais" e "poderão 'realizar .contra-
Logo, Sr. Presidente, Srs. Senadores, em- tações sem qualquer restrição legal".
Se S. f:xl' rrie pemiitisse, eu diria que seu presa pública e socie~ade de economia mista Ora, Sr. Presidente, isto é profuhdaritente
parecer é que é inútil. integrarrla ~dr:r:Jinistração Pública. Na empre- lamentável!
Mais adiante, afirma o Dr. Consultor-Geral: sa pública, o Estado tem a totalidade do capital Eu pediria ao Dr. Consultor-Geral do!! Repú-
"O constituinte quis precisamente en- e, pela legislação Qêas~ira, na sociedade de blica passasse os olhos nesse mencionado
focar a administração pública e seus ser- economia mista, o Esta~ tem a maioria do livro.. "Díreito Administrativo Brasileiro", 14•
vidores não os trabalhadores da atividade capital. Portanto, S. Exf.ó Dr. Consultor-Geral edição. Pediria ainda a S. EXt não levasse o
mista, sujeitos a outra tutela." da República comete um erro, um erro crasso, Presidente da República a caminhos tortuo-
O Dr. Consultor-Geral, é homem a data venia, ao oferecer esse parecer que con: sos, para amanhã não dizer o Presidente que
quem sempre respeitei pela sua cultura traria a lei, contraria a cõhstituição, contraria fez as nomeações ou as autorizou porque o
e pela sua honorabilidade, mas não sei o parecer do seu_ant~ssor, o Dr. Consultor seu atual Consultor-Geral da República emitiu
o que acontece com certas pessoas, pare- da República. Para quê? 56 para que o Pr_esi- parecer nesse sentido.
ce que ficam cegas quando .estão no po- dente ~a _República possa atender aos apelos Sr. Presidente, concluo, aqui, minhas consi-
der ou nas proximidades do poder. O po- dos seus amigos, de alguns correligionários, derações. Mas, antes, eu me reporto ao art.
der- já diziam os romanos - cega. e nomear até o fun de seu go'lemo? Para mui- 173, § 1'• da Constltuiçao, irwocado pelo Dr.
Fmalmente, a notícia registra o seguin- tos administradores, governo ê para issol É Consultor-Geral da República, o atual Con-
te: para nomear, para usar a caneta! Governo que sultor - não sei se amanhã ainda será:
não nomeia rião ê governar Isso se dizia muito
"Enquanto a atividade da adminis-- na chamda República Velha, que não sei se ~ 19 A empresa pública, a sociedade
tração direta, indireta e fundaQonal está era mais ou menoS velha do que a atuai-Repú- de economia mista e outras entidàdes
voltada para a prestação de serviços pú- blical que explorem atividade e<:'on.ômica sujei-
blicos, as empresas de economia mista Essa distinção entre Administração Direta tam-se ao Fegime jurídico próprio. das
têm como objetivo ~ produção de bens. e lndireta não é novidade dos Constituintes. empresas privadas, inclusive quant6 às
Para ele, essa diferenciação ficou bastan- Se examinarmos ·o Decreto-Lei n9 200, de 25 obrigações trabalhistas e tributárias.
te clara no Artigo 173 da Constituição, de fevereiro de 1967, veremos, no art. 49: Interpretando, isoladamente, esse art. I 73,
que em seu Parágrafo }9 estabelece a su- que está no Titulo Da Ordem Econômfca e
jeição das empfesas de economia m[sta Art. 49 A Administraç!io Federal Financ~ira, S. Exi' ignora toda a parte referente
às mesmas regras da empresa privada." compreende: à· Administração Pública, cujo '8rt. 37, mput
Sr. Presidente, os artigos invocados por S. .-I -A Adm_inistração Direta, que se e iiJdsos, tive op9rtuiiidade ~e ler.
EX o Dr. Consultor-Geral da_República justifi- constitui dos serviços integrados na estru- Ora, Sr. Presidente, ~ dispositivo, o art
cam a tese oposta e não a tese por S. E'.x" tura administrativa da Presidência da Re-- 173, ainda ete, se bem interPretado, flUlda-
esposada. Ora, Sr. Presidente, a ConStituição pública e _dos Mirllstérios. menta a tese opoSta_ á defendida por S. f:xl'
da República, quando trata da Administração 11-A Administração lndireta, que o Dr. Consultor~ Por que, Sr. Presidente? Nas
Pública. distingue - e não poderia deixar de compreende as seguintes categorias de empresas privadas, prevalece a vontade de
fazê-lo, pois a distinção está na nossa lei, na entidades, dotadas de personalidade jurí- quem? Do dono -·diz aqui o Senador João
legislação infraconstitucional, está na doutrina dica própria: Lobo - , do detentqr da .maioria das ações,
e está na jurisprudência. Não á como confun- a) Au~rquias; com direito devotO. Ora, o Dr. ConsultorMGeral

/7 A i-
6694 Quarta-feira 8 DIÁRiü:oo CbNGRES$6 NAGONAL (Seção H) No•embro de 1989

da RepóbUca, ao se levantar contra a Lei Eleito- • ca, qUe opinou em tof9-0 da matéria--soliCitada. VIl- o cwnprimento das leis e das de-
ral, contra a Constituição, dá parecer autori- Já que V. EX" tem acompanhado esse parecer, cisões judiciais.._
zando nomeações, admissões e demissões e naturalmente a acuidade do seu raclocinio Portanto, Sr. Presidente, defendendo o patri-
nas sociedades de economia mista e empre- deve ter ido mais adiante, fica aqui a pergunta, mónio nacional, defendendo o princípio da
sas públicas. nobre Senador Chagas Rodrigues: com base moralidade administrativa, não se admite no-
Alguns Senadores estão chegandO, e é _na- nesse parecer da Consulioria-Gerar da Repú- meação em véspera de eleições, não se •d-
rural que não tenham ouvido o início do meu blica, o Senhor Presidente José Samey tem mite nomeação, _contratação, demissão em
discurso. autorizada_ a admissão de seiVidores nos ôr· fim de governo, ao arrepio dà lei. __ ___ _
Lendo, como li, dispositivo da Constituição, gãos da adminiStração indireta, quer sejam Espero que o Senhor Presidente da Repú-
lendo o livro clássico de_Hely Lopes Meirelles, empresas públicas, sociedades de economia blica, se for o caso, afaste o Dr. Consultor-
não podíamos chegar a outra conclusão, a ou fundações? Porque se essas nomeações Geral da República, que nãO está defendendo
não ser esta, segundo a qual o Senhor Presi- não tiverem sido concretizadas, obviamente os superiores interesses do País.
dente da República cometeu dois erros: não o Presidente não "rezou pela cartilha" da Con- Era o que tiilha a dizer, Sr. Presidente (Muito
tendo vetado, tinha que cumprir a lei, não pre- sultaria-Geral da República e subestimou a bem!)
cisava ouvir o novo Consultor-Geral da Repú- manifestação do seu Consultor-Geral. Era esta
blica; e, se o ouviu, o Dr. Consultor-Geral da a dlivida que ficou no meu espirita e v. ~.
República, não podia afrrmar que a lei proibe se puder dissipá-la, trará, sem dúvida, ao Ple- O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)-
nomeações e contratações apenas na área da nário wn esclarecimento extremamente opor- -CorO a palavra o nobre Senador Hugo Na-
Administração Direta. tuno. pol~ão.
Sr. Presidente, eu dizia que, se na empresa O SR. HUGO NAPOLEÃO PRONUN-
O SR. CHAGAS RODRIGaES -Serei
de iniciativa privada prevalece a vontade do CM DISCURSO QUE, ENTREGUE, Á RE-
breve também, Sr. Presidente.
dono, do proprietário, daquele que tem maior WSAO DO ORADbR, SERÁ Pf:IBUCADO
Nobre Senador Mauro Benevides, agradeço
cota na sociedade de re;sponsabilidade limita- POSTER!ORilJE/'IJ"E. .·
da, ou se prevalece a vontade daquele que
a V. EX o aparte, que ilustrou o meu discurso.
tem a tltu1arldade da maioria das ações ordiná-
O aparte de V. Bel' encerra duas considerações:
rias, nas empresas públicas e nas sociedades a primeira diz respeito a estar ou não o Senhor COMPARECEM MAIS OS SRS SENADO-
Presidente...da República obrigado a acatar o
de economia mista há de prevaJecer também RES.
parecer. O Presidente da República, entretan-
a vontade do propríetário. E o proprietário,
to, aprovou o parecer anterior, que não per- Ronaldo Aragão ....,.João Mene~s- Moisés
na empresa estatal, é a União. E na sociedade
de economia I.Tlista quem tem a quase totali- mitia nomeação na área da administração in- Abrão - Carlos Patrocfnio - Edison Lobão
dade das ações é também a União. E cOmo direta. Sua Excelência não está obrigado a -Hugo Napoleão- Od Sab6ia de Carvalho
é que se manifesta a sua vontade? Entendo aprovar pareceres. Entretanto, vejo, aqui, na - Mauro Benevides. - Marcondes Gadelha
que a maneira rÍ1ais alta de a União expressar notícia- que é recente, foi publicada sábado, - Divald<? Suruagy- Ruy Bacelar- Fernan-
dia 4 do mês em curso - , que o Senhor do Henrique Cardoso - Marcos Mendonça
a sua vontade é através da lei discutida e vota-
Presidente da República pediu novo parecer -Iram Saraiva- Maurício Corrêa -Márcio
da no Congresso e sancionada pelo Presidente
sobre a matéria. Tudo indica que Sua Exc:e· Lacerda- Leite Chaves__: Nelson WedeKin
da República.
lêrl.éia-nãCfSe Conformou corri o anterior. Pare- -José Fogaç~.
V. Ex' quer o aparte?
ce-me que Sua Excelência alimenta esperan-·
O Sr. Mauro Benevides- Com imenso ça de autorizai nomeaçÇ>es. Portanto, em se Durante o discurso do Sr. Hugo Napo-
prazer, nobre Senador Chagas Rodrigues. tratando de um parecer recentíssimo, não te· leão, _o Sr. Pompeu de_ Sousa, 3? Secre-
tário, deixa a cadeira da presidênci'a, que
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) nho elementos para dizer se o Senhor Presi· é ocupada pelo Sr. Nelson Car!Jeiro Piesi~
-A Presidência gostaria de alertar o nobre denfe da República já começou, de acordo dente.
Senador Mauro Benevides, meu querido Com- c:cini. esse "nOvO parecer, a- Permitir nOvas no-
panheiro, d_e que o tempo do Senador Chagas meações e admissões. Posso, entretanto, dizer O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Rodrigues já se esgotou há dois minutos; dada a V. ~ que, conforme afirmei no início do - A Mesa antecipa aos Srs. Senadores que,
a importância do discurso, S. Ex!' está-se pro- meu disc:ur~o. desejo fazer, inclusive, um apelo estando presentes na Casa 44 Srs. Senadores,
longando um pouco, mas há vários oradores ao espírito público do Senhor Presidente da haverá, depois desta, uma sessão extraordi-
inscritos, inclusive V. Ex' Eu pediria que V. ReçiúDlica. nária para a apreciação de escolha de autori·
Ex' fosse breve ou, então, tratasse do assunto Sr~ Presidente e Sis. Senadores, estou a\1ui dades.
na hora do seu discurso. ta!i:t!Jérrl pãi'a defle:rider os interesses nacio- O SR. PRESIDENTE (Nelson Cãril.eiro)
naiS, Os lritereSses das Chamadas eStatais, que
- Sobre o meSér requerimento que será lido
O Sr.M.auro Benevldes- Não há dúvida, estão com dificuldades - e sabemos as cau- pelo Sr. 1~ Seci'etáriO. -
nobre Presidente Pompeu de Sousa, serei o sas. As "S_ociedades de economia mista e as
É lido o seguinte
mais breve passivei, até Inesmo para não des· empresas públicas integram o patrimônfo do
REQUERIMENTO N" 598, de 1989
lustrar o brilhante pronunciamento do Sena- povo brasileiro.
dor Oiagas Rodrigues, que hoje nos oferece, :Vou terminar, Sr. Presidente. Requeremos, nos terrnos do § 3~. do art.
no plenário do Senado Federal, uma aula, ex· Dirijo liin apelo a Sua Excelência o Senhor 58, __da: Constituição Federal, combinado com
traordinária de interpretação do Direito Admi· Presidente da República. Se há dois pareceres, os arts. 145 a 152 do Regimento Interno do
nistrativo, comentando o recente parecer do fique Sua Excelência com o primeiro, que de- Sena_do Federal, a con_stituj~.§o de uma_ Co-
Consuhor-Geral da República. Como admiraR fende os interesses da economia nacional e missão Parlamentar de [nquérito, destinada ii
dor do Senador Chagas Rodrigues eü me per- as finanças públicas. examinar a licitude e a legalidade de operação
mitiria fazer a S. E.xt a seguinte indagação, de compra.de plataformas de perfuração se-
antes esclarecendo que para o S. EX seria Quero também alertar o Senhor Presidente mi-submersíveis tipo TH - 2800, do Con~
despicienda essa intervenção e que o Senhc:>r da República para o art. 85 da Constituição, sórclo de Empresas MetáJicas e Uitião ln4us-
Presidente da Repúplica pode ou não seguir, que diz: trial de Empresas, realizada pela Petióleo Bra-
aceitar ou não o_ parecer do seu Consultor· São crimes de responsabilidade os a tos sileiro - Petrobrás.
Geral da República. Se ao espirita do Presi- do Presidente da República que atentem A Comissão Parlamentar de Inquérito será
dente da República ficou uma dúvida sobre contra a Constituição Federal e, especial- compo::J:a de n9Ve membros, terá o_prazo çie
a interpretação constitucional, Sua ExCelência - mente, contra: 180 dias corridos para realizar seus trabalhos
se assegurou do Consultor-Geral da Rep(ibli- e poderá fazer despesas até o limite máxirrio
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Quarta-feira 8 6695

de NCz.$ 50.000,00 (cinqüeilta mil cruzados da Frente Liberàl- PFL no Senado, indicar é, portanto, Oobjetivo prlmÕrdiai dessa divul-
novos). o nobre senador Odadr Soares em substi~ gação a ser promovida pelo trânsito da corres-
tuição ao ilustre Senador João Menezes, na pondência oficial.
Justificação
condição de membro titular da Comissão Par- A referida conscientizaçáo sobre o signifi-
A empresa Petóleo Brasileiro S/A- Petro- lamentar de Inquérito destinada a investigar cado da República, através da utilização de
brás, adquiriu, em 1981, em duas etapas e passiveis irregularidades na indústria automo- um simbolo de decodificação imediata, cons-
diferentes épocas, quatro plataformas de per- bilística brasileira, bem como no setor de auto- titui urna das metas colimadas pelo trabalho
furaç:ão semi-submersíveis tipo TH 2800, do peças. da Comissão Constib.ldonal do Centenário da
Consórcio francês Compagne Française d' Na oportunidade, renovo a Vossa EXCelên- República.
Enterprise· Metálliques (CFEM)/União [ndus- cia protestos de elevada estima e considera- Igualitariamente integrada por representan-
bialle e d' Enterprise (UlE), pelos preços de ção. tes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judi-
250.000.000 e 297.1 OO.OOO_de francos france- COrdialmente.- SenadorEdison Lobão,U- ciário, a Comissão tem colocado em prática
ses, respctivamente. der do PFL em exercido. as atribuições que lhe são conferidas pelo art
Dessa Operação resultou uma demanda ju- 63 das Disposições Transitórias da Constitui-
dicia1 nâ Justiça Francesa, entre as empresas O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) ção Federal, ensejando, a par de eventos co-
vendedoras das plataformas e _a empresa c:;:o- a
-Será fe"ita suhstirulção solicitada. (Pausa) memorativos, a preconizada participação po-
fóma, intermediadora do negódô, Com sede Sobre a mesa, projeto de lei que será lido pular, bem corno _o balanço crítico s_obre esses
em Uechtenstein, referente a bonificação ou peJO Sr. 19 Secretário. cem anoS de República, a partir de diferentes
comissão de int~rmediação. Aju$1iça da Fran- J:: lid~ ~s~sui!lb!_ enfoques (político, social, económico e cultu-
ça reconheceu a existência da intermediaçã.o, ral), procurando envolver todos os segmentos
feita mediante pagamento de comissão (do- PROJETO DE LEI DO SENADO da população brasileira.
cumento em anexo). 1'1• 362, DE 1989 Assim, a aludida reflexão deve marcar, com
FonnWamos requerimento de informa- especial ênfase, os festejos do Centenário Re-
Ção à Petrobrás, ·que; através de respostas ex- Di~õe sobre o u_so obrigatório da mar- publicano, pondo em prática a recomendação
tremamente ~ârias e pouco convincentes, ca alusiva ao Centenário da República na de que, a toda grande data, corresponda uma
procurou desincumbir-se de sua obrigação correspondênda o !ida/ dos órgAos e enti-
avaJiação crítica, na tarefa de constante apri:.
constitucional {documento em anexo). dades_ dO!f Poderes Legislativo, Executivo meramente da identidade histórica nacional.
Pelas respostas da Petrobrás, verifica-se que e Judiciário, União, EStadoseMunfcfpfos. Divulgar o símbolo do Centenário é, portan-
a diferença de preço das_ duas aquisições são · O Congl'éSso -Racional decreta: to; muiio mais do-Que uma determinação for-
bastante discrepantes, sendo seu montante Art. 19 Toda correspondência oficial dos mal. Na verdade, ela vem se somar às demais
pem superior a inflação francesa do período órgãos e_ entidades dos P9deres Legislativo, iniciativas da Comissão· Constitucional do
verificádo entre uina e outra compra. Executivo e Judiciário, União, Estados e Muni- Centenário da República na busca da cons-
Em face desses elementos, faz-se impres- cípios, deve estampar a marca alusiva ao Cen- cientização nacional para a importârlcia do
ciridível o acurado exame do neg6cio realiza- tenário da República. evento que caracteriza este fim de década.
do, a fim de que fiquem transparentemente Parágrafo único. A marca deverá ser im- Com eleito, o advento da República significa
esclarecidos todos os ângulos que lhe são ine- pressa: ou faxada na forma de adesivo; nos muito mais do que a mera substituição da
rentes, apurando-se, se for o caso, a responsa- envelopes e papéis oficiais, conforme especifi- ordem monárquica, que dirigiu nossos desti-
bilictc!de dos cUlpados. -cações técnicas. constantes do Anexo à pre- nos de 1822, quando da proclamação formal
Sala das Sessões, 7 de novembro de 1989. sente Lei. _ _ da independência política, até 1889. Significa
- CalorChiarelli- Hugo Napoleão- Gérson Arl 2~> Os .6rgãos e entidades públicás re- a escolha de um caminho de ffiodemldade
Camatll - Raimuhdo Lira _,_ Itamar Franco feridos tomarão todas as proVidências neces- e de conquistas. entre as quais sobressai a
- Ney Maranhão - Od Sabóia de Carwllho sárias para a fisca1ização do cumprimento do substituição, sem precedentes, da condição
-Márcio Lacerda -Mendes Canale - Go- disposto no art. 19, no ãr:nbito de suas atribui- de súdito pela de cidadão.
mes Carvalho - Marco Maclel -Alexandre ções.
Costa - Chagas Rodrigues - Nabor Júnior Art. 39 o· diSpOstO na pres:ente Lei vigora
É incontestável, seja para o mundo acadê-
-Mário Makl- João Calmon ~ Leopoldo até 24 de fevereiro de 1991, data doCente- mico que! esb.lda cientificamente a questão,
Peres- Pompeu de Sousa - M/son Martins nário da Primeira Constitúição RePublicaria do mas, principalmente, para a população brasi-
-Antônio Luiz Maya - JofJo Lobo - Lou- leira, que a vivenda cotidianamente, que a so-
Brasil.
remberg Nunes Rocha - Mauro Benevide.s berania popular se edgiu como um dos mar-
Art- 49 Esta lei entra em vigor na data de cos da sociedade contemporânea
- Carlos Patrocfnlo - Rona/do Aragão - sua publicação.
Francisco RoUemberg. Art 59 Revogam-::_;e as disposiçõe~ em
Tendo corno pano de fundo os ideais de
liberdade e justiça, presentes na declaração
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) contrário: de Independência dos Estados Unidos da
-O documento lido .contém subscritores em Justificação .Atnérica e na Dedaração dos Direitos do Ho-
número suficiente para constituir, desde logo tnem e do Cidadão, vinda à luz na Revolução
Comfssão Parlamentar de Inquérito, nos tef- No singular momento de celebração dos
Cem Anos da República, abre~se espaço para Francesa, a República materializou, no marco
mos do art. 145 do Regimento Interno. Será
publicado para que produza os devidos efeitos. a apresentação do presente Projeto de Lei, do dia 15 de novembro, todo um proc~.sso
Para a Comissão Parlamentar de Inquérito onde os Poderes da Federação são conda.:- histórico já então em marcha em nosso 'País,
assim constituída, a Presidência fará opOrtuna- mados a promover através da utilização, na desde o século XVIII.
mente as c;lesignações de acordo com as indi- correspondência oficial, da marca comemo- O nome República - a "Res Pública" -
cações que receber das Uderanças. (Pausa) rativa do Centenário - a divulgação e a con.se- já evideil.cia a presença da sociedade demo·
Sobre a mesa, ofkfo que será lido pelo Sr. qüente reflexão sobre a importância e o signifi- crática, onde o interesse público, em confor-
}9 Secretário. cado de tão expressivo evento~ ~ldade com a lei comum a todos os cidadãos,
é lido o seguinte A marca em questão, escolhida através de e a base onde se assenta a legitimação po-
concurso público nacional, visa, basicamente, pular.
GL PFL- OF. 231189 desperia r vincu1ações imediatas entre cada ci- Em 1889;-·q-u.andq se substituiu o regime
Brasília, 6 de nov;embro de 1989 dadão e o momento particularmente impor- monárquico pelo ideal republicano, foi dado
Senhor ,Presidente, _ tante que vivemos. Enfatizar a solidez do vín-cu- . o primeiro passo para a consolidação de nossa
Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Exce- .lo do brasneiro com o seu estatuto de sobere!- vocação democrátia, hoje, por feliz. coincidên-
lência para, na ·qualidade de Uder do Partido nia, conquista maior do Estado Republicano, cia, reafirmada, neste 15 de novembro de
6696 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Novembro de 1989

1989, pelas eleições presidenciais. quando cretaria do Tribunal Regiornol do Trabalho da na Câmara dos peputados), que aprova o ato
são passadas quase três décadas da realização ~Região, e dá outras providênc:as. que renova a concessão outorgada à Rádio
da última. to regüne referendado pela aflllna- Sala das Sessões, 7 de ·novembro de 1989. Imperatriz Sociedade Ltada., para explorar ser-
ção derrioc:rática de seus cidadãos. -Leite Chaves- Chagas Rodrigues- Edí· viço de radiodifusão sonora em onda média,
Importa lembrar, ainda, que naquele 15 de son Lobão. na Odade de Imperatriz, Estado do Maranhão,
novembro de 1889, o chefe do governo provi- REQaERJMENTO 1'1• 600, DE 1!189
tendo
sório, Marechal Deodoro da Fonseca, procla- . PARECER PRiiLIMINAR, por pedido de dili-
mava, através do Decreto n~ 1, a República gência
Federativa como forma de governo. Entretan- Requeremos urgência, nos termos do art
to, a nova ordem se institucionalizou formal- 336, alínea "c:", do Regimento lntemo, p~a O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
mente em 24 de fevereiro de 1891, quando o Projeto de Lei do Senado 0 9 328/89- Com- -ltem3:
a proinulgação da primeira Constituição Re- plementar, que estabelece normas gerais apli- Votação, em turno ónko, do Projeto
publicana confirmou as conquistas então re- <:áveis ao Imposto sobre Transmissão, "lnter de Lei do DF n"' 69,' de i 989, de iNdatiV'a
centes. É por isso que a data de fevereiro de VIVos", a qualquer título, por ato omeroso, de da Comissão do Distrito Federal, que au-
1991, em seu indiscutível signtfl.cado, serve bens imóveis por natureza ou acessão fisica, toriza a desafetação de domÍnio de beris
de baliza para a execução do disposto no Pre~ e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de uso comum do povo, dentro dos limi-
sente Projeto de Lei, sendo sua escolha de de garantia, bem como c_E$São de direitos à tes territoriais do Distrito Fede~ tendo
opo'rtunidade exemplar. sua aquisição - ITBI- IV. PARECER f'ÃVORÂVEL, proferido em
Duzentos anos da idéia da Repúblice~, cem Sala das Sessões, 7 de novembr'o de 1989. plenário.
anos de sua proclamação e, muito proxima- -Leite Chaves -Diva/do Suruagy- OJtlos
mente, cem anos de sua institucionalização Alberto --Mário Maia - Jarbas Passarinho A discussão da matéria foi encerrada na
constitucional. Datas que enfati~mente recla- -Chagas Rodrigues. sessão de 31 de outubro último.
mam reHexão, avalização e proposta. A pre- Em vOtação o projeto, em turno único.
O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Os Srs. Senadores que o aprovam queiram
sença da marca do Centenário nos papéis ofi- ~Os requerimentos lidos serão votados ap6s
ctais estará ai exatamente para se somar às permanecer sentados. (Pausa)
a Ordem do Dia, nos termos regimentais. Ap_rovado.
iniciativas voltadas para, a promoção de wn (Pausa)
proficuo reexame de nosso cente~J,ário repu- A matéria vai à Comissão Diretora para a
blicano. , ~a SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) redação final.
Tendo participado de cada etapa do admi- - A Ptesidência designa o nobre Senador
Ronaldo Ar21gão para participar da reunião do O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
rável trabalho da Comissão ConStitu7ional do -Sobre a mesa, parecer da Comissão Dire-
Centenário da República, e tendo integrado Cqnselho Debberativo "da Sudam, a realizar-se
em Porto Velho, Rondônia, no día 23 do çor- tora, oferecendo a red~ç~ finaJ da matéria,
sua equipe constitucionalmente constituída, o que será lida pelo ~r. 1"' Secreiáiio.
Senado Federal toma a in[ciativa, através do rente.
t::: lido o seguinte
presente Projeto de Lei, de determinar a veicu- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
lação obrigat6ria, pelos órgãos públicos da -Terminado o tempo destinado ao Expe- PARECER N• 300, DE 1989
Federação, da marca alusiva ao Centenário diente. (Da C.omissão Diretora)
Republicano em toda e qualquer correspon- Passa-se à Redação final do Projeto de Lei do DF
dência oficial. n 9 69, de-1989. - - -
Nada mais apropriado: sendo o Senado, em
sua ab.Jal configuração, umdos mais legítimos ORDEM DO DIA A Comi~São Diretora apresenta a redaç:ão
e duradouros frutos do EStado Republicano, final do Projeto de Lei do DF n'!' 69, de 1989,
e tendo, como- um de seus deveres penna- que autoriza a desafetação de domínio de bens
Sobre a mesa, requerimento que será lido de uso comum do povo, dentro dÓS-1imttes
nentes, a luta pelo equilíbrio federativo, ele ~ pelo Sr. 1 Secretário.
9
vem contribuir para o fortalecimento de nossa territoriais do Distrito FederaL
identidade histórica, fazendo presente o slm- É lido e aprovado o seguinte Sala de Rel.lfliões da Cotniss2!9, 7 de novem-
bolo de um dos maiores momentos de nossa bro de 1989. Nelson Cameíro, Presidente-
trajefória enquanto Nação. REQOERIMENTO 1'1• 601, DE 1989 Antônio Luiz Maia, Relator - Nabor Júnior
Sala das Sessões, 7 de novembro de f989. - Áure/o MeDo.
Requeiro, nos termos do art. 175, alínea ''d"
-Nelson Carneiro - Ant6m0 Luiz Maya - do Regimehto Interno do Senado FederaJ, a ANEXO AO PARECER N• 300, DE 1989
Pompeu de Sousa - Nabor Júnior. inversão da Ordem do Dia da presente sessão, Redação fmaJ do Projeto de Lei do DF
(À Comissão de Constituição, Justiça de forma que o seu item 2, versando sobre n9 69, de 1989, que "autoriza a desafe-
e Cidadania) o Projeto de Lei do DF n" 59, de 1989, passe ta.Çáo dei domínio de ):)ens de uso comum
a constar após o último item das matérias do povo, dentro dos limites territOriais do
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) em regime de urgência Distrito Federal"".
- O projeto lido será publicado e remetido -Sala das Sessões, 7 de novembro de 1989.
às Comissões competentes. -=-Sénãdor Maurício Córrêa. - O Senado Federal decreta:
Art. 19 É autorizada a desafetação- de do·
Sobre a mesa, requerimentos que serão li· O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) mínio dos seguintes bens de uso comwn do
dos pelo Sr. 1y Secretário. -Aprovado o requerimento, será feita a inver- povo, localizados dentro -do espaço territorial
São lidos os seguintes sao solicitãda. do Distrito Federal:
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) I - área anexa à Projeção "A", Praça dos
REQOERIMENTO N• 599, DE 1989
- Por não haver sido ainda cumprida a dili· Tribunais Superiores, Região Administrativa
gência solicitada pelo Plenário do Senado, a de Brasilia - RA I;
Requeremos urgência, nos termos do art Mesa retira de pauta o Projeto de Decreto Le- __ n-área aÍtexa à Projeção "B", Praça dos
336, alínea c, do Regimento Interno, para o gislativo n9 36; de 1989:É o Item 1 da Ordem TribunãiS Superiores, Região Administrativa
Projeto de Lei da Câmara IT' 48/89, que altera do Dia. de Brasília - RA I.
a corfl.posição do Tribunal Regional do Traba- Art. 29 A desafetaç:ão a que se refere o
lho da 9t Região, cria a função de Corregedor É o seguinte o ftem retirado: artigo anterior tem como objetivo:
Regional e cargos em comissão e de provi- Discussão, em tum9 único, do Projeto de 1-a especificada no inciso I, a ·ampliação
mento efetivo no Quadro Permanente da Se- Decreto Legislativo n"' 36, de 1_989 (n9.112/89, dã área destinada ao Tnbunal Superior do Tra-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONORESSQ NAOONAL (Seção II) Quarta,feira~ 8 6697

ba1ho, a. teor do Decreto do Governador do ANEXO AO PARE;CER N• 301, DE 1989 A discussãO da matéria foi ericerrada -- nã:
Distrito Federa1 n9 10.181, de 18 de março Redação final do Projeto de Resolução sessão ordinária anterior. -
de 1987, que homologou a Dedsão n' 13/87, • n•81, de 1989. Em votação o projeto, em turno único.
do Conselho de Arquitetura, Urbanismo e Meio Os Srs. Senadores que o aprovam queiram
Ambiente do Distrito Federal; Faço Sãber que o Senado Federa_! aprovou, permanecer sentados. (Pausa)
11-a especificada no inciso 11, a ampliação nos termos do art 52, inciso IX, da Consti- Aprovado.
da área destinada ao Tribunal Superior Eleito- tUição, e eu, Presidente, promulgo a se- A matéria vai à ComissãO Diretora para a
ra], a teor do Decreto do Governador do Dis- guinte redação final.
trito Féderal n~ 11.907, de 24 de out!,.lbro de RESOLUÇÃO N• , DE 1989 O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
1989, que homologou a Decisão n9 93, de
1989, do Conselho de Arquitetura, Urbanismo Autoriza o Governo do Estado_ do Ceará - Sobre a M~. parecer da Comissão Dire-
e Meio Ambiente do Distrito Federal. a emitir Letras Financeiro do Tesouro do tora, oferecendo a _redaçãO final da matéria,
Art. 3? Esta Lei entra em vigor na data Estaào dó ceará (LFTE-CE), em mon- que será lida pelo Sr. J9 Secretârio.
de sua publicação. tante equivalente ao valor das 2.839.913 1:: lido o seg~nte
Art. 49 Revogam~se as disposições em ·obrigações do TeScouro do -Estado do
Ceará - OTCE _-qiie serão substituidas PARECER N' 302, DE I989
contrário.
e extintas. · " · (Da Comissão Diretora)
O SR. PRESIDENTE (Nclson Carneiro) Redaçiio final do Projeto de Resolu-
- Erri discussão a redação final. (Pausa.) O SeDado Federal__resolve: ___ _ ção n 82~ de 1989.
9
Não havendo quem peça a palavra, encerro Art. 19 É o Governo do Estado do Ceará
a discussão. autorizado, com base nos arts. 3? e _49 d.a Reso- A Comissão Diretora apresenta a--redação
Em votação. lução n~" 62, de 28 de outubro de _1975, do final do ProJeto de Resol_ução W 82~ de 1989,
Os Srs. Senadores que a ap-rovam queiram Senado_federal, a emitir, em caráter excep- que autoriza o Governo- do Estado do Eio de
permanecer sentados. (Pausa.) cional e me.Qfante __registro prévio no Banco Janeiro a elevar, _excepcional e temporaria-
Aprovada. Central do B_@Sil, Le_tr_as Financeiro do Tesou- mente, seu !Imite de- endiVidamento, para
A matéria vai à sanção do Sr.--Governador ro do_ E$ad.Q_d_o_ Ceará _(LFTE-CE), no limite emissão dos t.t"'ttdcis que-inênciona. -
do DiStrfto Federal. do valor__e_quivalente ao de 2.839.913- (dois -Sala de Reuniões da Comissão, 7 de novem-
milhões, novecentos e trinta e nove mil, oito- bro de" 1989:-;.... tfe_lsOIJ_ Cartrelro, Presidente
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) --:--:' Antôrifo Luiz Maya, Relator Áureo /tfe/b -.:.._
-Item 4: · centas e treze) Obrigações do TeSoúro doEs-
tado do ceará-:....._ OTCE,·- que serãO SU&sti· Nabor Jtiflioi-. - -· -
Votação, em turno único, do Projeto tuídas e extintas. ANEXO AO PARECER N•302, [)EI989
de Resolução no 81, de 1989, que airtorizã - § }9 Do-total acima indicadO, 1A42.955
o Governo do Ceará a ei'nitir Letras Finan- ObrigaÇOes dO. Tesouro do EstadO do Ceará Redaç;io final do Projeto de Resoluç6o
ceiras do Tesouro do Estado (LFrE-CE), - OTCE terão sêu valor convertido à r,:~.zão n• 82, de 1989. -
em ·montante equivalente ao valor das de NCZ 5,89 (Ciilco cruiados novos e oitenta __E_ªço saber que o Senado Federal aprovou,
2.839.913 Obrigações do Teso1.,1ro d.o Es- e nove centavós)"parà: Obrigações do Tesóuro nos term9s. do. artigo 52, -inc;íSo IX. da Consti-
tado do Ceará (OTCE) que serão substi- do EStado do Ceãrã~ OTCE; corrigido Pela tuição, e eu, Presic_!ent~_, prcmulgo a seguinte
tuídas e extintas, tendo variaçãO -das Letras FinanceirãS-dó Tesouro RESOLUÇÃO N• DE !989 -
PARECER FAVORÁV!õl, proferido em -LPr no·penodo de 15 dejaneiró de 1989'
plenário. até a data do efetivo resgate. Autoriza o Governo dó Estado do Rio
§ 29 As demais 1.396.858 Obrigações do de_Janeiro a elevir. excepcional e tempO-
A discussão fia matéria foi _enc_errada_ na_ rariamente, seu limite de endlvidarnento,
sessão de 31 de outubro ú1timo. -resouro -do Estado do Ceará, adquiridas após
16 de janeiro- de 1989, terão o valor unitário para emissão dôs títulos que menciontJ.
~ !'.~5:~~ ~prs>J~~q,_e~-!~~-~fl~!~o-~---­ de--NEz$--5;65- (dnro_-cruzados--novos e--ses-
os Srs. Senadores que o aprovam queiram O Senado Federai resoive:
pemanecer sentados. (Pa.usa.) _ senta e cinco centavos), corrigido pela varia- Art. 1 <:> É o Governo do estado do Rio de
ção das Letras Financeiras do Tesouro:_ LFT Janeiro autorizadO, nos termOs do art: 52, inci-
Aprovado.
A matéria vai à COmissão Diretora para re- no período da data de aquisição até a do efeti- so IX da Consiituição_Federal, a elevar, exCep-
dação final. vo resgate. _ e
cional temporariamente, os limites de endivi-
Art. 29 Esta resolu_çã.o entra em vigor na dament_eo _do Estado~ para a emissão de
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) data de_ sua publicação. 270.000.000 (duzenfus _e setenta milhões) de
-Sobre a mesa, parecer da COmissão Dire- Letras Fmanceiras do Tesouro do Estado do
tora, oferecendo a redação final, que será lida O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Rio de Janeiro_- I...FI"RJ. n_o valor nominal
pelo Sr. }9 Secretário. -Em discussão a-redaÇão final. (Pausa) unltâriO-deNCz$1.00 (um cruzado novo),com
É lida a seguinte Não havendo quem peçá a palavra, encerro: ptazo final de resgate em 15 de dezembro
PARECER N• 301, DE 1989 a discussão. _ de 1990.
(DA COMISSÃO DIREfORA) Em VOtação. P~rágrafÕ -úniCo: As -demais Cãrãcterís--
Os Srs. Senador~_que a aprovam queiram ti.cas da emissão são aquelas constantes e
Redação final do Projeto de Reso- permanecer sentados. (P~usa) a-ProVadas pelo Voto n"' 261, de 1989, do Con·
lução n• 81, de 1989.~~ Aprovada. selho Monetário Nacional.
A Comissão Diretora apresenta- a red_ação A matéria_ vaj à promulgação. Art 2~ A emissão a que se refer o art 19
final do Projeto de Resolução no 81, de 1989, _Q SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) é efetuada em caráter excepciOnal e improrro:.
que autoriia o Governo do Estado do Ceará -Item5: gável, devendo os títulos serem liquidados
a emitir Letras Financeiras do T escuro do Es· quando do ingresso de receitas do Imposto
tado do Ceará (LFTC-CE), em ri1ontarite equi- VotaÇão_, em- turno útli~. do Projeto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
valente ao valor de 2.839.913 Obrigações do de Resolução n9 82, de 1989, que autoriza - ICMS, vencidas e devidas ao. Estado do
Tesouro do Estado do Ceará - OTCE que o Governo do Estado_ do Rlo de Janeiro Rio de Janeiro. .
serão substitWdas e extintas. _ ___ a elevar, excepcional e temporariamente, Art 3<:> Esta ReSotução entra em vigor na
Sa1a de Reuniões da Comíssão, 7 de novem- seu limite de endividamento, paa emissão . data de sua publicaçãb.
bro de 1989~ - Nelson Carneiro, Presidente dos __tftu]p__$_ que menciona, tendo
- Antóm"o Luíz Maya, Relator - Aureo Mel/o PARJ;:CER FAYORÁVEL, proferido em O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
- Nabor Júnior. plenário. -Em discussão a redação final. (Pausa)
6698 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro de. 1.989

Não havendo quem peça a palavra, encerro O Sr. Chagas Rodrigues- Peço_ a pala- outros governos, naturalmente no de Jusce~
a discussão. vra, sr._ Presidente, par~ ~-ncami~har_. lino Kubitschek e no de Jão Goulart. _Hoje,
Em votação. __ o Piauí continua a _ser _o_único Estado marítimo·
Os Srs. Senadores que a aprovam queiram
o -SR. PRESIDENTE (NelsOn carneiro) do Brasil que ainda não tem o seu porto marí-
- Concedo a palavra ao nobre Senador Cha-
permanecer sentados. (Pausa) timo.
gas Rodrigues. Estive com Sua Excelência o presidente Jo-
Aprovada.
A matéria vai á promulgação. sé Samey várias vezes, sendo, como era, do
O SR. CHAGAS RODRIGUES (PSDB PMDB, eu me permiti ir várias vezes _à sua
O SR.. PRESIDEN1E (Nelson Carneiro) -PI. Para encaminhar a votação,)~ Sr. Presi- presença, e sempre pedi a Sua Excelência in-
-Item6: dente, Srs. Senadores, está em votação o Pro- tensificasse as obras do porto do Piauí, tendo
PROJEfO DE RESOLUÇÃO jeto de .Resolução n" 84, de 1989, em regime em vista, sobretudo, as vult.osíssimas verbas
N• 84, DE 1989 de urgência. O Projeto-de Resolução n9 84 liberadas e aplicadas no Porto de São Luís
"autoriza o GOverno do Estado do Piauí a con- no Maranhão. Pois bem, o_ Presidente José
Votação, em turno único, do Projeto tratar operação de crédito externo no valor
de Resolução n9 84, de 1989~ que -autoriza Samey ouvia, atenciosamente, prometia con-
o Governo do Estado do Piauí a contratar
de (JS$ 30,000,000.00 (trinta milhões de dóla- cluir as obras, e a firma construtora terminou
res-americanos), através do convênio de paga- retirando' as máquinas, porque já não recebia
operação de crédito externo no valor de
mento recíproco Brasil/Argentina". mais qualquer pagamento. As obras potuárias
CJS$ 30.000,000.00 (trinta milhões de dó- É evidente que o empréstim_o terá que ser
lares americanos), através do convênio do Piauí estão paralisadas, apesar de ser o
pago. O Estado do Piauí, que eu tenho a honra Presidente da República um homem doMara·
de pagamento reciproco Brasil/Argenti- de representar nesta Casa, depois de ter sido
na, tendo nhão, Estado vizinho e Estado-irmão do Piauí.
Deputado Federal em- quatro Legislaturas,
PARECER FAVORÁVEL, proferido em atravessa uma situação dificílima, no que tan- _Soube que para a conclusão dessas obras
plenário ge às suas finanças. - - seriam necessários apenas 15 milhões de dó-
A discussão da matéria foi encerrada na O nobre Senador João Lobo está_ com a lares. Pois o Governador conseguiu emprés-
sessão de 1'~ do corrente. razão, quando diz que o govemo_estadua1 não timos de mais de 60 milhões para obras rodo·
Em votação o projeto, em twno único. - vem pagando nem mesmo metade do salário viárias e, agora, solicita autorização para este
O Sr. João Lobo- Sr. Presidente, peço mínimo em vigor. O Govemo_estadual, portan- empréstimo de 30 milhões de dólareS.
a palavra para encaminhar a votação. to, desrespeita a Constituição Fe_deral e a Obra prioritâ.ria no Piauí, neste momento,
Constituição do Estado. E não é preciso dizer Sr. Presidente, é a conclusão do porto, como
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) que o salário mínimo, nO Brasil, é um dos é a ligação rodoviária do extremo sul piauiense
-Tem a palavra o nobre Senãdor João Lobo; -mais baixos do Mundo. com Barreiras, na Bahia, para que se tenha
para encaminhar a vOtação. - --Ora, Sr. Presidente, este é mais um emprés- ligação direta de Brasília com T eresina, vale
O SR. JOÃO LOBO(PFL-PI. Para enca· timo. Recentemente, a Governo do Piauí foi dizer, com o Maranhão e c_om o Ceará. .
minhar a votação.)- Sr. Presidente, Srs. Se- autorizado, pela Assembléia Legislativa, a con- Nada disso se faz! De modo que estou de
nadores, esse projeto visa conceder autoriza- trair empréstimo para a construção de- estra- pleno _acordO com aS palaVras proferidas pelo
ção ao Governo do E.stado do Piauí, para das. O empréstimo foi feito diretamente com_ nobre Senador João Lobo. Não me sinto em
tomar um empréstimo de 30 milhões de dóla- a_~filpresa cqnstrutora, o que a legislação proi- condições de aprovar hoje este projeto. Não
res à Argentina, para importação de equipa- be. E o pagamento será feito com o produto tenho as informações necessárias; o que está
mento hospitalar etc. da arrecadação, diretamente. As receitas já es- aqui na Ordem do Dia, não é suficiente!
Sr. Presidente, sou, talvez. um dos maiores tarão assim comprometidas e, diz o nobre Se- E, assim, Sr. Presidente, neste momento,
admiflistradores do grande país vizinho, a Ar- nador João Lobo, se eu ouvi bem, o que o não posso acolher esta proposição. E peço
gentina, mas na atual situação em que se en- Sr. Secretário- da Fazerida é grande _amigo da aos Srs. S_enadores que, se o projeto for sub-
contra aquele país, com aindústria totalmente fiiTl)a empreiteira, aliás,_ sócio, segundo S. ~ metido a vot9s, q melhor é que não haja_ núm.e-
obsoleta, sucate_ad~. _ele nãQ. tem nenhuma Pois bem, Sr. Presidente, tendo sido Gover· ros para a Votação, porque a in!ciativa não
capacidade para exportar, principalmente arti- nadar do Estado, eu estoU no dever de dizer, pode ser__ aprovada pelas- razões àqui expen-
gos hospitalares e artigos farmacêuticos, para aqui: fui Goyemador _do Estado e construí o didas..
o nosso País. Além diss_o, Sr. Presidente, o primeiro hospital do sul do Piaui, o de São
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
governo do Estado que propõe este emprés- Raimundo Nonato; construí hospital no meio - Concedo a p·aJavra ao nobre Senador Ra-
timo, oferece como garantia bens hipotecários Norte, em Piripirl; inaugure] postos mistos de
do Estado ou de autarquias estaduais. saúde, em São João do Piaui, e em Jaicós. chid Saldanha Derzi.
Qu~o esclare_çer que S. Ex--fala-como Líder
Sr. Presidente, a· Governador do l;stado 49 E nunca precisei contrair empréstimos, nem
Piauí não merece dos piauienses, infelizniente, internos, nem externos, para construir e equi- do Governo, porque, como membro _do
na atua1 conjunb.Jra, esta confiança para ter par hospitais e postos mistos de saúde do PMDB, usará da palavra o nobre Senador José
FogaÇa, cjue a pedira anteriormente.
em m&os tal instrumento. OS funcionários pú- meú Estado.
blicos do Estado do Pla:uí, Sr. Presidente, estão Este empréstimo, Sr. Presidente, destina-se O SR. RACHID SALDANHA DERZI
percebendo, ainda; 65 cruzados novos, talvez a quê?_À equipagem e ao funcionamento de (PMDB ~ MS. Para encaminhar a votação.
no mês de novembro passem para 150 cruza- um pronto-socorro na capital, e de cinco uni- Sem revisão do orador.) - Concordo com
dos novos. Um governo que trata o seu fundo· dades mistas de saúde no interior do Estado. V.~. Sr. Presidente. O Senador José Fogaça
nalismo, que_ trata o seu povo desse modo, Recebi um apelo patético para que não des- tem prioridade e eu não. Mas, na minha admi-
desbaratando os recursos do Estado em obras se o_meu voto a .~ta proposição, porque me ração, S. Ex' tem essa prioridade. Estou plena-
absolutamente supérfluas, como as que estão dizia, quem me fez o 2ipelo, talvez não se apli- mente de acordo.
propostas no Estado do_ Piauí, não merece casse .nem.um.dé.dmo dos recursos nisso. O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
a confiança para ter em suas mãos tal instru- Não sei se a informação tem procedêncía. -Não estou dizendo Isso. V. Ex' não enten-
mento e tal poder. O que sei é que a atual Administração do deu. Estou dando a pãlavra a V. &, Como
lamentavelmente, Sr. Presidente, vou pedir Piauí não merece elogios. Sei mais, Sr. Presi- üder do Governo, p-orque não é possível, em
verificação desta votação. Não era o meu intui· dente, que o Estado do Piauí é o único Estado regime de urgência, um Partido se manifestar
do prejucficar a votação da pauta do Senado, marítimo do Brasil que ainda não dispõe de através de. dois Senadores.
mas não me resta outro recurso. porto marítimo. Temos apenas portos fluviais.
Sr. Presidente, vou pedir a verificação dessa A obra foi iniciada no governo constitucional O SR. RACHID SALDANHA DERzl -
votação. do P~esidente Getúlio Var_gas e continuada em _ Eu compreendo, Sr. ~~~sidente. Nós ficare-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Quarta-feira 8 6699

mos encantados em ouvir, também, o Sena- abstrair-me da condição, também, de mem- do Piauí aprovou esse__empréstimo; conside-
dor José Fogaça. brO da ExecUtiva Nacional do Partido e de rando que ele não resulta em dispêndio físico
ser o Vice-Presidente. Daí por que conSíde- de divisas, que é apenas uma aproximaçâ_o
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) ro-me absolutamente isento nessa questão. de contas com a Argentina; considerando que
- 0 Senador José Fogaça falará como Repre- Como Vi ce-Pr-esidente Nad:On.arao PMDB, em esta decisão aprofunda a integração latino~a­
sentante do PMDB e V. EJ<I' e5tá falando -como reunião da Comissão Executiva Nacio11al do mericana, a futura unificação de mercados
üder do Governo. Nesta qualidade é que estou Partido, votei favoravelmente a uma intetven- gue buscamos e intentamos, e considerando
dando a palavra a V. ~
ção no Diret6rio Regional do Piauí, ou seja, que eS&::s recursos serão voltados para o aten-
O SR. RACHID SALDANHA DERZI- censwamos e procuramos, com isso, cOibir dimento da população pobre, através da insta-
Com mw"to prazer ouviremoS, depois, o nobre o- conlpcirtamento pdítfco- pouco recomen- Jação de um pronto-socorro na Capital e de
Senador José Fogaça, que nos encanta pela dável do GOvernador Alberto Silva, do Estado postos de saúde no interior, que façamos por
sua inteligência. do Piauí. O Partido fez as mais severas restri- aprovar esta matéria, sem que isto signifique
Sr. Presidente e Srs. Senadores, não vou ções ao seu comportamento. As noticias rele- um voto de lbuv:or ou de apoio à condução
entrar na particularidade da luta política do rentes aos desvios do comportamento político desavisada do Governador piauiense na admi-
Piauí, eritre o Governador e os nobre e queri- do Governador são por nós conhecidas. nistração do seu_ Estado_.
dos Colegas nesta Casa. Mas esse empréstimo Portanto, quero, aqui, antes de analisar essa Queremos ressaltar, do ponto de vista for-
de 30 milhões de dólares foi um acordo- _de questão, deixar expressamente visível o fato mal, que todos_os procedimentos foram cum-
governo a governo, entre o Brasil e a Argen- de ,gue o meu ~artido inteJVeio no Diretório pridos. Trata-se, portai1rD, de uma operação
tina, porque é desfavorável à Argentina, _à ba- Regional do Piauí e censurou expressamente regular. Reconhec-emos as razões políticas
lança indiscutivelmente. Nós temos que ad- o Sr. Governador. que movem os Srs. Senadores_ Chagas Rodri-
quirir mercadorias da Argentina, comprar, im- Estamos, portanto, num estado _de polari- gues e João Lobo.
portar o que for possíve1 porque, para ela, mui- zação e- de oPosição política ao Sr. Gover-
to exportamos, e não é justo continuar esse nador. Mãs se assim o ftzemos em relação Entendemos que esta é uma hora em que,
desequilíbrio, que _é grande, entre Brasil e Ar~ ao governador do Estado, o mesmo não faze- até- por uma questão do interesse do próprio
gentina. E nesta luta de integração da Amé-rica mos em relação ao povo_ do Piauí, ou seja, País, que não pode perder o ensejo de fazer
Latina, temos que estar atentos, também, a o povo do Piauí não merce, Sr. Presidente, ,..Fom que o nosso superávit em relação à Ar-
ess_es pequenos problemas e dar a nossa con- ser punldo pelo mau comportamento, pelos ~entina não venha a se transformar naquilo
tribuição- o Brasil pode dar pequenas contri~ desvios de comportamento do seu Governa- que foi o nosso âéditO com o Governo polo-
nês, não vamos jogar fora oportunidades de
bulções- aos nossos países irmãos da Amé-- dor, em relação ao qual concordamos -com
rica do Sul. o Senador Chagas Rodrigues,- concordamos equiparação da balança entre os dois países.
Sr. Presidente, o Piauí é um Estado pobre, com o Senador João Lobo, pois temos as Por isso, reiteremos, insistimos com os Se-
nadores para que, ao votar contra, registrem
tem necessidade, portanto, de postos de saú- mais severas restrições à sua atuação politiCo-
de e precisa ser instalado um pronto-socorro administrativa.
o seu protesto do qual participamos. Eu pode-
ria, aqui, relembrar o meu prominciamento
moderno em Teresina, capital do Estado. .No _entanto, Sr. Presidente, estes recwsos,
Assim, apelo para os nobres Senadores da- se não os tomarmos agora, talvez nunca mais na Executiva Nacional do PMDB, no qual fui
quele Estado, no sentido de que, mesmo vo- venhamos a recuperá-los; são recursos que iilcontinenti nas críticas- ao--Governador' do
tando contra, não obstruam a possibilidade não exigem dispêndio físico de divisas, o País Piauí, mas ~quero crer que o interesse do povo
de o Piauí, um Estado tão pobre, receber esses não irá des_embolsar _absolutamente nada. E piauense está acima dessas questões.
recursos para solucionar, em parte, esse grave foi exatamente: porque assim não procede- Muito obrigado a V. EX', Sr. Presidente.
problema A todo instante, estamos aprovando mos, em relação a créditos que _o nosso País O Sr. João Lobo- Sr. Presidente, citado
empréstimo: para Sãõ Paulo, aprovamos tre- possuía, junto ao Governo polonês, que perde- no~inah:nente, Peço a palavra para uma expli-
zentos, qüinhentos milhões; para o Ceará, tre- mos, esvaiu-se nas sombras, dilui-se no tempo cação.·
zentos milhões, e assim por diante. Agora, trin- uma quantia da ordem de 2 bilhó'es de dólares, O Sr. Cid Sabóia de Carvalho- Sr. Pre-
ta milhões de dólares para o pobre Estado que era o su-peráVit que o nosso País tinha sidente, peço a palavra para encaminhar.
do Piaui, não é muito, mésmo porque isso na sua balança comercial com a Polônia.
vai solucionar o grave problema de saúde do Hoje, a realidade é id_êntica em relação à O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)--
Estado. Esse empré-stimo virá da Argentina. ArQentina. Temos· Um superávit na balança Lamento não_ poder dar a palavra aa nobre
de onde virão também equipamentos moder- comercial que_ precisa, Sr. Presidente, ser Senador Qd Sabóia- de Carvalho, porque es-
nos. "Se a Argentina tem parte de sua indústria compensado mediante esse tipo de financia- tando a matéria erri regime de urgêitcia, só
sucateada, nesse setor de saúde não o tem; mento ou de crédito junto a empresas, junto posso dar a palavra a um Membro de cada
já foram construldos hospitais em outros Esta- a organismos financeiros de origem ai-gentina. Partido.
dos do Brasil, e a construção será paga pelo Até porque o meu Estado, o Rio Grande_ do O Sr. João Lobo - Sr. Pre_sidente, eu
Governo Argentino, e o_ Governo do Estado Sul, Pretendctw!·~er-se dessa situação para 9lle posso encaminhar como Líder?
não irá desembolsar abso!t.*..amente nada. poss~mos'ccntratar o gasoduto argentmo ---- ------------ --------

Por conseguinte, renovo meu apelo aos no- num futuro muito breve, o que irá res'olver 0 SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
bres Senadores Chagas Rodrigues e João Lo- um problema de déficit energético da Região -Agora V. Ex' já encaminhou.
bo, para que dêem oportunidade de a capital Sul. Entendemos que isso é do interesse na- O Sr. João Lobo - Eu fui citado várias
do Estado do Piauí ter seu rrioderno pronto- cional, e assim como defendemos e reivindi- vezes. Queõa ter a oportunidade de explicar
socorro, e o interior_mais postos de saúde. camos essa conquista para o povo do Sul o meu ponto de vista.
O Sr. José Fogaça -Sr. Presidente, peço do Pais, também entendemos que o povo nor- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
destino do Piauí não pode ser punido em fun~ - V. Ex'1 pode falar por ter sido citado, não
a palavra para encaminhar a votação. ção do verdadeiro descalabro da atual admi~ como üder.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) nistração~ e aqul reconhecemos que é de\!ido
ao comportamento à atitude, à orientação po- O Sr. João Lobo- Pois eu aceito. Obri-
- Concedo a palavra ao nobre Senador José gado Sr. Presidente.
Fogaça. litica do Governo daquele Estado.
Nesse sentido é que a Uderança do PMD~
O SR. JOSÉ FOGAÇA (PMDB - RS. defende a aprovação dessa matéria e apela O SR. PRESIDENTE (Nelson Cameiro}-
Para encaminhar a votação. Sem revisão do para os ilustres Senadores João Lobo e Cha- Peço que seja breve, Ex".
orador.)- Sr. Presidente, Srs. Senadores, falo, g.ls Rodrigues, no sentido de que, conside- . O SR. JOÃO LOBO (PFL- PI. Para uma
aqui, pela Uderança do PMDB, mas nao posso rando o fato de que a Assembléia Legis1ativa explicação.)- Sr. Presidente. o ilustre Sena-
.li700 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) . Novembro de 1989.

dor José Fogaça está equivoCado. Porém, eu ração que devo ao nobre Senador José Fo-- irão pagar todos esses empréstimos. Coriio
entendo por que está defendendo, apfori uma gaça. vê V. Ex', a matéria não está devidamente es-
coisa pedida para o Rio Grande do Sul. clarecida.
Pelas palavras do Senador José Fogaça, re-
0: SR. PRESIDErn'E (Nelson Carneiro)
Pelas razões aduzidas, neste momento, não
~Tem a palavra V. Ex'
sultou um entendimento generalizado de que posso aprovar o projeto.
este empréstimo será a fundo perdido e o O_SR. CHAGAS RODRIGCIES (PSDB Muito obrigado, Sr. Presidente.
Piauí não vai ter que pagá-lo. Se é assim, Sr. - PL Para explciação pessoal. Sem revisão
Presidente, para que dar garantia hipotecária do orador.)- quero dizer, Sr. Presidente, que O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
de bens do Estado ou de autarquias do Esta- esse empréstimo vai ser pago. O fato de não - Sóu eu quem agradece a V. Ex', nobre
do? Mas, eu quero passar desse ponto. Quero ser pago à R~pública Argentina não afasta o Senador Chagas Rodrigues.
mostrar como o Senador José Fogaça esta pagamento. Terá qUe ser pago aqui, interna- Em votação a matéria.
equivocado quando considera os casos da Ar- me~te, a<? governo brasileiro: E estamos dan- Os Srs. Senadores que a aprovam Queiram
glmtina e da Polônia com superávits da balan- do, como d1sse o Senador João Lobo, garantia permanecer sentados. (Pausa)
ça comercial e que se não importamos logo do Estado sob qualquer modaUdade, inclusive Aprovada.
qualquer mercadoria, serão perdidos. recursos. ou bens do seu património. E qi.teri1
O Brasil já cometeu um engano desses. ln- vai pagar esse empréstimo não é o Governo O Sr. João Lobo - Sr. Presidente, peço
fellunente, após a segunda Grande Guerra, Alberto Silva, mas o outro Governo, que virá, verificação de quorum.
os superávits brasileiros eram enormes frente aJtamente sobrecarregado com esses com- O Sr. Chagas Rodrigues -Sr. Presiden-
à Inglaterra, aos Estados Unidos, e mesmo promissos. te, peço verificação de quorum.
aos países asiáticos. Foi por isso que o Brasil Agora, Sr. Presidente, é um problema mais
começou a comprar ferroMvelho da Inglaterra de ordem. O projeto de Resolução que estaM O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Ughte Leopoldina Railway etc., para dar sumiM mos votando "autoriza a contratar operação - Os Senadores João Lobo e Chagas Rodri-
ço a esse superávit, tal qual pensa o Senador de crédito no valor de 30 milhões". Veja EX>; gues pe-dem verificação de quorum, mas é
José Fogaça que devemos fazer no momento o Projeto de Resolução diz: ''valor de 30 mi-- necessário o pedido de quatro -de Srs. Senado-
com a Argenti~. Não é correta a interpreM lhões''. E, mais adiante destinado a financiar res. (Pausa.)
taçilo. a construção e equipagem de um pronto-so-- O p~dido é ap<?iado pelos Senadores Cha·
Nós, naquela época, inundamos o Brasil de corro na Cap-ifal e 5 uriidades mistas de saúde gas Rodrigues, João Lobo, Edison Lobão e
quinquilharias, de plásticos, sob a alegação no interior do Estado. MaUrício Corrêa, (Pausa.) · -
de que era preciso aproveitar aqueles superáM Ora, Sr. Presidente,- e eu pediria a atenção Vai-se proceder à verificação solicitada.
vits, que não havia outro modo de nos ressarM do nobre Senador José Fogaça - a lei apro- Solicito aos Srs. Senadores ocupem Os seus
clnnos daqueles créditos. Acho que esse_argu- vada pela Assembléia Legislativa do Piauí, que lugares. A votação será nominal. (Pausa.)
mento não procede, Sr. Presidente. consta _do processo, Lei no 4.218, de 19 de O Sr. Rachld Saldanha Derzl - É evi-
E depois quero também esclarecer a esta julho de 1988, autoriza a contrata-Çáõ de em~ dente que não há quorum..
Casa e ao Senador JOsé Fogaça que os desM préstimo externo até o valor que especifica.
vias polítios do Senador Alberto Silva, que ele e
-Vale dizer que o próprio GOV€:fn0 a Assem- O SR. PRESIDENTE/(Nelson Carneiro)
-Não podemos concluir dessa maneira, porM
tanto criticou, não são maiores do que os desM bléia admitem que esse empréstimo seja de
vios administrativos. E, por isso, não podemos menos de 30 milhões de dólares; 30-milhões que há 45 Srs. Senadores na Casa, e terrios
C9f1COrdar1 Como S. Ext acha que os desvios de dólares é: o limite, não pode ser uJtrapasM muita matéria para votar,
políticos deram razão para o seu voto contra sado, mas pode ser de 1O, 20 ou 25. · Vamos ver se há a evidência.
o Governador Alberto Silva na decisão da inter- Jª- o projeto de resolução faxa o empréstimo O SR. PRESIDENTE (Nelson Craneiro)
venção no Diret6rio do PMDB do Piauí, neste em 30 milhões, Sr. Presidente. -Vamos proceder à votação. Na forma regi~
rrlornento, nós, como piauienseS, estamos ze- A lei votada pela Assembléia LegisJativa diz, mental, a votação será nominal.
lando pelo pabimônio do povo piauiense ao no ~r1.2o que os recursos financeiros obtidos, Cõmo vota o Líder do PMDB?
não aceitarmos que esse Governador jogue nos termos da presente lei, serão apliCados,
O SR. LEITE CHAVES (PMDB -PR)-~
mais uma vez,· fora, os recursos e os bens basicamente, na construção, equipagem e Sim. ·
do povo pfauiense. funcionamento de um pronto-socorro na capi-
Sr. Presidente, nós votaremos contra e pedi- tal e cinco unidades mistas de saúde no inte-- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
remos a verificaç~o dessa votação. rior do Estado. Basicamente - Jogo admite - Como vota o Líder do PFL?
a aplicação em outros objetivos que não estão - O SR. JOÃO LOBO (PFL- Pi)- Não.
O Sr. Cahgas Rodrigues -Sr. PresidenM bem claros - , basicamente nisso, e não basfM
te, peço a palavra porque também fui citado. camente em quê? O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Ora, Sr, Presidente, se, basicamente, a apli· -Como vota o ·uder do PSDB?
O SR. PRESIDENTE (Nelson Craneiro). cação é no prontoMsocorro e nas Unidades
- Desde que V. Ex" se defenda de alguma mistas, é evidente que; fora do considerado O SR. CHAGAS RODRIGCIES - Voto
acusação, porque quando se dá a palavra, nes- basicamente, nós- nâo sabemos em que esses não, no exercício eventual da Uderança.
se caso, é para a defesa de alguma acusação. recursos serão também aplicados. O SR. PRESJDEI"'rtE (Nelson Carneiro) -
Acho que não hOuve nenhuma acusação no Então, veja V. EX~ que- à-PrOjeto de -Resolu- --ComO vota -o Uder do PIB? (Pausa) Não
discurso do Senador José Fogaça seja ao Se~ ção, em duas partes, se afasta da lei de autori- há Membro do P1B presente.-
nadar João Lobo, seja a V. EX- O Senador zação votada pela Assembléia Legislativa do Como vota o Uder do PDC?
José Fogaça endereçou _a V. EJcf um apelo, Piauí. Daí eu haver dito que não me encontrava
O SR. CARLOS PAmOCÍNIO (PDC-
e V. Ext o atenderá ou não. em-condições de, no momento, aprovar este TO)-Sim.
Pensei que o Seriador João Lobo tivesse projeto. Deixei uma porta aberta. Quero esclaM
sentido ofendido e por isso deiMihe a palavra, recimento, porque recebo informações de Mi- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
mas V. Ex', acredito, mais generoso, não se nas Gerais, de São Paulo e de outros Estados.. - Como vota o Líder do PDT?
sentiu ofendido pelas palavras do Senador. quando_ eles pleiteiam recursos e vim tomar O SR. MÁRIO MAIA (PDT -AC)- Sim.
conhecimento deste assunto lendo a Ordem
O Sr. Chagas Rodrigues - Peço a paJa- do Dia, do Senado Federal. O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
wa, Sr. Presidente, e V. Ex' verá que é tam&ém Meu espírito público me permite distinguir -Como vota o üder do PDS?
pela ordemo Tanto eu poderia pedlr a palavra entre o Governo do Piauí e o povo piauiense, 0 SR. JARBAS PASSARINHO (PDS-
pela ordem, com tendo em vista a conside-- mas acontece que os futuros governos é que PA) -Sim.
.Novl!ll1brode 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Quarta-feira 8 6701

O SR. PRESIDENlE (Nelson Carneiro) Solicito aos Srs. Senadores que se encon- tuição, e eu, , Pre~idente, pro-
- Como vota o Líder do PSB? (Pausa.) tram na Casa que compareçam ao plenário. mulgo a seguinte
Não há Membro do PSB presente. Há numerosas matérias a serem votadas hoje. RESOLUçAO N• • DE 1989
Os Srs. Senadores já podem votar, nos seus Vai ser feita a verificação d_e votação. (Pausa)
devidos lugares. (Pausa.)
A verificação foi pedida pelos nobres Sena- Autoriza OGov.emÓ-do Estado do Piauí
(Í'roced~se à votação.)_ dores Chagas Rodrigues, João Lobo, Edison a contratar operação de créditO externo
VOTAM SIM OS SRS. SEJYADORES: Lobão e Mauricio COrrêã. Só estão presentes no valor de (JS$ 30,000,000.00 (llinia lfii-
Carlos Chiarem no recinto_ dois desses Srs. Senadores. /hões de dólares americanos), através' do
Carlos Patrocínio -COnvéiilQ ·_ife- Pagament9 Recfpioco Br_a-
O Sr. João Lobo - Sr. Presidente, eu
Od Carvalho posso indicar outros, Srs. Senadores. siVArgentina.
Gomes Ca!Valho O Senado Federal resolve:
Hugo Gontijo O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
-Agora, não. V. ~já pediu veçifiêélÇão, com Art. 1o É o Governo do Estado do Piauí,
Iram Saraiva
o apoio de quatro, de modo que não pode nos termos do art 52, indso V da Constituição_
Jarbas Passarinho Federal, autorizado a contratar operação de
José Fogaça mudar os quatro depois. Se, ao processar-se
a verificação os requerentes não estiverem crédito externo no yal_or deUS$ 30,000,000.00
Leite Chaves. (trinta milhões de- do lares. americanos) junto
Márcio Lacerda presentes ou deixarem de votar, considerar-
se-á como tendo dela desistido: Não há o que a organisJTlOS financeiros argentinos, através
Marco MàcieJ do AcordO de Pagamentos Recfprocos Brasil/
Mário Maia Verificar. Estão- três, mas não quatro.
·_ ~matéria foi aprovada. Argentina, destinado a financiar a construção
Mauro Benevides e equipagem de um pronto socorro na Capital
Meira Filho O Sr. Chagas Rodrigues -Sr. Presiden- e cinco unidades mtstas. de saúde no interiqr
Nelson Wedekin te, peço a palavra pela ordem. daquele Estado.
Pompeu de Sousa Art. 2~ Esta Resolução entra em vigor na
Rachid Derzi O SR. PREsiDENTE (Nelson Carneiro)
- Depofs d_e dez minutos... data de sua publicação.
Ronaldo Aragão Art. 3~ Revogam-se as_ disposições em
Sílvio Name -0 Sr. Chagas Rodrigues- Não, um mo-· contrárlo.
VOTAM NÃO OS SRS. SEJYADORES; mente, Sr. Presjdente! Apelo para o espírito
público e a compreensão de V. EX O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Chagas Rodrigues - Em discussão a redação final. (Pausa)
Dirceu Carneiro O SR. PRESIDENTE (Nelson Cameiio) Não havendo quem queira usar da palavra,
Divaldo Suruagy - Esfóu éSpeúu"i"do pela mátem~tic~. encerro· a discussão.
Edison Lobão Em VotaçâO: -
Gerson Carriata O Sr. Rachid Saldanha Derzi-Jus e:r
pemiandH Os Srs. Senadores que a apfovam qu~rãril
Hugo Napoleão - permanecer sentados. (Pausa.)
João Lobo O Sr. Chagas Rodrigues --V. EX com- ApnJvada. .
ABSTEM..SE DE VOTAR O SR. SEJYADOR: putou o meu voto como voto singular, mas A matéria vai à pnJmulgação.
Ruy Bacelar hoje votei no exercício da Uderança.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
O Sr. Cid Sab6la de Carvalho- Sr. Pre· O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
sidente, apertei o botão e não saiu o meu - Na verificação, não há exercício da Ude-
rança; só havia três votos, - -Antes de passarmos à _apreciação do Item
nome. Gostaria que fosse consignada a minha 2, leffibro aoS Srs. SenadoreS -qUe, após esta
presença. O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) sessão, haverá outra, extraordinária, para vota-
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) - Sobre a mesa, redação final que será lida ção de nomes de autoridades.
- Será consignada. Mesmo assim, persiste pelo Sr. 1°-Secretáiio. Item 2:
a falta d_e quorum. - É lido o seguinte Votação, em turno único, do Projeto
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) PARECER N• 303, DE 1989 de Lei do DF n~ 59, de 19:89", de iniciativa
-Vai-se proceder a apuração. (Pausa) - (Da Comissão Diretora) do Governador do Distrito Federal, que
Votaram SIM 19 Srs. Senadores; e NÃO, dispõe sobre a regularização ou descons-
7. -RedaçJ07inaTdO _p_iO}eto de Ret?olução --- tituição ·de parcelamentos urbanos im-
Houve 1 abstenção. n' 84, de 1989: · · plantados no território do Distrito Federa
Total: 27 votos. A Comissão Diretora apresenta a redação sob a forma de loteamentos ou conde·
Não houve quorum. final elo Projeto de Resolução n~ 84, de 1989, mínios de_ fato, tendo
Há, no entanto, 44 Srs. Senadores na Casa. que autoriza o Governo do Estado do Piauí PARECER FAVORÁVEL, proferido em
-·Assitn, vou convocá-los ao plenário, mesmo a contratar operação de crêdito externo no plenário.
porque, hoje e amanhã, são os dois dias em valor de US! 30,000,000.00 (trinta milhões A dis~ussão_ da matêria foi encerrada na
que devemos ter número, antes do dia 15. de dólares americaso), através do Convênio sessão ordinária anterior, tendo sido a votação
(Pausa) de Pagamento Recíproco BrasiVArgentina. adiada por falta de quorum.
P~o aos Srs. Senadores presentes perma- Sala de Reuniões da COmissão,_7 de novem-
neçam em plenário porque ainda temos maté- Passa-se à votação do projeto, em turno
bro de 1989. - Nelson Carneiro, Presidente
ria a ser votada,_caso haja número. único.
-Pompeu de Sousa, RelatOr- Nabor Júnior
Vou suspender a sessão ·por 1O minutos, -Antônio Luiz Map. Os Srs. Senadores que estiverem de acordo
fazendo soar a campainha. queiram permanecer sentados. (Pausa)
Está suspensa a se.ssão. ANEXO AO PARECER N' 303, DE 1989 Aprovado.
(Suspensa às 16 horas e 55 minutos, ~ OSR.MAWÚCIOCOl!R&-Sr. Presi·
a sessAo é reaberta às 17 horas e 05 mi- Redação final do ProjetO de Resolução dente, peço a palavra para uma declaração
nUtos) n? 84, de 1989. - de votõ. - -
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Faço saber que o Senado Federal aprovou, O SR. PRESIDEN1E (Nelson Carneiro)
-Está reaberta a sessão. nos terinos do artigo 52, inciso V, da Consti- -Concedo ~ palavra a V. EX'
6702 Quarta-feira 8 DJÁRI6DO cONGRÉSSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989

O SR.MA.URÍCIO CORRM (PDT- DF. societária ou da alienação de um bem a duas orçamentária e tributária. Somente a lei
Para declaração de voto) -Sr. Presidente, ou maís pessoas". · federal, nos limites da COnstituição, pode-
Srs. Senadores, o eminente Governador do A lei civil, ao disciplinar os direitos dos con- ria decretar ónus ou restrições ao exer-
Distrito Federal, Joaquim Roriz, apresentou ao dóminos, confere-lhes o de usar livremente cício do direito de propriedade, inclusive
Senado Federal, através da Mensagem n" a coisa (art. 623), dela gozar e dispor, atributos o direito à propriedade rural. Se o Distrito
94/89~DF, (n" 83/89, na origem), Projeto de espédficados no art. 524 e que sã:o imPrescin- Federal quer impedir a constituição do
Lei do DF,~ 59/89, que se enContra em regi- díveis ao seu exercido. oondomírúo rural, ou submetê-lo a con-
me de urgênda, tendo como escopo a regula- Formado o condomínio, através de conven- trole rígido, o caminho mais fácil é o de
rização ou desconstituição dos parcelamentos ção, ou pela alienação de partes indivisa do pedir ao CongreSsO-qüe edite a legiSlação
•do solO urbano, implantados no território do bem a mais de uma pessoa, a cc-propriedade, _adequada. A simples invocação de que
Distrito Federal, sob a forma de loteamentos que desses atas _resulta configura situação !e~ os condomínios são irregulares e clan-
ou condomínios. gal prevista no Código Civil. destinos não é c:Oilvincente, A dandes-
Em que pese tratar-se- de- um projeto de O projeto, não obstante a nitidez da Lei Mag- tinidade não é vício capaz de compro-
lei da mais alta relevância para o Distrito Fede- na e d,a lei civil, passa a considerá-lo ilegal, meter a validade do ato jurídico, e a •rre-
ral, no que pertine à política de ocupação do imp<?ndo a sua desc_on$!!t!Jição, mediante m_e- gularidade não o anula_.:·
solo, envolvendo mátéria jwidica de' grande di_das administra![vas e judiciais (arts 69, pará-
Embora elaborado na vigência da Consti-
complelddade, inclusive quanto ao aspecto grafo úniCo e_ 8° _do projeto).
tuição de 1969, as conclusões·do parecer são
constitucional, a Comissão do Distrito Federal __ Ademais, ao criar respqn5G!bilidade civil de
perfeitamente aplicáveis ao projeto ora em tra-
não teve a oportunidade de discuti-lo e votá-lo. quem constituiu condomínio, pela existên~
mitação. O Distrito Fed~a! não tem compe-
Incluído na Ordem do Dia de 26 de outubrO de situação admitida e consa_grada no Direito
tência para iniciativa de leis relacionadas à ma-
próximo passado, dela foi· retirado, em defe- Civil, restringe os direitos conferidos nos seus téria cível, nem a lei lhe assegura o direito
rência a meu pedido, pa'ra exame por parte arts. 524 e 623, cOmo algO ilegal e passível a desconstituição de condomínio rurais, por
da mencionada Comissão do Distrlto Federal. de sanções. ·
se tratar de cc-propriedade disciplinada no
Esta, contudo, mais uma vez, deixou de discu- Em primeiro lugar, ·a responsabilidade pre- Código Qvil.
tir e votar a matéria. vista, relacionada uma situação definida juridi-
Finalmente, não há que se falar, por ora,
O nobre Senador Pompeu de Sousa, desig- camente em lei, implicaria em restrição a uma
em regularização ou desconStituição de parce-
nado para relatar a aludida proposição, apre- faculdade legal, ou seja à formação dé conde~
lamentos urbanos implantados no território do
sentou parecer favorável quanto ao mérito e mínios_ rurais, quer por convençao, Quer pela Distrito Federal, sem que antes seja aprovádo
opinou pela aprovação total do projeto, no
pessoa. ~
a
alienação de partes indivisas mais Qe uma
o plano-diretor atinente à política de ocupação
Plenário desta Casa, (art.. 133, a do Regimento do solo, tal como ~vfsto no art 182 e seus
Interno), eis que, a seu ver, não há óbice_ quan- Em segundo lugar, fixando a responsabi- §§ ]9 e 29, iá verbis:
to à constitUcionalidade e juridicidade que lidade civil, o projeto, além de contrapor-se
possa obstaculizar sua sanção pelo Chefe de a·o exe-rcício do direito de propriedade, como "Art. 182. A política de desenvolvi-
Governo do Distrito Federal. previsto na lei, assume iniciativa que é exclusi- mento urbano, executada pelo Poder Pú-
Diviljo de S. EK' A proposição em tela está vamente da União, e cuja competência legisla- blico municipal, confonne diretrizes ge-
eivada de frontal inconstitucionalidade e injuri- tiva, por se tratar de matéria de Direito CIVil, rais fixadas em lei, tem por objetivo orde-
dicidade, a começar pelo seu art 19 que, prever é conferida ao Congresso Nacional (arts. 12, nar o pleno desenvolvírriento das funções
a hipotética figura dos "condomínios de fato", 22 e 48. da C.F.) sociais da cidade e_ garantir o bem-estar
legisla sobre objeto juridicamente impossível. de seus habitantes.
Por outro lado, o art. 13, que, na mesma
O domínio é conceito jurldico inerente à § 19 O plano diretor, aprovado pela
linha, impõe a responsabilidade soUdária, con-
situação de direito, relacionada à propriedade. Câmara Municipal, obrigatório para cida~
tamina-se com o vício de inconstitucionali-
Conseqüentemente, o i..nstituto dvil do condo- ___ d~~ çQm _mªi$ de vinte mil habitantes,
-d.3de, decorrente não só- da usuipaçáo da ini-
mínio está relacionado à acepção de proprie- é_ o _instrumento básico da política de de-
ciativa de leis sobre matéria cível como por
dade em comum, ou seja, uma situação de senvolvimento e de expansão urbana.
ser da c-ompetência exclusiva do CongressO
direito, e não de fato, do qual seja titular mais § 29 A propriedade urbana cumpre
Nacional para sobre ela legislar.
de um consorte. sua função social quando atende.às exi-
Em. síntese, a desconstituição de .condo-
gências fundamentais de ordenação da
O projeto, que exClui da área de incidência mínios rurais, se em desarmonia com as dis-
cidade expressas no plano diretor."
da lei os condomínios ou parcelamentos que posições do projeto, revela-se ilegal, por ser
a sua formação_ admitida em lei, afrontando, Afrontando os arts. s~ 12,22 e 48 da Consti-
*
não tenham sido objeto de notificação admi-
nistrativa (art. 1?, 19) ou não tenham se cons-
tituído até a data de 30 de junho de 1989,
aJém do mais, o direito de propriedade assegu-
rado na Consbluição Federal. Mas, se iteg~l
tuição federa], pela viciação ao primeiro, usur-
pação de iniciativa de leis sobre matéria cível
discriminando situações que deveria abran- e incOnstitucional é a desconstituiç~o dos con- e competência legislativa, a recusa ao projeto
ger, afrontando o princípio do art. 59 da Consti- domínios rurais, a responsabilidade civil refe- se impõe, sob pena, de aprovação de lei nitida
tuiÇão Federal, mutila e anula o direito de pro- rida no projeto tem o mesmo destino, em (!Ice e indisfarçavelmente inconstitucional.
priedade, criando, correlatamente, um sistema das disposições da Constituição Federal já ci- Por isso, voto. pela sua r~jeição.
de responsabilidade civil, numa usurpação à tadas.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
iniciativa de leis sobre direito civil (art. 22, da O saudoso Ministro Osvaldo Trigueiro, que
- O projeto vai à Comissãq Diretora Para
Co'nstituição Federal), bem como invadindo durante tantos anos honrou a magistratura a redação fmal.
a competência do Congresso Nacional para brasileira, quando Ministro do Supremo Tribu-
sobre ela legislar (art. 48, C.F.). nal Federal, já aposentado, emitiu parecer so- O SR. PRESIDENTE (Nelson ~...ameiro)
A ConstituiçãO, ao assegurar e preservar o bre tentativa de ex-governador do Distrito Fe- -Sobre a mesa, o parecer da Comissão Dire-
direito de propriedade, relega à legislação civil deral de regulamentar, de forma quase idên- tora, oferecendo a redação fmal, que será lida
a fiXaÇão de seu objeto, e das faculdades indis- tica à preconizada no projeto, as áreas mrais pelo Sr. 1Q~secretário. -
pensáveis ao seu exercício por parte do titular. do Distrlto Fedéral, afirmando:
É lido o seguinte _
''Em suma, não há, no caso, propria-
~propriedade condominial rural, que o pro- ttlehte, um problema jurídico. O Distrito PARECER N• 304. DE 1989
jeto visa a regulamentar, entre outras causas Federal não tem poderes para Jegis!ar-so- (Da Comissão Diretora)
mencionadas pelo eminente jurista Carlos Ma- bre a matéria, como não os tem o Sena- Redaçjo final do Projeto de Lei do DF
ximiliano, resulta: "de conveQção distinta da do, cuja cdmpetência é restrita à matéria n 9 59, de 1989-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Quarta-feira 8 6703

A Comissão Diretora apresenta a redação Meio Ambiente Ciência e Tecnologia -S.erna- § 19 Nos teimas do alt. 319 do C6digo
6nal do Projeto de Lei 'n• 59, de !989, que tec, que se pronunciará sobre os aspectos de Penal, constitui crime de prevaricação_ a falta
dispõe sobre a regularização ou desconstitui~ süa competência, à luz dos Relatórios de Im- de iniciativa das autoridades.competentes pa-
ção de parcelamentos urbanos implantados pacto Ambiental- Rima, exigidos em relação ra a apuração dos crimes ou infrações men-
no território do Distrito Federal sob a forma às sub-bacias hidrográficas de interesse quan- cionadas no caput deste artigo.
de loteamentos ou condomínios de fato. to aos parcelamentos em curso de regula- -§ 29 Paralelamente às sanções penais, as
Sala de Reuniões da Comissão, 7 de novem- rização. autoridades mencionadaS: .no- parágrafo ante-
bro de 1989.-- Nelson Carrieiro~ Presidente § 2~' _ Çáso o parcelamento_ estej_a locali- rior tomam~ civilmente responsáveis e soli-
-Pompeu de _Sousa, _Relator- AntoniO Luíz zado nas Areas de Proteção Ambiental de que dárias com aqueles que não atenderain às
Ma;a - Nabor Junlor. tr.âta o_Decre_to n~ 88.940, de 7 de novembro determinações_ do artigo_ anterior; _
de_l989, ·serão ouvidos à Instituto Brasileiro }\rt. 8"' Q Distrito Federal promoverá as
ANEXO AO PARECER N-304, DE !989 do Meio Ambiente e Recursos Renováveis - medidas _administrativas e judidais neceSsá-
Redação final do Projeto de Lei do DF lbama e _a Çompanhia de Água e Esg9tos de rias à desc.onstituição do parcelamento desau-
n 9 59; de 1989, que -·'dispõe sobre a regu- Brasma - Caesb. · torizado, quando não _atendido o disposto no
larização ou desconstituição de parcela- Art.- 5°. Com base nas autorizações de que art. 6? desta Lei, cabendo ao empreendedor
mentos urbanos implantlJdos no território tratam os_arts. 3~ e 49 desta lei, o DiStrito Fede- a responsabilidade_ciVil decorrente de direitos
do Distrito Federal sob a fàrmB de lotea- ral, através da Secretaria de Desenvolvimento de terceiros adquirentes.
mentos ou condomfnios de fato': Urbano, anaJiS<:~rá a viabilidade de implantação Art. 9" Os respOnsáveis_ pelos parcela-
definitiva dos parcelamentos cadastrados em mentos cadastrados, <::uja implantação defini-
O Senado Federal decreta: função dos Princípios e índiCeS urbanísticoS, tiva tenha sido objeto de aquiescência dos ór-
Arl 1"' Respeitados os dispositivos da Lei inclusive para fins de prestação de serviços gãos mencionados _nos arts. 39 , 49 e 5 9 desta
n"' 6.766, de 19 de dezembro de 1979, e de- públicos e de utilidade pública, devendo haver, lei, s_erão notificadOs pela Se<:rêtaria de Desen-
mais normas constantes da le9islação am- para tanto, audiência prévia das conCessio- volvimento Urb;:~JJ.o do Dis.tr_itq _federal para
biental vigente, os parcelamentos para fins ur- nárias de_ serviços públicos, que se manifes- que adotem-as providênCias e executem as
banos, constltuidos sob a forma de loteamen- tarão sobre a viabilidade_ de a.._tendimento __ aos obras necessárias à respei:tiva regularização,
tos ou condominios de fato e já implantados parcelamentos sob exame. , no prazo de quarenta e Cinco dias, a cQntar
fisicamente no território do Distrito Federal, § 19 A autorização a ser concedida pela da notifiCação.
devem obedecer às diretdzes est?!beleçidas ·Secrétaria de- Desenvolvimento OrbanÔ de- Art 1O. As notificações para desconstitui-
nesta lei. pende de prévia anuência do ConselhO de Ar- ção ou para regularização__dos parcelamentos
§ 19 Consideram-se loteamentos ou con- quitetura, Clrbanismo e Meio Ambiente do Dis- cadastrados serão realizadas na forma do art.
domínios já implantados no território do Dis- trito Federal- Cauma. _ 49 da Lei ·n9 6.706, de 19--de- dezembro de
trito Federal, apenas os parcelamentos que § .29 A regularização :dos parcelamentos, 1979 e media_nte edi:tal publicado no Diário
foram objeto de notificaçã-o pela Secretaria cuja implantação defm!tiva seja auforízãda na Oficial do Distrito Federal e em jornal de
de Viação e Obras do Distrito Federal até a forma desta lei, a par da obediência aos precei~ grande circulação, para conhecimento. tam-
data desta lei e a,queles que, comprovadamen- tos legais aplicáveis à espécie, principalmente bém, dos adquirentes das parcelas.
te, em 30 de junho de 1989, possuíam de quanto às exigências desta Lei e da lein9 6.766, Art. 11. -- Decori-ido_o prazo focado na notifi-
Desenvolvimento Urbano do _Distrito Federal, de 19 de dezembro de 1g79, ·é condícionada cação de_ que_trata_ o_art. ~ d~ lei, o Distrito
anexaram a documentação comprobatória da ao cumprimento das seguintes disposições: f'e.deral é autorizado a efetuar as _obras neces-
sua existência àquela data. a) os lotes ainda não vendidos na data des- Sárias à regu1arização do parcelamento, nos
§ 29 Para os efeitos desta lei, consideram- ta lei não podem ter área inferior a 500m2 ; termos dos arts. 40 e 41 da Lei nç 6.766, de
se parcelamentos urbanos de fato os realiza- b) os lotes já comprovadamente vendidos, 19 de dezembro de 1979.
dos _em território do Distrito Federal, em área que tenham sua área definida por documentos Parágrafo únic_o, Após a execução das
rural, que resultarem em parcelas inferiores hábeis, indusive convenções de condomínio, obras referidas neste _artigo ou aprovação da-
a dois hectares ou que tenham finalidade resi- são indivisíveis, mantendo-se a dimensão ori- quelas de que trata ·o_ art. 99 desta lei, pelo
dencial ou de instalação de sítios de recreio, ginal. Distrito Fede_ral, os adquirentes das parcelas
comércio ou indústria, quer assumam a forma Art. 6~ Negada a autorização de parcela- terão a· prazo de cento e vinte dias para provi-
de loteamentos, desmembramentos ou con- mento cadastrado, por quaJquer dos órgãos denciarem a regularização das construções
domfnios de fato. examinadores nas instâncias menCionadas existentes junto à aclminis.tração regionaJ com-
Art 29 Os parcelamentos referidos no ar- nos arts. 39, 49 e 5_?, o GQvemo -do Distrito petente. -
tigo anterior são objeto de cadastramento na FederaJ, pela Secretaria de Desenvolvimento Art. 12._ Nas_ desapropriações necessárias
Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Urbano, notificará oS responsáveis pelo em- à regularização, o Distrito Federal efetuará o
Distrfto Federal. preendimento para reconduzirem a .área par- depósito em juizo em·c_onta bloqueada.e pode-
Art. 39 Inicialmente, cada parcelamento celada ao statu quo ante, no prazo de noventa rá, mediante autorização judicial, proceder à
c::adastrado será analisado pelo Instituto Nacio- días, independentemehte de responsabilida- compensação- das despesas efetuadas com
nal de Colonização e Reforma Agrária- Incra, des _cjyjl e penaJ cabíveis, . a regularização. _- _ __
para efeito do disposto n9 art. 53 da Lei n 9 Arl 13~ Consideram-se responsáveis Soli-
6.766, de 19 de dezembro de 1979. Parágrafo únicg. QUandO a desconstitui- dários pelo ressardmentO das despesas de
Art. 49 Na hipótese de anuência do Insti- ção envolver direito _de terceiro, adquirente de regularização, o loteador, o proprietário do ter-
bJto Nacional de Colonizaçáo e Reforma Agrá- parcela, caberá ao empreendedor arcar com reno e os adquirentes de lotes, na proporção
ria- Incra,quanto à aheração de uso do solo __ os ônus correspondentes. da área de seus respectivos_ lotes e/ou frações
rural para fins urbanos, será o processo do Art...P A desobediência ao artigo anterior ideais, tendo estes úl_timos o direito de regres-
respectivo parcelamento remetido à Secreta- constitui crime contra a administraçãO públi- so contra o loteador. _
ria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia ca, nos termos do:S arts. 50, 51 e 52 da Lei Art~ 14. Os lotes ·ou_ fraçQes' ideais não
- Sematec, para parecer conclusivo, nos ter- n 9 6.766, de -19 de dezembrQde 1979, crime vendidos ficam, a requerimento do Distrito Fe-
mos daLein~"41, de 13 de setembro de 1989, de desobediência, nos termos do art. 330 do deral bloqueados para suprir a área destinada
do Distrito Federal, e demais normas ambien- Código Penal e infraç~o administrativa, nos a sistemas de circulação, implantação de equi-
tais em vig-or. termos do art. 55, inciso X, da Lei n9 41," de pamentos urbanos e comunitários, bem como
§ 19 E obrfgatótia a audiência do Conse- -13 de setembro de 1989, independentemente a espaços livres de uso público, de que trata
lho de Polític::a Ambiental do Distrito Federa1, da incidência das demais sanções adminis· o inciso r do art. 4? da Lei n9 6.766, de 12
previamente à manifestação da Secretaria do trativas, cíveis e criminais cabíveis. de dezembro de 1979.
6704 Quarta-feira 8 DIÁRIO bo CONGRESSO NACIONAL (Seção li) Novembro de.1989

Parágrafo únicO. Na hipótese de o em- 13, serão inscritas na dívida ativa do_ Distrito Art. 2~ Suprima-se do Artigo VI- Dispo·
preendedor ou proprietário do terreno parce- Federal e cobradas judicialmente. slções_ Fina~ - do Acordo de Cooperação
lado possuir áréa contígua ao parcelamento, Art. 20. O Poder Executivo do Distrito Fe- Económica o Seguinte tr~ho:
fica a mesma bloqueada para complementar deral, dentro de trinta dias, regulamentará, no "...provisoriamente a partir da data de
a área necessária ao atendimento deste artigo. que couber, a presente Lei. -sua assinatura, e ... "
Art:. 15. São ferininantemente proibidos, Parágrafo único. O petcentual de área vei-
por constituírem crime contra a administração de, as normas e os índices urbanísticos dos Art.-- 3"9 Este decreto legislativo entre em
pública. nos termos das dispo:ições penais parcelamentos constarão _de regulamentação vigOr na data de sua publicação.-
da Lei n9 6.766, de 19 de dezembro de 1979, a ser e>.pedida pelo Poder Executivo. O SR. PRESIDENIE (Nelson Carneiro}
os anúncios, propagandas ou divulgação, a Art. 21. Esta lei entra em vigor na data -ltem8:
qualquer titulo, de quaisquer projetas de par- de sua publicação.
celamento do solo que não tenham obtido Art. 22. Revogam-se as disposições em Votáção, em turno único, do Projeto
todas as licenças nec_essârias do ponto de vista contrário. de Decreto Legislativo n• 31, de 1989 (ri'
administrativo, sanitário-ambiental ou que, 59/89, na Cêmarã dos DePutados), que
nos termos desta lei, estejam em processo O SR. PRESIDENIE (NeJson Carneiro) aprova o texto das Emendas à Convenção
de análise ou de desconstltuição. ,-Em discussão a redação final. (Pausa.) da Organização InternacJonal d~ Teleco-
Art 16. É proibida a venda das parcelas Não havendo quem peça a palavra, encerro rnunicãções Marítimas por Satélite (ln-
ou lotes, integrantes de parcelamentos não a discussão. marsat) e ao Acordo Operacional, adota-
aprovados pelas autoridades competentes, Em votação. das pela Quarta Assembléia das Partes
mencionadas nesta lei, bem como daqueles Os Srs. Senadores qUe a aprovam queiram Inrnarsat, realizada em Londres, de 14 a
cujos processos estejam em fase de análise permanecer seiltados. (Pausa.) 16 ae outubro de I 985, tendo
ou desconstituição, sujeitando-se os infratores Api"õvada. PARECER FAVORÁVEL, proferido em
às sanções penais e civis cabfveis. A matéria vai à sanção do Governador do plenário.
Parágrafo único. Nos parcelamentos refe- Distrft;o_Federal. A discussão da matéria foi encerrada
ridos neste artigo, é, igualmente, proibida a O SR- PRESIDEI'ITE (Nelson Carneiro) na sessão de 19 do corrente.
realização ou o início de quaisquer novas -Item 7: Passa-se à votação do projeto, em tur-
construções, o que, se_ desobedecido, acarre- no único.
tará a aplicação das sanções legais. Votação, em tuni.o único, do Projeto Os Srs. Senadores que o aprovam
Art. 17. Não são permitidas quaisquer
·de Decreto Legislativo n'i' 30, de 1989 (n'i' queiram permanecer sentados. (Pausa.)
44/89~ na Câmara dos Deputados), que
medidas tendentes à implantação de novos Aprovado.
parcelamentos do solo no Distrito Federal, -aprova o textO do Acordo de Cooperação o__Proje~ vai_ à p_r~~gação.
promovidas por particulares, até a aprovação Eçonômica celebrado entre o Governo
da República Federativa do Brasil e o Go- É o segUinte o projeto apWWdo:
do Plano Diretor do Distrito Federal.
Art. 1.8. Para efeito_ de controle e fiscali- verno da RePública Socialista da Tche-
zação do disposto nesta lei, é instituído, no caslováqUia, em Brasília, em 12 de maio PROJETO DE DECRETO LEGJSLAnvo
·de 1988, tendo
Distrito Federal, o Sistema Integrado de Fisca· N' 31, DE 1989
PARECER FAVORÁVEL, proferido em (N• 59/89, na Câmara dos Deputados)
izaçio - SISIF, coordenado pela Secretaria
plenário, nos termos de substitutivo que
de Desenvolvimento Urbano, devendo dele, Aprova o texto dB$ emendqs J Conven-
oferece.
obrigatoriamente, fazer parte a Secretaria do A discussão da matéria foi encerrada na ção da Orgtmiz,ação lntcmacional de Te-
Meio Ambiente, Qênda e Tecnologia - SE· lecomUnicações Marftimas por Satélite
MATEC, á Secretaria·do G,ovemo, através das sessão de 31 de outubro último.
(fnmarsat) e ao seu Acordo Operacional,
Administrações Regionais, a Fundação Zoo- _ _; Passa-s_e à votação do .substitutivo, que tem adotadas pela 4' Asseinbléía das Partes
preferência regimental.
botânica do Distrito Federal- FZDF, a Com- fnmarsat, realizada em Londres, de 14 a
_Os SrS.- Senadores que o aprovam queiram
panhia Imobiliária de Brasília - T erracap, o 16 de _outubro de 1985.
· Departamento de Estradas de Rodagem ....... permanecer seiitãdos. (Pausa.)
Aprovada. O Congresso Nacional decreta:
DER, e, mediante convênio, o Instituto Nacio-
Aprovà'do__o-substitutivo, -fica prejudicado o Art. 19 Fica aprovado o texto das emen-
nal de Colonização e Reforma Agrtlria- Incra.
projeto. das à Convenção da Organização Internacio-
§ 1'i' Sem prejuíw da competência de ou- A matéria vai à Comis~o _Diretora, a fiin
tros agentes públicos, cabe também ao Siste- de ser_reP.igido o vencido para o turno suple- nal de Telecomunicações Ma~:ítirna$ por Saté-
ma Integrado de FlSCalização- SISIF, detec- mentar. líte _(lnmarsat) e ao seu Acordo Operacional
tar a formação de parcelamentos não autoriza- a dotadas pela 4' Assembléia das Partes lnmar-
É o s_eguinte o substitutivo aprovãdo: sat, realizada em Londres, de 14 a 16 de outu-
dos, adotando as providências necessárias à
apuração de infrações penais e administra- EMENDA N• l-R bro de 1985.
tivas, bem como para responsabilização cWil (substitutivo) Art. 2'i' ficam quaisquer atos _ou ajustes
do infrator. complementares de que pos~am· resultar a re-
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO visão ou modificação do presente docume_nto
§ 2~> Os agentes Públicos pertencentes ao N• 30, QE 1989 ~jeitos à aprovação do Congresso nacional.
Sistema Integrado de FisCalização - SISIF, Af:iloVa o texto do Acordo de Coope- Art. 39 Este decreto legislativo entra em
terão poder de polícia, sendo considerados ração Económica. celebrado enúe o ao- vigor na data de sua publicação...
agentes públicos a serviço da vigi\2lnda am- vemo da República Federativa do 817JSil
biental, a quem será devido todo o auxilio e O SR- PRESIDEI'ITE (Nelson Carneiro)
e o Governo da República Socialista da
cooperação por parte de servidor público civil -Item 9:
Tchecoslováquía, em Brasflia, a 12 de
e müitar do Distrito_ Federal, para o cumpri- maio de 1988': __Votação, em-tUrnO único do-PrOjeto de
mento desta lei. sob pena de incorrer em crime _O Çongresso Nacional decreta: Decreto Legislativo n9 32, de 1989 (61/89,
de prevaricação. Art. 17 É aprovado o texto do Acordo-de na Câmara dos Deputados), que aprova
Art 19. As despesas efetuadas pelo Dis- Cooperação Econômica, celebrado entre o o texto do Acordo de cooperação Téc-
trito Federal na execução das atMdades pre- -Governo da República Federativa do Brasil e nica celebrado entre o Governo da Repú-
vistas nesta lei, para regularização ou descons- o GOvemó da República Socialista da Tche- blica Federativa do Brasil _e o _Governo
tituição de loteamentos. quando não reembol· coslováquia, em Brasília, a, 12 de maio de da República do Paraguai, em 27 de outu~
sadas pelos responsáveis mendonados no art 1988. bro de 1987, tendo.
Novembro de 1989 .. DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL {Seção 11) Quarta-feira 8 6705

PARECER FAVORÁVEL. proferido em os órgãos polfciais federais, deverão. no prazo PARECERFAVORÁVEL,sobn•247,de


plenário. de trinta dias, informar ao Ministério da Justiça 1989, da Comissão
A discussão da matéria foi encerrada na de que não estão sendo usados, no trartsporte -Do Distrito Federal
sessãO de 1.., do corrente. de presos, veículos nas condições referidas A discussão da matéria foi encerradiJ na
Em votação o projeto, em turno ónico. no artigo anterior. sessão de 31 de outubro último..
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram Art 3"' Esta Lei entrará em vigor na data Passa-se à votação do projeto, em turno
permanecer sentados (Pausa.) de sua publicação. . único.Os Srs. Sen~dores que o aprovam quei-
Aprovado. Art. 4 9 Revogam-se as disposições em ram permanecer sentados. (Pausa.)
O projeto vai à promulgação. contrário. Aprovado.
É o seguinte o Projeto aprovado: O sR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) A matéria vai à Comissão Diretora para a
redação final. Em conseqüência, o Projeto de
PRo.JETO DE DECRETO LEGISLATIVO -Item 1 1: Lei do Senado n 9 176/84 será arquivadô.
1'1" 32, DE 1989 Votação, em turno único, do_ Projeto É o se_Quinte o projeto aprovado.
(1'1' 61189, na C6mara dos Deputados) de Lei do Senado n9 91, de 1989 (Com.;. -
plementar, de autoria do Senador João
Aprova o texto do Acordo de Coope- Menezes e outros_ Senhores Sem:~qores, PROJETO DE LEI DO DF
mçlo Técnica celebrado entre o Govemo que estabelece, nos termos do § 99 do N• 63, DE 1989
da RepúbliviJ Federativa do Brl1sil e 0 Oo- art. 14 da Constituição, de 5 de outubro Autoriza a instituição da.Fundaçiio .Me-
vemo- da República do Paraguai em 27 - de 1988, pi"azo para desicompabbilizaçáo morial Israel Pinheiro~ e dá outras "provi-
de outubro de 1987. de Minlstros de ~do, tendo. dências.
O Congresso Nocional decreta: PARECER, sobn• 139; de 1989, da Co-
O Senado Federal decreta: -
Art. 1"' Aca aprovado o texto do Acordo missão
de Co~ração Técnica entre o Governo da -de Constituição, Justiça e Gdada- Art 19 É o Governo do Distrito Federal
Repúbllca Federativa do Brasü e o Ciovemo nia, ·pela constitucionalidade e Juiídici- autorizado a instituir a Furidação Memorial Is-
da República do Paraguai, celebrado em Asw dade, com voto vencido dos Senadores rael Pinheiro, pessoa juridica de direito priva-
sunção, em 27 de_ outubro de 1987. Ney Maranhão e Jutahy_ Magalhães e do, com sede e foro na Capital da República.
§ 19 A Fundação adquirirá personalidade
Art 2? Ficam sujeitos à aprovação do Mansueto de Lavor.
jurídica com a inscrição, no registrO compe-
Congresso nacional quaiquer atas que pos- A discussão da matéria foi_ encerrada na tente, dos seus atQs constitutivos.
sam resultar em revisão do referido Acordo, sessão de 31 d_e outubro último. § 29 A_Fundasão reger-se-á por estatuto
bem como quaisquer ajustes complementa- Passa-se à votarão do p(oieto que, nos ter- aprovado pelo Governador do Distrito fedeiC!l.
res ao mesmo. • 7
~
9
· mo·s-do inciso m, letra a do art. 288 do Regi- Art. 29 A Fundação Memorial Israel Pi-
Art. 3 Este decreto legislativo entra em menta Interno, depende, para sua àprovação nheiro terá por objetivo a organização, conser-
vigor na data de sua publicação. do voto favorável da maioria absoluta da com- va~ão e divulga~ão do acervo cultural refe-
O SR. PRESIDENTE( Nelson Carneiro)- posição da ~asa, devendo ser feita pelo pro- rente à partiCipação de todos quantos hajam,
.a.n 10: cesso nacional. Tendo havido; entretanto, de 'forma destacada, colaborado na Idealiza-
Votação, em turno único, do Projeto acordo entre as Lideranças, a matéria será ção, planejamento e desenVQVimento da cida-
de Lei do Senado n9 22; de 1989, de auto- submetida ao Plenário simbolicamente. de de Brastlia e deverá homenagear, de forma
ria do Senador Jamil Haddad, que dispõe Em votaçãO o projeto. · indeJével, grafando os nomes dos pioneiros.
sobre 0 transporte de presos e dá outras Os Srs. Senadores-que o ~rovarn queiram Art 39 O ·aoverno do Distrito Federal pro-
providências, tendo · permanecer s~ntados. (Pausa.) videnciará no sentido de instalação e funciona-
n?~7, de 1989,_ da_ ~o-:,
1 l::~: mento da Fundação a que se refere esta lei.
=CER. sob lrá à ComisSãÓ Diretora para a Art. 4 9 A Fundação Memorial Israel Pi-
· · i'edaçao final. : nheiro poderá dispor das seguintes receitas:
-de Constituiçiloi Justiç~. e ad/Jda- ' .. ·. · É o se
.• · guinte o proJ·eté> aprovado: 1- as que lhe sejam destinadas nos Orça-
nill, pela constituci<,lnalldode e Juridk:i-
dade. . PROJETO DE LEI DQ SENADO mentos da União e do Distrito Federal;
1'1' 9i, de 1989 (Compleinentar) u·- as doações e auxílios que 'lhes sejam
atribui dos;
A discussllo da matéria foi encerrada na Esf8be/ece, nos termcs do §·godo art III_- as rendas provenientes de exposições
sessõo de 31 de outubro llltimo. 14 d• Consütuiçdo de outubro de 1988, e outros empreendimentos culturais que pro-
Votação do projeto, em turno único. prazo pal'l!. desicompat:Jbilízação de Mi- movam dentro e fora da Capital Federal.
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram nistros de Est4do Art 59 Esta lei entra em. vigm. na data de
permanecer sentados. (Pauso.) O Congresso Nacional decreta: sua publicação.
Aprovado. M 1~ Os Ministros de Estado poderão Art. 69 Revogare-se as disposições em
A matéria vai à Comissão Diretora para a se candidatar a presidente da República até contrário.
redaç!o final. ~ (três) meses antes do pleito, desde que se
É o seguinte o Projeto aprovado: O SR. PRESIDEI'ITE (Nelson Carneiro)
áfastem definitivamente de suas funções.
-Item 13:
PROJETO DE U!l DO 8EI'IADO Art. ~ Esta lei entrará em vigor na data
1'1' 22, de 1989 de sua publicação. Votação, em turno único, do Projeto
Art. 3? Revogam-se as disposições em de Resolução_n91, de 1989, de iniciativa
Dispõe sobre o trllllsporte de presos da Cornlssão Diretora, ·que altera a reda-
e d4 outru provldenc/IJS. contrllrlo.
ção de dispositivos da Resolução n? 146,
OSR.PRESIDEI'ITE(NelsonComeiro)-
itein 12:- · de 1980, altt:!rada pelas Resoluções n 9 '
O Congresso Nacional dec:reta: 50, de 1981, 360, de 1983, e dá outras·
Art. 1• Fi<:a proibido o trimsporte de pre- Voteç!o, em turno único, do Projeto providências, tendo ·
sos em compartimento de proporções redu- de Lei do DF n9 63, de 1989, de iniciativa PARECER, sob nQ 159, de 1989, da Co-
zidas, com ventilàção deficiente ou ausência da Comissão do Distrito Federal que au- missão
de luminosidade. toriza a instituição da Fundação Memorial -de Constituição, Justiça e· Gdada~
Art. 2• As Secretarias Estaduais de Segu- Israel Pinheiro e dá outras providências, nill, -pela constitucionalidade, juridlcidade
r_ança e a do Distrito Fede.ral, assim como tendo e, no mérito, favorável.
6706 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Novembro de 1989

A discussão da matéria foi encerrada na que corresponde a referênia compreender ati- Aprovado o substitutivo, ficam prejudicados
sessão de 31 de outubro último. vidade de rúvel superior; para cujo provimento o projeto e a emenda a ele oferecida.
Passa~se à votação do projeto, em turno não seja exigida formação técnica especia- A matéria vai à Comissão Diretora, a fim
único. lízada. de ser redigido o venci_4o. para o turno suple-
Os Srs. Senadores que o aprovam queiram mentar.
permanecer sentados. (Pausa.) Art. 42. ················-············-·-···-···-··-···-·-···-··-··-·- -É _o seguinte o substitutivo aprovado:
Aprovado. Parágrafo únlco. Não poderá concorrer à
SUBSTITUTIVO
A matéria vai à Coriússão Diretora para a Ascensão Funcional o servidor que:
redação fmal. l-tiver menos de 2 (dois) anos de efetivo Autoriza a Pref_eitura Municips/ de Bonito
É o seguinte o projeto aprovado: exercício em cargo ou emprego no Senado - PE a contratar operação de crédito
federal; no valor correspondente em cruzados no-
n- estiver localizado na primeira referência vos a 675.819,21 Bm;junto à Caixa E coM
PROJETO DE RESOLUÇÃO da classe inicial da respectiva categoria funcio- nômica Federal. -
N• 1, DE 1989 nal." O Senado Federal resolve: _
Parágrafo único.- Ficam revogados o pará- Art. 1~ É a Prefeitura Municipal de Bonito
Altera a redação de dísposiüvos da Re-
solução nP 146, de 1980, _alterada pelas
gr-afo único do art. 21, o art. 24 e seus parágra- - PE, nos termos do art. 52 aa Resoluçáo
fos,__ o parágrafo único do art. 28, o art 30 n~ 93, de 1 1 de outubro de 1976, alterada
Resoluções n~ 50, de 1981, e 360, de
e seus parágrafos, e os parágrafos 1~' e zo do pela Resolução n'~ 140, de 5 de dezembro de
1983 e dá outraS fiiOVidências.
art 31, _da Resolução n~ 146, de 1980, alterada 1985, ambas do SenadO--Federal, autorizada
O Senado Federal resolve: pelas Resoluções no$ 50, de 1981 e 360, de a contratar operação de crédito no valor cor-
A Resolução no 146, de 1980, com
Art. ]<:> 1983. respondente, em cruzados novos, a
a redaçOO dada pela Resolução n~ 50, de 19131, Art. 2Q O art. 3--56 do Regulamento _Admi- 675.819,21 BTN, junto à caiXa Económica
e 360, de 1983, passã a v(gorar com as segUin- nistrã.tívo passa a vigorar com a seguinte reda- Federal, _esta na qualidade de gestora do Fun-
tes alterações: ção: do de Apoio ao Desenvolvimento B9cial--
"Arl 21. A ProgressãO Vertical consiste
~'Art 356. ..... : ..............................:.....•..... FAS, destinada à implantação de um escola
na movimentação do servidor situado na últi- de 1~ grau.
§ 1~' Os"dirtgentes dos 6r.gãos redis-
ma referência de sua classe para a referência Art. 2'~ Esta resolução entra em vigor na
inicial da classe imediatamente superior da tribuirão o pessoal pelas respectivas uni-
dades integrantes. data de sua publicação.
respectiva categoria funcional.
§ 2 9 Na hipótese de Transferência,
Readaptação, Progrssão Especial e As- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) -
Art 27. Para efeito de Progressão Vertical, -Item 15:
censão Funcional, o servidor será obriga~
a estrutura das Categorias Funcionais, com
toriamente relotado em órgão onde pos- Votação, em turno único, do Projeto
vista à fixação inicial da lotação das respectivas sa exercer_ as atribuições do novo_cargo
classes, será a seguinte: de Resoluçao n 9 67, de 1989 (apresen-
ou -emprego.'" tado pela Comissão- de Assuntos Econó-
Art. 28. A Subsecretaria de Administra- Art. 39 Fica a Subsecretaria de Adminis- micos como conclusão de seu Parecer
ção de Pessoal providenciará, mediante publi- tração de Pessoal autorizada a publicar o texto n9 231, de 19"89), que autoriza a conces-
cação do Boletim do Pessoal, até o último consolidado do Regu1amento Administrativo são _de garantia da União aos títulos que
dia do mês de junho, os seguintes levanta- do Senado, com as alterações introduzidas menciona,:tendo -
mentos, para fins de Progressão Vertical: por resoluções aprovadas até esta data, nume- PARECER, sob n 9 276, de 1989, da Co-
I-dos servidores habilitados à Progressão rando e renumerando os seus artigos, seções missão
Vertical; e e subseções. -de Assuntos Ecónómlcos,-faVorável
l l - dos servidores que não concorrem à Art 4~> Esta resolUção entra em vígor na às Effiendas de- n~s 1 a 3, de Plení!ido,
Progressãoi Vertical, com aindicação do mo- data de sua publicação, revogadas as dispo- nos termos de substitutivo que oferece.
tivo. sfções em Contrário. A discussão da matéria foi enc_errada na
sessão de 5 de outubro último.
Art 31. O servidor que fizer jus à ProgreS- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Passa-se à votação do substitutivo, que tem
são Vertical mudará de classe com o cargo -Item 14: preferência regimental.
ou emprego que ocupe. Os Srs. Senadores que o aprovam queiraffi
Votação, em turno único, do Projeto
Parágrafo único. AS vagaS verificadas nas permanecer sentados. (Pausa}
de Resolução n" 51, de 1989-(Apresen-
classes intermediárias e final revertem-se à Aprovado o substitutivo, ficam prejudicados
- t~do pela Comissão de Assuntos Econó-
classe inicial, respeitado o disposto nos§§ 2 9 0 projeto e as emendas a ele oferecidas.
micos como conclusão de seu Parecer
e 39 do art. 40 desta resolução. n 9 152, de 19"89); qU.é autoriZa -Pi-efeitu-ra a A matéria vaCà -comiSsão Diretora, a fim
Munícipal de Bonito, Estado de Pernam- de ser redigido o vencido para o turno suple-
Arl 40. A Ascensão Funcional consiste buco, a contratar operação de crédito no mentar.
na elevação do _servidor da Categoria Funcio- valor correspondente, em cruzados, a
nal a que pertença para a de outro Grupo, É o seguinte o substitutivo aprovado:
80.848,17 OTN, de julho de 1987, junto
que exija para seu provimento inicial formação à Caixa Económica Federal; tendo SUBSTITUTIVO
profissional específica ou nível de escolaridade
superior ao estabelecido para ingresso na Ca-
PARECER, sob n•277, de !989, da Co- Autoriza a conCe~o de garantia da
missão União aos tftu/os que menciona.
tegoria Funcional de origem, satisfeitas as exi- -de Assuntos Econômicos, favorável
gências relativas a cótérios seletivos e qualifi- à Emenda n 9 1, de plenário, nos termos O Senado Federal resolve:
cação fiXados por esta resolução. de substitutivo que oferece. Art. 19 Fica o Ministro da fazenda autori-
§ 19 ......................................................................_ zado a reiterar a garantia da União a debên~
A d_iscussão da matéria foi encerrada na
! 2• ··--·····-·-·-·····-······-·-·-·-·-·-·-··········-···-·-·······--·· SeSl_>ªo tures não conversíveis em ação, já emitidas
de 24 de agosto últimÕ. pela Siderugia Brasileira SA- Siderbrás, ob-
! 3• ··-·········-··············-·-·····-··············-·-·-·-·········-·· Passa-se à votação do substitutivo, que tem
§ 4~> Na hipótese de a referência de que servada a legislação pertinente.
trata o § 29 deste artigo integrar a estrutura preferência regimental. § 19 A garantia expressa neste artigo ê
de classe superior à inicial, a ascensão so- -Os Srs. Senãdores que o aprovam queiram restrita a 437.000 (quatrocentas e tiinta e sete
mente poderá efetivar-se quando à classe a permanecer sentados. (Pausa) mil) debêntures da série A e 2.631.000 (dois
Novembro de 1989 ~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Quarta-feira 8 6707

milhÕes e seiscentos e trinta e um mil) debên- autoria do Senador João Menezes e outros A matéria figurará i1a Ordem do Dia da se-
tures da séries B e C, ·previstas na einissão Senhores Senadores, que a1tera dos prazos gunda sessão ordinária subseqUente.
original. estabelecidos no § 69 do art. 14, "para desin- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
§ 29_ A garantia expressa neste artigo não compatibilizaÇão do Presidente da República, -A Mesa reitera aos Srs. Senadores presentes
ultrapassará o valor em cruzados novos equi- dos Governadores de EStado, do Distrito Fe- e aos que estão nas demais dependências
valente a 3.600,000.000(três bilhões e se!cen- dera] e dos Vrefêítõs, TendO - da Casa o aviso de que, após esta sessão,
tos mil.hões) Bônus do Tesouro Nacio- PARECER. soli n' 145. de 1989,- haverá outra, extraordinária, para apreciação
nai(BTN). -da ComissãO Temporária, favorável ao de indicação de autoridades, que_ são 13, de-
Art. 29 Esta resolução em vigor na data prosseguimento da tramitação da matéria, pendendo do pronunciamento do Senado Fe-
de sua publicação. _ com voto vencido dos Senadores Chagas Ro- dera.!, que n~o deve ser adiado.
O SR. PRESIDENlE (Nelson Carneiro) drigues e Maurício Corrêa. -Volta-se à lista dos oradores.
-Item 16: -19- Tem a palavra o ilobre Senador Edison Lo-
Votação, em turno único, do Requeri- bão, como Uder.
Votaç:ào,- em primeiro turno, da Proposta
mentó n9 566, de 1989, de autoria do de Emenda à COnstituição n" 2, de 1989, de OSR. EDISON LOBAO"(PFL- MA. Co-
Senador Di,!:ceu Carneiro, solicitando, nos . mo üder. Sem revisão do orador.)- Sr. Presi-
autoria do Senador Olavo Pires e outros Se-
termos regimentais, tenham tramitação! nhores Senadores, que modifica o § 3" do dente, Srs. Senadores a vida pública é erri
conjunta os Projetas de Lei do Senado art 4"' do Ato das Disposições constitucionais si mesma fascinante, mas que também n_9~
n9s 176, 178,200, 211,'236 e 237; de transitórias. obriga a instantes de profunda amargura. As
1989, dos Seftadores Nelson Carneiro, injustiças a que o homem público está sujeito,
Jutahy Magalhães~ António Luiz Ma_ya, -20- ao longo de sua carreira, são sempre o tor-
Franaisco Rollember,g, Dirceu Carneiro e Votação, em primeiro turno, da Prop9sta mento de sua vida.
José FogaÇa, respctivamente, que dispõe de Emenda à Constituição n~ 3, de 1989, de
sobr~ a política para o setor agropecuârio. Sr. Presidente, desejo voltar. a_ esta tribuna,
autoria do Senador Marco Maciel e outros Se- dentro de alguns dias, para-falar sobre os epi·
Antes de passat'i votação do requerimento, nhores Senadores, que acrescenta parágrafo sódios que_ marcam a fase final da sucessão
a Presidência esclarece aos Srs. Senadores ao __ art 159_ e altera a redação do inclSo ]( do presidencial.da Rej>úbfica:-Não qUero fazê-lo~
que o Projeto de Lei do _Senado n" 176, de art 161 da Constituição Federal. agora, todavia, não posso deixai" de me referir
1989, cuja tramitação é solicitada pelo requeri- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro! a um episódio recente que diz respeito a decla-
mento, já foi aprovado pelo Plenário e reme- -ltem21: rações de um Parlamentar_do Paraná, publica-
tido à Câm.ara dos Deputados. Discussão, em turno único, do Veto To- das em um jomaJ do Rio de Janeíro, segundo
Em votação o requerimento, tal apostO ao Projeto de Lei do DF n" as_ quais eu h~via partidpadá, Com reCursos
Os Srs. Senadores que a a-provam queiram 54, de 1989, que reestrutura a categoria fmãnceiros, para a desistência: do candidato
permanecer sentados. (Pausa) funcional de Assistente Jurídico do Plano do PMB_ à Vice-Presi9êm::ia d_a República. Sãb
Aprovado o requerimemtO, os Projetas de de aassif_icação de Cargos _de que-trata fafSãs j3.quelãs notícias. - -
Lei do Senádo n9' 178,200, 211, 236, e 237, a Lei n 9 .5.920, de 1973, ftxa $Ua retribui- A resPeito do assunto, mandei, ontem, ao
de 1989, passarão-a tramitar em conjunto. e
ção, dá outras providências.. Jornal do Brasl1 a seguinte carta, publicada
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) (Término do prazo da Comissão do hoje:
-Item 17: Distrito Federal para apresetação do Rela-
tório - 2-11-89). Brasi1ia, 6 de novembro de 1989
Votação, em turno único, do Requeri- IIm• Sr.
mento no 539, de 1989, de autoria do Na sessão de ontem, o nobre Sr. Senador
Mauricio Co?rêa enCaminhou à Mesa requeri· Jornalista Marcos Sá Corrêa
Senador Gomes Carvalho, sollcitando, MO Editor do Joma! do Brasil
nos termos regimentais, a convocação do mente que soUclta seja o projeto promulgado,
nos termos legais. A Presidência ainda não Rio de _Janeiro - RJ
Senhor Ministro dos Transpártes, Doutor Senhor Editor:
José Reinaldo Tavares, para prestslr, pe- pôde concluir o eStudo que está fazendo para
a resposta da Mesa ao requerimento do nobre U as reportagens de ontem e de hoje
rante o Plenário, informações pertinentes no _Jorhat do Brasil envolvendo o meu
à sua Pasta, especialmente com relaç~o· Senador Maurício Corrêa, o qúe justifica que
esta matéria fique adiada para a sessão se- nome. Segundo declarações de um par-
à situação das estradas brasileiras. lamentar do Paraná eu teria dado 600
guinte.
A matéria coilstou da Ordem do Dia da ffiil cruzados aos Sr. Agostinho Unhares
sessão do dia 5 de outubro, tendo a votação O SR. PRESII)ENTE_ (_Nelson Carneiro) para que conçorEasse em renunciar à sua
adiada, a requerimento do nobre Senador - Passa-se à votação do Reque_rirnento n.~ --qmdídatura _à \'ice-Presidência da Repú-
João Menezes, para a presente se'ssão. 599, de 1989, lido no Expediente, nos termos blica pelo PMB. - -
Passa-se à votação do requerimento. do _a_rt._ 336, ãlínea c do Regimento Interno, É"bbsotutamenté- fa1SCfó ·qtfe Se atribui
Em votação. de JJrgência para o PLC n" 48, de 19_89. a mim. Não dei 600 fnil cruza_dos ou qual-
Os Senadores que o aprovam queiram per- Erií -votaÇão b reqUerirTI~mto. quer importância ao Sr. UnhareS ou a
manecer sentados. (Pausa.) - Os Srs. Senadores que o aprovam queiram qua1quer outra pessoa e repeliria qual-
Aprovado. permanecer senlados; (Pausa.) quer insinuação nesse sentido se a tivesse
A Presidência tomará as providências ne- · Aprç>vado. recebido. Mas devo declarar que o Sr~
cessárias para a convocaçãO do Sr. Ministro A matéria figurará na Ordem do Dia da se- Unhares não me fez essa prOposta e nem
de Estado dos Transportes. gunda seSsão ordinária subseqüente. "ninguém por ele. A única coisa que ':"e_
pe_dh.i fel que facilitaSse tim-COntato com-
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) o SR- PRESIDEN"Il! (Nel5on Carneiro) o Sr. Sílvio Santos de que deseja ouvir
- As matérias constantes dos itens 18, 19 _:_Em v:otação ô Requerimento Interno no 60_0, o pedido para que desistisse de sua candi-
e 20 ficam adiadas por falta de quorum na de 1989, lido no Expediente, nos termos do datura. Apenaa isso.
Casa, qua1ificado para a sua votação. art.- 336, alíriea c ·do Regimento lntemo, de P~de o primeiro instante ficou deter-
São os seguintes os itens adiados: urgência para qPLS n~ 328/~9._- - -- minado que a _campanha de Silvio Santos
·Em-votaÇãO._ ~ -~- _ ·-~ __ _ se faria sem recurSos fimimceiros, até pela
-IS- Os Srs. Seniiâores que O aprovam queiram desnecesSidade em virtude da exigüidade
Votação, ern primeiro turno, da Proposta permanecer sentados. (Pausa.) de tempo para fazer cartazes e outros ele-
de Emenda à COnstituição nQ 1, de 1989, de Aprovado. mentOs de campanha eleitoral.
6708 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL ~eção U) Novembro de 1989

Portanto, reafirmo a minha declaração: ra de V. Ex'i', como incapaz de bancar wn negó- O Sr. Rachid Saldanha D..-.1 - Permí·
não dei. não daria e ninguém me pediu cio dessa natureza. O que estou lastimando te-me V. Ex~ um aparte?
qualquer importância E deploro que meu hoje, nobre Senador Edlson Lobão, como po- O SR. EDISOl'l LOBÃO - Ouço o emi·
nome tenha sido envolvido em qu~s lítico, cuja vlda arrastou-me para isso desde nente Senador Saldanha Der.zi, Uder do Oo-
dessa natureza 1964, é ver uma espécie de desmoronamento vemo.
Pedindo-lhe a gentileza da publicação daquilo que nós somos. A sessão de hoje,
desta cart2l, apresento--lhe oS" meus agra- em grande parte, é uma prova dissç. é o marco O Sr. Rachid Saldanha Derzi - Nobre
decimentos. d~sse itinerário do desmoronamento dos polí~ Senador Edison Lobão, lamentavelmente, to-
CordiaJmente, Senador Edison Lobão. ticos brasileiros. Os Partidos estão implodidos, dos os dias, nós, homens públicos, somos
senão explodidos. Os homens que têm nome atingidos pela irresponsabilidade de determi·
Sr. Presidente, trago esta matéria à tribuna nados jornais que assacam contra a nossa
doSenado"emrespeito à Casa aque·me honro partidário não parec_em ter oportunidade nas
pesquisas. E isso prova, pelo menos à primeira honra. São vários os homens públicos atingi-
de pertencer. De outro modo, não a traria, dos profundamente, como disse V. Ex" Precí·
porque o que se fez, a]~ foi uma indignidade vista, uma espécie de repúdio dos militantes
políticos. Eu me recuso também a ser classifi- sarnas ter a coragem de votar uma lei eleitoral
a mais e, desgraçadamente, a vida de um ho- que realmente recoloque no lugar a responsa-
mem Público é cheia de acontecimentos co- cado como político profissional; não o sou.
A minha profiSsão é a de oficial da Reserva bilidade desses homens da imprensa É pre-
mo esse. ciso que sejam punidos _os donas de jornais,
do Exército brasileiro. Agora, militante politico
O Sr. Jarbas Passarinho - Permita-me eu sou, tenho sido, no mesmo Partido: E já os diretores e os jornalistas, donos das notí·
V. Ex' um aparte? . só saio morto eu_ ou ele. Há formas de ele cias. Precisamos ter coragem de votar uma
. morrer. De maneira que posso me reservar, lei liberal, mas séria, nesta hora, que eles te-
O SR. EDISOI'I LOBÃO - Ouço, com
amanhã, o direito de analisar essas formas, nham responsabilidade. -Assacam contra a
muito prazer, o eminente Uder Jarbas Passa-
se não aparentes_ ou reaís. Mas, no momento, nossa honra, sem a menor responsabilidade,
rinho.
quero _que V. EJc!' receba, não apenas uma soli~ e- se recorremos à Justiça; passam-se dois
O Sr. Jarbu Passarinho -Inicialmente, dariedade formal, típica da cordialidade da Ca- ou três anos e, então, se fala que não se disse,
eu diria que o conceito de que V. Ex"' desfruta $8, quero que V. Ex" receba a palavra, em rela- e Já se está _absolvido. É triste vermos isso.
nesta Casa é a melhor defesa que pode ter ção a V. Ex", em relação a Agostinho Unhares, CompreeOdo a mágoa de V. Ex" neste mo-
a respeito da sua conduta ética e do ponto como sendo de um homem que repugna veri- mento. Tenho sido atingido também, mas te-
de vista do exercício do seu mandato. Em ficar essa versão que atingiu V• .E,xl' na sua nho muitos anos -43 anos de mandato legis-
seg\Dldo lugar, eu não sei se V. Ex' é senhor sensibiUdade. lativo, de foJma que supOrto um pouco melhor
de tantas posses; que pudesse dar 600 mil essas investidas-. Sei que V. EXl' está amargu·
cruzados novos por uma renúncia, proporcio- rado, mas fique tranqüilo, V. Ex!' tem o respeito
riando ao Senador Marcondes Gadelha ser O SR. EDISON LOBÃO --Senador .Jar- e a admiração desta Casa. Todos os Sena-
candidato à Vice-Presidência da República. E bas Passarinho, são r!f,confortantes as palavras dores são unânimes em reconhecer, na con-
quero combinar as coisas à pessoa de V. EJcf de V. Ex"'. A solidariedade que recebo deste duta de V. Ex' a altivez .de caráter, a honradez
e à pessoa do Deputado Agostinho Unhares. e~inente Rep(esentante ~o Pará, para mim de V. Exi' Esta CaSa reconhece em V.. Ex" um
Embora maranhense, ele faz política no Pará e para a minha carreira política, importa muito. dos grand~s homens públicos, um çlos gran·
e pertenceu ao meu Partido. Sempre fomos ·-Eu Sei o quanto fui ferido com iSto, rlâo _des Seriadc:ires que por aqui passarám. Conti·
correligionários,. até quando ele saiu, há muito é a primeira vez, e.o homém público tem que nua V. Exl' com o nosso respeito. Não dê ouvi·
tempo, para o Partido Municipalista Brasileiro. se preparar para esse tipo de sofrimento. Eu dos a essas ca1únias e infâmias qüe assacam
Não é invenção de Agostinho ,Unhares, no me preparei, ou pelo menos imaginei estivesse contra .V. Ex'
momento, para esta sigla. Ele é um munici- preparado para isso. Verifico que não; o meu
OSR. EDISOl'l LOBÃO-Muito obriga-
palista convicto; bate-se por esse princípio, e cálice de amargura, nesses epiSódios,_ tem si-
do, Senador Rachid Saldanh~ perzi. Se"i que
.quando o PDS teve o seu momento de frag- do muito maior do que eu sou capaz de supor~
a vida política de V. E'Jcf, sua carreira politica
mentação, ele saiu para fundar, no Pará, o tar. De toda maneira, quando vejo a solidarie-
tem sido também marcada por sofrimentos,
Partido Municipalista Brasileiro. É professor de dade de homens como V. Ex', eu me .sinto
e o_ seu exemplo há· de nos ajudar a resistir
Matemátiça; ao que sei, é livre docente e dou- um pouco mais reconfortado e talvez até re-
a tais coisas. Mas é, de fato, diflcil suportar
tor em Matemática; é um homem espontâneo, temperado para o rein1clo da luta. tantas tnjustiças e tantas calúnias, porque, na
e, por causa disso, talvez, em grande parte, Eu também não creio que o Deputado
medida em que se publica uma calúnia como
as palavras Possam levar a algumas iJações Agostinho, homem religioso, evangélico, fosse
está, vem a resposta - o jornal publicou e
equivocadas. Mas a palavra é o instrumento capaz de pedir, não a mim, que ele não pediu,
sou-lhe grato por ter publicado a minha res·
que temos. E como está escritO rio "Diário eu já o disse, mas a quem quer que fosse,
posta -, mas quem leu, antes, a acusação,
do Póroco de Aldeia", de Georges, Bernanos de fazer uma negociata tão sórdida como esta!
dificilmente lerá a defesa e, quando a lê, geral·
-quando o personagem parece que impreca Eu penso que ele não o faria. Mas estamos
mente não acredita. Então, o mal esta feito,
contra Deus e diz: "Oh, meu Deus, por que todo_s eKpOstos a isso, e é deplorável que, de
não tem como corrigir.
s6 me deste a palavra, este frágil instrumento, fato, decorridos 30 anos sem que este País
para expressar meu pensamento?!"- a pala- tivesse conhecido as Ull'laS da sucessão presi-
O Sr. Gomes Carvalho - Senador _Edi-
vra. pode levar a equívocos de interpretação, dencial, recomece tal fase desta maneira, onde
son Lobão, permite-:me V. Ex' um apárte? ·
ponho dúvida, muito séria, a respeito de que me parece que as versões pululam acima dos
o Deputado Agostinho Unhares pudesse ter fatos, e se sobrepõem a eles, o que é lamen- O SR. EDISOl'l LOBÃO - OÚço V. Ex',
feito esse tipo de negociata; porque isso não tável. Enfim, isso faz parte desse· jogo político. com muito prazer.
era negócio; era uma negociata - pedir seis- Diz V. Ext que os grandes nomes estão em O Sr. Gomes Carvalho -Senador Edi·
centos mD cruzados novos para. abdicar da desvantagem nas pesquisas. É verdade. Isso son Lobão, quero me solidarizar com V.' Ex',
condição de vire-presidente, eleito em uma mesmo foi dito a um dos candidatos, que está depois dé ter ouvido os apartes de qualidade
convenção nacional, para que entrasse outro em desvantagem, quando ele se queixava dis- dos Senadores Jarbas Passarinho e Rachid
nome em seu lugar. Preliminarmente, defendo to. Numa dessas reuniões, nós lhe dissemos Saldanha Derzi. A injustiça, sem dúvida algu-
o Deputadp Agos!lnho Unhares, e nesta defe. que tínhamos feito um esforço muito grande ma, é o que mais marca o ser humano. Por
sa incluo,· natumlmente, a figura de V. Ex•, para oferecer ao País o que tínhamos de me- isso, imagino o que V. Ex' deva estar sentindo
porque também ponho grandes dúvldas.Aiiás, lhor em nosso Partido. E outros Partidos fize- nesses últimos dias. Lamentavelmente, a elas~
não estou sendo correto dizendo que ponho
dúvidas, não'tenho é dúvida em relação à figu-
ram o mesmo e aí estão as pesquisas a que
V. Ex!' se refere.
se politica foi, de forma tão baixa, achinca·
lha~. É preciso 'fl'e se distingam- os bons,
Novembro de 1989 UIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) QUarta-feira 8 6769

e V. Ex!' honra as tradições desta Casa. Por que V. EX' está vive-ndo. Conta aquele escritor galhardia, toda aquela crença no nosso País,
isso, quero me solidarizar com V. ~. na certe- brasileiro: "Em determinado país ·do Oriente, num futuro melhor, nas suas melhores solu-
za de que isso não passa de uma colocação wna senhora passou a escrever cartas calu- ções e se vê hoje injustamente acometido,
infeliz contra V. EX' e que, ·por certo, não p-ode- niando determinadas pessoas. E essas pes- vamos dizer assim, de um rosário-de injustiças.
remos aceitar. soas foram queixar-se ao juiz. O juiz mandou Naturalmente, não ficarei ausente a oferecer-
O SR. EDISON LOBÃO - Muito obri· chamar a acusada, fê-la confessar, e ele de lhe, no mÚlimo, uma palavra, no máximo, um
gado ao nobre Colega por suas palavr~, que público, pediu perdão pelo mal que tinha prati- testemunho. E, mais ainda, a minha amiz"ade,
também me ajudam a resistir a este momento. cado. O jUiz pegou uina das cartas, queimou- para dizer que V.~ se_engrandece ainda mais
·a, entregou as cinzas nuin envelope à calunia- perante mim. Porque o que V. Ex" não vai
O Sr. Marco Maciel- Caro Senador Edi- dora, e pediu que saísse do tribunal e espa- revelar, nem eu também, isso lhe colhe num
son Lobão, permite-me V. Ex!' um aparte? lhasse aquelas cinzas ao vento. Quando retor- momento dos mais dificeis de sua vida pessoal
O SR. EDISON LOBÃO- Eu as recebo nou, depois de ter feito o que c:> juiz ordenara, e íntima e V. & não quer e nem vai deixar
com a1egria e com o agradecimento que devo ouviu-o dizer: Vai agora e fecolhe todas _as que os outros saibam. Mas qual um carvalho
ter, porque sei que partem de um homem cinzas que _espalhaste, todas elãs, para recom- que não se abate, está de pé, e aqui está 1}
da sua têmpera, da sua envergadura moral por a carta que escreveste. Ela disse: "Mas seu amigo a oferecer-lhe apoio.
e política senhor, como poderia fazer isso? O vento já
Muito obrigado mais uma vez. esPalhou por milhares de caminhos_as cinzas O SR. EDISON LOBÃO- Nobre Sena-
Ouço b eminente Senador Maico Maciel. desse papel. O juiz diSse: Assim como o vento d.Pr Hugo Napoleão, temos sofrido juntos, em
espalhou as cinzas· desse papel, também a alguns momentos, V. Ex' e eu temos sido par-
O Sr. Marco Madel- Caro Senador Edi- calúnia que se espaJha, por mais que a pessoa ceiros nesses momentos em que muitos que-
son Lobão, quero, neste instante em que apar· desminta, jama1s desaparece e deixa de tisnar rem tomar-nos vft:imas de uma situação para
teia V. Ex", trazer também, a exemplo de outrps a vítima". Senador Edison Lobão, conheço-o a qual pouco temos contribuído. V. Ex' e eu
Colegas integrantes desta Casa, ã minha pala- como jornalista, como Deputado Federal, co- temos sido agredidos e temos resistidos. Mas
vra de solidariedade a V. EX"' Eu o conheÇo mo homem_ público. E sinto profundamente há um momento em que a agressão ultra-
há muito tempo, sei das suas quaJidades .de que V.&, neste momento, tenha se tomado. . passa a fronteira do razoável, e é por isso que
homem público, conheci-o, inclusive, n~sta na reaJidade, o exemplo do homem público estOü aqui para lançar o meu protesto e fJXar
Casa, cOmo jomaJ!sta e, desde então, tébho brasileiro, que por qualquer motivo é vilipen- a minha posição.
acompanhado a sua trajetória política, inicial- diado até na sua honra pessoal. Rece):>a a mi- _Agradeço_a V. EX' o aparte.
mente como Deputado e, posteriormente, co- nha solidarie-dade. - -- -
mo Senador, e posso, por isso mesmo, dizer O Sr. ~eira Filho - Permite-me V. Er
a V. Ex" que a sua conduta, quer de jarTI.3!ista, O SR. EDISON LOBÃO -Muito grato, um aparte?
quer de político, tem-se caracterizado pprrcor· Senador Leopoldo Peres. V. Ex' faz o registro
reção de atitudes e, por isso mesmo, aqedito do que é a calúnia no exercício da vida pública. O SR. EDISON LOBÃO- Coin piazer,
que notícias como essa a que V. E>r se refere é de fato - eu diria - um monumento mal- nobre Senador Meira Filho.
não encontram, aqui e nem fora, abrigo e tam- dito. Dela,-difiCifmeiite ãS pessoas se livram;
O Sr. Melra Fnho -Se eu fosse, neste
pouco reconhecimento. Receba, pois, meu ca- carregam sempre esse peSõ, o mal feitO não jpstante, o Senador Edison L9Pão, sentir·me-
ro Celega Senador Edison Lobão, o nosso há como corrigir por_ inteiro_.
ia _orgulhoso pelo apoio reçe!(ído, pela solida-
testemunho do apreço, do reconhecimento O Sr. HUgo Napoleão - PerrTlíte~ine V. riedade dos seus Companheiros, que o conhe-
à sua ação de político e, também, da amizade Ex" um aparte! cem tão bem. Como disse o Senador Jarbas
do correligionário de Partido. Passarinho, V. Ex" nâo precisa de -defesa, V.
b SR. EDISÓN LOBÃO - Ouço o emi- & é a defesa. Mas uma coisa é preciso que
OSR. EDISON LOBÃO-Ao Pres;dente nente Sen~dor _Hugo Nap-oleão. fique patente aqui _para n6s: os democratas.
do meu Partido, Senador Marco Maciel - S. O Sr. Hugo Napoleão- Eminente Seria- por serem democrafãs, têin que reãgir: 8(iui
Ex" logo dirá que já não é- mais; mas para dor Edison Lobão, na vida pública, nós temos, dentro do Senado Federal, contra a má im-
rrifm continua sendo fundador do PFL, Partido de um lado, os momentos de glória, de alegria, prensa,_ porque esta nossa reação contra a
que me deu abrigo e do qual não pretendo de grande satisfação de podermos estar pres- má iffiprensa é exatamente para preservar a
sair, embora tenha dito que eu também já tando serviços à coletividade.Infelizmente, por boa imprensa, que serve bem ao nosso Pais.
me inscrevi no PMB, está divulgado por aJ vezes, temos também a incompreensão, a falta Tenho muito receio de determinado tipo de
-.agradeço o aparte. Também me 'reconforta de informação, as críticas infundadas,_ e, por imprensa. Homens de bem do passado já fize..
a sua solidariedade de homem público, corre- que não dizer, a injúria, a _calúnia e·_a difama- ramo mesmo. Rui Barbosa, por exemplo, dizia
to, homem público de carreira longa e fecun- ção. Neste momento, todos nós estamos soli- que a opinião pública é a opinião que se pub6-
da, e que conhec.e a minha trajetória ~ornO dários com V. Ex', pOrque conhecemos o porte ca. Dal, é predso _que a imprenSa Sêji! reaJ-
jornalista polftico que fui, durante muitos anos, de homem pú~lico que é. Seu Colega na Câ- mênte respoi1sáVe1 peta opiniãO Cjue emite; ela
àéâmpanhando a sua brilhante carreira e, ago- mara dos Deputados, hoje no Senado da Re- pode se tomar pública; se é de má fé, vai
ra, como seu Colega, modesto, no Parlamento pública -algumas vezes em posições conver- .estragar a opinião púbDca. O próprio Rui dizia
brasileiro e no Senado FederaL Muito grato gentes, em outras divergentes, temos vivido, que a única maneira_de se corrigii" a il}1prensa
a V. Ex!' juntos dias de profunda intensidade política, era através dà prQpria iniprensa. Por isso, digo
O Sr. Leopoldo Peres.- Permite-me V. compartilhando esperanças e incomensurá- que, nós, como Senadores, como deniotratas
EX' um aparte? - ·· - veis difici.t1dades; sabemos que os fatos estão que .somos, temos que reagir contra a má
mexendo. alhures, em posições já estabele- imprensa. Isso para preservar a imprensa que
OSR.EDISONLOBÃO- Ouço o nobre
cidas confo!Íé'lvelmente e com o desejo de é sadia e presta serviços à Nação. Est.arrios
Senador peld' Amazonas, meu querido amigo que tudo .prossiga da maneira como está, e numa transição que, pela postulação dos can-
Leopoldo Peres. p6r issO está inComodando. Mas o importante didatos à Prestdênda ·da Repúbltca e_ pelo u:a-
O Sr. Leopoldo Peres- Senador Edison nisso é que V. Ex•, como eu,_ também está balho que determinada imprensa faz, se _está
Lobão, há um conto de Malba Tahan que a pleno na sua cçmsciência de que está prestan- transformãndO numa guerra stija, nJ.Dlla guer·
maioria dos Senadores provavelmente conhe- do serviço a uma causa, enquanto às vezes, ra _de_acusações, numa guerra terrível, indu·
ce, mas que eu gostaria de citar, neste fim naS nossas conversas, conversas políticas que sive _deixando o eleitoi meio atordoado. Há
de tarde, quando V. Ex"- Vem--à tribuna diz:e_r mantivemos com alguns outros Colegas com- um ditado que dir. !'Em '"tempo de guerra, tem
das suas mágoas. diante da injustiça de que panheiros até mesmo no Senado Federal, _V. mentira como terra". Infelizmente, V. Ex" foi
foi vítima, que ilustra muito bem ·o momento Ex" revela todâ aquela pujaOça,- toda aquela vítima de uma mentira.
671 O Quarta:feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Nov.embro.de 1989

O SR. EDISON LOBÃO -Agradeço a Companhia se propôs a pllblicar todos gio Estadual d~ Pernambuco, ainda hoje cum-
palavra do Disbito Federal, através do Senador os dias da semana, exceto aos domingos prindo um papel extremamente importante na
Meira Filho. somente, o presente Diárto, no qual, de- vida educacional do Estado; criouMse o primei-
Conduo, Sr. Presidente, dizendo que o que baixo dos títulos de ComprasNendas-Lei- ro corpo da polícia militar; e é, também, o
tentei fazer foi colaborar com o processo po- Jôes-AJ ugué is -Arrenda rn en tos- ano do trágico fuzilamento de Frei Joaquim
lítlco. _____]\forarrlentos:Roubos-Perdas·Achados- do Amor Divino Caneca, o FrefCa.neca herói
Há bem pouco tempo, tínhamos mais de Fugidas e Apreensões de escravos-Via- de nossa maior revolução -libera1, um dos líde-
cinqüenta por cento do eleitorado brasileiro gens-Afretamentos-Amas de Leite, etc., res da Confederação do Equador e o primeiro
ainda lndef111ido. E por que isso? Obviamente, tudo quanto disser respeito a tais artigos; a afirmar que -à Brasil possuía "todas as pro-
porque o quadro político que se apresentava para o que tem convidado a todas as pes- porções para formar um Estado Federativo".
não correspondia às aspirações de todos os soas, que houverem de fazer estes_ou ou- Eísso é importante lembrar, neste momen·
eleitores brasileiros. tros quaisquer anúncios a os levarem à to, quando nos aprestamos a celebrar, na pró-
O nome que hoje apóio, nem foi lembrado mesma Tipografia, que lhe_s_ serão im- xima~ qUarta-feira, a passagem cfo 1o Cente-
por mim; cumpri uma missão - já foi aqui pressos grátis, devendo ir assinados. nário da R~públka, república que quer dizer
relatado pelo Senador Hugo Napoleão - e, Também se publicarão todos os dias também federaç.ão, porque, como sabe V. Ex",
antes atê da referida missão, esse nome já as entr.adas e saídas das embarcações Sr. Presidente, a FederaçãO no Biasil é coetã_,
existia, noticiado pela imprensa como _uma do dia antecedente, portos de onde viera, nea da República, irmã, conseqüentemente,
possibilidade. Porém, não me cabe julgar se dias de vicigem, passagei'ros, cargas e no- dos ideiais republiCanos: - -
A. B, ou C é a melhor solução; cabe ao povo ticias que trouxeram. AJém disto, todas Sr. Presidente, não podia deixar sem cele-
brasileíro, aos oitenta é _dois milhõ_es de eleito- as semanas se darão os preços correntes bração esta data, seja pela história de que é
res decidir, a seu juizo, o melhor _candidato. - dos gêneros de importação e exportação. testemunha esse Jornal de minha terra, seja
Sr. Presidente, a meu ver, sendo um demo- com uni atestado de dois negociantes pelo que ele representa para o Nordeste e
crata como sou, vivendo sob o império da desta praça." para o Brasil, em termos de pioneirismo· e
lei, da ordem e da democracia, tenho o direito -de registro da vida brasileira -deSde os primór-
Essa, Srs. Senadores, a Introdução do nú-
de escolher o meu candidato, de ter a minha dios da Independência até nossos dias. -
mero 1 do Diário de Pernambuco, que delibe-
opção de escolher o meu candidato. Posso
rei citar por ser uril marco na história da Im- É um monumento iffiorredouro da cami-
estar errado. é uma possibilidade, mas, desde nhada do Nordeste. Um baluarte do espírito
logo, condenar~se uma candidatura, sobretu·
prensa brasileira e por trãduzir o variado cam-
po das preOCupações da cidade de Recife des- de empreendinierito, de trabalho, de doação
do pelos argumentos do preconceito, é querer
sa época, em termos da necessidade de infor- à causa pública através da informação, fl_e ser-
ter uma liberdade, uma democracia para si viço _à sodedade pemambucana e brasileira.
mação, relativamente à sua vida social, econó-
próprio e não para todos. S_ão.16~·tanos de lutas e glória. Não há ne-
mica e política.
Sr. Presidente, agradeço a V. Ex~ a tolerância gar: a· história- e a cultura do nosso pOvo, do
Não podia o tipógrafo intelectual Antonio
e aos meus CompanheirOs a solidariedade. José de Miranda Falcão, nome que é uma povo pernambucano, tÊm estreita e indiscu-
Muito obrigado. (Muito bem!) legenda em meu Estado, sonhar que o seu tível ligação com a proffcua ação do Diário
(Durante o discurso_ do Sr. EdiSon lo- diário se tornaria o mais antigo jornal em-circu- de Pernambuco. O Diáiío-de Pernambuco tem
bão, o Sr. Nelson Carneiro, Presidente, lação na América Latina (o segundo é o o passado, continua vivo e dinâmico no presente
deixa a cadeira da presidência, que é o cu· E1 Mercúrio; de Valparaíso, no Chile, que co- _e investe no futwo; prova do que afirmo é
padlJ pelo Sr. Pompeu de_Sousa, 3?Se~ meçOUB.drCUlar em 12 de seténbro de 1827.) -ã recente fnciugui-ãçãO--de· sua SUcursal_ em
tário.) Antonio José de Miranda Falcão tinha clara Brasília, entregue aoJomalJsta Magno Martins.
~R. PRESIDENI'E (Pompeu de Sousa) visão do paPel do jornal: servir e levar a notícia Nesse sentido, Srs. Senadores, em ri-orne
-Concedo a palavra ao nobre Seria dor Marco até o leitor. De fato, para facilitar a entrega da gente pemambucana e, creio, dos_ brasi-
MacieL -e--poupar õ leitor do desconforto de procurar leiros de outros Estados, aqui representados
diaiiamente a Tipografia, foram criados vários pOr V. E#, registro, nesta sessão, nossas mais
O SR. MARCO MACIEL (PFL- PE. Pro· p_ostC?S de distribuição. ~sim, o Diário -po9-ia efusivas congratulações ao Dr. Paulo Cabral
nuncia o seguinte discurso._) - Sem revisão ser encontrado no Botequim da Praça, em de Araújo, Presidente do Condomfnio Acio·
do orador.) -Sr. Presidente, Srs. Senadores, Santo António, na Loja da Gazeta, na rua do nário dos Diários Associados e ao atual corpo
ocupo, hoje, a tribuna desta Casa para unir-me Rosário, na Botica do João Ferreira, no largo dirigente desse jornal: o Dr. Antônio Camelo,
às comemorações do meu Estado pela passa- da Matriz. Diretor-Presidente·, _uma das mais respeitadas
gem do 164<? aniversário de existência do Diá- É. do p~eiro número, também, este pito- e acatadas figuras do nosso Estado; os jo~­
rio de Pernambuco. resco aviso_ aos assinantes: listas Dr-:-- Gladstone Vieira Belo, Superinten-
Foi no longínquo e memorável 7 de novem- dente, Dra. Zenaide Barbosa, Secretária-Geral
"Faz-se crer aos Srs. assinantes .deste de Redação, Lúcio Costa, chefe de redação,
bro de 1825 que saiu às ruas dà: Capital per- Diário que na ocasião de lhes ser entre-
nambucana o número 1 do jornal, com o mo- bem como todos os demais jornalistas e fun-
---gue; se ã~fsuas portas se acharem fec11a- cionários que, na faina diária, tomam possível
desto e sintético cabeçalho: "Diário de Per- _das o Diário será metido por baixo das
nambuco-Número l-Hoje, segunda-feira, a circulação desse jornal que já se transformou
mesmas, porque se toma muito incómo-
7 de novembro de 1825 - S. Florência." em verdadeira instituição nacional.
do procurar duas ou três vêzes a qualquer Fazemos votos de que c Díário de Pernam-
Nem imaginava o seu fundador, Antônio dos Srs. assinantes para lhe entregar em
José de Miranda Falcão, que o seu Diário, buco, ora homenageado nos seus 164 anos,
mão própria dito Diário".
vindo à luz como simples "folha de anúncios," continue_ na ingente tarefa de bem informar,
atingiria essa. gloriosa longevidade. Prova-o a O Diário tomou-se fonte de consulta obri9a- mist_er do qual tão bem se tem d6õincumb!do
modéstia das pretensões formuJadas na lntro- tória para todos os estudiosos da História bra- a ponto de tornar-se, e não esto_u cometendo
dução. Assim são apresentados os objetivos sileira. Seus anúncios de vendas, de compras, nenhum exagero, Sr. Presidente, em legitimo
do jornal: de viagens, de fugidas de escravos são o retraM simbo.lo da imprensa escrita do nosso Piís.
to da sociedade do tempo. ·Muito Obrigadô. (MUito bem!)
"Faltando nesta cidade assás populosa
um Diário de Anúncios, por meio do qual Além disso, no mesmo ano do seu apareci- O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
se facilitassem as transações. e se comu- mento, outros importantes fatos faziam de Re- -Ao encerramento do brilhante e saboroso
nicassem ao pCtblico notícias, que a cada cife uma cidade em vigorosa efervescência c:Uscurso do nobre Senador ,\\arco Maciel, esta
um em particular podem interessar, o ad- culb.lral e política. No mesmo ano, por exem- Presidência quer associar-se à homenaQem
ministrador da Tipografia de Miranda & plo, fundou-se o üceu Provincial, depois Colé~ prestada ao glbri6sb Diário de Pemainbuco,
Novembro de 1989 DfARIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Quarta-feira 8 67~11

no seu 1649 aniversário, acontecimento que 56 com a não utilização- do equipamento tor privado, ou estão temporariamente adia-
é particularmente grato ao eventual ocupante pesado, que ficou ocioso com· a paralisação dos, ou foram definidamente cancelados. _
da Presidência neste momento, velho joma~ das obras, o prejuízo que vai sendO acumulado A Chesf realizou recente estudo demons-
lista há mais de 50 anos. pelo Governo_ aproxima-se dos dois milhões trando que existe urna forte relação entre o
O Diário de Pernambuco constitui uma gló- de dólares mensais. crescimento da economia na Região Nordeste
ria pemambucana, uma glória brasileira e uma E existem outros prejuízos difíceis de medir, e o consumo de energia elétrica, de tal sorte
glória_ da América Latina. como os que resultam da desmobilização da que para cada um por cento de crescimento
formidável força de trabalho reunida para a do PIB ocorre um crescimento na demanda
O SR. PRESIDENtE (Pompeu de Sousa) construção da barragem, e que hoje está sen- energética de 1,35 por cento. Segundo o mes-
- Concedo a palavra ao nobre Senador Ruy do deixada à própria sorte. mo·estudo, o atraso no cronograma de Xing6
Bacelar. Há pouco mais de dez dias, o Presidente levará a urna redução de 1,31 por cento do
Samey havia se_<:omprometido a liberar NCz$ PIB da região Nordeste, em 1994, e nada me-.
O SR- ROY BACELAR (PMDB -8A. Pro- 500 milhões ao setor hidrelétrico brasileiro, nos que 3,37 por Cento, em 1995. E lem-
nuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, dos quais NCz$ 350 lnilhões seii'iam destina~ brem-se, Sr. Presidente e SrS. senadores; qUe
Srs. Senadores, na última segunda-feira, dia dos à Chesf. Além disso, haveria uma parcela estamos falandq, numa região que se carac-
30 de outubro, esgotaram-se os recursos fi- adclonal de NCz$ 160 milhões para suposta teriza como um bolsão de pobreza no País
nanceiros necessários para a Continuação da liberação imediata à Chesf, em três parcelas e mesmo no mundo. -
concreti!lgem do emboque por onde seriam com vencimento nos três últimos meses do Uma vez concluída, a Hidrelética de Xingó
desviadas as águas do rio São Francisco para ano. será capaz de fornecer, no mínimo, 18 bilhões
permitir a construção da Barragem do Xingó Os NCz.$ 500 .milhões a serem liberados de KW!h anua1s de enefQia elébica, satisfa-
entre Alagoas e Sergipe. Pod~se dizer que para o setor hidrelétrico depende de uma me- zendo quase metade de tdda a demanda de
esse foi o último ato de uma verdadeira tragé- dida provisória que, como sabemos, até agora energia elétdca prevista para a região em mea-
dia brasileira e nordestina que se desenrolou não nos chegou às mãos. E os Ncz$ 160 mi- dos da década de noventa. Já na conclusão
ao longo dos últimos dezoito meses e que, lhões n'ão serão utilizados em Xingó porque de sua primeira etapa Xingá adicionará ao...sis-
infelizmente, deverá ter graves reflexos no futu- a Chesf diz que necessJta desses recursos para tema Chesf 3 mil MW, o que representa 42
ro de nossa Região e do nosso País. saldar seus compromissos do dia-a-dia até por cento da atual capacidade instalada no
Não obstante a retórica oficial, que promete o final do ano. Nordeste.
ao Nordeste _a prioridade de que a Região, Os cálculos mais otimistas para a entrada '-.Projetada para ser a principal hidrelética do
desesperadamente necessita, na alocação de em operação _da Hidrelética do Xingá, a nível si5tmta Chesf e a terceira maior dO País; Xin-
recursos públicos. para vencer seu crônico comercial, apontam para julho de 1994, de- gó, não obstante sua magnitude e importân-
subdesenvolvimento, o Governo federal per- pois de ter sido prevista a inauguração para cia, é a obra mais barata desse setor, já reali-
mitiu que o débito da Companhia Hidrelétrica outubro de 19_92 e adiada, pela primeira vez, zada no Brasil, em virtude das condições espe-
do São FrancisCO (Chesf) junto ao consórcio para julho de- 1993. cialísslmas do local onde está sendo cons-
de empreiteiras'que constrói Xing6 rompesse Um novo adiamento no cronograma das tnúda. O custo total de Xingó, estimado em
finalmente o limite do suportável, levando à obras de Xingá resultará, inapelavelmente, na cerca de US$ 2,3 bilhões, é muitas vezes me-
completa parallsação das obras. volta do fantasma_ do relacionamento de ener- nor que o de ltaipu. A energia quelt>roduzirá
Um comunicado distribuído em Xingó pela gia elétrica para a Região Nordeste, só que terá um custo de geração de 14 milésimos_
própria Chesf, n-a última sexta-feira, di.3 27, desta vez com interiSidade- e conseqüências de dólar por KW!h, que se compfã:, aos 44,
revela que o débito da empresa com os em- muito maiores do que da última vez, em 1987. milésimos dr dólar por KW/h da energia gera-
preiteiros, relativo às obras civis de Xingó atin- Naquela época, o racionamento represen- da por· uma usina nudear comum ou· aos 22
ge hoje a fantástica soma de NCz$- 528 mi- tou, além dos enormes transtornOs para a po- milésimos de dólar por KW!h da energia pro-
lhões, representando a metade do que é devi- pulação, o comércio e a indústria, um prejuízo duzida pela usina de Itaparlca.
do por ela à totalidade dos empreiteiros e for- diário de_ (JS$ 400.mil, com a queima de óleo Além de estar sendo construfda num ca~
necedores que realizam suas obras ou lhe em usinas térmicas. Pai~ se Xingó não _estiver nyon natural formado peta -rio São Frandsco,
pfestam serviços. operimdá errd993/1994 e houvér um peíodo entre Alagoas_e S_ergipe, Xingó tirá partido da
Apesar da promessa do Presidente José hidrológico desfavorável - algo que não é baixíssima densidade demográfica da área e
Samey, várias vezes repetida, de que a Hidrelé- difícil de ocorrer na Reglão- o Pats precisará da ausênda de terras agricultáveis entre as
bica de Xingó seria uma das prioridades de novamente queimar óleo, só que num volume que serão inundadas. No caso de ItapariCa,
seu Governo, o fato é que, desde abril do ano diário duas a três vezes maior do que o de por exemplo, sete municípios foram cçbertos
passado as obras de construção da barragem 1987. Essa advertência não é uma afirmação parcialmente peJa barragem e houve necessi-
vêm enfrentando sérios problemas financeiros de leigo, mas uma previsão recente feita por dades de indenizar cerca de 40 mil peSSÇ>as.
e seu cronograma passou por várias altera- um ex-Presidente da Chesf, José Carlos Ale-
ções. Hoje, o atraso em relaçãÇ> aos planos luia. A etapa atual do cronograma de obras de
originais já é superiOr aoS- 20 meses, e tudo Vemos, portanto, Sr. Presidente, Srs. Sena- Xingó corresponde à viabilização técnica do
dores, que SE:#lá.O houver destinação de recur- desvio do rio São Francis-co, que se realizaria
indica que irá se ampliar.
sos para a <continuação das obras de Xingá, em fevereiro -ou março do ano que vem, para
.. Além das conseqüências econôni.icas a lon-
no volume e com a regularidade que o em- permitir o ink!o da construção da barragem
go prazo, que analisaremos mais adiante, Sr.
preendimento re'quer, a região Nordeste estará propdamente dita. Em 1989 deveriam ter sido
Presidente, Srs. Senadores, existem as impli-
cações sociais, a curtíssimo prazo, decorren- condenada a viver a década de noventa sob aplicados em Xingó recursos equivalentes a
o signo do imponderável. Estaremos na de- (JS$ 258 milhões, mas os grandes desem-
tes da brutal redução na utilização de mão
pendência de que ocorra muita chuva no pe- bolsos estão previstos para os anos de 1990,
de obra, provocada pela suspensão dos traba-
ríodo de i 992 e 1994, para que não haja racio- 1991 e 1992, com a aplicaÇão de 580, 540
lhos. Nos primeiros três meses desse ano, o
namento, uma dependência meteorológica e 470 milhõ_es_de_dólares, respectivamente.
número de trabalhadores foi reduzido de sete
para quatro mil homens, logo em seguida caiu que Xingó, se construida a tempo, evitaria tran- Vemos, então, Sr. Presidente e Srs. Senado-
para 3.600, depois para 2.100 e, dentro de qüilamente. ___ __ _ __ ___ _ _ . res, que os próximos três anos constituem
pouquíssimo tempo, não teremos mais do que Hoje, já temos uma situação em que, -em um período critico para a construção de Xingó,
um punhado de técnicos tomando conta dos virtude do radonameflto de 1987 e diante da já qu~, nesse espaço de tempo, deverão ser
equipamentos e dos escombros dessa obra, perspectiva de paralisação, por tempo indeter- realizados os principais marcos físfcos da
que deveria representar a redenção econô- minado das obra_s_çla hidrelética, muitos inves- futura Hidrelétrica, incluindo a construção da
mica do Nordeste. timentos programados para a Região, pelo se-- barragem propriamente dita.
6712 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO J'IACIONAL (Seção 11) Novembro de i 9B9

Aliás, desejo registrar, nesta oportunidade assegure o cabal cumprimento do cronograR O canteiro industrial, também já con-
que particípeí, no dia 2 do corrente mês, de ma fmanceiro de Xingó. clufdó:esfã p(Oduzindo agregados, conR
reunião realizada na cidade de Paulo Afonso, Já tentando a consignação de dotações or~ cretos e demais insumos indispensávets
no meu Estado, onde compareceram prefei- çamentárias para 1990, parlamentares nor- às obras.
·~s de diversos municípios dos Estados de destinos apresentaram, com o meu apoio, __No canteiro de obras. destacaRse, pela
Alagoas, Sergipe, Pernambuco e da Bahia, emenda à Lei de Meios, destinando, a preços sua importância, a abertura, em maciço,
além de dirigentes e técnicos da Chesf, líderes de l1_1aio, 344 mUhões de cruzadOs novos para de rocha dos túneis, através dos quais
comunitários e representantes empresariais. a referida usina. - - ~ as àguas do rio São Franciscó serão des-
onde foi exaustivamente discutida a paralisa- Ao _Deputadb Albérico Cordeiro e ao SeriaM viadas.
ção das obras de Xing6, e, mais uma vez, dor Lourival Baptista fiZ QUestão de expressar A Usina de Xingó será a próxima hidre-
destacados os graves problemas que daí advi- a minha inte/gral solidariedade à proposta refe- létrica a entrar em operação no sistema
rão. Nesse encontro, ficou evidenciada a gran- renciada, subscrevendo-a entusiasticamente e CHESF, e sua exeCução, deritrO-dOC"r"Ono-
de preocupação na Região com a prespectiva me mmprometendo _a defendêR!a no plenário grama, é fundamental para a região Nor-
de descontinuidade na construção ~ barra- do Congresso. deste e para o próprio País, à medida
gem, mormemente agora que o Governo fe- A aludida emenda, Sr. Presidente, tem a se- que contribui para não agravar ainda mais
deral optou por descumprir suas próprias pro- -guinte e lúcida justificação: os desníveis regionais. Está prevista para
messas e deixou que a inadimplênda da Che.Sf entrar em operação em julho de 1994;
provocasse a completa paralisação dos traba- ..0 Pfojeto de Xlri96 -constituiRse num qualquer atraso nessa data colocará o
lhos. dos últimos grandes aproveitamentos hiR Nordeste exposto a riscos elevados de
Xingó, comO vimos, está longe de se _cart_e- drelétricos do Nordeste brasileiro, na área racionamento, da ordem de 20%, co!T'
rizar como uma obra supérflua, desnecessária. de concessão da Companhia Hidrelétrica _-.._.:al9res de deficit superiores éJ:OS já vj_yidc.s
A futura usina é n~o apenas importante, mas do São Francisco- CHESF. Traia.Rse de durante o racionamento de 1987, com
Obra Prioritária do setor elétrico, estando graves conseqüências para o desenvol~
indispensável para alavancar o futuro desen-
volvimento económico da_região, que todos incluída no Plano de Recuperação do
tor E1étrico- PRS, e no Plano 2010 do
se: vimento económico do Nordeste.
Considerando que a conipra dos equi·
os governos prometem estimular, mas que
acabam por negligenciar. Miriistério das Minas e Energia. pamentos já foi equacionada, quer atraR
Na dífidl conjuntura que atravessamos, não Situada a cerca de 65Km à jusante do vés de contratos internacionais, quer na-
serão os recursos agora negados a Xingó gue - Coplexo de Paulo Afonso, a UHE de Xingá ciortalmente, atráves do Finame;o perío·
irão propiciar a almejada estabilidade econô· está lnserida inteiramente no canyon na- do crítico, em termos de recursos finan-
mica nos cinco meses que ainda restam ao !Ural do rio São Francisco, abrange_ndp ceiros, ocorrerá no biénio 90/91, quando
atual Governo. A paralisação das obras no ferras dos Estados da Bahia, Alagoas e deverão ocorrer a construção-do maciço
ponto em que estão, por outro lado, certa- _Sergipe. da_barragem e a realização dos 30% res-
mente resultarão em avultados prejuízos à Na- A partir da regularização do rio São tantes das obras necessárias ao desvio
ção, dentro de pouco tempo, pelas razões que Francisco, efetivada afriivés dos aprovei- do Rio. Sem a- COnclusão deSta etcipa; ~s
acabamos de expor. tamentos· hidrelétricos da região submé- obras _compfeendidas desde a c:;ons_tru-
A exemplo de outros Colegas parlamenlares dia, e em função do desnível topográfico ção do maciço da barragem e sua con-
nordestinos, faço aqui o mats veemente ap"elo da ordem de 120m, a construção de Xin- cretagem ~~é a_geraçã9, que_:eic:igem um
ao Presidente José Samey, no seritido de que gó ensejará ao Sistema CHESF o acrés- prazo técnico mínimo de 30 meses, não
determine aos seus ministrOs da área econó- cimo de potênda de 3.000.000 de kw, --serão_ realizadas.
mica Maílson da Nóbrega e João Baptista de Y1_a_ primeira etapa, e de 2.000.000 de kw, · A-Partir- de'"f984~- começaram a sÚrgir
Abreu as providências urgentes requeridas. pa- na segunda etapa, indispensáveis ao su,:, as primeiras dificuldades de recursos fi·
ra que as obras de Xingá sejam retomadas primento energético do Nordeste. nanceiros dstinados a manter em dia o
com o ímpeto e a garantia de continuidade sua excepcionãllOCa:Iização faz com crõi-iogr<:~rTI-a físiCo das Obras, penalizando
que o Nordeste exige e de que o Brasil ne- que s~u custo de produção seja o mats as ~mpresas c:onstrutur~~ e, especial~
baixO ao setor -elétrlco brasileiro,- aproXi- mente, a mão-de-obra aplicada no proje-
cessita.
Muito obrigado, Sr. Presidente. (Muito bem!) madamente ISUS$/MWh, enquanto que to. Apesar do grande esforço da Diretoria
a média nacional está em torno de da CHESF junto à Eletrobrás pafa- evitar
O SR- PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) 35_US$/MWh. Possui, ainda, a caracterís- a falta de recursos financeiros, essa situa·
-Concedo a palavra ao nobre Senador Mau- tiCa -de não produzir grandes impactos ção vem perdurando até os dias atuals.
ro Benevides.. ambientais, pouco atingindo -a fauna e O fato causou a mobiÜzaÇão efetiva da
O SR. MAtmO BENEVIDES (PMDB -- a flora, além de proporcionar raríssimos opinião pUbltca, especialmentedos Parla·
CE. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Pre- casos de r~as_sentary-tento populacional. mentares de todo_ o Nordeste e também
sidente, Srs. Senadores, apesar dos insistentes A área a ser submersa é .de pouca ou de governadores de Estados, assim como
a até patéticos apelos em favor da Usina de _ nenhuma _atividade agropecuária; pelo de Associações de Classes, no_ seritido
Xing6, dirigidos ao 'Presidente da República __ contrário, com _a elevação das águas, irâ da continuidade das obr~s e da suple·
e ao Ministro das Minas e Energia, ainda perR - favorecer a irrigação ribeirinha que hoje mentação dos recursos necessários à
dura o lamentável quadro de inadimplência - é inviável e inexistente em face da altitude consecução dos objetfvos.
do Governo Federal em relação àquele_ gran- do cãnyon. Por duas vezes, o Presjdente da Repú~
dioso empreendimento, cujas obras se acham As obras civis foram iniciadas no pri- blica Dr. J_qsé Sarney esteve visitando as
paralisadas, com a dispensa, em 'massa, de meiro semestre de 1983, a pãrtir do des- obras, face a significativa importànciã qUe
dois mil operários, ali contratados pelas em· vio do rio e da implantação do canteiro a Usina Hidrelétrica de Xlngó representará
preiteiras encarregadas das obras de Constru· industrial e das vilas residenciais. Preven- para todo o Nordeste.
ção civil. do-se alocar aproximad?rnente 1o.obo - EmpreencümeOto de tamãnha e~v~r­
Todas~ lideranças políticas, empresariais homens, como mão-de-ohra direta e indi- gadura, que ensejou a mobilização de mi·
e comunitárias do Nordeste achamRse mobili· reta, já estão concluídas as vilas residen- lhares de trabalhadores nordestinos, com
:rn:das para obter os recursos que viabilizem ciais para as diversas categorias profissio- fantásticO efeito multiplicador no Comér-
aquela iniciativa, sendo aguardada para as nais, dotadas de todos os 'equipamentos cio de toda a Região, está sendo paulati-
próximas horã.s uma nova audiência de senaR comunitários, tais como recreação e laR namente paralisado, exclusivamente por
dores e deputados com o Chefe da Nação, z~r, hospitais, escolas, supermercados, falta de recursos para a continuidade das
objetivando o surgimento de uma solução que sistemas de comunicações e de telefonia. obras.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Quarta-feira 8 6713

Os efeitos sociais negativos que a para- 613/89, na origem), de 5 de outubro de 1989, pela quãl o Senhor Presidente da Repúblic;:
lisação causa são desastroSos para a pf6.. pela qual o Senhor Presidente da República submete à deliberação do Senado a escolha
pria obra e para os empregados de modo submete à deliberação do Senado a escolha do Senhor José Francisco· da 'Silva, para com-
geral, porém, mais espedalmente para do doutor José: _Lu~_Vªsq;mcellos, Juiz do Trf- por_ oTribunal Superior do Trabalho, em Vaga
os trabalhadores menos qualificados e bunal Regional do Trabalho da segurida Re- originária, decorrente da nova composição
contratados na própria Região, área do gião, para comparo Tribunal Superior do Tra- do TST; destinada ti Ministro class.ista, repre~
semi-árido a1agoaFlo e sergipano ator- balho, em vaga origináriã, aestinada a Juízes sentantes dos trabalhadores.
mentada pela seca, onde as ~tividades da Magistratura Trabalhista de carreira, decor-
econômicas são de extremas dificulda- rente da nova Composição do Tribunal. -7-
des.
A Companhia Hidrelétrtca do São Fran- -2- Discussão, em turno único,_d_o parecer da
cisco e1aborou um orçamento original no Discussáo, em turno único, do parecer da Comissão de Constituição, Ju_stiça e Qdada-
montante de NCz$ 1.392,2 milhões para Comissão ·de Constituiçãç>, Justiça e Cidãda- nia sobre a Mensagem n9 2.34, de 1989 (no
1990. Com os, cortes introduzjdos pela nia sobre a Mensagem N• 229. de 1989 (N• 619/89, na origem), de 5 de -outUbro de 1989,
SEST, incidindo exclusivamente sobre a 614189. na origem), de'5 de outubro de 1989. pela qual o Senhor Presidente da República
Usina Hidrelétr[ca de Xingó, os recursos pela qual o Senhor Presidente da_ República submete à deliber;;I_ção do S_enado a escolha
assegurados "'ficaram limitados a Ncz$ submete à defib~ração do Senado a escolha do Senhor José Calixto Ramos, para compor
1.048,2 milhões. Assim sendo, será ne- do dºutor Hylo Bez.erra Gurgel, Juiz do Tribu- o Tribunal Superior do Trabalho, em vaga ori-
ceSsário um adicional de r~Cursos· de nal Regional do Trabalho da quinta Região, ginária, decorrente da nova composição do
NCZ$ 344,0 milhões, que seriam total- para compor o Tribunal Superior do Trabalho, TST, destinada a ministro classista, represen-
m.ente destinados à Usina Hidrelétrica de em vaga originária, destinada a Juízes da Ma- tante dos trabalhadores.
Xingó. Vale ressaltar que, neste ~rçamen­ gistratura Trabalhista ·de carr_eira, -decorrente
-8-
to, não poderão ocorrer CQrtes, sob pena da nova composição do Tribunal.
de a CHESF não conseguir viabilizar as Discussão, em turilo único, do parecer da
-3- Comissão de Constituiç~ Justiça e Odada-.
obras previstas no cronograma e, conse-
qüentemente, não mais assegurar a gera- Discussão, em turno único, do parecer da nía sobre a Mensagem n9 235, de_1989 (~_
ção de energia elétrica em _1994. Comissão de Coristituiçãõ, Justiça e Gdada- 620/89, na origem), de 5 de outub{o de 198_9,
Xingó não é obra da CHESF; é, sim, nia sobre a Mensagem N;o 230, de: 1989 (No pela qual o Senhor Presidente. da República
obra do Nordeste, é nela que o povo nor- 615/89, na origein), de 5 de outubro de 1989, submete à deliberação do Senado a escolha
destino deposita a_ esperança de garantia pela qual o Senhor Presidente _da República do Senhor Mayo Uruguaio Fernandes para,
de energia para assegurar o seu desenvol- submete à deliberação do Senado a escolha na_ qualidade de suplente de Mnistro- classista. __
vimento. A União não poderá ficar au- do doutor FrancisCo Fausto PaUla de Medei- representante dos trabalhadores, compor o
sente do Projeto sem destacar a neces- ros,.Juiz do Tribunal Resional do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho, em vaga origi-
sária contrapartida." da 69 Região, pàfa compor OTril:iunal Superior nária, decorrente da nova composição. do tri-
do Trabalho, em vaga originária, destinada a bunal.
Sr. Presidente, Srs. Senadores se os recur- Juízes da Magistratura Trabalhista de Carreira,
sos sugeridos, através _da emenda. à proposta decorrente da nova composição do Tribunal.
-9-
orçamentária, forem destinados_ _à Usina de
Xingó, no próximo exercido, não nos defronta-
remos corn as imensas di_ficuldades que obs-
=4-
Discussão, em turno único, do parecer da
Discussão, em turno único, do parecer da
Corritssão de Constituição, Justiça e Cidada-
nia sobre a Mensagem n"' 236, de 1989 (n1'
tacuJizam, .hoje, a grandiosa obra- vltal para Comissão de ConstitUição, Justiça e CiQ.ada- 621/89, na qrigem), de 5 de outubro de 1989,
o desenvolvimento ec;onõmi~o d~ nossa Re- nia sobre a Mensagem Nç 231, de 1989 (N9 pela qual o Senhor Presidente da República
gião. 616/89, na origem), de s'de outubro de 1989, subro~te à deliberação do Senado a ~scolha
Além disso, estamos dispostos a pleitar do pela qual o Senhor Presidente da República do Doutor Juvenal Pedro Cim, para, na quali·
Presidente José Samey a imediata edição de submete à deliberação do Senado a escolhe!! dade de suplente de ministro classista, repré·
uma medida provisória que possibilite o ime- do doutor NeyJ~m~nça Doyle,Juiz do Tnbunal sentante dos_lf~balhadores, compor o Tribu-
diato desembolso de dotações ponderáveis Regional do Trabalho da terceira região, para nal Superior do Trabalho, em vaga orlginária,
para o prosseguimento dos trabalhos daquela compor o .Tribunal Superior do Trabalho, em decorrente da nova composição do tribunal.
hidrelétrica. vaga originária, destinada a Juíz~s da Magis-
É a sugestão que, desde já~ submetemos -lO-
tratura Trabalhista de carreira, decorrente da
ao Poder Executivo, na expectativa de que ve- nova composição do Tribunal. Discussão, em turno único, do parecer da
nha a ser acolhida, sem mais qualquer prote- Comissão de Constituição, Justiça e Cidada-
lação. -.5- nia s.obre a Mensa_gem n9 237, de 1989 (n~
---G- Nmdestê merece o atendimento desta DiscuSsào-, ,-em tomoú'lico--;--do-parecerda 622/-89-,-na eftgernj,--àe 5-eie-outubro de 1989,
justa pretensão pelas autoridades governa- Comissão de Constituição, Justiça e Cidada- - pela qual o Senhor Presidente dã. República
mentais competentes. nia sobre a- Mensagem l"l;ç 232, de 1989 (N9 submete à deliberação do Senado a escolha
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, (Muito 617/89, ná origem), de 5 de Outubro de 1989, do Doutor FranCisco Leõcádlo Araújo Pinto,
beml) pela qu;;rl o Senhor Presidente da República para compor o Tribunal Superior do Trabalho,
,Q SR. PRESIDENTE )Pompeu de Sousa) submete à deliberação do Senado a escolha em vaga originária, decorrente da nova com-
- Nada mais havendo a tratar, vou encerrar do doutor Ursulio Santos Filho, para compor posição do TST, destinada a ministro class1sta,
a presidente sessão, convocando umá extraor- o Tribunal Superior do Trabalho,· em vaga ori- representante dos empregadores.
dinária a realizar-se hoje, .às 18 horas e 30 ginária, destinada a advogados, decorrente da -11-
minutos, com a seguinte nova CO!llposição do Tribunal.
Discussão, em turnO único, do PafeCer da
-6-
ORDEM DO DIA Comlssão de Constituição, Justiça e Cidada-
nia sobre a Mensagem n9 238, de 1989 (no
-l- Discussão, em turno úhico, do parecer da 623/89, na origem), de 5 de outubro de 1989,
Discussão, em turno único, do parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Odad_aM pela qual o Senhor Presidente da República
Comissão de Constituição, Justiça e Cidada- . nia sobre a Men~gem No 233, d~ 1989 (N9 submete à deliberação do Senado a e!3_colha
nia sobre a Mensagem N~ 228, de 1989 (N~ 618189, na origem), de 5 de outubro de 1989, do Doutor Afonso Celso Moraes deSousa Car-
6714 Quarta-feira 8 DIÁRfO DO CONGRESSO NAOONAL (5eçã0 U) No\lembro de 1989

mo, para compor o Tribunal Superioc do Tra~ -13- nia sobre a Mensàgem n1> 244, de 1989 (n1>
balho, em vaga originária, decorrente da nova 644/89~ na origeril), de 13 de OutUbro do cor-
Discussão, em turno único, do parecer da
composição do TST, destinada a ministro Comissão de Constituição, Justiça e Cidada- rente ano, pela qual o Senhor Presidente da
classista,. representante dos empregadores. nia sobre a Mensagem n9 240, de 1989 (n~ RePública submete à deliberação do Senado
-12- 625/ff9, ·na origeiTi), de 5 de outubro de 1989, a escolha do Generalde--de-Exérdto Wilberto
pela qual o Senhor Presidente da República Luiz Uma, para exercer o cargo de Ministro
0iscussão. em rumo único, do parecer da· do Superior Tribunal Militar, na vaga decor-
Comissão de Constituição. Justiça e Cidada- submete à deliberação do Senado a escolha
do Doutor Osório Coelho Guimaráes Filho pa- rente da aposentadoria do Ministro General-
nia sobre a Mensagem n9 239, de 1989 (n9 de-Exército Alzir Benjamim Chaloub.-
624/89, na origem}, de 5 de outubro de 1989, m, na qualidade de suplente de ministro elas·
'pela qual o Senhor Presidente da República sista, rePresentante dos empregadores, com-
submete à deliberação do Senado a escolhà por o Tribunal Superior do Trabalho, em vaga
do Doutor Paulo de Azevedo Marques para, originária, decorrente da nova composiçáo do O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
na qualidade de suplente de ministro dassista, tribunal. ~Está encerrada a s_essão._
representante dos empregadores, compor o
Tribunal Superior da Trabalho, em vaga origi- -14-
nária, decorrente da nova composição do tri- Discussão, em turno único, do parecer da (Levanta-se a sessão às 18 horas e 5
bunal. · Comissão de ConStituição, Justiça e Cidada- mínutos.) ·

Ata da 172~ sessão, em 7 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48• Legislatura
EXTRAORDINÁRIA
Presidência do Sr. Iram Saraiva

ÀS 18 HORAS E~30 MINUTOS, O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - A _ ]ido, a Pre5idêi1cia comuTiica ao Plenário que,
ACH<IM-SE PRESENTES OS SRS. SE- Presidência convoca _s~es$á,o conjunta, solene, nos fefri1ós dO- -art: --g] ;- iriC:isó- V, §§ 3" a 6°
NADORES: a realizar-se am8.nhã, àS 15 horas, no plenário do RegirÍH~nto Jflterno, depois de publicada
da Câmara dos Deputados, destinada à come- a deCisão da Comissão no Diário do Congres-
Mário Maia- Aluízlo Bezerra- Nabo r moraçâo do_ Centenário da República. so Nacional, abrir~se-á o prazo .de 72 horas
Júnior- Leopoldo Peres- Odadr Soa- Sobre_a f"!lesa, oficio que será lido pelo_Sr. para interposíção de- recursos, por um décimo
res - Ronaido Aragão -João Menezes I" Secretário. - da composição da Casa, para que o Projeto
- Jarbas Passarinho - Moisés Abrão de Lei do Senado n" 233, de 1989, tramitando
-Carlos Patrocinio-AntonJo Luiz Maya t: lido o seguinte em conjunto com o Projeto de Lei do Senado
- Alexandre Costa - Edison Lobão - Of. n~ 5/89 n<r-125, de 1989 seja-apreciado pelo Plenário.
João Lobo-Chagas Rodrigues-Hugo Brasília, -24 de outubro <le 1989 Esgotado esse prazo sem a interposição de
Napoleão - Cid Sabóia de Carvalho - :Seilhõr Presiâente, recursos, o Projeto de Lei do Senado n" 233,
Mauro Benevfdes - Carlos Alberto - Nos termos do§ 3" -do art. 91 do Regimento de 1989, será remetido à Câmara dos Depu-
Marcondes Gadelha- Raiinundo Lira- Interno, com a redação dada pela Resolução tados e o de n" 12~.- de 1989, que tramita
Marco Maciel - Divaldo Suruagy - n" 18, de 1989, comUnico a V. Ex" qu~ esta em conjunto, ficará- prejudícado, indo ao Ar-
Francisco RoUemberg - Lourival Bap- Comissão aprovou o PLS no 233/89 "que regu- quivo. ~·

tista - Rui Bacelar - GE:rsori CamataJ lamenta o art. 143, §"§ J9 e-29, da Constituição
~ Nelson Carneiro - Hugo Gontijo - da República, que dispõe sobre a prestação O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) -
Fernando Henrique Cardoso - Mauro do serviço militar alternativo ao serviço rliiiitar Passa-se à
Borges - Iram Sai'aiva - Pompeu de obrigatório", com a conseqüente Prejudicia-
SouSa-- Maurício Corrêa - Meira Filho lidade do PLS n" 125/89, "que dispõe sobre ORDEM DO DIA
- Louremberg Nunes Rocha - Márcio o serviço militar alternativo a ser atribuídp_ pe-
L.act!rda- Rachid Saldanha Derzi- Lei· Item 1
las Forças Arrn_adas, em tempo de paz, aos
te Chaves- Gomes -Carvalho- Silv7o alistados que alegarem imperativo de cons- Discussão, em turno único, do parecer
Name - Dirc:eu Carneiro -Nelson We- ciência, regulando o disposto no § 1" do art. da <::omissão de Constituição, Justiça e
dekin- Carlos Chiarem- José Fogaça. 143,da Constituição Federal", na forma de Cidadania sobre a Mensagem no 228, de
Substitutivo apresentado pelo Senhor Sena- 1989' (n" 613/89,_ na oriQem), de 5 de
O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - A dor Nabor Júnior. outubro de 1989, pela qual b Senhor Pre-
lista de presença acusa o comparecimento Na oportunidade renovo a V. Ex", meus pro- sidente da República submete à delibe-
de 45 Srs. Senadores. Havendo número regi- testos de elevada estima e consideração. Cha- ração do Senado a escolha do Doutor
mental, declaro aberta a sessão. gas Rodrigues, Presidente em exercício. José Luiz Vasconcello.S, juiz do Tribunal
Sob a proteção de Deus, inlciainos li.ossos Regional.éio Trabalho da Segunda Re~
trabalhos. O SR•. PRESIDENTE (1ram Saraiva) - gião, para compor o Tribunal Superior
Não há expediente a ser lido. Com referência ao ofício ciue acaba de ser do Trabalho, em vaga originária, desti-
Novembro de I 989 DIÁRIO DO CÕNGRES$õNXC!oNAL (Seção II). QuaitaAeira 8 6715

nada a juízes ·da .magistratura trabalhista Sidente da República submete à delibe- Oda"dania- sobre a Mensagem n9 238, .de
de carreira, decorrente da nova compo- ração do Senado a escolha do Senhor 1989 (n•-623/89, na origem), de 5 de
sição-do tribunal. José Francisco da Silva, pcira compor o outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre-
Item2 Tribunal Superior do Trabalho, em vaga sidente da República submete à delibe-
originária, decorrente da nÇ>Va composi- ração do Senado a escolha do Doutor
Discussão, em turno único, do Parecer ção ·do TST, destinada a Ministro Oas- Afonso Celso- Moraes de So_usa Carmo,
da Comissão de Constituição, Justiça e ~sta,_representante dos trabalhadores. para compor o Tribunal Superior do Tra-
Cidadania sobre a Mensageni n"' 229, de balho, em vaga originária, decorrente da
1989 Tn' 614/89, na origem), de 5 de Item 7 nova composição do TST, destinada a
outubro de 1989, pela qual o Seti-hor Pre- MiniStro OaSSíSta; representante dos em.
sidente da República submete à delibe- Discussão, em turno único, do Parecer
_ pregadores.
ração do Senado a escolha dO Doutor da ComissãÕ de ConstituiçãO, Justiça e
Hylo Bezerra Gurgel, JUiZ do Tribunal Re- Cidadania sobre a Mensagem n"' 234, de It~m 12
gional do Trabalho da Quinta Região, pa- 1989 (n' 619/89, na-origem), de 5 de Discussão, em turno único, do Parecer
ra compor o Tribunal Superior do Traba- outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- da Comissão de Constituição, Justiça e
lho, em vaga originária, destinada a juízes. sidente da República submete à delibe· Ctdaçlania sobre a Mensagem rf 23_9, de
da magistratura trabalhista de carreira, raçio do Senado a escolha do Senhor 1989 (n• 624/89, na orlgen\); d.e 5 de
decorrente da nova composição do tribu- Jos'é Calixto Rãfnos, pai"a compor o Tri- outubro de 1989, pela qual o-Senhor Pre-
nal. bunal Superior do Trabalho, em Vaga ori· sidente_ da República submete à delibe-
ginária, decor~r~.te da nova composição raçã~ do Senado a escolha do Doutor
Item 3 do TST, destinada a Ministro Oassista, Paulo de Azevedo Marques para, na quali-
Discussão, em turno único, do Parecer representante dos trabalhadores. dade' de Suplente d~ Ministro ClassJsta,
da ComissãO de CohstituiçãO, Justiça e Item8 representante dos empregadores. com-
Qdadania sobre a Mensagem n" 230_. de por 6. Tribunal Superior do Trabalho, em
o. __

1989 Tn• 6!5/89, na origem), de 5 de Discussão, em-turno único, do Parecer


vaga· 'originária, decorrente da nova comw
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- da Comí~ão -de Constituição, Justiça e
- posição do tribunal.
sidente da República submete à delibe- Gdâ.dãnia sobre a Mensagem n? 235, de
ração do Senado a escolha do Doutor 19S9 (n' 620/89, na origem), de 5 de Item 13
Francisco Fausto PaUla de Medeiros, Juiz outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre-
do Tribunal Regional do Trabalho da Sex- sidénte da República submete à delibe- Discussão,_ em turno único, do Parecei
ta Região, para ~mpor o Tribunal Supe- Tação do Senado a escolha do Senhor da Comissão de Constituição, Justiça e
rior do Trabalho, em vaga originária; des-_ Mayo Uruguaio Fernandes para, na qua- Cidadania sobre a Mensagem i19 240, de
tina da a juízes da magisfratura trabalhista ~dade de SUplente de Ministro Classista, 1989 (n' "625/89; na origem), de 5 de
de carreira, decorrente da nova campo· representante dos trabalhadores, compor outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre-
sição do tribunal. o T nbunal Superior do Trabalho, em vaga sidente da República submete à _delibe-
originária, decorrente da nova composi- ração do Senado á escolha do Doutor
ltem4 ção do tribunal~ OsôriO Cõelhõ GUimcirães Filho para, na
Discussão, em turno únlco;·do Parecer qUalidade de Suplente de Ministro Oas-
Item9
da Comissão de ConstituiÇão, Justiça e sista, representante dos empregadores.
Cidadania sobre a Mensagem n1 231, de Discussão, em turno úojco, do Parecer _compor o Tribuna] s-uperiOr do Trabalho,
1989 (n1 6-16/89; na ol"igem); de·5 de da COrriisSão d~ ConstitUIÇãO; Justiça ~ em vaga originária, decorrente da nova
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- Cidadania sobre a Men~gem n"' 236,_ de composição do tribunal
sidente da República submete à delibe- 1989 (n9 621/89, na origem),--de 5 de
ração do Senado a esc_olha do Doutor outubr-o de 1989, pela qual o Senhor Pre- Item 14
Ney Proença Doyle, Juiz do Tribunal Re- sidente da República submete à delibe-
-Discussão, em turno único, dO Parec_er
gional do Trabalho da Terceira Região, ração -dO ·senado. a escolha do Doutor
da Comissão de ConstituiçãÕ, Justiça e
para compor o Tribunal Superior do Tra· Juvenal Pedro Gm para, na qualidadede
Cidadania sobre a Mensagem n? 244, de
balho, em vaga originária1 d_estinada ajuí- Suplente de Ministro Oassista, represen-·
1989 (rr 644/89, na origem), de 13 de
zes da magistratura trabalhista de carrei- tante dos trabalhadores, compor o Tribu- outubro do corrente ano, pela qual o Se-
ra, decorrente da nova composição do nal Superior do T~abalho, em vaga origi-
- nhor Pregjdente da República submete à
nária, decorrente da nova composição do
tnbunal. deliberação do Senado _a escolha do Ge-
ltem5 tribunal.
neral-de-Exército Wllberto Luiz Uma, pa-
Discussão, em turno único, do Parecer Item 10 ra exercer o cargo de Ministro do Superior
da Comissão de Cohstituição, Justiça e Discussão, em turno _único, do Parecer Tribunal Militar, na vaga decorrente da
Cidadania sobre a Mensagem n<> 232, de Qa Comissão de Constituição, Justiça e aposentadoria do Ministro General-ae-E-
1989 (n• 617/8~. na origem), de 5 de Qdadania sobre a Mensagem nç 237, de xército Alzir Benjamim Chaloub.
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- 1989 (ri~- 622/89, na orige!Jl), de 5 de As matérias ·constantes da Ordem do Dia,
sidente da República submete à _delibe- outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- de acordo com o disposto no art. 383, alínea
ração do Senado a escolha do Doutor sidente da República -_submete à delibe- g e h, do Regimento _[nternq, devem ser apre-
Ursulino Santos Filho, para compor o Tri-.. ração do Senado a escolha do Doutor ciadas em sessão pública, devendo a votação
bunal Superior do Trabalho, em·vaga ori- FranciScO Leocádio Araújo Pinto, para proceder~se por escrutínio secreto. -
ginária, destinada a advogados, decorren- corrtpor o Tribunal Superior do Trabalho, A Presidência observa que não há número
te da nova composição-do tnbunal. em vaga ·originária, decorrente da nova regimental e vai suspender a sessão por 10
Item6 composição do TST, destinada a Ministro minutos, enquanto-os Srs. Senadores campa·
ClassiSta, representante dos empregado- recem ao plenário.
Discussão, em turno único, do Parecer res. Está suspensa a sessão.
da Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania: sobre a Mensagem n? 233, de Item 11 (Suspensa às 18 horas e 35 minutos,
1989 (n• 618/89, na origem), de 5 de Discussão, em turno único, do Parecer a sessão é reaberta às 18 horas e 45 mi-
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- da Comissão de CoOStituição, Justiça e nutos.).
6716 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NA00NAL (Seção U) Novembro de 1989

OSR.PRESIDENI'E(Iram Saraiva)- Es- pela qual o Senhor Presidente da República do Senhor José Calõrt:o Ramos, para compor
tá reaberta a: sessão. submete à deliberação do Senado a escolha o Tribunal Superior do Trabalho, em vaga ori·
Persiste a falta de quorum. As matérias fiM do Doutor Hylo Bezerra Gw-gel, Juiz do T ribu- ginária, decorrente· da nova composição do
caro adiadas. nal Regional do Trabalho _da Quinta Região, TST, destinada a Ministro Classista, represen-
para compor o Tribunal Sqpedor do Trabalho, tante dos Trabalhadores.
O SR. PRESIDENI'E (kam Saraiva) - A
em vaga originária, destinada a Juízes da Ma-
Presidência convoca sessão ~-1orclinária do gistratura Trabalhista de Carreira, decorrente
Senado Federal a ser realizada amanhã, dia -8-
da nova composição do tribunal.
8, às 10 horas. Discussão, em turno único, do Parecer da
A Presidência lembra que, no plenário da -3- Comissão de ConstitUiÇão, Justiça e Cidada-
Câmara dOS Deputados, haverá, às 19 horas Discussão, em turno único, do Parecer da nia sobre a Mensagem r.9 2"35, de 1989 (n9
e 1Ominutos, sessão do Congresso Nacional. Comissão de CollStituição, Justiça e Cidada- 620/89, na 'origem), de 5_de outubro de 1989,
O Sr. Gerson Camata - Sr. Presidente, nia sobre a Mensagem n~ 230, de_ 1989- {n9 pela qual o Senhor Presidente da República
subm~te à deliberação do _Sen~do_ a escolha
peço a palavra pela ordem. ,615/89.\.~·. origem), de 5 de o~tubro áe 1989,
'pela qu~ o Senhor Presidente da República do Senhor Mayo Uruguaio Fernandes para,
O SR.. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - nã qualidade de Suplente de Ministr_o O assista.
submete à deliberação do Senado a escolha
COncedo a palavra 2li V. Ex' representante _dos trabalhadores, compor o
do Doub;l~ Francisco Fausto Paula de Medei-
OSR.GERSONCAMATA(PMDB-ES. ros. Julz .do Tribunal Regional do Trabalho Tribunal SUperior do Trabalho, em vaga erigi·
Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. da Sexta Região, para compor o Tribunal Su- nária, decorrente da nova composição do bi-
Presidente, seria interessante se pudessem perior do Trabalho, em vaga originária, desti- bl.IDal.
manter contatos para que, durante o horário -na~a a Juíz..es da Magistratura Trabalhista de -9-
marcado para a sessão plenária, não funcio- Ca:rreira, decorrente da nova composição do
Discussão, em turno único, do Parecer da
nasse a Comissão Mista de Orçamento, por- tribunal.
que a falta de quorum, aqui, se deu exata- Comissão de Constituição,_ Justiça e_ Cidada-
mente em conseqüência do funcionamento -4- nia sobre a Mensagem n9 236; de1989 (n9
daquela Gmtissão. Tenho notícia de que pelo Discussao,, em turno único, do Parecer da 621/89, na Origem), de 5 de outubro de 1989,
menos dóze 'Sfnadores lá estão. Quando há CófníSsão--tl.e ConstituiçãO, Justiça e Cidada- pela qual o Senhor Presidente_ da República
uma sessão plenária, não pode ocorrer, simul- a
nia sobre Mensagem n'~ 231, de 1989 (il.0 submete à deliberação do Senãdo a escolha
do Doutor Juvenal Pedro Cm para, na quali-
taneamente, reunião de Comíssão. .é: muito 616/eg, na origerp}, de 5 de o"ytubro ~ 1_989,
pela qual o Senhor Presidente -da República dade de Suplente de Ministro Qassista, repre--
importante, é essencial o trabalho da. Comis-
são Mista de Orçamento, mas ele não se pode submete à deliberação do Senado a escolha sentante_dos trabalhadores, compor o Tnbu·
na! Superior do Trabalho, em vaga originária,
sobrepor ao trabalho do Plenário. do Dóutor Ney Proença Doyle, Juiz do Tnbunal
Seria interessante que -amanhã, às 1Ohoras, Regional do Trabàlho da Terceira Região, para decorrente da nova composição do tribunal.
se comunicasse aos Presidentes das Cernis· c;;ómpór b Tr_ibunal Superior do Trabalho, em -10-
sões não fizessem funcionar concomitante- vagã ·originária, destinada a JUízes da Magis-
Discussão, em turno único, do Parecer da
mente coin o Plenário as reuniões das Comis- tratúra Trabalhista de Carreira, decorrente da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidada-
sõesTécrficas, para que qs senadores pudes- nova composição do tríbunal.
nia sobre .a Mensagem n9 237, de 1989 (n9
sem vir à sessão, cujo trabalho se sobrepõe ~s- 622189, na·origem), de 5 de_oUtubro de 1989,
ao dessas·'Comissóes, pelo Regimento. pela qual _o- Senhor President~da__República
Díscussão, em turno único, do Parecer da
O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - A ComiS~o de Constituição, Justiça e Cidada- submete à deliberação do Senado a escolha
Presidência agradece a V. Ex' e tomará as devi- nia sobre a Mensagem no 232, de 1989 (no do Qoutor Francisco Leocádio Araújo Pinto,
das providências. 617/89Jta origem), de 5 de outubro de 1989, para compor o Tribunal Superior do Trabalho,
pela qual o SenhOr Presidente da República em vaga originária, deCOrrente--da nova com·
O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - posiÇ,ão do TST, destinaàa·a Ministro Classista,
Sendo eviçl"ente a falta de quorum em plenário, sUDmete à deliberação do Senado a escolha
do Dol,ltor Uisulino SantoS Filho, para compor representante dos empregadores.
a Presidêricia vai encerrar a presente sessão,
o Tnblflal Superior·ao Trabãlho, em-Vaga ori- -11-
designandp para a extraordinária de amanhã,
ginária, destinada a advogados, decorrente da
às 10 horas, a seguinte Disrussão, em turno único, do Parecer da
nova c:ompoSição do tribunal.
Comissão de_ Constituição, Justiça e Cidada-
ORDEM DO DIA -6- nia sobre a f'i\ensagem n'~ 238, ç:le 1989 (n9
623!8Q, na origem), de5 de outubro de 1989,
-l-- Discussão, em turno único; do Pareéer da pela qual o Senhor- PfeSidente da República
Discussão, em turno único_,- do Parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidada- submete à deliberação do Senadp a escolha
Comissão de COnstitUfÇão;-Justiça e Cid~da­ nia sçbre a Mensagem n"' 233, de 1989 (n9 do Doutor Afonso Celso Moraes de Sousã_Car-
nia sobre a Mensagem n'~ 228, de 1989 (no - 61878_9, na origem), de 5 de outubro de 1989, mo, para compor o Tribunal SUperior do Tra-
613/89, na origem), de 5 de outubro de 191:3,9, pela \qual o Senhor Presidente da__República
submete à deliberação do Senado a escolha
balho, em vaga originária, decorrente da nova
pela qual o Senhor Presidente da República composição do TST, destinada a Ministro
submete à deliberação _do Senado a escolha do senhor José Francisco da Silva, para com- Classista, representante dos empregadOres.
do Doutor José Luiz Vasc;-onceUo~,Juiz do T[i· poYó Tribunal SuperiOr dO Trabalho, em vaga
bunal Regional do Trabalho da Segunda Re- orí9iiláriã; décori"erite da -nova compOSição do -12-
gião, para compor o Tnbunal Superior do Trá- TST, destinada a Ministro aassista, represen- Discussão, em turno único, do Parecer da
balho, em vaga originária, destinada a Juízes tante dos trabalhadores. _Cornis_s_ão de Constituição, Justiça e Cidada-
da Magistratura Trabalhista de carreira, decor- nia sobre a Mensagem n9 239, de 1989 (n9
~7-
rente da nova composição do tribunal. 624/89, na origem), de 5 de outubro de 1989,
DiscussáÇ), em turno único, do_ Parecer da pela qual o Senhor Presidente da República
-2- Corrússão de ConstituiÇão, Justiça e Cidada- submete à deUber'ação do Senado a escolha
Discussâo, em turno único, do Parecer da nia sobre a· Mensagem n'~ 234, de 1989 (n9 do Doutor P~o de Azevedo Marques para,
Comissão de ConStituição. Justiça e Cidada- 619/89, na brigem), i:le 5 de outubro de 1989, na qualidade de Suplente de Ministro Gasslsta,
nia sobre a ~nsagem nq 229; de 1989 (n9 pela qual o Senhor Presidente da República representante dos empregadores, compor o
614/89),na..prigem),de5 de outubro de 1989, submete à deliberação do Senado a escolha Tribunal S.uperlor do Trabalho, em vai;Ja erigi-
Novembro de 1~89 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Quarta-feira 8 6717

nária, decorrente da nova composição do tri- exercido da Presidência da RepúbliCa, porque O Sr. João Lobo - Permite-me ·v. Ex"
bunal. ·este fato, também, não está muito úogado no um aparte?
tapete das discussões. O que estamos verifi-
-13- O SR. JOÃO MENEZES - Concedo o
cando é que os que podem transmitir mais
Discussão, em turno único, do Parecer da aparte ao nobre Senador João Lobo.
popularidade são os que estão conseguindo
Comissão de Constituição, Justiça e Cidada- ll!ll]ugar ao sol. ~ O Sr. João Lobo- D~ Senador João
nia sobre a Mensagem n<:> 240, de 1989 (n~ ~mos, nestes dois últimos dias, aparecerem Menezes, os discursos _de V. Ex-' abqrda, com _
625/89, na origem), de 5 de Outubro de 1989, corii.O suportes vitorlosoS o Partido do Lula inteligência e tanta Huência, assuntos mais di-
·~peJa qual o Senhor Presidente da República - também Partido do meu eminente amigo versos. Apenas a titulo de colaboração, e não
submete à deliberação do Senado a escolha Jamil Haddad - e o Partido do Sr. Leonel de critica ao seu discurso, presto-lhe duas in-
i:lo Doutor Os6rio Co_elho Guimarães Filho pa- Brlzola formações: a prirrieifa diz respeito ao Sr. Có11or
ra, na qualidade de Suplente de Ministro aas- É verdade que, apesar de quaisquer defeltos de MeDo. O presidenciável tem uma Ionqa tra-
Sista, repre~ntante dos empregadores, com- que póssa ter o Brizola, ninguém pode negar dição política atrás dele: é mho e neto de políti-
por o Tribuna] Superior do Trabalho, em vaga que tenha a s_ua história e uma caminhada, cos; foi Deputado Federal, Prefeito, Governa-
óriginária, decorrente da nova composição do portanto, com o direito de procurar a sua can- dor. Trata-se de uma carreira política inteira.
tiibunal. didatura. A segunda informação é quanto à candidatura
O outro que disputa carreira com ele é o Sílvio Santos: Sf!Qürido as_palavra_s do nosso
-14- Colega, -parece que_ o_ Sr. Sílvio Santos já se
Sr. Luiz-Inádo Lula_da Silva, também um can-
Discussão, em turno único, do Pare.cer da didato populista, que está exacerbaddo uma teria composto com o presidenciável Aflf Do~
Comissão de Constituição; Justiça e Cidada- divisão de classes entre os trabalhaodres e mingas, e seri,~ _9 çandidato à Presidência da
nia. sobre a Mensagem n9 244, de 1989 (n• patrões. É o que se está criando nesta campa- República pelo PL, no lugar do Sr. Afif Domin-
644/89, na origem), de 13 de outubro do cor- -nfia~- uma verdadeira luta de clãsses que está gos, que seria deslocado para a Vice-Presi-
rente ano, pela qua1 o Senhor Presidente da produzit:~do os seus efeitos negativos, porque dênc_ia. Essas são os histórias _qt.ie tenho ou-
Rep\Jbiica submete à deliberação do Senado o percentual nos "ibopes" do Sr. Lula está vido.
a escolha do General-de-Exército Wilberto crescendo dia a dia. O que é natural, porque O SR. JOÁO MENEZES - Agradeço
Luiz Uma, para exercer o cargo' de Ministro IiàOternOs. dO oUtrO Iãd.o, candidatOs <jue inpi- a V. EX-' as irifomiaÇões. Porém, não tenho
do Superior Tribunal Militar, na vaga decor- rem, transmitam à população segurança, paz, nenhuma noticia de que o Sr. Sílvio Santos
rente da aposentadoria do Ministro Generàl- tranqüilidade, que é o desejo de todos. esteja entrando em ·conversações com o Sr.
de-Ex.ército Alzir Benjamim Chaloub. O candidato que está hoje liderando as pes- Afif Domingos. _Não ~i ci_e nada,_ r:t_~o ouvi nein
O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva)- Es- quisas, o Sr. Coitar, não tem uma imagem vi nada.
tá encerrada a sessão. de polítiço. Está no primeiro lugar por quê? Quanto à tradição política do Si'. CoUor és-
Porque está transrrUtindo uma imagem popu- tau conhecendo-a agora, através de V.~ por-
(Levanta-se a sessão às 18 horas e 58 lista que, na verdade, não tem. E, assim, está
minutos) que eu não- sabia Oem que _ele tivesse sido
recebendo a preferência das classes mais po- -Deputado oU Pre(eitci. Parece (1Ue foi blônico.
DISCURSOPRON(f[YCIADO PELO SR. bres, menos instruídas, das classes que, por Governador eu soube que ele fora, devido
JOÃQ MENEZES NA SESSÃO DE essa ou ac.jliela circunstância, nao alcançam a essa confusão toda que fllefãm contra ele,
251101/)9 E Q(JE, ENTREGUE À REVI· um grau melhor de vida. até com seu enterro no dia em que deixou
S.ÍO Do ORADOR, SERIA
POSTERIORMENTE. . -. PUBUCADO
A luta está aí. Agora, fala-se também em o Governo. Ai prestei atenção;- porque nem
outra candidatura popular: a do Sr. Sílvlq San- sabia que ele era Governador lá em -Aiagoa"s.
tos. Vamos ter, então, não aquela disputa que De maneira que acho que isso não quer
OSR. JOÃO' MENEZES (RFL-PA. Pro- eu queria que se fizesse, que sempre desejei dizer nada. O pai dele, Arnon de Mello, eu
nuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, que se fizesse, wna luta ideológica en~re os o conheci aqui no Senado, foi Urii" Qlaride polí-
Srs. Senadores; a campanha política está-se que defendem a livre iniciativa e os que defen- tico, mas sobre ele - Cóllcir --eu não sabia
aproximando da reta fmal, que vinha, realmen- dem os princípios soCialistas. Isso não foi con- nada, nunca tinha ou ouvido falar.
te, muito calma, tranqüila, e, até mesmo, sem seguido, e agora estamos vendo que, ,com
despertar grande interesse, porque os candi- um simples anúndo de que o Sr. Sílvio Santos O Sr. Jutahy Magalhães - Permite-me
datos são os mais variados, desde o candidato vai ser candidato, há uma ebulição na cidade, V. Ex' um aparte, Senador João Menezes?
do vale-transporte, do vale-moràdia, do vale· uma confusão na política, um cochicho em
habitação e do vale tudo, até outras espécies todos os cantos; todo rriundo está com os O SR. JOÃO MErt,E'ZES- Pois não, Se--
de candidatos que, quando vão à televisão, ouvidos atentos, procurando saber se é ou nador Jutahy. Com muito prazer.
não conseguem transmitir ao povo aquilo que não verdade. Então, será que realmente o ''Síl- O Sr. Jutahy Magalhães - Senador
n6s todos estamos desejando~ vio santos vem aí? ss Já-ficamos"j)ensan'do João Menezes, aproveito o pn;munciamento
Nós. brasileiros, de~jamos uma luta patrió- que isso até pode tornár-se verdade, em con- de V. E:!rpara lhe dizer que é motivo-desatisfa-
tica, porque, depois de tantos anos, teremos seqüência deste estado de coiSas. ção pclra nós quando temos a consciência
eleição para Presidente da República pelo voto Por isso é que, mats uma vez, ocupamos de que estamos buscando o melhor. Nós, do
direto.lsto é um fato muito importante, e hou- a tribuna. Quando vemos um homem como PMDB, temos a certeze) de que temos o melhor
ve, assim, como que uma falta de visão das o Senador Jamu Haddad; homem ·experiente, candidato para essa eleiÇão. Temos· aQUele
forças, digamos, que defendem a livre inicia- Presidente de Partido, com grande repercug.. candidato que poderá ou poderia enfrentar
tiva. Ficaram embaralhando-se cada uma pro· são pública, vir falar, demonstrando certo re- as crises nacionais: a crise econômica, a Crise
curali.do um objetivo e~ 'se chegando, real- ceio pela suposta candidatura de Sílvio santos, sb~al, a crise politica e a crise mOral, POrque
mente, a um ponto determinado. começa-se a pensar, a se acreditar até que é_ um homem - como V. Ext Parece estar
Por outro lado, vemos a bandeira do PT esse receio pOSsa ser verdadeiro, que isso po- a exigir - de experiência, um homem que
enfunada, a bandeira vermelha; significando de acontecer. Se Isso_-ocorrer, haverá barulho conhece os problemas nacionais e, além do
sangue1 mostrando sangue para a população. numa cas.:fde marlmbondos. Parece-me que mais, tem a serenidade e a firmeza necessárias
que vai, dia a dia, ganhando mais influência, ninguém está evitando esse fato e não vai evi- de wn estadista que estamos precisando nesta
vai tendo mais penetração. tá-lo, por isso é capaz de acontecer. Fala-se hora. Então, r.6s do PMDB, apesar de todas
Sabemos que é uma candidatura absoluta· tanto, que será possível ocorrer. Se se der o as pesquisas que aí existem, temos a certeza
mente populista. Nós não examinamos, não fato, quero ver em que situação ficarão todos ·de que estamos levando o melhor àos nomes
procuramos examinar em termos de capaci- esses candidatos que disputam o pleito elei- para que o eleitorado se decidá no próximo
dade ou incapacidade os candida~s para. o toral. dia 15 de novembro. E essa consciência tran-
6718 Quarta-feira 8 DWoo DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Novembro de 1989

qüila é/ suficiente para lutarmos até o final, a coisa nenhuma, nem mostra coisa nenhu- O SR. JOÃO MENEZES Seria bom, que
para conseguirmos o que muitos podem até ma. substitue o candidato do seu Partido! Já tive-
imaginar seja um milagre, que eu, como cató· Portanto, quero manifest.ai, nesta oportu- mos uma proPosta. não quero nem estar perto
Iico praticante, acredito. _nida_de,_mais uma Vez,- a minha preocupação, de outra proposta. Agora que estou escutando
Estou certa·· de que o eleitorado brasileiro, _ ~preocupação que tenho, realmente, com o e prestando atenção, nãQ há dúvida! E quanto
esse contingente de quase 50% de indecisos momen-to atual _que o País atravessa. Acho a essa histó"ria de que SílviO Santos tá arre-
do nosso eleitorado, esses quase 50% irão que é a hora em que nós todos temos que piando todo mundo, também não há d~da!
definir aquilo que, no momento,- perdoe-me _ __ _meditar, temos que saber o que fazer. O .que Hoje chegaram ao meu gabinete várias pes-
estar estendendo um pouco o aparte- estão n_ão_ é posslvel é deixar isso correr e depots soas perguntimdo: - "Como é, Senador? É
mostrando à Nação que não estão aceitando irmos redamar que fulano dividiu, fulano era o Sílvio Sa,ntó~? Montarhos o comitê?.... " Eu
aqueles indicativos_ das pesquisas a respeito desse lado e votou do outro, sicrano era da- disse: -"Rapaz, não sei disso! Nem ouvi falar
dos candidatos preferenciais. Então, estão _quele e votou do lado de cá. Isso não pode disso!" Disseram: - "Bom, se for verdade,
buscando uma solução, estão buscando uma continuar. Nós temos que, realmente, ainda o senhor sabe que pode contar conosco. Te-
pessoa em quem possam confiar e entregar nestes t 5 d_ias, tomar uma posição, se for pos~ nho uma estação de rádio que está à sua dis-
o Poder do País, para decidirmos no nosso sfvel, porque as esquerdas vão muito bem e posição.. Afirmei que ficava grato...
futurp. Por isso digo que acredito que até o se ganharem devem levar. Eu acho que o Sr.
dia 15 pe novembro alguma coisa haverá _de Lula._está aí. am_eaçando~ com vontade de ga- o Sr. Carlos Alberto- Senador Joi:io
ocorrer, para que este País seja entregue ao nhár,-e é capaz de ganhar, e, se ganhar, depois Menezes, V. Ex" acredita na eleição de Sílvio
melhor dos candidatos, que é, sem dúvida cada um ficará reclamãrido_aquilo que achou Santos? __
.alguma, (flysses Guirilarães, com seu COmpa- ruim. . .
O SR. JOÃO MENEZES - Olha, hoje
nheiro de chapa Waldir Pire•. Depois, nãO adianta mais, depois de feito dá para acreditar em tudo. Há gente acredi-
não adianta né:'\da; feito o voto, apurada a elei- tando que o Collor vai ganhar! Então, não
O SR- JOÃO MENEZES -Muito obriga- ção, acabou. E _espero que as eleições sejam se pode duvidar de nada! Tem os de acreditar
do, eminente Senador, pelo aparte. É lastimá- apuradas norfnalmente, porque apuração no no que aparecer ~ ver o q4e vai dar. Penso
vel que esse candidato do Partido de V. EJr, Brasil é problt;tma. Temos no Brasil três fases: que pode acontecer ainda muita coisa aí e
homem de tanto valor, de tanta inteligência uma, da campanha; outra, da eleição; e outra, pode haver uma reversão.
e capacidade, não tenha tido a visão do que da-apWação. Espero que todas RS- três_CorrWn Perguntamos às pessoas, entendidas de po-
está acontecendo, não tenha procurado sentir bem, porque a parada é dura, sobretudo no litica quem vai ganhar. Ainda n'ão está definido,
o que se está passando no Pais. Ele devia Norte, e no Nofdeste, onde o negócio é com- o as;sunto não está çlefinido, ninguém quer
~r que hoje estamos vivendo wna época de plicado. nem arriscar.
candidaturas populares, e ele nao o é. Outro O Sr. Carlos Alberto - Permite-me V. Outro dia veio à Comissão de Coristituição,
dia ainda, foi para a televisão- é meu amigo Ex" wn aparte? Justiça e Cidadania, um desses representantes
o Dr. Glysses Guimarães - e anunciou uma do Jbope, trouxe esses levantamentos e aí
"bomba", quando vimos era um "foguetinho O SR- JOÃO MENEZES - Concedo o mostrou lá e, tal; e começaram a dizer: eu
de salão". Dessa_ forma não dá; fica dificilf aparte a V. EX acredito no Jbope, eu não acredito no lbope,
Não estou fazendo nenhuma critica ao Dr. O Sr. Carlos Alberto - Só para fazer e ele acabou explicando como era o lbope,
<Jlysses Guimarães e a nenhum outro, estou uma indagação: V. & está defendendo uma e eu achei muito boa a explicação que deu,
apenas vendo um fato político que está acon- nova candidatura? achei razoável e disse a ele que acreditava
tecendo. no lbope, Mas quem o Sr. acha que está na
O candidato do meu Partido também é wn O-SR. JOÃO MENEZES- Não estou condição de ganhar, mas onde? Isso eu não
ótimo candidato, mas vai à televisão e o povo defendendo nada, eu estou aqui só vendo o posso saber, o lbope não sabe, p-orque o resul-
não o quer. O que se pode fazer? Por que que está acont~cendo. Eu hoje vejo todo mun- tado de pesquisa pode mudar de três dias.
acontece isso? Por_que não estamos naquela do arrepiado, porque dizem' que Sílvio Santos Ora, se eles que fazem o lbope dizem que
eleição que desejávamos, aquela da radicali- vem aí. É só O_que estou vendo. Então, estou pode mudar ~e três em três dias, eu que não
zação democrática, em que fôssemos discutir preocupado e quero saber também o que há tenho Jbope nenhum na mão, posso dar uma
idéias, ideologias, cOm profundidade tomando de realidade, se é fato, se é verdadeiro ou opinião? Não há lógica!
essa luta acesa, para mostrar o que este País não. Tenho procurado, mas não sei de nada, Agora, o faia que podemos palpar e sentir
pfecisa. Não, ficamos aqui procurando o quê? ninguém sabe de nada. A situação é com- é que o povo está ávido por uma solução,
Cada um procurando chegar à popularidade. plexa... mas qual é a Solução _eu não sei. Que o povo
Popularidade não se compra: ou se tem ou O Sr. Carias Alberto- O senador Jutahy está com as orelhas em pé, com o seu tato
não se tem. Ninguém compra nem na televi- Magalhães, do PMDB, diss_e uma verdade. Co- apurado, isso está. É esse fato que faz com
são. Pelo contrário, às vezes até indo à televi- mo homem do PMDB, baiano, e que tem na que falar em Sívio Santos e pronto, está espa-
são perde-se a popularidade, porque a televi- chapa do Dr. Ulysses Guimarães outro baiano, lhado nas ruas a candidatura, não precisa mais
são é uma faca de dois gumes: para uns, é o Dr. Waldir Pires, ele disse ser um católico nem fazer campanha, porque o Brasil inteiro
uma beleza, afia bem; e para outros, corta praticante que acredita no milagre. A grande já correu que o Sílvio Santos vem aí, isso já
e liquida. I:: o que está acontecendo. Nenhum verdade ele disse hoje à tarde: somente um correu, já está no Pais inteiro: E se ele tiver
candidato, nenhum Partido quis, realmente, milagre pode fazer com que o Dr. Olysses Gui- um minuto na televisão ou cinco minutos, não
assumir a responsabilidade das idéias. Todos marães ganha uma eleição. V. Ex" está dizendo v~ alterar muito, porque já lastreou em todo
achavam que eram c_ápazes de vencer o pleito que as esquerdas estão aí. Ganha e deve levar. lugar. É como aquela história do Jânio Qua-
e que tinham capacidade, honorabilidade e E_ __qual é a alternativa? É esta a colocação dr~. que era o homem da vassoura; se chega-
conhecimento suficiente para levar a uma vitó· de outro candidato? V. EJr disse: "Silvio Santos va lá e diziam estou com o homem da vasoura.
ria finaJ. O que cfcOitteceu? Repartiram-se em vem aí'', mas é a proposta de V. EX? É assim. Popularidade é assim; ninguém cria,
quatro, cinco, seis, oito, não sei quantos parti~ ninguém faz, ninguém pode apresentar como
O SR. JOÃO MENEZES -Estilo dizen-
dos, defendendo a mesma idéia da livre inicia- um fato novO. E como essa eleição está-se
do. Não tenho qualquer proposta! Deus me
tiva. O que ocorreu? Já fiZeram com isso a livre de fazer proposta nesta altura dos aconte- dando no campo da popularidade, é esta que
erundínização de São Paulo e agora querem está resolvencfo a eleição, e a prova disso está
cimentos!
fazer a erundiniiaÇíio do Brasil com o Lula. aí, é o "seu" Lula. O que é que ele leva para
Estão querendo fazer a mesma coisa e tal O Sr. Juthay Magalhães - Olha que o a Presidência da República, quais são os galar-
pode acontecer- essa erundlnízaçao do País lbope do Faustão é maior do que o do Sílvio dões que ele apresenta? Nenhum. É bom cida~
se continuar essa disputa que não leva Santos. dão, é popular, bota a bandeirinha encarnada,
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Quarta-feira 8 6719

fala devagar, diz que toma uma ''birlta" e mais discutindo ~Y,_mente Q problema eleitoral- fui sem liguatário_ inicial Sabe V. Ex' que o
isso e_ aquilo, e o povo vai gostando. Pronto. V. Ex' será um dos comandantes da sua çam~. meu Partido, majoritário nesta Casa, tem co-
Daqui a pouco ele passa para o primeiro lugar. panha para a eleição no dia 15 de novembro, mo candidato o Presidente Ulysses Guima-
E defendo o seguinte: quem ganhar deve porque V. Ex" advoga uma solução e acha rães. Sem desilustre para os outros. ninguém
levar, porque, se as outras classe_s foram inca- que o povo não quer votar nos .candidatos é melhor candídato do que Ulysses Guima-
pazes de con$eguir um candidato, por egoís· que aí estão, e, se permanecer do jeito que rães, pela experiência e pelo saber. Mas V.
mo pessoal, por egocentrismo... está - na sua opinião -, Lula será o vence~ Ex' sabe que, nos instantes de ansiedáde na-
dor. Então, de acordo com o pronunciamento cionaJ - a esColha de um Presidente é um
O Sr. Carlos Alberto __, mas qual é a de V. Ex~. antevejo V. -e;x., já de pé, na frente, deles - são os mais inspirados que são os
proposta de v; EX'? para caminhar com a candidatura de Sílvio escolhidos. Quero lembrar, aqui, um fato da
O SR- JOÃO MENEZES -É natural que Santos. Revolução Francesa. Aquele Tenente que cbri- -
o resultada: .aue der seja... O SR. JOÃO MENEZES - Muito grato
cebeu "A Marselhesa" jamais coriheceU uma
pelo aparte de V. Ex' Mas veja bem: V. Ext nota musical, nunca fez um verso, e, sob
O Sr. Cartos Alberto- Senador' João Me- a inspiração daquele momento, numa só noite_
nezes, qual é a proposta de V. Ex"? - é-o PTB, é o Uder do PTB, e há pouco tempo
escreveu "A Marselhesa", música e letra dele.
procurou-me para fazer uma homenagem a
Sílvio SantOS. Então, sei que V. Ex' também Stefan Eweig faZ referência ao fato como sen-
O SR. JOÃO MENEZES- Eu, fazer pro- do "momento supremo". Creio que a eleição,
tem Sílvio SãritOS riO- coraçãO (Risos) e. se a
posta a esta a1tura? praticamente, está definida, e não sei se essa
sua candidatura aparecer aí, V. EX' estará nela.
O Sr. CarlOs Alberto- Sim. V. ~Já é fã da candidatura Sílvio- Safitos. nova candidatura de inegável popular venha
sso candidato é Ulysses Guimarães, mas não
O SR. JOÃO MENEZES- Deus me (j. Também tive- oPortunidade de; há alguns temos que brigar com os fatos nem__dizer que
vre.. !sso sõ _se eu tivesse sido eleito ontem meses, conversar com o Sr. Sílvio Santos. S.. Ex'! será eleito, pois está com 4%. Então,
para.o Senado. Mas, já com alguma meia dúzia Aliás, não o conhecia pessoalmente. Há pouco creio que o Collor de Mello será, inegavel-
de dias no Congresso, não faço proposta ne· tempo, fui a São Paulo e conheci o Sr. Sílvio mente, o futuro Presidente da República.
nhuma nesta alt~s eu também digo, co- Santos,_ ele foi ao Hotel MOfarrej, em que eu A candidatura do Sr. Sílvio Santos irá -retirar
mo os Ibopes~· a situação está indefinida e ~ estaVa hospe-âa:do, acompanhado do seu Se- do Sr. Collor de-Mello determinado percentual
"Sílvio Santos vem ai", diz o povo. cretário, Dr. Arlindo Silva. onde me encontrava de votos, porque está incrustada em três seto-
em companhia de 10 ou 12 industriais, políti- res: nas classes "A" e "8", que nenhwn dos
O SR. CARLOS ALBERTO- Aureliano cos, -comerciantes, pessoas interessadas, e ofi-
Chaves deverià renunciar? outros candidatos chegou a afetar, e no voto
--ciafS da -Rese-rva das FOrças Aimadas. Estive- aos 16 anos. Aliás, o País já deve ao Sr. Collor
O SR. _.roA.o ME;NEZES - Bom. isso mos conversarido _muito e _justamente o_ as- de Mello uma atenção. É por causa de S. EX'
é um fato à parte, que realmente foi iniciado sunto debatido foi este, d_e que se procurava que não se tem voto em branco-:- Lembra-se·
por ele. Foi ele que inicioU, ele que provou fazer" com as forças que deferidem a livre in_i- V. Ex' que, em toda eleição majoi'itáiia, a prã-
o assunto. Agbra, se ele vai renuncia ou não .ciativa se unissem e assim pudesse enfrentar ga, o fator desmoralizante é o voto em branco.
vai. já ilão é de minha alçada. Realmente, repi- a força populista que viria, sobretudo, das cir- E o ex-Governador foi exatamente a p"essoa
to;- ele, Aureliano, iniciou o assunto. -Agora, cunstâncias cruciais que atravessa a maioria que evitou o vóto em branco, por estar nas
se vai ficar ou se vai continuar, não tenho do povo brasil,eiro. Discutimos muito sobre classes mais desesperadas e por ser o prefe-
a menor condição' de dar opiião. este .assunto~ mas infeli~ente, a c-oisa não rido -do voto aos 16 anos. A classe média
A única opinião que tenho a dar é a seguinte: foi avante;- e -agora, quem sabe o -_que pode é quem mais reSiste a S.&; e pOr: uma ilusão.
vou ficar com os homens dos ibopes, que acontecer? Não sei o que pode ocorrer! Silvio Começou S. EX~_ a fãJãf" de forma forte, _e a
dizem ta(nbénl que a situação está indefiriida Santos vem aí? classe média brasileira está dés,ãpoiitada, por-
até hoje, ninguém sabe quem vai ganhar, por- O- que querO dizer é que estou no bloco que tem medo de mudança. V. EX' sabe que
que, desses seis aqui, qs seis podem ganhar. dos que entendem que o páreo está indefinidO, a classe mais conservadora não é a classe
Assim é fácil. Jogar a roleta em todos os nú- não houve ainda uma solução definitiva para de cima nem a de baixo; é a classe média,
meros é fácil acertar. o assunto; pOrque quem definir agora estará porque, num país subdesenvolvimento, ela
E é essa a condição que está aí. Não pode. cometenQo y_m grande erro, apesar de estar- tem grandes privilégios. Quando a dama daqui
mos deixar de abandonar este fato. E não se mos a 20 diã.s~âa eleição. A v~rdade é que de classe média chega aos Estados Unidos
pode negar, primeiro, que ninguém se arrisca não está determinado o resultado._ Todos es-_ entra ém pânico, porque lá êla não COnSegue
a diter quem vai ganhar; em segundo lugar, tão preocupados. Um dia, de manhã, a pessoa empregada. Ela tém ·que 1a:var pratos: EntãO, -
completando esta primeira que, realmente,-as diz que vai votar no fulã.no; cjuimdo é no dia a classe média pôs na cabeça que o Sr. CoDOr--
forças populistas da ~querda estão crescenM seguinter a filha diz;: não, papai, vota no beltra: viria fazer mudanças Substanciàis. Por esta ra-
do; e, em terceiro, que a população' toda está no. A situação está complicada e é diante des- zão é que S. EX' não tem identificação na clas-
ávida por uma solução 9ue não é nenhuma sa complicação que resolvi trazer este assunto se média o que não é comum. A classe média
dessas que estão aí. Isso e um fato verdadeiro, ao plenário do Senado. sempre teve identificação com os candidatos
que existe, que não preciso dizer, nem repetir, O Sr. Leite Chaves- Permite-me V. EX ou-da--sua faiXa ou-de camada superioí. Ela
como é verdadefro que o povo está dizendo: um aparte, nobre Senador João Menezes? nunca-vota na camada de baixo.A candidatura
"Sílvio Santos v.em aí'! do Sr. Silvio Sahtos. se efetivada, é legal. A
Peço desculpas ao Sr. Presidente e aos Srs. -O SR. JOÃO MENEZES- Com prazer, lei permite a sua candidatL,Jra. Não é surpresa,
Senadores de tomar esse espaço, mas quero ouço V.E.x•,--tlObre Sefiador Leite Chaves: porque até 24 horas antes a pessoa pode filiar-
deixar escrito nos Anais de nossos trabalhos O Sr. Leite Chaves- t: um assunto ame- se a qualquer partido e ser candidato. I:: legal-
a
o que penso respeito da polítjca que aí está, no, mas a Nação-o está discutindo, e é conve- mente viável. Não sei se o Tribunal vai a~eitar,
das decpções das alegrias e das preocupações niente que, sem maior comprometimento, se isso resultou de um concerto preestabe-
que cada dia rhais vamos ter: Não posso, -co;. possamos aqui abordá-lo, porqUe é um fato lecido que prejudique o pareo. O Tribunal Su--
mo brasileiro, deixar de tomar parte em fatos cujo resultado terá conseqüência aqui no Se- perio EleitoraL _de toi:Ios os Tribunais, ê o que
importantes da vida pública. nado. Qualquer que seja o candidato eleito, tem mais poder, nós _aqui damos o maior po-
O Sr. Carlos Alberto - Permite-me V. haverá de, a partir de sua posse, ensejar conse- der, nós aqui damos o maior poder ao Tribunal
Ex" um aparte? (Assentimento do-orador) qüência. Poder ser que, até na primeira crise, Superior Eleitoral, porque ele tem que decidir
Já antevejo. Senador João Mei-lezes, se, na venhamos a ter, com o consentimento do futu- sob o .efeito da .urgêncía; nem f~cursos f:lá
verdade Sílvio Santos for lançado candidato ro Presidente da República, o parlamentaris- de suas decisões. Ele aprecia todos os ele-
à Presidência da República ...:.-.V. Ex' que está mo desejado e de cuja emenda tive a iniciatiya, mentos de v<l]or, do direito; da tranqüilidade
6720 Quarta-feira ~ 8 DIÁRIO DO _CQNGRESSO NAOONAL (Seção H) Novembro de 1989

sodal, da resistência social, e o Tribunal pode que dei. Este País está pa9imdo' muito caro para formar a grande aliança entre PTB, PL.
até não aceitar, mas ela é legal Então, diga- por não ter eleito Paulo Maluf Presidente da PDS, e, quem sabe, mais .alguns Partidos, até
mos. 'ele vai afetar, em grande parte, esse elei~ República. E tomei a posição: o único Sena- o Partido de V. Ex', o PFL, e Sílvio Santos
torado ~o Collol:', mas vai prejudicar, como dor, hoje, que apóia Paulo Maluf sou eu. Já possa ser o grande candidato da aliança de
dissemos, bastante, Luiz Inácio Lula da Silva, levei PatAo Maluf a Natal e, pelo menos de salvação nacional, e possa ele governar este
de São Paulo, favorecidos ficarão Collór e Bri- acorda com sua assessoria, foi o maior comf~ País.
zola. APós
ouvirmos o Representante da Data· cio já feito na sua campanha
· O SR. JOÃQ MENEZES -Ilustre Sena·
Folha,, perguntamos depois da inquirição:
O Sr. ·Nelson Wedekin_ --Ele diz- iSSO dor Carlos Alberto, o aparte de V. Br- veiO,
quem é que chegaria ao 29 turno? Ele disse
que Brizola, para chegar ao 29 turno, teria que para todos. É o únicO cUidado que V. Ex~ deve realmente, coroar, digamos assim, de êxito
ter 75% dos votos do Rio de Janeiro e 75% ter. o nosso discurso. Parque V. ~' que é um
do Rio Grande do Sul, o que é praticamente O Sr. Carlos Alberto- Não. Sou publici- Senador da República, homem de malke--
impoSsível. Mas;. só com esse· percentual, ele tário, sou homem de marketíng e sei o que f!!!g. um publicitário, declara que está defenM
haveria de compensar a pequena votação de ê ~televisão. Não é preciso que a assessoria dêndo o Dr. Paulo Maluf, mas que pode tam-
São Paulo e de Minas Gerais. Ora, Silvio Santos me diga, porque conheço e vejo quando é bém haver outra solução que venha atender
. causará wn impacto - sobretudo nas cama- montagem de televisão e edição de imagens. à população deste_ País. Se V, Ex~ com todas
das "A" e "B"; prejudica um pouco a Collor, O comício em Natal foi gigantesco, e estou essas qual~dades, pensa assim, imagire o que
mas, sobretudo em São Paulo, vai prejudicar com Paulo Maluf.- Agora há um dado novo, não pensa a população brasileira, a popuJaçãa
a Lula. Então, pode assegurar o segundo lugar uma peça no tabuJeiro e esta peça calha de média, a ppbreza, aqueles que estão na espe-
para Brizola. Essas consideração não seria ser exatarnente com o cidadão, de cuja ami- rança de tudo; têm também o direito de pensar
nem objeto de debate, mas nós tratamos· de zade privo, que é Sílvio Santos. O Brasil inteiro, assim. Dai a razão de acharmos e defender~
fatos hwnanos, o Senado não pode ser algo . des® sá_ba~o. discute Sílvio Santos. Todos mos _a tese de que, se surgir uma nova candi~
distante. De fortna que V. Ex' não está em os fomais do Pais int~iro dedicam pelo menos datura, ela virá, naturalmente, criar um novo
desacordo com o espírito da Casa, em colocar urri quarto de página, discutindo a candidatura quadro~-um riávo panorama na c;Ieds~o_políti~
esses problemas. Realmente nestes próximos de Sílvio Santos. Já tive oportunidade _de con- ca. "Silvio Santos vem aí", dlz: o povo.
sete dias a decisão estará sendo tomada na versar com ele, e num momento. como este, O Sr. Jutahy Magalhães - Permite-me
consciência e na deliberação do eleitorado na- em que estamos caminhando novamente pa- V. Ex' um aparte?
cional. ra aquela eleição que foi errada - a primeira
no mundo, em que havia Jesus Cristo e Barra- O SR. JOÃO MENEZES.~ Ouço V. Ex'
O SR. JOÃO MEI'!EZES - Obrigado, bás, e Pilatos lavou as mãos, houve julgamento O Sr. Jutahy Magalhães- Nobre Sena~
, emínente..Senador_~_ite Chaves. Fico-lhe mui- e o povo não soube _votar e escolheu Jesus dor João Menezes, como disse o llustre Sena~
to grato pelo aparte, que, com a sua inteU- Cristo para s_er crucificado, enquanto que Bar- dor Carlos Alberto, estamos aqui trocando opi·
gência costumeira, me chamou atenção pata rabás ganhava a liberdade -, hoje, vê-se um niões aligeiradas, sem maior profundidade,
um fato muito interessante. V. Ex" diz que o político militan~, profissional, como é o caso talvez, a respeito dessa questão que é da maior
homem que fez "La Marseillaise" não conhe- de Fernando Collor de Me/lo_. querendo conM importância para o País. Lamento, nobre Se·
cia música - a História nos conta isso. Acho quistar popularidade, porque está _em daca- nadar- e lâmento com toda sinceridade -;
que, com isso, V. Ex" quer dizer que o homem dência, em cima do Poder Legis1ativo, de ma~ que é em busca de possíveis resultados favorá·
que está na Cabeça das pesquisas - Collor neira demagógica, vez que o Congresso co- veis,·em busca de uma possível vitória, esque-
- não entende nada de governa e está lâ meça a reconquistar o seu prestigio, começa ça-se o principal: o País. O País merece respei-
para cantar um hino qualquer. Perceb_!__ isso a parecer de maneira mais séria diante da to, deve haver um çuidado tnuito grande por
do aparte de V. Ex~. eu não sei se cheguei opinfão pública. Ontem, o presidenciável Fer- parte das elites politicas, ciue já estão desacre·
a alcançar fundo, mas cheguei a esta con- n;m_do_ CoJlor de MeJio tomou uma posição ditadas perante a opinião pública, de não fica-
clusão. - fazendo com que o seu Uder apresentasse rem mais abaixo daqullo que já estão, de falta
O que é fato, o que é verdadeiro, é que alguns projetas, meramente demagógicos,o de respeito da opinião ·pública para com os
a confusão está formada, a opinião pública tâo~somente para conquistar um espaça peJa políticos e com os partidos políticos. NãÓ se
está meio estarrecida e esperando a corrida derrocada do Congresso Nacional. Creia que, pode inventar. *'luções, não temos mais o di-
final, para disparar. Esta é uma ansiedade que hoje, devemos meditar em tomo de um futuro. reito_ d_e_jn\leni:ar soluções que representem
vai dominando toda a opinião pública, porque Torço muito para que exista, ainda, tempo tudo aquilo que nós, os homet:15 públicos des--
a qualquer casa que se vá a pessoa tem uma para que possamos fazer uma grande aliança, te País, combatemos. Este País, na hora em
placa de um candidato e, no dia seguinte, já a aliança de salvação mesmo, porque estamos que atravessa a pior crise que já enfrentou
tirou, já pôs a de outro porque ninguém está vendo a revolta do povo. Já estamos a 40 até hoje, não pode ser entregue, por circuns~
seguro. Não sabemos quem vai ganhar, está dias vendo todos os candidatos aparecendo tância de momento, de revolta, a qualquer um
tudo muito indeciso. Espero que nestes dias na televisão e v. Bel' vê e sente que não há Não, eu acho que temos obrigação de buscar
possamos ter uma decisão f1Tll1e, categórica, definição por parte do eleitorado. Na hora em o melhor, ou as melhores. O melhor ê ·o candi-
e vamos, então, disputar esta eleição- aque- que o nome de Sílvio Santos foi colocado no dato do meu Partido, mas nã_o é Q. únko. E
les que representam as forças socialistas e tabuleiro das discussões, de imediato o assun- temos obrigação de buscar aquele que tenha
aqueles que representam as não socialistas. to tomou conta desta Nação. Então, torço · condições de representar o País nesta hora
O Sr. Cados Alberto - Permite-me V. muito para que ainda exista tempo para for- difidl e levar este País _a um caminho seguro,·
Br. outro aparte, nobre 'senador? - marmos a grande aliança. Tenho a certeza a um porto s_eguro, e não caiamos nesse abis-
de que, se Sílvio Santos for o escolhido para ma tão falado ·aurante tanto tempo neste Pais.
O SR. JOÃO MENEZES- Com multo ser este candidato cl.:! aJiança, o Pais estará Por iss_o, nobre Senador, fico francamente de-
prazer. entregue em boas mãos, porque ·um homem sestimulado, deslludido, quando vejo que inte·
O Sr. Carlos Alberto- Ainda há pouco ~ue já foi camelô, venceu todos os obstácuJos resses pequeninos se.sobrepõem ao interesse
V. Ex' falou exatamente do coração sobre SiJ- da vida, conquistou espaço no rádio, conquis- mffior de todos, que é o interesse do País.
vio Santos. falando que ó meu coração tam- tou espaço na televisão, venceu como homem
bém plllsava por Süvlo Santos, e o Senador · eni.presário d~ televisão é um grande empre- O SR. JOÃO MENEZES - Obrigado.
Jutahy Magalhães perguntou se eu havia mu- sário desta Nação, é um homem, acima de eminente Senador Jut.ahy Magalhães.
dadO. Não, não mudei. Votei em Maluf em tudo, que conhece tOda a problemática nado-
1984, aqui, no Congresso, para eleger o Presi- na!, porquanto ele veio lá de baixo. Então, tor- OSR. ODACIR SOARES- Pennke-me
dente da República. Não me arrependi do voto ço para que exista te~po e tenhamos tempo um aparte, Senador João Menezes?
Novembro de 1989 . DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Quarta-feira 8 6721

O SR. JOÃO MENEZES- Eu aCho que em quem votar. O fato importante é que o
todos nós, realmente precisamos ter obriga- nome dele_ traz l,UTla_ esperança nova para o ATA DA 152' SESSÃO, REAUZADA
ção, dev~r e respeito para com a Pátria, para eleitorado. Se ele tira voto da classe A, B, C Em 16-10-89
com a terra e para com o povo. Mas esse 6 Ou_ E.' ~ste é l.jffi _fato_ a s_e_r mensurado, a (Publicada no DCN --'Seção 11- de 17·1 0·89
respeito não se (az com teimosia. ê teimosia! partir da cónfirmaÇão da sua candidatura pelo
V. Ext, por exemplo, acha que o candidato Pªrtido Liberal, como_ hoje_ se propala, com
que defende é o melhor de todos. Mas outros o apçio de parl:~ do PFL, do PDS_e dos Partidos RE11F!CAÇÃO
têm o direito de nãd achar, porque S. Ex' este- de centro deste·País. O fatõ importante é que,
na rea~dade, é ur;na candidatura.que tem con- No Projeto de Lei do Senado n9 335, de
ve no Governo e foi péssimo, levou o Governo 198_9, à página n9 5892, 1~ coluna, na sua
à pior crise econOmico-financeira deste ~aís. sistência, tem reSsonância e tem importância
no contexto nacional, não apenas aquela con- numeraÇão,
O Sr. Jutahy Magalhães - S. EX' não quistada neste momento, quando se volta a Onde se lê:
foi Governo. falar no seu nome, mas quando, num primeiro
O SR. JOÃO MENEZES - Ora, S. EX' momento, se falou do seu nome, há dois ou PROJETO DE LEI DO SENADO N• 355,
não foi Governo? S. Ex!' foi Q homem que três meses, no tempo em gue ele já liderava DE 1989 .
acompanhou pari passu este Governo. as pesquisas que se faziam neste País. Eram Leia-se:
estas as minhas considerações ao discurso
O Sr.Jutahy Magalhães - Mas de V. E:Jcl', acrescentando apenas, para finalizar, PROJETO DE LEI DO SENADO N• 335.
ele não exerceu· o Governo. QUem exerce o que a possibilidade de Silvio San_t_qs poder Vir DE 1989
Governo é o Presidente Samey. a ser candidato está na lei, feita por nós, con-
O SR. JOÃO.MENEZES- Agora V. EX' forme V. Ex" já multo bem frisou. Se há respon-
diz que o Presidente é José Samey. Mas, na sáveis nisso tudo se isso enfraquece os Parti-
hora, V. EX' sabia que quem nomeava o Minis- dos políticos, se isso implica a inconsistência CONSELHO DE SUPERVISÃO DO
tro da Fazenda era o Dr. Ulysses, meu amigo, dos Partidos politicas, a culpa é nossa, porque
fiZemos a legislação que está fundamentando PRODASEI'I
como também Ó é de V. fia Mas, agora, dizer
as eleições para Presidente da República. Ata da 102~ Reunião
que somente o Dr. Ulysses é o melhor candi-
dato, isso-é uma história, é uma peta, ou me-
lhor, é teimosia e nós não podemos acreditar O SR. JOÃO MENEZES -Muito obri- Aos vinte e nove dias do mês dê setembro
nisso. Agora, dizer que nesta disputa há mais gado pelo aparte, nobre Senador, o qual refor- de mil novecentos t oitenta e-nove, às dezes-
um candidato não é democrac_ia é ):>ura teimo- ça a tese que vínhamos defendendo nesta tar- seis horas, na sala de reuniões da Diretoria
sia. Foi com o voto do Congresso que se abri- de. _ Executiva do Prodasen, reune-se o Conselho
ram as portas pal-a o número ilimitado de can- Vou terminar, dizendo que tenho esperança de Supervisão do Prodasen, sob a Presidência
didatos. De modo que, se houvesse 21 ou e confiança. Que nós encontrpmos uma solu- do Exm" Sr. Senador Mendes Canela, Compa-
25 candidatos, ~ão iria piorar nem melhorar, ção e que esta eleição_ ,-ealmente venha a re- recem a reunião os Sentiores Conselheiros
é um direito qué a população tinha e que o presentar a paz, o equilíbrio, a tranqüilidade Dr. José Passos Porto, Vice-Presidente. Dr.
Congresso deu, através da lei que aprovou._ e que se- abra uma porta I para o progresso Vandenbergue Sobreira Ma eh~. Dr. Antônio
Portanto. não é, aQora-, dizer: Bom, são 22, em todas as á_reas, quer eccinômica, quer fi- Carlos Nantes de Oliveira e o lr". William Sér~
se houver mais um não é democracia. Assim nanceira,Auer social. ,gio Mendonça Dupin, Diretor~Executivo do
não dá. (Muito bem!) Prodasen. Presente, também, a convite do Se-
E é esta a razão, é este o fato contundente nhor Presidente, o Dr. Marcus Vinicius Goulart
que faz com que!' toda a população brasileira, Gonzaga, Consultor do Prodasen. Iniciando a
hoje, esteja numa indecisão total e absoluta ATA DA 149' SÉSSÃO, REALIZADA EM reunião, o Senhor Presidente coloca em apre-
de saberem quem votará para Presidente da -H-10·89 oação o processo PD-0435/88-0, que trata
República. (Publicada n_o DC/'f - Seção II - de da proposta de criação de Comissão Especial
Concedo o ú1timo aparte ao Senador Odacir 12-10·89) . para normalização dos processos seletivos in-
Soares. ternos, a partir de 198_& Na sua explanação,
o_Sr. Diretor-Execmivo do Prodasen esclarece
RET!FICAÇÕES
O Sr. OdaciJ; Soar~s - V. EX' abordou aos Senhores Conselheiros que, tendo em vis-
o tópico sobre quai iria fazer alguns comen- No Projeto de Lei do Senado n" 326, de ta a necessidade de se prover, atraVés de re-
tários, exatamente a possibilidade criada pela 1989-Complementar, à página"" 5715, 3~ co- classificação, metade das vagas ~entes no
lei de, a qualquer momento, o quadro de can- luna, imediatamente após a legislação citada, Quadro de Pessqa! do órgão, o Conselho de
didatos mudar. Páre.ce-me que isso é o exer- acrescente-se por omissão o seguinte despa- Supervisão, em reunião realizada em
cícto. pleno da democracia. Não podemos cho;- - 14-12-88, aproVou a proposta- de procedimen-
nem e)dgir que seja diferente, nobre Senador, À Comissão de Assuntos Econômico_s tos de avaliação de servidores, visando o
porque todos saPemos da quase nenhuma preenchimento das referidas vagas. Solicita
identidade ·dos Partidos políticos brasileiros. No ProjetfJ de Lei do Senado n" 327, de aquele titular, nesta oportunidade, a homolo-
Os partidos não 'têm identidade, consistência, 1989-Complementar, à página n"' 571 ~. 2~ co- gação daqueleS prqcedimentos para reclassi-
substância. Por isto estamos vendo essa dança luna, imediatamente após a legislação citada, _ficação de servidores em 1989, para o qUe
de políticos, de Deputados, de Senadotes, de acrescente~se pór omiSsão 6 seguinte despa- apresenta documento sucinto que_ define o
líderes de diretórios regionais e municipats, cho: número de vagas a serem ocupadas, os instru-
movimentado-se em tomo dos candidatos e mentos e critérios- de avali"ação, as responsa-
os mais diversos· possíveis. A candidatura Síl- -À Comissão de Assuntos Econômic~ bilidades administrativas e a validade do pro-
vio Santos traz uln dado novo dentro do qua- No Projeto de Lei do Senado -n" 328, de cesso de avaliação. Com a palavra, o relato!'
dro político-eleitór:al do País, e tanto traz que 1989-Coinpleinentãr, à página n9 5719, 3~ co- da matéria, Conselheiro- Vandenbergue So-
hoje se constitui no grande debate. O seu no- luna,_imediatamente após a legislação citada, breira Machado, diz que, tendo examinado os
me hoje é objetó de grandes discussões. E. acrescente-se por omissão o seguinte déspa- proçedirnentos _a serem adotados, na forma
como V. Ex• frisou muito bem, preenche um cho: do documento apresentado, é favorável à
vácuo. O eleitorado estava indeciso, à espera aprovação da proposta- êm questão, salien-
de um nome como o de Sílvio Santos. O eleito- tando que, das vag{lS a serem preenchidas,
rado ainda não tinha, em sua maioria, decidido À ComiSSão de AssUntOs Económicos- "já foram deduzidas as_ que serão providas
6722 Quarta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAGONAL (Seção ll) Novembro de 1989

por concursos público". O assunto é analisado SeCretáriã do Conselho de Supervisão, lavrei lia, 29 de setembro de 1989.- Senador Men-
pelos Senhores Conselheiros, os quais apro- a presente Ata qlie ......:H ..····-••n·············-····:······-- des Canela- Presidente - Jasé PassosPor-
vam, por unanimidade, o pareCer do Conse- tc. Conselheiro- Vandenbergue Sobreii'a Ma_~
lheiro Vandenbergue. Nada mais havendo a Ata da 102~ reUri,fãO Subscrevo e, após lida chado, Conselheíro -Antônio Carlos Nantes
tratar, o Senhor Presidente encerra à reunillo. __e aprovada, vai assinada pelo Senhor Presi- de Olíveira, Conselheiro- Wü/ian Sérgio Men-
~para constar, eu, Ana Maria Merlo Mafei-190, dente e _demais membros do Conselho. Brasí- donça Dupin, Diretor-ExecUtivo do Prodasen
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL
.QUII'd'A-FEIRA, 9 .DE ~VEMBRO DJ! 1- SEÇÃO 11

SENADO FEDERAL
SUMÁRIO
l-ATA DA 173" SESSÃO, EM 8. -Do Presidente da Comissão de Rela- altera a Resolução n~ 62, de 1975, que
DE NOVEMBRO DE 1989 ções Exteriores e Defésa Nacional, indi- dispõe sobre operações de crédito dos Es~
cando o Senador [rapuan Costa Júnior, pa- tados e Municípios. -fJXa Seus limites e cõn~
1.1 -ABERTURA ra viajar à América Central, com objetivo dições.
I .2 -EXPEDIENTE que menciona. 1.2.S, - Comunicação
1.2.6- Discursos do Expediente -Do Senador Edison Lobão, que se
1.2.1 -Mensagens dO Senhor Pre- aus_entará dos trabalhos da Casa a partir
sidente da Repúb6ca -SENADOR LEfTE CHAVES- Ne- do dia 10-I I -89.
- N" 279, 280 e 28.1189 (n" 736, 737 cessidade de novos tributos de Justiça no
Pais. 1.2.9- Comunicação da Pre$idên-
e 743/89, na Origem), reSfitulndoJJ:ut6gra- da
-SENADOR RONAN TTTO - Oima
fos .de projetos de lei sancionados_. de liberdade na atual campanha eleitoral. -Recebimento da Mensagem no
DesmentidO a noticiário da imprensa de 278189 (n• 738/89, na origem), j:><;la qual
1.2.2 -Mensagens do Governador
restrições de S. Ex- a parecer do Ministro o Senhor Presidente da República propõe
do Distrito Federal
Almir Pazzianotto, no episódio da conces- seja autorizada a Republica Federativa do
-N•' II6 e I77189-DF (n•• &ão do aumento dos funcionários do Ban- Brasil a ultimar contrato de financiamento
106/89-GAG e 107/89, na origem), enca- co do Brasil pelo TSJ. Apelo 'ao Sr. Presi- externo, no valor de até vinte e um milhões
minhando à apreciação do Senado Fede- dente da República, no sentido da urgente e quinhentos mil marcos alemães, desti-
ral os Projetas de Lei do DF n<» 77 e 78/89, sanção de projeto de lei que libera recursos nado a fmanciar parcialmente a importa-
respectivamente. para o custeio agrícola. _ _ _ . ção de bens e serviços necessários ao pro-
-SENADOR CID S'IBÓú\ DE 0\RVA- jeto de capacitação industrial aeronáutica,
1.2.3 - Parecer a cargo do Ministério da Aeronáutica,
LHO - Candidatura de Sílvio Santos e
Referente â sequinte matéria: o processo eleitoral em curso. 1.~.10 -Comunicação __
- N9 305/89, da COmissão Especial SENADOR FRANCISCO ROLLEM-
constituída nos termos dos cutigos 44 da _.,...._pa bancada do PFL, indicando o Se·
BERG ...:.... Varitãgens do aleitamento ma- nadar Edison L~bãQ paa titular da Ude-
Lei n9 1.079, de 10 de abril de 1950, e temo.
38;0 do Regimento IJ;~temo para apreciar rança.
a denúnda por crime~de responsabilldade 1.2.7- Leitura de projetos 1.2.11.:......Requerlinentos
oferecida pelo Sr. Herdlio Ricarte contra -Projeto de Lei do Senado n~ 363/89, N9 602/89, de autoria dos- Srs. Senado-
os Presidentes do Supremo Tnbunal Fede- de autoria do Senador Ronan Tito, que res_Ronan Tito e oub:os, dE!! urgênc_ia para
ral e do Tribunal Superior Eleitoral. isenta da quota de contribuição patronal o Projeto de Lei do Distrito Federal n?
à Previdência Social as entidades de fins 72189, que cria no Quadro de Pessoal do
1.2.4- Comunicação da Presidên- Distrito Federal, Ós cargos de natureza es~
da filantrópicos. reconhecidas de utilidade pú-
blica, cujos membros de suas diretorias pedal que menciona e dá outras provi-
-Abertura de prazo para recebimento não percebam remuneração. dências.
de emendas para os Projetas de Lei do -Projeto de Lei do SenadO n9 364/89, N~ 603/89, de autoria dos Srs. Senado--
DF n9:1 77 e 78/89. . de autoria dO SerÍador Ronan- T!io, que res Mário Maia e outros Uderes, de urgên-
autoriza o Poder Executivo a criar a Escola cia para o Projeto de Lei ns- 332/8_9, que
1.2.5 - Comunicações visã, revogar os a·rts. 51, 151 e 157 do '
Agrotécnica de Peçanha, Estado de Minas
.....: Do Senâdor Iram Saraiva, referente Gerais. Código Eleitoral (Lei n~ 4.737, de 15 de
à sua filiação ao PDT, passando a integrar -Projeto de Resolução n~'85/89, dE! au~ julho de 1965), que discriminam os eleito-
a bancada desta agremiação na Casa. teria do SenadoJ Irapuan Costa Júnior, que res hansenianos.
6724 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL

EXPEDIENTE
CENTIIO GIIÁFICO 00 SENAOO FEDEIIIAL

PASSOS PORTO DIÁIIIO 00 CONGIIESSO NAQOIIOAL


Diretor-Geral do Senado Federal Impresso 50b a responub•lidiide da Meu dO Senado Federal
AGACIEL DA SILVA MAIA
Diretor Executivo
~SINATUAAS
CESAR AUGUSTO JOSÉ OE SOUZA
Díretor Administrativo Senaestru .......................................... ········~··· NC7$ 17,04:
LUIZ CARLOS DE BASTOS
Diretor Industrial
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exemplar Avulso .......•............. ·--···· .......•........ NC..S 0,11
Oiretor Adjunto T1ragem: 2.200..exemplares.

1.2.12--- Comu~lcação da PresiM Parecer da Comissão de Constituição, · Presidente da República submete à delibe-
dência Justiça e Cidadania s_obre a Mensagem n9 ração do Senado a escolha do Senhor
231, de 1989 (n° 616/89, na or!gem), de Mayo Uruguaio Fernandes para, na quali-
-Recebimento da Mensagem no 5 de outubro de 1989, peta qual ó Senhor dade de Suplente de Ministro aassista, re-
277189 (n~ 747/89, na origem), pela qual Presidente da República submete à delibe- presentante dos trabalhadores, compor o--
o Senhor PreSidente da República comu- - ração do Senado a escolha do Doutor Ney · Tribunal Superior do -Trab13lhó~ em Vagá
nica sua ausência do País nos dias .1 O e Proença Doyle, Juiz do Tribunal Regional originária, decorrente da nova composição
11 do corrente para viagens ao Paraguai do Trabalho da Terceíra Região, para com- do Tribunal. Aprovado.
e Buenos Aires. por o Tribunal Superior do Trabalho, em Parecer ·da Comissão de Constituição,_
vaga originária, destinada a Juízes da Ma- Justiça e Cidadania.,_§Obre a Mensagem rf!
13-0RDEMDODIA 236. de 1989 (n• 621/89, na origem). de
gistratura Trabalhista de Carreira·, '<:lecor-
Parecer da Comissão de Constituição, reOte da nova composição do tribUnal. 5 de outubro· de 1989, pela qual o Senhor
Justiça e Odadania sobre a Mensagem n~ Aprovado. Presidente da República submete à delibe-__
228, de 1989 (ii' 613/89, na origem). de Parecer da C:omissão de Constitujção, ração do Senado a escolha do Doutor Ju-
5 de outubro de 1969, pela qual o Senhor Justiça e Cidadania sobre a Mensagem ri• venal Pedro Cim para, na qualidade de Su-
Presidente_da República submete à delibe- 232. de 1989 (n• 617/89, na origem), de plente de MinistrQ Oassista.. representante
ração do Senado a escolha do Doutor José 5 de outubro de 1989, pela Qual o Senhor dos trabalhadores, compor o Tribunal Su-
Luiz Vasconcellos, Juiz do Tribunal Regio- Presidente da República submete à delibe- perior do Trabalho, em vaga originária,.,de-
nal do Trabalho da Segunda Região, para r~ção do Senado a escolha do Doutor Ur-
corrente da nova composição do tribunal.
compor o Tribunal Superior do Trabalho sulino Santos Filho, para compor o Tribu- Aprowdo. __
em vaga originária,· destinada a Juízes da nal Superior do Trabalho, em vaga origi- Parecer da Comiss'âo de ConStitUiÇãO;
Magistratura Trabalhista de carreira, decor- nária, destinada a advogados, decorrente Justiça e Cidadania-sobre a Mensagem n9
rente da nova composição do tribunal. da nova composição do tribunal. Aprov.ll'- 237, de 1989 (n' 622/89, na origem), de
Aprovado. do. - . 5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor
Parecer da Comissão de Constituição, Presidente da República submete à delibe- -
Parecer da Cóffiissão de Constituição,
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem no ração do Senado _a éscolha do DoUtor
Justiça e Cidadania sobre a Mensagem nb
Francisco Leocádio Araújo Pinto, para
229, de !989 (n• 614189. na origem), de 233, de 1989 (n• 618/89, na origeni). de
compor o Tribunal Superior do Trabalho,
5 de outubro de 1989, pela qual o SenhOr 5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor
Presidente da República submete à delibe- em vaga originária, decorrente da nova
Presidente da República submete à delibe-
ração do Senado a escolha do Doutor Hylo ração do Senado a escolha do Senhor José composição do TST, destinada a Ministro
Francisco da Silva, para compor o Tribunal Classista, representante dos empregado-
Bezerra Gufgel,Juiz do Tribunal Regional
do Trabalho da Quinta Região, para com- Superior do Trabalho, em vaga originária, res. Aprovado.
por o Tribunal Superior do Trabalho, em decorrente da nova composição do TST. Parecer da Comissão de Constituição,
vaga originária, destinada a Juízes da Ma- destinada a Ministro Oassista, represen- Justiça e Cidadania sobre a Met1sagem n"
gistratura Trabalhista de Carreira, decor- tante dos trabalhadores. Aprovado. !38, de 1989 (no 623/89,, na o_rigem), de
rente da nova composição do tribunal, Parecer da Comissão de ConstituiçãO, 5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor
Aprovado. Justiça e Cidadania sobre a _Mensagem n~ Presidente da República submete à delibe-
Parecer da Comissão de Constituição, 234, de 1989 (no 619/89, na origem), de ração do Senado a escolhei do Doutor
Justiça e Odadania sobre a Mensagem n" 5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor Afonso Celso Moraes de Sousa Carmo, pa-
230, de 1989 (n• 615/89. na origemj, de Presidente da República submete à delibe-. ra compor o Tribunal Superior do Traba-
5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor ração do Senado a escolha do Senhor José lho, em vaga originária, decorrente da nova
Presidente da República submete à delibe- Calixto Ramos, para compor o Tribunal composição do TST, destinada ã Ministro
ração do Senado a escolha do Doutor Superior do Trabalho, em vaga origínária, Gassista, repres_entante dos empregado-
Francisco Fausto Paula de Medeiros, Juiz dec_or[en~_da nova composição do TST, res. Aprovado.
do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta destinada a Ministro aassista, represen- Parecer da Comissão de Constituição,
Regíão, para compoí o Tribunal Superior tante dos trabalhadores. Aprovado. Justiça, e Odadania sobre a Mensagem
do Trabalho, em vaga originária, destinada Parecer da Comissão de Constituição, n• 239, de 1989 (no 624/89. na origem).
a Juizes da Magistratura Trabalhista de Justiça e Cidadania sobre a Mensagem i1" de 5 de outubro de 1989, pela qual o Se-
Carreira, decorrente da noVa composição 235, de 1989 (no 620/89, na origem). de nhor Presidente da República submete à
d9 tribunal. Aprovado. 5 de outubro de 1989, pela Ql!al o Senhor deliberação do Senado a escolha do Dou--
Novembro de 1989 DIÁRJO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D) Quinta-feira 9 6725

tor Paulo de Azevedo Marques, para, na Parecer da Comissão de Constituição, 1.3.2- Designação da Ordem do
qualidade de Suplente de Ministro Clas~ Justiça e. Cidadania sobre a Mensagem no Dia da próxima sessão
sista, representante dos empregadores, 244, de•!989 (n' 644/89, na origem), de 1.4- ENCERRAMENTO
compor o Tribunal Superior do Trabalho, 13 de outubro do corrente ano;pela qUal
em vaga originária, decorrente da nova o Senhor Presidente da República submete 2 - SECRETARIA GERAL DA ME-
composição do Tribunal. Aprovado. à deliberação do Senado a escolha do Ge- _ SA
Parecer da Comissão de Constituição, neral-de-Exército Wi1berto Luiz Lima, para
Justiça e Odadania sobre a Mensagem no exercer o cargo de Ministro do Superior - Resenha das matérias apreciadas de
240, de 1989 (n' 625/89, na origem), de Tribunal Militar, na vagt< decorrente da 19 a 31 de outubro de 1989.
5 de outubro de 1989, pela qual o Senhor aposentãdoria do Ministro General-de-E- 3 - ATAS~ DE COMISSÕEs
Presidente da República submete à delibe- xêrdto-Aizlr Benjamim Chaloub. Aprovado.
ração do Senado a escolha do Doutor Osó- 4 -MESA DJRETORA
rio Coelho Guimarães Filho para,- na Quali-
dade de Suplente de Ministro Classlsta, re-
1.3.1-Matéfias apreciadas após a
Ordem do Dia 5 - LÍDERES E VICE-LIDERES DE
presentante dos empregadores, compor o PARTIDOS
Tribunal Superior do Trabalho, em vaga
originária, decorrente da nova composição - Requerimentos no~ 602 e 603/89, li- !õ- COMPOSIÇÃO DE COMIS-
do Tribunal. Aprovado. dos no Expediente. Aprovados. SÕES PERMANENTES

Ata da 173~ Sessão, em 8 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48~ Legislatura
EXTRAORDINÁRIA
Presidência do Srs- Nelson Carneiro e Iram Saraiva

ÀS 10 HORAS, ACHAM-5E PRESE/'ITES -É lido o seguinte Mensagens .


OS SRS. SEIYADORES, DO GOVERNADOR DO
DISTRITO FEDERAL
Mário Maia - Aluizio Bezerra - Nabo r Jú- EXPEDIENTE
nior - Leopoldo Peres - Ronaldo Aragão ~ Mensagens MENSAGEM N• 116, DE 1989- DF
- Olavo Pires - João Menezes --:- Jarbas !>O PRESIDEI'ITE DA REPáBUCA (N' 106189 - GAG. na origem)
Passarinho - Moisés Abrão - Carlos Patro-
cínio -Antonio Luiz Maya- Alexandre Costa Restituindo autógrafo de Projetos dd
- Edison Lobão - João Lobo - Chagas .Lei sanCionadOs: " · Brasília, 7 de hovembro de 1989
Rodrigues -Cid Sab6ia de Carvalho-Mauro Ne 279/89 (n' 736/89, na origem), de 7 do Excelentíssimo Senhor Presidente do Sena-
Benevides - Carlos Alberto - Marco Macíel corrente, refe~nte ao Proj~to de Lei no 28, do Federal,
- Mansueto de Lc,vor- João Lyra- Diva!do de 1989-CN, que autoriza o Poder Executivo Dentro da filosofia de imPiantáção do Plano
Suruagy- Francisco Rollemberg - Lourival a abrir ao Orçamento Fiscal da União, Lei n9 de Carreiras para os servidores do Distrito Fe-
Baptista - Gerson Camata -João CaJmon 7.715, de 3 de janeiro de 1989, crédito ~pedal deral, em obediência ao preceito constitucio-
-Nelson Carneiro- Hugo Gontijo- Ronan até o limite de NCz$ 30.000.000,00, em favor nal inserido no artigo 39, da Carta Magna,
Tito - Mauro Borges - Iram Saraiva - Ira- do Fundo Nacional de Meio _Ambiente, pãrâ editou-se as Leis n<?S 39, de 6 de setembro
puan Costa Junior - Pompeu de Sousa - os fins que espeCifica. (Projeto que se transfor-
Maurício Corrêa- Meira Filho- Louremberg de I 989, e 43, de 19 de setembro de 1989,
mou na Lei n9 7.86&.' _de 7 de novembro de criando, respe<:tivamente, a Carreira Fiscali-
Nunes Rocha - Márcio Lacerda - Mendes !989). - ~ -- -
~ ~

Canal e - Rachid Saldanha Derzi- Leite Cha- zação e lnspeção e a Carreira Apoio às Ativida-
N" 2ff0/89 (n' 737/89, na origem); de 7 do des Jurídicas. Todavia, a retribuição da Car-
ves - Gomes CC:UValho -"Silvio_ Name - corrente, referente ao Projeto -d~ L_~i h, .?_6, reira Flsc_alização e Inspeção constou de venci=
Dirceu Cariteiro ..:._ Nelson Wedekiit -José de 19_89~CN, que autoriza o Podlr Executivo menta básico e diversas gratifiCações, cuja re-
Fogaça. a abrir ao OrÇamento Fiscal da Onião créditos muneração ainda não é condizente com as
adicionais até o limite de NCz$ atividades inerentes aos q.rgos da Carreira.
635.016.522,00, para Os fins que especifica. Também os vencimentos relativos à Carreira
O SR. PRESIDEI'ITE (Iram Saraiva) - A (Projeto que se transformou na Lei n~ 7 .~67,
lista de presença acusa o comparecimento Apoio às AtividadesJurídicas estão aquém das
de 7 de novembro-de 19B9). - expectativas dos seus integrantes.
de 45 Srs. Senadores~ Havendo número regi- N• 281/89 (n' 743/89, na origem), de 7 do
mental, declaro aberta a sessão. corrente, referente ao Projeto de Lei n? 64, Com a irnplantação-dã.Carreira Admirils:--
de 1989-CN, que autoriza o Poder Executivo tração Pública do Distrito Federal, recente-
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos a abrir ao Orçamento Fisc;al da Ç.l[tião çrédito mente aprovada por essa Casa Legislativa, to-
trabalhos. especial até o limite de NCz$ das as gratificações que compõem a remune=.
9.500.000.0DO;OO, em faVO"r"dos Encargos Fi- ração dos servidores serão incorporadas aos
nanceiros da_ União. e dá outras proviQências. vencimentos. Es$e proc;edimento, além de
O Sr. f9 Secretário procederá à leitura do (PiOjetO(jue se transformou na Lei n? 7 .869, proporCionar transparência aos ato$ da Admi-
Expediente. de 7 de novembro de 1989). - nistração, facilita-fá, sobremaneira, Os trab~:.
6726 Quinta-feira 9 DIÁRlO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de 1989

lhos relativos à adminlstraç~o de pessoal. A!!.· Artífk:e de_ Carpintaria e Mafcenaria, Artífice alcançar o último· Padrão da Classe Especial
sim, mister se faz uniformiiar a estrutura das de .~éi[tutenção e Restauração de Veícu1os e e preencher as condiçóes exiQidaS Para o in·
Carreiras acima mencionadas, pelos motivos_ -Artífice de Mecânica que optaram na forma gfêssõ-pode!fcf, med.l"á"nte-asce9SãO, p·as~ar pa-
expostos, bem como visando a bel)eficiar o do artigo 2 9 , da Lei n~ 43, de 19 de setembro ra o cargo de lnspetor de Saude, em padrão
servidor, vez que os vencimentos da Carreira de f989, serão reenquadrãdos na forma do corr-espondente a vendmentoã imediatamen-
Administração Pública são Superiores aos das Anexo V. te superior.
Carreiras Fiscalização e Inspeção e a de Apoio § 2~ Os servidores a qüe se refere este ' § 1~' A regulamentação flXârá as regras do
às Atividades Juridicas. artigo que não foram beneficiados ou o foram processo seletfvo, compreendErndo, entre ou-
Da mesma forma constante da Carreira Ad- parcialmente pelo D_ecreto n? 8264, de 7 de tras disposiÇões, a obrigatoriedade de utiliza-
ministração Pública, incluiu-se no projeto de novembro de 1984, serãó reenquadrados na ção de concurso público para ingresso no car-
lei em tela, dispositivos referentes a ascensão, conformidade do Anexo vr, desta lei. go de fnspetof de Saúde.
promoção e progressão nas carreiras supra- § 3~ Nenhuma redução de re-muneração § 2? A Administração reservara _1/3 (um
citadas. poderá resultar da apltcação do disposto neste terço) das vagas fixadas no Edital de Concurso
Consta, ainda, do Projeto disposição no sen- artigo devendo, quando for o Caso, ser assegu- Público para os funcionários a que se refere
tido de que os integrantes da Carreira FISCali- rada ao funcionário a diferença, como vanta- este artigo, os quais terão classificação distinta
gem pessoal. dos demais concorrentes.
zação e lnspeção sejam submetidos a curso
§ 3~ As vagas referidas no Parágrafo ante-
de treinamento logo após a •nomeação. Essa Art. 4o Ficam extintas, a partir do reen-
quadramento de que trata o art. 3~', para os rior que não forem providas s;erão automati-
providência visa a preparar o servidor para
camente destinadas_ aos habilitados no con-
melhor desempenhar suas atividades na Car- servidores da Oirreira Fiscaliiação e Inspeção curso.
reir.a. e Apoio às Atividades Jurídiéas as seguintes § 49 A exigência de posicionamento no
Dessa forma, tenho a honra de encaminhar, gratificações e_ vantagens:
último padrão da Classe Única' do Cargo de
a Vossa Excelência, para os fins pertinentes, I - Gratificação de Prodútividade, criada
Auxiliar da Carreira Apoio às AtWidades Jurídi-
o anexo projeto de: lei. com b objetivo_ de con- pelo Decreto-Lei no 1.544, dé 15 de abril de
cas e da Oasse Especial dos cargos de Fiscal
substanciar as medidas em comento. 1~77:
de Obras, Fiscal de Posturas, Ftseal de Con-
Na oportunidade, renovo a Vossa Excelên- D-Gratificação de Desempenho das Ativi-
cia protestos de estima e distinta considera- dades de Tributação, Arrecadação ou Fiscali- cessões e Permissões e Inspetqr Sanitário, da
ção. -Joaquim Domingos Roriz, Governador Carreira Fiscalização e lnspeçãó, não se aplica,
zação dos Tributos do Distrito Federal, insti-
tuída pelo Decreto-Lei n? 2.107, de 13 de feve- excepcionalmente, à primeira ascensão.
do Distrito FederaL
reiro de 1984; § 5~ Na ascensão de que trata o parágrafo
III- Gratificação instituída pelo Decreto-Lei anterior, que será realizada no prazo de um
PROJETO DE LEI DO DF N• 77. D~ 1989 ano~ a Administração reserVará dois terços das
n 9 2.367, de 5 de novembro Qe 1987;
Altera dispositivos das Leis nrP 39 e 43?-- IV-Gratificação de Atividade Técnico-Ad- . vagas para a clientela interna.
de 6 de setembro de ~989, e de 19 de ministrativa, criada pelo Decreto-Lei n? 2.239, Art: 7? O ocupante do cargo de Auxiliar,
setembro de 1989 e dá outras providên- de 28 de janeiro de 1985, alteradopel~ Decre- da Carreira Apoio às Atividade~ Ju~ljdicas que
cias. to-Lei n9 2.269, de 13 de mar~o de 1985: - alcançar o último_ Padrão da Oasse Única, e
O Senado Federal decreta:
a
V- Gratificação e Nível Superior, criada preencher as cmldições exiQidaS"pára ingresso
Art. 19 A Carreira Fiscalização e mspeção, pelo Decreto-Lei n9 1.544, dé 15.de abril de poderá, meWante ascensão, paSsar para o car-
criada pela Lei n~' 39, de 6 de setembro de 1977; -gõ de AssiStente, em padrão correspondente
Vl- Or;;~.tificaç:8o pelo Desempenho de Ati· a vencimento imediatamente sUperior. ·
1989 e a CarTeira Apoio às Atividades Jurídi-
cas, criada pela Lei n~' 43, de 19 de setembro vidades de Apoio, criada pelo Decreto-Lei n9 Parágrafo único. Na ascensão de que trata
de 1989, ficam reestruturadas na forma cons- 2224, de 9 de janeiro de 1985, alterado pelo este artigo aplicam-se as dispoSições dos pa-
Decreto-Lei n~ 2.367, de 5 de noVembro de rágrafos 1?, 2~' e 39, do artigo anterior.
tante dos AnexosJ e IL _ 1987;
8 9 O-desenvolvimento dos Servidores
Art. 2~ O valor do vencimento de lnspetor VII -Abono mensal, criado pela 1..ei n~ 4, nasArt: Carreiras de que trata esta lei far-se:á atra-
de Saúde da 3~ Classe, Padtão [, que corres- de 28 de dezembro de 1988; -- · -- · ·
vés-de progressão entre padrões e de promo-
ponderá a NCz$ 2. 784,67 (dois mil, setecentos _ VIII- Adiantamento, conc~dido pela Lei n~ ção entre classes, conforme dispuser o regula-
e oitenta e quatro cruzados novos e sessenta 38, de 6 de setembro de 1989. mento.
e sete centavos) seMrá de base para fLXação Art. 5° Respeitado o disposto no artigo 3~. ·
do vaJor do vencimento dos demais integran- poderão _concorrer aos cargoS de que· tratam Art. 99 Os fundonários aposentadoS nos
tes das Carreiras FisCalização e lnspeçãc e as Leis n~ 39, de 6 de setembro dé 1989 cargos integrantes das categorias funcionais
de Apoio às Atividades Jurídiç~s. observados e 43, de 19 de setembro de 1989: constantes dos Anexos li das lleis nO$ 39, de
os índices estabelecid_os na Tabela de Escalo· I - para o cargo de Jnspetor de Saúde, os 6 de s"êtEm1bro de 1989 e 43; de de 19 de
namento Vertical, CõnstailteS do Anexo II[ des- portadores de diploma de curso superior ou setemb!o de 1989, terão seus proVentos reVis-
ta lei. habilitação legal equivalente; tos para inclusão dos direitos e_ vantagens ora
Parágrafo único. O valor dO vencimento- II- para os cargos de nível médio, os porta- concedidos aos servidores em atividade, inclu-
previsto neste artigo será reajustado nas mes- dores de certificado de concluSão de 19 ou sive quanto a posicionamento e denominação.
mas datas e nos mesmos lndices adotados 2?. grau ou habilitação legal eqUivalente, con- Art. 10. Ó disposto no arügb anterior apli-
para os servidores do Distriio Federal, ocor- -forme_ a área de atuaçáo; ca-se à revisão das pensões eSPeciais pagas
ridos a partir de 1 de outubro de 1989.
9
m--=- para o cargo de nivel básico, os porta- à Conta do orçamento do Distrito Federal.
Art. 3? Após a transpOsiÇãO a que :Se refe- dores de comprovante de escolaridade até a
rem a Lei n~' 39, de 6 de setembro de 1989 8~- ~~rie do 19 grau, conforme a área de atua~
Art 11. O Gbverriador do Distrito Federal
e a Lei n~' 43, de 19 de setembro de 1989, ção. baixará os atos necessários à regul~mentação
os servidores integrantes das Carreiras Fiscali- Parágrafo único. Posteriormente à no- desta lei.
zaÇão e lnspeção e Apoio às Atividades Jurídi- meação os integrantes da Carreira Fiscaliza- Art. 12. Esta lei entra em vigor em 1o de
cas serão reenquadrados na forma do Anexo ção e lnspeção serão submetidos a curso de janeiro de 1990.
IV desta lei. __ _ formação profissional, na forma a ser estabe- Art. 13. Revogamwse as disposições em
§ 1ç Os ex-ocupantes das categorias fun- lecida em regulamento. contrário.
cionais de Motorista Oficial, Artífice de Eletricl- Àrt 6~'_ O <?CUpante de cargo de nível mé- Brasília, de de 1989,.101~ da
dade e COmunicações, Artífice de Obras Ovis, dio da Carreira Fiscalização e Inspeção que República e 309 de Brasília
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGREssO N,'\OONAL (Seção 11) Quinta-feira 9 6727

ANEXO I

(Art~ 12, da Lei n~ de de de 1989)

.
DE:NOMINAÇ1i.O I CL.l\SSE
I PADRÃO

I - C~RREI~~ FISCALIZAÇXO E INSPEÇJIO


Especial I a III
INSPETOR DE· SAÚD8
; l• I o VI
(nível supe!:'ior) 2• I a VI
30 I a IV

- 'FISCAL DE OBRAS Especial


1•
I a III
I a IV
-

- FISCAL DE POSTURAS
- FISCAL DE CONCESSÕES E_ P-eRMISSÕES 2• I a IV
- INSftTOR SA..~ITÁRIO
~-
3.L I •·
v
·(nÍvel médio)

II --. CARREIR.~ APOIO As AT;LVIDAD~S JU~ÍDICAS

- ASSISTEl\."''E Especial I a: i:II.


1• I a IV
(nÍ.vel méãio)
2' I o ·IV
3• I a v
- A12xiliar
(n·:lvel básico) única I a V

ANEXO. :II

(Art. 11, da LeL nt de de. de 1S!89)

CLASSES E QUANTIDADE DE Cii.RGOS


DENOMINAÇ~O
ESPECIAL 1• CLASSE 211 CLrl.SSE 3• CLASSE

I - cARREIRA FISCALIZAÇ~O E INSPEÇliO


OB
- Inspetor de Saúde 20 24
- 28

~ Fiscal de Obras 34 BS 102 121

- Fiscal ãe Posturas lO 76 91 108

- Fiscal:, de Concessões e Permissões 30 75 90· 105

- Inspetor Sanitário 15 37 45 53

II - CARREIRA AFOIO As ATIVIDADES JURÍDICAS


- Assistente 25 46 70 94
·11.

- Au:ciliar tlnica
90
6728 Quinta-feira 9 DIÁR!b DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Novembro de 1989

ANEXO III
{Art. 22 , da Lei n! de de de l989)
TABELA DE ESêliLONAMEN"l'O VERTICAL

j CLASSE PADR,;O Í~"DICE


C AR GO

I.-· CARREIR~ FISC<ILIZAÇliO E IIISPÉÇJIO


III 220
l) INSPETOR DE SACDE Es.pec:ial .II 215
I 210

VI l95
v 190
IV 185
l• III 180
II- 175
I

\
VI 155
:"'f:o;gm·. v 150


jlõ9oz 1 IV 145
! :Z O 0 I 2' III l<O
f i-"l2.:nr II -
135_
i
I NC ·10
: :- g,.: I 130
I fr'l" "'/

·~ev
---·- IV n_s
!WÇ
III 1::.0
~!.,:;,= - ·-
3• II !CS
---- I I lCO

do lSB9)

c A R G o CLASSE' PADRXO

III
I f NDI CE

2) FISCAL DE OBRAS !30


'ES?e~.;.a~ II 125
3) FISCAL DE POSTURAS
'I 120
4) FISCAL nE CONCESSÕES E PEaMISSÕES
S) INS?ET03. SANITÁR:IO
IV 110
.

l•
III lOS
I I - C~i!A APOIO ÃS ·ATIVIDADES JURÍDICAS II
..
100
l ) ASSISTENTE l ~5
.
IV 85
I:I 80
2'
II 75
l 70
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Secâo H) Quinta-feira 9 6729

~. llo llo 196~)

I c A lt G o

I
CI.ASSE PAD

v
axo
l :fNDlCl!:

60
ss
,. :tV
rzr 50
I! 45
r 40

v -:s

l
IV -:o
2) A~..aL!A?. ~nie.a 35
--- III
30
II
I 25
.
I

ANEXO IV
(Art. 3•. cla Lei n"' de de

SITUAÇ~O A~'TERIOR - t;.ei n• 39/89 SITUAÇlO ATUAL

CARGO CLASSE PADRJ!i.O PADR~O CLASSE CrlR.GO

VI VI
v v
1• IV rv 11
III III:
II II
I I

VI VI
v v
21 IV IV 21
INSPETOR DE SAtlDE D:SPETOR. oi: Si\tlDE
III I~I

II II
r I
IV :tV
3• UI III 31
II II
I I
6730 Quinta-féira 9 DIÁRIO DO CONGREsSO NAOONAL (Seçao U) Novembro de-1989

ÃN!:xo IV
(Art. 311, Cla Lei. nll do de de 1969

SI!UAÇXO ANTE~IOR - Lei n2 39/89 SI'!'UÁÇ.\0 NOVA

CARGO CLASSE PÁDRXO PADRÃO CLASSE

IV IV
III III
l• 11
II II
Fl:SCAL DE OB~S· I I ;F':ISCAL DE· OllRAS

FISCAL DE POSTURAS. IV IV FISCAL DE POSTURAS


III UI
F IS CAL DE CONCESS!lES 21 Ir II 2• FISCAL DE CONCESSÕES
I I
INS?ETOR SA~ITáRIO INSPETOR SANITÁRIO
III v
3• II IV 3•
I J:II
II
I
-
ANEXO IV

da Lei n!!: de de de 1269


(Art. 32

SITUAÇXO ANTERIOR - Lei n2 4.3/89 SITUÃ.ÇXO NOVA

C::.\RGO I .-
cr.ill.:=s-
~
?ADRÃO C:.ASSE CARGO

!_!! IV"
EspeCial II III l•
I II
I
IV IV
III_ III
1) ASSISI'EN'l'E B 2• ASS:rSTENTE
II II
I r

v v
IV IV
A III I!I J•
II I~
I I

lrspecial
B
I •
III
I a III
I IV
v
2) AUXILIAR AUXILIAR
A I • III III 1Ínica
II
I I I
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) QuintaCfeira·g 6731

(Art . 31 I 11 . da L1!1 n•
•• ... do 1989 )

SITUJ.ç};:O AN1l:RIOR - LEI N' 5 .. 920. SITUAÇÃO NOVA

CATEGORIA FUNCIONAL RElERtNc.IA. PAD'RAO CLASSE C ARCO

MOTORISTA OFICIAL "


31
IV
III ,.
30 II
I
ARTfFICE DE ELETRICIDADE E COMUNICAÇÕES "
ARTÍFICE: DE OBRAS CIVIS

IJtTÍFICE DE: CtRPIN'l'ARIA E MARC~IA


••
23


28
25
IV
III
2' /.SSISTENTE
20
• 22 II

ARTÍFICE DE MANUTENÇÃO E lU:STAtmAÇÃO DE


17 • 19 I

vdcuLOS
15 • 16 v
ARTÍFICE DE KtCÃNlCA l2
• 14 IV
09 • 11 III
••
os • oa II
: 0.;:-~ -- 01 • 04 I

S!'rtlA(;XO IJI'T~IOR 1:i1 liA} I ~I'rtU.CÃO NOVA

,.,. .. lU 5.9l!O,
"n I Clútru':!l>.AS I'I~.;~~~g~ .E,~~SP~XO
'"
R..~~ I PADRJI:O CU.SSF.

m tSrtCU,L
"
" ". "
INSPE7011
" "'"" "' ESPECIAL
E~PtCIAI.
II'ISPE~Il IIE SA~D!:

m
""
" ."
:!:Sl'!:CIAL
CA'l'ECOIIIAS IVNCIO/fAJ::!' D!: .
·" ESP.E!::IAL riSCJ.t. DE OB!Wi!
!d•n:t. ~.toto
ltEfER!/ICl'Á FINAL
' ESPECIAL
F!S•CAL DE PCIS:!'O!V.:I:

FISCAL DE CON~ES$0:~ E PERMI:S· :


.1!!1-32

.
S!!ts
IlfSPE.tOil :!ANI'!'.IJ!IO
" " '
.
ESPl!:CIAL

,.
ASSISTEHTE
!U:FEili'CIA FI~Al.
t."M·lO
" " "' AUXIL!AII

.. i
(À ComisSão do Distrito- Federal,) A solicitação que ora encaminho a essa Câ- E de se r_essa_ltar a falta de _instala_ções ade-
mar.a Alta tem por objetivo dotar o Arquivo quadas para o ArCi~i~OPIJbiico e que, em râ.zão
MENSAGEM N•l17, DE 1989 Público do Distrito Federal das condições físi- de ser ele um órgãv desti!"l--ã-ÓO _ a consultas
(N•l07/89, na origem) cas indispensáveis a seu funcionamento, des- e pesquisas, interessa à comunidade sua loca-
Brasília, 8 de novembro de 1989 tacando ser de sua competência, recolher, lização num ponto central e de fácil acesso,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Sena- preservar e garantir Proteção especial a docu- como o pretendido._____ _
do Federal, mentos arquivísticos, considerados de valor Contando com a sempre valiosa colabo- _
Encaminho a Vossa Excelência a propo- permanente, produzidos--e- acumulados pela ração de Vossa Excelência e de seus dignos
sição apensa, na forma de anteprojeto de lei, Administração Direta, lndireta e Fundações do pares, uso do en$ejo para renovar-lhe os pro-
relacionada com a definição de área para ediff- Distrito Federal. Tais docunlentó-s, uma vez testos do meu mais elevado respeito. - Joa-
cação do Arquivo Público do Distrito Federal, preservados, serão elementos de prova e ins- quim Domingos Roriz. Governador do Distrito
solicitando que a matéria seja apreciada pelo trumentos de apoio ao planejamento, à admi- Federal. _ __
Pleriário desta distinta Casa Legislativa, de nistração, à cultura, à história e ao desenvol- PROJETO DE LEl DO DF ~~ 78, DE 1989_
acordo com o estabelecido no § 1~. do artigo vimento científiC_Q e-tecnológico. c:onsultando Autoriza a desafetaçiio do domínio de
16, das Disposições Corislitli$:16l1áiS Transi- aos rnleresseS do Governo e, conseqüente- bem de uso comum do povo, dentro dos
t6ria.s. mente, da comurlídade. limites territoriais do Distrito Fedefal.
6732 Quinta-feira 9 DiÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

O Sen;;Ido Federal decreta: ''Art, 5• ·--------·---........ testemunhal, a denúncia deverá conter


Art. j9 Fica autorizada a desafeiação do O rol das testemunhas. em número de
domínio do bem de Uso_ comum do povo,
da área situada no·canteiro do Eixo Monu·
xo·=.-a,ei P~nirá q~ai~Y~-di;;;ri;;;~ cinco, no mínimo."
nação atentatória dos direitos e liberda-
mental, no Trecho da Estrada Parque Indústria des fundamentais." De plano, verífica·se que a petição não tem
e Abaste<:imento/Cruzefro, na Região Adminis- a firina reconhecida, formalidade essencial ao
Na parte conclusiva da petição vem descrito regular processamento do feito. Seria esta ra-
trativa de Brasília - RA I, localizada dentro o comportamento tido por ilícito:
do espaço territorial do Distrito Federal. zão suficiente para o indeferimento liminar da
Art. 2 9 A desafetação a que se·- refere o "A próxima eleição de 15- de novembro matéria.
artigo anterior tem- como objetivo a constru- ·próximo, sem a participação de Presiden- Existe entretanto falh.3 mais grave. Como
ção do Arquivo Público do Distrito Federal, tes Monarquistas, dará diploma de imb~ já salientado, o autqr fundamenta o seu pleito
a teor do Decreto n~ 11.946, de 1<:> de nevem· cil _ao eleitor que comparecer às umas. no inciso XLI do artigo :P da Çonstituição que
bro de 1989, do Governador do Distrito Fede- A eleição de p~sidente republicano presi- expressamente remete para a legislação ordi-
ral, que homologou a Decisão n9 13/HB, do dencialista, sem esclarecer o eleitor sobre nária a tipificação 'dos ates discriminatórios
Conselho de Arquitetura, Urbanismo e Meio as conseqüências sobre o plebiscito de _ ou atentatórios "dos direitos e liberdades fun-
Ambiente do Distrito Federal 93, acarretará, sem sombra de dúvida, damentais".
Art. 3 9 Esta lei entra em vigor na data de --Nulidade de Pleno Direito, das próximas Na conformidade do artigo 41 do Código
sua publicação. -eleições. Se existem apenas candidatos de Processo Penal, aplicável ao caso em virtu-
Art. 4~ Revogam-se as disposições em presidencialistas Republicanos no páreo, de da disposição contida no artigo 73 da Lei
contrário. _está configurada a discriminação cOm o no 1.079/50, a denóncia deve conter, além da
Brasilia, de de 1989; I OI• da indeferimento de uma candidatura Mo- exposição do fato criminoso, "a classificação
República e 3Qo de Brasilia. narquista, como é o caso do denunciante, do crime'", Caberia assim ao denunciante qua-
devendo os ministros acusados serem lificar e enquadrar sua pretensão numa das
(À Comissão do Distrito Federal.) hipóteses expressamente previstas no artigo
processados e jUlgados por este grave
Crime contra a cidadania e contra o des- 39 da citada lei que define os crimes de res--
Parecer tino da Nação. A disputa. entre um Presi- ponsabllldade e não fazer genérica alusão a
dente Presidencialista Republicano e um um dispositivo cofistitucional ainda carente de
PARECER 1'1• 305, DE 1989 regulamentação.
Presidente Monarquista Parlamentar ser-
Da Comissão Especial constítufda nas -virá para esclarecer o eleitorado sobre o Segundo expressamente prevê o inciso XX-
termos dos artigos 44 da Lei n? 1.079, sistema de governo e forma de estado XIX do artigo 59 da Constituição:
de JOdeabriJde 1950, 380doRegimento que melhor se adaptam à realidade brasi- "não há crime sem lei anterior que _o
!ntemo para apreciar a denúncia por cri~ leira, de acordo com o -rnodelo de fls. defma, nem pena sem prévia comfnação
mede responsabilü:Jade oferedda pelo Sr._ 10_, desta denúncia." legal."
HercDio RicaJte contra os Presidentes do
Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Uda a matéria na sessão do dia 20 de oUtu- A toda evidência, estamos em face de uni
Superior Eleitoral bro do corrente ano, foi constituída a presente caso onde o libelo é manifestamente inepto
Comissão Especial nos termos previstos nos porquanto o fato narrado não está definldo
Relator: Senador J.VL1son Martins artigos 44 da Lei no 1.079, de 10 de abril de em fei como configurando crime de responsa-
O Sr. Herdlio Ricarte formulou denúncia 1950, e 380 do Regimento Interno. bilidade.
por crime de responsabilidade contra os Presi- Preliminarmente, cumpre esciarecer que ao Pelo exposto, e considerando as disposi-
dentes do Supremo TribUnã!'Federãl e do Tri- Senado Federal, na conformidade do inciso ções contidas nos artigos 43 do Código do
bunal Superior EJeitoral alepando que: II do artigo 52 da Constituição, cabe processar, Processo Penal e 45 da Lei n9 1.079/50, opina-
"O Dr. José Francisco Rezek indeferiu por crime de responsabilidade, os Ministros mos no senido de que não seja a denúncia
o pedido de registro da candidatura do do Supremo Tribunal Federal, o Procurador- objeto de deliberação por absoluta falta dos
denunciante e o Dr. José Neri da Silveira Ge,ral da República e o Advogado~Geral da requisitos essenciais, devendo a matéria ser
não decidiu em tempo _hábil o Recurso União, sendo o texto omisso quanto aos mem- arquivada.
Extraordinário e a Ação Direta de Incons- bros do Tribunal Superior .Eleitoral. A lei tutelar Sala das Comissões, 6 de nõVembfo âe
titucionalidade, acarretando a náo partici- dos delitos funcionais, em seu artigo 41, tam- 1989~-J!Jrbas Passarinho, Presjdente- Wff-
pação do candidato denunciante na cam- pouco confere poderes à Câmara Alta para son Martins, Relator - Alexandre Costa -
panha eleitora1, principaJmente no horário processar· os magistrados integrantes da Alta Louremberg Nunes Rocha -Maurício Corréa
gratuito e como figurante da cédula elei- Corte Eleitoral. Assim sel)do, no tocante ao - O"d Sabóia de Carvalho - Chagas Rodn"-
toral." · Ministro José Francisco Rezek, considerando gues- Divaldo Suruagy- Mauro Benevídes.
Alnda segundo o autor da peça vesti- que os atas a ele imputados foram praticados
bular: como· Presidente do TSE, não está a Câmara O SR. PRESIDENTE (rram Saraiva) -Do
"Os dois Ministros denunciados trans- Alta sequer habilitada a conhecer do pedido. Expediente lido, constam os Projetes de Lei
grediram propositadamente o art. 2~ do Deveria a pretensão ter sido encaminhada ao do DF nQ 77 e 78, de 1989, que nos termOs
Ato das Disposições Transitórias, impe- STF por força do previsto no artigo 102, inciso da Resolução no 157, de 1988, serão despa-
dindo a campanha presidencial do candi- I, alínea "c" da Constituição. chados ~!!"Comi:ásão do Distrito Federal, onde
data denunciante, defensor da Monarquia Conquanto a lei assegura a qualquer cida- poderão receber emendas, após sua publica-
Con-stituCional Parlamentar. A nova estru- dão o direito de denunciar autoridades por ção e distribuição em avulsos, pelo prazo de
tura do poder prevê a coroação do Prín- crime de responsabilidade, existem certos cinco dias úteis.
cipe Dom Pedro de Orleans e Bragança. }:>ress_upostos a serem observados. Dispõe o
artigo 43 da Lei n" 1.079150:
O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - O
legítimo herdeiro do trono bfasileiro, re- Expediente lido vai à publicação;_ (Pausa)
cebendo o título de D. Pedro lll, passando "Art. 43. A denúncia, assinada pelo Sobre a mesa, comunicações que serão li-
a ocupar o cargo de Chefe de Estado denunciante com a firma reconhecida, das pelo Sr. 1° Secretário.
Permanente da_ Federação Imperial do deve ser acompanhada dos documentos São lfdos os .seguintes
Brasil." --que a comprovem ou da declaração de
impossibilidade de apresentá-los, com a Brasilia-DF, 8 de novembro de 1989.
A denúncia fundamenta-se na suposta vio- Senhor Presidente,
lação do inciso XLI do artigo 5o da Consti- indicação do local onde possam ser en-
De acordo com o disposto no§ 2~. do Art -
tuição, verbis: -- contrados. No~ 0mes de qoe haja prova
79, do Regimento Interno do Senado Federal,
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Secão lll QUinta-feira 9 6733

comunic:o a Vossa Excelência que filiei~me ao e o outro com sede em Cascavel. Ficamos, !;$ses Ministros, hoje em julgmento -- e
Partido Democrático Trabalhista- PDT, pas- assim, com trêS tribunais de alçada. Segura- eu da Comissão_ participei -, nos causararii
sando a integrar a bancada desta agremiação mente, o de Londrina haverá de ser instalado PO?itiva impres_são, todos eles dispõe de uma
na Casa. em primeiro lugar, fato que nos ensejará uma vida ilibada e de razoável conhecimento para
Nesta oportunidade, renovo a Vossa Exce- grande experiência de regionalização de tribu- integrar esses tribun_ais..
lência as expressões de minha elevada estima nais a níVel de segundo grau. Como o TST está desfalcado de dez Minis-
e consideração. - Senador Iram Saraiva, tros, faço apelo a todos os senadores, inclusive
No Brasil, a única experiência que temos
Brasilia, 7 de novembro de 1989 é em_ Campiné_l:S, com o Séngundo Tribunal aos que estão em Gabinetes e ~omis.sões,
Regional do Trabalho. Em breve, também, ha- que venham a Plenário para que tenham-os
Senhor Presidente, número suficiente e aprovemos _esses nomes
Considerando a grave e deliçada situação verei de apresentar projeto, aqui, criando em
Lol)drina o Sengundo Tribunal do Trabalho. hoje, sem o que a Justiça do Trabalho, assp-
política e econômica hoje existerite na Amé~ berbada, continuará a ter dificuldades maiores
rica Central, e objetivando obter um relato pre- E uma região que congloba diversas comar- _no julgamento de inúmeros processos. Há Ria·
ciso sobre os_ problemas que afligem estes cas e diverso.s_Municípios e, sornente dessa tor~s que estão _com volu_méS tãO grande de
Países, a CoiniSSào de Relações Exteriores e forma, com~ descentralização efe_tiva, nós tor- serviço que não podem: atender a outros recla-
Defesa Nacional decidiu enviar um de seus naremos ma1s breve e mais rápida a Justiça. mos, razoavelmente, como era do desejo des-
membros - Senador Irapuan Costa Júnior E a criação do Segundo Tribunal de Alçada ta Casa.
- àquela região tão afetada pelos últimos em Londrina, Sr. Presidente, ensejou que o _Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Senado-
acontecimentos. Paran~. dand9 cumprimento à COnstituiçã(), res. (Muito bem!)
Esclareço ainda a Y.. EX< que- a -via-gem do _!1()_g~e diz respeito a;_esse ~pírlto descentra- O SR- PRESIDE!'!TÉ (Iram Saraiva) -
ienador lrapuan Costa Jüõ.lor não acarretará lizador, também se preocupasse, hoje, com Concedo a palavra aO nobre Senador Ronan
ônus para o Senado Federal.-- - --- a criação do Tribunal Regional Federal, que Tito.
Sem mais renovo a V. EX' protesto de consi- hoje está_ sediado em Porto Alegre.
O SR. ROI'!Al'l nTO (PMDB- MG. Pro-
deração e apreço. .,:::_ ~ _ _ -Como se s~e. mesmo com essa descentra- nunda o _seguinte discurso. Sem revisão do
Atenciosamente. - Senador João Lobo, lização realizada e a·criação de CiÍ'lcoTnbunais orador.)-Sr. Presidente_. ~rs. Senadores, nes-
Presidente. Regionais Federais, nem por isso a Região te instante de breve_ recesso e de cantata com
O SR. PRESIDENTE (Iram Saraiva) - O Sul ·do País ficôu- safisfatoriame"ate ateridida as bases, principalmente neste momento ex- _
expediente lido vai à publicação. em seus iriteresses JUâidárioS. Tanto é ãSSim traordinário das eleições presidenciais,_ do
Há oradores inscritos. -que,hoje, as necessidades de_serviç-o reco- PMDB, antes MDB, nós temos uma alegria
ConCedo a palavra ao nobre Senador Leite mendam tenhamos um Tribunal Regional Fe- muito particular porque resistimos à ditadura
Chaves._ deral "eilf_CLiiltiba, com competência sobre os para, justamente, implantar a democracia. E
OSR.LEITECHAVES(PMDB-PRPro- EsUfdos do Paraná e de Mato Grosso do Sul. nada na democracia é mais importante do
nunda o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Com isso, Mato Grosso do Sul sairá de São que eleições livres. _ __ _ -·-
Srs. Senadores, um dos pontos· que mere- Paulo, se já nã~ saiu, mesmo porque São Pau- Devo dizer, Sr. Pr~idente, que, embora~
ceram maior atenção do Congresso durante lo sozinho reclama mais do que uma unidade pesquisas não registrem uma boa performan-
a sua função Constituinte, foi o Poder Judi- nesse sentido. Brevemente, estarei encami- ce do meu candidatO, tenho andado pelo meu
ciário. nhando à Casa projeto nesse sentido. Valho- Estado inteiro, e sinto-me oigulhoso pelo cli-
Integrei a respectiva Subcomissão fazendo me da oportunidade para dar conhecimento l)'la de liberdade que respiramos por todo lado.
longo levantamento a respeito no País. Procu- à Casa de que é ele_oportuno e necessário. E verdade que p-or parte de um ou dois Parti-
ramos dotá-lo de condições que tomassem Chamo também, ao mesmo tempo, a atenção dos eminentemente faScistas, ei"nbora quei-
possível wna Justiça eficiente, célere e econó- para a nossa Ordem do Dia de hoje, quando ram parecer de esquerda, existe alguma intole- _
mica no País. Mantivemos audiências com Mi- haveremos __ de examinar a indicaçãQde _dez rância. Penso, Sr. Presidente, que temos que
nistros do STF e dos Tribunais SuperioreS e Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, recordar, nós, que ficamos 30 anos abstinen-
ainda com Jufzes das diversas Instâncias e alguns Oassistas, representantes dos empre- tes de democracia e de- eleições para Presi-
membros do Ministério Público. Fizeinõs Um gados e dos empregadores, e outros_ ·de car- dente da República, que democracia éi, princi-
levantamento completo sobre a Justiça do reira, vindos do _Judiciário, do Minsitérlo Públi· palmente, o respeito pela idéia dos outros. Fo-
Trabalho, convindo, ainda, que, esta, eritre to- co eAo quadro de Advogados. Também um ra ós pequenos casos desses, a democracia
das, é a maf.s eficiente, a mei1os morosa no - Ministro do Superior Tribunal J'1ilitar. está marchando, Sr. Pr~idente, apesar de tu-
julgamento e ordenamento dos·processos. Esses exanies, Sr. Presidente, têm sido ;,ui- do, apesar da economia, apesar até de alguns
O Supremo Tnbunal Federal ficciu um ór- to proveitosos -- não tenho dú_vi_d_a_ - paia c:asuísmos prdpordoriados pela legislação
gão misto, não havendo consenso em qu"' o Congresso e_pa~~ a maior qualificação-da _permissiva, cuja responsabilidade nós, -do
se tomasse, como era de nosso desejo, uma . Justiça. Antigamente, examinávamos a indica- PMDB, não assumimos. Fize!mo.S::Ui'ria bOa !e- "
Corte COnstitucional exdusi'ia. Isto tem redun- ção dos ministros dos tribunaiS superiores gíslaçã_o, inic!almente elaborada pela Cãrriara,
dado em dificuldades de estabeledmento de sem, entretanto, fazer qualquer indagação. qUe foi revista pelo Senado Federal. Foi no-
competência entre o Supremo e o Tribililal Nós nada perquiríamos, porque"- aChávamos meado Relator o eminente Seriaaor José FO-
Superior de Justiça, o que esperamos seja que um homem indicado para o Tribunal Su- gaça, que feZ.Urn belo trabalho, a matéria retor-
resolvido através de leis ordinárias e, sobre- perior tivesse, como pressuposto, competên- nou _à Câmara, foi ·novamente revisada, fel à
tudo, de ordenações internas- entre aquelas cia. E não tinha sentido que nós, de Outro Presidência da República e, aí, õ6s tivemos
duas Casas. mu_ndo, de outro setor, tivéssemos que exami- um veto que o PMDB se empenhou em deiru-
O Estado do Paraná, Sr. Pr_e_sidEID.te, inspi- nar ·acerca de seus conhecimentos técnicos. Pat. No entanto, infelizménte não pode contar
rou-se na nova Constituição, no tocante à Jus- Mas a Constituição_ estabelece_u, _!?)_ dualidade, com o apoto de _alguris.Partidos, como o PSQ6
tiça, para tomá-Ia efetivamente descentraliza- que não somente h0Uve5_se ·a éxaine, a saba· -falo P-SDB porque tenho- Um carihho todã
da. O_ espírito da Constituição Esta_d_uaJ foi o tirúi, mãs que essas sabãtinas fOssem públicas. - especial pareie; saíram dél "costela" do PMDB
de tomar a Justiça mais próxima dOS necessi- E já notei que o princípio tem sido muito salu- - 0 PT, O PDT e o PRN,_que chegou a dizer
tados, dos seus usuários. Não apenas uma tar. MultaS pessoas que, no passado, ousavam que era um c_asuismo tremendo, e agora o
.descentralização reguJamentar, mas uma des- integrar tribunais de-sSe nível, hoje, recuam an· próprio candidato do PRN es~ -esperneando.
centralização materiaL . te a· pos~ibilidade de serem perquiridos em Assomei a tribuna, Sr. Presidente, inclusive
A Constituição do Estado do Paraná, recen- sua competência e examinados em_ sua vida para fazer um registro desagradável.
temente promulgada, criou dois tribunais de pregressa. Isso já causa uma positiva situação Soube CJue, Ontem-, o candiQato do PRN a
alçada no Estado: um, com sede em Londrina, para a Justiça brasileira. Presidente da República citou o_ meu nome.
6734 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOOI'jfol (Seçáo H) Novembro de 1989

Não me agradou, não gostei, não! Não temos por ter sido tão generoso com os funcionários esse setor, mais do que devia, pela sua condi-
nenhuma afmidade poütica. Citou, inclusive, do Banco do Brasil .. ção de empresário.
que eu teria pedido, aqui, uma CPI contra o Ora, peJO -amÕr-de Peusl O grande erro O SR. RONAN mo - Agradeço a V.
Sr. Sllvio Santos. Não é verdade! O que pedi deste País, Sr. Presidente, é o do baixo salário, EX' esse testemunho, que para mim é suma-
foi uma verificação sobre o que aconte<::e no de pessoas ganharem pouco, miseravelmen- mente honroso e reafirmador da minha posi-
dito "Baú da Felicidade", que chamei -conti- te. Não criaremos mercado interno neste País ção. E V. Ex!', quando fa1ou, na Vice-Uderança,
nuo chamando- de "o golp'"e do baú". Man- enquanto não tivermos uma distribuição de o fez com autoridade de Uder. De maneira
dei pedir, primeiro, os documentos no Minis- renda Via salário. Sr. Pi-esidente, não adianta que tinha V. Ex" toda a autoridade para analisar
tério da Fazenda para verifl~car da legalidade, Criai cestas, distriblJir leite, Oão é por ai. Temos e dar a sua aprovação, o seu aplauso ao Rela-
e fiquei estupefato, porque· é considerado le- um mercado interno incipiente, embora seja- tor Almir Pazzianotto. ·
gal; o ."golpe do baú" é legal .. Ora, um pafs mos o oitavo mercado interno bruto do mun- Sr. Presidente, as coisas no Brasil, ultima-
em que o Executivo patrocina "loteca'', "bi- do.-Mas poderemos chegar ao fun do Século mente, estão acontecendo da seguinte ma-
choteca", "sena", não sei mais o quê, é claro sendo a quinta potência mundial, sem dúvida neira: determinado jornal fala de uma notícia,
que também não pode proibir os assaltos do alguma, isto com extr~polações fáceis, se aí outro jornal repete em cima daquela notícia
tipo de "leilão da sorte". "Sorte" entre aspas, criarmos um mercado interno, via dístribuição e, baseado na segunda notícia, a coisa vira
porque a sorte é sempre de quem empreende. de renda, via salário. Não seria eu, então, (Jue dogma, e se diz: mas o jornal tal e o_jomal
Ele joga sempre com a sorte. E todo mundo iria admoestar o Ministro. Veja, que autoridade tal, publicarãm.
que investe, investe no azar. E, no 'caSo do - tenho pàrã estar chamando a atenção de al- Pois bem, o que aconteceu, desta vez, foi
"golpe do baú", eu denunciava inclusive o fato, gum Minístro? .E:: esse caso, principalmente, a mesma coisa: o jornal dos acionistas minori-
porque atinge uma camada que tem menos que entendo que s.- e;x. agiu corretamente. tários do Banc_o do Brasil repetiu a notícia .
resistência no seu consciente, no seu subs- São cálç'ulos matemátiCos. Na virada, indu- equivocada veiculada pelo_ Jornal do Brasil.
oonsdente e no seu imaginário. Por Isso mes- sive, do Plano dito vef%o, houve a grande, per- E agora já estou recebendo, por parte do B~il
mo, aquela empresa ultiliza profiSSionais da da de salário de todos os assa1ariados. Agora, inteiro, telefonemas: mas como? O Senador .
área da comunicação, estudando o imaginá- se um juiz teve a coregem de dar esse salário foi sempre a favor de que os funcionários,
rio, o consciente e o subsconsciente da pes- aos funcionários do BancO do Brasü, hosana! os trabalhadores _ganhassem bem? Então. es-
soa, bombardeando principalmente os nossos Aleluia! J:: motivO de alegria. tou fazendo este pronunciamento para reco-
irmãos, as nossas irmãs lavadeiras, as nossas Sr. Presidente, tenho uma certa trajetória locar as coisas nos lugares.
Irmãs doméstica5, os nossos irmãos de salário polítiCa e nunca, nessã minha trajetória políti- E ainda mais, Sr.. Presidente: neste momen-
mínimo, a quem o Brasil negou' o cUreito à ca, deixei de defender o direito do trabalhador to estamos vivendo um problema angustiante,
educação, que não têm resistência para os a um salário justo. Está escrito, inclusive, na nós do campo da agricultura. V. Ex_l' e todos
apelos muito bem estudados pelos técnicos Bíblia, o trabalhad_or, o operário é digno do os Senadores são testemunhas de que realiza-
da comunicação. seu salário. mos _uma sessão extraordinária numa sexta-
Então, eu queria clarear este ponto: não pedi O Sr. Leite Chaves - Permite-me V. & feira para aprovar um projeto, oriundo da Câ-
CPI para o candidato do PMB; o que pedi foi um aparte, nobre Senador Ronan Tito? mara, de emiS6âo de títulos para que o Banco
a verifica~âo do "golpe do baú", que é chama-
do de "Baú da Felicidade", que faz a felicidade
o SR. RoNAN-mo~ Pai~ -não, nobre do Brasil pudesse se compensar do mesmo
prejuÍio que os fuilcionários tiveram na virada
Senador Leite Chaves.
dos seus proprietários e a infelicidade de mi- do Plano Verão. Aprovamos o plano. No entan·
lhares e rnühares de empregadas domésticas. O Sr. Leite Chavês - Somos testemu- to, enexplicavelmente, está esse projeto pen-
Outra coisa em que preciso colocar reparo, nhas de que V. Ex' tem um empenho "muito dente de sanção no Paládo. Quero aproveitar
Sr. Presidente: outro dia, até brinquei aqui, pla- destacado nesse particular. Aliás, sendo em- também este momento e apelar para o Senhor
giando o escritor mineiro que disse,_certa vez, pregador, V. Ex~ é muito mais sensível aos Presidente da República no sentido de que
que levantava mais cedo para ver o que os empregados do que mesmo aos interesses o sancione. EJe está dentro da lei. O prazo
jornais teriam publicado que ele disse que não de sua classe. Aliás, tive, aqui, oportunidade vai até o dia 22. O que não tem prazo i!té
havia dito. Há coisas que os jornais disseram de fazer um longo discurso em defesa do Tri· o dia 22 é a ~ricultura, a chuva; São Pedro
que eu disse, e eu não disse. Muitas coisas bunal Superior do Trabalho e, sobretudo, do não entra na programação do Congresso Na-
são ditas por aí e a gente vai passando ao Ministro Almir Pazzianotto. Falei, naquela hora, . cio na! nem na legalidade dos prazos.
largo, mas existem algumas colsas de funda- como Vice·Uder de V. Ex", usando o tempo Por isso mesmo, Sr. Presjdente, eu também,
mental importância. Uma delas é a questão da Uderança para produzir aquela defesa. Li neste momento, faço um apelo ao Senhor
de dizer que tive uma discussão - até aí é grande parte do relatório, aliás, muito judlcio- Presidente da Repúblfca para que sancione
verdade - com o .Ministro Pazzianotto, na 1V so, muito amplo e especifico. Mostrávamos esse projeto que dá direito ao Banco do Brasil
Manchete tive uma discussão, e vou narrá-Ia. que a questão, a1i, não era... a emitir títulos para cobdr ac:juela defasagem,
E temos intimidade e amizade para essa dis- . O SR- ROI'ÍAN TITO - É primoroso o
e possa fazer os empréstimos à agricultura,
cussão. S. Ex" foi Secretário -do Trabalho do relatório. - - já tardios, mas que podem ainda cobrir uma
Governo Mont6ro quando eu fui SecretáriÕ lacUna enorme, diminuindo o mal que já foi
do Trabalho do Governo Tati:ciedo Neves, e o sr: LeJte Chavés - ...sequer jurídica. - causado. Há muitas terras aradas e nós não
mantivemos, a partir daí, um relacionamento No final, a condenação era o resultado da apli- vamos receber sementes e adubos, por faha
intenso e amistoso, e temos identidades de caçãO de índices. V. Ex~ sabe que as decisões de recursos.
pensamento. do Tribunal são difíceis, não pode haver gra- O-Sr. Gomes CaJvalho- Senador Ranan
Quando S. Ex-s Prolatou aquela sentença, ciosidade. Aliás, é muito fácil decidir em favor Tito, permite-me V. Ex" um aparte?
dando reajuste de 152% aos funciontlrios do de Patrões, porque as manchetes dos jamais
Banco do Brasil, me cobrou: "quero saber qual favore_cem Ministros. Duro e dífiçil é ser a favor O SR. RONAN 11TO - Cóm multO pl'a·
é o apoio que terei do Congresso", eu não de empregados. AJi, nã_o houve favorecimento zer, çuço V. Ex'
gostei da provocação. Falei! "o Congresso algum, foi apenas a aplicação de uma equação O Sr. Gomes Canral_bo- Nobre Senador
nunca faltou ao trabalhador brasileiro: o que matemática, como mostramos. De forma que Ronan Tito, estou ouvindo com muita atenção
tem faltado ao trabalhador brasileiro é o Judi- V._~ tem todo a direita em ser reconhecido o pronunciamento de V. Ex~. que costuma ser
ciário, e V. Ex' não tem o direito de me fazer quando toma esse posicionamento. Jamais brilhante, como sempre, em todas as interven-
esta cobrança". vi, de sua parte, em rela_ção _ao~ fllncion~o~ _ ções que faz neste plenário. V. Ex? trata neste
Essa foi a resposta que dei ao Ministro Almir do_6_anco do Brasil ou a quaiquer outros, res- momento, entre vários temas, de um que re-
Pazzianotto. Disseiãiri que eu disse o que eu d'ição de comporta~ento; pelo contrário, V. puto da maior importância; é quando V. ~
não disse, de que estaria bravo com S. EX' ~ tem sido um líder até muito sensível a se· refere à distibJJiçã_q 9e renda, no _País, vi~
Novembro de 1989 .. DIÁRIO DO CONGBE5SO NACIONAL (Seção ll) Quinta-feira 9 6735

sa1ários. Hoje estou muito à vontade para falar - e começou:-~'conte--me. ~.!!lO éj! ~)?ida." temós que ter, também, o conhecimento da
disso, n~ con~ição de .empreário há mais de - "A minha vida é um inferno, o que ganho Q~sa Hrnit:a_ç_ãq... .,.----··- .. . _ ~ __ _
30 anos, mas a democracia começa: dentro não ·dá para me sustentar, a minha famma Mas, Sr. Presidente, nesta minha arenga,
das próprias empresas. Não podemos ficar não vai bem, estou trabalhando aqui, mas a que já vai um pouco longa, e_u queria deixar
s6 no _dtscarso, que diz: "precisamos promo- minha cabeça está lá em casa". e1e_anotou o final para_ me congratul~r com o Plenário
ver a distribuição de renda", ''precisamos res- tu,do e chamou o outro, que disse: "Não, é da Casa. Hoje, temos de volta 9~~osso Colega
gatar a justiça social". O avanço social só se aqUele _cachorro ..." - "Não é nada disso. Con- Senador Carlos Patrotfnio. Ficamos aqui um
dá através do econômico, mas é preciso que te-me como é a_ sua vida." E ~le começou pouco apreensivos. Confiamos nos- médicos
o econômico 'entenda que, nas empresas, o a contar: "É_ a vida..." Se lessemos isso, hoj_e, do Santa Lúcia, cofiamos_ na juventUde de
maior patrimônio que temos, sem dúvida al- em voz alta, V. ~ iriam dizer: "Mas iSso é V. Ex' Mas, por outro lado, também, essa lin-
guma, é o corpo funcional. a vida de cada operário brasileiro!" Era o .ano guagem que V. Ex' conhece e n6s não, lingua-
O SR. ROI'jAN TITO - Claro. de 1911. Naquele tempo, a Europa pagava g_em hermética que V. f:xl' e o Senador Fran-
noventa éentavos de dólar ao dia para o traba- cisco Rollemberg, que outros médicos aqui
O Sr. Gomes Carvalho- Por isso, para- lhador. Já a América toda pagava· um dólar conhecem, "muitas vezes para nós, que não
benizo V. EX' por ter trazido, com tanta il)de- ao dia. PoJs, rnuito bem, em novembro, ele somos inciados nessas artes, nessa Oência,
pendência esse assunto,~ e;~5.emplo de outros soa com um pouco de desconfiança. Mas,
se enclausurou e começou a fazer os cálculos.
temas neste plenário. Quero dizer a V. Ex" que, No dia 31 ele convocou a Diretoria da Ford estamos f~lizes pelo retomo de V. Br E este
felizmente, vários empresários já entenderam e apresentou os novos cálculos; começou a Plenário, hoje, está mais alegre com a pre-
- empresários retrógrados são aqueles que dar a cesta básica, Viu que um -dólar e meio sença de V. EJr E convido a todos aqueles
ainda não entenderam iss_o - que só criare- não dava, passou para dois dólares; tinha um - -que crêem, que façam, depois, uma oração,
mos um mercado interno forte na medida em assessor que era francês, membro da diretoria, agradencendo o retomo de V. ~ a -este ple-
que isso realmente ocorrer. E quero m~ per- - homem que o_conhecia muito, e disse: "Henry, nário.
mitir dizer, ainda, a V. Bl:l', do outro tema que apaga isso tudo e escreye o que vo-cê quer Sr. Presidente, Srs. Senadores, vamos tentar
está abordando, a agricultura, tema que me escrever. Nós todos sabemos aonde você quer hoje, vamos tentar não, vamos vçtar, s·e Deus
apaixona, até porque sou oriundo da agricul- chegar". Então seja, e Ford escreveu cinco quiser; a Casa tem qUorum. Quero convidar
tura e o meu Estádo é eminentemente: agrí- dólares. os Senadores que se eriContram em seus gabi-
cola. Ontem mesmo ~V. E)(!' não estava no R'aYffiorid Aron, nos seus comentários, di,s.. netes a que acor~ám ao plenário, para que
plenário- eu trouxe ao· conhecimento. da Ca- se: "Foi mais eficiente como revolução social possamos votar um projeto da_maior irripor-
sa a nossa preocupação com relação ao café. do que o acontecido na Rússia, em 1914 e tância,_ que teYe corno autor, na Câmara dos
O seu Estado,- hoje, é o maior produtor de 1917"". Deputados, o Deputado Firmo de CaStro,(fU:e
café, exatamente na região do sul de Minas; dá condição _a que os municípios pobres rece-
o café já fe~ tOda_ essa peregrinação pelo País De urh dia para outro, no-dia 1~ de janeiro,
ele começou a pagar ó salário de cinco dólares bam, re<:ursos para pagar o décimo-terceiro
e voltou ao seu habitat original e, hoje, 9S salário aos funcionários mui:llcipais.
cafezais de Minas Gerais estão sendo erradi- aõS trabalhadores. A imprensa, principalmente
a teaclonária, Começou a publicar nos jornais: Eu falava, na ausênc:ia de V.~. nobre Sena-
cadOs-peJa -orlda -dos citricos. Não podemos dor Divaldo Suruagy, sobre salários, V. EX"
entender o confisco do café:,_ assim como o "Ford é _bolchevique, Ford quer quebrar o pa-
tronato norte-americano". Aquele homem, me inspira sempre, e eu gostaria de fazer ·aqui
confisco da soja, a falta de um programa agrí- -até uma af~rmação inusitada: o candidato à
cola no País. Parabenizo-o por tudo que fal_ou, acusado naquele momento, vinte anos depois,
era simplesmente o dono da maior fortuna Presidência da República que lidera a_s pesqui-
e estou inteiramente solidádo com V. Ex- - sas está fazendo toda a sua campanha contra
do mundo! A narrativa deSte processo--- é
. O SR. RONAN TITO -Agradeço a V. pena rião termos tempo - é uma das coisas ãqueles que ga'hham bons salários - "mara-
jás"''~ Eu._gostaria de dize-r a tOdOS, aqui, que
~o aparte, qUe me veril Situar um determi- mais ;bonitas que existe. Foi_ um atO de inteli-
nado momento. Muitas vezes,_ estranh~m os gência, de competência, de visão. Depois, ele s-e eu fosse candidato à Presidência da Repú-
Srs. Parlamentares que venham aqui Parla- aumentou a poupança final de quatro dólares blica, o meu compromisso maior seria c::riar
mentares oriundos de empresas, empresários para Cinco- dólares; aumentou, porque, com -cinqüenta milhões de_ "marajás*'; Ou Seja, que
- o meu caso, um pequeno_e_roodesto em- o último dólar, iria dar condi_ção aos trabalha- cinqüenta milhões_de brasileiros, da força de
presário lá _do interior, e, no caso de V._ EX', dores para investirem nas ações da empresa. tFabaJho do Brasil, ganhassem bem, ganhas-
um próspero e correto empresário do Paraná. Ele dizia para os difetores, atônitoS. "No dia sem dignamente, tivessem salário para prover
Já tive oportunidade de cumprimentar V. EX em eles passarem a investir na empresa, va- os seus familiares, de ensino, de educação,
quando seu grupo se antecipou ao Banco do mos ter o melhor Ford do mundo". E, tam~ de saúde, de alimentação; de habitação. E a
Brasil e à legislação, concedendo anistia a pe- bém, a partir dos cjú.ã:tro -dóla_r~ e meio, ele frase famosa de Tancredo Neves, de que estou
quenos devedores da agricultura. Parabéns a vai fazer a- sua poupzinça pára comprar um -querendo fazer uma pequena exegese.
V. EX' Os que assim atuam são homens de carro. Ele previu isso para dentro de quinze O Sr. Divaldo Suruagy- Permite V. Ex'
visão, _empresários com visão larga. Não se anos, e aconteceu: mais de 60% dos empre· um aparte? - - -
espantem os Srs. Parlamentares se os empre- gados da Ford tinham seu próprio carro Ford. O SR. RONAN mo- Pois não, nobre
sários defenderem, aqui, grandes saJários. lS$0 é apenas um comentário a latere. Agora,
Eu queria lembrar Henry Ford. Senador Divaldo Suruagy.
só para não ficar também endeusando um
Na virada de 1910 para 1911, Rymond homem- nós. homens, somos limitados, so- O Sr. Divaldo Suruagy - V. Ex', mais
Aropn descreve num grande artigo, com uma mos estultos -- esse homem, tão extraordi- uma vez, exalta esta Casa com os màgníficos
competência extraordinária, uma reunião da nâio, que fez a_ revolução capitalista do neoca- pronunciamentos com que brinda os seus
Diretoria da Ford, em que Henry Ford vai para pitalismo, vom essa iniciativa sua, dez anos Companheiros. E não apenas pela eloqüência,
a pedra e começa a dizer que a fábrica ia depois de ser o homem mais rico do mundo, Pelo talento verbal-,- pela cultura geral, mas,
mal: tinha encontrado dofs dos seus melhores quase vai à falência por uma caturrice. Numa principalmente, pela justeza das causas que
empregados se d.igladiando, brigando num briga com a General Motors, ele se recusou abraça. Alagoas, _lamentavelmente, ofereceu
desforço pessoal. E ele, então, chamara um a pintar o carro dele .e soltou r.tm slogan muito um ex-Governador para disputar a Presidência
e perguntara: "O que aconteceu com você?" inteligente: "Quem 'quiser um Ford de cor, da República, que usou a mentira como ~rma
E ele respondeu: "Aquele cretino e tal.,.. " Ford compre um preto". Quase vài à falência por politica. O Corte/o Brazjfjense, hoje, por uma
era um homem muito inteligente; chamou ca- causa dessa caturrice. :t: apenas também para coinci_dênQa~ através do seu correspondente
da trabalhador e· começou a perguntar: "O não ficar aqui incensando, parecendo que so· em Maceió, diz que todos os ft...!nci9nários de
que você tem?" -- "Nij.o,_ tudo bem, ê que mos deuses. Nós homens podemos ter Iam- nível superior do Estado, médicos, engenhei-
aquele cachorro...", "Não, não é nada disso" pejos de inteligência e de criatiVidade, mas ros, di:mt.istas,'agrônomos e professores, estão.
5736 Quinl:a-feira 9 DIÁRIO DO CONGRE5$() NACIONAL (Seçlio U) Novembro de 19!f9
- . -·

nivelados pelo salário mínimo. AJagoas, hoje, própria natureza humana. E V. Ex~ - sem Especiais pará que interrompam seus ti'âba-
está no caos, Senador Ronan Tito! Quem está querer retribuir tanto"s elogios, porque nin- lhos a fim de que os Sis. Senadores- possam
dizendo isso é o jornal CorreiO BraiHiense, --gué_m bate V. EX em generosidade- também vir para o trabalho maior e mais urgente do
através de seu correspondente. honrÇ:, e muito, esta Casa de polfticos tãQ notá- plenário do Senado.
veis que aqui temos, nesta e na outra CãSa V. Ex!, nobre -s-enado! Ronan Trto, descul-
O SR. RONAN TITO - Ele _conseguiu
àcabar com os "marajás", nivelou todo mundo na _Câ~ara dos Deputados, que hoje estã~ pe-me haver interrompido o seu discurso,
_denegndas nesta transição democrática, por- continua com a pal.~v_ra.
por baixo.
que- nós ainda não aprendemos a construir O SR. RONAN TITO - Sr. Presidente.
O Sr. Divaldo Suruagy- Hoje, em Ala- , a democracia Quando temos divergências sinto-me honrado. O Regimento dá esse direi-
goas, todos os promotores estão em greve, oideol6gicas, partimos para o pessoal, dene- to a V. EX', e a interrupção do meu discurso,
assim corno todo o fundona1ismo. A Assem· grindo a imagem de homens que estão tentan- pelo Presidente da Casa, só engrandece a mi-
bléia Legislativa não funciona porque todos do de$esperadamente acertar. Sou testemu- nha fala.
os seus funcionários estão em greve há mais nh_a_ de que V. Ex" sempre tentou acertar corno Sr. Presidente e Srs. Senadores, encerrando
de 15 dias. Os juízes estão ameaçando acom- eu. este dis_curso que faço, para corrigir algumes
panhar os promotores, o que significa que
O Sr. Ldte Chaves - Permite-me v. Ex' noticias veiculadas, que sirva de apelo aoTri-
talvez Alagoas não tenha eleição. porque não um aparte? b'unal Superior do Trabalho para que confinne
vai ter juiz para presidir os pleitos. Hoje, recebi o reajuste dos funcionários do Banço do Bra-
um telefonema comunicando que a Polícia O SR. RONAN: mo- Ouço V. Ex' com
muito prazer. _ -- sil. Só iremos consertar este País ampliando
Militar também está entrando em greve. É o o poder de compra dos nossos trabalhadores,
caos completo! Esse homem que está amea- -O Sr. Leite Chaves - Nobre Senador sejam do Banco do Brasil, sejam de qualquer
çando fazer no Brasil o que feZ' em Alagoas, Ronan Tito, vou dar uma informação a V. Ex' outro estabelecimento.
tem Ocinismo de afirmar que pretende fazer, que será óbjeto c_l~ sua alegria, já que está Sr. Presidente, era o que tinha a dizer. Muito
no Brasil, o que fez em Alagoas. Isso é tão defe!'ldendo salários compatíveis. Tenho em obrigado..
jocoso... mãos os últimos salários de Procuradores do
OSR.RONANTITO-Senai:ofossetrági- Distrito Federal, Procuradores, por sinal, inati- · Durante o discurSo do Sr. i?onan Trto,
co;-Senadofl vos._ Tenho aqui o sal~~- do mês passado o Sr. Iram Saraiva, 1"' Vice-Pr:esldente c/ei-
do Dr.Jairo Go_mes da Silva: NCz$ 47.102,19, ~xa--ã- cadeirã da Preskfêncfri que é ocu-
O Sr. Divaldo Suruagy - É o tragicô-
que com o próximo aumento irá para 70 mil. - {Jada Pelo Sr.- Nelson Carneiro; Presidente
rnico. Lamento que, através da mídia eletrô-
nica, ele tenha conseguido enganar tanta gen- Há porém um desconto do Imposto de Renda O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) ~
te durante tanto tempo. Graças a Deus, quan- d~ NCz$ I O~ 735,1 O, de forma qUe o seu liquido Conceçlo a palavra ao nobre Senador Od Sa-
do ele começou a campanha, os outros candi- fo1 de NCz$ 36.367,09. O mesmo ocorre com b6ia de Carvalho. -
datos começaram a moS!f.~ ~~~ e.I~t,.a_!'or­
'ümCOJega dele, Dr. Arnaldo Corrêa Rabelo, -~OSR. GDSABÓIADECARVAL.HOPRO-
mas, as suas verdadeiras imagens, e ele levou que ganha NCz$ 35.865,00 e pasSará a Qanhar NGNCIA DISCGRSO QlJE, EIYTREGa.E
wna queda violenta. Espero que essa queda NCz$ 45.000,00. Estou falando isso exata- A REVISÁO DO ORADOR, SERÁ PfJBU-
se acentue, porque tenho uma profunda má- rnente no instante em que V. EX' está rece- OIDO POSTERIOR.MEIYTE.
goa: em minha vida política: é ter sido o inicia- bendo _os seus proventos, que são de 17 mil
menos 5 de descontos, recebendo um líqufdo O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro) -
dor de Fernando Collor, dentro do processo. Concedo a i)alavrá ao nobre Senador Fran-
Que mal eu fiZ a Alagoas e a este País! Certa de 12 mil, que estão sendo creditaOos em
sua conta corrente, e no instante em que hoje cisco Rollemberg.
feita, afinnei, em debate, que çonsegui wn
lugar no Inferno sem nenhum eStágio no Pur- o Tribuna] Superior do Trabalho decidirá o O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG
gatório; vou passar direto.Aminha única espe- caso do Banco do Brasil concedendo a seus (PMDB -SE. PronunCia o seguinte discurso.)
rança é o arrependimento. Pode ser que com- funcionários 152% a mais. Quero dizer a_ ----Sr. Presidente, Srs. Sgnadores, o XXVI Con-
pense esta grande falha que fiZ com Maceió, v. Ex;f- queum adVOQado, na última_l~tra, apo- greSso Nacional de Pediatria, realizado de 7
quando indiquei Ferhando Collor para Prefeito sentado, do Banco do Brasil, está ganhando a 12 deste mês, _em Belo Horizonte, fez uma
daquela cidade; quando solicitei ao então Go- NCz$_ 7500,00 e: com os· 152% iria para 14 gravíssima denúncia: a cada vinte minutos,
niil~ o que representa 1/4 dos vencimentos
vernador Guilherme Palmeira, que também morre no Brasil uma criança por desnutrição
honrou Alagoas nesta Casa, o nomeasse Pre- a que nobre Senador, no instante em que te- ' direta ou indireta. Em cada mil crianças que
feito de Macei6. Ele inviabilizou a Prefeitura mos que resolver a questão dos Assistentes nascem no País, 75 morrem antes de com-
de Macei6, o E'slàdo de Alagoas e está amea- Judiciários do Distrito Federal, que ganham pletar Uffi aito de vida. A causa básica de tão
çando acabar com o nosso País. MaS, tenho uma insignificância porque o Governador ve- elevado índice de mortalidade infantil é a fome
certeza de que o eleitorado brasileiro, infor- tou o projeto-deles e o Senado já havia assu- e a desnutrição endêmicas em algumas re-
mado de que ele é uma negação de tudo mido o compromisso de dar uma adequada giões, como no Nordeste e nos bolsões de
que prega, dará a grande resposta, no próximo solução à pretensão daqueles serventuários miséria nas periferias urbanas.
dia 15 de novembro. Nobre Senador Ronan do Distrito Federal. Em 1974, no- auge do chamado "milagre
Tito, orgulho-me de-ter V. Ex' rião apenas co- O SR. RONAN TITO- Terminando, Sr. econôlnico brasileiro", que nos elevou à posi-
mo colega, ma:; como modelo de vida pública. Presidente... ção de oitava economia mundfal, a FAO colo~
O SR. RONAN TITO- V. Ex-, como sem- - o SR PRESIDEN1E (Nelson Carneiro - cava a· Brasil no sexto lugar em populaçáo
pre, é muito generoso. Fico grato. Fazendo soar a campainha) - Interrompo gravemente desnutrida. E o relatório do Banco
Quanto ao Inferno, nobre Senador, não co- V. Ex" nãõ pãra pedir que conclua o seu discur- Mundial de 1979 mostrou que 65% da popu-
loque a generosidade de Deus nos parâmetros so, mas para endereçar um apelo aos Srs. lação brasileira tinha uma ingestão calórica
nossos. Todos nós, na nosSã-Vida públfca, pro- senadores que se encontram nas outras de- inferior à recomendada pelos organismos in-
tagonizamos fatos muitãs Vezes- V. Bel' ainda pendências da Casa, nas ComíSsões Técnicas ternacionais de saú~e, o~ _seja o mínimo de
pode confessar - com a melhor das inten- para que venham ao plenário. ~q~anto as 1.600 Calorias "per capita" diárias. Cálculos
ções e não podemos nem confessar. CoriliSSões deliberam, -o Nenáno nao pode feitos naquela época indiCavam que nada me-
Agora, repete-se aquela estória do "aprendiz fazê-lo, Precisamos de número para votação nbs que- 13 milhões de pessoa·s viviam no
de feil!ceiro": desencadeamos o processo, o da Ordem do Dia. Há numerosas solicitações BragjJ em estado de fome absoluta.
processo toma conta de nós e n~o sabemos, de-esColha de autoridade~ necessitando ela oe lá para cá, Srs. Seriaâores, o deteriora-
depois, como segurar, nem tefnos condições pre~ença dos Srs. Senadofes .e~ plenário. meritõ da nossa economia só fez agravar essa
de segwar. Não se penalize por isso. Quantas SoliCito, índuSiVe,__ às Com1ssoes de Orça- situação. É conhecido por todos que a inflação
pessoas competentes V. Ex!' lançou! Isso é da mento, do Distrito FederaJ, de Inquéritos e as é um mecanismo de violenta transferência de
Novembro de 1989 · DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Quinta-feira 9 6737

rendas dó povo para grupos econômicos for- trointestinais, responsáveis maiores pelos ele- gramas deveriam ser acompanhados por ou-
tes. E_ o long9 periodo de inflaçãO a~"que esta- vados índices de mortalidade infantil nos paí- tros de reeducação, destinados a estimular as
mos submetidos, com taxas men&ais que al- ses ~m desenvolvimento. Possui ~mbém ou- mães a al~itar os seus ~hos. .
cançam hoje mais de 35%, deve ter agravado tros mecanismos de proteção, como enzimas, Programas dessa naturza trariam maiores
as condições de miséria e de desnutrição do hormônios e céculas ativas que promovem benefícios e a custos menores, que os inócuos
povo brasileiro. Refazendo os cálculos do Ban- a saúde e previnem um certo número de doen- e contraproducentes programas de distribui-
co Mundial, pode-se estimar que, na melhor ças em crianças maiores e adultos," como ma- ção gratuita de leite às crianÇas pobres. Queii-
das hipóteses, cerca de 80 milhões de brasi- nifestações alérgicas, obesidade e arterioes- xam-se os pediatras e nutricionistas, que tra-
leiros têll) ingestão calórica "per capita" diária derose, entre outras: - balham na assistência às ~rianças carentes,
abaixo das 1.600 calorias recomendadas inter- O seio matemo é um órgão imunológico de que muitas mães deixam de aJeitar os seus
nacfonaimente.. que reage contra os micróbios, de forma que filhos, para poderem receber o leite dístribufào
Sr. Presidente e Srs. Senadores, as crianças as crianças lti:ctentes são menos afetadas por pelo Governo. _
são a parte mais fraca da sociedade. Indefesas doenças respiratórias e gastrointestinais, em · Ações deSse tipo, bem como uma inescru-
numa situação cje fome e de penória, incapa- con:tparaçào com as _que se alimentam com pulosa propaganda feita pelas indústrias de
zes .de gritar 'por seus direitos, quando até os leite de vaca ou produtos articiais. leite em pó, cónstitu__em um crime contra mi-
adultos se ca1am, são elas as primeiras vítimas O leite materno, dizem os nutricionistas, é lhões de crianças, pois lhes tiram o direito
da fome e da desnutrição. Silenciosamente, um .aJimento completo e adequado às condi- de mamar, de receber o alimento mais sadio
sem um grito, se& um gemido, são colhidas ções biológicas da criança até, mais ou me- e mais adequado ao seu desenvolvimento. Ne-
pela morte antes de completar um ano de nos, os seis meses de vida, quando deve ser gam às crianças brasileiras o alimento qUe
vida. As que escapam da mortalidade infantil, complementado por alimentos sólidos. A sua as protege contra as doenças infecciosas. Pri-
vão carregar pelo resto da vida os traumas quantidade de lactose é quase duas vezes vam-nas, sobretudo, do direito de sobreviver,
orgânicos e psicológicos da fome, que as fa- maior que a do leite de vaca. Este nutrie"nte de _escapar da mortalidade infantil e de crescer
zem raquíticas e enfermi~as, portanto, mais é importante nós primeiros anos rle vida da sad~ de corpo e mente, capazes de se inte-
fracas e meiÍos capazes nUma sociedade de criança por inCrementar a absorção do cálcio grarem no convívio social._
~competição. . e por promover o sistema nervoso central, fa- Para os cofres públicos, programas de assis-
Enquanto isso, Srs. Sei1adores, estimativas tores necessários ao -crescimento físico ~ o tências- médica, educacion~ e alimentar às
feitas pela Secretal"iétte Planejamento da Pre- ·desenvolvimento da ·capacidade mental dos gestantes, tendo em vista preservar a saúde
sidência da República- SEPLAN, publicadas futuros cid~dãos. _ dos lactentes. por meio do aleitamento mçrter-
na ReviSão- de Pfanejamerito e_ de. novembro Outra vantagem -do aleitamento materno. no, sãó menos custosos e mais eficientes do
e dezembro de 1982, em artigo intitui<:IdO "O sobre as diversas formas de alimentação ·dos que os programas paliativos contra as diar-
Insubstituível leite matemo", indicam que o a
bebês é que, na fase de desenvolvimento das 'féiãs; sUbnutrição, as infecções respiratórias
leite humano poderia equivaler a um quarto faculdad"es sensffiVas -ao bebê~ estabelece-se . e. q _!!leyªdo índk:e d~ .!I!Q!!f'3!!9.a9e infantil. _
da produção. nacional de leite. Mas isso não um estreito laço afetivo entre a mãe e a crian- Sis. Senadores, naS décadas de cinqüEmta
acontece porque o leite matemo é substituído ça. Esta iriteração social entre mãe e filho, e sessenta, a sociedade brasileira, acompa-
pelo alimento industrializado. As mães brasi- nwn momento de quietude e de afeto, quando nhando o- processo de evolução c:uhural que
leiras, continuam as estimativas.da SEPLAN, o pequeno ser inicia, no ato de alimentar-se, se processava nos países mais desenvolvidos,
poderiam produzir 300 milhões de litros de o seu processo de compreençao da realidade, passou por uma rápida transformação nos
leite por ano se amamentassem os seus filhos yai ser a base_ do seu interagir como adulto seus costumes. Não há dúvida de· que. em
nos primeiços _seis meses c;le vida. Desse total, na sociedade. muitos aspectos, esta modernização trouxe
o País perde__ 1_80 _mllh9e!? d_e J_itros_possíveis. Sr. Pre:sidente, Srs. Senadores, se de fato benefícios e significou uma conquista para a
Perde-se, dessa forma, o alimento que po- estão pi-óximas da realidade aquelas estima- sociedade; mas, ·em Outros aspectos, esta mo-
deria salvar a vida de milhões de crianças bra- tivas da Seplan, de que 180 milhões de litros dernização foi dolorosa-e só troUJt~ prejuízo.
sileiras. Um.alimento barato, em ·comparação de leite matemo deixám de ser produzidos Foi o que aconteceu com a substituição do
com o industrializado, e de fácil produção. anualmente no Brasil, soa falso o programa" aleitamento matemo pela introdução de fór-
Basta colocar a criança ao selo para se desen- de distribuição gratuita de leite de vaca às mUlas de leites industrializados._
çadear o mecanismo natura] de Se(:reção lác- criancinhas pobres. Enquanto milhões de A gravidade dp si.tuação pode ser percebida
tea. crianças brasileiras estão passando fome, sub- por estudos feitos no Nordeste, onde as altas
Além do mais, Srs. Senadores, o leite ma- nutridas e vitimadas pelas doenças. gastroin- taxas' de desnutrição, doenças infecciosas e
temo é insubstituível como o melhor alimentO testinais e respiratórias, suas mães são dese- mortalidàde infantil no primeiro ano de vida
durante. os seis primeiros meses de vida da ducadas e desestimuladas a lhes dar o alimen- guardam estreita relação com o desmame
criança. Mostram as ciências biológicas que to que lhes saN.aiia_a vida. _ precoce. As mães nordestinas foram induzidas
todoS os mamiferos produzem leite adaptado EstUdoS feitos no ·~rasü pela Unicef mos- por uma propaganda corruptora a parecerem
às necessidades de crescimento _dos :fflbot_es tram que o emprego do leite artificial na_ ali- "modeiT!as", substituindo o peito pela mama-
de sua espécie. Assim, o leite de vaca é bom , mentação das crianças representa um custo deira na plimentação dos seus filhos. Durante
para o bezerro e não para e bebê humano, mensal de cerca de 35% de um salário míni-. anos,- <$_)indústrias de leite em pó. e mama-
O leite humano é constituído para promover ma. Este é um excelente mercado para as deiras anunciaram intensamente os seus pro-
um conjunto de caracteristicas da espécie hu- indústrias da alimentação infantil, que faturam dutos em revistas, rádio e televisão, fazendo
mana, entre as quais, a principal é o tamanho em tomo de um bilhão de dólares _anuais. a população acreditar que o leite materno po-
relativo do cérebro e, sobretudo, o crescimen- J\r\as, Srs. Senadores, a substituição do· leite dia_ ser substituído pelo leite _artificial, sempre-
to do IÓbo frontal. As proteínas e outros nu- mateino_ peJo leite industrializado criou, no juízo da saúde da criança. Para conseguir esse
trientes necessários ao rápido deserlvoMmen- Brasil, uma sltu~ção que beira o absurdo: para objetivo, empr~g~am-se todos os meios: o
to do cérebro do bebê estão contidos em alimentar os bebês, é sacrificada a nutrição 450 de expressões como "leite matemizado.",
quantidades suficientes nO leite materno; -o dos outros membros da família, _sÇ>bretudo da "humanizado'~ ou "semelha.nte ao leite mater-
qUe não acontece com o leite de vaca e de mãe. Esta, subnutrição, não tem condições no"; distribuição de amostras grátis às mães;
outras espécies animais. - · de aleitar o seu bebê. Ora, .Senhores, s_eria oferecimento d~ brindeS aosEt;liatras, coop-
é" leite matemo contém, ainda, numerosos mais rac;ional, mais sadio e mais barato, para tando-os aos seus fins de desestimular o ale~
fatores antiinfecciosos, como as imunoglObu- as famílias e para a Naçc\o, -que se criassem tamento e promover a substituição do mesmo
Jinas, sobretudo as dos tipos lgAe lgG, que pr~gramas de nutrição para as mães, que peJas fórmulas de leite industriali2;ªdo. A essª
protegem eficazmente o lactente corttra um abrangendo o período da gestação e os seis estratégia de marketing das indústrias, alia-
largo espectro de infecções, sobretudo as gas· primeiros meses_de vida dos b_ebê_s. Es.tes-~ro- va:se a falta de conhecimento sobre aspectos
6738 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGREsSONAOONAL (Se~ão II) Novembro de 1989

bioquímicos e fisiológicos da lactação e da '1elte humanizado", "sUbstituto do leite mater- Art. 39 Esia lei entra em vigor na data de
aJimentaçêo infantil, e_o deSpreparo dos técni~ no" ou similares, com o intuito de sugerir forte sua publicas:áo.
cos dessa área. Faltavam, sobretudo, nos cur- semelhança do produto como leite materno. Art. 49 Revogam-se as dispqsi_ções em
rículos dos cursos da área de_ saúde, disci- Os fabricanteS tiv-eiam Um Prazo de" f ao contário, especialmente o Decreto-Lei n~
plinas específicas sobre o aleitamento mater- dias, a partir da publicação da Resolução no 1.572, de 1~de setembro de 1977.
no. Diário Oficial da União, para adaptarem a pro- Justificação
Sr. Presidente, Srs. Senadores, ouve-se a moção comercial dos seus produtos às exi-
grita geral contra a .destruição das florestas, gências do ConselhO Nacional de Saúde. ESSe A isenção de contribuição previdendária pa-
contra a poluição do ar, da terra e do mar, prazo expirou-se no dia 22 de julho pr6xiino tronal para as entidades de fins filantrópicos
contra a deteriorizaçáo das condições de ferti- passado. e reconhecidas como de utilidade pública, cu~
lidade dos solos. Muitos compreenderam que Mas o noss_o ..jeitinho" de burlar as leis e jos diretores não perc_ebani relnuneração, é
o progresso humano não deve sacrificar o fu. as nonnas está atuando também neste caso. prática já cOnsagrada em nosso Pa"ís; parei on-
turo da hwnanldade. Mas, muito poucos com- Urn trabalho de vigilância feito logo após o de.trouxe bimefiOos muito maiores que a apa-
rente renúncia de receita que implíca.
preenderam que maior risco para a· futuro da vencimento do. prazo, em dez cidades brasi-
humanidade é o desmame precoce das crian- leiras, pela Rede Internacional em Defesa do C6nstituiu,-no passado e ainda até hoje, para
ças, feito de forma generalizada e em nome Direito de Alimentar, encontrou a situação as instituições não alcançadas pelo De<:reto-
do progresso e da modernização dos costu- inalterada: os produtos com os rótulos proibi- Lei n9 1572, de 19 de setembro de 1977, em
mes humanos. Ele não afeta o meio ambiente dos; as propagandas omftindo a advertência estímulo à criação e à manutenção de número
em que vive o homem, mas atinge diretamen- de o produto ser inadequado para a alimen- incontável de entidades filantrópicas, cujo
te o próprio homem, na sua saúde, na sua tação de bebês com menos de seis meses montante na prestação de serviços sociais à
estrutura física, Orgânica mental e psicológica. - de vida. carente popUlação brasileira, excede em mui~
Ci iiue Ofidalmente a Previdência Social ou
Srs. Senadores, este problema vem se agra- Sr. Presidente e Srs. Senadores, o direito
vando assustadoramente no Brasil, nos de- de as indústrias auferirem os_seus lucros não o Governo Federal- .expendem na assistência
mais países em desenvolvimento e, até mes- pode sobrepor-se ao direito das crianças a social.
mo, nos países desenvolvidos~A tal ponto che- um alimento adequado ao seu desenvolvi- Graças às características frate"niã.is do poVõ·
brasileiro, explica-se a sobreviência de milhÕes
gou a situação que os técnicos da Organi- mento biológico mental e à presetvação de
zação Mundial de Saúde afirmam que esta sua saúde. O desmame precoce das crianças de farru1ias que se encontram na faixa de renda
da miséria absoluta; explica-se a assistência
é a maior crise da humanidade, a crise da brasileiras, incentiVado por interesses comer-
lactação. dais, é uma séria questão de _saúde pública mais humana aos deficientes ftSicos e mentaiS
e sua reabilitação;explica-se que o investimen-
.Já em 1981, a OfQ-ãnização Mundtal de Saú- e _fere um direito soda! garantido pela Cóhsti- to baixíssimo do País em saúde, talvez o menor
de propunha aos países- membros das Na- tulção (art. 6_ 9), o da proteção à maternidade
do mundo, (menos· do que 3,7% do PIB) não
ções Unidas a adoção do Código InternacionaL e à infância. tenha provocado um colapso no sistema e
de Comerdalização de Substitutos do Leite Por isso, Srs. Senadores, esta Casa dentro explica porque ainda a Nação tem suportado
Matemo, tendo em vista o controle da propa- de sua tradição de defesa da sociedade brasi-
ganda e difusão de mensagens estimuladoras leira e dos direitos dos cidadãos, se põe lado o desnível abissal em sua distribuição de ren-
da.
da substituição do alettamento matemo por a lado do Conselho Nacional _de Saúde _e do
fórmulas industrializadas. Entre outras coisas Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamen- Às entidades filantrópicas devemos este for-
o Código proíbe: a propaganda de produtos to Matemo, do Ministério da Saúde, na sua midáve:I efeito.tampão e a llf!la efidênte e efeti-
substiMos do leite matemo; a distribuição de luta contra p aliciamento das mães brasileiras va redistribuição da renda naci8ha!, através
amostras grátis às mães e aos encarregados- para o desmame pre<:oce dos seus filhos, an- da capitalização de recurSos que são destina-
(mêdicos e enfermeiros) dos setviços de saú- tes dos seis meses_de vida. dos inteiramente aos despossuídOs e aos ex-
de infantil; a Idealização, Por palavras ou por Sr. Presidente, Srs. Senadores, era o que cluídos do processo de crescimento econó-
figuras, dos alimentos substitutos do leite ma- eu tinha ét djzer._Muito obrigado. (Muito beml) mico~ Isso a custo zero para o Estado e sem
temo... 05 percalços do desvio de recursos, dos entra-
-'"~0 SR. PRESIDENTE CN"elsor1Carrleiro)
Para atender às recomendações da Organi- ves burocráticos e da má _administração, fruto
- Sobre a meSa, projetas qUe serão lidos do descaso para com a coisa pública.
zação Mundial de Saúde e do Fundo das Na- pelo Sr. 19 Secretário.
ções Unfdas para a Infância, o Brasil adotou Só a insensibilidade políticO:adminÍstrativa
as orientações do Código Internacional de Co- São lidos os seguintes explica a não utilizaç~o deste· formidável apa-
mercialização de Substitutos do Leite Matemo. rato de serviço social, descentralizado e demo-
Para tanto, o Conselho Nacional de Saúde bai- PROJETO DE LEI DO SENADO crático, para a melhor e mais racional aplica-
xou, a 20 de dezembro de 1988, a Resolução 1'1• 363; DE 1989 . ção de recursos públicos no setor da assis-
n 5, que aprova as Normas para a Comercia-
9 tência social governamental. Teríamos, sem
lização de Alimentos para Lactentes. isenta da quota de contnbuição patro- dúvida alguma, melhores hospitais e a custos
A Resolução do ConSelbo.. Nacional de Saú- nal à Previdência Social a$ entidades de mais baixos, melhor e mais diversificada asSis-
de, seQuindo_o que recomenda o Código Inter- fins filantrópicos, reconhecidas de utilida- tência à infância e à _velhice desamparadã,
nacional, proíbe a propaganda comercial dos de pública_. cujOs membros de suas dire- mais adequado e efetivo apoio ao deficiente
leites substitutos ao aleitamento e das inama- torlss não percebam remuneração. fLSi_co e mental, para não dtar outras frentes
c!eiras. Obriga· que, na promoção comercial O Congresso Nadonal decreta: . de trabalhos asslstenciais necessárias a qual-
de alimentos corriplementares, possíveis Art. l 9 Ficam isentas de pagamento da quer país, por mais des"'envolvido que seja. Por
substitutos do leite matemo, conste a adver- quota patronal de contribuição à Previdência que não aproveitar a mão-de-obra e a adminis-
tência de que estes não devem ser utilizados Sodaf aS -entidades de flns _filantrópicos, reco- tração voluntária, sempre mais empática e
como alimentos para lactentes nos primeiros nhecidas como de utilidade pública, cujos mais motivada que a fria administração gover-
seis meses de vida, salvo sob orientação dos membros·de suas-diretorías não percebam namental?
seiViços de saúde. Proíbe, também, entre ou- remuneração. A insensatez do Decreto-Lei n? -1.572, de
tras coisas, que nas embalagens ou rótulos Art. 29 As entidades beneficiadas c_om a 19 de setembro d~ 1977, revogando a Lei n9
sejam utilizadas ilustrações, fotos ou imagens isenção concedida pela presente lei fiCam 3577, de 4 de julho de 1959, que -isentava
de crianças ou outras formas que possam su- obrigadas a recolhe:r à Previdência Social ape- de contribuição patronal devida, as entidades
gerir a utilização do produto como sendo o nas a parte devida pelos seus- empregados, de fins filantrópicos, reconhe<:'idas de utilidade
ideal para a alimentação do lactente, bem co- sem prejUÍZ"o dos direitos aos mesmos confe- pública, cujos diretores não p~rcebiam remu·
mo expressões desse tipo: "leite matemizadc(, ridos pela legislação previdenciária. neração~ .só pode ser explicada pelo regime
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D) Quinta-feira 9· 6739

' de arbítrio da época, de excessiva centraliza- esteja no gozo da Isenção referida no caput Art. 59 Revogam-se as disposições em
ção decisória, quando_ alguns poucos "ilumi- deste artigo e tenha requerido ou venha a re· contrário.
nados" decidiam os destinos da Nação. Tives- querer, dentro de 90 (noventa) di~s à contar Justificação
se sido um projeto de lei, com ampla discus- do início da vigência deste decreto-lei, e seu A Constituição Federal, em seus artigos 205
são em_ ambas as Casas do CongreSso Nacio- reconhecimento como de utilidade pública fe- _-e 227, proclama:
nal, temos certeza. não teda logrado aprova- c;f.eral continuará gpzando da a1udida isenção
ção. , até que o Poder Executivo"· delibere sobfe "Art 205. A educação, direito de to-
Ademais, o citado decreto-lei veio a criar aquele requerimento. Elos e déver do Estado e da família, será
uma situação de injustiça entre as próprias § 39 O disposto no parági'afo anteilor apli· promoVida e incentivada com a colabo-
entidades ffiantrópicas. Por exemplo, uma As- ca-se às instituições cujo certificado provisório ração da sociedade visando ao pleno de-
sociação de Pais e Amigos dos Excepcionais de entidade de finS filantrópicos esteja expira- senvolvimento da pessoa, seu preparo
- APAE, de determinada cidade, ficou Isenta do, desde que tenham requerido ou venham para o exercido da cidadania e sua qualifi-
do pagamento da contribuição patronal por a requerer, no mesmo prã.zo, o seu reconhe· cação para o y-abalho.
ser mais antiga, dispondo, portanto, de maio- cimento como de utilidade pública federal e
res recursos para a contratação de pessoal a renovação daquele certificado. M''227:.. ··~-d~~~~d;·r~~i~:d~·;~i;
e a prestação de melhores serviços. Enquanto § 49 A irlstituição que tiv_er o seu reconhe- da de e_ do Estado ãssegurar" ã criança
isso, outra /JJ)AJ:., recém~criada e enfrentando çiroento como de utilidade pública federa1 in· e ao adolescente, com absoluta priçri-
maiores dificuldades até para sua sobrevivên- deferido, ou que não o tenha requerido no dade, o direito à vida, àãaúde, à alimen-
cia. ficou compelida a recolher a contribuição, pjazo previsto no parágrafo anterior deverá tação, à educação, ao l.;tzt!r, à profissiona-
com reflexos negativos no número de seus pi-oceder ao recolhimento das contribuições lização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
funcionários contratados e na própria quali- previdenciárias a partir do mês seguinte ao. à liberdade e à convivência familiar e co- -
dade dos serviços prestados. Perguntamo,s: do término desse praz.o ou ao da publicação munitária, além de colocá-los a salvo de
quantas N>AE e outras instituições não se in- do ato que~ indeferir aquele reconhecimento. -toda forma de negligência, discrimina-
viabilizaram ou foram· impedidas de nascer, Art.- 29 O cancelamento da declaração de ··~. çáo,- exploração, violência, crueldade e
em face do intempestivo decreto-lei que, em utilidade pública, federal ou a perda da quali- opressão."
swna inibiu a espontânea manifestação da so- dade de entidade de fins filantrópicos .acarre- O.f.rojeto de lei que apresento à conside-
ciedade, na solidariedade aos seus membros t;:;trá a rE"V?Qação automática da isenção, fican- ração ~os nobres pares aborda temas da mais
mais carentes, poupando ao Estado o dispên- do a instituição obriQãdã--ao recofllimento da significativa relevância para nossa sociedade:
dio de recursos que, de resto, é de sua alçada, contribuição previdenciária a partir do mês se- a educação e profissionalização das crianças
competência e obrigação aplicar? gtiiilte ao dessa revogação. e adolescentes brasileiros.
Certamente, nOssos pares já terão, em·suás Art. 3 Este decreto-lei entrará em vigor
9
A criação de escolas profissionalizantes, ho-
bases, sentido e ouvido os reclamos justOs na data de sua publicação. je no Brasil, é uma necessidade incontestável.
de inúmeras instituições filantrópicas que so- Arl 4 9 ·Revogam-se as disposições em A oportunidade de um curso de e5Ffa-
frem, hoje, os efeitos desta absurda situação, contrário. , lização profissional oferecic;la às crianças e
mais injusta ainda por discriminar entidades Brasília, }? de setembro de 1977; 1569 da adolescentes, deve, ser entendida como a
cc-irmãs. Independência e 89' da República. -ERNES:. oportunidade de melhor remuneração pelo
Tratando-se de medida de cunho socia1 e TO.GEISEL- L a. do Nascimento e SUva. trabalho e a condição para a melhoria da quali-
que visa a corrigir odiosa distorção, consubS- (À Comlssáo de Assuntos Sociais - dade de vida. É a escola profissionalizante a
tanciamo-la neste projeto de lei, a cujo apoia- decisão terminativa.) instituiÇão educacional que forma quadros de
mente conclamamos todos os ilustres parla- profissionais capazes de suprir as necessida-
mentares. PROJETO DE LEI DO SENADO des locais de mão-de-óbra qualificada. Por is--
Sala das Sessões, 8 de novembro de 1989.. 1'1• 364, DE 1989 so, influi também na queda dos índices de
- Senaqor..l.?onan Tito. ~ - Autodza o Poder ExecUtívo a etiar a · sUbemprego do setor de trabalho informal e
LEGFSI.AÇÃO aTADA Escola Agrotécnica de Peçanha, Estado da marginalidade urbana.
DECRETO-LEI N• 1.572, DE I• DE de Minas GeraiS.·- · - A apresentação do projeto de lei objetivando
SETEMBRO DE 1977 OCOOgresso Nacional decreta:. a criação da Escola Agrotécnica de Peçanha
Art. 19 FiCa· o Poder ExeCUtivo autorizado (MG) foi estimulada ainda por qutro elemento
Revof:ra a Lei nr> 3.577. de 4 de julho
a criar, no Ministério da Educação, a Escola de caráter social e econômico. A necessidade
de 1959, ·e dá outras providéndas. do aumento da produção, especialmente para
Agrotécnlca Federal de Peçanha, Estado de
O Presidênte da República, usando da atri- Minas Gerais, subordinada à Secretaria de En- atender à deffianda interna, já foi demonstrada
buição que lhe confere o artigo 55,· item [1, sino de 29 Grau - SESG. por inúmeros especialistas. A literatura que
da Constituição, decreta: Art. 2~ São objetlvos da Escola Agrotéc- trata o assunto é farta em exemplos que retra~
Art. }9 Fica revogada a Lei n9 3.577, de nica de Peçanha: . . tam a real sítuaçãÕ em que se.encontra parcela
4 de julho de 1959, que isenta da conbibulção a) ministrai en~ tle 29 grau, destinado significativa da população brãsileira no que
de previdência devida aos. Institutos e CaiXas à formação de auXiliares e técnicos agrope- se refere à a1imentação. O baixo poder aquisi-
de Aposentadoria e Pensões unificados no ln,s- cuáríos, alêm _de outras habilitações que _ve- tivo aliado ao alto preço dos alimentos provo-
tituto Nacional de Previdência Sociâl-----:- INPS, nham a ser instituídas, desde que necessái-ias cado pela cada vez mais reduz.lda oferta dos
as entidades de fins filantr9picos reconhecidas ao desenvolvimento regional; itens que abastecem_o mercado interno, exclui
de utilidade pública, cujos diretores não perce· b) promover cursos de extensão, especia- a maioria da população do_ acesso a wna ali-
bam remuneração. lização e aperfeiçoamento no setor primário mentação saudável. E inegável a colaboração
§ ]9 A revogação a que se refere este arti- da economia; que os técnicos especializados, mão-de-obra
go não prejudicará a instituição que tenha sido c) realizar pesquisas; e quali~cada, poderão dar ao aumento da pro-
reconhecida como de utilidade pública pelo d) atuar como núcleó de orientação do ho- dutividade, à melhoria quantitativa e qualitativa
Governo Federal até à data da publicação des· mem do campo ri.a 'área de sua influência dos alimentos oferecidos no mercado aos bra--
te decreto-lei, seja portadora de certificado de Art. 3~ O Ministéôo õa l;:d.uç:aç.ão adol_:ará . sileiros e ao barateamento dos mesmos.
entidade de flfls filantrópicos com validade por providências no s~tido da execução desta O muriidPio de Peçanha, lOCalizado em
·prãzo ·incíeterrrihlado e. esteja isenta P,aquela lei, inclusive dotando a ~cola de recursos próspera regiãO agropecuária do EstadO -de
contribuição. necessários à sua instalação e funcionamento. Minas Gerais, há muito vem lutando e reivindi·
§ 29 A Instituição portadora de certificado Art. "49 Esta lei entra em vigor na data de canelo a instalcição de Uma escOla agrotécnica
provisório de entidade de fins filantrópicos que sua publicação. para atender suas necessidades internas. Com
6740 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONJ\L (Seção 11) Novembro d" !989

a aprovação do presente projeto de lei ganhará Art 5" Os limites no art. 2~ da Resolu~ Quanto ao § 1~do art 5"', ao propor a altera-
não apenas o'município, mas também o Esta- Çáõ n9 62 não se aplicam às oPeêaç:ões ção de 5% (cinco por cento) para:-10% (dez
do e o Pais. Ganharão, ainda, a infância e ju- de crédito nem às emissões de títulos por cento) da receita orçamentária prevista
ventude brasileiras. da dívida pública para antecipação da re- para o exercício, de forma a comportar o dis-
- Âescola profissionalizante ministra a educa- ceita autorizada no orçamento anual, que p~ndio mensal com a _liquidaçãO das opera-
ção integral. Ao mesmo tempo_ em que forne- não poderão exceder a 25% (vinte e cinco ções de crédito para antecipação da receita,
ce a1ementos fundàmentais para a formação por cento) da receita estimada para o fundamenta-se oo fato de que os aumentos
humanística do educando, o prepara para o -exercício financeiro e serão obrigatoria- dos encargos das operações de crédito e dos
trabalho. No caso presente da escola agrotéc- ----mente liquidadas até 3_0 (trinta) dias de- títulos_ da dívida pública têm sido superiores
nica os reflexos deste treinamento na produ- pois do encerramento deste. aos aumentos da receita tributária.
ção agrícola, para os mercados externo e inter- § 1~ O dispêndio mensal com a liqt,.ti- Como as ·operações de crédito- por anteci-
-no, em termos quantitativos e quaJitatívos, d.:lç~o das operações de crédito e/ou rês- pação de reCeita são aprovadas pela lei _orça-
atingem positivamente a economia brasileira. gate dos titulas da dívida pública, com- mentária do Estado ou Município, é natUral
Este é, no nosso entender, o verdadeiro in- preendendo principal e acessórios, não que a emissão de títulos para este fim tenha
vestimento. O que promove a edu_cação e va- poderá ser superior a 10% (dez par cento) o mesmo tratamento, isto é, a emissão se faria
loriza o trabalho.. Aquele que _é feito com os da receita orçamentária do exercício. No dentro dos limites orçamentários aprovados
olhos no futuro, objetivando alterar o atual per- caso de obrigações assumidas através de em Lei Estadual ou Municipal e, o Estado ou
fil s6cio--econômico ·da sociedade bràsileira. operações de crédito ou de títulos da dívi- Município, através do Poder Executivo, com
Sala das Sessões, 8 de novembro de 1989. - da pública, em que os encargos não fo- a obrigação de atender as normas que regula-
-Senador Ronan ]"jto ram pré-fJXados e sim pós-fixados, o cá!- mentam a matéria.
-- -c-ulo do dispêndio para efeito de sua prl.- Isto posto, entendemos que este projeto de-
(À Comfss§à de Educação - decisão
jeÇão anual poderá ser estimada pelo ve ser acolhido pelo Senado Federal, visto que
teiTTlihat/Va.) vem atualizar o disciplinamento das operações
Banco Central do Brasil.
PROJETO DE RESOLUÇÃO N' 85, financeiras com Estados e Municípios à atual
Art. 2 9 O Conselho Monetário Nacional conjuntura econômica nacional.
DE 1989 estabelecerá as normas complementares, no
Altera a Resolução n' 62, -de 1973. que que-couber, necessárias à fiel aplicação desta Sala das Sessões, 8 de noVembfO- de i 989.
dispõe sobre op_e~ções de crédrto dos resolução. -frapuan CostiiJúnior.
Estados e folliir!cípios, fixa seus limites e Art 3° _Esta resÕJução entra em Vigor n<• LEGISlAÇÃO OTAD4
condições. data de sua publicação, revogadas'as dispo-
sições em contrário. Faço saber Que o Senado Federal aprovou.
O Senado Federal resoJve: - - Justificação nos termos do arl 42, inCiso VI, da Consti-
.Art. 1' O art. 4' §§ I'· 2' e 3' e art. 5° tuição, e eu, José 4e Magalhães Pinto, Presi-
§ 19 da Resolução n" 62, de 1975, que dispõe Estã propOSta faz-se necessária ·para atua- dente, promulgo a seguinte
sobre operações de cr_édito dos Estados e Mu- lizar alguns dispositivos da Resolução n" 62,
nicípios, ftxa seus limites e condições, passa _adaptando-a às peculiaridades da conjuntura RESOLUÇÃO N" 62, DE 1975
a vigorar com as seguintes alterarões: econômica e especialmente do mercado aber- Dispõe sobre operações de crédito dos
Art. 4' .................. . .. ····--- to, ..onde referidos títulos são transacionados. Estados e Municípios, fixa seus limites e
§ 1 Os títulos põâei'ão ser -emitidos
Q O que se propõe é permitir aos Estados e Cbnâições.
com rendimentos pré-fJXados ou pós-fi- Municípios que se utilizam da emissão de títu- Art. 19 _Subordinam-se às normas fixadas
xados. No caso_de emissão com cláusula los da dívida pública para financiar investimen· nesta resolução as operações de crédito de
de correção monetária, deverá ser obser- tos ou para antecipar sua receita orçamentária qualquer natureza, realizadas pelos Estados
vado que os índices de atualização n-ão maior fleXIbílidade operacional, frente à reali- e Municípios.
sejam superiores aos do Bônus do Te- dade do mercado financeiro. .Parágrafo único. Subordinam--se, tarr:t·
souro Nacional - BTN, ou outro índice o- mercado financeiro, em especial o mer- bém, ao disposto nesta resolução as opera-
que o GovernQ vier a fixar para os títulos cado _de títulos, opera sob condições e caracte- ções de crédito em que sejam intervenientes
da dívida pública. rísticas·de momento. Em determinadas situa- as entidades autárquicas estaduais e muni·
§ 2Q A emis~_o de títulos de prazo çães_OJllercado opera com títul_os Pré-ftxados cipais.
de vencimento inferior a doze meses so- e, emoutras, com títulos pós-fLXados, depen- Art. 29 A dívida consolidada interna dos
mente será permitida para resgate daque- dendo _.da conjuntura económica naCional. A EstadO-S e Municípios deverá conter-se nos se-
les em circulação, de igual prazo, ou possibilidade de ~_e_ utilizar essas modali9ades, guintes limites máximos:
quando a emissão for efetuada para o sem dúvida, oferece maior alternativa tanto 1- o montante global não poderá exceder
frrn da an.tedpação da receita orçamen- ao emissor quanto ao colocador dos mesmos. a 70% (setenta por cento) da receita realizada
tária dos Estados e Munldplos. Além do mais, faz-se necessária a correção no exercício financeiro anterior;
§ 3~ O pedido de emissão de títulos do § ]"', art. 49, por ele mencionar as ORTN II- o crescimento real anual da dívida não
de que trata este art.. deverá ser acompa- - Obrigaçàes Reajustáveis do Tesouro Na- poderá ultrapassar a 20% (vinte pOr cento)
nhado de plano de aplicação a ser sub- cional, que foram extintas. da receita realizada; -
metido à Secretaria de Pianejamento da 'Ü mesmo argumento cabe na. alteraçã9. do JII-o dispêndio anual com a respectiva li-
P,residência da República. Quando se tra~ § 2"', art. 4~, poiSei flexibilidade de prazo permite quidação, compreendendo o principal e aces-
tarde emissão,.de títulos da divida públlca ao_EstadQ_ou Município emissor dos títulos sórios, não poderá ser superior a 30% (trinta
para efeito de antecipação da receita, fica um .enquadramento mais realista nas tipicida- por cento) da diferença entre a receita total
dispensado de autorização prévia, desde des do mercado financeiro nacional. e a despesa corrente, realizadas no exercício
que a emissão seja feita respeitando-se Ao incluir no art. 5o a emisSão de títulOs anterior;·
o limite de 25% (vinte e cinco por cento) da dívida pública, com finalidade de anteci- [V- a responsabilidade total dos Estados
da receita estimada para o exercício finan- pação da reteita orçamentária, deseja~se am- e Munlcípíos pela emissão de títulos da dívida
ceiro. Entretanto, ficam o Estado e Muni- pliar esSa opÇão, pois os Estados e Municípios, pública não poderá ser superior a 50% (dn-
cípio obrigados ao registro da emissão a_ exemplo do Governo Federal, poderão aqui- qüenta por cento do teta fJXado no item I deste
no Banco Central do Brasil, acompanha~ latar e comparar as vantagens de se realizar artigo.
do do plano de aplicação, que também operações de crédito e/ou emissão de títulos § 19 Para os efeitos desta re:soJução, com-
será enviado à Secretária do Planejamen- -da dívida, por antecipação da receita orça- preende-se como dívida consolidada toda e
to da Presidência da República. meiltária. qualquer obrigação contraída pelos Estaçios
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Quinta-feira 9 674 i

e Municípios, em decorrência dê financiamen- das operações de crédito consignadas na Lei A matéria será despachada à Comissao de
toS ou empréstimos, mediante a celebração dos Meios. - Assuntos EcOnâmicOS._
de contratos, emissão e aceite de títulos, ou Arl6~ E~dado aos Estados e Municí~ O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
concessão de quaisquer garantias, que repre- pios assuni.ir compromissos com fornecedo- -Sobre a mesa, ccmunicziçân (Jue será naa"
sente compromis5o assumido em um exer_- res, prestadores de serviços ou empreiteiros pelo Sr. 19 Secretárlci.-
cicio para resgate em &ercfcio subseqOente. de obras, mediante emissão ou aval de pro;
§ 29 Na apuração dos limites ftxados nos missórias. aceite de duplicatas ou outras ope- É lida a seguirite:
itens I, II e 1ll deste artigo será deduzido da rações simjlares. Brasilia, 7 de novembro de 19tiY
receita o valor correspondente às operações Parágrafo único. Respeitados os limites fi- Senhor Presidente,
de crédito e da despesa corrente, os juros da xados no artigo 2~ desta Resolução, não s.~ ~-Em virtude da renúncia do Senador Mar-
dívida pública. aplica a proibição contida neste artigo às ope~ condes Gadelha à Uderança do nosso partido,
Mt. 39 OS Estados e Municípios poderão rações de crédito_que objetivam financiar a o PFL. vimos indicar o nome do S_enador Edi·
pleitear que os limites frxados no art. 2o desta aquisição de máquinas, equipamentos_e im- son Lobão para titular da UderanÇa. -João
resolução sejam. temporariamente elevados, plementas agrícolas ou de máquinas e equipa· Lobo - Hugo Napoleão -- D1'valdo _Suruagy
a fim de realizarern.-operações de crédito espe- mentes rodoviários. - Lourfval Baptista -.Marco .Maciel ~Ale­
cificanlente vinculadas a empreendimentos fi. Art. 79 Os Estados e Municípios deverão xandre Costa - Edison Lobão.
nanceiramente Viáveis e_ compatíveis coffi os prestar ao· Banco Central do Brasif informa-
objetivos e planos nacionais de desenvolvi- ,ções mens_ais &o_bre a posição de suas dívidas, O SJi PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
m~nto, ou ainda, em casos de_ excepcional acompanhadas dos respectivas cronogramas - O eXpediélte lido Val à pUblicação. (Pausa)
necessidade e urgência, apresentada, em de vencimentos. Sobre a mesa, requerimentos que serão li-
ciualquer hipótese, cabal e minuciosa funda· Art. 89 A inobservâ'ncia das disposições dos pelo Sr. 1? Secretário.
t'nentação. da presente resolução sujeitará_as autoridades São lidos os seguintes:
Parágrafo úniCo. A fundamentação técni- resp.onsáveis às sanções pertinentes,_cabenda REQUERIMENTO N• 602, DE 1989
ca da medida excepcional prevista neste artigo ao Banco Centr_al_ do Brasil exercer a compe-
será apresentada ao Conselho Monetário Na- tente fi~alização, no âmbito dos mercados _Requeremos urgência,_ n-os-termoS do art.
cional, que a encaminhará, por intermédio do financeiro e de capitais, na forma prevista ria 336, alínea -.'C", do regirrlerito Illier!lo, Para
Ministro da Fazenda, ao Presidente da Repú- ·' ei n 9_4.728, de 14 de julho de 1965. o J:'rojeto de Lei ~~_}?:istri~-_F~~~aln9 _72, d.e
blica, a ftm de que seja submetida à delibe- Art. 9' esta Resolução entra em vigqr na 1989, que cria no Quadro de pessoal do Dis-
ração do Senado Federal. data de !?Ua publciação, revogadas as Resolu- trito Federal, os cargos de natureza especial
Art 4 9 Os títulos da dívida pública esta- ções n~ 58168, 79170, 92170, 53171, 52172 que -menciona e dá outras providências.
dua1 e municipal somente poderão s_er lança- e 35174, do Senado _Federal. Sala das Sessões, 25 de outubro_ de 1989.
dos, oferecidos pubHcamente ou ter iniciada . Senado Federa1, 28 de outut>ri:)- de 1975. __:_Ronan__ TJ"to- Chagas Rodrigues_ -Jarl:ids
a sua colocação no mercado depois de previa· -José de .Magalhães Pinto, Presidente. Passarinho-MarcondeS Gade!ha." -~-
mente autorizados e registrados no Banco REQUERIMENTO N• 603 DE 1989
Central do Brasil, observadas as condições es- (À Comissão de Assuntos Econômf-
tabelecidas pelo Conselho Monetário Nado- mfcos.) · Requeremos urgência, nos termos do art.
na!. 336, alínea_ c, do Regimento Inteqto. para o
O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro) projeto de Lei no 332 de 1989, de autoria do
§ 1'? Os títulos poderão ser emitidos com -Os projetas lidos serãO publicados e reme-
cláusula de correção monetária, desde que Senador Mareio Lacerda, que Visa revogar os
tidos as Comissões compeo.'entes. arts. 51. 151 e 1!57 do Códigb Eleftoral (Lei
seus índices de. atualização não sejam supe· Peço aos Srs. Senador~ que se ençontrem
riores aos das Obrigações ReajustáveiS do Te· n• 4.737 de 15 de julho de 1965), que discri-
nas Comissões compareçam'. ao plenária, pois minam os eleitores hansenfanos.
souro Nacional. se dará início à votação. (Pausa)
§ 2 9 A emissão de título de prazo de venci- Sala das Sessões, 8 de noVembrO de 1989.
Sobre-ã mesa, comunicação que será lida --Mário Maia- Leite ChaveS. --Fetmmdo
mento inferior a doze meses soment_e será pelo Sr. 19 Secretário.
permitida para resgate daqueles em circula- Henrique Cardoso -Moysés AbrciO -Jarbas
ção, de igua1 prazo, observado o limite máximo ~ É lida a seguinte: Passaril!!!.o - Edison Lobão. _ '_
registrado na data da entrada em vigor desta Em 8 de novembro de 1989 O.SR. PRESIDENTE (Nelso!l Caneiro)
res_olução. Senhor Presidente, ..:_ ()s requerimentos lidos serão votados após
§ 3? · O pedido de emissã_o de títulos de Tenho a honra de comunicar a Vossa Exce- a Ordem do dia, nos têrmos regimentais.
que trata-este artigo deverá ser acompanhado lência, de acordo com o disposto no art. 39,
de plano de _aplicação a ser submetido à Se- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
- alínea "'a", do Regimento InternO, que mé au- -A Presidência recebeu a mensagem no 277,
cretaria de Planejamento da Presidência da sentarei dos trabalhos_ da Casa a partir do dia
República. de 1989 (n9 747/89, na otigem), pela qual
10-11-89, para breve viagem ao esttangeiro, o senhor Presidente da República comunica
-- Art. 5':> Os limites fiXados no art. 29 desta em caráter particular. sua ausência do país nos dias 1O e 11 do
resolução não se aplicam às operações de Atenciosas saudações. - Edison Lobdo. corrente para viagens ao Paraguai e Buenos
crédito para antecipação da receita autorizada Aires.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
no orçamento anual, que não poderão exceder
a ~% (vinte e cinco por centO) da receita .....;;. O expediente lido vai à Publicação. O expediente recebido vai à publicação .
estimada para o exercício financeiro e serão o_ .SR. PRESIDJ:.NIE (Nelson Camefro) É a SeQ!Jjnte a Mensagem recebida,:
obrigatoriamente liquidadas até 30 (binta) dias - A presidência recebeu a mensagem n? 278,
MENSAGEM N• 277, DE 1989
depois do encerramento deste. de 1989 (n• 738189·, mi origem), pela qual
(N• 747/89, na origem)
§ 1~ O dispênd.io mensal com a liquida- o senhor Presidente d':l República propõe seja
ção das operações de crédito para antecipa- autorizada a República Federativa do Brasil Excelentíssimos Senhores Membros do Se-
ção da receita, compreendendo o principal a ultimar contrato de finandaniento externo, nado Federal,
e acessórios, não poderá ser superior a 5% nQ \@]_Qt_Q_e até vinte e um m_ilhões_ e_quinhen· Te-nho a honra de _informar Vossas Excelên-
(cinco por cento) da receita orçamentária do tos mil marcos alemães, destinado a financiar c!as, com base no Art. 83 da CoOstituíçãO;
exercício. parcialmente a imp-ortaç~o de bens e serviços de que me deverei ausentar do País, nos dias
§ 2 9 Para efeitos de apuração dos percen- neceSsários ao projeto de ·~=apadtação indus- 10 e 11 de novembrO corrente, pãra participar,
tuais previstos neste artigo será deduzido do trial aeronáutica, a cargo do Ministério da Ae- ~pectivan-tente, na fronte_ira Brasii-Raraguai,
total da receita orçamentária prevista o valor_ roháutica. da inauguraç-ãO da 1.5" turbina de ltaip,u,_ visitar
6742 Quinta-feira 9 DIÁRfú DO CONGRESSO NACIQNAL (Seção II) Novembro de I 989

oficialmente Assunção a convite do Presidente funcionamentO,- o -pleiiãrici é ai1ti-regiment~l_ PARECER_~· 306,D.E 1989
Andrés Rodrigue2, e, em Buenos Aires, da assi~ funcionarem ComissOes. - A Comissão_de Constituição e JÜstiç:a,- em.
natura do contrato para a construção da Hidre- Obri9ado, Sr. Presídente. reun~ão secreta r~alizada ~ 25-10-.89, ·apre.:
létrica de Pichi-Picum-Leufu e da inaUguração - QsR.. PREsiDENTE (Nelson Carneiro) cíaficfo o RelatóriO apresentadO pelO Senfiof
da nova Chancelaria da Embaixada do Brasil. Senador Leite Chaves sobre a Men'Sa:gem n?
- A Mesa endereça, já que V. Ex~ se referiu
2. Como é do conhecimento de todos, as aos nomes, um apelo aos nobres Senadores 228, de 1989, do Senhor Presidente da Repú-
relações do Brasil com o Paraguai s'e caracte- João CalinOn e !'ielson Wedekin q_ue_ interrom- blica, opina pela aprovação da escolha do Se-
rizam por sua densidade, com desdobramen- pam, por instantes, os seus trabalhos nas Co- nhor D-outor José Luiz Vasconcellos, Juiz do
tos em diversos campos, O Brasil é o seu missões a que pertencem e venha!TJ ao plená- Tribunal Regional do Trabalho da Segunda
principal parceiro-comercial, financeirO e elier- rio, para que seja iniciada a votaÇãO. Região, pàra compor o Tribunaf SuPerior do
gético. Nesse sentido, a inauguração da lBt Trabalho, em vaga origin'ária, destinada a Juí-
turbina de ltaipu, num momento de tão graves O Sr. Mauro _Benevides- Sr. Presidente, zes da Magistratura Trabalhista de Carreira,
dificuldades econôinlco-financeiras, se reves- peço ·a palavra pela ordem. decorrente de nova composição do tribunal.
te de fundamental importância para o cumpri- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Brasilía, 25 de outubro de 1989. --:- Gd Sã-
mento do cronograma de construção da hi- -Concedo a palavra ao nObre Senador Mau- bóia de CarValho, Presidente _:.:Leite ChãVeS,
drelétrica. Ainda durante a _visita ao Paraguai, ro Benevides. Relator -Antõn_io !_uiz M<?"ya '---:- Jutahy .Maga-
tereu a honra de receber das mãos do Presi- lhães -Roberto Campos - .Marco Maciel .
dente Andrés RodrígueZ _o CoTar "Marisca] O SR- MAURO BENEVIDES (PMDB -
- Meira Fj}ho -Maurício Corrêa- Ney Ma-
Francisco Solano López", da Ordem Nacional CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
iái'ihão - Odacir Soaies - Wilson Milrtins
do Mêrito, a mais alta condecoração guaráni. Sr. Presidente, eu pediria a V. Ex" que até a
- Lourival Baptista -João Calmon - Fran:.
3~ Igualmente, as relações do Brasil com chegada dos nobres Senadores João Calmon cisco Rollemberg.
a Argentina ocupam lugar prioritário em nossa e Nelson Wedekin, os Membros da Comissão
política externa. A minha presença na cerimô- do Distrito Federal fossem inforrnados de que, O SR. PRESIDENTE (f'ielson Carneiro}
nia da assinatura do contrato para a constru· imediatamente após a sessão do Plenário, nós -_Em discussão o parecer. (Pausa )
ção da Hidrelétrica Plchi-Picun-Leufu consti- nos reuniremos para apreciar a mensagem Não havendo quem peça a palavra, encerro
tuirá uma demonstração a mais da impor- do Governador Joaquim Roriz que assegura a discussão.
tância que o Govemó brasileiro confere à" inte-- -a--aprovação de mensagem· de interesse dos Encerrada a discussão, passa-se à votação,
gração entre os dois Países. Durante a estad~ professores. que será feita por escrutínio secreto.
em Buenos Aires, terei a grata satisfação de Ó-SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Solicito aos Srs. Senadores ocupem os seus
inaugurar a nova Chãncelaria da Embaixada lugar~_s para se proceder à votação,
- A Mesa endossa_ a solicitação do nobre
do Brasil em Buenos Aires, que será mais um Senador Mauro Benevides.
Avotação é secreta, pode ser feita em qual-
símbolo da fraterna amizade que une _o Brasil quer lugar. (Pausa )
Logo após esta~sessã:o, se reu11irá a Comis-
e a Argentina. Os Sts-:. Senadóres já p·odem votar. (Pausa f
são do Distrito _féderal e retomarão aos seus
Brasília, 7 de novembro de 1989. -José A Mesa faz um apelo para que nenhum dos
trabalhÕ.s às Comissões que tiveram a reunião
Samey. · Srs. Senadores se afaste do plenário, a fim
interrompida. de que se procedam às votações seguintes.
O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro) A votação é secreta, mas a discussão, pú- Todos os Srs. Senadores já votãram? (Pau-
- A Mesa encarece a presença, no plenário, blica. sa.)
de todos os Srs. Sanadores _que se encontram So1iC:itó aos Sr.S. Senadores qÚe ocupem
no edifício do Senado Federal. Va'i-se proceder os seus lugares para que a Mesa possa conferir (Procede-se à votação.)
à votação. o número. O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
A Mesa faz apelo aos Membrós 'do Senado S. Ex!" poderão votar em qualquer lugar. -Votaram "sim" 37 Senadores, e "não", 2.
que se encontram na Comissao 'Mista para (Pausa) Houve I abstenção.
que venham ao plenário, Por um ou dois votos, Total de votos: 40.
pode ser frustrada a presente sessão, em que O SR. PRESIDENTE (Nelson Came~o) Foi aprovada aescolha._ _
devem ser votadas numerosas indicações de - Esg~tado o fempo destinado ao Expedien- A Presidência comunicará ao Senhor Presi-
autoridades. SoJicito aos Membros do Senado te. .. dente da República o resultado_ da votação.
Federal que se encontram nas ComissõeS Mis- Passa-se à
O SR. PRESIDENTE (Nelson CarneirO)
tas ou em outras Comissões, que veriham, -Item 2:
por alguns momentos, ao plenário. A vota_ção Discussão, em turno único, do Parecer
será rápida e S. E:c"-fetõrnarão aos trabalhos . ORDEM DO DIA
da Comissão de Constituição, J~tiça e
das Comissões. ~ Item 1: Cidadanía sobre a Mensagem n? 229, de
O Sr. Ronan nto- Sr. Presidente, peço DiscUssão, em turno único, do Parecer 1989 (n" 614/89, na origem), de 5 de
a palavra pela ordem. '" da _Comiss~o .de Constituição, Justiça e -outubro de 1989, j)elã qual o Senhor Pre-
Cidadania sobre a Mensagem no 228, de sidente da República submete_ à delibe-
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) ração do Senado a escolha do Doutor
1989 (n~ 613/89, na origem), de 5 de
- Com -a palavra o nobre Sehador Ronan Hylo Bezerra Gurgel, Juiz do Tribunal Re-
Tito. outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre-
sidente _da República submete à delibe- gional do Trabalho da 9-uinta Região, pa-
O SR- RONAN TITO (PMDB '"- MG. Pela ração do Senado a escolha -do Doutor ra Compor o Tribunal Superior do Traba-
ordem. Sem revisão __do Orador.)'- Sr. PreSi- José Luiz Vasconcellos, Juiz do Tribunal lho, em vaga originária, destinada aJuízes
dente, nós temos na Presidência d2_Comissão _Regional do Trabalho da Segunda Re- da Magistratura Trabalhista de Carreira,
de Educação -o nobre Senador J~o Calmon; gião, para compor o Tribunal Superior decorrente da nova composição do tribu-
temos, neste momento, o nobre Senador Nel- ~9_}~ah;llh~m ·vaga originária, desti- nal. _ __ .
son Wedekin, relatando projeto na Corriissão - --nada a Juízes da Magistratura Trabalhista Sobre a Mesa, parecer que_ será lido pelo
Sr. 1o Secretário.
Mista de Orçamento. Sugiro que seja enviado - áe'Carreífã:, decorrente da nova compo-
alguém da Mesa a essas Comissões, para soli- si:ção do tribunaL _ É lido o seguínte
citar pessoalmente a S. ~venham'ao plená· PARECER N• 307, DE 1989.
rio a fim de que participem da votação e pos· O Sr. 1"' Secretário procederá à leitura do
parecer.
sam retornar imediatamente, com o apelo de A Comissão de .Constituição e Justiça, em
V. Ex~ e o meu, mesmo porque, estando em É lido o seguinte reunião secreta realizada a 25-10-89, apre-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Se!;ãci II) Quinta-feira 9 6743

ciando o Relatório apresentado pelo Senhor perior do Trabalho, em vaga originária, desti- ......- Ney Maranhão -João Calmon - Marco
Senador Jutahy Magalhães sobre a Mensagem nada a Juízes_ da Magistratura Trabalhista de Macfe! - Francisco Rollemberg -Roberto
n 9 229, de 1989, do Senhor PreSidente da ReM Cãrréifã, "decorrente de nova composição do Campos.
pública, opina pela aprovação da es_colha do • Tribunal. O SR. PReSII)ErrrJ::. (!'felson Carnefro)
Senhor Doutor Hylo Bezerra Gurgel, Juiz do BrasíJta, 24 de outubro de 1989._- Gd $a- -Em discussão o parecer.:(Pausa)
Tribunal Regional do_Trab.alho_da Quinta ReM bóia de CãíValho, Presidente -José Agrípfno, Não havendo quem peça a palavra, encerro.
gião, para compor o Tribunal Superior do Tra- Relator - Lourival Baptista - Jutahy Maga- a discussão.
balho, -em vaga originária, destinada a Juízes JhdeS - Aureo _Melo - Mauricio Corrêa - Encerrada a discussão, passa-se à votação,
da Magistratura Trabalhista de Carreira, decor- Mauro Benevides - Meira Fílho - Odacir que será realiz.ada por escrutín~o secreto._
rente da nova composlção do tnbunaJ: Soares -JoãO Menezes- ~JOão Castelo - Os Srs. Senadores já podefr1 votar. (Pausa)
Brasília, 25 de outubro de 19_8_9. - Gd &- Chagas Rodn"gues. Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pau-
bóia de CalValho, Presidente -Jutahy Maga- O SR. PRESIDmTE (Nelson Carneiro) sa)
lhães, Relator- Leite Chaves- Antônio Lu/4 - Em discussão o parecer, (Pausa)
Maya - Roberto Campos - Marco Maciel (Procede-se à votação.)
Não havendo quem peça a palavra, encerro
-Melro Filho- MaUiicío CO----riéa - Ney Ma- a discussão. O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
ranhão - Odadr Soares .:...:..:. -Wílson Martins -Vou proclamar o resultado.
Encerrada a discussão, passa-se à votação,
- Lourival Baptista- João Calmon - Fran:.. Votaram -"Siin'.-37 5eriádáres, e·"não", 4.
que será feita por escrutínio secreto.
cisco RoUemberg. Não houve abstenções.
O Srs. Senadores já podem votar. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pau- Total de voto!3: 41.
- Em discussão o parecer. (Pausa ) sa) Aprovada a escolha.
Não havendo quem peça a palavra, encerro A Presidência comunicará a-o Senhor Presi-
"(PiOCiii:Jf:-seá-VOtaÇ80.) - dente da_Rep~blica_o_r~su_i.@do da votação.
a discussão.
Encerrada a discussão, passa-se à votação, O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) O SR. PRESIDENTI; (Nelso.n_Cameiro)
que será realizada por escrutínio secreto. -Votaram "s_im" 36 Senadores, e "não", 4.
-Item5:
Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa.) Houve 1 abstenção.
Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pau- Total de votos: 41, Discussão, em turno único. do Parecer
sa.) Aprovada a escolha. da Comissão de Constituição, Justiça e
A Presidência comunicará ao Sen_hol' Presi- Cidadania sobre ã Mensagem no 232, de
(Procede-se iJ votação.) 1989 (n' 1317/8~~naorigem), de 5 de
dente da República o resultado da votação.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre-
-Votaram "sim" 35 Senadores, e "não", 3.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) sidente da República submete à delibe~
-ltem4: r?~ção__ 9.9 Senado a escolha dÇl I?ol:ltor
Houve 2 abstençõ_es.
Total de votos: 40. _J)i,sç:~~p;_~m tt.~mo. único, do Par~cer Uq;ulin9_ Santos Filho,-pa~_a i::_om_por o Tri~
Aprovado o parecer. da Cornissão~de ConstítiiiçãO, Justiça e btmal Superior do Trabalho, em vaga ori-
A Mesa comunicará ao Senhor Presidente Cidadania sobre a Mensagem no 231, de ginária; destin_~da a advogados, 9ecorren-
da República o resultado da votação. 1989 (n•_ 616189. na origem). de 5 de te da nova composição do tribunal.
Solicito aos Srs. Senadores que não aban- outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- Sobre a MeSa, parecer que será lido pelo
sidente_ da República sullmete à delib~­ SrL.1 o Secretário.
donem o plenário.
0

raçáo cto Senado a esc-Olha do Doutor


O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Ney Proença Doyle, Juiz do Tribunal Re- É lido o seg~inte
-ltem3: gional do Trabalho da Terceira Região, PARECER N• 310, DE 1989
Discussão, em turno únicO, do Parecer para compor o Tribunal Superior do Tra-
da Comissão de CõnstituJção, Justiça e balho, em vaga originária, destinada aJuí- A Comissãõ-âe Constituição e Justiça. em
Cidadania sobre a Mensagem no 230, de zes çla Magistratura Trabalhista de -Car- reunião secreta realizada a 19-10-89, apreM
1989 ~n9 615/89, na origem), de 5 de reira, decorrente da nova composição do cfahdo o Relatório apresentado pelo Senhor
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- tribunal. Senador Maurício COrrêa -sobre a Mensagem
sidente da República submete à delibe- n9 232, de 1989, do Senhor Presidente da Re-
ração do Senado a esCOlha do Doutor Sobre a Mesa, parecer que será lido pelo pública, opina pela aprovação da escolha do
Francisco Fausto Paula de Medeiros, Juiz Sr. J9 Secretário. Senhor Doutor ·arsulir:iO- SaiitOS Filho1 par_a_
do Tribunal Regiona_l do Trabalho da Sex- É_Jido o seguinte compor o Tnbunal Superior <:lo Trabalho, em
ta Região, para compor o Tribunal Supe- vaga originária, destinada a advogados, decor-
dor do Trabalho, em vaga originária, des- PARECER 1'1' 3Q9, QE 1989 rente da nova composição do tribunal.
tinada a Juízes da Magistratura Trabalhis- A Comissão de Constituição e Justiça, em Brasma, 19 çle outubro de 1989.- Odacír
ta de Carreira, decorrente da nova com- reunião secreta realizada a 25-10-89, apre- SõareS, Presidente em Exercfcio - Maurício
posição do tribunal. ciandO- O ReJatórirJ"- apteseri.fãdo pelo Senhor -Cõrr~a, Relator - Aluízio Bezerra - Jutahy
Senador Leite Chaves sobre--a "Mensagem n• Magalhães- Ney Maranhão- Ronaldo_Ara~
Sobre a Mesa, parecer que será lido pelo
Sr. 19 Secretário. 231, de 1989, do Senhor-Presidente da Repú- gão- Leíte Chaves- W!1son Martins-FranR
blica, opina pela aprovaçao dá escolha do SeR císco Ro!lemberg - --Meira FUho - Chagas
É lido o seguinte nhor Doutor Ney Proença Doyle, Juiz do TribuR Rodrigues.
na! Regional do Trabalho da Terceira Região, Q_ SR. PRESIDENTE (Nelson C.:2meir9_}
PARECER N• 308, DE 1989
para compor o Tribunal Supe,rior do Trabalho, -Em discussão o parecer. (Pausa)
A Comissão de Constituíção e _Justiça, em em vaga originária, destinada a Juízes da Ma- Não havendo quem peça a palavra, encerro
reunião secreta realizada a 24-1 0~89, apre· gistratura Trabalhista de Carreira, decorrente
a discussão.
dando o Relatório apresentado pelo Senhor de nova cOmposição do tribunal. Encerrada a discussão, passa-se à votação,
Senador José Agripino sobre a Mensagem n" Brasma, 25 de outubro de 1989. - Gd Sa- qUe será realizada por escrutínio secreto.
230, de 1989, do Senhor Presidente da Repú· bóia de Carvalho, Presidente - Leite Chaves, Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa)
blica, opina pela aprovação da escolha do Se- Relator -EdlsonLobão -Antônio Luiz Maya Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pau·
nhor Doutor Francisco Fausto Pau1a de Medei- - Jutahy Magalhães - Louriva! Baptista - sa)
ros. Juiz do Tribunal Regional do Trabalho Chagas Rodrigues - U'ilson Martins -Mau-
da Sexta Região, para compor o Tribunal Su· rfcio Corrêa-- Meira Fúho - "Odacir Soares - (Procede-se à vo_liiçãÕ)
6744 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de 1989

O SR. PRESIDENTE (Nelson Cam_eiro) Cidadania sobre·a Mensagem n~ 234, de PARECER N• 313, DE 1989
- Vou proclamar o resultado. 19"89 (n9 619/89, na origem), de 5 de
A Comissão de Constituição e Justiça', em
Voiãram sim 36 Srs. Senadores, e "não" outubro de 1989, pela qual OSenhor Pre-
reunião secreta realizada a 25·10-89, apre-
5. sidente da República submete à delibe-
ciando o Relatório apresentado pelo Senhor
· Não houve abstençâo. - _ração do Senado a escolha do Senhor
Senador Lourival Baptista sobre a Mensagem
Tatai de votos: 41. José Calixto Ramos, para compor o Tri-
no 235, de 1989, do Senhor Presidente daRe·
Aprovada a escolha. bunal Superior do Trabalho, em vaga Ori-
pública, opina peta aprovação da escolha do
A Presidência comunicará ao Senhor Presi- ginária, decorrente de nova composição
Senhor Mayo Uruguaio Fernandes, para na
dente da RepúbUcã. o fesUltado da votação. _ _do TST, destinada a Ministro Oassista,
qualidade de suplente de Ministro Oassista,
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) repreSE:ntarite dos trabalhadores.
representante dos trabalhadores, compor o
-Item6: Sobre a mesa, paracer que será lido pelo Tribunal Superior do Trabalho, em vaga origi-
Discussão, em turno (mico, do Parecer Sr. ]9 SeCretário. -
nária, decorrente da nova composição do Tri-
da Comissão de Coristituição, Justiça- e É lido o seguinte. -bunal.
Ctdadania sobre a Mensagem n~ 233, de
1989 (nQ 618/89, na _orig~m), de _!2 _de
~~-PARECER N• 312,DE 1989 Brasília, 25 de outubro de 1989. =--
Gd Sa-
bóia de CaivillhO, -Presidente- Lourival Bap-
outubro de 198"9, pelã qual o Senhor Pre- A Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião secreta realizada a 24-1 0~89, apre- tista, Relator- Francisco Rollemberg- Mar·
sidente da República submete à delibe- co Jvlaciel - Meira A1ho - Maurício Corrêa
ração do Senado a escolha do Senhor ciando o Relatório apresentado pelo Senhor
-NeyJv1aranh.io-IM1son Martins- Chagas
José Francisco -da Silva, para compor o Senador Mauro Benevides sobre a Mensagem
no 234, de 1989, do Senhor Presidente da Re-- Rodrigues - Leite cnaves -.- Jutahy Maga-
Tribunal Superior do Trabalho, em vaga lhães - Roberto Campos - JOOo Calmon
pública, opina pela aprovação da escolha do
origin~a, Ef~.rr~.D:l;e _d~_ nova composí- -António Luiz Maya.
ção do TST, destinada a Ministro Oas- Senhor José Calixto Ramos, para compor o
sista, representante dos trabalhadores. Tribunal Superior do Trabalho, em vaga origi- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)-
nária, decorrente da nova composição do Em discussão o parecer. (Pausa)
Sobre a mesa, parecer que será lido pelo TST, destinada a Ministro Classista, repre_~en­ Não havendo quem peça a palavra, encerro
Sr. 19 Secretário. tante dos trabalhadores. a discussão.
É lido o seguinte Brasi1ia, 24 de outubro de 1989. - Gd &i- Encerrada a discussão, passa·se à votação,
PARECER N• 311, DE 1989 bóia de Carvalho, Presidente -Mauro Bene- que será realizada por escrutínio secreto.
A Comissão de ConstltuíÇ-ão e Justiça, em vfdes, Relator -José Agrlp/no- Jutahy Ma- Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa)
reunião se_creta realizada a 25-10~89, ·apre- galhães - Áureo Mel/o - João Menezes - Todos os Srs.. SenadoreS já votaram? (Pau-
ciando o Relatório apresentado pelo Senhor Chagas Rodrigues- Ocfa_cir Soares- Meira sa)
Senador Marco Maciel sobre a Mensagem n~ Filho -Mário Maia -Maurício Correa.
(Proced~se à votação.)
233, de 1989, do Seimor Prestderite da Repú- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
blica; opina pela aprovação da escolha do Se- -_Em discussão o parecer. (Pausa)
nhor José FranciSco da Silva, para compor Não havendo quem peça a palavra, encerro O SR. PRESIDENTE (Nelson Camelio)
o Tribunal Superior do Trabalho, em vaga ori- a discussão. --:-Vou proclamar o resultado. (Pausa)
ginária, decorrente da nova composição do Encerrada a discussão, passa-se à votação, Votaram Sim, 28 Sis. Seita doreS;- e Não,
TST, destinada a Ministro Classista, represen- que será realizada por escrutínio se_creto. 9.
tante dos trabalhadores. Os Srs. Serladores já podem votar. (Pausa) Houve 3 abstenções.
Brasília, 25 de outubro de 1989. - Od Sa- TodOs os srs:senadoresjá votaram? (Pau- Total de votos~ 40.
b6ia de Carvalho, Presidente- Marco Jvladel, sa) . -Aprovada a escolha.
Relator ..;_-FranCisco RoUemberg - Robérto (Procede-se .à votação.) A Presidência comunicará ao Senhor Presi-
Campos-Leíte Cliati-es-Antonio Luiz Maya dente da República o resultado da votação.
- Jutahy Magalhães - Louriva/ Baptista - O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
ChagasRodn"gues-:- WilsonMartíns-Odacir ...::. Vou proclamar o resultado: (Pausa) O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Soares -Meira Filho -João Cllfmon- Ney Votaram Sim 32 Srs. Senãdores~ _e Não, 8. -Item!):
Maranhão. Houve 1 abstenção. Discussão, em turno único, do Parecer
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Total de votos: 41. da Comissão de Constituição, Justiça e
-Em discussão o parecer. (Pausa) Aprovada a escolha. Gdadania sobre <1 Mensagem n~ 236, de'
Não havendo quem peça a palavra, encerro A Presidência comunicará ao Senhor Presi- 1989 (n9 621/89, na origem), de 5 de
a discussão. dente da República o resultado da votação. outubro de 1989, pela qUãl o Serlhor Pre-
Encerrada a discussão, passa-se_ à votação, O SR. _PRESIDENTE _(Nelson Carneiro) -- sidente da República submete à delibe-
que será realizada por escrutínk) secreto. ......-Item 8: ração do Senado a escolha do Doutor
Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa) .. Discussão, em turno único, do Parecer- Juvenal Pedro Cim para, na qualidade de
TOdos os Srs. Senadores já vOtaram? (Pau- da Comissão de Constituição, Justiça e Suplente de Ministro Classista, represen-
sa) Cidadania sobre a Mensagem n? 235, de l;élnte dos trabalhadores, compor o Tribu-
(Procede-se ii votação.) 1989 (n9 620/89, na origem), de 5 de nal Superior do Trabalho, em vaga origi-
O SR. PRESIDENTE !Nelson Carneiro) outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- nária, deco.-rente da nova composição do
-Vou proclamar o resultado. sidente da República, submete à delibe- tribunal.
Votaram "Sim" 35 Sr. Senadores· e "Não'' ração do Senado a esç:olha do Senhor
Sobre a mesa, parecer que será lido pelo
6. . . ' MaYo UrugUaio Fernandes para, na quali- Sr. J9 Secretário.
Não houve abstenção. dade de Suplente de Ministro Classista,
Total de votos: 41. representante _dos trabalhadores, compor É lido o seguinte
Aprovada a escolha. o Tribunal Superior do Trabalho, em vaga
A Presidência comunica-rá ao Senhor Presi- originária, decorrente da nova composi- PARECER N• 314, DE 1989
dente da República o resultado da votação. ção do Tribunal.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) A Comissãc.- de ConstituiçãO e JuStiça, em
Sobre a mesa, parec_er que será lido pelo
-Item 7: Sr. 1o Secretário. reunião secreta realizada a 25-10-89, apre·
Discussão, em turno único, do Parecer dando o Rel.:;~:tório apresentado pelo Senhor
da Comissão de Cohstituição, Justiça e É Ilda o segÚinte Senador Frãncisco RÕUemberg sobre a Men-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II)_ Quinta-feira 9 6745

sagern n 9 236, de 1989, dOSenl1õrPresidente Magalhães- Ney Maranhão - Rona!dO Ara- composição do TST, destinada a Ministro
da República, opina pela aprovação da escolha gão-LeiteC/1aves- UiJ!sonMBrtins-Fran- Oassista, representante dos e!T!pregadoies.
do Senhor Juvenal Pedro Gm, para na quali- clsCo Rollemberg - Meira FUho - Chagas Brasília, 25 de outubro de 1989. - dd Sa-
dade de suplente de Ministro Classista, repre- Rodrigues. bóia de Carvalho, Presidente- Odac:ir SOares
sentante dos trabalhadores, compor o Tribu- Relator-~ Ney Maranhão- Meira Filho -
nal Superior do Trabalho, em vaga originária, O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
-Em discussão_o parecer. (Pausa) JamU Haddad- Maurfdo Correa - Cfiagas
decorrente da nova composição do Tribunal. Rodrigues - Francisco Rollem/5erg --João
Brasüia, 25 de outubro, de 1989. - Cid Não havendo quem peça a palavra, encerro
a discussão. Calmon - Marco·Madel- Roberto Campos
Sabóia de Carvalho, Presidente - Francisco - Jutahy Mag_alhães --,Lourival Baptista -
RoUemberg, Relator -Antônio Luiz Ma_y,;;1 - Encerrada a discussão, passa-se à votação,
que_ será re_ali_zada por escrutínio secreto. u-1/son Martins -- Leite Chaves - Antônio
Marco Maciel- Meira Filho -Mauricio Cor- Luiz Maya.. --
rêa - Ney Maranhão - ' U-7/son Martins - Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa)
Todos os Srs. Seriadoresjá votaram? (Pau- O SR. PRESIDENTE (Neison Carneiro)
Chagas Rodrigues- Leite Chaves -Jutahy sa) ::::Em discussão o parecer. (Pausa)
Magalhães -Roberto Cainpos -João Cal~
mon. (Procede-se à votação.) ~ão havendo quem peça a paJavra, encerro
a discussão.
O SR. PRESIDENiE (Nelson Carneiro) - O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Ence~rada _a- discussão, passa-se à votação,
Em di.sç:ussão o parecer. (Pausa) --:-Votaram sim 34 Sr~. Senadores; e não 7. que sera reahzada por escrutínio secreto.
Não havendo quem peça a palavra, encerro - Houve 2 abstençõeS.- Os Srs. Sen_~á~S fá.Pôdem votar. (Pausa)
a discussão.
• Encerrada a discussão, passa-se à votação,
Total: 43.YQ\os.
Açirovadãà escOlha.
saT ~dos os Srs. Senadores já vq_taram? (Pau-
que será realizada por escrutínio secreto. A Mesa comunicará ao Senhor Presidente ·· c ___ (Proc:ede-se_à _votação)
Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa) da República o resultado da vOtação.-
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pau- O Sr. Mauricio CoJTêa- Sr. Presidente, -Votaram sim 33.SrS. Sénadores; e -não-9.
sa) .Qe<;:o. a oalavra pela ordem. Houve 1 abstenção.
(Procede-se à votação.) O SR. PRESIDENTE (N•Ison Cameiro) -Total: 43 votos.
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) - Concedo a pâlavra ao nobre Sanador Mati- Aprovada a escolha.
- Se todos os Srs. Senadores já votaram, rício Corrêa. A Mesa comunicará ao· Senhor Presidente
vou proclamar o re~ultado. (Pausa) '"da ~e_p_~lic~ o res':!ltado da votação.
OSR. MAURiCIO <:O~ (PDT -DF.
Votaram Sim, 32 _Srs. Senadores; e Não, O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
Pela ordem, sem revisão do orador.) - Sr.
10. Presidente, nci votélção ánt€Ii0r, o fndicado te- -Item 12: --~ ·-· · - ~' -
Houve 1 abstenção. ·ve dez. votos_ contrários e uma abstenção. Clos-
Total: 43 votos. Discussão, em turno_único, do Parecer
t8ria que conferisse -se é a verdade. Na Comis- da Comissão de -constituiçãO, Justiça e
Aprovada a escolha.
são de CoriStituição,·Justiça e.Odadania, não Cidadaniã sObre_a 1"-\ensageni.- fi9 2~9, de
A Mesa comunica~:_á ao Senhor Presidente
houve voto contrário; foram onze votos favorá- 1989 (n' 624/89, na origem), de 5 de
da República t"l resultado da votação. veis unânimes. Peço a V. ~ qUe fique regis- de outubro de 1989, pela qual o Senhor
O SR. PRESIDENTE (Nefson ·cam~iro) trada a ressalva. Presidente da República submete à deli-
-Item 10:
Discussão, em turno único, do Parecer O SR- PRESIDENTE (Nelson Carneiro} beração do Senado a,escolba do Doutor
da Comissão de .Constituição, Justiça e - V. ~ será atendido. Paulo de Azevedo Marques Para, na quali-
Cidaâanlã sobre a Me:nsagem n~ 237, de dade de· StiPieõte ·de MiriiStro Classista,
-- Q_SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
1989 (n' 622/89, na origem), de 5 de ~(temll:
representante dos empregadores, com-
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- por o Tribunal Superior do Trabalho, em
DiS-cUssão, em turno único, do Parecer
sidente da RepUblica submete à delibe- vaga originária, decorrente da nova com-
da Comissão de COnstitulç.:ão, Justiça e
ração do Senado a escolha do Doutor Cidadania s_obre a Mensagem n9 238, de posição do TMbunal.
Francisco_ Leocádio Ar~(!:Jo Pinto, para 1989 (623/89, na õnge!TI), de 5 de outu- .Sobre-a -mesa. Parecer q~e será lido pelo
compor o Tribunal SUpedor do Trabalho, bro de 1989, pela qual o Senhor Presi- .Sr. 19 Secretário.
em vaga originária, decorrente da nova dente da República submete à- delibera-
composição do TST, destinada a Ministro
E lido o· seguinte
ção do Senado a escolha do Doutor:Afon-
Classista, representante dos empregado- so Celso Moraes. de Spus.a Carmo, para PARECER N• 317, DE 1989
res. compor o Tribunal Superior do Trabalho, A Comissão de Constituição e Justiça. em
Sobre. a mesa. parecer que será lido pelo em vaga originária, decorrente da nova reunião secreta realizada a 25-10-89, apre-
Sr. Primeiro Secretário. composição do TST, destinada a Minlstro cianêlõ o·Rélatório apresentado pelo Senhor
É lido o seguinte Oassista, representante dos empregado· Seriado r Jutahy Magalhães sobre a Mensagem
res. n" 239, de 1989 do Senhor Presidente da Re-
PARECER N• 315, DE 1989
Sobre a mesa, parecer que será liclo pelo pública, opina pela aprovação da escolha do
A Comissão de Constltuiç~o e Justiça, em Sr. Primeiro Secretário. ~-Senhor Paulo de Azevedo Marques, para na
reunião secreta realizad,a a 19-10-89, apre- qualidade de Suplente de Ministro Classi_.s:~,
dando o relatório apresentado pelo Senhor ~ lido o seguinte represehtan_te dos empregadores, compor o
Senador Mauricio Corrêa sobre a Men;"l.gem Tribunal Superior do Trabalho, em vaga origi-
PARECER i"'' 316, DE 1989
n 9 237, de 1989, do Senhor Presidente daRe- nária, decorrente da nova composiç:ão do Tri-
pública, opina pela·aprovação da escolha do A Comis_sã._o de_ ÇçnstitÜiÇão e Justiça, erõ bunal. -- ·
Senhor Francisco Leocâdio Araújo Pinto, para reunião secr:~ta realizada a 25-10-89,_ apre· Brasl1ia,'"25 de -oUtUbro_ de 1989. - Õ4 $a-:
compor o Tribunal Superior do Trabalho, em dando o Relatório apresentado pelo Senhor- bóia de CaJYalho, Prestdente -JutfJljy Jl1aga-
vaga originária, decorrente da nova compo- Senador Ney Maranhão sobre a Mensagem /hãe~~ _Rela!_or - Francisco_ Rollemberg -
sição do TST, destinada a Ministro Çlassista, n" 238, de 1989, do Senhor Présidente daRe-- Lourivaf Baptista -:- Marco Jl1acie/ ~ Meira
representante dos empregadores. pública; opina pela aprovação da escolha do _Filho - MauríciO Corréa - NrJ!y Maranhão
B'rasília, 19 de outubro de 1989.- Odacir Senhor Afonso Celso Mciraes de Sousa C_ar- - Wilson Martins -:- Chagas Rodrigues -
Soares, Presidente em ex_ercício_ - Mauricio mo, pa~a com-por o Tribur1al Superior do Tra- Leite Chaves- Roberto Campos -João Ca!-
Corréa, Relator - Alufzio Bezerra -:__ Jutahy balho, em vaga originária, decorrente da nova mon- Antônio Luiz ftfaya.
6746 Quinta-feira 9 [)IÁRlO DO CONGRESSO _NAOONAL (Seção 11) _ Novembro de 198~-

O SR. PRESIDENlE (Nelson Carneiro) O SR. PRESIDENTE (Nelson '"'carneiro) O -SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
- Em discussão o parecer. (Pausa) -Votaram sim 31 Srs. Senadore~; e não 9. - PassaMse à votação do Requerimento de
Não havendo quem peça a pa1avra, encerro Houve 1 abstenção. Urgência, n~" 602, de 1989, para o PDF n9 72,
a discussão. Total devotos~41. de 1989.
Encerrada a discussão, passa-se à votação, Aprovada a escolha. Em votação.
que será realizada por escrutínio secreto. A Presidência comunicará ao\Senhor Presi- O Srs. Senadores que o aprovam queiram
Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa} de!lte da Repú!>li~a_ o r~s_~tado da vo~@Q~ permanecer sentados. (Pausa.)
Todos os Srs. Senadores Senadores já vota- O SR. PRESIDEN1E (Nelson Carneiro) Aprovado. .
ram? (Pausa) - A matéria figurará na Ordem do D1a da s~
-Item 14: ·
(Procede-se à votaç.§o.) guncia sessão ordi_nária subseqüente.
Discussão, em turno único, do Parecer
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) da C6riíissão de Co!Ístituição, -JustiÇa e O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
-Votaram sim 33 Srs. Senadores; e não 8. Cidadania sobre a Mensagem n~ 244, de - Passa-se à votação do Requerimento de
HOuVe 2-abstenÇões. 1989 (n' 644/89, na origem), de 13 de Urgência n~" 603, de 1989, pi:ua o PLS n~ 332,
Total: 43 votos. outubro do corrente anõ,- pela qual o Se~ de 1989.
Aprovada a escolha nhor Presidente da República submete à Em votação. _
A Mesa comunicará ao Senhor Presidente ~liberação do Senado a escolha do Ge· Os Srs. SeriadoreS que o aprovam queiram
da Repúblic~ o resultado da votação. neral-de-Exérdto Wüberto Luiz Lima, pa- permanecer sentados. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) ra exercer o cargo de Ministro do Superior Aprovado.
Tribunal Militar, na vaga decorrente da A matéria figurará na Ordem do Dia da se-
-Item 13:
apOsentadoria do Ministro General-de-É- gund.;~ sessão ordinária subse_qüente.
Discussão, em turno único, do Parecer xercito Alzir B~njamim Chaloub.
da Comissão_pe C:onstituiçáo, Justiça e o- SR. PRESIDEN'IE (Nelson Carneiro)
Gdadania sobre a Mensagem n~> 240~ de Sobre a mesa, parecer que será lido pelo - 0 Presidente da Comissão do Distrito Fede-
1989, (n' 625/89, na origem), de 5 de_ Sr. 1o Secretário. - ra] faz apelo para que os Srs_. Membros compa-
outubro de 1989, pela qual o Senhor Pre- __ _É lido o seguinte reçam à reunião dª-_ COmis_sãO. Da mesma for-
sidente da Repúbltca submete à delibe- ma, apela o Sr. Presidente da Comissão de
--PARECER N• 319, DE 1989 Educação. - - · ··
ração do Senado a escoJha do Doutor A Comissão de Constituição e Justiça, em
Osório Coelho Guimarães Filho para, na reunião secreta realizada a 25-10-89, apre- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro)
qualidade de Suplente do Ministro aas- dando o Relatório apresentado pelo Senhor -A presidênda comUnica que não serão de-
sita, representante dos empregadores, Senador Marco Maciel sobre a M_en_sagem n~ signadas matérias para a Ordem do Dia da
compor o Tribunal Superior do:Trab~ho, 244, de 1989, do Senhor Presidente da Repú- sessão ordinária de hoje, em virtude de realiza-
em vaga originária;- decorrente da ilova blica, opina pela aprovação da escolha do Se- ção de sessão solene do Congresso Nacional.
composição do Tribunal. nhor Generai-de-PércitO, Wiiberto Luiz Uma, Assim sendo, designa para a sessão ordinária
Sobre a mesa parecer que será lido pelo para exercer· o Cãrgo de Ministro do Superior de amanhã, às 14 horas e 30 minutos; a se-
Sr.- I~ Secretário. Tribunal Militar, na vaga decorrente da apo- guinte
sentadoria do Ministro General-de-Exército AJ-
É lido o segUinte zir Benjarrün thaloub. OROEMOOOIA
PARECER N' 318, DE 1989 Brasilia;25 de outubro de 1989.- ad Sd~ ·-r;...--
A COmissão de Constituiçao e Justiça, em bóia de Carvalho, Presidente- Marco Made/, PROJEfo DE DECRETO
reunião s_ecreta realizada a 25~ 10~89 aprecian~ Relator - Meíra Filho - Roberto Campos LEGISLATIVO N• 36, DE 1989
do o Relatório apresentado pelo Senhor Sena- - Jamil Haddad - João Calmon - Fran- (fnc!Wdo em Ordem do Dia, nos termos do
dor Odacir Soares, soDr~ ã Mensagem no 270, cisco· Rol/emberg - J.1aurfdo Corréa- COO~ art 353~ parágr.afo único,
de 1989, do Senhor Presidente de República, gas Rodrigues - Ney Marlinhiio - Odaclr
do Regimento Interno)
opina pela aprovação da 'escolha do Senhor Soares- WtlsonMartins-AntonioLuizMaya
Osório Coelho Guimarães Filho para, na quali· - Juthay Magalhães - Lourival Baptista - -Discussão em. turno único, do Projeto de
dade de suplente de Ministro' Oassista, repre- Leite Chaves. Decreto Legisiativo n 9 36, de.l989 (n~
sentarite dos empregadores compor o Tribu- O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) 112/89,na Câmara dos Deputados), que apro-
nal Superior do Trabalho, em vaga originária, - Ein disCussão o parecer. (Pausa) - va o ato que renova a conceSsão ~utorgada
decorrente da nova cornposJçãd do Tribunal. _~ão havendo quem peça a palavra, encerro à Radio Imperatriz Sodedade Ltda., para ex-
Brasília, 25 de outubro de 1989. - Od Sa- -,;-discussão. plorar s~rviço d_e racUoaifusão em Onda Média,_
bóia de CarViJJho, Presidente- Odacír Soares EriCerrada a discussão, passa-se à votação, tta Gdade de Imperatriz, estado do Maranhão,
-Relator, Ney Maranhão -_ Meira Filho - que será realizada por escrutínio secreto. tendo
Jamü Haddad- Maurido Coriea - Chagas Os Srs. Senadores já podem votar. (Pausa.} PARECER PREUMINAR, por pedido de c!ili·
Rodrigues - Francisco Rol~e_rnberg - João Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pau- gência.
Calmon -Marco Macie/- Roberto Campos sa.J. -2-
- Jutahy Magalhães ~ Loun'val Baptista - - (Procede-se à Votação.)
W7Json J.1artins - Leite Chaves - Antonio Votação, em prlmero turno,-da Proposta de
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) _Emenbda à Constituição n<? 1, de 1989, de
LuizMaya.
-Votaram sim 28 Srs. Senadores: e não b. autoria do Senador João Merlez.es e outros
O SR. PRESIDENTE (Nelson Carneiro) Houve 2 abstenções. Senhores Senadores, que altera os prazos es-
-Em discussão o parecer. (Pausa) Total de votos: 43. tabelecidos no § 6~ do art 14, para desincom-
Não havendo quem peça a palavra, encerro Aprovada a escolha. patibilização do Presidente da República, dos
a discussão. · · - K Mesa comunicará ao Senhor Presidente Governadores de Estado, do Distrito-Federal
Encerrada a discusSão, passa-Se à votação, da R€:pública o resultado da votação. e dos Prefeitos, tendo
que será realizada por escrutínio secreto. -o SR. PREsn)ENTE (NeJson Carneiro) PARECER, sob n' 145, de 1989,
Os Srs. Sen~adoreS já poderr- votar. (l:'ausa )- -da Comissão Temporária, favofáVel ao
~ A Mesa convoca os Srs. Senadores para
Todos os Srs. Senãc!Oii.S já votaram? (Pau- uma sessão solene, a realizar~se hoje às 15 prosseguimento da tramitação da matéria,
sa) com voto vencido dos Senadores Chagãs Ro-
horas, comemorativa do Ç~ntenário da Repú-
(Procede~se ii votação.) blica. drigues e _Maurício Corrêa.
Novembro de 1989 DIÁRLO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) _ Quinta-feira 9 6747

-3- Comissão de Assuntos ECoriômk:os corno _tive Tribunal Regional do Trabalho, e dá outras
Votaç:ão, em primeiro turno, da Proposta conclusão de seu Par~er n<> 275, de 1989), Píovldências. - -- -
de Emerida à Constituição nç 2, de 1989, de que autoriza a Companhia Estadual de Ener- Sessão: 24-10-89
autoria do Sen_ador O!avo Pires e outros Se- _gia Elétrica ~ CEEE a _ultirn_a_r aditivo contra~ -Projeto de Lei do Senado n"' 74, de 1989
nhores Senadores, que modifica o §. 3° do tua! à 'operação de _crédito externo, firmada (n9 1 A05188, na Câmara do~; DePutados), que
art 49 do Aro_ das Disposições Constitucionais em 12 de outubfo de 1978, junto _a um cOn- dá noya re:daçãO aós aff 1? e _29 da Lei no
Transitórias. sóicio de bãncos franc!'ls~s, com vistas a pos-
sibilitai' a· aqUisição de equipamentos de ori-
_3.551, _de 17 de maio de 1959, dá oUtras
providênciaS.
e- -·
-4- gem fran:ce~.-a para a amplíação da Central Sessão: 26-10-89- _ - - __ _
Votação, em primeiro turno, da Proposta lermo-elétrica Presidente Médi<:i, no Rio Gfari- -Projeto de Lei da Câmafa Ô"' 39,- de 1989
de Enienda à Constituição n" 3, de 1989, de de do Sul. · (n 9 1.915/89, na Casa de o-ngeml de iniciativa
autoria do Senador Marco Mac:iel e outros Se- .Q SR. PRESIDENTE (Nelson. Carneiro)
do Presidente da República, que dispõe sobre
nhores Senadores, que acrescenta parágrafo ~ tr~nsformação da Escola Técnica. Federal
-Está encerrada a sessão.
ao art_ 1.5_9 e altera a redação do inciso I] cto d_oMarahhão_,em Centro Pederal de Educação
art. 161 da Constituição Federal. (Levántd~Se a sessão às 12 horas e 30 Tecnológic<!. ---
minutos.) -· Sessão: 26-10-89
-5- -Projeto de Lei da Câmar.:} n 9 50, de 198fi
Discussão, em tumo único, do veto total SECRETARIA GERAL DA MESA (n 9 3A77/89, na Casa de origem), que-dispõe
aposto ao Projeto de Lei do DF nç 54. de 1989, (Res_enha das matérias apreciadas de 1~ a sobre a indenizaçãO da diferençª ~-ntre a .:}tugtli-
que reestrutUra a categoria funcfonaJ de Assi· 31 de outubro d_e 1989 -. art. 269, ll, do Regia zação monetária dos empréstimos concedi-
tente Juridlc;:o do Plano de Classifica.ção de menta Interno.) dos com re·cursos da Caderneta de Poupança
Cargos de que trata a Lei n_9 5.920, de 1973, Rural e o valor da correção _monetária dos
fixa sua retribuição e_dá outras pro_vidênd~s. PROJETOS APROVADOS E ENVIADOS À depósitos de poupança, e dá outras providên·
(Téni1ino do prazo da Comissão çlo Distrito SANç:AO DO PRESIDENTE DA REPÚBUCA das. , _______ .,. _
Federal para apresentação do relatQrio - -: ~Projeto de Lei da Câmara n9 40, de 1989 Sessão: 27-10-89 ·
2-11-89.) . .. . -
(n~ 919/88, na Casa· de origem), de iniciativa
do Presidente da RepúbUca, qu.e dispõe sobre PROJETOS APROVADOS E ENVIADOS A
-6- SANç:AO DO GOVERNADOR DO DF
o apoio às pessoas portadoras de deficiência,
Discussão, em turno únic-o,- do Projeto de sua integração social, sobre a Coordenadoria ,-P~ojeto c!e Lei do DF !19 29, de 1-989,
Lei da Câmara n? 91, de 1986 (n9 1.894/83, Nacional para Integração da Pesso~ Portadora de iniciativa do Governador do Distrito Fede-
na Casa de origem), que toma obrigatória ·a de DeficiênCia (Carde}, in_stitui a tutela jurisdi- ral, que altera a __ estru.tUi-;:~.__d_a __administração -
inclusão de espetáculos musicais ao Vivo nas cional de interesses c_oletivos ou_ difusos des- do Disl:tito Federal, extingue órgãos e dá: ou- ·
casa de diversões, tendo Sas pessoas, diSciplina a atuação do Mínístério tras providências.
PARECER, sob no 258, de 1989, da Comis- Público, define crimes, e dá outras providên- Sessão: 19-1 o:89
são de cias._ -PrQjeto de Lei do _DF no 61, .de 1989,
- Constituição.. Justiça e Cidadania,. pela .Sessão: 3- I0-89 . . . .. de iniciativa do Governador do Distrito Fede-
constitucionalidade, juridicidade, com Emen- .,..,....,. Projeto de Lei da Câmara n'~ 31, de 1989 iãl, qú.e ãutbriza o Poder Exe<:utivo a _abrir cré-
da que apresenta de n<>_1-CCJ. (n~' 1.110/88, na Casa de origem), que d[Scia ditos_adiciona"is até o limite de NCZ$
-7- plina o inciso setenta e.s_eis do art. 5~ da Consti- 670.065.000,00 (seíscentos e setenta milhões
tuição_ da República Federativa do Brasil, a]te- e_sessenta _e cinCo mil cruzados novos) e dá
Discussão, em turno único, do-ProjetO de rando a redação do art 30 da Lei no 6.015,
'Resolução n"' 74, de 1989, de iniciativa da Co- outras providências.
de 31 de dezembro de 1973. · Sesoõo: 26-10-89 .
missão do Distrito 'Federal.. que dispõe sobre Sessão: 4-10-89
a renluneração do Vice-Govemador do Di~­ ::-Projet~ d_e Lei do DF n~ 56, de 1989,
-Projeto ·de Le_i _da Câmara n? 51, de 1988 de_iniciativa do GÕvemador do DiStrito Fede-
trito Federa] e dá outras providências. (n9 139/87, na Casa de origem), que acres- ral, que cria a Carreira Administração PúbÍica
-8- centa. parágrafo à Lei n"' 1.060, de 5 de f~ve· do Distrito Féderal e seus cargos, foca os valO-
Discussão, em _turno único, do Projeto de reíro de 1950, que "estabelece _normas para res e seus vencimentos e dá outras providên-
Resolução n9 75, de 1989, que autoriza aPre- a cone=essbo de assistência judiciária aos ne-_ - das. · -
feitura Municipal de Vitória da Conquista.. Esta- cessitados". Sessão: 26-l0-89 __
do da Bahia, a contratar operação de crédito SesSãó: 17-10-89 -~Projeto de Lei d.o DF n~ 43--:- -d_e: 1989,
no valor correspodente, em cruzados novos, -Projeto de Lei da Câmara no· 25, de 1989 de !niciativa da Comissão~d.o Jlistrito Federal,
a 2.006.188 Bônus do Tesol.{(o_Nacionai,juhto (n~ 2.236/89, na Casa de origem}, de ink:iativa que -dispóe sObr"e a utilização da.s ágUas SUb-
à CaiXa Económica Feder~. do Tribunal Superior do Trabalho, -que altera terrâneas situadas no Distrito Féderal (apre-
a redação do inciso L alínea b, d.o art. 32 da ~taclo por suge_stão do Deputado Augusto
-9- Lei n<> 7.729, de 16 de janeírÇ> de 1989, para Carvalho). -
Discussão, em turno único, do Projeto de incluir o Município de José de Freitas na juris- Sessâo:27-10-89
Resolução n~' 76, de 1989 (apresentado pela dição da Junta de Conciliação e Julgamento
de Teresina_, Piauí. PROJETOS APROVADOS E ENVIÀDOS-
Comissão de Assunto_s_ ~Ç<:m.Q.ml<-.os como
Sessão: 18-10-89 . À PROMULGAç:AO
conclusão de seu Parecer n 9 274, de 1989),
que autoriza a República Federativa do Brasil -Projeto de Lei da Câmara n" 43, dé 1989 -PrOjeto -~e:--De.c~tQ__Légiffiativo _lJ~ s·: de
a ultimar contratação de operação de crédito (n~ 1.156189, na Casa de origem), de iniciativa 1989 (n~ 125/86, na Câmara dOs Deputados),
externo, no valor equivalente a até US$ do Tribunal Superior do Trabalho, que cria que apr_ova o texto da COnvenção Internacio-
55,600,000.00 (cinqüenta e cinco milhões e a 17~ Re9i?o da Ju_stiça do Trabalho, o ~:espec­ nal de Telecomunicações, assinado em Nairo-
seiscentos mil __ d.ólares americanos)junto ao tivo Trib_una) Regional do Trabalho, e dá outras bi, Quénia_, em 1982.
Banco Interamericano de Desenvolvirriento- provl@riClã"S. -- · -- - .- Sessão: 3-10-89
BID. .. ·séssao: 24-1 o-89 -Projeto de Decreto LeQis~tivo n"' 15, de
-Projeto de_ Lei da Câmara n9 44,__de 1989 1989_ (n9 5~, na Câmara dOs D~p_u~d_os),
-tO- (n"' 1.674/89, ria Casa de origem), de iniciativa que aprova o texto do acordo entre O <fovlirno
Discussão, em turno único, do Projeto de do Tribunal Superior do Trabalho, que cria da República Argentina, o Goveino da Repú·
Resolução n" 77, de 1989 (apresentado pela a 18~ Região da Justiça do Trabalho, o respec- bllca Federativa do Brasil e o Governo _da Re-
6748 Quinta-feira 9 DIÁRIO PO CQN(JRESSO Nf\(:IqNAL (Seção II) Novembro de 1989

pública Oriental do Uruguai para o serviço pú- qüência rriodulada, na c:-Jdade de Santa Isabel -Projeto de Resolução n9 80, de 1~89, que
blico da telefonia rural. na faixa de 164.600 do lvaí, Estado do Paraná. modifica o texto da Resolução n9 45, de 1989.
e I 73.355 MHz, firinado em Brasilia, em 23 Sessão: 18-1 0-89 Sessão: 26-10-89
de fevereiro de 1987. . - _erojeto de Deçreto LegislativO n9 1'8, de -Projeto de Decreto Legislativo n9 26, de
Sessão: 3-10-89 ---I 989 (n• 138/86, na Câmara dos Deputados), !989 (no 156/86, na Câmara dos Deputados),
-Projeto de Resoluç_ão n~ 71, de 1989, que que iP:i-ova o texto do Acordo sobre Trans· que aprova o texto da Convenção n~ 145, da
autoriza a Prefeitura Municipal de Teotónio Ví- porte Aéreo entre o Governo da República Fe· Organização Internacional do Trabalho -
lela, Estado de Alagoas, a contratar operação derativa do Brasil e o Governo do Canadá, OJT, sobre a continuidade de emprego da gen-
de crédito no va1or correspondente,_em cruza- firmado em Brasma, em 15 de maio de 1986. te do mar, adotada em Genebra. em 1976,
dos novos, a_556.462 Bônus do Tesouro Na- Sessão: 19-10-89 - durante a 62~ Sessão da Conferência Interna-
cional - BTN. - -- - - __ -_projeto de Resolução n~ 53, de 1989, de cional do Trabalho.
Sessão: 3-10-89 autoria do Senador Fernando Henrique Car- Sessão: 26-10'89
-Projeto de Decreto Legisla~q _n.~_t7, de_ doso, que estabelece critério de conversão pa- -Projeto de Decreto Legislativo n9 29, de
1989- {n~ 72/89, na- Câmara doS Deputados), ra os valores expressos em OTN e em cruzado, 1989 (n? 163/86! na Qmara dos DeputadO§).
que aprova o texto do acorda de<:o~produção nas proposições que autorizam Estados e Mu- cjue aprOva o téxtõ do protocolo de prorro-
cinematográfica, celebrado entre o Governo nicípios a contratar operaçõe? de crédito. gação do acordo sobre comércio intemacio-
da República Federativa do Brasil e o Governo Sessão: 19-10-89 riaJ de têxteis (Acordo Multifibras), assinado _
da República da Venezue1a, em Brasília, em -Projeto de Resolução n? 70, de 1989, de em Genebra, em 30 de Setembro de 1986,
17 de maio de 1988. autpria do Senador Jutahy Magalhães, que que "_inclui _as _conclusões do Comitê de Têx-
Sessão: 4-10-89. modifica o § 4? do art. 91 do Regimento In~ teis-adotiida em 31 de julho de 1986".
temo. -- ·Sessão: 26-10-89 --
-Projeto de Resolução n~ 63, de I 989, de
autoria do Senador Jutahy Magalhães, que d.is· Sessão: 24-10-89 PRQJETOS APROVADOS E ENVIADOS Â
póe sobre a urgência e dá outras providências. -Projeto de Decreto Legislativo n~ 19, de CÂMARA DOS DEPUTADOS
Sessão: 11-10-89 1989. (n' 139/86, na Câmara dos Deputados),
-Projeto de Decreto Legislativo_n9 23, de .que aprova o texto _do Acordo Básico de Coo- -Projeto de Lei do Senado n?21, de 1988,
1989 (n?-141/89, na Câmara dos Deputados), peração Técnica, Oentífica e Tecnologica, en- de autqria do Senador Jutahy Magalhães, que
que aprova o texto do acordo sobre trans- tre o Governo da República Federativa doBra- inclui o "caCau em pó" na merenda escolar.
portes marítimos entre o Governo da Repú- sil e o Governo da República de E1 Salvador, nas unidades militares e nos programas ,~~>
blica Federativa do Brasil e o _Governo daRe- - em Brasília, em 20 de maio de 1986. -- -dais da União.
pública Argentina, assinado em Buenos Aires, Sessão: 5-10-89 (competência- terminadv.
em 15 de agosto de 1985. ---~~-~~0:_24~10-89 . - - - de comissão).
- Prç>jet9 d~ De:q~?tC? Leg_ls~tivo n? 20, de - Proj~to de Lei do Senado n" 146, de
Sessão: 11-10-89 1989 (n• 140/86, na Câmara dos Deputados),
-Projeto de Decreto Legislativo n~ 25, de que aprova o texto do Acordo de Cooperaç~o
1989, ae autoria do Senador Francisco Ro-
llemberg, que suprime dispositivo da Lei n~
1989 (n~ 158/89, na Câmara dos Deputados), Científica e Tecnológica entre o Governo da 6.5:15_,_ de 26 de dezembro de 1977 e altera
que aprova o texto do acordo de cooperação _Re:públiça Federativa do Brasil e o Governo outros da mesma Lei.
científica e tecnológica entre o Governo da da República Portuguesa, _celebrado em Lis- _ Sessão: 5~_10-89 (competência terminativa
República do Brasil e o GOverno do Reino boa, em 5 de maio de 1986. - - - de comissão). ---c·

da Dinamarca, firmado em Brasília, em 9 de Sessão: 24-10-89 - Projeto de Lei do Senado n? 132-, de


junho de I 986. 1.989, de illiciativa da Comissão ·de Consti-
- -PiÚjeto de Decreto Legislativo n~ 21, de
Sessão: 11-10-89 1989 (n~ 142/86, na Cârnarados Deputados), tuição, Justiça e Cidadania, que regulamenta
-Projeto de ReSÇ~lução n~ -~õ. -de 1989, que que aprova o texto do Acordo Comercial cel~- _ o art. 9? da Constitui_ção Federal.
autoriza o Governo da Onião a contratar opera- brado entre o Gov_erno da República Fede- SesSãó: 10-10~'89 _
ção de crédito externo, no ~ohtante equiv~­ rativa do Brasil e o Governo da República _de - Projeto de Lei do Senado n? 107, de
e
Jente a até US$ 76.000,000.00 (setenta seis Cabo Verde, ern Praia, em 1Ode maio de 1986. 1989, de autoria do _Senador Jutahy Maga-
milhões de dólares americanos), com o Delta Sessão: 24-10-89 lhães, que regulamenta a publicidade dos atos,
Bank. _ - ~ojeto de:Resolução n9 60, de 1989, que programas, obras, serviços e campanhas dos
Sessão: 12-10-89 a_u_toriza o_Qoyérrlo da União a contratar opera- órgãos públicos.
-Projeto de Resolução n? 68; de -1989, (Jue ções de crédito externo, no montante equiva- Sessão: 17-10-89 (competência terminatiVa
autoriza o Governo da República Federativa lente a até US$ 123,000,000.00 (_cento e vinte de comissão). --
do Brasil a conceder financiamentos ao Banco e três milhões de dólares americanos), com -Projeto de Lei do Senado n~ 137, de
de La Nadón Argentina no valor de_ at~ US_$ _o banco inglês e. com as empresas ltalianas 1989,- de autOria do Senador Jamil Haddad,
147,000,000.00 (cento e quarenta e sete mi- que especifica. que defme crimes contra a liberdade indivi-
lhões de dólares americanos), através do COn- dual.
vênio de Pagâmento recíproco. - - SéSSao: 24-1 Ó-89 Sessão: 17-10-89 (competência terminativa
Sessão: 12-10-89 ---- - ·· .:.:..Projeto de Resolução n9 73, de 1989, que de comissão).
autoriza a República Federativa do Brasil a -Projeto de Lei do Senado n9 20, de 1989,
-Projeto de Decreto teQislcitlvo ri 9 16, de contratar operações de crédito externo no va- de autoria do Senador Jarbas PassarinhO; que
1989 (n~ 65/89, ria Câmara dos Deputados), lor total _de até doze milhões, quinhentos e regulamenta o§ 79 , doart. 195 da Constituição
que aprova o texto do acordo de cooperação e
sete n1ii" setenta e um dólares canadenses. Brasileira.
cultural e educacional entre a República Fede- SesSão: 25-10-89 · SesSaO:- í 7-10-89 (competência _ternifnativa
rativa do Brasil e a República de Cuba, cele- ------Projeto de Resolução n~ 78, de 1989, que de comissão)~
bradQ em Brasília, em 29 de abril de 1988. autoriza o Governo do- Estado do Rio G,rande - Projeto de Lei do Senadp n" 138, de
Sessão: 17-10-89 -- - -- - -- -do Sul a contratar operao:;ão de crédito externo 1989, de autoria .do Senador Francisco Ro-
~Projeto de Decreto Legislativo no 37, de no valor de até US$ 100,000,000.00 (c€:rri mi- llembeig; qUe dispõe sobre a publicação das
198-9 (n9 113/89, na Câriiã.ia dos Deputados), Jhõ_es de dólares americanos). Obras Cqmpfetas de Tobias Barreto pelo Insti-
que aprova o ato que outorga permissão à Sessão: 26-iõ:89 tuto Nacional do Livro e dá outras_ providên-
lvaí Emissora FM Ltda., para explorar, pelo -Projeto de Resolução n9 79, de 1989, que cías. . _ .. . .. _
prazo de dez anos, sem direito de exclusivi- modifica o texto da Resolução n" 27, de 1989. Sessao: 17-l0-89 (competência tem'linativa
dade, se!Viço de radiodifuSão-sonora em fre- Sessão: 2&.-10-89 de comissão).
Novembro de 1989 DIÁRIO DO COI'!~ ~09!:1A!, {§_eção)I) __ _ Qujn_ta3~Ira 9 6749

- Pro}eto de Lei dCtSerlado 't,?. ~O 1, de Çâmàrà dõs DePUtados), que aprova o Texto quer Natureza e .exportação para o éxterior
1989, de autoria do Senador Ronaldo Aragão, da Convenção Americana sobre Direitos Hu- dos serviços que menciona, nos termos do
qUe autoriza o Poder Executivo a criar a Esco1a manos (Pacto São Josê), celebrado em São inciso II, § 4 9 do art. 156 da Constituição Fe-
Técnica Federal de Cacoal, no Estado de Ron- Josê da Costa Rica, em 22 de novembro de deral. · ·
dônia. 1969, por oéasião da Conferência Especia- Sessão: 18-10-89
SeSsão: 17-10-89 (competência terminativa lizada lnteramericana sobre Direitos Huma- -Emenda do Senado ao Projeto de Decre-
de comissão). nos. . to Legislativo n9 24, de 1989 (n9 160/86, na~
- Projeto de Lei do Senado no 202, de Sessão: 27-110-89 Câmara dos Deputados), que aprova o textO
1989, de autoria do Senador Ronaldo Aragão, -Emenãa dO Senado ao Projeto à._e Oecre· da convenção de~nada a evitar- f! dUpla bibu- _
que autoriza ó Poder ExecutiVo a c_rfar a E_soola to Legislativo n9 12, de 1989 (n~' 137/86, na tação e prevehir a evasãO fiscal ern_niatéria
Técnica Federal de Guajará-Mirim, no Estado Câmara dO$ Qeputadqs), que aprova o texto de ImpostOs sobre- a renda, celebrada entre
de Rondônia. da ConvençãO n<?146 da O~ganização Interna- o Governo da República Federativa do Brasil
. Sessão;J?-.10-89 (competência terminativa cional_ do Trabalho- OIT, sobre Fêrias Remu- e o Governo da.. República Socialista da T<:he-
de comissão). __ . neradas Anuais da Gente do Mar, adotada em coslováquia, em Brasília, em 26 de agosto de
- Sub'stitutivo do Senado ao Projeto de Genebra, em f976, durante a 62·- Sessão da 198~, bem cofno o protocolo que a integra
Lei da Câmaiq,n' 37, de 1989 (n' 2.974/89, CoÍlfefência lntemadonal do Trabalho. Sessão' 24-1 0·89
na Casa de origem), de iniciativa do Presidente Sessão:27-I0-89 ~
da República, que dispõe sobre a organização - Projeto de Lei do Senado n9 113, de - Projeto de Lei do DF n"' 42, de 1989,
e o funcionamento do Conselho da Repúbllca. 1988, de autoria do Senador Edison Lobão, de iniciativa da Comissão do Distrito Federal,
Sessão: 24-10-89 . que ãtitóliz.a o_ PoQ.er Executivo a_ instituir a que dispõe sobre normas para a proteç.ão do
- Projeto de Lei dÇ> Senãdo n~" ·~ 1O, de "FUndação UniverSidade Federal de ImPera· meio ambiente nos casos em que especifica
1989, de..autoria do Senador Jarbas Passa- triz", com Sede na cidade de idêntica denomi- (apresentado por sugestão do Deputado Au-
rinho, que dispõe sobre o critério de reajusta- nação no Estado do Maranhão, e dá Outras gusto Carvalho).
mento do_ valor das obrigações relativas aos providências. . · Sessão: 24·1 0-89
contratoS de ali~ção de bens imóveis não SessãO: 30~1 0~89 (corrip_etênda terminativa - Projeto .de Lei do DF n9 47, de 1989,
abrangido pelas iiormas do Sistema Fmêpl- de comissão): · - · - de iniciativa do Governador do Distrito Fede-
ceiro de Habitação, a que se refere a Lei n~ ral, que cria funções no Grupo-Dlreção e As--
7.774, de 8 de junho de 1989. sistência Interrnediádas, nas tabelas de pes-
Sessão:24-10-89 __ --~ . PROJETOS APROVADOS E ENV!ADOSÀ soal que menciona.
-Projeto de Lei do Senado-no 56, -de 1989, COMISSÃO DIRETORA Sessão: 24-10-89
de autoria· dó 5enador Teotônlo Vilela Filho, (ART. 98, v,,DO REGIMENTO INTERNO) -Projeto de Lei do Senaçlo n_l' 83, de 1988.
.que alterã a redaçãó do art 3~', caput, da Lei ....,.... Projeto de Lei da Câmara n9 78, _de 1986 de autoria do. Senaáoi- Ney M-ªranhão, que
n"' 5.107, de 13 de setembro de 1966, que (n9 1.945/83, na Casa de oririem), que inclui dispõe sobre a incorporação ao patrimôn1o
cria 6 Fundo de Garantia do Tempo de SerVi- o fotógrafo autónomo ·na Qu_adro ae Ativida- do Estado de Pernambuco dos bens perten-
ço, e dá outras providêndas. des e Prof~es a que se refere o art_ 577 centeS ao extinto Territ6ri_o_ Federal de Fernan-
Sessão: 24-10-89 (competência terminativa da Consolidação das Leis do Trabalho, apro- do de Noronhà e dá o.utras providências.
de comissão). vada pelo Decreto-Lei n9 5.452, de 1"' de maio Sessão: 25-l 0-89 - --
-Projeto de Lei doSenadon"'74, de 1989, .de 1943.
.· · :.. .:. ._ EineTida do Senado ao Projeto de Dec:re-
de autoria do Senador Iram Saraiva, que altera Sessão: 17,10-89 to Legislativo n9 28, de 1989 (n11 157186, na
a legislação do Imposto de Renda e dá outras
providências. · 9
ao
-Emenda do Senãdo ~roj~Ú.de Decre- , Câmara dos Theputados), que aprova o texto
to Legislativo n 27, de 1989 (n~' 57/89; na da convenção destinada a evitar a dupla tribu-
Sess~o: 24-10-89 (corripetência terminativa Câmara dos Deputados), que aprova os textos
de_oomissão). _ . tação e a prevenir a evasão fiscal em matéria
- da!i convenções sobre_ pronta notl~cação d.e de_ impostos sobre a renda entre o Governo _
Projeto de Lei do senado n9 86, de 1989, acidente nuclear ou einerQência radiológica,
de autoria do Senador Itamar Franco, -que dá aprovados durante a sessão especial da Con- - da República Federativa do Brasil e o Governo
nova redação .ao inciso V do art. :49 tia Lei ferência Geral da Agência lnternadonal de da Repúblita f'opular da Hungria, celebrada
11' 4.595, de 31 de dezembro de 1984.
em Budapeste, em 20 de junho de 1986,_ãs·
Energia _Atômlca em Viena, d.e 24 a 27 de sim como o protocolo, acordado no mesmo
Sessão: 24-1 0~89 (competêrida termiilativa setembro de I 986. --
de comissão). local e data, que a integra.
Sessão: 18-10-89 _ ~Se..ão: 26-10-89
. - Projeto de Lei do Senado n~' 144, de - PfojetO de Lei do Senado n9 1ei.9. de
1989, de autoria do Sena.dorJosé Ignácio Fer· 1989-Complementar, de autoria do Senadbr
r'eira, que regulamefita o disposto no pará· PROJETOS RETIRADOS PEl.O AuToR
Fernando Henrique Cardoso, que fixa as ali-
grafo único do art 243 da Constituição Fe- quotaS máximas dos lmpõstoS sobre Vendas E ARQUIVADOS NOS TERMOS DO
deral. · ~T. 356 00 REGIMENTO INTERNO
a VareJo de Combustíveis Líquldos e GasosOs
Sessão: 25-10-89 (competência terminativa e sobre Serviços de Qualquer Natureza, de ..:.._ Projeto de Lei do_ Senado n9 247, de
de coniissão). competência municipal, nos termos do inciso 1989, de autoria do Senador Louremberg Nu-
- Projeto de Lei do Senado_ n~' 174, de I do§ 49 do art 156 da CohStitUição F~eral. nes Rocha,-ql,le dispõe sobre aposentadoria
1989-Compleinent.ar, de autoria do Senador Sessão: 18-10-89 especial aos dígitadore's de processamento·de
Ronan Tito, que estabelece. normas sobre a - Projeto de Decreto LegislativO n" ~. de dados, e dá outras providência·s.
participação dos Estados e do' Distrito Federal 1988, de autOHa do Senador Leite Chaves, Sessão: 12-10-89 -
no produto da arrecadação do Imposto sobre que susta o Decreto n~ 96.9~1. de )4 de putu - Projeto de Lei do S~nado n~ 245, de
Produtos Industrializados, relativamente às ex- bro de 1988, que "atnbui competência para7 1989, de auto1a do Senador Humberto Luce-
portações. autorizasão de pagamentos e recebimeritos na, que altera a redação do art. 9~ da Lei n~
Sessão: 26-10-89· por meio de outra_s ~tit\Jições financeiraS". 7.773, de 8 de junho de 1989, e dá outras
- Projeto de Lei do Senado_ n9 176, de providências.
1989, de autoria do Senador Nelson Carneiro, Sessão: 18-10-89 SessãO: 12-10-89
que dispõe sobre a política agrícola. - Projeto de ~~ do Senado n 166, de 9 ~rojetp de Lei do Senado· r\? _282, de

=-~ ~n~~ ~-:nado a~


0 1989-Con'lPJementãr;-de autoria do Senador 1989, deautoria do Senador Márcio Lacerda,-
Proj:to de Decre- Fernando Henrique Cardoso, que exclui da que regulamenta o artigo 227, § 6"', da ConSti-
!P Legislativo O' .10. de 1989 (n' 132/86, na ~ incidênci~ do Imposto sobre_Serviços de Qual- ·- tuiçcio Federal, dando_nova redaç:ão a_os itens
6750 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGRESSO"NAOQNAL (Seção ll) _ Novembro de_ 1989

}9 do art. 52 _e "?? do art. _54 da Lei n" dois parágrafoS lao art. 626 da CLT, fLXando
6.0 15, carteira de saúde pelos _que lidam com radia-
de 31 de dezembro de 1973. a cpJil.petência dos sindicatos para_ exercer a ções ionizantes no trabalho cotidiano.
Sessão: 24-10-89 (extraordinária) fiscalização das normas de proteção ao tra- Sessão: 13-10-89
- Projeto de Lei do Senado no 31 O, de _ balho. - _ -:--Prõjetq.de Lei da Câmara n9 113, de:
1989, _de autoria-do Senador Odacir Soares, -sesSão: 2-1 0-'89 1986 (n~.69/83, na Casa de: Qrjgein), que asse_-
que dispõe sobre o registro dos sindicatos e _ - Pr9jeto. de Lei da Câmara n" 84, de-1986 gura pensão vitalícia aos excepcionais, a p~f -
dá outras providéndas. (nç 4.799/84, na casa de origem), que reduz dos 21 (vinte e um) anos de idade, no valor
Sessão: 24-10-89 (extraordinária) o prazo para o .pagamento de salários. de 1 (uma) ve~ o salário mínimo, aherando
Sessão: 2-10-89 a Lei n~ _6.17~. de 11 de dez~mbro de 1974,
.,......Projeto de Lei da-Câmara n9 86, de 1986 que ampara os idosos e inválidos.
PROJETOS REJEITADOS E cn~-2388/83, na Casa-de origem), que altera Sessão: 16-I0-89
ENCAMINHADOS AO ARQUIVO dispositivos da Consolidação das Leis do Tra- - Projeto de Lei da Câmara n~ _154, de
- Projeto de Lei do Senado n~ 127, de balho, aprovada pelo Decreto-Lei n9 5.452, de 1986 (n" 3.085/84, na Casa de or{geffi), que-
1989, de autoria do Senador Mauricio Corrêa, 1? de maio de 1943, para assegurar maior altera- a Lei n" 3.099, de 24 de fevereiro de_
que dispõe sobre a propaganda eleitoral gra- autonomia dé trabalho aos membros das Co- 1957, para impor sançZio à quebra de sigilo
tuita em 1989, e dá outras providências. rriiSSõeS Jntl;":rnas de Prevenção de Acidentes e à prestação de i,nformação errada, praticada~
Sessão: 5-10-89 (competência terminativa -CIPA por empresas de informações reservadas ou
de comissão). Sessão: 2-10-89- confidenciais. ·
- Projeto de Lei do Senado n~ 153, de - Projeto de r,.eJ da Câlnara n" 90, de 1986 Sessão: 16-10-89
1989, de autoria do Senador Fernando Henri- (n? 4.099/84, na- Casa dEi origem), que modi~ -Projeto de Lei da-Câmara n? 43, de 1987
que Cardoso, que dispõe sobre recursos finan- fica a redação do art. 71 da Cq_nsolida_ção das (n9 193/87, na Casa de origem)~ que dispõe
ceiros para cus~io da campanha eleitoral que Leis _dO Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei sobre pensões, proventos e benefícios.
menciona, e dá outras providências. n_? 5.452, de 19 de maio de 1943. Sessão:_ 24-10-89
Sessão: 17-10-89 (compétêncla terminativa Sessão: 6-10-89 · -Projeto de Lei da Câmara n" 29, dEi 1988
de comissão). -Projeto de Lei da Câmara n9 100, de (n? 277/87~ na Casa de origem), que estabe-
-Projeto de Lei do Senado n9 105, de 1986 (n" 2.213n9, na Cãsa "de oirgemJ, que lece _norm~ para fiXação do salário míriimo.
1988, de autoria do Senador Iram Saraiva, que dispõe sobre a revisão do cálculo do benefício Sessão: 24-10-89
caracteriza a prática da tortura, o t:Iáfico ilícito aos segurados da Previdência Social que se
de entorpecent~s e drogas afins, o terrorismo aposentaram duraJ;lte a vigência do art. 39 da MENSAGENSAPR0VADASRELA1WAS
e os crimes considerados hediondos, toman- em
Lei n" 5 ..S90, de-"197.3, SUa redação priginal. À ESCOLHA Ç>E AUTQRIDADEs
do eficaz o inciso XUII do arl 5.~ da Consti- Sessão: 6-10-89 -Mensagem no 172. de 1989 (n• 398/89,
tuição da República Federativa do Brasil, e - Projeto d~ Lei da Câmara n9 1O1,_ de na origem), de ~9 de agosto do corrente ano,
dá outras providências. _ _ 1986. (rl~ 344/83, na Casã. de origem), que pela qual o Senhor Presidente da República
Sessão: 19-10-89 {competência terminativa acresCentá pàráglfÚo i.o art. ·195 da· Conso-
submete à deliberação do Senado a escolha
de comissão)~ lidação das-Lefs dO Trabalho, aprovada pelo do Senhor Luiz Mattoso Maia Amado, Ministro
-Projeto de Lei_do Senado n~ 73, de 1989, Decreto-Lei n'? 5.452, de 1ç de maio de 1943,-
de Segunda aa,sse, da Carreira de Diplomata,
de autoria do Senador Márcio Lacerda, que transferindo ao ,empregador o ônus de provar para exercer a fW1ção de Embaixador do Brasil
estabelece normas para a industrialização e a inocorrência qu atenuação de periculosida~
junto à República da Coréia.
a comercialização de substâncias minerais de ou insalubridade. -sessão: 18-10-89
metálicas. Sess'W: 6-10-89 ........MenSagem n~ 174_,_de _1989 (n~ 403/89,
' ses-são: 24-10-89 (competência tE:rminatlvà·- - Projeto de Lei da Câmara n9 102, _de_ na origem), de 1~ de flgosto do corrente ano,
de comissão). 1986 (n_?_ 390/83__, na Casa_ de origem), que pela qual o Senhor Presidente da República
-Projeto de Lei do Senado n" 90, de 1989;- manda computar no cálculo do descanso se~ submete à deliberação do Senado a escolha
de autoria do Senador Afonso Sancho, que manai remunerado as horas extras habitual_- -do Senhor Júlio Gonçálves Sanchez, .Ministro
estabelece normas para a criação e o funcio- mente Prestad.3.s. de Segunda _O~sse_, da Crrreira de Diplomata,
namento de Juntas de Conciliação e Julga- Sessão:10-10-89 "·-" _ Para exercer a função de Embaixador elo Brasil
Qlento. _ - ~ Projeto de Lei da Câffiara _n 9 104, de - junto à fiepública da Guiné-Bissau.
Sessão: 24-10-89 (competência terminativa 19S:6 (n~ 1.797783; na CaSa de Origem), que- - Sessão: 18-1.0-89 _
de comissão). fixa em 60 (sessenta) anos a idade para apo- -Mensagem rt 179, de 1989 (n• 457/89.
- Projeto de Lei_ _do Senado n" 184, de sentadoria por velhice de ex-combatente~ na origem), de 30 de agosto do corrente ano,
19"89, de autoria do Seandor José Richa, que Sessão: 10-10-89 · pela qual o Senhor Presidente da República
veda a remoção de chefes de missão diplomá- - Projeto de Lei da Câmara n9 109, de submete à deliberação do Senado _a escolha
tica, de diplomatas e de servidores da cate- 1986-<.:0mplenílentar (n? 60/83-Co~plemen~ do Senhor Régjs .Novaes de Oliveira, Embai-
goria funcional dó SerViçO Exterior do Minis- tar, na Casa de _origem), que acrescenta pará~ xador do Brasil junto à JamahiriyaÁrabe Popu-
tério._ das Relações_ Exteriores, nas condições grafo ao art. 49 da Lei Cory1plementar n9 2,6, lar Socialista da Líbiã. para, cumulativamente,
que menciona, e determina outras providên- de 11 de setembro de 1975, permitindo a libe- exercer a função de Embaixador do Brasil jun-
cias~ . ração.dos_saldo~ dos depósitos que menciona to à República de Malta.
Sessão~24- t0-89 (com-petên-cia terminativa para pagamento das prestações da casa pró- Sessão: 18:- 10-89
de comissão). - -- -- pria. -Mensagem -n' 185, de 1989 (n• 515/89,
Sessão: 13-10-89 na origem), de 11 de_ setembro do corrente
PROJETOS DECLARADOS PREJUDICADoS - Projetei-- de Lei da Câmãra ni? 111, de _ano, pela qu~ o Senhor Presidente da Repú-
E ENCAMINHADOS AO ARQUIVO 1986-ComPlementar (nç 171/80-COmp[ew blica submete à de~beraçã_o do Senado a es-
-Projeto ae Lei da Câmara n~ 75, de_1_98~ mentar; na Casa de Origem), que institui a colha do Senh9r.Sérgio Damasceno Vieira,
(n9 4251/84-, na Casa de origem), que dá nova co-gestãó dos trabalhadores e funcionários Embaixador do }?rasil junto à Federação da
redação ao inciso JD do art. 530 da Cons"o.. públicos no fundo PIS-PASEP. · Malásia, para, climula'tiva_m_ente, exercer a fun-
lidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Sessão: 13-1 0-89 ção de_ Embaixador .do Brasil junto ao Sulta-
Decreto~ Lei n" 5A52, de 1" de maio de 1943. -_Projeto de_ Lei da Câmara n9J1;?:, de_ nato de Brunei Durussalar:n.
Sessão: 2 .. 1D-89__ 1986 (nQ 3.8+50/84-, na Casa de orig~mr, que -Sessão~ 18-1 0~89 •
-Projeto de Lei da Câmara.n" 81, de 1986 substitui a abreugrafia pelos hemogri:!mas pe- -Mensagem no ISÇ, de 1989 (n9 516/89,
(n~ ~.818/84, na Casa de origem), que introduz riódicos como exigência para a obtenção da na origem), de_11 de setembro do corrente
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Quinta-feira 9 675l

ano, pela qual o Senhor Presidente da Repú- conjunta os Projetas de Lei do. Senado n"'~- de urgência, art._33_6, ~ do Regimento tntemo,
blica submete à deliberação do Senado á es- 199 e-291, de 1989, de sua autoria e do Sena- para o Projeto de Lei do DF n? 69, de 1989,
coJha do Senhor Luiz Felipe de La Tarre Beni- dor Itamar Franco, respectivamente, que dis- Sessão: 26-10,89
tez Teixeira Soares. Embaixador do Brasil jun- põem sobre o tratamento preferencial às em- :-Requerimento n 9 591, de 1989, dos lide·
to à República do Quênia, para, cumulativa- presas brasileiras de capital nacional nas aqui- res Ronan Tito (PMDB), Jarbas Passarinho
mente, exercer a função de Embaixador do sições de bens_ ou s_eNi_ço_s pelo poder público. (PDS), Chagas Rodrigues_ (como Líder__do
Brasil junto à República de Uganda.
Sessão: 18-10-89
Sessão: 12-1 o.:59 _
_=-Requerimento n9 515, de 1~89,_ do Sena-

PSDB) Odadr_Soares (como Líder do PFL),
d,e urgência, art. 336, ~ do Regimento Interno,
-Mensagem n' 187, de 1989 (n' 5_09/89, dor Lourival Baptista, solicitando-, nos terffios par~ a Mensagem no 262, de 1989.
na origem), de 8_ de setembro d.o corrente regimentais, a transcrição nos Anais do Sena- _S.ossão: 27-10-89
ano, pela qual o Senhor Presidente da RePú- do do discurso proferido pelo Presidente da -Requerimento n 9 592,.de 1989, dos üde-
blica submete à deliberação do Senado a República, na abertura da Quadragésima res_Mauro Benevide_s (como üder do PMDB),
escolha do T enente-Brigade[ro-do-Ar Cheru- QUarta Assembléia Geral da Organiz~ção das João Lobo (como Udetdo PFL),Jarbas Pas-'
bim Rosa Filho, para exercer o cargo de Minis- Nações Unidas. sarinho (PDS) e Chagas Rodrigues (como Lí-
tro do Superior Tribunal Militar, na vaga que · Sessão: 17-10-89 der do PSDB), de_ urgência, art. 336, c, do
se abrirá, em novembro vindouro, com a apo- -Requerimenton"' 533;de rg89,deautoria Regimento Interno, para a Mensagem n9 220,
sentadoria compulsória do Senhor Ministro do_ Senador _Mendes _Canal e, solicitando, nos de 1989.
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Anionio Geraldo termos regimentais, a transcrição nos Anais Sessão: 27-10-&J:
Peixoto. do_ Senado da, matéria publicada no Jornal
Sessão: 18-10-89 _ O Estado de S. Paulo do dia 20 de setembro PARECER APR.~VADO ..
- Mensagení 0° 178, de 1989 (n9 440/89, do _corrente ano, sQb o título: ··Na Defesa dos -:-Parecer n9 223, de 1989, da Comissão
na origem), de 24 de agosto do corrente ano, Parlamentares''. de Constituição, Justiça e_ Cidadania, concluin-
pela qual o Senhor Presidente d~ R~pública Sessão_: 17-10-89 do pelo arquivamento do Ofício no S/3, de
submete à deliberaç~o do Senado a e_scolha -:-RecfuerimentO n"' 525, de 1989, de autoria 1987, do Presidente do Supremo Tribunal Fe-
do Doutor Wadico Waldir Bucchi, para exercer do Sen_ador Odacir Soares e outros Senhores der~,· ~ncamilihãndo_ cópias das notas taqui·
o cargo de Presidente do_ Banco Central do S~ad9res. solicitando, nos terinos regimen- gráficas e do acórdão proferido pelo Supremo
Brasil. tais e de acordo com o art._50 da Constituis_ão Tribunal Federal nos autos do Recurso Ex-
Sessão: 18-10-89 (extraordinária). Fede[al, a convocação do Senhor_Ministro da tr~dináriõ ti? t'0~-.5.53-1, do Estado do Rio
- Mensagem n9 200, de 1989 (n9 547/89, Previdência e Assistência Soda!, Doutor Jader de Janeiro, o qual declarou a inconstitucio-
I na origem), de 22 de setembro do corrente Barbalho, para: prestar, perante _o _Plenârio do naliçlade d~ Re_solução- no 7, de _22 de abril
iano, pela qual o Senhor Presidente_ da Repú- Senado Federa], informações sobre o déficit de 1980, do Senado Federal.
iblica submete à_ deliberação do Senado a es- da PreVidêrida Sodál para 1989 _e sobre o Sessão: 12,10-89
1 colha do Doutor Francisco Amadeu Pires Fe- orçame_nto dci seguridade sÕciaÍ pai-a o exer-
.lix, para exercer o cargo de Diretor da Dívida cíciO de· 1990. - · · LEI PROMULGADA PELO PRESIDENTE .
Pública e Mercado Aberto do Banco Central s.essão:_2j;T0-89 00 SENADO (NOS TERMOS DO AJ<f. I O,
Ido Brasil. Requerimento n9 55t-de 1989, do Senador §fi, RESOLUÇÃO N'.I57, DE :í'!l88)
! Sessão: 24-10-89 - José IgnâciÕ_ Ferreira, _solicitãndO, nos termos -Lei n9 48, de -19~!i,- oriuilda ~o Projeto
I -Mensagem n' 256, de I 989 (n' 668/89, regimentaiS; ·terihcinl tramitação _conjunta os de Lei do DF n 9 46, de 1989, de iniciativa
, na origem), de 23 de outubro do corrente ano, Projetas de Lei d() Senado n.,.s- 94 e 214, de do Tnbunal dtConta_s do Distrito Federal, que
pela qual o Senhor Presidente da República 1989-Complementares, de autorla do Sena- altera a redação do 3rt. 2"'. da Lei n9 2, de
submete à deliberação do Senado a es_colha dor Cid Sabóia de CaivaJho e da Comls$ào 30 de novembro de 1988, e dá outras provi-
do Senhor Paulo Tarso Flecha de Lima, Minis· Diretora, respectivamente, que dispõem sobre dências. -
tro de Prim~ira Oasse, da Carreira de Diplo- a relação de emprego protegida Contra despe- Sessão: 17-10-89
, mata, para exercer a função de Embaixador dida arbi~riifou sem jtista Causa ~á outras
do Brasil junto ao Rein_o Ul}ido da Grã-Bre- providências. -- -- · - VETO MANTIDO PELO SENADO FEDERAL_
tanha e da Irlanda do Norte... Sessão: 24-10-89 ~Veto total aposto ao Projeto de Lei do
Sessão: 24-10-:89 (extraordinária). ,_Requerimento n"' 544, de 1989, de autoria Senado n? 34, que dispõe sobre a regulari-·
do Senador_José lgnácio FerTeira, solicitando, zação ou desconstituição de parcelamentos
REQUERIMENTOS APROVADOS nos termos regimentais, a tramitação conjuntél; urbanos implantados no território do Distrito
-Reguerimento n9 501, de 1989, de autoria dos ProjetO$. de Lei do Senado n"' 154 e .22.0;-- Federai, sob a forma de loteamentoS ou ·con.:-
dos Senadores Itamar FrancO e-Aiexandre de 1989, dos Senadores Mário Covas e Marco dominios·. -
1 Costa, solicitando, nos termos regimentais, a Maciel, respectivamente, que asSeguram a Sessão: "24-1 0-89
transcrição nos Anais do Senado ~.ç~ matéria participação dos empregados, empreSários e REQUERIMENTO REJEITADO
I publicada no jornal O Estado de S. Paulo de aposentados na admirllstração da Previ.d.ênc:ia
dia 21 de setembro do corrente ano, sob o Social. : _,(-.... -.i. -Requerimento n 9 555, de 1989, dos Líde-
título "Dever cumprido". Sessão: 25- fÓ-89 res Edison Lobão (como üder do PFL),Jarbãs
Sessão: 4-10-89 . -Requerimento n9545, de 1989, de autoria Passarinho (PDS), Ronan Tlto (PMDBj e Cha-
-Requerimento n9 514, de 1989, do sena- do Senador JOsé Ignâdo Ferreira, solicitando, gas Rodrigues (Como Uder do PSDB), de ur-
dor Fernando Henrique Cardoso, solicitando, nos termos regimentais, a tramitação conjunta· gência, art. 336, !='> dô Regrménto Interno p·ara
nos termos regimentais, tramitação conjunta . do Projeto de L,ei do Senado n914_7, de 1989, o Projeto de Lei da Câmara n"' 42,: de 1989.
para os Projetas de Lei do Senado n9 ' 152. do Senador .Ney Maranhão, com os Projetas Sessão:_18-1 0-89
155 e 238, de 1989, de autoria dos Senadores de -Lei do Senádo n95 124 e 191, de 1989;
Marc:o Maciel, Edison Lobão e Fernando Hen- do_s Senadore:S_Edison L.Obao eJutahY Maga- COMisSÃO DE ASSti&os
rique Cardoso, respectivamente, que dispõem lhães, respectivamente, já tramitando conjun- ECONÓMICOS
sobre a participação dos trabalhadores nos tamente, que-~~põem sobre a Associação doS.
Trabalhadores _Rurais e_Pescadores. --16' Reunião; reaJizadol em
lucros ou resultados das empresas.
S~são: 11-1 0-89_ · Sessão:25'10-89 17 de outubro de 1989
-Requerimento n"' 526, âe _1989, do Sena- -Requerimento n? 585, de 1989, dos Líde- _Ãs dez horas do dia dezessete de outubro
dor Louremberg Nunes Rocha, solicitando,_ res ~onan TitO (PMDB), Fernando Henrique c;Je mil-novecentos e oitenta e nove, na sala
noS termos regimentais, tenham tramitação . Cardçso (PSDB) e ~a~com~es Gadelha_ (P~), . de reuniões da Comiss:ão,Aia Senador Alexan-
6752 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONt\L (Seção U) Novembro de _!,l!89 .

dre Costa. sob a Presidência do ·senhor Presi- se-


Central do Brasi~ ·que publica devidamente c) de 1983 a I 985, Chefe Adjunto do De-
dente Raimundo Ura, com a presença dos autorizado pelo Senhor Presidente; Senador partamento de Operações com Títulos e Valo-
Senhores Senadores: Jorge Bomhausen, Mei- Raimundo Ura. res Mobiliários;
ra Filho, Jrapuan Costa Júnior, Gerson Can\a- d) em 1985, ,Çhefe dO Departamento de
ta,José Agripino, Moisés Abrão, NeJson Wede- O SR. PRESIDENTE (Raimundo Lira) - Operações com Títulos e Valores Mobiliários;
kin, Mauro Benevides, Dirceu Cametró, NabOr Está' aberta a reurúão. Com a paJavra o Relator, e) de 1988 a 1989, Chefe de Gabinete da
Júnior, Edison LObão, Afonso Sancho, Áureo Senador G~rson Camata. Diretoria da Dívida Pública e Mercado Aberto;
Mello, Sa1danha Derzi e Aluízio Bezerra, reú-· O RElATOR (Gerson Camata) ~Sr. Presi- I) desde 1989, Chefe do Departamento de
ne--se a Comissão de Assuntos Econômico.S. dente e Srs. Senadores, cumprindo determi- Operações de Mercado Aberto.
Deixam de comparecer, por motivo justifiCà- nação de V. Ex0 , inscrevi-me para relatar o -No período de novembro de 1985 a oub.l·
do, os Senhores Senadores: Ronaldo Aragão, processo relativo à indicação do Dr. Francisco b_ro de 1988, segundo informação da Divisão
João Lyra, _Mansueto de Lavor, RL!y Bacelar, Amadeu Pires Félix, para exercer o cargo de de Registro do Departamento de Desenvol-
Severo Gomes, Wilson Martins, Odacir Soares, Diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto vimento do Funcionalismo, esteve licenciado
Carlos Chiarem, Teotonio Vllela Filho, Sílvio do Banco Cei1tral do Brasil. para tratar de interesses particulares. Durante
Name, Olavo Pires, Carlos De'Carli, Roberto tal período o indicado ocupou-as seguintes
Campos:, Maurício Corrêa, Ney Maranhão e ExaminamOs õ curr!Culum vitae do indica- posições na iniciativa privada:
Jamil Haddad. Havendo número regimental, do, e tivemos também uma série de encontros a) de 1985 a 1987, Gerente da Divisão de
o Senhor Presidente declara .abertos os traba- com funcionários do Banco Central, e pude- Open Market do Banco Boavist~ S/A; ___ _
lhos, dispensando a leitura da Ata anterior, mos avaliar, primeiro, a correção, a seriedade b} de 1987 a I988, DiretorAdjuntll da Cor-
que é dada comO aprovada. A seguir, sua Ex- com que -o Dr. Francisco Amadeu Pires Félix retora Patente 8/A.
celência comunica que a presente reunião sempre conduziu a sua vida profissioni=d den- l Como se pode observar, a atual posição
destina-se à apreciação da 'Mensagem n~ tro do Banco Central. do indicado no Banco Centrãl do Brasil é a
200/89, "Do Senhor Presidente. da República, No exame do cuiTiculum vitae do ilustre de Titular do Departamento OperaçõeS de
submetendo à aprovação do Senado Federal, indicado, os Srs. Senadores poderão chegar Mercado Aberto, exatamente um dos dois de-
a escolha do nome do Doutor Francisco Arna- também à mesma conclusão quanto àquele partamentos subordinados à Diretoria para·
...deu Pires Félix, para exercer o cargo de Diretor funcionário de carreira da instituição. A 'sua cuja direção está sendo apontado, circuns~
da Dívida Pública e Mercado Aberto do Banco. indicação, portanto, se enquadra dentro da- tânda que possui caráter indicativo de suas
Central do Brasil" e, em seguida, concede a quilo que. os Constituintes desejaram ao regu- qualificações. Além disso, o fato C::le ter exer-
palavra oo Senador Gerson Cainata; parei que lamentar na Constituiç:ao o_ papel que deve cido a Chefia de Gabinete de tal Diretoria, no
profira seu relatório sobre a matéria. Conti- ser deStinadb ao Banco Central. período de outubro de 1988 a início de 1989,
nuando, o Senhor Presidente passa a palavra lhe assegura, certamente, familiaridade coin
ao Doutor Francisco Amadeu, para que teça
à nosso relatóiio diz o seguinte: as rotinas e demandas d~.
Em respeito ao que diSpõe o artigo 52, inci-
suas considerações a respeito do cargo para so III, item d, combinado com o artigo· 84, De outro lado, o fato do indicado ter exer~
o qual foi indicado. Encerrada a exposição, inciso XIV, da Constituição Federal, o Senhor
cido, recentemente; posições de gerência em
sua Excelência franqueia a palavra aos Senho- instituições fmanceiras privadas, devem. lhe
Presidente da República submete à conside- propiciar Uma conveniente base de experi~­
res Senadores qUe queiram interpelar o Dou- raç.ão do Senado Federal a escolha.do Doutor
tor Francisco Amadeu. Usam da palavra os 'Francisc:o f.rnadeu Pires Felix para exercer o cia sobre as expectativas, procedimentos ope-
Senhores Senadores: Gerson Camata, Afonso cargo de Diretor da Dívida Pública e Mercado racionais e eStratégias.,destas, elementos de
Sancho, Mauro Benevides e Raimundo Lira. grande valor para a apropriada defesa do inte·
Aberto do Banco Ceritral do Brasil- DAC:.N.
Não havendo mais perguntas, o Senhor Presi- resse público no desempenho das atribuições
A Mensagem Presidencial é acompanhada
dente agradece a presença do Doutor Fran- de substancial cUrriculum vttae do indicàdo, e resporisabilidades do cargo que se J;fretende
cisco Amadeu Pires Félix e informa que, aten- no qual-se acham indicados como elementos venha a exercer. .
São esses, Senhores Senadores, os elE:rrH~n·-
7

dendo a preceitO regimental, a votação deverá evidenciadores de sua capacitai;ão para o


ser secreta. Assim sendo, o Senhor Presidente exercício deste cargo de elevada responsa- tos que nos pareceram mais importantes arro-
solicita ao Doutor Francisco Amadeu e ao pú- bilidade e importância: lar neste Relatório, com vistas a informar o'
blico presente, que deixem o recinto. Reaber- julgamento dos ilustres Pares no que se refere
tos os trabalhos em caráter público, o Senhor em
..:.... Bach~:u~êi Ciências Económicas pela à capacitação e experiência do indicado.
Presidente comunica que a indicação do Dou- __S.Iniversidade do Estado do Rio de_ Janeirp, Sala das .Comissões, em de __ de
tor Francisco Amadeu PirEis Félix foi aprovada; Pós-graduado em Economia pelo Instituto 1989. -.SellãdOr Raimundo lira, Presidente
tendo votado quinze Senhores .Senadores, re- Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio ...:.. Senador Gerson Camata, Relator.
gistraram-se treze votos favoráveis e dois con- Vargas; Mestre e Doutor em Economia pela É _esse, Sr. Presidente e Srs. Senadores, o
trários. A seguir, o Senhor Presidente cumpri~ Escola de Pós-Graduação em Economia da nOsso relatório.
menta o Doutor Francisco Amadeu, enalte~ Fundação Getúlio Vargas.
cendo suas qualificações para o cargo que -Professor da FacL!ldade de Economia da O SR. PRESIDENTE (Raimundo Lira) -
deverá ocupar. Nada mais havendo a tratar, Universidade do Estado de São Paulo no pe- Com a palavra o Dr. Francisco Amadeu Pires
encerra=se a reunião às doze horas e vinte rlodo de 1978 a 1985. · FéliX, para que discorra sobre assuritos perti·
minutos, lavrando eu, Dirceu Vieira Machado -Iniciou sUa carreira na área bancária atra- nente~ ao exercício do cargo ~ra o qual foi
Ftlho, Secretário da Comissão, a.presente Ata vés de ingresso no Banco do Brasil,' através indicado.
que, lida e aprOvada. ser.á assinada pelo Se- de concurso público, onde permaneceu até
nhor presidente. - Senador Rmmundo Ura, 1975, onde galgou posição.no quadro de con- O SR. FRANCISCO AMADEU PIRES FÉLIX
Presidente.· tabilidade através de concurso interno. -'- Senador Raimundo Lira, Presidein-e dessa
-Servidor do Banco Central do Brasil des- Comissão, Srs. Senadore$, col~gas do Banco
[NTEGRA DO APANHAMENTO - -- -de 1976, onde ingressou Como econom-ista, Central, S~ e Srs.: . _
TAQUIGRÁFICO através de concurso público, como 'O primeiro Sinto-rrie horirado de estar aqui, hoje, para
Anexo à' Ata dà 15• Reunião da Comissão colocado deste, tendo desde então exercido . me submeter à avaliação desta Casa·Legis~
de Assuntos Ecoriômlcos, reaJizada em 17 de as seguintes comissões: _lativa, cumprindo um dever formal e, com isso,
outubro de 1989~-àS -dez horas, referente à a) de 1980 a 1982, ASsessor do Diretor da - buscar aqui e. no Plenário a autoridade neces-
argüição do Doutor Francisco Amadeu Pires Dívida Pública: sária para o exercici9 das funções para as
Fé1ix, indicado para exercer o cargo de Diretor b) em 1983, Assessó"r do Diretor da Área quais fui indicado pelo Excelentíssimo Senhor
..da Divida Pública e Mercado Aberto do Banco B_ancária; ~dente da República.
Novembro de 1989 _. _ DIÁRIO D() COI'IQRESSO NAOONAL (~eção U) Quinta-feira 9 6753

Inicia1mente, eu gostaria de me apresentar nenhum do m1.mdo, .é capaz de produzir as tem problemas de avaliação de risco de.· cré-
a esta Comissão na ·condição de ~conomlsta ~s de inflação de 35%- ao mês. Então, o dito, jâ que os títulos são .d~ eníissão do pró-
do quadro da carreira especializada do Banco GóVeffio, frente éi({detetMSmo de suas contas priO governo e, também, que esse mercado
Central do Brasil, onde ingressei por concurso internas e externas, é capai de_ dar solução é sulicienteinenté amplo para absorver as oPe-
público e onde encontrei_ amplas_ oportunida- para esse probleffia. rações do Banco Central, s~rn distorções
des de trein~mento te6rk.o e J2rª-tico, inclusive, A dívida interna, por sua própria natureza, ac::entuadêll$ em termos de preçOs e demais
com fmancia"mento de cursos· de mestrado reflete e projeta as distorções criadas no âm~ condições de mercadO.
e doutorado em Economta. D:e fato, toda a bito da crise do endividamento externo brasi~ Contudo, em seu § 39, det~nnfna a Consti-
minha formação como cidadãO e Co.-mç.
prõ(ls- )eira, na tentativa de se buscar, internamente, tuição, nesse artigo, que, as disponibilidades
Siona1 de EconOmia foi finaridéida pelo Esta- os recurso~ tomados esc~os por fontes ex~ de, caixa: da Cinião serão depositadas no Banco
do; sec.do nascido de famma ·de- imigrãnte~ temas. _CõQ'lO ·_a capacidade de gerar poUpan- Central. Essa condiç~o leg~l. na prática; toma
portugueses que chegaram ao Brasil no iníciO ças internas ·não é ilimitada, a pressão do end.i .. ihefetiva a restrição do § 19 deste- ãrtigõ, -q~Ue
dos anos 50, fui benefiário de toda uma série vidamento _inteff!O só poderá ser controlada proíbe o Banco Centr~ de_ financiar 9 r_esouro
de iné:entivos e apoio, particulamiénte; no que no contexto da solução para a _crise d_o endivi- Nacional.
se refere ao ensino público, no Brasil. É, por damento exte_r:np_e na ~du_ção do déficit pú- Na verdade, existem no momento cinco
conseguinte, com grande sentimento d~ retri- blico. contas do Tesdur'o Nacional do Banco Ce"ntral:
buição que ne~ in.omento da minha vida Corilo- COnSeqüêhcia ãct"icioÔ_a,l dess~ prO- uma- conta de caixa Ulúca--figada à eXécuÇão
proftssional me apresento para o exercíc:IO cesso, observa-se uma forte~_concehtração da orçamentária do Orçamento gii'al da União,
desta função pública. poupança fmãflceira no financiamento da dívi- a conta de operações de crédito, que ê o ins-
Corriõ primeiro ponto, gostaria de. tecer al- da interna. A participação da divida interna trumento através do qual o Tesouro N~.clonal
guns coroe_ntários sobre o qUadro conjuntural federal em títulos, no total dos haveres finan- utiliza os programas e fundos de desenvOlvi-
em: que a execução da política monetária, atra- ceiros não monetários passou- de 2 i%, ein mentos como Funagri e. outros, outra conta
vés das operações de mercado aDertor~COm 1980, para 43%, no final, de 1988. de operàções de c~:édito interno, Onde São ian:
títulos públicos federais, vem sendo realizada. Esse deslocamento de poupança internare- çadas a· débito e a crédito a movimentãçãô
O quadro de lncertezas em que vivemos duziu a disponibilídade real de crédito para com- a dívida pública mobiliârla nOs·resgates
tem acirrado as discussões em tomo da dívida o setor privado da economia, ou seja, o setbr e na colocação de novos títulos, existe um~
pública federal, em título_s- e ~m -sua capáct- ,público, sem as fontes externas de financia- oUtra-conta- de operações de crédito externo,
dade de financiamento. Essa questão, tOdavia, mento e sem esse ajuste fiScal compensador, que são a cob_e~ra em cruzados do p_aga-
não tem sido feita, a meu juízo,_ à luz dos fatos buscou o seu financiamento em bases domés- ménto de dfvidªs ~ma:; do governo federa1,
estatísticos. Na verdade, a relação entre õ ta-
manho da dívida interna e o- Produto Interno
ticas, com coriseqúêric_ias em teiTnõs -de ex- feitas através do Banco Central ...:... inclusiVe
tem ãihda uma conta em que foram deposi-
pansão da dívida interna, com deslocamentO
Bruto vem cresc:endo de forma gradual, ao do setor privado de suas fontes de crédito. tados recursos do empréstimo compulsório
longo das duas últimas dêcé)das, passando Osetor privado da economia, em face dessa sobre combustíveis, lubrificantes e ouiros.- ----
de 4,4%, em 1970, para 6,2, no final da déca- restrição, ajusta-se ao longo dos anos através - A minha exposição- vã:i pretender discutir
da; 10,4%, em 1985, 12% em-1988, encon- -de redução de investimentos e de endivida- mais detalhadamente esse aspecto institudo-
trando-se, atualmente, segundo dados, -até mento. nal do relacionamento do Banco Central com
agosto último, em cerca de 13,3%, -ç:ons!de- A origem das distorções existentes na dívida o Tesouro Nacional. -
ninclo-se, ainda, que, nos últimos anos, como interna deve ser buscada nõ relacionameritõ O fato de o TeSOura· N~cional t~r conta..nó
é do conhecímento geral, o PlB informal, cres- instltt,Jcional entre o Banco Central e o TêSówo Banco Central_cria um_ mecanismo operacio-
ceu acentuadamente em relação ao PIB contá- Nacional. nàl em que, na prática, o- govenlo objeti_vâ-
bil, e quando comparamos o endividamento Apesar de completar, no início do ano que mente consegue fimmdamento contra o Ban-
público interno, incluindo toda a economia vem, 25 anos de existência, ainda não foi pas- co Central. --. - -- -- - ~~-
informal, esta relação cai acentuadamente. sivei estabelecer no 6rasil um Banco Central A Constltltiçãb, apesar de revelar claramen-
A preocupação com a dívida interna em independente, que tome efetiva a restrição or- te -a preocupação de garantir condições de
títulos, a nosso ver, deve concentrar a questão çamentária dO Governo; impedindo a moneti- controle para a execuç:ã_o orçamentária qo go-
na evolução da divida fiscal É necessário Iden- zação ·do déficit público. verno, na verdade esse § 3o cria~ a, nivel prático,
tificar qual a relação alternativa, ou seja, a base O .conceito de Banco Central independente uma contradição_ em termos do objetivo do
segundo padrões internacionais, a taxa de não significa ausência de controle por Parte art. 164.
crescimento nominal, assim -como o prÓprio da sociedade, muito pelo contrário; prestando Na prática, no Brasil, o Tesouro Nacion~
PIB é muito acelerado, que decorre da inHa- contas diretamente ao Congresso Nacional o -qU-~fndo rea{íza um déficit não se pré-financia,.
ção, e faz ·com que tanto a dívida quanto-o Banco_ Central poderá se tomar o efetivo guar- -ele se-pós-fln__anc;:ia; quero dizer, o TesOUro~ª-
PIB medido em cruzados cresçam em termos dião da execução orçamentária do Governo. cional realiza despes_as sem que previamente
nominais. A COnstituição brasileira cuidou desse as- obtenha recursos_ de qualquer origem, seja na
O controle da dívida interna, por conseguin- pecto·institucional em seu art. 164, onde em arrecadação tnbutâria convencional, seja pela
.te, está ligado ao controle da inflação, estando seu§ 19 veda ao Banco Central conceder, dire- colocação de títulos, para cobrir essa despesa
aí, de fato, a origem- de todas as distorções tas ou indiretamente, emPréStimos ao T escu- programada previamente.
apontadas a respeito da dívida interna, vale ro_ I'jacional e a quaJquer órgão ou entidade Em economias com mais tradiçãO de Ban·
dizer, nos prazos de volab1ii:la4e de taxas de que não seja in.stihlição _financeira. co -central, a· Tesouro tfacional mantém no
juros. · Contudo, já em seu§ 29, autoriza o Banco Ba~co Central uma conta estáve~ ~.em alguns
O Controle da inflação, no Brasil. por conse- C.entral a_ç:Qmprar ou vender títulos de emis- casos. sequer apresenta conta no 13anco c~-..
guinte, reduzirá o crescimento.da dívida in~r­ sãO do Tesouro Nacional com_ o_gbjetivo de tral.lsto faz comqueóTesouro Naç:ionflltenha -
na e permitirá a sua reestruturação,- natural~ regula! a oferta de moeda ou a t~ de juros, cjúe manter Sel.IS''Cl.epóSffOS-no-sistema ban-
mente. _ Esta autoiizÇ~.çffi;9 r~este-sé .cl~ ]l_9m senso, Cário ConvenciOnãt: ~- ---
É necessário recor:thecei- que_ a origem da já que tendq que se utilizar de ativos finan- ~~QUando o T esOlkó _Nacional coloca títulos
inflação decorre de ser do ajuste fio.anceiro .f~.r-~_s_ para -regular a liquidez da _economja, ~_o__ !l'!~rcado ele nãO -prõdUZ quâlquer OsCila-
da economia no Brasil. nada mais COrreto _dO que fazer isso através ção nas condíÇOes -de liquídez_ dO _mercª4o
Embora as expectatltvas inflacion_á"rias da dg _mercado secundário de titulas públicos fe- fi1J.;mceJr9. O que ocorre quando o Te-Souro -
sociedade possam tomar mais difícil O con- derais. - - coloca mais títulos do que estão resgatando,
trole da inHa_ç_ão, não se pode responsabilizar Isso .decorre do -rato de @e ope~andO com pOr exemplo, e essas cOntas dõ TesoUro Na-
o efeito total já que o setor privado, em lugar títUlos públicos federais o Banco Central não cional estão nos bancos, há mera transferên-
6754 Quinta-feira 9 DIÁRJO Do CONORESSO NA00tw.,_($eção II) . Novembro ·de.I989

da de depósitos das contas das pessoas jurídi~ ferência de imposto~ da rede baocálja para no Brasil, porque, em outros pafses quando
cas e fisicas que c9mpraram títulos públicos, o Tesouro Nacional, ou quando a· Tesouro o Governo tem um déficit. as taxas de juros
para as contas do T escuro na tede bancária, Nacional coloca titulas _no mercado, o resul- sobem, por caUsa da disputa que o Tesouro
Isso produz mera movimentação de recursos tado dessas operações é transferido para a tem que exercer naquele momento sobre a
dentro do sistema financeiro. Dessa forma, conta no Banco Central. Mas, coroo{! possivel poupança existente.
o Tesouro Nacional, quando realiza urn.déficit. transferir recursos do setor financeiro conven- No Brasil, quando surge o déficit púbHco
tem que disputar a poupança pree,qstente, ele cional para o Banco Central de uma hora para as taxas de juros caem porque_ o Teso_uro cria
tem que deslocar efe.tivamente, de imediato, outra? - - a liquidez necessária para o financiamento da-
financíadores de outras formas de poupança A base mone'$_ja1 h_oje, é da ordem de_ 20 quele déficit Ao criar essa liquidez adidonal,
para o financiamento do déficit público. Isso bilhões de cruzados; uma parcela disso repre- as taxas de juros apresentam tendência de
produz um efeito imediato em termo.s .de taxa senta o papel-moeda em circulação, moeda· queda artificial, que não reflete o fato de que
de juros e em __termos de restrição o~çarnen­ fisica, papel-moeda em poder do público, que o Tesouro está pressionando o mercado de
tária. as pessoas utilizam no dia-a-dia, e o caixa, crédito, e transfere politicamente, aq_ Banco
Essa conta, por exemplo, nos Estados Uni- em moeda, dos banc:os. Eles precisam manter Central, o ônus de explicitar, no mercado de
dos, é remunerada nos próprios títulos públi- urna fr~ção dos seus depósitos na fortna de crédito, o fato de que o déficit aumentou ou
cos federais, ou seja, se em- um banco qual- depósito, de moeda, em espécie, p~ua (falta existe~ Num-a economia como a americana,
quer o Tesouro tem conta e essa con~ apre- na gravação) monetária 'é: o compulsório que p_or exemplo, ao Banco Central"cabe comprar
senta saldo, por lei, necessariamente, esse sal- os bancos mantêm no Banco Central. titulQS públiCO$, caso 8$ taxas de juros subam
do está aplicado no_s títulos de emissão do Ora, como é possível colocar um leilão em _além deis metas de política monetária, ao pas-
próprio Tesouro._Não_há qualquer risco ligado excesso ao resgate previsto naquele dia, diga- so que aqui ocorre exa.tamente o contrário:
à aplicação desses recursos na instituição fi- mos, de 1 bilhão de cruzados? Isso representa ao Banco Central cabe vender títulos públicos,
nanceira especifica em que o depósito existe. a transferência de 1 bilhão de cruzados de na tentativa de controlar a poupança fman-
O Tescuro Nacional mantém seu caixa aplica- base monetária das contas dos bancos para ceira, essa poupança meramente nominal,
do em títulos de sua própria emissão e absor- a conta do T escuro no Banco Central. que é criada através desse rnec,_anismo Lnstitu_-
ve, com isso, toda a remuneração do título. _Isso implica, necessariamente, no retomo cionaLao relacionamento do J3anco Central
Não implica em qualquer custo, para o Tesou- desses recursos através da Mesa_ de Opera- com o Tesouro Nacional.
ro, manter recursos em contas no s_etor ban- Isso produz todas as distorções, na minha
ções de Mercado aberto do Banco Central.
cário conveocion;al. ______ _ Essa m-ovimentação que é feita e absoluta- opinião, que são apontadas em relação à dívi-
Quando_existe a arrecadação de impostos, da intema, sua concentr_ação na inão de insti-
mente necessária, porque não há essa dispo-
por exemplo, os impostos são recolhidos à nibilidade a ser_ transferida. Então, como o tuição financeira, por exemplo, a éxcessiva ala-
rede bancária, não existe esse prazo de recolhi- Banco Central, necessariamente, tem que vancagem de -instituições financeiras com títu-
mento que existe no Brasial e que tem sido tranSferir, -tem QUe.. devolver- ao sistema toda los públicos. Ora, essa liquidez criada pelo Go-
encurtado progressivamente, encurtamento verno para financiar o seu déficit· através da
a transferência de' ·recursos entre o _sistema
esse em que existem até restrições físicas, financeiro e o Ban.ço~Çentral, como esses re- colocação de títulos, essa poupança que é
existem limites frsicos ao encurtamento dos cursos não podem ser retirados. efetivamente, produzida, como ela não é algo efetivo em
prazos de recolhimento de impostos. Agora já que nao é possível reduzir de uma hora termos de uma separação da renda real na
mesmo, o Congresso reduziu o prazo de reco- para outra a quantidade de mo_edas que as economia para financiamento do_ Governo e,
lhimento do Fundo de Garantia por Tempo pessoas_ estão utilizando, da mesma forma que sim, uma própria liquidez criada na geração
de Serviço. Hoje está em dois dias, mas che- o compulsório que os bancos depositam não do déficit, toma-se difícil a colocação final de
ga-se a u.m ponto em que há um limite à pode ser reduzidos, porque eles precisam títulos públicos federais. Os benefiCiários do
capacidade física de se transferir recursos dc;~s atender compu1soriamente, na prática, o Te- déficit público, as pessoas que recebem os
contas de arrecadação tributária na rede ban- SQllro Nadona1 ao vender seus títulos, com- _ pagamentos do Governo, recebem aquilo co-
_cária à conta do Tesouro Nacional no Banco prados pelo mercado financeiro, ele consegue mo uma receita ligada à sua produção, à exe-
Central. indiretamente o financiamento do próprio cução dos _seus compromissos, mantêm
Em outras economias, onde o T escuro Banco Central que, por outras razõeS de regu- aqueles recursos aplicados na dMda pública,
mantém contas nos bancos, a partir do mo- lação de·liquidez na economia, pr_ecis~a ,repor temporariamente.
mento em que a arrecadação de. impostos esses valores. Então, é _o que o mercado se As instituições financeiras, então, se _colo--
é feita, ela passa a ser do Tesouro NacionaJ, habituou a chamar de oversold, um termo de cam corno os agentes, que Viabilizam a colo-
aplicada em títulos de_ sua própria emissão. inglês, que representa o excesso de colocação cação desses titulas e prestam ao restante da
Então, não há qualquer ganho de floot na rede de títulos sobre a _disponibilidade efetiva de economia o serviço de liquidei diária à dívida
bancária pela arre_cadação de impostos em interna. -
recursos para seu fmandamento no mercado.
nome do Governo; a rede bancária é remune- Esse é um mecanismo que, realmente, ·sow A excessiva alavancagem da dívida pública
rada por uma comis_s_ã_o, por uma corretagem mente a vivênéia pratica desse problema po- na mão de instituições financeiras, o grau de
e não em termos de um valor arrecadado, deria despertar atenção, e é nesse sentido que liquidez que a dívida interna apresenta está
mas em termos da quantidade de documen- eu o apresento, neste momento, a esta Co- ligada, na minha opiriião, não apenas ao fato
tos manuseados em termos do_ seu custo ope- missão. da inflaçao ter concentrado· a poupança no
racional. curto prazo. De fato, isso ncorre nos níveis
Desta forma, quando o Tesouro Nadonal, - Na medida em que o Tescuro passa a ter atuais de innação, mas também, na minha
em países que tem essa separação de contas caixa no Banco Cerifra1, caixa esse qUe, na opinião, principalmente, e como origem dessa
entre o Tesouro e o Banco Centrei; quandO' verdade, o Banco Central teve que repor aque- distorção;- pelo fato de que a cfiVi.da pública
o Tesouro Nacional apresenta um déficit, ime- le mesmo· dia, a partir da existência dessa d[s.. é colocada no mercado de uma fonna que
diatamente as taxas de juros sobem. E fica ponibilidade, o T escuro Nacional começa a chamo de artificia], e gera essa concentração
claro para todos que quem sobe as_ taxas ·de gastar, a sacar sobre essa conta. Só_ então
juros é o déficit público, porque, imediatamen- osrecursos- retomam--ao sistema financeiro, edores essa caracteristica de Jiquidez. Os financia-
da dívida pública, pelo menos na coloca-
te, o Tesouro precisa disputar uma poupança à economia, e permite então que o Banco ção liquida de títulos públicos. naquele mon·
que já está alocada e que tem lima limitação Central reduza sua posiÇão de financiamento tante_ que efetivamente está sendo colocado
em seu tamanho~ _ ao mercado. para finandar um déficit adicional, têm carac·
No caso brasileiro, onde o Tesouro Nacional ~€' um mecarnsmo que ·na- prática lmpucâ teristicas de grande liquidez.
apresenta conta _oo_Banco Central, quando na rnOnetização desse déficit que está sendo Pretendi explorar esses aspecto, porque
há um recolhimento de iinpostos, urna trans- gerado. E também cria umá situação curiosa acho que é um P.Onto que tem passado des-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CQNGRESSO NAOONAL, (Seção 11) Quinta-feira 9 6755

percebido na discussão sobre a dívida interna, poupança real de 500 milhões de dólares ao ele" conseguisse, índiretamente, se financiar
e, na verdade, a imagem que faço é que se· mês. Se o Governo tentasSe fazer isso nó con- através da mesa de mercado aberto do Banco
tefn buscado as distorções da dívida interna texto de wn banco Central independente- - Central.
no setor privado da economia. Acho isso um isso é preciso reconhecer, é importante ter Acho que é possível manter esse parágrafo
engano. As distorções, não apenas da dívida isso em mente -, geraria uma pressão de_ desde que adicionalmente se faça_tm1a restri·
interna, mas muitas das distorções que hoje taxa de juros insuportável. Haveria uma pres· ção ao saldo dessa conta. Agora, realmente,
existem na economia brasileira, só po~em ter são enonne. a garantia absoluta de que o Tesouro não vai
origem nesse problema de setor público, que _ De modo que, acredito que essa separação fazer isso é qué ele não tivesse conta no Banco
todos estão informados, como o problema da do Banco Central do Tesouro Nacional não Central. Realmente, eu não sei como, no con-
crise do endividamento externo, com o proble- pode ser uma medida isolada. Ela só pode texto legal, isso agor~ poderia ser feito.
ma do déficit público; a questão da dívida inter- ser efetivada no contexto de um real ajuste O SR. PRESIDENTE (Raimundo Lira) -
na está inserida nesse contexto, não é um do setor público, caso contrário, as taxas de Com a palavra o Senador Afonso-Sancho.
problema à parte nem terá solução à parte juros teriam pressão excessiva.
da solução desse contexto. - Essa tentativa de se financiarJntemamente, O -SR. AFONSO SANCHO - Jnicialmente,
Acredito - e é minha opinão sincera - ela efetivamente lião tinha lastro real. Quando desejo me congratular com a exposição do
que, na medida em que houver um programa o déficit público foi financiado com o endivida- Dr. Francisco Amadeu Pires Félix, que foi m!Ji-
efetivo de ajustamento da economia brasileira, mento externo, a i:olocação de dívida interna to objetivo. Agora eu gostaria de fazer algumas
todas essas distorções serão minimizadas: o tinha uma contrapartida real. indagações, primeiro: o que V. S• acha da inde-
alongamento de prazos, a redução de liquidez Na década de 80, isso se perdeu, em boa pendência total do Banco Central, e esse as-
do overnigth, e melhores condições de admi~ medida, e, a partir de então, a tentativa de sunto foi discutidO em seminário ·que houve
nistração da política monetária e -da taxa de colocação de _dívida interna tmnou-se mais aqui, do Sistema Financeiro, onde até deram
juros. Acho que tudo isso vai ter urna solução difícil e com características mais monetárias, OOmo exemplo o -caSo da Venezuela, ori.de- o
natural no contexto do ajustamento do setor com menos lastro efetivo de geração de renda Banco CentraJ tinha toda a independência e
público. na economia. Então, isso, acho que está por qUã:ndo chegou na hora da crise, não soube
Na década de 70, a dívida interna teve um trás de todo o problema de aceleração da infla~ se conduzir. Qual é a opinião de V. S'? O Banco
papel efetivo no estímulo ao endMdamento ção e_ outros desajusteS que existem. Central deve realmente se_r totalmente- inde·
externo. A política de taxa de juros era condu~ Estou aberto a qualquer tipo de discussão pendente ou o Banco Central deve manter
zida no sentido de colocar a taxa de juros que o setthor~!!S desejem fazer. (Palmas) esse meio ~ermo que ~ us_ad?_ at~ãfrriente?
interna ligeiramente acima da taxa -de juros O SR. FRANCISCO AMADEU PIRES FÉLIX
externa e, com isso, induzir ao eridividamento O SR. PRESIDENTE (Raimundo Lira) - ~Acho que não devemos confundir indepen·
externo. Na medida em que esse endivida~ Com apalavra o Senador Gerson Carifáta para dência com ausência de controle, pelo centrá·
menta representava recursos reais, o impacto fazer a indagação_ que achar neç:essári~_ ao rio, eu vejo na independência do Banco Cen~
inflacionário dessa colocação d~ títulos era Dr. Francisco Amadeu. trai o aumento de controle da sociedade sobre
menor, porque havia lastro no _endividamento O SR. RELATOR (Gersort Carnata) - Dr. o 6anco Central. Esse é um aspecto. Outro
interno, lastro refletido no próprio acúmulo Francisco Arowal, acompanhamos com mui- aspecto é que efetivamente, esse arr;mjo insti-
de reservas cambiais. to interesse, e até o cumprimento pela sua Wcional só pode ser promovido-num contexto
A partir da crise do endivídamento externo exposição, parece que, durante a sua fala, de' um ajustamento definitivo da economia.
de 1982; na década de 80, as fontes de fman- v. Si""'transmitiU ao Se"ôado, e aos senadores Isoladamente, isso poderia gerar pressões_de
ciamento externo da economia cessaram, o que aqui estão, um desejo de ~que constitucio- 'taxas de juros tão violentas que se inviabüizaria
Governo tentou substituir ._:.. é claro que tem nalmente ou legalmente devessem ocorrer a intenção.
havido um esforço efetivo de redução.do défi- mudanças no futuro. Então, eu acho que no contexto que todos
cit público, isso é inegável. Mas dada ~ impor- Quando V. S•. Qiz que o arl 152 da Cons,tf- temos, toda essa expectativa de um ajusta-
tância que havia no financiamento externo, tuição, - anulado pelo § 3<? - que permite mento imediato na economia, et.i acho que
na economia brasileira, ainda restou uma par- que haja contas do Tesouro no Banco Central, pode surgir essa oportunidade agora. É uma
cela muito grande de financiamento interno. como o s_enhor verialegaiQ'l.ente, ou constitu~ medida que não aceita meio tenno; dadas as
Tentou-se substituir financiamento de origem cionalmente, o acerto dessa situação anôma· suas conseqüências, ela e a garantia de que
externa por financiamento de origem interna. la, em que o caput do artigo proíbe, e o § "Uma situação equilibrada nã--cr se tomCJrá mais
Com isso, através desse mecanismo institu- 39 quase que invalida ao permitir que ocorram desequilibrada, mas no contexto de uma situa~­
cional, antes era a chamada conta de ,movi- essas contas, e que o T escuro possa sacar ção desequilibrada, ela só pode ser feita no
mento, que existia entre o Banco Central e para cobrir aquele déficit; qual seria a solução momento de um ajuste. Creio que issO é muito
o Banco do Brasil. A partir da criação da Secr~ legal que o senh?r indicaria? importante que seja feito, caso contrárío pode
taria do T escuro Nacional, essa vinculação sufglr uma série de pi"oblemas.
passou a existir entre o Banco Centrãl e o O SR.l"RANCISCO AMADE:U PIRES FÉLIX
próprio Tesouro Nacional, diretamente. -Entendo que, no contexto legal que existe,
O SR. AFONSO SANCHO - V. S• tenderia
Essa tentativa--de buscar poupanças inter- mais para a independência total ou para o
essa conta deveria ter um saldo constante, meio termo? - -
nas e fmanciar o déficit, que, apesar de ter não nulo, mas absolutamente constante. O
sido reduzido, efetivamente, inclusive, não po- Tesouro deveria ter contas no sistema ban~ O SR. FRANCISCO AMADEU PIRES FÉUX
deria ser sido reduzido de um dia para 6 outro, cárie convencional, _se fosse o caso, nwn ban- ~Existe uma peça que é o Orçamento Ger~l
esse esforço de financiamento interno tem se co estatal, isso não implic"a ter conta num ban- da Onião, através da qual o Congresso efetiva-
prolongado em excesso; existem limites à ge- Co privado, acho que seria melhor que tivesse m'ente autoriza o Executivo a deSempenbar
ração de poupança interna. A poupanÇa nor- contas em todós os bancos, mas acredito até as Suas funções. Na medida em que o Tesouro
malmente depende da renda das pessoas. que o Banco do Brasil tenha capacidade de não possa movimentar recursos através _do
O PIB fonnal na economia brasileira, hoje, rede suficie·nte para prestar esse serviço ao Banco Central, ele se tomará a garantia desse
é da ordem de 350 bilhões de dólares anuais, Tesouro Nacional. De modo que no contexto próprio Congresso de que aquela peça orça~
para falar num valor que é mais estável. Se legal que existe, seria importante que o T escu- mentária _é efetil[a. Vejo a independência do
o Governo, num dado mês, tem um, défic:lt, ro Nacional mantivesse esse saldo absoluta~ Banco Cehtral como uma garantia ao Con·
digamos, de 500 milhões de dólares, como mente constante- e'não se. valesse dessa movi· gresso e à sociedade, dado que o arranjo de
é possível consegu_ir poupança real ~e 500 mentaçào produzida pelas transferênCias de controles entre os Poderes é efetivo. Acredito
milhões de dólares em um mês? O PIB não impostos e pela movimentação de dívida inter- nisso, já é um· grande avanço a avaliação _do
aumenta na medida necessária para gerar na que, através de movimentação nessa conta, Senado em termos da Diretoria do Banco
6756 Quinta-feira 9 . DIÃRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção ll) NÓvembro de 1989

Central; é muito importante, e é por isso que pequena, 'Iiriiitãda pelo próprio tamanho do p·ara isso. Hoje ainda vivemos das pressões
estou trazendo esse assu_n_to a V. Ex«~ Vejo no capital do sistema financeiro. De modo que do desequilíbrio fiscal geradas no passado.
Congresso a intenção de exercer controle efe-- não faz nenhum sentido, tanto pela própria O SR. AFONSO SANCHO-Farei a última
tivo sobre execução orçamentária do Governo. economia que se pode conseguir corri- isso, indagação: qual é a diferença para o Governo:
A independência do Banco Central não é como, principalmente, pelos efeitos que isso a guitarra funcionar ou fazer a cãptação da
no sentido de que Banco Central esfá acima poderá provocar; não vejo nem a necessidade, poupança?
do bem ou do mal, absolutamente. Muito pelo dado que num quadro de estabilidade isso
tudo muda, mas, principalmente, porque não O-SR. FRANOSCO AMADEU PIRES FÉ-
Contrário, é que os canais de pressão ao Banco
é uma medida eficaz, ela é contraproducente. UX- No tempo em que isso é viável fazer.
,Central se tomam explícitos através do Con~
A tentativa de financiar o Governo de forma
gresso Nacional e não mais a cada momento, não monetária tem uma repercussão inflacio-
dependendo das circunstândas. _ O.sRM".ONS_OSANCHO-Estoudeacór-
nária menor: dá mais tempo ao Governo para
do, mas gostaria de fazer ainda Lima indaga- exercer um controle de suas contas. É apenas
O SR AFONSO SANCHO -Outra indi9á- ção, porque n~o entendi bem. v. s~ disse que
Ç:ito que eu gostaria de fazer: o que deve preo- nóS P.afses estrangeiros, quando há déficit au- essa diferença básica.
cupar hoje as autoridades monetárias, a dívida Na verdade, se há um lado negativo na divi-
mentam-se os juros para diminuir o déficit
interna ou a externa? da interna é o fato de ter viabilizado, termos
Nã9 foi mais ou m~nos isso? chegado até esse ponto sem uma ruptura,
O SR. FRANOSCO AMADEU PIRES .FÉLIX
através da indexação, da gerência da dívida
-A dívida interna, hoje, medida em dólares, O SR. FRANCISCO AMADEU PIRES rÉ· interna, que é uma tradição que não começou
é da ordem de quarenta bilhões de dólares, UX ~Não, eu digo, nos países mais _organi-
zadOS institucionalmente, em termos de Ban- comigo - tenho mais de 20 anos no Banco
cerca de 1/3 da dívida externa, mas há uma
diferença fundamental, Porque ela é paga em CO-Central, quando o governo tem um défiCit, Central - já são várias gerações de funcio-
cruzados. Não há qualquer dificuldade de cola- ele não consegue financiamento no Banco nários do Banco Central nessa áreà
gem dessa dívida em condições de estabi- Cerif!al, ele disputa uma poupança qye já está Entendo que talvez esse seja o lado nega-
lidade económica, tanto que a sua relação alocada e, para conseguir isso, as taxas de tivo. Sem a indexação, sem a gerência proflS-
sional da dívida ihtema, talvez não tivéssemos
com o PIB, de 13%, é absolutamente pequena. juros reagem imediatamente __a essa pressão.
Se a dívida e o PIB reduzissem o Seu cresci- a
Quando Sodediâde vê as taxãs de juros su- chegado a esse ponto com relativa organi-
mento nominal, ou seja, se a inflação amanhã bindo, ela identifica _claramente a origem do zação e estabilidade ilo funcionamento do se-
ter real da economia.
fosse zero, a .relação dívida - PIB, que vãi problema: é o déficit público. Isso toma mais
Pode ser visto como algo negativo sob esse
resultar de uma inflaç~o zero no Brasil é exata- imediato o controle do deficit público, porque
o pr6Prio sinal de -mercado é imediato. Em aspecto; sem esse· instrumento tenho a im-
. mente 13%. Ora, em unl amblerite de inflação pressão de que o ajuste fiscal já teria que ter
zero, 13% de endiVidamentO--do PIB, em ter- uma situação como a nossa, corno o déficit
sido feito há muito mais tempo.
ní.os de financiamento· ao GOvernO, -é rriWtO público cria a liquidez que o financia, os sinais
pouco.- de mercado não são de pressão, as taxas de
Penso que a mudança do perfil da divida juros tendem a cair ao contrário, por esse ex- OSR: AFONSO SANCHOC:..COorigooo:
pública virá naturalmente com a mudc~.nça do cesso de liquidez gerada na colocação dos O SR. PRESIDENTE (Raimundo üra)-Dr.
~erfil da economia. É muito mais um reflexo titulas públicos. Frahdsco Amadeu, vou entrar aqui na condi-
desses desequilibrios do que uma origem des- Entendo que essa mudança: de posição do ção de interlocutor, in~~gan_2o sobre alguns
ses problemas que vivemos hoje. Çreio que Banco Central é muito importante. Nas econo- asPectos que conSii:fero extremamente impor-
não há comparação entre problema de dívida mias mais organizadas nessa área, o Banco tantes dentro do assunto abordado por v. s•
externa e problema de dívida interna, tanto Central entra no mercado impedindo que as Tenho lido, através da imprensa nacional, al-
pela sua magnitude absoluta e relativa ao PI~. taxas de juros subam demais. Isso torna dato guns economistas ilustres, inclusive, que têm
quanto pelo fato de que ela é um compro- para todos que o déficit está ocorrendo. dado uma ênfase muito grande ao endivida-
misso em moeda nacional. No Brasil, esse arranjo institucional produz mento interno do Pais, inclusive até colocando
um efeito oposto. O primeiro impacto do défi- em dúvida se o futuro presidente da República
O SR. AFONSO SANCHO -Indago aiitda
cit público é de uma redução artificial das taxas
a y. s~ qual seria a medida que pudesse vir vai ou não honrar a dívida interna.
de juros. Então, cabe ao Banco Central tentar · Entendo que isso é uma falta de patriotismo,
a atender mais ao País sem ser um calote, explicitar, mo mercado finanCeiro, ·que a taxa
para atenuar o crescimento dessa "bola de na medida em que uma intranqüilidade com
de juros está sendo pressionada. lsso gera to- relação a_esse aspecto- _o novo presidente
neve" da dívida externa, também excluindo
da uma mudança, inclusive de responsabi- não honrar a dívida interRa._ leva a aumentar
essa inflação galopante? Digamos que o novo
lidades na formação de taxa de jwos. o mercado paraieJO do dÓI8r e do ouro. Cria
Presidente da República, com a credibilidade
que deve vir, em mais de 50%, do povo brasi- O SR. AFONSO SANCHO- É o que está uma dolarizaçãO exceSsiva na economia do
leiro, ele poderia, por exemplo, c;ongelar essa ocorrendo agora? País, levando a esses desequilíQrlos, enfim,
dfvida? que todos conhecemos, tanto o deSequilíbrio
O SR. FRANCISCO ÁMADEU PIREs FÉ-
na prôptia econofrlia como o desequilíbrio
O SR. FRANOSCO AMADEU PIRES FÉUX UX- Entendo que é inegável o esforço que emocional, que cria uma bola de neve, e fica
-A dívida interna? q Governo fez este ano, de redução do seu difícil de_se controlar a inflação e a econonlia
déficit de caixa. Realmente o déficit de caixa
OSR. AFONSO SANCHO- A dívida inter· do Governo tem sido controlado. Mesmo as-
como um _todo.
na.
sim, passou de uma situação de descontrole Acho que 13% do PIB, que representa a
O SR. FRANCISCO AMADEU PIRES FÉUX muito grande para uma situação de controle nossa divida interna, é muito pequeno, real-
- Não vejo sentido nisso; porque congelar relativo, também, depois de rriuitos anos de mente, porque países corno a Holanda, por
a dívida, ou seja, não dar liquidez aos deten- excessiva sobrecarga que ainda não foi dige- exemplo, parece-me que eles chegam a quase
tores da dívida, não pagar os compromisso rida, a nível da absorção da dívida interna pela 2/3 do PIB. A única diferença é que lá o endivi-
ligado.s a essa dívida significa inviabilizar todo eccinom!a. Partirnos de um ponte em q-...:e ha- damento-é-a-Iongb-prazo;-- Com- is-so.- sé- é
o fluxo financeiro da sociedade, quer dizer, via uma sobrecarga de endividamento e, ape- possível transformar uma d~vida interna de
cada fmanciador, pessoa física, empresas, ins- sar dessa redução no controle de caixa existe curtíssimo para médio e longo prazo na me-
tituições financeiras, e aí existe uma distorção, algum resíduo a ser financiado e ainda não dida em que estabilize o processo Inflacio-
a parcela da dívida interna carregada com re- conseguimos gerar poupança real para fman- nário. Porque ninguém va(investir em f59,_ 90
cursos próprios dentro do sJstema financeiro, ciar o déficit dos anos anteriores. O PIB, inclu- ou-360 dias com utna inflação absolUtamente
ou seja, por instituições f!hanceiras é muito sive, não tem crescido na medida necessária descontrolada.
Novembro de 1989 Quinta-feira 9 6757

Acho-- que deveria haver uma consciyntiza- Outra identificação desse problema. São as apesar 'de serem valores absolutos elev;;~dos,
ção da opinião pública brasileira por parte do micro e pequenas empresas. Houve llljla ex- são proporções insignificantes desse volume.
Governo, e dar o Banco Cehtral teria urn papel cessiva isenção para os microempresárlos e Então, por mais que a gente opere. !:om
importantíssimo, no sentido de dizer que pode hoje eles têm uma participação significativa títulos públicos, através do Banco Central, para
acontecer exatamente isso, uma tran51forma- do PIB e são isentos. fins de política monetária, ele não representa
ção do endividamento interno de curtíssimo Então, acho extremamente perigoso ficar nenhuma mudança importante no pe[fil da
para médio e longo prazo, mas que todos·os acrescentando uma carga tributária em cima dívida ou no estoque de dívida em poder do
aplicadores pessoas físicas e jurfdlcas fiquem daquele universo que paga imposto, porque, público.
absolutamente tranquilos de que esse. endivi- esse pequeno UniverSO que paga· imposto po- O SR. PRESIDENTE~Raimundo Lira)-
damento não representa nenhum problema derá, também, passar a encontrar instrumen- Senador Gérson- Cêimata,. vou pasSar inicial-
sério para a economia, seja da ordem Política tos de sonegação em função da alta carga mente a palavra ao Senador Mauro Benevides
ou econômica. Acho que essa consciêrrcia de- tributária. _ e, em seguida, para. V. Ex~
veria ser levada à opinião pública naciÇnal. Eu gostaria que V. S' como profundo conhe- Com a palavra OSenador Mauro Benevides~
Gostaria de fazer as seguintes indagações: cedor da problemática monetáriâ e fiscal do
País nos fizesse esses esdaredmentos. O SR. MAURO BENEVIDES - Sr. Presi-
parece-me que em determinados momentos
o Banco Central compra títulos no mercado -.O SR. FRANCISCO AMADEU PIRES FÉUX dente, Srs. Senadores; Dr. FrancisCo Amadeu.
e fica cOm o estoque da dívida. Vamo~ supor - Da mesma forma que a relação dívida!PIB Quando a Comissão de Assuntos Econô-
que a dívida seja de um montante de en) deter- é pequena, isso ocorre porque ao tentar éoio- micos, presidida exemplarmente pelo Senaw
minados momentos o Banco CentréiJ fica com car títUlos públicos através desse meca~ismo dor Raimundo Ura teve a oportunidade de
'50, 40, 15, ou 20%, talvez. dessa dívida em que existe, a aceleração de inflação neUtraliza interpelar o Dr. Vaáico Bucchi, candidato à
estoque. No ~emento em que o Banco Cen- a possibilidade de aumento dessa carga de Presidência do Banco Central, consagradora-
tral tem parte do estoque da dívida significa dívida externa. mente aprovado_ nesta Comissão, em razão
dizer que o Banco Central ganha a receita A dívida inter;:na, não é que_ela seja pequena, do seu talento, da sua competência e da ex-
da valorização dessa dívida que está em. esto- o problema é que ela cresce nominalmente. traordinária vivência: em assuntos económicos
que ou não há nenhuma receita desse estoque A mesma coiSa acontece com a carga tribu- fmanceiros que demonstrou diante.de todos
da dívida e, logicamente, a dívida como um tária. · n6s, e posso falar neste instante a V. St porque
todo cresce menos. Porque o Banco Central Apenas para uma comparaçá"o. Es~ma-se fui o Relator da indicação do l!lr. Valdico Sue-
tem um percentu51! dela em estoque. que, hoje, na economia brasileira o Produto chi, que o Senado, no seu Plenário, com um-
Eu gOstãilaqõl"V. 8' es-clarecesse esses Interno Bruto formal, aquele que é contábil,. quorumprevisto para, possivelmente, amanhã,
aspectos.--- é efetivo, é da ordem de 350 bilhões de dó- deverá apreciar conclusivamente a indicação,
lares. nos debates que aqui foram travados, nãó ape-
Outra indagação: a receita fiscal brasileira Estimativas preliminares sobre o tamanho nas entre mim e o_ Presidente do Banco Cen-
tem diminuído em relação ao PIB, ela- já che- da economia informal acrescentam 200 bf- tral, mas com a intervenção de todos os outros
gou a 26% e hoje é 19%, _ lhões de dólares ao PIB contábil, ao PIB formell. Senadores que interpelaram à exaustão o Dr.
A maioria dos econorois_ta_s, inclusixe seto- O que isso repreSentá? Representa uma fuga Valdico Bucchi, o capítulo do Sistema Finan-
res importantes do Governo, dizem que é a à carga tributária. ceiro Nadonal, por razões óbvias, foi aqui dis-
tributação do País que está baixa, quando, na Acredito que faz sentido aumentar a arreca- secado na i_l}te!Pretação de todos os seus dis-
realidade, não houve até hoje nenhum ~em­ dação, através de uma forma mais intelige'jfte positiVos, em razão das perguntas que foram
pio na economia contemporânea, no mundo, de tributação que estimule o pagamento de encaminhadas ao Presidente Valdico Bucchi.
de um país que tenha resolvido os seus proble- impostos. A política de taxas_de jwos reais foi discutida
mas económicos aumentando a carga fiscal. Temos o exemplo de um país vizinho; a aqui, também, exageradãmente, pressionan-
Quando o Presidente Ronald Reagán, dos Argentina, os programas de estabilização que do-se de todas as formas, o Presidente do
Estados UnJdos, assumiu o Governo uina das se observam, eles diferiram ligeiramerl.te dos Banco central, para que S. EX', diante de todos
formas que ele encontrou - usando' até o que foram aplicados no Brasil, por serem ten- nós, se reportasse ao § 39, do art. 192, exata-
termo mais moderno, alavancagem - para tativas de aumento da carga tributária. El todas mente a taxa de juros reais, que se cliscutia,
a retomada do crescimento económiCo dos as vezes que o governo, lá, tentou fazer isso na época, como o Banco Central poderia cola-
Estados Unidos foi a redução da cargá'•tribu- ele estimulo1,1 a sonegação e não conseguia borar para dar eficácia a _esse dispositivo da
tária. Temos exemplos como a Suécüi, que aumentar efetivamente a arrecadação tribu- Carta Magna vigorante.
é um país extremamente triDutado e agora tária Entretanto, na única interpelação que dese-
está reduzindo alguns tributos, porque a eco- O problema da arrecadação tribUtária é Jo fazer a V. S•, desejo cingir-me ao § 29, do
nomia não estava passando de zero de cresci muito semelhante ao problema da dívida inter- art. 192 -aliás, a inclusão, Dr. Francisco
menta. Então, o excesso de carga tributária na, ele tem que ser visto no contexto de um Amadeu, desse dispositivo se deveu, também,
leva ao não crescimento da economia. ajuste global. a uma fusão de emendas, e eu fui um dos
Penso que está sendo muito perigosa essa Está todo mundo disposto a pagar imposto, co-autores dessa fusão de emendas, de que
cliscussão no País; na medida em que o au- cada çidªdão brasileiro - eu acho - sente resultou o § 29, db art. 192; está dito no §
mento da carga tributária é um incentivo à a satisfação em pagªr imposto, desde que não 29, do art. 192:."0s recursos financeiros, relati-
sonegação. Porque, muitas vezes nãci com- se inviabilize como agente econômico. vos a programas e projetes de caráter regional,
pensa sonegar 20 ou 25% mas 50, 60% com- V. Ex-' tem razão, sob esse aspecto, e ele, de responsabilidade da União, Serào deposi-
pensa a sonegação. Cria instrumentos 'Cientro de certo modo, é. similar à discussão em torno tados em suas instituições regionais de crédito
do País, de sonegação, praticamente inC:ontro· da dívida interna. e pOr elas aplicados."
Jáveis, quando o- Governo deveria encontrar Ora, sabe V. Ex• que enquadrados n~sse
outras soluções. InClusive identificando a razão Com relação à carteira do Banco C~ntral, § 29 estão o Banco do Nordeste do Brasil,
por que caiu o percentual do PIB em razão toda a receita da carteira do Banco C~ntral a que tive a honra de presidir, o Basa, o Banco
à receita fiscal. Por exemplo, as exportações é transferida ao Tesouro- o Tesour6 não Meridion<ll, o Banco do Centro-Oeste_que ain-
brasileiras cresceram muito, e a maiotia das tem nenhum custo com a receita da cárteira da será, naturalmente, criado e, no momento,
exportações são isentas de impostos. Se a ex- do Banco Central. é o Banco do Brasil quem responde pela cria-
portação contribuiu para a formação e Ocres- A dívida em poder do mercado, hoje, é da ção desse Banco de DesenvoMmento Regio-
ciinento do P[B e não paga imposto, logica- ordem de 21 O bilhões de cruzados, a preços nal, então, serão praticamente, essas institui-
mente que a média da receita ftScal tem que da_ semana passada. E as nossas operações ções que passarão a viver momentos de extre-
cair. no mercado, de compra e venda de tíMlos, ma delicadeza, em razão da concessão do aU:-_
6758 Quinta-feira 9 DIÁRIÓ 00 CONG~Q NAOONAL (Seção II) -Novembro de 1989

mente aos seus servidores, ~já que o Banco. esses fndices _de inflação, e que ocorra efetiva- COMISSÃO DE ASSUNTOS
do Brasil, por decisão jucücia1, vai ter que abi- mente um ajuste da economia. ECONÓMICOS
buir aos seus funcionários aquele aumento. O que o Sr. diria a um assesSor do próximo
aquela majoração- de 152%, OS outros ban· 17• Reunião, realizada em
Presidente da República, o que o Sr. sugeriria
cos,mutatis mutandfs,vão ter .que seguir os a ele, na sua área, para que· ocorra efetiva- 17 de outubro de 1989
mesmos parâmetros e favorecer os seus servi- mente esse ajuste?
- --- -- do_res com· remuneração assemalhada.
O SR. FRANOSCO AMADEU PIRES FÉLIX Às dezessete horas do dia dezessete de ou-
A pergunta que faço ãV. & é a seguinte, ;.;_ Aç:hei )nuito importante essa decisão- do tubro de mil novecentos e oitenta e nove, na
Dr. Francisco Amadeu: como e que' o Banco sãla<fe reuniões da Comissãt:l, Ala Senador
_Presidente da República, de abrir o Governo
Central, atuando conjugad8mente com a Se- às assessorias do.s candidatos que vão ao se_- Alexandre Costa, sob a Presidência do-Senhor
cretaria Geral do Tes_o.uro, já que isso é atribui-
gundo turno. Na verdade, na condição de pro- Senã.dor-Raimundo Lira, càm apresença dos
ção que se insere no .ãJ:nbito de prerrogativas fissionaLde governo, eu me sinto constrangido Senhores Senadores: Aluízio Bezerra, Leopol-
da Secretaria Geral do Tesouro, como é que do Peres, lrapuan Costa Jr., Gomes Carvalho,
em buscar qualquer contato para explicações,
a âiretoria da área b.;mcária, que V. S• certa- para esclarecimentos neste momento. João Lyra, Rc;man _Tito, Jorge Bornhausen,
mente a ela chegará ,com a·manifestação des- Nelson Wedekin, Meira Filho, Hugo Napoleão,
o-Tenho observado enorme discussão a esse
ta 'Comissão e_ da Plenário, éomo é que se respeito, principalme-nte através da imprensa, Mauro Benevides, João Calmon, Carlos De'
vai realmente dar eficácia a esse suporte de Carli, Dirceu Carneiro, Edison Lobão, Man-
mas tenho evitado de procurar ou de dar res-
apoio financeiro às institUiçÕes regionais de posta a ess'as pessoas, e a partir desse mo- sueto de Lavor, Áureo Mello, Gerson Camata,
crédito: Banco do Nordeste, Basa, Banco Meri· mento, dessa ·data que o Presidente liberar Saldanha Derzi, Severo Gomes e Ronaldo Ara-
dional, Banco do Centro-Oeste, enfim, essáS~ gão, reúne-se a Comissão de Assuntos Econó-
o acesso eu estarei inteframente à disposição
instituições que se enquadrem rigorosamente para esclarecer todos os aspectos a respeito micos. Deixam de comparecer, por motivo
o§29 doart 192? · -
da minha área de atuação no Ban·co Central justificado, os Senhores Senadores: Rt.iy Bace-
'Ê a il).terpelação que faço a V. S•, e, muito
e em qualquer outro aspecto que se fiZer ne- lar, Wilson Martins, Odacir Soares, Carlos
mais do que interpelação, um apelo anteci- cessário. Chiarem, Teotônio VIlela Filho, Sílvio Name,
p;:~do, para ·que V. S•, alçado a essa posição,
Olavo Pires, Roberto. Campos, Moisés Abrão,
faça c0Jl'lo9.le o Banco Central contribua no Acho, inclusive, que essa equipe econômica Maurício Corrêa, Ney Maranhão _e Jamil Had~
cumprimento dessa norma; tornando-a eficaz que está no Governo, hoje, se caracteriza fún- dad. Havendo número regimental, o Senhor
e, dessa forma, oferecendo _suporte e apoio damentalmente por esse tipo de atitude, de Presidente declara ãbeitO:.k_os trabalhos, dis-
às instituições regionais de crédito. colaboração, são todos profission~ tarimba~ pensando a leitura_da Ata'3ã·reuniãQ anterior,
O SR. FRANOSCO AMADEU PIRES FÉLIX dos, que já viveram vários governos, posso que é dada como-aprovada. A seguir passa-se
- O que eu posso dizer a V. Ex• é que O citar os. Ministros João Baptista e Mailson da à apreciação - em turno suplementar - do
Banco Central, na e:ic&-uÇãci desseOrÇamento NóbreQa, que são profissionais de Governo Substitutivo oferêcído pelo Senador Jorge
de programas,juntamente com oTesouro Na_- que serviram a diversos _governos e que a to- Bomhausen do Projet_o de Lei do Senado n9
cional, j:losso garantir que ctiirlpriremos -rigo- dos .auxili_qram nesse:s_momentos de transição.. 190/89, que "dispõe sobre a venda e revenda
rosamente todo o dispositivo legal que já exis- e de fornecimento de informações_ e de avalía- de combustíveis de petróleo, álcool carburante
te,limitado à disj)oilibilidade de recursos para ç&;s. e outros combustíveis derivados de matérias-
esses programas. Creio que, na medida em qtie algumas dúvi- primas renováveis", de autoria do Senador
Sem dúvida nenhuma -que esses programas daS hOje existentes se tomem claras, a nível Fernando Henrique Cardoso, ocasião eirr que
de fomento, que na verdade são de responsa- prátiCO, vejo muito positivamente" a preocu~ são apresentadas as Emendas de n'?" I e 2
bilidade do T escuro Np.cional, o Banco C~ntral pação da sociedade, de modo geral, de políti- - de autoria do Senador Ruy _B_ªç:_elª' e as _
pode ser, digamos, mais efetivo, mais rápido; cos, em particular, de economistas, relacio- de n"'3 e 4 -oferecidas pelo Senador Gomes
sob esse aspecto, V. Ex!' pode contar com ·o nados à dívida interna. Acho que estão_ todos Carvalho; tendo o relator rejeitado as duas Pri~
nosso cuidado em não alongar ou fazer avalia- muito bem iritenciOnados. Creio que está fal- meiras e acatado as demais. Uma vez colo-
ções sempre as mais prontas possíveis, o Que tando_ainda um esclarecimento mais factual, cada em discussão a matéria, fazem uso da
m~ts_ prático, mars Operacional, e nessa· área palavra, os Senhores Senadores: Leopoldo Pe-
de geral é praxe no Banco Central, no nosso
relactonamento, ilão apenas ·com ó Sístema estaremos prontos a auxiliá-los assim que for- res, ij.onan Tito, João Lyra, Jorge_ Bornhausen,
financeíro privado, mas partiCularmente com mos liberados para isso. Mansueto de Lavor, Gerson Camata, Melra Fi-
Estados, Municípios e orgariismos finaOceiros lho, CadõS De Carli, Goffies Carvalho e Nelson
estatais. t tradição e·sse procedimento" rápido O SR. PRESIDENTE (Raimundo Lira) - Wedekln, que solicita Vista às- emendas apre·
na avaliação de processos que representem Dr. Francisco Amadeu a Comissão de Assun- senta-das ao Projeto. A -Presidência ateride o
fonte de financiamento regional em áreas com tos Ecohômicos-s·ente-se honrada com a sua pedido de vista do Senador Nelson Wedekin
objetivos de fomento, inclusive na maioria de- presença aqui, e esta Presidência entende que e, dando prosseguimento aos trabalhos, con·
las as questões no Banco central Passam mui- os seus esclarecimentos foram necessários fere a palavra ao Senador Jorge Bornha~en,
to mais rápido do que em outras áreas de para elucidar todas as dúvidas dos Srs. Sena- relator do Projeto de Lei do Senado n? 78!88,
exame do assunto dentro do GoVemó:-- - --- dores. Nesse sentido, convido tOdas as pes- que "estabelece na forma do artigo 153, §
soas aqui presentes, a imprensa e V. S•, em 29, item D da ConsUfuiÇão Federal, os termos
0 SR. PRESIDENTE (Raimundo L~a) -
Antes_ de iniciarmos a votação secreta, passo particular, para aguardar fora deste recinto, e limites d<i Ununidade fiscal das pensões e
a palavra ao nobre Senador Gerson Catnata. enquanto a Comlssão procede à votação se- dos proventos percebidos pelos maiores de
creta. 65anos de idade", de autoria do Senador Mar-
O SR. GERSON CAMATA- Uma pergunta co Madel, para que leia o seu parecer, favorá-
rápida: o mandato, determinado no parecer vel, Colocada em discussão e votação, a maté-
(Procede-se à votação secreta)
da Comissão e do Plenário, tenho certeza que ria é aprovada. A seguir, o Senhor Presidente.
o mandato do Francisco· Amadeu vai se esten~ Reabertos os trabalhos em caráter Público
o Senhor Presidente comunica que a indica- passa a palavrâ ao Senador Leopoldo Peres,
der já no próximo Governo. para que proceda à leitura do seu parecer,
O Presidente José Samey já disse que vai ção do doutor Francisco Amadeu Pires Félix
foi aprovada, por 13 votos favoráveis e 2 CO['l· favorável, ào Projeto de Lei do Senado n~
abrir o Governo ao seu. Sucessor, dentro de 174/89-Complementar, que "estabelece nor-
trários.
dois meses ele está sendo procurado por as- mas sobre a partidpação dos Estados e do
sessores daquele que deverá ser o Presidente DistritO Federal no produto da arrecadação _
eleitq, na busca de sugestões e idéiaS Para (Levanta-se a reunião às 12 horas e do imposto sobre produtos industrialiZados,
um plano de governo que possam controlar 2{)_minutos.) relativamente ás exportações", de autoria do
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAdbfiAL (Seção II) Quinta-feira~ 9 6759

Senador Ronan Tito. Coiocaàa em discussão rios de atualizaçãQ_monetária previstos nos vação de m'atéria correlata, já-erh traniitação
e votação, a matéria é aprovada. COntiiiUàhâO, artigos 15 e 17 da Lei n• 7.730, ,de 31 de na Câmar.:~. ProsSeguindo, o Senf!or Presiden-
o Senhor Presidente concede a palavra ao Se- janeiro de 1989; e dá outras Pfovidênci8S", te franqueia a palavra cio Senador Gomes Car-
nador Luiz Viana 'Filho, relator dO Projeto de de autoria_ do Senador Mauro Benevides - _ _yalho,_ relator do Projeto de Lei do Senado __
Lei do Senado n~ 94/89,_ que "dispõe sobre âev:o!viâó-Sem VõtO-ein separado pelo Sena- n_9_253!89, que 'isenta do Iinposto sobre Pro-
a privatização das empresas estatais e dá ou- dor Mansueto de Lavor, que pedira vista na dutos Industrializados as saídas de veículos
tras providências", de autoria do Senador Ro· reunião-do dia 27~9_~89. Colocada em discus- automOtores, máquina-s, e•quipamentos, bem
nan Tito, para que efetue a leitura do seU pare- são e votaÇão a inatéria, é aprovado o parecer como-de suas partes e peças separadas, quan-
cer, favorável nos termos das emendas que contrário do·reJ~tor, Senador Gorries Carvalho. do destinadas à utilização_ nas atividades dos
apresenta. Usa da palavra para discutir o Sena~ ProsSeguindo, O Serihor Presjdente _confere a _ CorpoS de Bombeiros, em todo território na-
dor Ronan Tito. Colocada em votação, a maté-· paJavra ao Senador Aluízio Bezerra relator do cional", de <lUtaria do_Senador Áureo Mello,
ria é _aprovada. 'A seguir o Sr. Presidente pro- Projeto de Lei do Senado no 269/Bg, ''qii.e cria para qUe pi'Oceda à léitUra do seu parecer,
põe - dada a importância desta Comissão o Adicionalde Tarifa Aeroportuária e dá outras e
favorável. CãfoCadci em discussãO- VOtaÇãõ
e a assiduidade_ dos seus membros - que providências", de autoria do Sehador Ronan a matéria, ê aprovado o parecer- favoráVel do
sejam envidados esforços, junto à 1• Secre- _ Tito, para que leia o seu parecer, favorável relator. Em face do adiantado da hora, o se-
t.arla, no sentido de que se destine à ComisSão nos t~rmos do Substitutivo que apresenta, e nhor Presidente comunica que serão adiadas,
de Assuntos Econômicos, a antiga sala de reu- contrárloàs_EinEmdas.de n° 5 1, 2 e3. Colocada para uma próxima reuhiãó, as segtiifites-lnãté-
niões da ComiSsão de Finanças: A proposta erri discussão_a matéria, é aprovado o Substi- rias: PLS n9 122/89-cori:lplementiu, PRS n?
ê aprovada e, em seguida, o Senhor Presidente tutivo do relator. Em seguida, sua Excelência 51189, PLS n• 093189, PLS n• 1031@, PLS·-~
franqueia a palavra ao Senhor Senador João frariqUeia a palavra ao Senador Mansueto de n• 051/89, PLS n• 057/89, i>Ls-n•121/89,PLS
Lyra para que, na qualidade de relator do Pro- LavOr, relator dO--Projeto de Lei do Senado n• 060189, PLS n• 062/89, PU>n• 036/89, PLS
jeto de Lei do Senado n9 100/.88, qUe "estabe- n 9 198de 1989-Cõmplementar-que "dis- n• 069189, PLS n• 084189;-PLS n• 099/89, PLS
lece, para a fabricação de veículos automo- põe sobre os requisitos para o exercício dos n•108/89, MSF ri• 182189, OF "S" 23/89,PLS.
tores, critérios de controle do percentual de cargos de Diretoria e Presidência do Banco no 161189, PLS n• 246/89, PLS n• 242.189, PLS
veículos movidos à álcool em relação aos ve1- Central do_ Brasil", de autoria do Senador Ita- n'178/89, PLSn• 209/89,PLSn• 108/88,PI.:S ~
culos à gasolina", de autoria do Senador Fran- mar Franco, para que pfOceda à leitura do n• 28/89, P[S'n• 102/89, PLS n• 149/89, PLS
cisco Rollemberg, profira o seu parecer, favo· seu parecer, faVOrável. ColoCado em discus- no 234/89, MSF ri' 196/89, PLS n• 115189,
rável nos termos da emenda que apresenta. são e votação, o parecer é aprovado. Dando PLS n• 81/89, PLS 170/89'Complementar,
Colocada em c:l.íscussão a matéria, é con'ce-"' contiiluidade- aos trabalhos, o SenhOr ·presi- PLS n 9_ 164/89-Cóffiplefnentar, PlS. ri~
dida vista ao Senador Gomes Carvalho. A se- dente passa a palavra ao Senador Áureo Mello, 165/89-Complementar, PLS n• 171189-Com,·
guir, passa-se à apreciação do Projeto de Lei relator_da Mensagem n9 168/89, "do Senhor plementar, PLS ri9 131/89, PLS n?29/89 e PLS
do Senado n~ 129/89, q'Ue "concede repara- Presidente da República, submetendo à apro- IT' 33/89:-Nada mais havendo a tratar, o Se-
ção de natureza econômica aos cidadãos que vação do Senado Federai;.propoSta do Senhor nhor Presidente declara encerrada--a reuniãO
especifica", de autoria do Senador Pompeu Ministro da_Faz._end_a, para que seja "autorizada às vinte horas e trinta e cinco minutos, lavran-
de Sousa, cujo relator, Senador Mansueto de a República Federativa do Brasil, a contratar do eu, Dirceu Vieira MaChado Filho, SeCretário -
Lavor, apresenta parecer favorável ao Projeto operações de crédito externo, nos valores de da Comissão, a presente Ata que, lida e apro-
e contrário às Emendas de nçs 1 e 2, oferecidas até Can$ 10,631,011.00 e US$ 1,500,000.00 vada, será assinada peJo Senhor Presidente.
pelo Senador Teotónio Vilela Falho. Colocado ou seu equivalente er11 outra tnoeda, junto à - SenadC?r Raimundo lira, Presideç.te.
em discussão e votação, o parecer é aprovado. Export Development Coq)oratiõn- EDC e The-
Continuando, o Senhor Presidente confere a hatronics Intemaciorlal Umited, destinadas a
palavra ao Senador Dirceu Carileiró, relator fmanciar a importação de equipamentos da COMISSÃO TEMPORARIA
do Projeto de Lei do Senado n! _112/_88, que radioterapia para- o "Pfogfarriã de Reequipa- DO CóDIGO DE MENORES
"concede incentivos fiscals ao empregador mento de Hospitais de Oncologia", para que '
que admitir pessoas portadoras de deficiência profira o seu párecer, fãvorável nos termos 39 Reunião Ordinária
física e maiores de 60 (sesserita) anos, nas do Projeto de ReSOlUção qUe -apresenta. Parti- feallzada em 3 deotÇ~utubro de 1989
cOndições que especifica", de autoria do Se- cipam das discussões Os Senhores Senado- Às- dez horas, do dia três de"- outubro de
nador Iram Saraiva, para que leia o seu pare- res: Mansueto- de Lavor, Gomes Ca:rvalho e e
mil novencentos e oltenta nove, na Sala de
cer, favorável nos termos das emendas que A1uíz[o Bezerra. Colocada em votação, a maté- Reunião da CômlSSão ae Serviços de Infrã-Es.-
apresenta. Colocada em discussão e votação, ria é aprovada. A seguir é retirado de pauta, trutura, Ala Senador Alexandre C~ta. presen-
a palavra o Senhor Senador Qomes_ C_ar:_valho, a pedido do relator, Senador Mansueto de La· tes os senhores Senadores Antonio ~u_i~ ]!\ay~. _
para relatar o Projeto de Lei do Senado no vor, o ProjetO de--Le-i "do s-enã.do-n9 Presidente em exerddo, Francisco LoUrem·
240/89, que "estabelece prazo de 2 anos para 197/89-CompleiTientà:r, que-''diSj)o-e·sobre os · berg, Wilson Martins, Jarba~ Passãrinho-, Lol:l-
que as fábricas de alimentos adotem a te_cno- requisitos para 6 exercício dos cargOs de Dire- remberg Nunes Rocha e Pompeu de Sousa,
logia de costura eletrônica no acondiciona- toria e Presidência do Banco do Brasil S.A.", reúne-se a Comissão TempOrária do Códi9õ --
mento de enlatados e determina a impressão, de autoria do Senador Itainar Franco. Nessa de Menores, que examina o Projeto· de_ Lei
no rótulo ou na parte externa_ da embalagem, ocasião, faz uso da palavra o Senador Gerson do_ Senado no 255/S9, que "Institui-o C6digo
do número do lote, data de fabricação e valida- Camata. Em segufda é apreciado o Projeto de Menores e dá outras proVidências", apre-
de do alimento acondicionado", de-autoria do dé Ler dO Seiiªdo n~ 187/89, de autoria do sentado pelo Senador Nelson Carneiro, o-Prõ-
Senador Márcio Lacerda, oferecendo parecer Senador Mauro Benevides, que "institui com- jeto de Lei do Senado n9 193/89, que "Dispõe
favorável nos termos do Substitutivo que apre- pensação financeira aã Distrito Federal, a Es- sobre o Estatuto da Criança e dO Adolescerite,
senta e contrário à _Einenda de n~ 1, Uma tados e Municípios e ao Departamento Nado· e dá outras providências", apreSentado pelo
vez em discussão a matéria, faz uso da palavra nal de Águas e Energia Elétrica - DNAEE Senador Ronan Tito, e, o Projeto de Lei do
o Senhor Senador Carlos De'Carli. ·colocado pelo aproveitamento de recursos hídricos para Senado n9 279/89, que "Altera os artigos 32
em votação, é aprovado o parecer do Relator. a produção de energia elétrica", cujo relator, e 34 da Lei nç 6.697, de 1O de outubro de
A seguir o Senhor Presidente concede nova- Senador Mansueto de Lavor, apresenta pare- 1979, que institui o Cógigo de Menores, dan-
mente a palavra ao Senador Gomes Carvalho,. cer" favorável. Em discussão a .matéria, usam do-lhe nova redação na cOnformidade da
para que profi~ o seu parecer, contrário ao da palavra os S_enhores Senadores: Gomes COnstituiçãO Federal em s~u Cipltulo"Vll, arti~
Projeto de Lei do Senado n9 44/89, que "dis- Carvalho-, Róriãrflito e AJuízo Bezerra. O rela- gos 226, § 39, e 227, capUt, apresentado peiÔ
põe sobre a cobertura pelo Tesouro Nacional, tor socilita a retiiadã do item d.,_ pauta, para Senador Mário Lacerda. Deixam de compa-
dqs valores relativos à diferença entre os crité- modificar o seu parecer, tendo em vista a apro· recer por.motivo justificado,,Os Senhores João
.6760 Quinta-feira 9 D~ DO CONGRESSO I'!AOONAL (l>eçãoJI) . Novembro
~'-
de 1989
-

Calmon, Mansueto de Lavor, Nabor Jú.nior, sente reunião, agradece aos pa1estrantes e visi· Q SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
Alexandre Costa, Lourival Batista e José IngnáK tantes, pela magnífiCa parlidpãção tanto nos - O pleito de V. Ex!' será devidamente aten-
cio Ferreira. Havendo númerç> regimental, o depoimentos quanto nos debates, e, convoca dido no momento_ oportuno,
Senhor Presidente, 'Senador Antônio Luiz os Senhores Membros da Comissão para a Concedo a Palavra ao nobre Senêldõr- Wil-
Maya, declara aberto os trab.alhos, dispensan- próxima reunião a realizar-se no dia I O de son Martins.
do a leitura da Ata da Reunião anterior, que outubro de 1989·, às 10_ horas, na SaJa de_
O SR. WILSON MARTINS - Sr. Presidente,
foi considerada aprovada. O Senhor Presiden- Reurrlão da Comissão de Infra-Estrutura, Ala somos dois relatores parciais. Eu sou o relator
te comunica a seus pares que a apresente Senador Alexandre Costa e, determina a mim, da parte geral e o nosso colega, Senador Lou-
reunião destina-se a ouvir em audiência públi- Kleber Alcoforado Lacerda, S~cretário da Co- remberg Nunes Rocha é o relator parcial !=la
ca as palestras do Meritíssimo Senhor Juiz missão Tem porária, seja lavrada a presente parte especial. S. Ex" se encontra ria Capital,
de Menores do Rio de Janeiro, Dr. Ubomi Si- Ata, a qual lida e aprovada, será assinada pelo e coíncidentemente viajamos ontem juntos.
queira; Meritíssimo Senhor Juiz de Menores Senador Presidente, indo à publicação junta- no mesmo-- avião que chegou aqui no final
do Distrito Federal, Dr. Nívio Geraldo Gon- m-eilfe Com o apa"nfiamento taqq_igráfi<::o. - da tarde.
çalves e do Professor Titular da Cadeira de Senador Antónió Luíz Maya. Perguntaria a V.. Ex!' se poderiam mandar
Direito do Menor da Universidade de Blume- SSTAQ- SACCC n' 264 chamá-lo em seu gabinente, porque é essecial
nau, Dr. Antônio Fernando do Amara] e Silva. a sua pre~ença.
Após destacar a carreira pública dos pales- Data: 3-10-89 Hori 1Oh40róin.
trantes, o Senhor Presidente comunica os pro- COmissão Temporária - Cócligo de Me- O SR. PRESIDENTE (Aritônio Luiz MaYa)
cedimentos a serem adotados no uso da pala- nores. - Naturalmente, ele não se encontra no seu
vra durante a reunião, frisando o tempo aos -Antonio Luiz Maya, Presid~nte~- Convida- gabinete aqui no Senado, e, entretanto, já foi
oradores inscritos. Em Seguida o Senhor Pre- dos: Libomi SiqutFiia - Nivelo Geraldo Gon- convocado para participar desta reunião. No
sidente convida os _Senhores ,palestrantes a çalves- Feni8ndo AntoroO do Amf!lral e Silva desenrolar dos trabalhos, S. Ex" t;ieverá ~star _
comporem a mesa dos trabal~os, passando -Prof. Deodato- Frf!lncfsco Ro/Jemberg- presente. A1iás, não falamos antes porque já
a pa1avra ao Meritíssimo Senhor Juiz de Meno- Louremberg Rocha- Wilson Martins. é do conhecimento público que Q Relator-Ge·
res do Rio de Janeiro, Dr. Ubomi Siqueira, O SR. PRESIDENTE (Antônio !-uiz Maya) ral desta Comissão, é .o Sena'dor FranciSco
que, agradece ao Senhor Presidente e aos Se· -Ausência justificada do S_r. __ Presidente efeti- Rollernberg. E os Relatores parciais são os
nadores da Comissão, o convite e a opOrtu- vo e eleito, desta Comissão, o nobre Sena.dor nobres Senadores, da Parte Gerãi, Livro I, Wil-
nidade que ele terá de expor a sua oponião _ Nabor Júnior, e, na qualidade 'de vice-Pre~i:_ son Martins, e_ da Parte Especial, Livro O, Sena·
sobre o Código e o Estatuto'da Criãnça. dizen- dente, assumo_adireção dos trabalhos e abro dor LouremberQ Nunes Rocha. __ _
do que Código e EstatutO,, são duas coisas · esta sessão que tem como pauta as palestras Coilvidamos, então, o MM. Juiz de Menores -
distintas que precisam ser· -pem delineadas dos MM. Juízes de Menores do R.lo de Janeiro do Rio de Janeiro, Dr. Libomi Siqueira a tOmar
(em anexo o pronunciamento na íntegra). e do Distrito Federal, e do Professor-Titular asse-nto, a fim de proferrir a sua palestra.
---------- - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - -
Ap-ós-:crpatestra-ào-citado-dePoente,-oSenhoT Cla cadeira de Direito do Menor da Univer- 0 SR. UBORNI SIQUEIRA - Nobre Presi'
Presidente, Senador Antônio Lulz Maya, passa sidade de Blumenau. dente e nobres Senadores que integram esta
a palavra ao Meritíssimo Juiz de Menores do -Não obstante, não se achar presente neste - Comissão dos Trabalhos, existem dois proje-
trito Federal, Dr. Nivio Geraldo Gonçalves, que momento o Sr. Senador Francisco Rollem· tas. Um projeto que é da Câmara F_ederaL
agradece a todos pelo convite a ele formu1ado, berg, designado de Reiator-Geral da Cori'lissão apresentado pelo Deputado Nelson Aguiar,
e faz um breve resumo do seu ponto de vista Temporária de CÓdigo de Mehores, tudo que Projeto n9 1.506, _e o Projeto n9 193, do nobre
sobre o Código de Menores e o Estatuto da se_r~Iatar__aqui, será devidame~e gravado, e Senador Ronan Tito. E, finalmente, ·a revisão
Criança e do Adolescente, apoiando as palavra S. ~ deverá estar presente no .decorrer dos do Código de Menores, apresentados pelo Se-
do orador anterior e _ele _(em anexo_ o pronun- trabalhos. Razão pela qual, darilos início os nador Nelson Carneiro.
ciamento na íntegra). Após a palestra do citado trabalhos e concedo a palavra ao nobre ...
depoente, o SenhOr Presidente, pasSa a pala- Evidentemente, que o estatu{o apresentado
vra ao Profess-or Titular da Cadeira de Direito O SR. POMPEU DE SOOSA-- Sr. Presi- nada tem a ver com o· COdtgO-de Menores,
do Menor da Universidade de Blumenau, Dr. dente, peço a palavra pela ordém. são duas coisas distintas que precisam ser
Antônio Fernando do Amaral e Silva, que agra- 0 .SR. PRESIDENTE (Antôl>io Luiz Maya) bem delineadas. O estatuto diz respeito à pre-
dece ao Presidente e aos Membros da Cernis· venção, ao atendimento das necessidade bási~
-Concedo a palavra ao nobre Senador Pom-
são Temporáilil do C6digo de Menores, pelo peu de Sousa. cas prioritárias da criança e do adolescente.
convite a ele formulado, tendo com isso a No momento em que essas necessidades
oportunidade de discordar com os depoentes O SR. POMPEU DE SOUSA - Tenho o bãslcas prioritárias ftão_ sejam atendidãS pelo
anteriores, que defende o CóQigo e não o Esta- maior apreço pelos trabalhos -desta Comissão, MiriiSEel-io dá Educação, pelo Ministério da
tuto da Criança e do Adolescente, como a . que é de fundamental importância para este Saúde, pelos órgãOs goVemámentais, essa
melhor legislação na defesa do 111enor. Com País, porque é justamente o modo pelo qual ciiãi1ça entre num processo de anomia social,
a Constituição de 1988, o País mudou, optan- este País deve tratar o menor é que depende de patologica social, de marginalização social,
do por uma nova doutrina, .e que o direito de como este País tratará a si mesmo. O me- em_decorrência da desagregáÇão familiar.
de menor tem basicamente três do_utrinas: _a nor é este Pais amanhã. Tanto isto é fato que, Von Wiser!fazendo uma
doutrina do Direito, a doutrina da situação irre- _~tão, tenho O maíor intereSse por este as-
análise circustancial de todas as anomalias
gular, que é a do Código de Menores, _e_a sunto, mas estou dividido, pdrque precisava decorrentes destas marginalização, encontroU
modema e mais sedutora doutrina, que é a_ ter o dom da ambigüidade, Sr. Presidente, Te- 576 casos em que uma criança ou um homeni
da proteção integral, que está melhor situada nho duas, três Comissões ao htesmo tempo, podem entrar nwn processo de marginaliza-
no Estatudo da Criâil.Ça e do ,ftdolescente (em além_da Mesa diretora, como V. Ex' sabe. ção social.
anexo o pronunciamento na íntegra). Após as Na Comissão do Distrito Federal se discute Então, falando-se da criança_ e do adoles-
palestras dos depoentes acima citados, o Se· um assunto da maior importãnc::ia, que é até cente, neste momento, ela deixa de ser criança
nhor Presidente, franqueia a palavra, a quem um projeto meu, mesmo titular lá, sobre o e adolescente para ser o menor, figura jurídica
dela queira fazer uso. Usam da mesma os Plano Diretor para o Distrito i='ederal. Estou que é específica da prestação juridi_cional qu_e
Senhores Senadores Pompeu de Sousa, Fran- aqui e vou ficar o máXirrlo -q-ue pudei-; mas é o Código de Menores. Então, é_um divisor
cisco Rollemberg, Louremberg Nunes Rocha tenho que me retirar. De maneira que gostaria de águas neste momento. E mais, do que
e Wilson Martins. Nada mais havendo a tratar de pedir à Comiss_ão que me fornecesse o isso, se formos atentar para o interesse do
o Senhor Presidente em exercício, Senador material que fosse aqui objeto 1da exposição Estado, principalmente da Carta Magna, po
An~nío Luiz Maya, antes _de encerrar a pre- dos três eminentes conferencistas. que_ concerne à _fam~ia, à criança, ao adoles-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAdONAL (Seção U) Quinta-feira· 9 6761

cente, ao idoso, vamos ver que, Com exceç:ão dos e esquecendo, reaJmente, da base que cente e que mistura tamb,ém infância e juven-
das Constituições do Império, de 1824, daRe- é O- curso primário. E mais do que isto, vou tude, gostaria qu_e alguém aqui me definisse
pública, de 1889, as ConstituiÇões de 193~ além; do ensino familiar, da educação domés- juventude. Juventude _é es!ado _de espírito. In-
1937, 1946, 1967 e 1969, todas previram cla- tica, da estrutura familiar que não temos hoje. fância, ainda podemos dividi-la, voltando ao
ramente a atenção do Estado, .a obrigação De outro lado, também, existem inúmeros Direito Romano, de zero ofOS. sete anos e de
do Estado atendimento à criança, ao adole!3- outrO)i equívocos _e vamos ligeiramente apre- sete_ aos doze anos; jweniüde, não. Admite-se ·
cente, à famllia e, principalmente, à farru1ia ciá-los. -criança e adolecente. NO, momento em que
de numerosa prole. ela fala em infra_ção penal, ela está querendo
No momento em que esta Constituição
Tenho aqui em mãos todo o Decreto-_Lei realmente imputabilizar o menor.
atual fala na família, na criança, no adolescente Então, há uma grande diferença entre res-
rt? 2.024, de 17 de fevereiro de 1940,- que e no idoso, ela apenas desdobra analiticamen-
criou o Departamento Nacional da Criança. ponsabilidade social, que' é o que o código
te aquilo que as demais Constituições falaram
Vamos ler, rapidamente, só o art. 1~. deste sinteticamente~_ e que erã lnatéríã de lei ordiri.á-
propugna, e responsabilidade penal.
decreto. ria. E para isso foram criadãS as Febem, ãs
Em segundo lugar, quando se fala eM ato
infracional, quando se fa1a em infração, tanto
Art. )9 Será organizada em todo País Funabem, como subsidio, complementação
era o Código de Menores no- inciso YL das
a proteção à maternidade, à infância, à à ausência de atuaçã9 dos nossos Ministérios, suas situações irregu)ares qu o atua1 Código,
adolescênda. Buscar-se-á, de modo sis- para este fim, quando a criança cai nesse pro-
cesso marglnalizãnte. -- como também houve um lapso nosso - isto
temático e permanente, criar para as precisa ser retificado - quando seguimos o
mães e para as crianças, favoráveis condi- Precisamente este_ artigo, que é o art. n~
texto constitucional falandq_ em ato infracional.
ções que, na medida necessária, permi- 227, inciso IV, quando fala da garantia de pleno Por que isto? Há uma grallde diferença e os
tam àquelas uma sadia e segura materni- e formal conhecimento da atribuição de ato Srs. sabem melhor do qu~ eu, entre ato e
dade, desde a concepção até a criação infracional, igualdade na relaçij_o processual- fato. O ato é impulsionado pela manifestação
do fr1ho, e a estas garantam a satisfação e defesa técnica por profissiOnal habilitado,
da vontade e o fato independe dessa manifes-
de seus direitos essenciais, no que res- segundo dispuser a legislação popular espe- tação. Daí por que o CódiQo de_ Menores fala
peita ao desenvolvimento físico, a c6nser- cífica, e os defensores do estatuto acenam
em apuração de fato anti-Social. Por que fato?
vação da saúde, do bem-estar e da ale- sempre com as regras ger~is de Bengin? equi- Porque há uma incapacidade ditada pela lei
gria, a preservação moral e a preparação vocaram-se, porque tais re~ras gerais, quando
constitucional para esse menor. Ele _é_ inimpu-
para a vida. fala!Jl na responsabilidade penal, óizem o se- tável, ele não tem capacidade. Então; -ele não
guinte:
E segue, nobre senador, inúmeros artigos tem· a vontade da prática desse ato. Ele prática
Com regulamentações, etc. Este era o Depar- "Ós sistemas juridico_s que reconhe- __ um fato anti-social. Daí por que o Código,
tàmento Nacional da Criança e _foi convertido çam o conceito de responsabilidade pe- _sabiamente, ao receber esse fato anti-social,
na divisão matemo-infantil, em 1964, quando nal para menores, seu começo não_ deve- _ele tem para si e o juiz deve aplicar apenas
surgiu a Funabem, a Fundação Nacional do- rá fvcar-se numa idade demasiado preco- um juizo de desvalor, isto é, ele não pode v_alo-
Bem-Estar do Menor. É um decreto_ primo- ce, levando em conta as circunstâncias rar esse fato art1í-social, a não ser de acordo
roso, que diz tudo que nós necessitamos para que acompanham a maturidade emocio· com o que diz o inCiso n~ IV, sabiamente, do
o atendimento, à assistência, à preservação na!, mental e intelectual". Cõdigo__ dé Mênore_s atua!Jb estudo de onde
desta criança e de sua família. E Vai ãdíàiíte: provém, o contexto sociâr, sócio-econômfco,
Ora, se estas Constituições todas já previ- cultural de onde provém esse menor, s_eus
"Respeitar-se-ão as garantias prdces- pais ~u responsáveis.
ram, se existem essas leis todas para atender
a essas necessidades básicas e prioritárias, suais básicas em todas as etapas do pro-
cesso.com a presunção de inocência, o Então, há uma grande diferença entre atO
nilo só da'-criança e do adoles_cente e da famí- e fato, entre responSabilidade social e respon-
lia, o de que nós precisamos não são de novos direito de ser informado das acusações,
o direito de não -responder, o direito de sabilidade penal. E, mais do que isto, não há
estatutos, de' novas leis, precísamos é de uma infração anti-social. A inflação exige a ilegali-
atuação efetiva 11esta área: do Ministério da assistência judiciária, o direito à presença
dos pais ou tutores, o direito à confron- dade do ato material_ ou formal, seguiaa da
Educação, do Ministério da Saúde, dos órgãos pena. E o que se_ faz através do Código de
governamentais correlatas. Há um conjunto tação com testemunhas e interrogá-las
e o direito de apelação ante uma autori- Menores é a ãplicação de uma medida. Mais
realmente. Não estamos voltándo as nossas do que isso, quando se diz que o Juiz de_ Meno-
atenções para a parte estrutural e conjuntural dade superior". _
res empurra os menores, coloca-os nas mas-
do nosso País. Há pouco, recebia como visita, Ora, quiserãm essas regras apenas alertar morras das instituições, a culpa não é del_e
o Diretor da Divisão Social do Instituto Intera- os_ países que reduziram a responsabilidade nem do Código de Menores.
mericano Delwim. Um grande sociólogo, um penal do menor, o que n~o é o caso do Brasil,
PHD, ele. e que \linha féizer algum estudo em que manteve essa respOnsabilidade aos 18 Se a Constituição, em alguns tie seuS arti--
n~so País, e eu dizia para ele: meu caro, como -anos. _ gos, não está sendo cumprida, vamos fechar
sociólogo ou economista, qualquer um que Aí, então; ã -constituição, neste artigo, subs- o CongreSso Nacional, que a elaborou? Como
pise em nosso País, vai sair pior do que entrou, tituiu" o-term:õ--'ími)l.ita.Ção" poi" "atribuição". _Pretende O Estatuto acabar com o Jujzado
porque não consegue diagnosticar. São vários E por que issó? Porque houve a discussão de Menores? Se não conseguirmos resolver
países dentro de um país, cada um com a para reduzir a responsabilidade -peita! para 16 o problema do"sistema penitenciário, vanios
sua peculiaridade. anOs e, afinal, resolveram manter nos 18. Só acabar com o Código Penal? Se rião resolver~
Com todo este arcabouço, com toda esta que, ao substituir o terino "imPutação" por mos o problema económico do País, vamos
preocupação governamental, a Câmara Fede- "atribWÇãCt, r1ão alteraram o reSto do corpo fechar as Varas de Falências? Se não resolver-
ral, em 1'97§, deu um indicador de 25 milhões do inciso e permaneceu o meSmo. Por quê? mos a agregação fãmlliar., acabam-os com as
de crianças carentes, de menores carentes, Quando' se fala em igualdade na relação pro- Varas de Famüia? Onde é que estamos? .
e 2 milhões de abandonados. Decorridos 12 cessual, indubitavelmente não preciso dizer is- Efn segundO lugar, é um retro'Cesso criffii-
anos, temos, hoje, 37 milhões de carentes e so aos Srs. que são meus mestres, temos d~ noso. Partimos do fato social, do costume,
8 milhões de abandonados. Só de abando- ter de um lado o ato infracional, a infração da concretização desse costume, para então
nados, temos ,duas vezes a população do Uru- penal. TemoS que ter autor, réu, .denúncia, os _senhores o transfàrmarem em lei, e essa
guaL defesa e uma pena. lei é obrigatória para -tOdos. -
Então, o que está ocorrendo é essa ausên- Então, a grande diferença existente entre Então, vamos eliminar o Códígo e r-etomar
cia, realmente, e inversão da pirâmide. Esta- este estatuto que agora se anuncia como_ sen- a um estatuto. O estmuto é uma lei; os Senho-
mos investindo nos doutorados, nos mestra- _ do a carta de alforia da criança e do adoles- res _sabem melhor do que eu, é um regula~
.6'762_ Quinj;a-feira 9 _DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção D) .. Novembro de 1989

menta que disciplina determinada parte cor- quérito penal em cima desse menor. Quem O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
porativa. O que é- um código? Um conjunto, aplica a medida é o juiz e qdem executa são -De acordo com a sistemática utilizada exa-
um amealhado de leis dentro de um corpo as_ instituições. A política nacional do bem- tamente nest!rprimeira fase dos nossos estu-
único de uma matéria definida. E essa matéria, estar do menor faliu; a Funabem decreta ~ dos, os proponentes terão a palavra e, em
hoje, é o Código do Menor, que guarda um sua falência~ a sua inapetência; a Funabem, seguida, colocaremos a palavra livre para
processo histórico-desde 1927, com Melo Ma- com sua irresponsabilidade, quer se acobertar quem dela queira fazer uso, em terntos de
tos. Foi o primeiro Código de Menores insti- atrás do art. 2Q4, I, do Código, dizendo que debate.
tuído na América Latina. Foi o primeiro Juiza- doravante é apenas coordenadora da política Assim, concederemos a palavra ao Meritís-
do de Menores criado na Américfa Latina. É nacional do bem-estar do menor, quando ela simo Juiz de Menores do Distrito Federal, Dr.
um Código respeitado mundialmente, que _foi implantada, no Rio de Janeiro, como mo- Nívio Geraldo Gonçalves.
vem se aprimorando paulatinamente. Tanto delo, corno exemplo, para que todas as de~ O DR. NMO GERALDO GONÇALVES -
é que essa revisão agora apresen~da aos Se- _mais Feberlt do Pal's seguissem o seu modelo Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srs. Juízes, mi-
nhores não vem em decorrência ,do Estatuto, - para a recuper_ação, a reintegração, desse me- nhas Senhoras e meus Senhores:
mas da experiênda vivendada, pOrque o Códi- nor que está marginalizado.
go é de 1979. São dez anos decqrridos. , Finalizando, gostaríamos de dizer que o Es- Honrado com o corrvíte para comparecer
Faemos. hoje a adaptação à reãlidacle brasi- tatuto apresenta o grau da culpa, da culpabi- perante esta augusta Casa do COngreSsO, tra-
leira. Mais do que isto: a evolução deste direito, lização desde menor, quando _diz: __ dicionalmente integrada por representantes
tomando-o com sua autonomia cientifica. Se "A medida aplicada ao adolecente será
do Estado e exercendo papel de verdadeiro
os Senhores o lerem -tenho cerljeza de que - sempre proporcional às suas necessida~ poder moderador, entre os apetites do povo
já leram este Código- verão que ~ eminente- des, às circunstândas e à gravidade, da e do Govenro, nesta hora de natural eferves-
mente didático, porque não tern6s hoje, em infração praticada." cência do espírito clvico nadonal, aqui Compa-
todas faculdades e universidades, em concur- reço, na qualidade de Juiz de Menores do Dis-
sos, o Direito do Menor. São os graus da culpa Ademais, o Código trito Federal, sob o peso da enorme responsa-
Esse juiz que se isola numa comarca não de._Meno_res, no art 39, dá gratuidade integral bilidade que me cabe, o processamento e jul-
sabe como interpretar, se ele nãd tem o ama- para a assistência administrativa, policial e ju~ gamento das questões de interesses do menor
durecimento no contato diário cdm a lei. En- diciária a es_se menor. Aqui, não; só para aque~ havido em situação irregular, para abordar al-
tão, fizemos esse Código didático, com defini- le comprovadamente pobre. Então, o Estatuto guns aspectos do projeto de lei originário des-
ções, esclarecendo o que é situação irregular. faz uma- discriminação. ta Casa, onde tomou o nómero 193 diSpondo
Neste EStatUto fala-se muito nisso e se subs- Para encerrar, queremos dizer que não so- sobre Estatuto da Criança e do Adolescente
titui a situação irregular por situação de risco. mos contra o ~uto. Achamos que ele pode irUdalmente.
Argurnenta-sé;"também, ter-se banido da conviver perfeitamente bem como o Código, Corno pretendemos demonstrar na aborda-
ConstJtuição o termo menor. Nenhuma COns- desde que se faça o divisor de água, desde gem, que a exiQ'üidade do tempo se incumbiu
tituição até hoje falou no termo_ menor, como que se possa escoimar, enxugar, retirar do de limitar, a inici_ativa~ muito antes de cõn-
falou no termo réu e no termo família. O termo Estatuto tudo aquüo que diga respeito ao Có- correr para o aprimoramento dos institutos
menOr é um termo jurídico, Ou ele fala sobre digo:-o Estatuto fala em normas gerais, o que de proteção e de defesa do menor, muito antes
a menoridade, ou ele fala sobre esse processo podemos admitir como orientação às Consti· representa, isto sim, a completa frustração- do
marginalizante que depende da proteção juris- tuições estaduais, às Leis Orgânicas Munici· longo e extenuante trabalho desenvolvido pela
dicional do juiz. pais. Entretanto, se quisermoS, podere-',110S Assembléia Nacional Constituinte, de que re-
Vejam, meus insignes Senadores, que o Es- reeditar a lei que criou o Departamento Nado· sultou o Capítulo reservado à família, à criança
tatuto fala aqui no inquérito policial. Substitui na! da Criança, acrescentando o adolescente e ao adolescente.
o auto de investigaçãO· do fato anti-social, que e aprimorando isto. O que precisamos, real· O projeto peca pela ausência da necessária
passa a ser inquérito. Estamos ~a'minhando mente, é do cumprimento das leis, é dar assis- técnica, pelo abandono dos elementos histó-
a passos largos para a redução da responsa- tência à famílía_ Já estamos cansados de tan- ricos que infolTT"Iaram e inspiraram toda a le-
bilidade penal aos 16 anos. Isto é um crime, tas leis. Também precisamos cumprir real· gislação menorista do Brasü, ouso dizer até
num pais onde sabemos que 70% da popu- mente o preceito constitudonal, pois se com- mesmo, rigorosamente representa um aten-
lação vivem em estado c;Ie miséria e de pobreza prlssernos o_ art. 79, inciso IV, não predsaria- tado à secular tradição jurídica do nosso País,
absoluta, e onde 70% dos que atuam na força rnos estar aqui discutindo o Estatuto nem o notabilizada por monumentos enaltecidos pe-
da mão-de-obra produtiva percebem até dois Código de Menores, e a família brasileira esta· Jas nações civilizadas, como obras de inteli-
salários mrrumos. ria salva e feliz, bem como o País. gência, dentre as quais o CódigO Ovil Brasi-
Tenho aqui em mãos um estddo, que de- O Inciso IV, V. E>r"' conhecem melhor do leiro e o CódigO do Processo Ovil.
pois poderei passar para os Senhores, da Fais que eu: Cria o chamado Conselho Tutelar, número
-Fundação de Assistênda à fnfância. de San- mínimo para cada Comarca, remuiterado,
"Salário rnínimo fixado em lei, nacional- com mandato de dois anos, investido de fun-
toAndré. Há mais de vinte anos recebo a tabela
cla-rats.Ea feTtiii'f esfuâOãpfOfUiidãdó.- Para
- - mente- unificado,--t:-apaz-de- atender- suas ç-ões prôprlas-a-o-Po--aer JticlidãrTO. senâo-:;ih-e
necessidades vitais básicas e as de sua permitido impor aos pais ou responsável, obri·
alimentar um ser cpm comida do pobre sobre
família, Como mofadia, alimentaÇão,_edu- gaçõe_s não autorizadas por qualquer Consti-
a mesa, hoje uma familia- wn casal e quatro cação, saúde, laser, vestuário, transporte,
filho - necessita, somente para comer comi- tuição, dentre as muitas que regeram os desti-
higiene, previdência social com reajuste nos do Brasil, como, por exemplo, a obrigação
da do pobre sobre a m~. 989 cruzados ~ periódicos que lhe preservem o poder
84 centavos. O atual salário mínimo em 380 de submeter-se a tratamento psicológico· e
- aquísitivo, sendo vedada a sua vinculação psiquiátrico; verdadeiras medidas d~ segur~­
cruzados, o que daria pouco mais de 700, para qualquer fim."
não chega nem para atender a êsta primeira ça, tudo isto sem a garantia do devido pro-
necessidade básica prioritária. O qw{não podemos aceitar, caros Senado- cesso legal.
Se considerarmos os estudos de René Spitz, res, vai aqui uma denúncia - se desejamos A partir desta cónstatação, pode~se inferir
Bob Tamõves, TãViotto, Nelson Chaves, todos realmente destruir uma naç-ão, que se Jane! que a preterisãO do EstatUto é afastar a figura
esses e.studantes, eméritos cientistas desta a esperança na sua juventude e logo depois do juiz, excluindo, por via oblíqua, essa arbitra-
matéria, poderemos comprovar que está inti- a deseperança, porque ela vai se revoltar, ela riedade da apreciação do Poder Judiciário,
mamente ligada a defidência alimentar com não vai aceitar. O que estamos pretendendo quando a Constituição Federal consagra a ga·
a defidência mental. é desmoralizar as instituiçõeS e as autoridades. rantia de que ninguém será obrigado a fazer
Não podemos, hoje, reduzir essa responsa- E não sei o que há por trás disso_ tudo. Muito ou deixar de fazer alguma coisa, senão em
bilidade, nem podemos também fazer um in- obrigado. (Palmas) virtude de_ lei.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II)

Ao prescrever, dentre as atribuições do Con- de praticar atà típico, antijurídico e_ culpável. à ordem legal", preferiram os Srs~l:orisfituin­
selho Tutelar, a representação a autoridade O projeto criminaliza a conduta absurda, ao tes :confonne a nova Constituição:
judiciária, nos casos do descumprimenfo in- definir no art. 246, o crime de submissão de "Garantia de pleno e formal conhecimento,
justificado de suas deliberações - art. 135, çriança ou adolescente, sob guarda, autori- da atribuição ·de ato infracional, igualdade na
item IU, alínea a - o projeto suscita sério dile- dade ou vigilância, a vexame ou constrangi- relação processual e: defesa técnica por proflS-
ma: as deliberações do Con-Selho podem, en- mento não autorizado em lei. Como se a lei sioii.al habilitado, segundo dispuser a legisla-
tão, ser descumpridas, desde que justificada- pudesse autorizar submissão de criança ou ção tutelar especifica", art. 227, § 39, inciso
mente, o que equivale dizer que tais delibe- adolescente, posto sob a proteção da autori- IY, da Constituição Federal. O Congresso Na-
rações podem ser ilegítimas ou injustas. Se dade ou sob sua guarda ou vigilância, a algu- cional do nosso País assim agiu, porque, em~
injustas, não -caberá representação contra ma forma de vexame ou constrangimento. O hora a presença da agradável expressão "am-
quem as descumpriu e, neste caso, o mesmo art. 121 consàgra a imputabilidàde do menor pla defesa", aquela previsão legal transforma-
Conselho se incumbe de avaliar e administrar e do adolescente, a pretexto, sempre, de prote· ria o Juizado de Menores em verdadeiros tribu-
a própria injustiça. gê-lo, afrontando, mais uma vez, a Constitui- nais do júri e os menores enl- simples réus.
As deliberações do Conselho, órgão mera- ção Federal. O art. 125 trazoutraheresiajurídi- Os Srs. Congfessistas optaram por um proce-
mente administrativo, não têm o caráter obri- ca, quando outorga competência ao Ministério dünento simples e informal, que- dá coridições
gatório e estarão sempre sujeitas ao reexame Público para conceder remisS:áo, ou perdão, de resolver os problemas dos menores rapida-
do Poder Judiciário, toda vez que atentatórias quando por demais sabido que a prática deste mente, com o respaldo do Curador de Meno-
aos direitos fundamentais da pessoa humana. ato é da competência exclusiva do Judiciário, res, dos Srs. Psicólogos e Assistentes SoCiais
O Código Gvil Brasileiro consagra o princípio único POder, aliás, dotado de competência, e dos Srs. Advogados ...3-estes, facultativamen-
de que o menor não tem qualquer responsa- já que aos outros se confere atribuições. O te. Corno Dem disseram os autores no livro
bilidade pelos atos de que resultem danos ao projeto criou o conceito de situação de risco, "O Direito do Menor na Constituição", Dr. Wil~
património, poden~o esses serem ressarcidos em SJ-lbstituição à situação irregular. Porém, son Barreira e Paulo Roberto Grava Brasil, pá-
pelos pais ou responsáveis. sem qualquer novidade. Como bem disse o gina 60, "colocar criança e adolescentes no
O projeto mais uma vez nega o seu éilráter mestre Allrio Cavalieri, é a mudança pela mu- colo passivo de uma relação processual, sur-
de instrumento prbtetor do menor, quando dança. Nada mais. Introduziu o sistema penal, gida pela invencionice de uma elite consubs~
toma obrigatória a reparação do dano pelo pois, ao tratar de medlda aplicada ao menor, tanciada em inexistente conflito entre a sacie~
adolescente, rnedié,mte o ressarcimento, a in- diz ser proporcional à gravidade da infração. Uade e o menor será, por certo, a maior cruel-
denização ou outra forma compensatória do Trata~se de um atraso, uma vez que, pela lei dade cometida contra essas crianças, que não
prejuizo, oriundo do que chama de ato infra~ menorista, o juiz l~a em consideração, antes, foram sequer_consultadas para escolher o pars
clonai. Consagra o serviço compulsório do o menor e a sua personalidade, o seu procedi- onde nasceram".
adolescente, desde que a vítima seja entidade mento no contexto social e, depois, de forma As folhas 61 da obra citada temos:
estatal ou concessionário do serviço públtco, secundária, a gravidade da conduta anti-so-
o que equivale a dizer que, ao invés de merecer cial. lnstituiu o_ cohtraditório com a presenÇa "Acontece que no processo de meno·
a proteção do Estado, este se transforma em obrigatória do. advogado, dizendo ser isto be- res, hoje, necessarlainEmte atuãm aQis
senhor do adolescente, para escravizá~lo. néfico ao menor. O_ c;ootradit6rio~ principio profissionais: o Próinotor de'!ustlça, Cu-
Ao invés de medida de caráter pedagógico, previsto no Direito Processual Comum, so~ rador de Menqres, e o Juiz de Menores, _
o Estatuto adota a pena para o inimputável. mente há de ser considerado .dentro de seu O primeiro propugnando pelos interes-
Pasmem V. Ex- O projeto cria nova moda- consagrado conceito._ A bilateral idade da ação ses ct.Qs menores, pelo respeito à lei.
lidade de ação, a chamada ação mandamen- gera a bilateralidade· do piocesso. Em todo_ O _segurido, d~cidindo no" inter~s~ Oo
tal, que será regida pelas nonnas da lei do processo, há, pelo menos, duas" partes: ator menor, e·~m-reSpeito_à lei.
mandado de segurança, destinadas a repelir e réu. Este é o princípio da audiência bilateral. Fugindo o primeiro de seu escopo no
atos ilegais ou abusivas de autoridade pública O do contraditório,_conforme o qual, não pode processo, cabe ao segundo não permitir
ou agente de pessoa jurídica, no exercido dás o juiz _decidir ~bre_ uma pret~são, se não quê o feito perca a sua direção. - -
ãtribuições do poder público cjae lesem direi- é ouvida ou citada para ser ouvida a parte Se diferentemente o_ segundo decidir
tos líquidos e certos previstos nesta lei.
Nesse sentido, o projeto é manifestamente
ª
contra qual ou em f~ce d_a qual foi proposta.
Moacir Amaral Santos, grande processuali_sta.
fora da lei, ou contra o interesse do me-
nor, ao primeiro caberá pleitear que a si-
inconstitucional, porque a Carta_Magna·dispôs Mas, no processo menorista, não existem par~ tuaçãp seja modificada através de.reÇur~
que o mandado de segurança é o instrumento tes,julz impái"cial, órgão de acusação, citação, -SOS. . - .. - ... -r --
legítimo para atacar a ilegalidade e o abuso pena, regimes de cumprimento de pena, etc. Não é demais dizer que o Curador de
de poder, não amparados pelo habeas corpus O menor não é pa"rte, mas um fim. O juiz Menores, através dos meios jurídicOs que
ou habeas data. não é imparcial, no direito do menor, mas lhe são postos à disposição, como" inter-
protetor. O Ministério Público não_é"órgão de posição de recursos, a imp-etração de
O projeto, nêsfe ·partrcülar ·:....::... replfa-se - mandados de segurança,_ ou de' haveas
apenas e tão-somehte pretende homenagear acUsação, mas curador. O menor não é ape-
nado, mas Jl~ível de medidas de reeduca- corpus, poderá provocar a atuação da se-
chiovenda, o construtor da teoria que concebe gunda inStância: do Poder Judiciário para,
o mandado de segurança como verdadeira ção. O ménor não é recolhido _a .e&tabeleci-
mentos prisicionais, mas a instituições e<iuca· se for o _caso, determinar os rumos ou
ação governamental. Fere, ainda, a lei de orga- _ as providências que melhor couber ao
nização judiciária que confere competência danais. O menor deve receber escolarização,
profiSSionalização, atendimento pslcológko e processo."
para conhecer e julgar o mandado de segu-
rança aos juízes da Fatenda Pública. soci_a], conforme os professores Wilson Bar- Os Srs. CongressistaS ãcertadairierlte prere- -
O art. 230 é, realmente, inovador. Para ele, reira e l?'aulo Roberto. O contraditório, real- riram neste contexto de contradições dos pais
o poder públtco-, ente abstrato, considerado mente, -Srs. Senadores, nãQ él:>Qm para o me- do estatuto da criança e do adolescente conti-
em si mesmo, passa a ser sujeito ativo de nor.Tanto é Vefdade que os Srs. COrisfitUintes, nuar a reservar aos advogados, ao Ministério
uma relação processual penal, podendo ser não aceitando a redõ}_ção apresentada à época Público, ao assiStente sOdãl, ao psicólogo, ao
condenado, apurando-se; residualmente, a pelos mesmos elaborador_es do J;:_statutO da juiz a missão importante de bem encaminhar
responsabilidade civil e administrativa do Criança- e do Adolescente, que dizia: os menores_em situaçã9lrregul~r._ __
agente a que se atribua a ação--ou omissão E a reViSãõ do Código de .Menores dispôs,
criminosas. Ocorre, então, neste caso, fenô- "Garantia de instrução contraditória de am- de forma idêntica, e-ehs1iia-que lia avaliação
meno terminantemente proibido. A pena pas- pla defesa, com _todos os meios e re_cursos do menor infrator, sempre levando ser de
sa da pessoa do criminoso, capaz de delinqüir, a ela ineren~s. à criança e ao adolescente, maior valia a· pessoa e não o fato anti~social.
para um ente abstrato, absolutamente incapaz a quem se _atribui a autoria. a ato contrário deve~ se contar com o auxilio verdadeirainente
6764 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO CONG~O NAOONAL (Seção H) .Noyembro de 1989

proveitoso do técnico. Este. orj,enta, assessora do menor, principalmente e de forma secun- Pretendia expoí a este augusto Plenário a
e executa, mas não decide, como o Conselho dária o fato anti-soCial, ou seja, o crime. adaptação, ou melhor, a grande mudança que
Tutelar desse estatuto. Há caso em que o menor matou, mas, é ocorreu com a Constituição de 88, ·em que
Pela revisão do Código de Menqtes, os con- primário, estudo, trabalha, possui bom proce- o Pais mudou, optando por uma nova dou-
flitos desses são resolvidos rapidamente em dimento, e a movitação que o levou a tirar trina.
uma audiência chamada de apresentação, a vida de um seu semelhante, é razoável. O direito do menor tem basicamente três
presentes o Curador de Menores, os técnicos Este menor ficará, certamente, em sua famí- doutrinas: a doutrina do Direito Penal do Me-
e o juiz e o advogado. lia assístido por uma equipe técnica interdis- rior, que preconiza que o Direito só se Interessa
Este último facultativamente. ciplinar do Juizado de Menores. pelo menor quando ele pratica uma conduta
Aliás, o procedimento atende ao preceitua- Por.O.utro lado, o menor chega ao Juizado típica prevista na Ieg~slação penal; a doutrina
do no inciso V, do § 3\', do art. 226, ·na Consti- por uma simples contravenção, mas verifica- da situação irregular que é a do Código de
tuição Federal, ao exigir a brevidade - os se que ele usa tóxico, não estuda, vive na rua, Menores, que diz que o Direito do Menor só
juiza dos de menores são breves, resolvem ra- não trabalha e infelizmente, coitado, não tem deve se desenvolvei: com menores em situa-
pidamente os problemas das crianças. fam1Jia. NeSte caso, aO menor é aplicado uma ções irregulares, como tal declarada tipificada
Sendo a maioria dos menores infratores po- medida pedagógica, até mesmo de interna- na legíslação interna de cada país; e a mo-
bres; certamente teria dificuldade de contratar mento. dema e mais sedutora· doutrina, que é_ a da
, advogados. Aqui ele receberá tratamento para se afastar proteção integral, segundo esta doutrina, a lei
Ademais o Dr. Curador de Menores que é das drogas, aprenderá um oficio, em um rápi- menorista assegura todas as necessidades de
um advoga~o, é o Jídimo defenso~;" dos me- do curso profissionalizante, téra comida, casa crianças e adolescentes e regulamenta todos
nores. para morar, e é integrado no mercado de tra- os seus direitos fundamentais, independen-
Julgado procedente a investigação social, balho. temente da situação em que se encontra
o menor poderá de acordo com a revisão do Se isto não acontece no Brasil, não é por Essa doutrina é toda ela baseada nos docu-
Códfgo d~ Menores, ser advertido, entregue culpa do Código de Menores, e sim graças mentos emanados da Organização das Na-
aos pais, colocado em lar substituto, colocado à execução. · ções Unidas, e se fizermos uma retrospectiva
em regime dé liberdade assistida, que é_ o SlJr- Este é de responsabilidade do Poder Execu- histórica, uma interpretação sistemática, uma
sis do crimftmais humanizado, e internação tivo. Na subseção referente a adoção, a revisão interpretação sociológica, do texto do art. 227,
em estabelecimento educacional, oçupacio- do Código de Menores_ alcança importantes vamos ver que o Brasil optou pelo novo mo-
nal, psico-pedagógico, hospitalar, psiquiátrico, inovações. Aliás, caminhando na trilha da C.a:r- delo da proteção integral. E como este modelo
ou outro adequado. ta 'Magna. é incompatível, sua doutrina é totalmente in-
A internação é por tempo indeterminado, Após dizer ser a adoção judicial de carácter compatível com a doutrina da situação irregu-
porque a partir do primeiro dia que o menor .pleno e irrevogável, e diminuindo para 25 anos lar, é evidente que estando dentro de uma
chcw'ar ao internamento os técnicos já pode- a idade para adotar permite a adoção por viú- nova doutrina preconizada pela Constituição,
rão trabalhar para a sua liberação. YO,_ pelos cônjúges sep~dos judicialmente, que diz que_ os direitos 'de crianças, de jovens,e
E ·mais, a internação é por tempo indeter- aos concubines, aos solteiros, casados ou di- vejam que o legislador constituinte nãqse refe-
minado, e somente será implantado se se tor- vorciados, prever a aéloçáo nuncupativa e por riu ao menor, mas, usou a expressão-criança,
nar inviáVel, ou malograr a aplicação das de- estrangeiros. -e adolescente, não há mais possibilidade de
mais medidas. -É um código tecnkáni.énte bom, e ~e convivência do atual Código de Menores, e
Nunca o juiz mandará o menor para o inter- acompanhou a evolução do nosso tempo. também do novo código proposto, em virtude
iíamento se ele não passou ainda pela liber- Res_peita a Constituição e a Lei de Organização. da própria doutrina que .inspirou ambos os
dade assistida, foi entregue aos pais, ek:. Judiciável. estatutos.
O código que o Ex'i' Sr. SenS.dõr Nelson É no dizer do ProfessOr Alírío CaValiere uma De qualquer mo"rlo, vejo, numa leitura até
.Çameiro apresentou ao respeitável Senado Íei de- conflitOs, -destiriã.da a Solução de situa- rápida que se faça, e mesmo os nobres _cole-
Federal do meu País, situa a medida de inter- ções_em que a intervenção da justiça se imPõe. gas não negam isso, que houve uma mera
nação como extrema e heróica. Sugestão fmal. Aprovação da revisão do Có- adaptação do Código aos clispositivos consti-
O intemamerito deve ser tanto quanto pos- digo de Menores, apresentada pelo_ Exm;f Sr. tucionais.
sível evitado, não só porque constitui modo Prtisidenteâo Senado. A leitura da maioria absoluta de todos os
normal de coexistência humanà, mas, tam· "pfCivação do eStatUtO 1-eStril-tQirido as re-- artig,.,s evidencia que houve uma repetição,
bém pelas inconveniências múltiplas e graves gras gerais de proteção à criança e adoles- penso até que por técnica legislativa dever~
que apresenta, ainda que aprimoradas pelas centes. se-la apenas mendonar as mudanças, os arti-
técnicas mais sofiSticadas. Muito obrigado. gos que foram alterados.
\Todavia, Srs. Senadores, o sentido de defe- De qualquer modo, como interessa neste
sa social no tratamento do menor infrator ou O SR. PRESIDENTE: (Antonio Lw Maya) momento, talvez, expor os emipentes me!fl-
desvio de conduta, não deVe ser ocultado ou -Em-SegUiaa concedo a palavra ao Professor bros desta Comissão as impropriedades da
disfarçado como fazem alguns menorístas. Titular da Cadeira de Dir~ito do Menor, da atual legislação, o seu conflito com a Consti·
Representa urii imperativo da vida comu- Universidade de Blumenau, Ex-Juiz de Meno- tuição vigente, e também o conflito com a
nitáría. Pouco importa que o chame de heresia res, de Blumenau, Dr. Antonio Fernando dd ãtual Constituição do modelo proposto, é que
científica, de nenhuma valia é mudar o que Amaral e Silva. passo a responder essas criticas dos nobres
é necessário. e ilustres magistrados que me antecederam.
Usando-se a chamada técnica de apoio, a O SR. ANTONIO FERNANDO DO AMARÀL A verdade é que não temos no País uma
terapia ocupadonal, aliadas à compreensão E SILVA- Sr. Presidente, eminente Senado- legislação tutelar. Na verdade, temos no Brasil
e ao amor, certamente se conseguirá a recu~ res, ilustres ·colegas, meus Senhores, e mi- um Direito Penal de menores disfarçado de
peraÇão animadora. nhas senhoras. legislação tutelar.
Na justificativa do Projeto rt' 193,· é citada Pretendia fazer uma apresentação do esta- Esse model9, à guisa de proteger, na práti;
uma crítica ao Cõdigo de Menores; falta de tuto diante da verdadeira c.atilinária apresen- ca, ele vem:-s_e revelando multo mais repres-
critério, pois uma siínples contravenção pode tada pelos meus eminentes Colegas, devo res- $v:o do ql.!e o Direito dos adultos. É o que
levar o menor a oerder a sua liberdade. tríngir,já que o tempo é muito curto, às respos- pretendo demonstrar a esta Comissão, pen-
Não é bem assim, Srs. Sênadoies, uma tas a essas .acusações que não atribuem a sando que a Comissão tenha outras oportu-
equipe formada de Juiz de Direito, de um Cu- não ser o fato de que os dignos colegas não nidades de disc_ut:ir até o estatuto, mas procu-
rado,r de Menores, de Àdvogados, de Assis- tenham ainda tido oportunidade de estudar rarei colocar, paralelamente, alguma coisa re-
tente Social, e Psicóloga. analisam a pessoa mais detidamente o nosso estatuto. lativamente ao estatuto _e ao conflito do códi-
Novembro de 1989 . DIÁRIQ DQ CONGRESSO .NAQONJI!L (§~_ão_jl) Quinta-feira 9 6765

go, do modelo proposto pelos eminentes Juí- uma vez que o jovem entrou no sistema, serve próprio relatório ou o boletim d~ ocorrência,·
zes de Menores, e a Constituição. para evitar novas infrações. · ou seja lá o que seja, diz que éste menino
Disseram os eminentes Juízes de Menores A intimidação, dizem os rnenotistas que o furtôu. Então, ele está sendo acusado. E o
de Brasília que, no Direito vigente, e também Direito do Menor não tem intimidaÇão, o Direi- que é pbr, Senhores, não há nerthum critério
no modelo proposto, não há acusação; que to"do Menor é protetor. Pergunto ~os Senhores objetivo, tanto no- atual Código cl;)mo no mo~
o pro-cedimento não é contra !) menor, mas a medida mais leve do Direito do Menor, do dela proposto, não ·há nenhum cfitério obje-
a seu favor; que não se procura determinar modelo propOsto pelos Juizes de Menores, do tivo, que limite o arb(trio da autorktade judiciá~
a culpa, muito menos punir; não hâ Idéia de mOdelo proposto por alguns Juízes de Meno- ria e também da autoridade policial. Basta a
repressão;- mas de proteção, que inexistem res - é bom que se diga, porque devo ressal- acusação, basta atribuir-se a alguém a prática
sanções apenas medidas educativas. tar que a grande maioria dos Ju~es de Meno- de uma conduta anti~social, uma infraçãO pe-
Ora, rião havendo acusação, não há neces- res, principalmente das comarcas do interior, nal, para que seja encaminhado ao Juiz de
sidade de contraditório, e muito menos de apóia o Estatuto - a intimidação' visando à Menores.
advogados, e como todas as medidas visam recuperação também está presente. A medida Eu gostaria até de ler aqui, não é o Código,
o Direito do Menor, que sobreleva qualquer mais branda é a advertência, é aquela medida mas é praticamente a repetição do Código,
outro meio ou interesse jurldicament_e_ tutela- em que o Juiz adverte o menino, dizendo: olhe, e pedir a atenção dos Srs. Senadores, como
do, o Juiz tem amplos e ilimitados poderes, você não quebre mais a minha vidraça; você homens da liberdade, do· Direitci:- se tivésse-
porque, com toda a certeza, o magistrado não furte mais chiclete; você não pratique mais mos no nosso Pafs, ou em qualquer ·outro
sempre decidirá a favor da criança ou do Jo- nenhum desses atas anti-sociais, porque você país civJ!izado no mundo, uma legislação es-
vem. , . está errado, meu fl1ho. Se você fizer isso, estará pecial, diferente daquela destinada à genera-
E que não importa para este ramo do Direi- sujeito a um internamento, a Ufna liberdade lidade das pessoas imputáveis- portanto, aos
to, não importa para o modelo proposto, não assistida. adultos - que tivesse a seguint.El redação -
importa a gravidade dO fato, não interessa ou- Pergunto se essa· admoestação não tem e me permito, Srs. Sênadores Substituir a ex- ·
tra coisa que não a personalidade do menor, também conteúdo de intimidaçãb. Então, ve- pressão "menor" por aquela de "pessoa hu-
, porque tudo se realiZa no campo da educação. jam os Senhores que esses pressUpostos tam- mana", moStrando o autoritarismo á ahtijuri-
Srs. Senadores, tenho insistido que o Direito bém estão presentes, mas o que se argumenta dicidade deste modelo. Não conc~rdariamos
do Menor, principalf9ente o nosso Direito ln- é que as medidas do Código d~ Menores e nós jamais que qualquer pessoá se subme-
temo do Menor; está repleto de eufemismo as medlda do DireitO ·do Menor objetivam a tesse a um procedimento dessa ordem, basea-
e de muitos -co~nientes. ressodalização. O artigo de ouro, depois do do exclusivamente numa acusaÇão. Vejam,
Um desses eufemismos ·diz reispeito ao ca- art. 59 do Código de Menores, é aquele que S~hores:
rácter protetor, ao carácter eduCativo de todas diz q1,1.e toda a medida viSará à iritegração s6~
as medidas. Pretendo demonstrar que essas cio-familiar, a resSocicilização. "A pessoa a que. se atribua a prática
medidas do Direito do Menor não passam de Se os SenhOres, corno- juristas, têm essa de ato infracional sera desde logo enca~
sanções disfarçadas. E o-que é p~or;Srs. Sena- formação, podem "perceber que as penas cri- minhada à autoridade judiciária."
dores, impostas ao arrepio dos dif,eitos consti- minais são impo.stas para ressocialização. Mo- Então, é a pessoa acusada. Eu acuso_ al-
tucionaís do devido processo legal. dernamente, as penas criminais têm conteúdo guém e este alguém tem que ser apresentado
Vejam, quais são as diferenças objetivas, humano. Não se cogita mais, Senhores, da imediatamente ao Juiz. ---- - --
quais sio as diferenças quanto aos· pressu- função retributiva da piina, pois ésSa é substi~ "Sendo impossível a aprese~taç:ão imedia~
postos de uma medida do Direito do Menor tuída por regimes de reeducaçãO spcial.., Qual ta" - e geralmente é impossivel. sabemos
e uma pena criminal? é a finalidade, o objetivo da aplicaÇão -das pe- que na maiorida dos nossos juizados não _é
Temos como características ou pressupoS.: nas crimini:lis- e das medidas do,.· Direito -do possível ter-se um Juiz de Menores de plantão.
tos até que as penas criminais são imPostas Menor senão r_eeduCação·e resso-çialízação? Aqui em Brasília nem seria possível, porque
pela retribuição à conduta desviante; para Vejarri que essas medidas podem chegar só se o meu eminente colega, o Dr. NíviQ,
exemplariedade, visando evita~ novas infra- até ao internamento, à prisão, à contenção, estivesse 24 horas de plantão para atender
ções; intimidação, visando recuperação. ao coiúmamento, e são impostas para reedu- a esses casos. Ehi;ão, a apresentação imediata
Essas as características das penas crimi- cação, para Proteção dOS jovens. é impossivel. Entao, isso que é exceção passa
nais. Disse aqui o nobre Dr. Nívio Geraldo Gon- à ser regra.
Pergunto aos Senhores e aos nobres Cple- çalves que o processo não_é_ movido contra
gas, se pode se internar, em regime fechado o menor, ritas -se peigafmos -o art 99 do atual "Sendo impossíVel a apresentação
- e aqui vai outro eufemismo, freqüentemen- Código de Menores e também o artigo do imediata, a autoridade policial responsá-
te utilizado pelo Direito do Menor, que usa modelo propostc,-"eremos o qll~ diz o projeto: vel encaminhará a pessoa à repartição
o nome internamento eufemisti<;artlente, para policial especializada, ou a estabeleci-
dissimular a Prisão, porque nossos meninos "O menor;~ qUem-se atri_Qua a prática mento que apresentará a pessoa à aUtori-
são presos, e são presos na cadei9, e são pre- de ato infraclonal, será desde Jogo enca- dade judiciária no prazo de 24 horas:"
sos na penitenciária, e esta prisão, eufemlstica- minhado à autoridade judiciária."
mente, denomina-se intemaro~nto. EsSa- pri- Pergunto aos Senhores, disse aqui o nobre Então, terían\os já uma priSão irnêdiata por
são disfarçada só pode ser imposta a um me- Colega que não há acusação. O 'We é atribuir? um"- simples acusação, o que, cremos,.Srs.,
nor que tenha praticado uma conduta anti-so- O Dicionário Caldas Aulete, e nem precisa- é contra todo prindpio jurídico, humano.
cial, um ato infradonal, seja autof de conduta riamos ir a Uri'l diciQnário juridicc>: porque atri~ Vejam. Então, acontece qUe neSse país ima-
infracional. _ . __ _ buir é imputar, atribuir é acusar, .!;e eu atribuo ginário não haja essa repartiç8.o policial -
Então, a retributção está também presente a alguém a prática de qualquer conduta anti- policial especializada -- e a pessoa, então,
no Direito do Menor, porque nãd poderá ser social, estQy_ª~ndo da prática de uma con~ aguardará a independência, separada dos de-
preso, contido ou detido urn _me_nino _que não duta anti-sócial. Então atribuir é d mesmo que mais ·presos, e vai ser posteriormente levado
tenha envolvimento com infração penal. imputar, reputar, referir cõrTio autor, atribuir ao Juiz. Quando fOr apresentado ao Juiz, não
A exemplariedade, para evitar n6vas infra~ ou declarar como.pertencente a al@Jém a res- vai ser acusada, apenas vai-se-lhe atribuir a
ções, é dare que também está_ pre;;ente num ponsablidade, qualificar de delito, falta ou erra~ prática de uma conduta anti-social e o Juiz
dado rrl"omento em que se toma pela preven~ e
do, ou seja, imp_utar atribuir é o mesmo
gue acusar. Não digam que os npssos meni~
não vai se preocupar com a presunção de
ção, que deve existir também no Direito do inocência, o Juiz não vai se preocupar com
Menor, para que todos os jovens saibam que nos não são acu_sadp_s,_ sâ9 sim, são acusados a gravidade do fato;-o Juiz vai apenas, Senho-
a conduta desviante corresponde a uma me~ no momento em que vão diante de urp juiz res, examinar a personalidade desse acusado
dlda dita educativa e que essa exemplà.riedade, e que alguém ou o Ministério P.úblico ou o que já ficou muito prejudicado, porque teve
6766 Quinta-feira 9 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seçào O} Novembro de 1989

a sua liperdade tolhida no primeiro cantata e que devem, então, se fechar, o Juiz e o_Cura- dos adultos é democrático, -ele baseia~se no
com o sistema de Justiça. dor, e voltarem, na presença do menino, com diálogo, na resposta, na contrariedade, na de~
Então, esse é um sistema de Justiça ãütori-· uina solução pronta, porque, com toda a cer- fesa. O inquisitorial de menores é autoritário.
tário, antidemocrático, antijuridico e que cla- teza, os adultos sabem o que é melhor para O juiz tem amplos e ilimitados poderes e_ _o
ma por mudanças. Não aceitaríamos nenhu- o menino. E esta resposta poderá ser um en- menor_ é rebaixado à condição de objeto da
ma legislação ·de maiores com esses dispo- caminhamento para a cadeia pública o_u para investigação. O procedimento contra o adulto
sitivos. a penitenciária. · ·-todos nós sabemos- sempre constituiu
Vejam, o Ministério Público será, segundo Então, vejam Os Senhores, se nós aceita- o_ limite ao arbítrio judicial. O procedimento
a dotltrina tutelar, o defensor do menor. E ríamos esse modelo relativamente aos adul- do Código de Menores convida a desmandas
foram citados aqui dois autores, o Dr. Parreira, tos. Evidentemente que ninguém em sã cons- das autoridades processantes. E não existem
de São Paulo, e o Dr. Grava Brasil. Pena que ciência, pela antijuridicidade clamorosa, acei- critérios objetivos, tanto no atual Código de
eu não tenha aqui essa obra muito interes- taria isso. E se hoje nós temos no País uma Menores como no modelo proposto, tutelando
sante, para ler aos Senhores algumas partes violência' urbana crescente, se nós temos um a liberdade jurfdica. Basta que um juiz do Mi-
do que foi exposto pelos nobres colegas de sistema que está praticamente falido, que é nistério Público entenda como melhor altiarna-
São Paulo. Mas, dizem eles, que o Ministério o sistema penitenciário, e se nós temas a cri- tiva o internamento. Volto a insistir que essa
Público é o defensor permanente do menor minalidade grassando neste País, a crimina- expressão internamento não passa de um eu-
e que vai propugnar perante o Juiz a aplicação lidade adulta, isso s_e deve muito aos equívo- femismo à prisão para que o menor seja con-
de urha medida sempre recuperadora, sempre cos desse sistema. Esse sistema é produtor tido, detido e preso. E o segredo de justiça
protetora, que pode ir de uma advertência a e reprodutor de violência e criador de crimina- que persiste no modelo proposto, no modelo
um internamento, que não passa de uma pri~ lidade. Um sistema antijurídico desse, que vio- do Código é uma faca de dois gumes._ Qual-
são em cadeia públlca e penitenciária. lenta os direitos fundamentais dos jovens, im- quer pessoa que se interess_e por um menor
Então, fica prejudicado o menor ness_e direi- põe a ele um modelo de violência de_ crime. que esteja preso não terá acesso aó processo,
to fundamental, nesse direito natural, que é E vejam, o Código e o modelo proposto não só alguém que tenha procuração, o pai ou
o direito à ampla defesa Mas, diz~se e insis~ distinguem abandonados, infratores. Confun- responsável. Os Senhores já imaginaram um
te~se__ que o Ministério Público é o defensor dindo tudo isso levam a quê? O menino que sistema de justiça onde o acusado não consti-
permanente do menor e que, s_e tivermos o está na rua, hoje, pode ser preso, contido, deti- tuísse advogado para se defender, só os seus
processo contraditório, vamos ter um acusa- do para ser "prOtegido", porque está na rua. familiares? O que dlriclin desse_sisteTna de jus-
dor. . Isse acontece com os nossos meninos de rua. tiça? Proteção é o mesmo que _amparo, arrimo,
Ora, todos sabemos que o Ministério Públi~ Então, se ele é detido porque está na rua ven- favor, ajuda, socorro, zelo, cuidado~ Que prote~
co não é o acusador sistemático dos adultos, dé1do laranja, limão, tentando engraxar sapa- ção é essa do Código de Menores que permite
de longa data o _Ministério _J?]Jblico não tem -to, lavar um automóvel e, de repente, ele vê o inteffi?lmento sem determinação de tempo,
mais essa função. O Minlstério Público é órgão que se ele arrancar a correntinha de ouro da sem obseJVância do devido processo legal em
promotor de justiça. senhora que passa ou carregar a bolsa, a me- regime similar ao carceráriO? Que tutela é essa
Mas, se o Ministério Público não é o acusa- dida é a mesma, ele vai também para um que equipara e se realiza atravéS de confina-
dor sistem.W:co dos adultos, também não é, centro de triagem e diagnóstico e vai ser sub- mentes em penitenciária, em cadeia pública,
evidente, o defensor permanente da criança metido ao mesmo sistema, porque não impor- senão ut;n c:asti.·go, um'l,._pena dissimulada?
ou do adolescente. E nesse sistema autori- ta _a gravidade da infração, importa é a perso- Que tutela é essa que eq1fPara menores temí-
. tálio, antijurídico e subjetMsta, Srs. Senadores, nãli)lade, ele vai apelar para isso, porque_esse veis delinqüentes hatiituai_s e_ de tendência a
quase sempre há acordo entre o Juiz e o Cura~ sistema é desedücativo, esse sistema é causa, menores infratores ocasionais? Porque foi co-
dor. Srs. Seiia:âores, da grande onda de violência locado relativamente à exposição de motivos
E o qUe é Pi6i', o modelo proposto conserva que nós estamos vivendo _e que precisa ser de_qi.le por urria sirriples contravenção o me-
uma outra antijuridicidade e inconstituciona· modiftcada. nor não poderia ser internado. Oostaria que
!idade gravíssima, que_ é a participação facul- Vejam, vamos colocar, agora, um compa- os nobres Senadores lessem o art. 40 do ablal
tativa do advogado. E vejain -os Senflores que rãtivo _entre o procedimento contraditório, que Código de Menores o qual permite que o me-
nós temos ai colocado os nossos jovens não foi inserido na COnStituição Fedei-a], não tenho- nor que tenha um desvio de conduta que reve-
como sujeitas de Direita, mas eles estão como a menor dúvida. Essa mudança que houve le uma grave inad!;!.ptação familiar e comu-
meros objetivos da intervenção do Estado, não foi no sentido de excluir o contraditório. nitária. Um• desvio de conduta nem sequer
meros objetos do Direito da Família, da sacie~ Os elementos integrantes do procedimento é uma contravenção penal. O que é um desvio
dade e do Estado. E por que isso? Porque contraditório estão todos no art. 227, § 3", de conduta que revela uma grave inadaptação
vejam -os Senhores que, tanto no modelo pro- item IV, e ali a construçào, a redação desse familiar e comunitária? O que é isto, afinal
posto como no atual Código de Menores, o dispositivo foi feita de comum acordo com de contas? É a cqisa mais subjetiva,que existe.
menor não cOnstitui advogado, quem constitui _as__lideranças partidárias e proveio de um am- Então, esse menino, pelo modelo do Código
"Bdvogado é a famíJia. Ora, quase_ sempre há plo moWnento popular, que todos nós recor- de Men-ores, pode ser internado numa peniten-
conflito entre o menor e a família. Gera1mente damos, foi a campanha "Criança Constituinte, ciária eln regime de medida de s_egurança que
a familia não existe. Então, nós temos, o que CrianÇa P"rioridade_ Nacional", e, ainda, a modi- nem sequer existe mais para os adultos. e que
é pior e que nos _envengonha, uma grande ficação do texto, a redação foi escrita, a pedido, Neste projeto continua existindo a medida
injustiça, porque os menores, os maus filhos e com a colaboração e participação dos emi- de segurai'lÇa e ta_dos nós sabemos que a me-
das boas famílias estarão sempre acompa- nentes Deputados, pelos Drs. Munir Curi, de dida de segu;ança foi excluída do Direfto Penal
nhados dos s_eus advogados. Então, para estes Sªo Paulo, Paulo Afonso Carredo de Paula brasnei!o, ela não mais existe para os adultos.
o Código_e_ o modelo prevêem o procedimento e__ por mim. De modo que eu posso afinnar Esse critérlo de periculosidade também deve
contrad.Jlório. Quanto aos nossos meninos po- qUe nós inserimos, porque nós fomos ver ser afastado, é pena que não se disponha de
bres, os meninos de rua, esSes que não têm quais são os elementos do contraditório, e muito tempo para abordar a matéria. Então,
ninguém por eles senão eles mesmos, esses eles estão colocados ali. Nós náo poC:Iiamos que tutela é essa que equipara os emrolvidos
ficarão ao d~sabrigo de um advogado, de uma permitir - e acho que este foi o propósito em infrações_ penais, sem se importar com
defesa. Como se preconiza -que isto o nobre dp Assembléia Nacional Constituinte - que a graVídaae aa infração? -
e eminente Professor Cavalieri defende - o o Brasil. continuasse consagrando Clm proce- O menino que {urta uma laranja é equipa-
contraditório seria pr-ejudidal, seria muito pre- dimento antijurídico e completàmente divor- rado _àquele que comete um latrocínio. Isso
judicial ao menino, ao jovem, porque ele não ciado dos princípios basilares do Direito~ é a coisa mais afitijurídica." que existe. QUé
deve se aperceber que os adultos entram em Então vejam os procedimentos dos adultos ajuda é _essa que se conforma com a prisão
dissenso a respeito do seu comportamento e dos menores. O procedimento contraditório cautelar do menor, inaplicável para os adultos?
Novembro de 1989 ~· [)IÁRIQ DÇ> CONGRESSO NAGOtfAJ,. (Seção II) Quinia-feira 9 õ767

O Código de Menores mantém a prisão por a iniciativa ififonnal - a presença do adYo· pfocesso do menor infrator... o Código de Me--
simples suspeita. Çlue métpdo de proteção gado é necessária só em grau de recurso - nores, no art 99, §_ 29, quando trata da audiên-
é esse que encarcera menores no sistema pe- se a medida adequada ao caso não estiver cia, se refere expressamente à presença do
nitenciário, em rriedida de segurança deten- prevista em lei, o juiz decide livremente e ---: menor, pai ou responsável, curador de meno-
tiva, inexistente para os adultos? Fazer uma o que é mais sérlo - na aplicação dessa lei res,-vítima e procurador, ou seja, advogado.
rápida critica do modelo tutelar, do modelo o interesse do menor se sobrepõe a qualquer Para mim - diz o Professor Alírio - não é
do Código que se adapta, Senhorés, perfeita- outro bem ou interesse juridicamente tutelado. uma surpresa. As posições que se asswnem
mente ao modelo proposto. Encontrei muito Atenção, por favor, senhores: fica inserido no em nome dos direitos humanos, aos quais
pouca díferença. Apenas a prisão cautelar, que contexto do Poder Judiciário um ônus com os menores têm direitos como humanos, que
não encontrei, e, no mats, tudo foi mantido um superpoder, tendo que se autopolidarpara seria uma posição nova no Brasil, a presença
pelo modelo proposto, em franca contradição aplicá-lo com justiça, equilíbrio e eqüidade. do advogado nessa audiência. Atenção, Se--
com dispositivos constitucionais. Essa afirmação não é minha. Essa afii1Tlação nhores, por gentileza: considero um direito
Modelo tutelar: ele pode ser criticado pelos não é de nenhum inimigo do estatuto. Essa inalienável do menor ter o seu d~fensor nesse
excessivos poderes do Estado? - O Código afirmação é de um dos defensores do Código contraditório, que, por final das contas, o me--
não exige nenhuma fundamentação das deci- de Menores, do Professor Dr. Jorge Uchoa nor está sendo julgado pela Comissão de uma
sões que ordenam apreensão de menores e cie Mendonça, e}Ç-Presidente da Asso dação de infração penal, seu ato estará capitulando enl
seu encaminhamento. Vimos que basta a acu- Juízes de Menores, quando fazia uma confe- lei das Contravenções Penais Ou no Código
sação. Então, é um sistema sübjetivísta. Isso, rência elogiando o c_ódigo de Menores. Penal. Era uma conferência a respeito da apli-
em Direito, não deve acontecer. Não existem cação das regras míninias das Nações Unidas
Então, uma Je"i"êxtravagante, estranha, que
critérios objetivos a limitarem o arbítrio das espana princípios jurídicoS, não é possível que ao sistema judiciário brasileiro. Então, nós ve-
autoridades. Vimos que basta a acusação. A mos que os próprios defensores do código
seja admitida _como uma lei que está dentro
polícia, o comissariado apreende menores, uma hora admite em contraditório em outra
daquilo que preconiza a ciência jurídica e os
encaminham sem observância de qualquer hora dizem que o contraditório não foi inserido
princípios democráticos_ inseridos na Carta
formalidade ou pressuposto. O sistema é auto~ no nosso sistema jurídico. Não temos a menor
Constitucinal de 1989. E isso feito riwit elogio.
ritário. A prisão cautelar, que inexiste para os dúvida de que o contraditório foi inserido.
Não poderemos continuar nesse sistema sub-
adultos e existe no Código, felizmente foi afas- jetivista e_a_Y.toritário, e_ Oestatll.to_ então se pro- Aliás, dado a premência do tempo tínhamos
tada pelo modelo proposto pelos eminentes outros documentos, Sr. Presidente, mas não ·
põe a trazer um novo modelo. Novo modelo vou lê-los em razão do adiantado da hora.
colegas. E as medidas não passam, Como vi- que_ é ifnposto até Por dispositivo cOnstitU-
mos, de sanções disfarçadas. Mas vamos ver Para concluir com relação ao estatuto eu gos-
cional. O art. 227 consolida, na ordem jutidica
uma comparação entre o modelo dos adultos interria do País, os postulados da Declaração taria de dizer que o estatuto não é um estatuto
e o modelo dos menores. Os adultos gozam de punição, ao contrário, nós estabelecemos
UniverSal dos Direitos da Cria:nça, do Pfê-texto no estatuto aquilo que a sociedade civil pediu,
do processo contraditório, os menores se -de- da convenção desses mesmoS" dfreitos, das
fendem, não devem ter o contraditório. A defe- regras mínimas das Nações Unidas para a ad- nós não somos os autores do estatuto.· Os
sa dos adultos é ampla, a defesa dos menores ministração da justiça de menores, que são, autores do estatuto foram milhares de pes-
é restrita. O poder do juiz, no caso dos adultos, sim, Dr. Llbomi Siqueira, aplicáveis aos meno- soas, neste País, desde os meninos de rua,
está jungido a critérios objetivos. O poder do até os meninos institucfonalizados; contribuí~
res no nosso sistema. E gostaria de ler a regra
juiz de menores é amplo e ilimitado. O adulto ram juízes, promotores, técnicos, toda socie-
2 das regras mínimas das Nações Unidas, para
.s6 pode ser preso em flagrante ou por ordem mostrar o equívoco do nobre e eminente co- dade civil clamando por um modelo justo s_em
escrita da autoridade competente. O menor lega: disfarçe que realiza justiça.
é preso - vamos usar a expressão certa - Foi dito pelo Dr. Uborryi Siqueira, que tinha-
independentemente de qualquer forma1ldade mos leis excelentes, teoricamente muito bani-
ou ordem escrita. A prisão preventiva- todos "As regras uniformes, que se enundam ias mas, na· prática, inexeqüíveis. Pois bem,
sabemos-depende de despacho fundamen- a segUir, se aplicarão a menores infratores esta inexeqüibilidade acaba com a aprovação
-tado e do atendimento de critérios_ objetivos. com imparcialidade, sem distinção algu- do estatuto porque se insere no ordenamento
A prisão preventiva - esse internamento pro- ma; por exemplo, de raça, sexo, etc. Para jurídicq brasileiro ~ 13-ção cívil pública em tomo
visório é uma prisão preventiva, objetivamente fim das presentes regras, os estados- dos direitos, em tomo dos direitos difusos e
não há nenhuma diferença. Os senhores vão membros aplicarão definições seguintes: coletivos. A matéria é muito extensa não quero
encontrar nas delegacias de menores as gra- Menor é toda ç_riança ou jovem que, cansar os eminentes_ Membros desta augusta
des, e quiçá as encontrarão também nos nos- de acordo com o sistema jurídico respec· Comi_ss~o mas fui obrigado, talVez a dialogar
sos institutos, eufemistlcamente- denomina- tive, p6dif-réSponder por uma infração um pouco e peço escusas por não ~er talvez
dos "de educação", "de proteção" não se su- de forma diferente do adulto. me aprofundado na questão do estatuto. Mas,
jeita o adulto à prisão cautelar e o menino lnfração é todo comportamento, ação o estatuto está posto, teremos outras discus-
continua sujeito. O que é preCiso? t: preciso ou omisSão penalizado pela lei, de acordo sõe~ e logo ficará bem esclarecido do que
encontrar um modelo justo, sem disfarce, com Com o respectivo sistema jurídico. se tiata de um modelo de proteção integral.
soluções substitutivas da privação da liberda- Menor infrator é todo jovem a quem Muito obrigado. (Palmas)
de, asegurando o processo contraditório, o se tenha imputado o cometimento de
poder discrlc[onário do ju[z, a ampla defesa, üina infração ou que seja considerado-
O SR. PRESIDENTE (António Lu~ Maya)
com os recursos a ela inerentes. culpado pelo cometimento de uma infra-
ção." - - De acordo com o cronograma de trabalho
Gostaria de, ainda, tecer algumas conside- da Comissão, nós teremos uma segunda eta-
rações sobre o modelo, sobre o código. Vejam Então, desde que haja um tratamento dife- pa de debates que será no dia 20 de outubro,
o que é o Código de_ Menores, que é reprodu- renciado quanto à aplicação das medidas, as às 10 horas e 30 minutOs, eu acho qUe aqui
zido, senhores, na sua totalidaQ.e, salvo peque- regras mínimas incidem, sim. E aliás, as regras mesmo nesta sala e participarão da discussão
nas modificações, que nada influi no espírito mínimas, Dr. Ubomi, não são dirigidas aos a Presidente da Funabem, e a Presidente da
do direito penal de menores vigorante no País adultos, mas aos menores sujeitos ao sistema Frente Nacional do Direito da Criança.
sem garantias processuais. O _que é o instru- de administração de justiça. Então, as regras Hoje nós temos ·aqui em plenário o repre-
mento de trabalho de um juiz de menores? mfnirnas recOmendam o contraditório. E sentante dessa Frente Nacional pelos Direitos
Uma lei estranha, extravagante, que aparece quem afirma isso - gostaria de colocar e da Criança e do Adolescente que gostaria de
no cenário jurídico nacional espanando princí- trago algumas provas- é o próprio Dr. Alírio usar a palavra, mas deixou para a próxima
pios, abandonando regras fundamentais, prin- Cavalieri, que numa conferência no Paraná reunião exatamente em funç§:o do tempo, da
cípios fundamentais do direito, fiXando que também disSe- õ seguinte: O contraditório, no ptemênci.il d6 tempo. - -
6768 Quinta-feira 9 DIÁRJO DO CONGRESSQ NACIONAL (Seção ll) Novem[?r() d~ 1~89

Nós queremos comunicar que se acha preM tuto. Ess.e_espfrito novo, qual é? I:: o de passar breza. A polícia prende por perarnbulância,
sente no plenário, além do nobre Senador WilM para o novo paradigma, o que a sociedade, prende por atitude suspeita, prende por estar
son Martins que desde o começo estava, mas órgãos governamentais e não governamen- em lugar onde não devia. A criança_ por estar
já se acham pres_ente também os outros rela- tais, ao longo da c_a_ropanha na Constituinte dormindo n_a rodoviária pode parar na delega-
tores, o Relator-Geral, o nobre Senador Fran- -e ao longo desse amplo movimento social, cia. E neste dossiê que apresentamos a V.
cisco Rollemherg, e o Relator a parte especial, quero aqui dizer aos nobres Juízes que defen- ~ como contnbuição do Movimento Social
o nobre Senador Louremberg Nune_s Rocha. deram a lei antiga, que não se trata 'de nada Brasileiro pelos direitos da criança existe uma
E comunicamos a todos Os presentes que o pessoal, de nada contra os autores_ dessa lei, pesquisa feita na Delegacia de Menores de
prazo de re_cebimento de emendas está aberto os propugnadores dessa lei, é realmente um Brasília que mostra como a lei vigente, o CódiM
até o dia 11 de outubro. compromisso com os destinatários do Brasil go de Menores não protege as nossas Crian-
Iniciamos -o tempo do debate. Podem fazer futuro. Este movimento visa' ao que chama- ças, ao contrário: permite, por suas omissões,
uso da palavra os nobres Srs. Senadores preM -mós "uma nova abolição". Joaquim Nabuco que eJas sejam vítimas dessa carrocinha de
sentes, que o princípio do contraditório já foi dizia. Logo imediatamente depois da aprova- menores.._
colocado já estamos usando a sistemática ção da Lei Áurea, ele fez uma profecia que Em Recife, 85% dOs presidiários passaram
operacional da dialética os assessores tamM se realizou. Dr. Uborni, hoje, falou no resultado pela Febem. No -Rio de Jan~iro existe uma
bém. dessa profe<:ia. Ele disse: "Não se criaram as cela, Srs. Senadores, no Presídio de Agua SanM
condições reais para o acesso à cidadania dos ta, onde todos os 25 ~encarcerados são ex-inM
Concedo a palavra ao nobre professor Deo~ exMescravos, eles e seus__ descendentes cairão temos da Funabern. O sistema é claramente
dato, que representa a Frente Nadonal. -- certamente numa escravidão talvez ainda pior, perversOr. Estamos ~isturando -~s meninos
O SR. DEODATO- Que é uma das entidaM · aesa-avidão da miséria!" Temos hoje um já enraivecidos pelo ódio social, pelo ressenti-
des membros do fórum nacional permanentes monte de crianças e jovens escravizados pela mento que a violência das prisões, das jaulas
de entidades não governamentais em defesa mi~éria. NaO são os eScraVizados pelos juízes, infectas das delegacias, onde são postos pelos
do direito da criança e do adolescente. pela Funabe!TI, são da miséria e_ é _a miséria camburões, e não_ falamos de ouvid_o, andaM
Sr. Presidente, apenas para trazer ao debate que prepara isso. E o que a Ciência descobiiu't mos dentro de um camburão junto com meni-
um esclaredmentci e uma palavra de abertura Que há um sistema perverso do qual ninguém nos, para ver o olhar deles, o que aquele trata-
de saída do debate no aspecto jurídico. Nós é culpado e que está gerando violência, como mento cruel e degradante fazia nos meninos.
participamos desde o começo da campanha dísse o Dr. Amaral. Isso pode ser cientificaM Quando os meninos chegam aos juízes, de~
pelos direitos da criança na Constitüinte, 0 mente e empiricamente comprovado. Esse pois de vãrios dias e alguns vários meses sub_M
Dr. übomi Sicjúeira Se lembra de uma reunião sistema que estamos chamando de "a carro- metidos a esse tratamento pavloviano, eles
no Rio onde estivemos juiltOs. Houve um moM dnha de menores" é um paralelo com a carro:- chegam desestruturados. O que o Juiz julga
vimento realmente nacional, houve uma moM cinha de cachorros que, em 1960, no Rio de não ê mais um menino apanhado na rua; já
bilização nacional- o Senhor mesmo é testeM Janeiro,_ era um sLstema qe profilaxi<J da raiva, é um menino contaminado pelo virus do que
munha no seu Estado- vários Congressistas que ficou provado que difundia hidrofobia na chamamos ódkratividade.
que viram. A sociedade se moveu com esse cidade. E o Rio de Janeiro era o recordista A ódio-atividade é irradiante, -• contamina-
problema que envergonha a Nação como mu11dial de mortes por hidrofobia. Mas co_me- dorã. PreCisamOs parar esse processo. Ó dia
bern disse 0 Dr. Uborio é um problema que tiarnerrostécnicosequandomisturavamcâes em que este estatuto estiver aprovado e que
o Pais precisa resolver para entrar na era da sem a doença com cães já adoecidos e o não for mais possíve~ o proc-esso -perverso da
dignidade. E a visita dos meninos de rua ao vírus se proliferava, porque eles eram reco- carrocinfi'a de me:nores, asseguramos a V. E>rt'
CongressO, à Câmarã dos Deputados no outro lhldos na rua e metidos nos quadriláteros do que a violência urbana, no Brasil, decres_cerá.
dia dramatizou isso. Todos nós defensores do instif.uto veterinário do Rio, que lembrava mui- talvez, até num ritmo de 60, 70%. Por quê?
código, defensores do estatuto, estamos nisso to inclusive nos olhares dos cães, os quadrilá- Porque, em todas as penitenciárias do Brasil,
no mesmo plano, todos queremos que esse teres das Febem de-tOdo OBrasil. N se mistuM estão meninos egressos, em sua grande maioM
problema seja resolvido. Há uma discussão rava o cão-doente, o cão- raivpso com outro. ria, da carrodnha.
técnica, há uma discussão teórica como bem E essa co-ntaininaÇãõ levava à morte, prind- Não se trata de um problenla pOlítico, não
apontou o eminente Dr. Amaral acerca da palmente, de crianças no Rio de Janeiro. se trata de um problema doutrinário, não se
doutrina. Nós, pessoalmente, em todo movi;; - -QuandOse corrigiu esse mecanismO, conM trata de um problema ideológico, trataMse de
menta social particijmrnoS da criação 'do novo _ denado pela OrganizaçãO Mundial de Saúde, um problema social. E a voz da ciência precisa
direito;, estamos convencidos de que há uma a- curva da hidrofobia humana caiu para pratiM ser ouvida, inclusiVe, pelos juristas. É o apelo
nOYa doutrina. dare que a -doutrina da proteM camente a niveis desiguais e está lá até hoje. que o Dr. Juiz de Menores de Olinda faz, em
ção integral impondo uma nova lei, uma lei Nós temos a _certeza ao afirmar que a investi- sua carta, ao Dr. Abílio Cavalieri, que está nesw
de proteção integral. Mas esse assunto ficaria gaçãO empírica confirma que existe hoje no se_ dossiê e que peço a leitura dos _Srs. Sena-
para depois. Queríamos apenas falar do asM Brasil, sem que a vontade _de ninguém cons- dores.
pecto social da questão: esta mudança para- pire contra isso, um sistema perverso de for- Será que nós juristas não ternos que apren~
digmática que ocorrerá com uma lei de proteM mação da ~él!nqüência. Os índices de delin- der com outros? Naquele tempo, quando se
ção integral e da tutela total ou da tutela restrita qüência e os dados sobre o sistema peníten- revisou o Código de 1927, era~POssivel fazer
ao Estado-juiz, como é- no atual Código de _dári_o _no_ 6rasil comprovam. Em Bràsilia, há uma lei, sem nenhuma audiência da socie·
Menores, ela impõe um olhar novo da sacieM dois anos visitando a Penitenciária de Brasilia, dade. Veja como o Dr. Abílio Cavalieri descreve
dade sobre a questão. Nesse olhar novo, entre a Papuda, e havia 80% de presos na faixa a história do atuat Código de Menores.
não apenas os juristas, entram fundamentalM etária de 18 a 25 anos. Desses, Sr. Presidep.te, E1e diz:_ 'íefidO nascido de um projeto do
mente os cientistas de todas as áreas, entram 90% tinham passado pela Delegacia de Meno- Senador Nelson Carneiro, que desengavetou,
pessoas que atuam nos órgãos de atendiM res. E desses que passaram pela Delegacia, no Senado F edera1, um projeto ml!ito antigO,
menta governamentais e não governamentais, Juizado, Colméia, Prisão de Meninos,_ voltam de número 105,.e apresentou como·seu. Não
entram os meios de comunicação, entra toda à rua: Delegacia, Juizado, Colméia, destino: é verdade. O Senador Nelson Carneiro pediu
a cidadania. E, de que se trata? Trata-se de Pélitendária. Esses que passãram pela dele- a feitura do projeto à Assessoria Legislativa.
ver, nessa questão malMresolvida, que vem gacia, a maior parte deles, foi i:onfirmado por Mas era todo inaproveitável, porque defendia
desde o velho código Melo Matos, uma lei uma pesquisa fe_ita na delegacia, entrou por outro p<~radigma, que foi encomendado _a um
que foi feita para um País que .era 20% urbano erro~ Não devia ter entrado, não era um caso grupo de juristas paulistas a redação de um
e 80% rural e que continuou em seu espírito de polícia, era um caso de justiça! Mas corno substitutivo. Depois, a Associação de Juízes
pela doutrina a situação irregular imutável, nuM está a lei? Ela permite- e o Dr. Amaral botou e Curadores i:le Menores decidiu sugerir algu-
ma lei de 1979, há um espírito novo no estaM _ o-dedo na ferida, ela permite a prisão por po- mas emendas, resultando, assim, o atual CódiM
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACJONAL (Seção_l]) Quinta-feira 9 6769

go de Menores. Não gosto dos argumentos a aceleração do proc-esso legislativo para a o Dr. Amaral esqueceu de ler um prinopidbi-os
de autoridade, mas foi e1e, realmente, redigido substituição da Lei n? 6.697;por um Diploma· Jegis, _quando disse que nós não conhecíamos
por juízes, curadores e técnicos, e o gênio legal, adequado à nova ordem constituciona1", o estatuto,õllnãd ·tihharriós.lido o estatuto.
brasileiro permitiu que o CongreSso hão colo- E temos o Fórum DO\. E temos as entidade$, Talvez, qUem não tenha lido o estatuto é o
casse uma vírgula que fosse no trabalho des- governamentais associadas na antiga Comis- Dr. Amaral, porque e~te estatuto reproduz, em
ses especialistas. Naquele tempo, o Congres- são Criança e Constii:Ointe; E te"inos uma am- 60% , o Código de Menores, em 60%, as nor~
so não colocava vírgula nas leis que vinham pla mobilização nac'ional, como foi vista no mas do Código de Menores, principalmente
do Executivo. E- esse código, segundo relata dia, no momento nacional pelo Estatuto dã. aquela quE?" o Dr._ Amaral chamou de Jli.tiinida-
o Deputado Claudino Sales, que foi o relator Criança e AdOleScente. É a sociedade que cla- ção. Está aquj: "Art 120, Medidas Sócio-edu-
da matéria na Comtssão de Justiça, não vem ma: vamos mudar o olhar e o agir!_ Vamos cativas, disposições Gerafs-109. Verificada a
da mão dos Srs. Juízes ao Congresso, ele velo mudar o olhar e o agir, e o Congresso Nacio- prática de ato infraclona1, a autoridade compe-
da mão do Poder Executivo que, naquela épo- nal, esse Cdngresso que foi Constituinte, que tente poderá aplicar ao adolescente as seguin-
ca, era o superpoder <:orno os Srs. Juízes de dotou a Nação do art. 227, que está em conso- tes medidas: ... "Aí vem, advertência tal e tal",
Menores têm superpoder pelo Código. nância, não só com a Declaração dos Direitos aí vem "7• Internação em estabelecimento
Dfz o Deputado Oaud.ino, em seu parecer, da Criança, que tem 30 anos, mas em: Conso- educadona1". E, ao art. 120 diz o seguinte:
de 1979: "Encarecendo e aprofundél'ndo os nância, nesse Estatuto .....;.._é essa adeciuação "A internação constitui rriedida privativa da li-
estudos e considerando a seriedade das altera- -com a futura Convenção Internacional dos berdade, sujeita aos prindpfos de brevidade,
ções propostas por- essa Comissão de Juízes, Direitos da Criançã. Essa Convenção tem for- excepcionalidade e respeito à condição-pecu-
em junho de 1976, foi encaminhado ao Sr. ça de lei_ intemadona1 e foi o modelo para liar de pessoa em desenvolvimento". E, no
Golbery do Couto e Silva, Chefe do Gabinete o Estatuto da Criançfl e do Adolescente. Estã § 29, diz o seguinte: "A medida não comporta.
Civil da Presidência da República, que, de sua lei é uma lei não s6 de alforria das nossas prazo determinado, devendo a sua manuten-
vez, submeteu à apreciação do Sr. Ministro crianças miseráveis, mas de toda a infância ção ser reavaliada, no máximo, a cada seis
Armando Ribeiro Falcão, da Justiça". e
e juventude brasileira contribuirá, n6s não meses". E _o que diz o art. 15 do anterior e
Esse projeto vem do Poder Executivo, foi temos nenhuma dúvida, para a humanização, da atual revisão do Código de Menores? Diz:
tirado do Legislat,ivo, vem do Poder Executivo, para a modernização, para a dignificaçãO des-- A autoridade judiciária poderá a qualquer tem-
a sociedade não foi ouvida. Passa sem uma te País, que está como a "Bela Adormecida" po, de" oficio ou mediante convocação funda-
vírgula. Já, há dez anos atrás, ele era prejudicia1 no bosque, com uma maçã entalada na gar- mentada, dos. pais ou respOnsáveis, da autori·
em vários dos seus aspectos, não em todos, ganta. dade administrativa competente e do Minis-
é dare, e garantimos que, cotejando, e aqui Essa maçã precisa ~e dissolver, e o Estatuto tério Público, cumular ou substituir as medidas
está um traba1ho, uma comparação, um qua- da Criança e do Adolescente o fará, nós temos que tratam esse cipftufo.
dro sinótico entre um código e um estatuto, certeza. As respostaS a todas as críticas que Na hora em que é aplicada a medida de
cotejando os dois documentos, vemos que foram hoje mencionadas estão nesse dossfé internação, "é- apresentada ao juiz, na hora em
estamos diante de um novo paradigma. pelos articulistas--que nós seleclonamos, Dr. que o juiz da entidade executora da medida
Que quer dizer o paradigma? Como ria Re- Curi, pela ca:rta do Juiz de Olinda, pelo texto e etc. Estão aqui os pais, são pessoas de bem,
volução Copemicana, antes, para muitos, era comparativo do Dr. Amaral, e há um artigo querem, realmente, assumir a responsabilida..
a terra o centro do sistema. Quando se passou nosso sobre "A Carrocinha de Menores", que de (Inaudível).
a ver o sol como centro do sistema, mudbu nós pedimos aos Srs. Senadores que leiam. Então, onde há maior intimidação?
o olhar da humanidade sobre a esfera celeste. Nós estamos convencidos de que, âeste deba- Eu desafio, srs. Senadores, que se faça uma
te público, desta ampla discussão nacional, leitura. Talvez, não tenham feito atentamente,
Hoje, é o Estado o Juiz do centro do sistema.
vai surgir um momento novo na nossa história Porque; se fiZerem atentamente a leitura do
Queremos que seja a criança, o adolescente, capítulO, vão ver que 60% _reproduzfpsis Jitten'f!
o centro do sistema e não só o Estado, e e na nossa-soCiedã.de-.
Nós agradecemos ao Senado por essa abe"r- o que tem no Código de Menores_.
o juiz, mas a sociedade, como um todo, seja
tutora das nossas crianças e dos nossos ado- tura ampla aos setores de toda a sociedade,
Até é pior a redação, porque essa sim é
lescentes. E há, Srs. Senadores, para terminar, para participarem do debate e trazerem a sua
intimidativa.
neste dossiê, uma contribuição dos cientistas. contribuição.
É tun primeiro anúncio dessa contribuição. Muito obrig~do. (Palmas) O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
Há duas semanas, realizou-se, em Nova Fri- - Nós gostaríamos' de conceder a palavra,
burgo, um colóquk>~~naciona1 científico, com O SR. PRESIDENTE (AntOnio Luiz Maya) por 3 minutos, para encerrar, porque os Srs.
as melhores cabeças brasileiras, de várias -O debate _continua franco. (Pausa) Senadores ainda não fizerem sequer uma ob-
áreas da ciência: Ciências da Saúde, Ciências Tem a palavra. servação e, talvez, queiram fazer.
da Educação, Psicologia, Ciências Sedais, O SR. ---:-NóS, gostaríamos de esclare- EntãO, tem a palavra, primeiro pela ordem,
Ciências Filosóficas, Análise Crítica Epistemo- cer, eminentes Senadores, que participamos o nobre Juiz.
lógica dos Princípios do Velho Paradigma; e da Convenção que elaborou a Reforma do O SR. ~ Eu gostaria de dizer que,
pessoas de ação social, incorporadas na luta Código de 19. quando nós afirmamos que o estatuto prevê
pelo mesmo direito. Há uma declaração deste Em molnento a1gun1~ nóS-recebemos um um contraditório para o menor, é porque- esse -
congresso, endereçada ao Senado Federal e bom exemplo de, como o Legislativo, qua1- estatuto prevê, inclusive, SrS ..Senadores, a
à Câmara dos Deputados, pedindo a mudança quer ditame, pode dizer: faça ou deixe de fazer acusação do_ menor deSde delegada, onde
desse estatuto legal de 1O anos atrás. isso. ele deverá tomar conhecimento da acusação,
Na verdade, é o de 60 ános atrás. E temos, Em segurido lUgar, trata-se de um código. - ou seja, recebendo o que é próprio para o
também, a declaração de to_dos os presidentes E o código deve ser elaborado pelos juristas. menor (inaudível). Esse estatuto prevê um
de Febens, as autoridades administrativas da Na hora em que se faz um estatuto socia1, contraditório, no qual, obriga o Promotor de
área pública, que estão tratando com essas para as necessidades sociais, é eVidente que Justiça oferecer uma ·denúncia, por escrito,
crianças, declaram, no segundo documento toda a sociedade deve participar. Mas, na hora uma denúncia formal contra o menor. Tanto
cofetivo que está no áoss/é, que- querem a em que se elaboram leis, são ~cnicos. V. Ex-s ê que prevê, no estatutO, a- defesa prévia em
revisão, que querem a revogação do código, não vão se assessorar, de forma nenhuma, três dias, do estatuto penal que está ultrapas-
e acham qlle a Constituição revogou. E temos (inaudível), mesmo do povo. Pode dizer na sado. Porque, pelo nosso Código de Menores,
também, no Encontr_o de Curãdores, Promo- idéia dele. Mas, na hora de traduzir para a seria primeiro o menor e, de forma secundária,
tores de Justiça do Menor, de todo o Brasil, técnica legislativa, tem ser um técnico. a infração.
realizado em São Paulo, a primeira moção Em segundo lugar, nós ficamos felizes com Esse estatuto obrifia o advogado estar pre-
ao Congresso Nacional, que diz: " ...solicitando as palavras do Dr. Amara], em parte, porque sente para defender o menor. O que quer dizer
6770 Quinta-feira 9 DIÁRIO DO-CONGREssO NACIONAL (Seção .Hl Novembro de 1989

isso? Que o menOr Vãi ãPOdrecer nas institui- Então, a existência do contraditório nãt por exemplo, tem advogado público obrigado
ções, a espera de um advogado, porque o obriga, necessariamehte, a que a medida seja a isso. Tenho a impressão de que nessa Advo~
advogado não vai defendê-lo, porque o menor uma medida repressiva. Poderá ser, nias não cacia Geral da Unlão que deve estar sendo,
não tem dínheiro para pagar: Mas, o Promotor obriga que seja. Agora, o que é pior, é o que regulamentada agomj deve-se prever talvez al-
estará como Curador de Menores, presente, está acontecendo no Brasll, em que juízes de guma coisa nesse sentido. Porque, se não for
pelo nosso Código de Menores, para defender menores têm a coragem, Srs. Senadores, de por aí, vejo realmente com muita complexi-
esse menor. dizer que estão defenl=fendo o menor, porque dade a efetivação pr4tica desse direito que
Nós somos contra o contraditório Previsto não querem o contraditório. .Mas têm a cora- será garantido ao meflor. Não vejo como ele
por este estatuto, porque, na realidade, a nossa gem de encaminhar esses meninos para a vai se realizar, na prática. _ .
Constituição não previu esse contraditório, cadeia pública, para a penitenciária, sem o E poderemos, em função da ausência do
qtle diz o seguinte: "garantia de pleno e formal contraditório, sem ampla defesa. Isto é _que advogado, delongar também, o processo e
conhecimento de atribuição_de ato infracional, é lamentável, isto é qu_e nos enverg_onha. termos o mesmo efeito nocivo, de os menores
igualdade na relação processual e defesa téQo _o O SR. PREsiDENTE (Antôruo LUiz Maya) estarem presos, sem que haja estabeJecimen-
nica por profissiopal habilitado, segundo dis- -.:...Pergunto ao nobre ReJator Geral, FranCisco to do contraditório ~ela falta de advogado.
puser a legislação tutelar específica'', Uma Rollemberg, se gostaria de fazer uso da pala- Gostaria de colocar esta questão, para am-
condicionante ao Código de Menores· atual. pliarmos a discussão nesse nível.
vra?
O art. 93 do Código de Menores diz: a atuação
(inaudível) do advogado. O SR. REW\TOR OERAL (Francisco Ro- d SR. REW\TOR GERAL (Francisco R~­
Muito obrigado. ll~mPerg) -Sr. Presidente, para o meu pesar, llemberg) - Perfeitamente. Pediria ao nosso
não pude chegar aqui em tempo. Deixei o Presidente para responder a argüição de V..
O SR. - Apenas, para responder meu Estado às 6 hor~s e 50 minutos da ma~ EX'1- Primeiro, o EstatutO rião exige a presença
rapidamente ao Dr. l:ibomi Siqueira. nhã, mas uma operação~padrão, me deixou do advogado em casos de menores chama-
O SR PRESIDENTE (Antôruo Luiz Maya) em Brasilia às 11 horas e 30 minutos. dos de "menores carentes"._A presença do
---:-V. & tem três miimtoS. - · Não tenho participado, evidentemente, das advogado só é necessária nos casos de _infra-
exposições, e me agúardo para as futuraS ex- çã~ penal.
O SR -~--Lamento, profundamente, posições, para uma melhor análise, porque
que o Dr. Ubomi, tão eniotivo, tenha trazido é inteiramente impossível analisar aquilo que Mas como o EstatutO cria um rriecanisrrio
essas considerações. t: claro que há a medida eu não ouvi e de que não participei. eXttã.citdinârio de delesa e de simplificaçâO de
de advertência, é claro que há a medida de atos judiciaiS e a remisSão, -seQt..ifrido o que
intervenção, mas não há, como acontece rela- O SR. PRESIDENTE (Antôruo Luiz Maya) preconizam as regras mínimas das .Nações
tivamente ao Código de Menores, ao arrepio -Gostaria de passar à palavra ao nobre Rela- Unidas. só teremos a presença do advogado
dos mais fundamentais e simples direitos hu- tor Pardal, Senador Lourei1berg Nunes Rocha. e o procedimento contraditório em processos
manos que é a ampla defesa. Então, num O SR. REW\TOR I>ARCIAL (Louremberg sérios, aqueles casos que _reclamam mesmo
estatuto, jamais um menino que furtou uma Nunes Rocha) - sr:· PreSiâente, parece-me uma decisão judicial e que podem resultar
laranja, ou que furtou uns pássaros, irá apodre- que _as questõ_es que Se colocam têm a emba- nUma restrição à liberdade do adolescente.
cer na penitenciária. E há um fato que foi sá~Jãs uma única pre6cupação. Acreiüto que O Estatuto também distingue criança de
constatado, lamentavelmente, há aJgum tem- tantõ os defensores d6_ Código como aqueles adÕlescente, as crianças, isto é, que têm me-
po, no meu Estado, onde uns meninos, dentro que defendem o Estatuto estão preocupados nos de 12 anos, não entram no sistema de
dessa lei tutelar, estavam apodrecendo numa com o bem-estar da criança e com o futuro infração penal, são tratadas como situação de
penitenciária, POrque tinham furtado três pás- delas. risco. Então, nãp há uma acusação, não há
- saras. Com relação ao contraditório, em que os um contraditório.
defensores do EStãtuto colocam a necessi- Quanto aos infrat6nfs adolescentes, aqueles
Então, o que acontece é-Que nós criamos casos de infrações simples, pequenos furtos,
um modelo sério, onde existe ampla defesa, dade do adVogado, sabemos que na prática
a viabiliaaae prática disto é muito complicada. furtos de sobrevivência, que são a generali-
onde existe contraditório e também sabemos dade dos casos, esses no primeiro cantata -
que a sociedade não aceita e não pode aceitar Pergui'ltãria aos defensores do Estatuto se
quando colocam aí o advogado, imagino aí, com a autoridade do Estado, eles jamais fica-
que esse sistema, dito tutelar, que é um siste- rão detidos, presos CQmo consta do modelo
ma do direito penaJ de menores, sem garantias o Defensor Público, Imagino aí o advogado
da Advacacia._Ger_aJ .da União. Admitem aí al~ proposto pelo SenadOr Nelson Carneiro, co-
processuais. Há um internamento, mas não mo consta do atual Código. Porque a autori-
para todos os casos, como existe no Código guma outra follTla que exclua o advogado dvil,
simplesmente. dade policial tem o de~r, sob pena de respon-
de Menores, porque, pelo Código de Menores, der por crime de abuso de autoridade, de ela
é o juiz, qu~. se fOr excessivamente paterna- .Porque me parece que será colocada uma mesma providenciar irilediatamente a libera-
lista, vai determinar a liberação imediata do coisa e que não terá, na prática, sentido. Por- ção do menino e o encaminhamento_ a sua
autor do latrocínio, enquanto que vai deter- que não sei como o menor carente pobre, família.
minar a prisão, na caçieia pública, do menino miserável terá meio_s de ter um advogado. Não E se o fato for uma infração penal consta-
que furtou os pássaros. sei que advogado será esse, a não ser que tada, a autoridade policial tem o dever de enca-
Entao;-diante do nosso slstema, do estatuto, o Estado providencie esse advogado. minhar Q menino- para a família e notificá-ia
existem critérios objetivos, capazes de conter Então, acredito que esia. é uma parte funda~ de_que deve apresentá-lo ao Promotor de Jus--
esse arbítrio do Estado. mental até para dar sentido à presença desse tiça ou a_o Juiz_ ~ ao Promotor sendo essa
E, também, relativamente às observações advogado, como está posta, pelo defensor do autoridade também competente, e não há ne-
do nobre colega, Dr. Nívio, é preciso deixar Estatuto. nhuma inconstitucionalidade nisso- porque
bem claro que o processo _nada tem a ver Então, entendo que se tem é que clarear o ato do Ministério Público que conceder a_
como medida. E os nobres colegas estão con- isso, porque, na verdade, não vejo como advo- remissão será revisto pelo Juiz.
fundindo as coisas. gados particulares ~tarão pelos chamados Então, nesse primeiro contato com o meni-
Agora, tomo a liberdade de dizer Jsso. Por- "m~_ojnos miseráveis' para estarem numa De- no, e se ele fez um pequeno furto, o Promotor
que o processo é forr:na, é o me,io de chegar legacia, prepararem tlefesa, acompanharem vai sugerir que ele seja, ou advertido, ou que
a um determinado fim. O que o processo tem audiêilcias, o que é um processo demorado. ele aceite um regime de liberdade vigiada.
a ver com a medida? O processo não tem Parece-me, então, que- deve haver na idéia dos Então não se instaur.ará nenhum processo
nada a ver com a medida. O processo é meio formuladores do Estatuto um sentido mais solicitado, não haverà nenhuma demora. E
de garantir qualquer pessoa sujeita à aplicação amplo do advogado que deve atuar aJ, na Cu~ a
o Estatuto resguarda dignidade e o direito
de uma medida de se defender. radoria de Menores, O EstadO de São Paulo, à liberdade do jovem, na medida em que esta-
Novembro de 1989 DIÁRIO Dd CONGRESSO. NACIONAL (Seç_ão 11) Quinta-feira 9 67Ti
belece prazos exiguos nos casos de interna~ O SR. UBORNI SIQQEIRA - O Código, O SR. ANTÓNIO FERNANDO DO N'lAAI\l.
menta, que seriam os casos de prisão. meu eminente Senador, ele diz respeito, juridi- E SILVA- O Direito do Menor insiste em
Agora, esses casos· de internamento não camente entendemos o menor, ·como expus, que nada tem com o Direito Penal. Lamenta-
ocorrem em qualquer', hipótese, como ocorre aquele que não recebeu o atendimento Qe velmente, o Direito do Menor entra pela porta
atua1mente no Códígd. Só naqueles casos de_ suas necessidades básicas prioritárias. Ele não da frente e o Direito_ Penal pela porta dos fun-
crimes graves, cometidos com grave ameaça recebeu educação, não recebeu saúd~, está dos.
ou violência à pessoa, exigindo-se a formali- desagreQadO de sua família- etc. Eiltão, este
zação de um ato de apreensão em flagrante já é- em termo conCeituafjurldiçamente menor: O Direito do Menor está_repleto, como havia
e com o dever imediato do Delegado de Il_be- Se mudarmos o termo "menor" para "crian- díto, de mitos e e_ufemisrnos._ Um desses é
rar, se por acaso não houver necessidade de ça", daqui a pouco estaremos também pejo- dizer que os nossos__meninos não cometem
custódia provisória. raitdo a criança. Então, é preciso que se separe infraç_ões penais, mas aplicam-se medidas
Assim como existem elementos que garan- bem isto, qué já está aceito pela nossa sode- que são penas disfarçadas, exatamente iguais,
tem a liberdade juridi~á' dos acusados adultos, dade jurldtca. sem nenhuma diferença, e o que é pior, sem
elementos subjetivos e Pbjetivos para a prisão o devido processo legal.
preventiva, eles permanecem no EstatUto, ga- O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
Na elaboração do Estatuto, apenas cumpri
rantindo-se que nenhw'n jovem, nenhum ado- o papel de um dos redatores, No entanto, ad-
-Agra·d_eç'? a V. EX'
lescente fique detido mais ou fique preso. En-- vogo que chegoU a hora de aceitarmos um
tão, há necessidade,' da obser:vãncia desses
-O SR. WI.LSON MARTINS_- Fa_ria a segun- grande desafio, que é afastar completamente
cuidados. O advogadb só atuará em casos da pergunta ao ilustre Juiz de Menores do o Direito do Menor do Direito Penal. M--'" s_im,
muito extremos, pot7que 90% dos casos serão
Distrito Féderal, Dr. I'~Ivio Ger~Q_Q__Q:o_nçal_yes. terfamos condiçÕes de dizer que essa legisla-
-O projeto fala em maiqridade sem especi- ção é calcada num dir'eito_ autônÔmb.. Porque
resolvidos através da remissão.
ficar se é civil ou penal, eXceto no § 29 do. temos, a cada passo, institutos do Direitb Pe_- _
O SR. PRESIDE~E (Antônio Luiz Maya) arl 19, que se refere expressamente à maiori- nal. O que difere, no caso do Direito do Menor
-Perguntaria ao nObre Senadoc Wdson Mar- dade penal. agora -, que advogamos crianças e adoles·
tins se gostaria de fazer alguma obseNaçáo? Como no art. 70, qUe veda a apresentação centes - reside justamente na diferença não
em rádio e televisão de espetáculos proibidos da prática do ato, porque matar tanto faz. Ma-
O SR. WILSON MARTINS - Oosta_ria, sim, para menores em horários fixados, de acordo tar-se o autor do homicídio, ser l.l!Jl adulto
Sr. Prélidente. Gostaria de dizer a V. ~ e com a faixa etária. ou um menor, o fato_ é o rbesmo, mas a djfe·
aos ilustres Senadores presentes e aos dignos rença está justamente na- conseqüência, a dife-
jtúzes e professores que usaram da pala,vra, No entanto, os arts. 72, 73 e 7 4 proíbem rença está nas medidas. A diança, o adoles-
que a matéria se revela extremamente rica, entrada de menores, respectivamente, ·em ca- centes, porque o Código, no noss_o _estatuto
e que teremos, sem dóvida, condições de che-
garmos ao final e podermos realizar um traba-
sa de jo'go, em bailes públicos, mateis pen- e ele distingue criança de adolescen~e. ~as nós
sões, desacompanhados dos pais ou respon- estamos nesse que não distingue, então a dis-
lho proveitoso. sáveis, sem especificar a idade. tinção vem da aplicaç:iio da medida.
Quando da'polêmica desta primeira reunião Pergunta: conSldefando que a ffiaioridade Agora, o qq.e nós achamos importante é
pudermos retirar todos os argumentos em fa- civil (21 anos1 a penal (18 anos) e a eleitoral que essas medidas não possam e não devam
vor, seja do Estatuto, seja do Código ou do (16 anos), não seria conveniente' especificar ·ser aplicadas sem que se reconheçam ao Jo-
modelo que_ o Código-deseja se revestir na a idade, como faz o CódigO e;m vi!;ror, por vens acusados de infrações penais, que são
sua renovação, haveremos de ter, sem dúvida, motivo de clareza? fatos graves, sérios, e a sociedade quer uma
um código à a1tura de que desejam todos que resposta, e é necessário existirem limites. Nós
assistem a esta reunião e da sociedade bra- O SR NÍVJO GERALDO GONÇALVES-
Nobre Senador, ao elaborar essa revisão do_ achamos que em certas dtcunstânç:ias h_á
sileira. Uma necessidade de_contenção, de defesa sQ..
Código de Menores, a maioria deqdiu que
Gostaria também de formular algumas per· deveria colocar a maioridade para evitar justa- ·ctal, mas não corno _tern sido__aplicado até ago-
guntas suscitadas pelo ·estudo do Código de mente que esse Código perca a sua atuali- ra.
Menores e o modelo que se lhe des_eja subs- dade. Tqda vez que a lei dirriinui a responsa-
tituir. De modo que é muito difícil nós pensarmos·
bilidade criminal, etc., teria repercussão nesse nesse instante, diante da realidade brasileira,
Artigo }9, faria esta' pergunta primeira ao Código. Entretanto, eu gostaria de dizer a V.
ilustre Juiz de Menorlifs do Rio de Janeiro, Dr. em uma expressão que- possa substituir a de
Ex'! que eu, particularmente, acreditO ser ne- infração pena1. Porque o Direito Penal deve
Ubomi Siqueira. cessádQ especificar nesse projeto essas ida-
O art. 19 do Código .de Menores em vigor ser usado no Direito do Menor no que tange
des. Porque, como está, trata-se do menor às garantias, porque DireítO Penal é direito de'
é muito claro. Este có~go, diz o arl 1'?: de 21 anos de idade. garantir também.
"Dispõe sobre a assistência, proteção OSR. WILSON MARTINS -Muito obrigado
e vigilância a menores: 1} atê 18 anos aV.EX 1
·
Então, é para evitar que; comO- â.'C:õntece
de idade que' se encontram em situação Eu perguntaria ao nODrE!<professor, titular atua1mente com o Código de Menores, por
irregular; 2) entre 18 e21-arlo5, nos casos da cadeira de Direito do Menor, da Univer- um fato penalmente Irrelevante haja a aplica-
expre$SOS em lei. sidade de Blumenau, Dr. Antônio Fernando ção de uma medida restritiva de liberdade.'
Parágrafo único. As medidas de caráter O fato de desvio de conduta, que revela
do Amaral e Silva.
preventivo aplicam-se a todo o menor de ~a grave inadaptação familiar ou comuni-
O art. 29 do projeto, item VI, considera em
18 anos, independentemente de sua si- situação irregu1ar o menor a quem se 'atribua tária, ê uma coisa que não chega às vezes
tuaçãO."
ato tnfradonal. Nessa expressão se_rnantêm a nem ser paradelinqüêncial, mais que resulta
Já o art 19 do projeto em debate define todo o texto do projeto, embora conste· do na mesma medida, exatamente igual pela ptá-
tica de um fato defmido cornO infração penal.
o menor como toda. criança ou adolescente art. 227, § 4_9, da Constitu'iç~ô Federal, trata--Se
Um adulto, por exemplo, jamais perderia a
que não tenha, atingido a maioridade e que de um neologismo ql.ie não se justifica. Mes-
sua liberdàde ou haveria uma intervenção do
se encontra em situação irregular ou nos ca- mo sendo inirripufáVel - e nessa- condição
sos expressos'em lei; E:o § 19 desse artigo Estado por, um desvio de conduta que revele
que seja p'rotegido pela legislação =--se o me-· uma grave inadaptação familiar ou comuni-
define o que se entende por situação irregu1ar. nor pratica um crime ele comete uma infração
tária, mas os nossos meninos eStão sujeitos
Perguntamos: Não! se~ia conveniente evitar penal. No CódigO de Menores em vigor fala
a definição desses termos, para que eles não a isso.
expressamente na hipótese da infração penal.
adquiram uma conotação pejorativa que al- Perguntamos a opinião de V. EX'- Sobre essa O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
guns já lhes querem atribuir? particularidade. - Muito obrigado a V. EX _
6772 Quinta-feira 9_ DIÁRIO DO CONGJ!ESSO ~OONAL (Ses:_ãg_II) ·- -·-- Ngv_e!Tlbro d~ 19~

0-SR.-WILSÜN fv\A.TINS -Sr. PreSidente, Então, é preciso que se abra a porta desse O SR. NMÓ GERALDO GONÇALVES -
pediria ainda a atenção do Dr. Ubome Siquei- suDstituto, facilitandO esta adoção ou esta
)ar_ Sr. Senador, não sei se era possível, só para
~a, quero fazer proposições sobre _o Código guarda ' · complementar.
do Menor em vigor e sobre o projeto que se
()SR WILSON MARTINS - Pergun,;,;;,os, OSR. WILSON MARTINS-Poisnão, ténho
baseia nele, não s_obre o Estatuto. o prazer em o~-!0. ·
O Código de Menores em vigor limita a ida· airfda, se a maiOria dos adotantes no caso
de para a adoção até 7 anos, exc.eto nos casos de _criariÇas maiores de sete anos são brasi~ O_SR Nfv!O GERALDO GÓNÇALVÉS -
em-que completar essa idade a criança já este- leifi?S_C?U estrangei~os?. GoStan"à de complementar dizendo Que a atual
ja sobre a guarda dos adotantes, e· exige que O SR UBORNI SIQUEIRA -A atual revisão revisão do Código de Menores não limita a
os ·adotantes tenham mais de 5 anos de casa~ do Código prescreveu claramente o problema Idade, porque no nossO entendimento, no en-
dos, tempo' esse reduzido para 3 anos no pro- da criança a dotada por estrangeiros residentes tendimento dos elaboradores..diante da Cons-
jeto, e que um dos cônjuges tenha mais de fora do País e aqueles que residam no País. tituição Federal, principalmente o art 23.6 e
30 anos, idade essa reduzida para 25 anos Os que residam no País evidentemente têm seguintes, hoje só passará a existir um tipo
no projeto. Entretanto, não se impõeffi Tiinlte os mesmos direitos que os brasileiros e os de adoção. Todas as adoç:ões a partir desta
de idade para o adotando no projeto em exa- que residem fora do País há uma série de ConstitUição atual serão-feitas-atravéS dÕ Po-
. me, facultando-se, pois, a adoção da criança normas que nós também já prescrevemos der Judiciário, mesmo _dos maiores. as· maio-
e do adolescente de O a 21 anos incompletos. aqui no Código, porque o código atual apenas res. o competente, no nOsso entendimento,
É certo que o projeto estabelece a condição no artigo 20, ele fala sobre a adoção por es- será a Vara de Família, e os menores, em
de que entre adotante e adotando haja urna trangeiros, deixando a critério do Juiz baixar situação irregular o Jui'Zado de MenoreS.
diferença de idade de 16 anos. Assim, uma um provimento ou uma portaria e etc., regu]a- .Mas todas as adoções hoje no Brasil serão
pessoa de 28 anos, por exemplo, pode adotar mentando o assunto. assistidas pelo Poder P(lbllco, que nada mais
um adolescentes de 12, ou seja, pessoas relati- Hoje, a nossa atual revisão regulamenta in- é do que o Poder Jurisdicional.
vamente jovens podem adotar adolescentes. tegralmente essa adoção, não só pelos nacio- O SR. WILSON MAATINS - Por último,
Considerando que a adoção será tanto mais nais como por estrangeiros. gostaria de fazer urna observação, especial-
bem sucedida quanto menor for a idade do mente endereçada ao ilustre professor da Uni-
adotando, e que a regra geral ao nosso ver O SR. WILSON MARTINS - Ha denúncia
de que crianças brasileiras são contrabandia- versidade de Blumenau, Dr. Antônio Fernando
é a procura de crian~a da mais tenra idade do Amaral e Silva, cõm relação ao Projeto
para adoção, perguntamos: primeiro, há pro- das para o exterior, para fins de experiências
genéticas e transplantes de órgãos. V. Ex' acha de Lei do Senado n~ 193, que é o chamado
cura de criança de idade superior a 7 anos Estatuto da Criança e d6 Ad.olesc.ente.
e de adolescentes para adoção; de tal modo que existe fundamento nessas denúncias?
O projeto de Lei a que me refiro determina
que se justifique a explosão do limite de idade O SR. UBORNJ SfQUEIRA- Evidente, que no art. 41, que o adotando deve contar com
para a adoção, 7 anos previsto no código de nós como juízes só poderemos admitir algu- máximo de 18 anos à data do pedido, salvo
menor em vigor? ma co[sa mediante a prova material ou formal, se já estivesse sobre a guarda ou tutela dos
e nós não temos nenhuma prova nesse sen- adotantes anteriormente àquela data. Além
O SR. UBORNI S1QUEIRA- Posso respon- tido. disso, o mesmo projeto no art. 43, estabelece
der? O que há é o segUinte, são indagações. Por que podem adotar os maiores .de 21 anos.
quê? Porque àquele ca"sal por esterilidade ou independentemente do estado civil.
O SR WILSON MARTINS - Pode, por fa- qualquer outrQ motivo que não tenha filho e
vor. Perguntaria se não há aí uma contradição,
que deseja adotar, evidente que ele vai esl:o- um conflito, ou se a lei trata de situações dife-
O SR UBORNI SIG.UEIRA - A diferenço, lher a criança. Ele quer aquele tipo de criança, rentes.
meu nobre Senador, é a seguinte: é que, como· que se assemelha corri o casal, ele muda do
disse, nós temos vários países dentro de um bairro ele muda da cidade do estado etc., para O SR. ANTÓNIO FERNANDO DO AMARAL
só País, uma realidade do Piauí não é a mesma que nem em sonho apareça a mãe futura ou E SILVA- São de situações diferentes, evi-
do Rfo de Janeiro e V. Exi' sabe muito bem. se -aparecer para que possa retirar essa crian- dentemente que pode acontecer que alguém
tenha estado sobre a guarda da pessoa e não
O grande número hoje que nós recebemos ça.
de casais que estão com crianças há longos Então, vejam bem, na hora que este estran- tenha completado essa idade, e são situações
geiro chega ao Brasll e deseja a dotar, não bem diferentes.
anos sem qualquer providência judicial, por-
interessa que ele seja branco, amarelo ou ne- V. Ex' fez referência ao art 43, não é isso?
que o brasileiro ainda não se acostumou a
regularizar os seus direitos, a procurar a Justi- gro, que ele tenha difidência mental, que ele O Sr. Wilson Martins - Sim.
ça, haja vista as separações, separam de fato, seja paralítico. Entáo, há alguma coisa atrás Podem adotar os maiores de 21 anos, inde-
etc., e s6 mais tarde é que vão regularizá-las. disso, ou, uma relevante espiritualidade ou en- pendentemente dQ estado dv.ll, e a antinomia
Então, isSo vem criando uma Série de dificul: tão algum oUtro processo que ainda não se estaria no art 41.
dades no procedimento da adoção, daí po~que apurou. E is_so que nós temos que ter cuidado.
o Código preferiu não mais limitar, mesmo De outro lado, gostaria de salientar a V. Ex" O SR ANTÓNIO FERNANDO DO AMARAl
porque às vezes está naquele limite de 8 anos que hoje, precisamente hoje, no juizado do E SILVA ~Ad.otaildõ, deve COntar no máXImo
e não pode fazer uma adoção plena, às vezes Rio de Janeiro nós temos 687 cas.ais elegíveis, 1a anos a data do pedido, salvo se já estivesSe
está no limite de 12 anos não pode fazer uma estudados e querendo adotar criança, e nós sob a guarda ou tutela do adotante.
adoção plena, quando o casal deseja aquela não temos crianças. Também fizemos uma Podem adotar os matares de 21 anos e nada
criança como filho na sua plenitude. caropanha através da Rede Globo de T eJevisão impede que ·uma pessOã." de ffia"ior idãde adote
Então, seguindo ainda as determinanteS do para a guarda ·de crianças, porque somente uma outra que tenha no máximo 18 anos.
princípio constltudonal, que acabou com as hoJe na FEEJv\ do Rio de Janeíro temos 18 É o linu"te máximo para adoção de menoreS.-·.. -
designações descriminatórias, nós elimina- mil crianças carentes internadas, 18 mil só
mos também os tipos ·de adoção simples, ple- no Rlo de Janeiro. E os casais que pretendem O SR. WILSON MARTINS -Muito obctgã\io.
na, peJo Código Gvil, etc., para um tipo só adOtar querem no mláximo até um ano de a V. Ele..•
de adoção, sem limitação das idades, facili- idade. Passando de um ano de idade já se Sr. Presidente, estou satisfeito.
tando amplamente Isso. Porque o grande ob- toma difícil a adoção. O SR. PRESJDENTE (Antônio Luiz Maya)
jetivo em razão do grande número que nós Então, há a n"etessidade de se fazer a guarda - Cons~amos a relevância e a importância
temos hoje de crianças carentes, crianças e com ela .uma pOnte para adoção, o que da matéria discutida e vimos que os princípios
abandonadas, é que elas tenham um lar subs- tem. sido, feito com Qrande êxito no. Rio de lógicos atribuJdos aqui são aplicados, a contra-
!ituto. Janeiro; . ditoriedade que imp6ca em qualidade e quan-
.Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAÇIO!'JAL (Seção II) Quinta-feira 9 Õ/73

tidáde e· a contra'riedade._ Temos aqui uma de Menores e estamos com a pauta para a também ao representante· da Frente Nacional
carta Sobre a mesa· com observações centrá~ próxima semana. Pelos Direitos d!J Criança e do Açlolesc;en_te
rias e não contraditórias com referência exata- Agradecemos ao Dr. Ll.bomi Siqueira Juiz que é o Professor DeotadoRivera, não só pela
mente ao Projeto de Lei. de Direito do Rio de Janeiro, ao Dr. Nívio Ge- sua participação como também pelo encami-
raldo Gonçalves, Juiz de Menores do Distrito nhamento desse- dosSiê que vai nos _ajudar
Isso tudo evidencia a importância desse de- _ muito na discussão -do problema.
-Federal e ao Prefessor Titular da Cadeira de
bate.
Direito do Menor da Universidade de Blume-
Queremos agradecer a particiPação dos nau, juiz de menores também daquela cidade, Nada mais_ havendo a tratar-encerramos a
ilustres palestristas de hoje em noroe da Presi- Dr. Antônio Femando do Amaral e Silva. Que- presente reunião -ãgradec_endo a todos.
dência da Cdrnissã._o Tem porária do Código remos estender os nossos agradecimentos · Está encerrada a reuniãO.
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL
SEÇÃO 11
ANO XUV- ~ 156 SEXTA·FE~,_lO DE ~OVEM8RO DE.1989 BRASfLIA-

CONGRESSO NACIONAL
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição,
e eu, Nelson Carneiro, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte
DECRETO LEGISLATNO N9 68, DE 1989
Aprova o texto do Acordo de Cooperação Técnica celebrado enúe o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da República do Paraguai, em 27 de outubro
de 1987. · -

Art. 1' É aprovado o texto do Acordo de Cooperação Técnica entre o Governõ da República
Federativa do Brasil e o Governo da República do Paraguai, celebrado em Assunção, em 27 de outubro
de 1987.
Art 2 9 Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atas que possam resultar
em revisão do referido Acordo, bem como _quaisquer ajustes complementares ao mesmo.
Art 3' Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 9 de novembro de 1989.- Senador Nelson Carneiro, Presidente.

ACORDO DE COOPERAçAO. TÉCNICA ARTIGO I ARTIGO III


ENTRE O GOVERNO DA As- Partés ·çontratáiites promoverão, de O estabelecimento de programas, prcijetos
REPÚBLICA FDERATIVA DO BRASIL acordo com suas respectivas leis e regula- e outras formas de cooperação no âmbito do
E O GOVERNO DA mentos, e sob a égide do presente_ Acordo, presente Acordo, e os pormenores deles resul-
REPÚBLICA DO PARAGUAI a cooperação técnica entre dois países. tantes, Serão~definidos por Ajustes Comple-
mentares a serem concluídos entre as Partes
ARTIGO II Contratantes_ e que entrarão em vigor por via
O Governo da RepúbUca·Federativa doBra- A coopera-ção a que se refere o presente diplomática.
sil Acordo incluirá: ARTIGO IV
e a) o intercâmbio de informação;
O Governo da República do Paraguai b) a disponibiUdade de pessoal técnico pa- As Partes Coritratantes, em conformidade
(doravante denominados "Partes Contra- ra transferir conhecimento e experiência téc- com suas legislações, poderão promover a
tantes""), nica; participação de organizações e instituições pri-
Com-base nas relações amistosas existentes c) o intercâJ:n.biq de pessoal técnico para vadas de_ seus respectivos países na imple-
entre os dois países, estudo, observação, pesquisa e treinamento mentação d.e programas, projetes e outras ati-
Tendo em vista o interesse comum pelo no campo técnico; __ vidades de coopefação previstas nos Ajustes
progresso do desenvolvimento técnico relativo d) a implementação conjWlta ou coorde- Complementares r&feridos no Artigo mdo pre-
ao aprimoramento da qualidade de_ vida de nada de programas, projetes e atividades nos sente Acordo.
seus povos, e ___ _ territ6rios de uma ou de ambas as Partes Con-
tratantes, e ARTIGO V
À luz de séus objetivos coml!_ns de desenvol·_
vimento social e econômlco, e de acordo com e) outras formas de cooperação técnica 1. As Partes Contratantes, quando consi-
os princípios de igualdade e beneficio mútuo, · que puderem ser mutuamente acordadas pe- derarem conveniente, e por aprovação de am-
Acordam o seguinte: las Partes Contratantes. bas, poderão convidar organizações e institui-
6776 Sexta-feira !'O DIÁRLO DO CONGREsSO NACIONAL (Seção H) Novembro de 1989

EXPEDIENTE
CENnO GIIAACO DO SENADO FEDEIIAL
PASSOS PORTO llfA..a DO CONGRESSO NACIONAL
Diretor-Geral do Senado Fede,..l Impresso sob • responubdid.1de d,a Mesa do Senoldo Federal
. AGACIEL DA SILVA MAIA
Diretor Executivo
CESAR AUGUSTO JOS~ DE SOUZA ASSINATURAS
· Diretor Administrativo
LUIZ CARLOS DE BASTOS Semestral .... ~ ...• ,--~----------···--·-· ·-··---·--·---.,----· 1:10$ 17,04
Diretor Industrial
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exemplar Avulso ......... ,_____.. ~·~--~----- NO$ 0,11
Diretor Adjunto
Tiragem: 2.200-exemplares.

ções de ter<: eiras países ou organizações inter.: impostos de lJ..:}ture.u! similar, que incidam so- 2. Sempre que se_ considerar adequado,
nacionais a participarem de programas, proje- bre seus bens pessoais e domésticos, desde grupos de estudos sobre qualquer área espe-
. tos e outras atividades de cooperação decor- que estes sejam importados nos seis p-iimeiros cífica de interesse poderão ser nomeados por
rentes deste Acordo. _ryieseS de Süa Primeira chegada ao país recep- acordo mútuo das Partes Contratantes.
2. As Partes Contratantes convirão quanto tor, e desde que o período de sua resii:lênda
ao modo e à extensão da participação dessas exceda um ano. Tal isenção não se aplicará ARTlGO IX
organizações e instituições. aos veículos motorizados.
ARTIGO VI 3. · Isentará de todos os impostos aduanei- 1. Cada Parte Contratante notificará a ou-
I. As despesas decorrentes do envio de ros, e de outros impostos de natureza similar, tra do cumprimento dos requisitos exigidos_
pessoal técnico, equipamentos e materiais de as importações e as exportações, de um país por sua legislação pertinente para a aprovação
uma Parte Contrãtante Para a outra, dentro para outro, de- equipamentos e de materiais deste Acordo, o qual entrará em vigor na data
das finalidades do presente Acordo, serão co- necessários à implementação deste Acordo da segunda notificação. O presente Acordo_
bertas pela Parte remetente. e de seus Ajustes Complemeritares, sob condi- permanecerá em vigor por um período inidal
2. As despesas a serêm-cobertas pela Par- ção de sua reexportação à Parte remetente de cinco anos e será automaticamente reno-
te receptora, relativamente ao pessoal técnico ou do término da vida útil de tais equipamen- vado por períodos sucessivos de cinco anos,
compreenderao gastos de manutenção, des- tos e materiais, ou transferência dos mesmos a menos que uma das Partes Contratantes
pesas médicas e de tt:anporte local, a menos à Parte receptora, de acordo com as leis ~ notifique a outra, por e-sCrito, com doze :ineses
que decidid9 diferentemente nos Ajustes regulamentos desta última. de antecedência, de sua decisão de dá-lo por
Complementares concluídos em decorrência ARTIGO VIU teirninã.do.
do Artigo III deste Acordo. 2. O têrmino dó presente Acordo nao afe--
1. Com o objetivo de promover a imple- tará a realização de programas, projetes ou
ARTIGO VII mentaç-ão e de acompanhar o desenvolvimen- atividades empreendidas sob a égide deste
Cada Parte Contratante: to do presente Acordo e de seus Ajustes Com- Acordo ou de seus Ajustes Col"!'lplernentares,
1. Facilitará a eritiada e a saída de seu_ - piementares, uma Comissão Mista reunir-se-á e que não tenham sido inteiramente concluí-
território, em conformidade com suas leis e alternadamente no Brasil e no Paragauai, a dos.
regulamentos, de pessoal técnico e de mem- cada dois anos, ou quando necessário. A Co- feito em Assünção, aos 27 dias do mês
bros de sua famma imediata, bem como dos missão Mista será composta de membros bra- de outubro de 1987, em dois exemplares origi-
equipamentos utiliZados em projetas e progra- sileiros e paraguaios, os quais serão nomea- nais, nos idiomas português e espanhol, sendo
mas sob a égide do presente Acordo e de do~ por seus respectivos Governos para cada ambos os textos igualmente autênticos. - Pe-
seus Ajustes Complementares. reunião. O setor privado também poderá, me- lo Governo da República Federativa do Brasil:
2. Isentará o pessoal técnico da outra Parte diaflfe aprovaçãO" dãs·Partes Contratantes, es- _ Roberto de Abreu Sodré. PeJo Governo da Re-
de impostos aduaneiros, bem como de outros tar representado na Comissão Mista. pública do Paraguai: Carlos Augusto Saldivar.

SENADO FEDERAL
Faço saber que o Senado Fe_deral aprovou, nos termos do art. 52, inciso V, da Constituição, e
eu, Nelson Carneiro, Presjdente, promulgo a seguinte
RESOLUÇÃO N• 68, DE 1989
Autoriza o Governo do Estado do Piauí a contratar operação de crédito externo no
valor de as$ 30,000,000.00 (trinta milhões de dólares americanos), através do Convênio de
Pagamento Reciproco f3rasi1/Argentína.
Art. 1' É o Governo do Estado do Piauí, nos termos do art 52,, inciso V, da Constituição Federal,
autorizado a contratar operação de crédito externo no valor de US$ 30,000,000.00 (trinta milhões de dólares
americanos) junto a organismos fif)anceiros argentinos, através do Acordo de Pagamentos Recíprocos Brasil/Ar-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Sexia-feira 1O ~ 6777

gentina, destinado a financial- a c;onstruçáo e equipagem de um pronto-socorro na .Capital e cinco unidades


mistas de saúde no interior daquele Estado.
Art 2• Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art 3• Revogam-se as disposições em contrário.
Senado Federal, g de novembro de 1989. -Senador Nelson Carneiro, Presidente.

Faço saber ·que o Senado Federal aprovou, nos termos do ·art. 52, inciso IX, da Constituição, e
-eu, Nelson Carneiro, Presidente, promulgo a seguinte

RESOLUÇÃO N• 69, DE 1989


Autoriza o Governo do Estado do Ceará a emitir Letras Financeiras do Tesouro do
Estado do Ceará (LFTE-CE), em montante equivalente ao valor das 2.839.813 Obrigações
do Tesouro do Estado do Ceará ...c: OTCE que serão substítuídas e extintas.
Art 1' É o Governo do Estado do Ceará autorizado, com base né:Js arts. 3• e 4' da Resolução
n• 62, de 28 de outubro de 1975. do Senado Federal, a emitir, em caráter excepcional e mediante registro
prévio no Banco Central do Brasil, Letras Financeiras do Tesouro do Estado do Ceará (LFTE-CE), no limite
do valor equivalente ao de 2.839.813 (dois milhões, oitocentas e trinta e nove mil, oitocentas e treze) Obrigações
do Tesouro do Estado do Ceará - OTCE, que serão substituídas e extintas. ~ ~
§ 1• Do total acima indicado, 1.442.955 Obrigações do Tesouro do Estado do Ceará- OTCE
terão seu valor convertido à razão de NCz$ 5,89· (cinco cruzados novos e oitenta e nove centavos) para
Obrigações do Tesouro do Estado do Ceará.- OTCE, coiligido pela variação das Letras Financeiras do
Tesouro- LFT no período de 15 de janeiro de 1989 até à data do efetivo resgate. ~ ~
§ 2• As demais 1396.858 Obrigações do Tesouro do Estado do Ceará, adquíridas após 16 de
janeiro de 1989, terão o valor unitário de NCz$ 5,65 (cinco cruzados novos e sessenta e cinco centavos),
corrigido pela variação das Letras Fin1mceiras do Tesouro ;:..... LFT no período da data de aquisição até
a do efetivo resgate.
Art 2• Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 9 de novembro de 1989.- Senador Nelson Carneiro, Presidente.

Faço saber que o Senado Federal aprovou, nos termos do art. 52, inciso IX, da Constituição, e
eu, Nelson Carneiro, Presidente, promulgo a seguinte
RESOLUÇÃO N•, 70, DE 1989
Autoriza o Governo do Estado do Rio de Janeiro a elevar, excepcional e temporariamente, ~
seu limite de endividamento, para emissão dos titulas que menciona.
Art 1' É o Governo do Estado do Rio de Janeiro autorizado, nos~ termos do~ art. 52, inciSO IX
da Constituíção Federal, a elevar, excepcional e temporariamente, os limites de endividamento do Estado,
para-a emissão de 270.000.000 (duzentos e setenta milhões) de Letras Financeiras do Tesouro do Estado
do Rio de Janeiro- LFTRJ, no valor nominal unitário de NCz$ 1,00 (um cruzado novo), com prazo final
de resgate em 15 de dezembro de 1990. ~
Parágrafo único. As demais características da emissão são aquelas constantes e aprovadas pelo
Voto n• 261, de 1989,,.do Conselho Monetário Nacional. ~
Art 2• A emissão a que se refere o art. 1' é efetuada em caráter excepcional e improrrogável,
devendo os títulos serem liquidados quando do ingresso de receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e SeiViços - ICMS, vencidas e devidas ao Estado do Rio de Janeiro.
Art 3• ESta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 9 de novembro de 1989.- Senador Nelson Carneiro, Presidente.
6778 Sexta-feira 10 DIÁRJO DOCONGRESSO NAOONAL (Seção li) Novembro de 1989

SUMÁRIO
l-ATA DA 174" SESSÃO, EM 9 Gerson Camata;-que fixa critério para esti- bulção, e-dá outras providências. Retirado
DE NOVEMBRO DE 1989 mativa da população municipal para efeito da pauta.
de cálculo do Fundo de Partcipação dos Propos_ta de Emenda à Constituição n?
1.1 -ABERTURA - Municípios. 1, de 1989, de autoria do Senador João
1.2 -EXPEDIENTE -Projeto de Lei do Senado n~ 366/89 Menezes e outros Senhores Senadores,
-Complementar, de autoria do Senador que altera os prazos estabelecidos no §
1.2.1 -Mensagens do Senhor Pr~ João Lobo, que estabelece critérios de ra~ 69_do art. 14, para desincompatibilização
sidente da República - - teli:,-do Fundo de Participação dos Estados do Presidente da República, dos Governa-
(FPE) e do Fundo de Participação dos Mu- dores de Estado, do Distrito Federal e dos
- N~ 282 e 283!89 (n•' 752 e 753189, nidplos (FPM).
na origem), de agradecimento de comu- Prefeitos. Votação adiada por falta de quo-
nicações. - rum.
1.2.7 :....Discursos do ~diente
- N~ 285 e 286/89 (n~ 756 e 759/89, Proposta de Emenda ~ Cqnstib:lição ~9-
na _origem), restituindo autógrafos de pro- SEI'IADOR LOURIVAL BAPTISTA - 2-, de 1989, de autoria do Senador Olavo
jetas de lei sancionados. Falta de recursos para p t~rmino da cons- Pires e outros Senhores Senadofes, que -
truç~o da hidrelétrica de Xingó. modifica o § 39 do art. 49 do Ato das Dispo-
1.2.2. -Aviso do Ministro-chefe do SEJYADOR NABOR JÚNIOR - Admi- sições Constitucionais Transitórias. Vota-
Gabinete Civil da Presidência da Re- nistração-do Sr. Flaviano Melo, Governador ção adiada por falta de quorum.
pública do Acre. Proposta de Emenda à Constituição n?
- N? 802/89, encaminhando esclareci-
SENADOR OOJ11ES CARVALHO :__ Si- :3, -de 1989, de autoria do Senador Marco
tuação financeira do Banco Regional de Maciel e outros Senhores Senadores, que
mentos prestados pe_lo Conselho Nacional DesenvoMmento do Extremo Sul, BRDE;s. acrescenta Parágrafo ao art. 159 e altera
de Energia Nuclear sobre quesitos cons-
SE.NADOR D!VALDO SURUAOY- Fa- a redação,do inciso lldoart~ 161 da Consti-
tantes do Requerimento no 64/89, de auto-
lecimento do ex.::Deputado alagoano tuição Fedefal. Võtãção adiada por falta
ria do Senador Itamar Franco. ·- --oceano Carleal. de quorum. . _
1.2.3 -Avisos do Mlnlstro da Fa· SENADOR JOÃO J'o!ENEZES- Apre-. Projeto de Lel da Câmara n_" 91, de 1986
zenda dação, pelo TSE? da candidatura do Sr. (n9l,894/83, na Casa de origem), que tor-
Silvio Santos à Presidência da República. na obrigatória a inclusão de espetáculos
-N9 1.017/89, encaminhando esclare~ musicais ao vivo rias casas de diversões.
cimentos prestados pelo Ministro da Fa- SENADOR MAJYSi.JETO DE LAVOR- Discussão encerrada, ficando a votação
zenda sobre o Requerimento n~ 524/89; --::_-:-õpreciação, pelo TSE, da candidãtura do adiada por falta de quorum.
de autoria do Senador Severo GOmes. - - Sr._ SiJvio Santos à- Presidência _da Repú- Projeto de Resolução n 9 74, de 1989,
- N9 1.035/89, encaminhando esclare- blica. de iniciatiVa-da Comissão- do Distrito Fede-
cimentos prestados pela Secretaria doTe- ral, que dispõe sobre a remuneração do
1.2.8- Leitura de projeto
scuro Nacional, sobre quesitos constantes Vice-Govemador do Distrito Federal e dá
do Requerimento no 302/89, de autoria 4o ....:.projeto de Lei do Senado n9 367789, OUtras providêli.cias. Discussão encerrada,
Senador Fernando Henrique Cardoso_._ d.e autoria do Senador Moisés Abrão, que ficando a votação adiada por falta de qu~
- N9 1.073/89, enCaminhando esclale- dispõe sobre eleições para prefeitos, vice- rum.
cimentos prestados pelo Ministro da Fa- prefeitos e vereadores dos novos muni-
cípios criados pelas Constituições Esta- Projeto de Resolução n~ 75, de 1989,
zenda. sobre quesitos constantes- do Re~ qu.e a~toriza a Prefeitura Municipal de Vitó-
querimento no 572/89, de autoria do_Sena~ duais.
ria da Conquista, Estado da Bahia, a con-
dor Marcos Mendonça. tratar operação de crédito no valor corres-
1.2.9- Requerimento
12.4 -Pareceres pondente, em cruzadosnovos,a2.006.188
-No 604/89, de autoria do Senador Jo- Bónus do T escuro Nacional, junto à Caixa
Referentes às seguintes matérias: _sé Fogaça, solicitando a'? Sr.
~nistro da
Econômka Eederal. Discussão encerrada,
-Projeto de Lei do DF nç 66/89, que Fazen~a informações qu_e menc)ona. ficando a votação _adiada por falta de quo-
"cria a_Carreira Magistério 'Público do Dis~ rum.
trito Federa], seus cargos e empregos, fixa 1.2.10- Comunicação Projeto de Resolução no 76, de 1989
os valores de seus vencimentos e salários
e dá outras providências". ~ ·oa Comissã~ de Relações E>tterlo~~s (apresentado pela Comissão de Assuntos
Económicos como conclusão de seu Pare-
-Projeto de Lei do DF no 67/89, -que-_ -e DefeSa NadoilaJ; referente à prorrogação
-·-por mals 15 dias do prazo para apreciação cern9 274, de 198~). que autoriza a Repú-'
"cria empregos em comissão ria Tabela blica Federativa do Brasil a ultimar contra-
de Empregos-em-comissão da Fundação do Projeto de D~creto LegisJativo ryo 50/89.
taÇão de oPeração de crédito externo, no
e
Hospitalar do Distrito Federal dá outras valor equivalente a até US$ 55,600,000.00
providências", -- ___ _13-0RDEM. DO DJA (cinqüenta e Cinco ~ilhões e seis_çentos
1.2.5- Comunicação da Presidên- Projeto de Decreto Legislativo n~ 36, de mil :-dólares americanos) junto ao Banco
cia 1989 (n 9 112/89, áa Câmara dos DepUta- fnteramericano de Desenvolvimento -
dos), que aprova o ato que renova a con- BID. Discussão encerrada, ficando a vota-
-Recebimento da Mensagem n 9 cessão outorgada à Rádio Imperatriz So- ção adiada-por falta de quorom.
284/89 (n' 758189, ria origem), pela qual ciedade Lttl-a., para explorar serviço de ra- Projeto de Resolução n9 77, de 1989
o Senhor Presidente da República comu- diofusão sonora em onda média, na Cida- (apresentado pela Comissão de Assuntos
nica sua ausência do País nos dias 11 e de de Imperatriz, Estado do Maranhão. Re- Ec_onômicos como conclusão de seu Pare-
I 2 do corrente para viagem ao Uruguai tirado da pauta. cer n9 275, de 1989), que autoriza a Com~
e Argentina. Veto total aposto ao Projeto de Lei do panhia Estadual de Energia Elétrica-...::_
DF n9 54, de 1989, que reestrutura a cate- CEEE, a ultimar aditivO Contratual à opera-
1.2.6- Leitura de projetas
goria funcional de Assistente Jurídico do ção de_ crédito externo, firmada em 12 de
-Projeto de Lei do Senado no 365/89 Plano de Oassificação de Cargos de que outubio de 1978, junto a um consórcio
- Complmentar, de autoria do Senador trata a Lei n~ 5.920, de 1973, fiXa sua retri- de bancos franceses, com vistas a possi-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Sexta-feira I O 6779

büitar a aquisição de equipamentos de ori- SENADOR FRANCISCO ROLLEM- I A- ENCERRAMENTO


gem francesa para a ampliação da Central BERG -Litígio territorial entre os Estados
Termoelétrica Presidente Médici, no Rio 2-DISCURSO PRONUNCIADO EM
de Sergipe e Bahia.
Grande do Sul. Discussão encerrada, fi- SESSÃO ANTERIOR
cando a votação adiada por falta de que? SENADOR MARCOS MENDONÇI\ - -Do Sr. Leite Chaves, proferido na ses-
rum. Considerações sobre as eleições presiden- são de 31-10-89.
ciais.
1.3.1_- Discursos após a Ordem do
3 - PORTARIA DO DIRETOR-GE-
1.3.2- Comumcação da Presidên- RAL DO SENADO FEDERAL
Ola cia - N~ 43 e 44/89.
SENADOR MÁRIO MAM - Sucessão - Térmln6âo prazo, para apresentação 4 - MESA DIRETORA
presidencial. de emendas_ dos Projetas de Lei do DF
SENADOR JOSÉ FOGAÇI\ -Referên- n• 75 e76/89. 5 - LIDERES E VICE-LÍDERES DE
PARTIDOS
cias desrespeitosas à figura d9 _presidente
Sarney, feitas pelo candidato Fernando 1.3.3- Dealgriãção da 01-dem do 6 - COMPOSIÇÃO DAS COMIS-
Collor de Mello. Dia da próxil])a sessão SÕES PERMAI'IEI'ITES

Ata da 174"' Sessão, em 9 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48~ Legislatura
Presidência do Sr. Pompeu de Sousa.
ÀS 14 HORAS E 30 MIN{f["OS,ACHAM-SE Restitulndº-_õ;~utógrafo de ~ojetos de chamados exit bonus vinculados à dívida ex-
PRESENTES OS SRS. SENADORÊS: Lei sancionaclõs: tema brasileira.
- Aluízio Belerra- Nabor Júnior - Leo- N? 285/89 (no 756/89, na origem), de 8 do (Encaminha-se cópia ao requerente)
poldo Peres - O/avo Pires - João Menezes corrente, referente ao Projeto de Lei nQ 17,
-Moisés Abrão- Antonio Luiz Maya- Ale-
No 1.035/89, de 24 de: OUtl,lbfO últimq, ei).Ca:-
de 1989-CN, que autoriza o Poder Executivo minhando esclarecimentos prestados pela Se-
xandre Costa- Ediso'n Lobão- Chagas Ro- a abrir ao Mini.StérlO--do Desenvolvimento da
drigues - Cid Sab6ia de Carvalho - Mauro cretaria do T escuro Nacional, sobre quesitos
Indústria e do Comércio crédito suplementar, constantes do Requerimento n~ 302, de 198§;
Benevides - Ney Maranhão - Mansueto de até o Jímite de NCz$ 13.190.864,00, para os
Lavor - Luiz Piauhylino - DivaJdo Suruagy do Senador Fernando Henrique Cardoso, for-
fins que especifica. (Projeto que se tranformou mulado com o objetivo de obter irúormações
- Francisco Rollemberg - Louriva1 Baptista na Lei no 7.870, de 8 de novembro de 1989.)
-João Calmon- Marcos Mendonça- Nel- -sobre o salário-educ.;~.ção.
N• 286f89~(n''759789, na oiíg-em), de 8 do (Encaminhe-se cópia ao-requerente)
son Carneiro - Iran Saraiva - Pompeu de
corrente, referente ao Projeto de Lei da Câma-
Sousa - Meira Filho - Mendes Canale - N~ 1.073/89, de 8 do corrente, encaminhan-_
ra n~ 51, de 1988 (n" 139/87, na Casa de ori-
Rac:hid Saldanha Derzi- Lette Chaves- Go- gem), Que aCi'eSceilta parágrafo à Lei n? 1_.060, ~do esclarecimentos prestados pelo Ministro da
mes Carvalho- José FogaÇa. de 5_ de feverelro de 1950, que -"estabele-ce Fazenda, sobre que_sitQS constant~ çl.o Reque-
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) normas para a concessão de assistência judi- rimento n~ 572, de-1989, do_ s~mador Marcos
- A lista de presença acusa o compareci- ciaJial Çl.QS necessitados". (Projeto que se tran- Medonça, f_ormuiados com o obje~vo d~ i~­
mento de 28 Srs. Senadores. Havendo ~e­ formou na Lei n" 7._871, de 8 de novembro truir o Projeto de_ Resolução n 9 73, de 1989
ra regimental, dedaro abert.':l a sessão. de 1989.) que- autoriza a RepúbliCa Federativa do Brasil,
Sob a proteção de Deus, iniciamOs nqssos a_mntratar operações de crédito extem9 l;J.O
trabalhos. valor total de até Can$ !2,507.0TI,QQ J.doze
O Sr. 1~ Secretário irá pra<::eder à leitura do
AVISOS
milhões, quinhentos e sete mil e setenta e
Expediente. DO rl!lRIStRO-CHEFE DO um dólares canadenses).
GABll'IETE CML DA
É lido o seguinte PRESIDÉ'ICIA DA REPÚBUCA (Encaminha-se cópia ao requerente)
EXPEDIENTE P.,.-eceres
N~ 802/89, de 7 do corrente, encaminhando
Mensagens esclarecimentOs prestados pelo Conselho Na- PARECER N' 320, DE 1989
doai de Energia Nuclear sobre quesitos cons- Da ComissãQ do Distrito _E_ed~aJ sobre
DO PRESIDENTE tantes do Requerimento n? 64, de 1989~ do
DAREPÚBUCA o Projeto de Lei do DF n"' 66189,. (Mensa-
Senador Itamar Franco, formulado com o ob- gem n9 101. de 1989-- DF. nP 91-GAG. na
De agradecimento de comunicaçõu: jetivo de obter informaç:ô'es- sobre a conta se- origem) alteradO pelas Mensagens nc# 105 ~
N• 282/89 (n' 752/89, na origem), de .8 do cre~ Delta Três. 115, de 1989-DF (ri• 95 ~_]Q5/89,(JAO,~na
corrente, referente à aprovação da matéria que origem), que "cria a Ca_rre/ra"Mag[s(ét16 PúbU-
DO MINISTRO DA FAZENDA
se converteu na Resolução n" 65; de 1989. ço do Distrito Federa!, ~f!}US cargos e empre-
N9 283/89 (n9 753/89, na Origem), de 8 do N~ 1.017/89, de 7 do correrlte, encaminhan- gos. fiXa os valores de seus venCimentos_ e
corrente, referente à aprovação das matérias do esclarecimentos prestados pelo Ministro da salários. e dá outras provídências ...
constantes das Mensagens da Presidência da Fazenda sobre o Requerimento n" 524, de
República 11" 296, 340, 356, 357 e 641, de 1989, de autoria do Senador Severo Gomes, Relator: Senador Pompeu de Sousa
1986, ~. 181, 280, 391, 398, 403, 457, 515, formulado com o objetivo de obter informa- Originário dá- Gover'nCl dq Dis4:ito F~déral,
516 e 668, de 1989. ções relativas ao lançamento, no exterior, dos vem a exame desta Casa, nos termoS do §
6780 Sexta-felra I O DIÁRIO DO CONGRESSO NAdONAL {Seção li) Nov~/llbro de 1989

]9, do art. 16, do Ato das Disposli;õesConstitu· as quais passaremos a relatar. (Anexo segue em passagem de nível médio para o nível su-
clonais Transitórias, o presente Projeto de Lei o Projeto de Lei, sistematizando, resultante das perior. O concurso prestado foi para o nível
que tem como fmalidade criar a Carreira Ma- três Mensagens). médio.
gistério Público do Distrito Federal, seus car- EMENDAN•1 EMENDAN•6
gos e empregos, e fixar os valores_de seus Autor: Senador Chagas Rodrig_ues
vencimentos e salários. Autor: Senador Maurício Corrêa
Essa Carreira ê- composta dos cargos e dos Somos de parecer favorável a esta Emenda Substitua.-se no § 39 do art 79 a expressão:
empregos de Professor Nível-I (com forma- _ n9 1, nos seguintes termos:
ção de nível méd.Jo}, Professor Nível 2 (c_om Somos de parecer favorável a essa emenda
licenciatura de curta duração), Professor Nível SUBEMENDA N• 1 na forma como se ~p~senta._ Nac(a rnais justo
que resetvãr metade das Vagas aos atuais ser-
3 (com licenciatura plena) e Especialista de "Acrescenta-se o seguinte § & ao art. 2"':
Educação (com licenciatura plena). vidores. O § 39, d9 art. 79,_passa a ter, portanto,
Art 2• ·························-~·----··--·- a ~Q!Jinte reda;ção: __
Os cargos e empregos integrantes dessa ·-···---"'-~"'·--~- ....-.................................. "Art 7 9 .......... --···----·........._.;,o..z.....
Carreira serão distribuídos no Quadro de Pes- § & O_ disposto neste artigo aplica-se
soal do Distrito Federal e na Tabela de Pessoal igualmente aos atuais ocupantes de cargos
da Fundação Educadonal do Distrito Federal. § 39 A administração reservará metade
e funções de professor ou de especialista, da
O ingresso na Carreira far-s_e-á mediail.te Tabela de Empregos Permanentes da Funda- das vagas fJXadas no edital de concurso públi-
concwso público com as necessárias exigên- ção Educacional do Distrito Federal, não pos- co para os servidores a que se refere este
cias para habilitação nos cargos que a com~ suidores de habilitação específica, que hajam artigo, os quais terão a classificação distinta
põem. ingressado por' concurso público dos demafs concorrentes."
O va1or do vencimento ou do salário de EMENDAN•2 EMENDAN•7
Professor correSpondente ao Padrão I, da clas- Autor: Senador Maurício Corrêa
se única, que servirá de base-á~ cálculo, será: Autor: Senador .Maudcio Corrêa
I - NCz$ 1.072,27 (hum mil, setenta e dois "Substitua-se a expressão "mínimo-de 20%
"Acrescenta parágrafo ao art. 1~"
constante no§ 39 do art.:-a~. por 50%."
cruzados novos e vinte e sete centavOs) para Somos de parecer contrário à Emenda n~'"
o Professor de Nível 1, com carga horária de 2, uma vez. que o projeto já contempla o seu Somos de parecer contrário à essa Emenda
n~ 7, pois a redução do trabalho em sala de
20 (vinte) horas semanais; -objeto.
, D-N'Cz$ 1.410,89 (hum mil quatrocentos aula necessitaria a contratação de Um número
EMENDAN• 3
e dez cruzados novos e oitenta e nove centa- bem maior de _professores, acarretando au-
Autor. Senador Maurício Corrêa mento de despesas; o que contraria a Resolu-
vos) para Professor de Nível 2, com carga ho-
ção do Senado Federal n~ 157/88, parágrafo
rária de 20 (vinte) horas semanais; "Actescenta parágrafo ao art. 2~"
único, Art. 3 9• Além do que, a expressão ..míni·
m-NCz$ 1.856,44 (hum mü, oitocentos Somos-de parecer favorável a esa emenda
mo de 20%," já oferece abertura para ampüa-
e cinqüenta e seis cruzados novos e quarenta nos seguintes termos:
ção ·do percentual çlo trabalho de coordena-
e quatro centavos) para o Professor de Nível SUBEMENDA N• 02 ção. -
3, com carga horária de 20 (vinte) horas sema-
Acrecenta parágrafo único ao art. 19:
nais.
'"Art 19......................... ---~ . . EMEt'IOA N; 8 .
O Professor, optando para carga horária es·
pedal de 40 horas semanais, terá os valores ..........................--------...
~--·'"'···· .. -~-Autor: Se~ad_pr Maurício Con:~ª­
Parágrafo único. Na transposição, excep- EMENDAN•9
acima acrescJdos do percentual de 1 00% cionalmente, os professores e especialistas Autor: Senador Mauricio Corréa
(cem por cento). Receberão, portanto, o do-
_que forem posidoni:idos nos Padrões Vl, XII
bro. EMENDAN•19
ou XVIII, terão a sua aferição de mérito consi-
EsseS va:Jores serão re"ãjustados nos mes- derada cumprida, ascendendo ao padrão ime- Autor: Senador Chagas Rodrigues_
mos índices e nas mesmas datas que os fiXa- diatamente superior quando _completarem o Essas emendas referem-se ~o m~o as-
dos para os servidores da Administração Dire- tempo necessário de 12 (doze) meses." sunto. Somos, em parte, de parecer favorável
ta, Autárquica e Fundacional a partir de 1~ a cada uma delas. Oferecemos, no entanto,
de outubro de 1989. EMENDAN•4
novo texto, nos segulntes termos:
O projeto extingue 8 (ofto) gratificações hoje Autor: Senador .Maurício Co.fT'ed
pagas aos Professores. SUBEMENDA N• 4
"Substitua-se o § 3q do Art. 29".
Está prevista a progresSão por antiguidade Somos de Parecer favorável a esta Emenda Dá nova redação aos §§ 19 e 29 do art 12:
e por merecimento. n~" 04, nos seguinte~ termos; cação desta lei."
Os servidores aposentados terão seus pro;,
ventos revistos para lnclusão dos -direitos e SUBEMENDA N• 3 --§...i.;'Aj;;;Q;;;ão por an·ti~j~fda~d;;.~~
vantagens previstas nesta Proposição. "O § 329' do art. 29 passa a ter a seguinte á por tempo de serviço, de 12 (doze) em 12
E. a entrada em vigor; está prevista a partir redação: (doze) meses, de Um padrão para outro, exce-
de 1~" de janeiro de 1990. to nos Padrões VI, XII ou XVJll.
O Governador do Disbito Federal encami·
nhou esta Proposição ao Senado Federal em
.-··---···.. ~- ..----··..·--__....._,,, ___ _
.Art. 2" ·-·..·---""'------··-·- - - § ~ A p~o por merecimento pro-
cessar-se-á quando o professor ou --especia-
16-10-89 através da Mensagem n~ 101, de "§ 3~ Os pro(essores e os especialistas de lista atingir o Padrão VI, XIL ou XVUI, após aferi-
1989-DF.Aseguir,em24 de outubro de 1989, educação da Tabela de Emprêgo Permanente ção de mérito através de cursos de treina-
encaminhou a Mensagem de n9 105, de da Fundação Educacional do Distrito Federal, mento, aperfeiçoamento, especialiazação e
1989-DF, e, em 7 de novembro de 1989 enca· não concursados, estáveis, passarão a integrar outros, conforme regulamentaç~ .do Conse-
minhou a Mensagem n9 1 15, de 1989-DF, alte- a Tabela Suplerflentar até que se submetam lho Diret_or da Fundação Educaciorlhl do Dis-
rando..a novamente. Essas novas mensagens, a cotto.li'so-pata fins de efetivação." trito Federal- segundo as condusões da co.'
resultantes das negociações com o Sindicato EMENDA N;5 miss-ão Paritária, constitt.úda de representantes
dos Professores. Sem dúvida, essas alterações Au~r: Senador Maudcio Corrêa do Sindicato dos Professores no Distrito Fede-
contribuíram para aperfeiçoar o projeto. rale de representantes da Fundação Educa-
Durante o período regulamentar o presente "Substitua-se o § 29, do art 79" dona! do Distrito Federal - que será expe-
Projeto de Lei foi objeto de 19 (dezenove) Somos de parecer contrário a essa Emenda dida, no prazo de .30 (trinta) dias, após a publi-
Emendas, nesta Comissão do Distrito Federal, Jl9 5, pois a mudança de nível prevista, implica cação desta Lei".
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6781

EMENDAN•9 Somos de parecer favorável a essa emenda EMENDAN'18


Autor:: Senador Maurício Corrêa n"' 14 por considerar o períodO de espera de Autor: Senador Mauricio Corréa
12 meses maJs que suficiente.
Favorável na forma da citada Subemenda Essa Emenda n"' 18 foi, de certa forma, conM
Assim, o § 19 do art. 15 passa a vigorar templada pela_ Mensagem n 9 115/89-DF, en-
n9 4. com a seguinte redação: ·
caminhada dia 7M11-89 pelo Governador, que
EMENDAN•10 "Art. 15 ................................,.,,.,.,,. .... ,..,,.,.,.,.,.,.
alterou, de "dezenov_e" para "vinte e cinco"
Autor: Senador Maudclo Corr& ··Hg.}·;- A Gratificação ~-q;; ;;"';~fe;e este . padrões, resultado de acordo com os profes-
sores. Somos, portanto, de parecer contrário
EMENDAN•11 artigo somente será paga após 12 (doze) me-
à Emenda n? 18, por já ter sido atendida._
Autor: Senador Mauricio Córrêa ses de efetivo exercício no magistério público
do Distrito Federal." EMENDAN'19
Somos de parecer favorável a essas Emen-
das n~ 1O e 11 nos seguintes tennos: Autor. Senador Chagas Rodrigues
EMENDAN' 15
Autor: Senad9r Maurício Corrê!J _ Favorável, em parte, nos termos da citada
, SUBEMENDA N• 5 Subemenda n"' 4.
Acresc:enta~se ao arL 12 os seguintes pará- "Acrescenta-se ao art. 15" o seguinte par~­
grafos 49, 59 e 6<i: --- - grafo: Conclusão
Sonios de parecer favorável a essa Emenda
' "§ 4 9 O tempo de serviço efetivamente n"' 15, nos seguíntes termos: -
Diante do exposto somos, no âmbito desta
prestado ao magistério da Uniã_o, dos Estados Comissão, de parecer favorável ao presente
e dos Municípios pelos ProfeSsores e pelos Projeto de Lei, resultado de 3 (três) mensagens
Especialistas de Educação integrantes da Car- SUBEMENDA N• 6 do Governador do Distrito Federai_, por consti-
reira Magistério Público do Distrito federal, tucional e jurídico, além de tratar_~~ __de uma
será computado após 10 (dez) anos, 3.650 legítima conquista do "magiStério público do
(três mil seiscentos e dnqUeilta) -dias, de efeti- Acrescenta § 39 ao art 15: Distrito Federal, que dá um passo significativo
"Art 15 ,.,.,. .. ,.,. ........,... _ _......_ __
vo exercício prestado ao Magistério Público "à valorização do p!'Qfessor na Capital Federal.
do Distrito Federal. projeto que deverá ser alterado em confor-
§ 59 O tempo expliclfado no parágrafo an- § 31 O professor que fiZer jus a essa grati- midade com as emendas, favoráveis, cons-
terior será contado na ra,zão de u_m dia de ficação de titularidade poderá, a critério da tantes deste parecer, abaixo resumido:
serviço_ prestado na origem para cada--dia ex- --adminstração, ser aproveitado na área em que
ceder os 3.650 (três mil seiscentos e dnqüen- possui titularidade, desde que haja vaga, e seja Erneoda. n" 1 -Favorável nos termos da
do seu interesse." · stiliemenda n"' 01 .
ta) dias de efetivo exerddo no Magistério Pú- Emenda n9 2 - Contrári_o_
bliCo do Distrito Federal. EMENDAN•16
Autor: Senador_.{\fgurfcio ÇOrréa Emenda n"' 3 - Favorável na forma da Su-
§ 69 Fica facultado ao Professor e ao Es- bemenda n? 02
pecialista transformar, por ocasião da aposen- Siibstitua~Se !lo art. 16 a expresSão ''na base Emenda n~ 4 - Favorável nos termos da
tadoria, a licença-prêmio. ou especial que lhe de 5%_ por quinquênio" para "na base de 1% Subemenda n 9 03
seja concedida por força de Lei ou de Resolu- ao ano". Emenda n9 5 - Contrário
ção do Conselho _Diretor da Fundação Educa- Somos de Parecer contrário a essa emenda Emenda n 9 6- FavoráVel
cional do Distrito Federal, e não gozada, em por gerar aumento de despesas, o- que con- Emenda n9 7- Corltiário _
tempo dobrado de progressão 'por antiguida- , traria a Resolução n9 157/88, art 3"', parágrafo Emenda n 9 8 - Favorável nos terffiOs_ da
de, deixando-se de contá-la para fms de apo- único, do Senãdo Federal,_ combinada com _S:Ubern_emda p" 04 _ " ~ ______ _
sentadoria." o inciso 1,-do ~rt 63, da ConstituiçãO Federal. Emenda rt' 9 - Favorável nos termO$ da
Subemenda rt' 04
EMENDAN'12 EMENDAN'17 Emenda n 9 10- Favorável nos termos_da
Autor: Senador.Mauríclo Corrêa Autor: Senador M8uiiéio Cori-êa Subémenda n"' 05 ·-
EMENDAN• 13 Essa Emenda n 9 17 propõe retroagir os efei- Emenda n 9 11 -Favorável nos termos da
Autor. Senador Maurício Corr~_ - tos financeiros a partir- de outubro de 1989, Subemenda n? 05
quando o Projeto o_s prevê a partir de 1~ de Eiil.'enda n9 12- Contrário
As duas emendas têm o objetilJo de manter 1990. .. Emenda n"' 13 - Contrário
as gratificações: de Exercício no magistério
ConsideiaffiO~]UStO ~ ãicance dess~ E~~n­ Emenda n? 14- Favorável
criada pela Lei n"' 36, de 14 de julho de 1989; da n 9 17, dado o aviltamento salarial a que Emenda n? 15- Favorável nos termos·da
e a ajuda de custo pelo exercício em _zona Subemenda n 9 06
chegou, neste fmal de 1989, a laboriosa e sa-
longínqua ou de dificil acesso, prevista na Lei crificada categoria funcional 'de professores Emenda R9 16 - Contrário
n~6.366, de 15 de outubro de 1976. Na última Emenda n 9 17 - Co'ntrário
do ensíno público do Distrito Federal.
Mensagem de 7 !11189, o GOVeffiadcif do DF; Foi exatamente na entrada em vigor da lei Emenda n? 18 - Contrário
concede Gratificação" por exercício em Escola Emenda nç 19- Favorável nos termos da
- que se deu o maior impasse entre o Governo
Rural, substituindo a ajuda de -custo pelo exer- -do DistritO' Federal e os professores. Preva- Subemenda n" 04
cício em zona longínqua. leceu o bom senso. __Os professores cedefam Apresento as seguintes emenda.s~
Somos de parecer contfâlio a essas Emen-
em favor da comunidade estudantil de Brasília
das n95 12 e 13 porque geram aumento de e seus familiares, os quais seriam os maiores EMENDA N• 20-DF
despesas o que contraria a Resqlução n9 prejUdicados com a deflagração de uma gre-
157/88, art. 3q, parágrafo único, do Senado "Suprimir do fmal do texto do caput do art.
ve, agqra, no final do ano letivo. 13 a expressão "inclusive aquelas decorfentes
Federal, combinada com_o inciso l ~o art. 63, Parabenizo, diante· deste nobre gesto, os
da Constituição Federal.
de Acordos Coletivos de Trabalho ou Judi-
professores do Distrito Federal. ciais."
Sem alternativa. portanto, somos de pare-
EMENDAN• 14 c_er contrário a _essa Emen® n? 17 por gerar Justlllcação
Autor: S~ador Maurício Coriéa aumentO de despesas, o que contraria a Reso- Não Cpflsideramos apropriado suprimir gra-
'('Substitua-se no§ 1q, do art. 15 do Projeto lução n" 157188, do S~nado Federal, art 3?, tificações resultantes de Acordos Coletivos de
de Lei n"' 65, de 1989, a expressao"dezolto" parágrafo_ único, combinado com o·inciso I, Trabalho ou Judiciais, através de projeto ·de
por "doze". do art. 03,_dà Constituição Federal. -lei. t:>or isso propo":los -~ retira_d~ da expressão
6782 Sexta-feira I O • DJÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989

do texto do caput do artigo, da última Mensa- Na Mensagem que acompanha o Projeto O SR. PRESIDENIE (Pompeu de Sousa)
gem n 9 115/89-DF encaminhada pelo Gover- O Senhar··-aovemador argumenta a necessi- - Sobre a mesa, projetas que vão ser lidos
nador. dade de automação-de uma série de atividades pelo Sr. l9..Secretário.
que hoje são executadas de forma mecânica
ou por automaçã:o dispersa. São lidos os seguirlti~s
Em termos materiais_ o Centro contará com
O § 6o do art. 2o passa a ter a seguinte
redação: computador de médio porte e seus periféricos PROJETO DE LEI DO SENADO
"Art 2 9 ······u~~-·--.....__,~_ para- cujã operação tomam-se necessários re- N• 365, DE 1989-COMPLEMENTAR
~~- hu.rn~os qualificado:;~justificando, as-
-··§N6~... Õs professore~ e o_s técnic~ ~: ~5--­ sim, a criação dos mencionados empregos ·F'JXã cfitério para estimativa da popu-
suntos educacionais que não ingressaram por em comissãO. lação munídpal para efeito de cálcUlo do
concurso público· e que não possuam habili- No artigo 3"' são extintos 4 (quatro) empre- Fundo de Participação dos Mur:Jcfplos.
tação para 6- exerclCiO profissional (registro gos em comissão hoje existentes. O Congresso Nacional decr~ta:
expedido pelo Ministério da Educação) serão Diante do exposto, somos, no âmbito desta Art. 1• 0§3•doartigo9! daLein'5.172.
posicionados na Tabela Suplementar obede- comissão, de-parecer favorável a aprovãção de 25 de outubro de 19_66, _cqm___a _r~t;iação
, cidas _as disposições do § ~" ' do présente Projeto de Lei, por constitucional estabelecida pelo Ato Complementar n 9 35,
e jurldi~o. Fazemos, apenas, uma retificação de 28 de fevereiro de 1967, alterada pelo artigo
Justificação no artigo 59 , trocando a palavra "aplicação" 1~ da Lei _Complementar n~ 59, de 22 de de·
por "publicação". zembro de 1988, passa- _a Vigorar corfl a se-
A emenda visa uma melhor adequação do
Sala das Comissões, 8 de novembro de guinte redação.:
texto do parágrafo ao objetivo do projeto.
1989 . ....;..Mauro Benevfdes, Presidente- Lou-
EMENDA N• 22-DF n'Val Baptista, Relator - Frandsco RoDem- - "§ 39 Para efeito- deste artigo, consi-
berg- Pompeu de Sousa - Mauro Borges - deram-se os municípios regularmente
O arl 19 passa a ter a seguinte redação: instaladOs, fazendo-se a revisão das quo-
"Art 19. Na transposição de que tratam -RonaldoAr.agão-Maurfcio Corréa-JoiJ.o
Menezes- O/avo Pires- Chagas Rodiigues tas anualmente, com Dase em dados esti-
os artigos :21' e 3°, será considerado o interstído mados especialmente para eSse fim pela
de 12 (doze) meses de um padrão para outro, -i'!eúa Filho.
Fundação Instituto Brasileiro de GeOgra-
contados a partir do ingresso na Secretaria fia e Estatística- IBGE, que utilizará, co-
de Educação ou Fundação Educadonal do mo fato r indicativo de crescimento da po-
Distrito Federal, ficando assegurado o aprovei- O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
-O expediente lido vai à publicação. pulação, para os anos em que não se
tamento do resíduo de tempo para a próxima dispuser de dados censitários, o cresci·
promoção." A Presidência recebeu a Mensagem n 9 284, mento do eleitorado no Município, con-
de 1989 (n' 758189, na origem), pela qual forme certidão fornecida pelos cartórios
Justlflcação
o Senhor Presidente da República comunica eleitorais."
Objetivo da emenda foi adequar o período sua ausência do País nos dias 11 e 12 do
de interstício de 12 (doze) meses e assegurar corrente para viagem ao Uruguai, a fim 9e Art 29 Esta Lei Complementar entra em .
aos servidores o aproveitamento do resíduo encontrar-se com o .Presidente Júlio Maria vigor na data de_sua publicação.
de tempo para a promoção posterior. Sahguinetti. Art. 39 Revogam-se as disposições em
SaJa das Comissões, 8 de novembro de contrário.
É a seguinte a mensagem rece~ida
1989.- Mauro Benevides, Presidente -
Pompeu de SouSa, Relator - MaUro Borges Justfflcação
- Ronaldo Aragão - Lourlval Baptista - MENSAGEM N• 284, DE !989
· Leopoldo Peres_- Dirceu Oirnelro ..:._-Jarbas A legislação atual sobre a matéria atribui
(N' 758/89, na origem) à fundação IBGE a produção de dados oficiais
Passarinho - Jrapuan Costa Junior - Mau~
rfciá Corréa - Chagas Rodn'gues - Fran- Excelentíssimos Senhores Membros do Se- sobre a população municipal. O Departamen-
dsco RoUemberg -João Menezes - O/avo nado Federal: to de População do IBGE, sob a argUmentação
· Tenho a honra de informar a Vossas Exce- de tratamento de isonc:imia, a nosso ver, tem
Pires.
lências, com base no Arl 83 da Constituição, uSado métodos de projeção da população que
PARECER N• 321. DE 1989 que, em seguida aos compromissos que Cumw náo levam em consideração fatores particu-
prirei em Assunção e Buenos Aires~ objeto lares que podem influir substancialmente no
Da Coml~OàO DIStrito Federal, sobre da Mensagem rt' 747, deverei. viajar ao Uruguai resultado, morrnente_em anos distanciados do
o Projeto de Lei do Distrito Federal n9 para avistar-me com o Presidente Jú1io Maria censo. Esse é _o caso do corrente ano, bem
67, de 1989, Mensagem n~' 102, de _Sangtiinetti ein Anchorena, nos dias 11 e 12 como do próximo, 1990, uma vez que a esti-
1989-DF(n•092189CUIO.naóÍigem)que do corrente mês. mativa da população deverá ser fornecida no
ucria empregos em comissão na Tabela O Uruguai é importante e tradicional par- início do ano, antes, portanto,_ do censo de~
de EmpregOs em ComlssâOda Fundação ceiro do Brasil. Nossas relaçõ_e_s com aquele cena!.
Hospitalar do Distrito Federal e dá outras _ país vizinho cobrem ampla gama de atividades No corrente ano, _a Fundação IBGE, aten-
providêna"as': de intercâmbio e cooperação nos campos co- dend_p a reclamações, alterou a estimativa de
Relator; Senador Loun'val Baptista mercial, financeiro, cultural, científico, tecnoló- população de 246 municípios. Os fatores
Originário do Governo do Distrito Federa] gico _e de transportes. Temos, ademais, man- apresentados pelas autoridades municipais
vem a exame desta Casa, nos termos do § tidq freqUentes contatos e buscado coordenar como indícios de uma população maior do
19, do artigo 16, do Ato das Disposições Cons- l)OSSas posiÇões nos foroS multilaterais de que que a apresentada eram vários: alunos matri·
titucionais Transitórias.- o presente Projeto de -Participamos. ___ _ _ culados, população- fnfántifvacinada, número
Lei que tem c_omo finalidade criar empregos Minha ida a Anchorena oferecerá, assim, de domicílios servidos por serviços de água
em comissão na Tabela de Empregos da Fun- oportunidade para a continuação das conver- ou eletricidade e, principalmente, número de
dação Hospitalar do Distrito Federal. sações e entendirilehtos com o Governo uru- eleitores inscritos. Efri alguns casos, como in-
Esta proposição prevê, no artigo 19, a cria- gllajo -sobi'e tópiCOS -da agenda bilãteral, bem forma a 'Funâação IBGE, o número de eleito-
ção de 22 empregos~ em comissão, visando -Como sobre questões internacionais de inte: res superava a populã"çáo total estimada para
reorEJanizar·o Centro de Processamento de resse Para ambos os pafses: o município.
Dados da Fundação Hospitalar do Distrito Feo- Brasília, 8 de novembro de 1989. -José _ É verdade que já exfste a posSibilidade desse
deral. Samey. pedido de revisão da estimativa, mas, na práti- ·
Novembro de 1989 DIARIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6783

ca, não tem resoMdo o problema de muitos I - oitenta e cinco por cento às unidades Justificação
Municípios como, por exemplo, Piúma, Mari- da Federação integrantes das Regiões Norte,
lândia, e Muqui, no meu Estado do 'Espírito Nordeste e CentrowOeste; A Constituição Federal, em seu arl 161,
Santo. H-quinze por cento às unidades da Fede- incisos en m. prevê a edição de lei comple-
Ademais, há um custo para os MunJcfpios ração integrantes das regiões S_ul e Sudeste. mentar, visando o dísciplinamento da entrega
nesse pedido de revisão, como o pagamento Art. 29 Os recUrsos do Fundo de Partici- dos recursos de que trata o seu art. 159 (fun-
de diárias e hospedagem aos técnios da Fun- pação dos Municípios (FPM) serão distribuí- dos de participação e fundos constitucionais
dação lBGE. _ _ ______ _ dos nos mesmos percentuais dos incisos I regionais) e o acompanhamento, pelos benefi-
Como se trata de assunto vital para os muni- e II do arti9o anterior e em relação aos Municí~ ciários, do cálculo d~ quotas e d<:~s l;ransfe-
cípios, pois influi diretamente na quota de par- pios localizados naquelas regiões. rências feitas em faVor dos Estados, Distrito
ticipação do FPM, é de toda a conveniência Art. 3 9 Obedecido "O critério dos artigos Federal e Municípios.
a fixação de um critério simples e de fácil anteriores, o FPE e o FPM serão distribufdos No que diz respeito, particularmente, aos
?Piicação como o que propomos no Projeto. da seguinte forma, entre as entidades partici- recursos previstos na alínea c, do inciso I, do
Para isso, tomam-se inicialmente, como ba- pantes: citado art. 159, relativos aos chamados fundos
ses, os números de habitantes e de eleitores I - 10% proporcionalmente à áreà territo- constitucionais regionais (formados por 3%
nos anos do censo. No"S anos subseqütes, veri- rial; do Imposto de Renda e !PI e destinados ao
ficando--se um aumento no número de eleito-- II -45% proporcionalmente à população; financiamento_ aos setores produtivos do Nor-
res, .digamos de 3%, admite-se que o número te, _Nordeste e Centro-Oeste), cal;>e assina,t.,r
de habitantes também tenha crescido 3%. DI- 40% inversamente çiropOrciorial à ren- que fora objeto de regulamentação recente,
.t: verdade que o método poderia revelar-se da per caf)ita. através da Lei n 9 7.827, de 27 de setembro
tendencioso, em alguns casos, sobretudo se § 19 Quanto ao FPM, a renda per capita de 1989.
no ano do censo o número de eleltores estiver referida no inciso DI será a do respectivo Es- No âmbito do FPE, os secretários de Faz~n­
bem abaixo do real. Nesse caso, um cresd- tado. ________ _ da e Finapças dos Estados e do Distrito Fede-
mento desse número de eleitores nos anos § 2 9 as informações sObre a área térltO- e
ràl; depois de eX:aminaiem diScutirem -~xauS­
seguintes poderia estar refletindÇ~ inscrições rial, a população e a renda per c apita mencio- tivamente a distribuição dos ganhos advii1d6s--
atrasadas e, nesse caso, sem relação dirt:"ta nadas no caput deste artigo serão -prestadas da refom1a tributária entre os Estados, de:Cidi-
com o awnento populacional, mas, repetimos, pelas Entidades oficiais encarregadas de pfo- ram encaminhar ao LegislativO proposta sobre
é um critério de fácil aplicação. Poderíamos duzi-las. a distnbuição dos reCursos do mencionado
imaginar também que a adoção do método fundo.
poderia dar margem a wna certa manipulação § _~ Os coeficientes ind'IViduais de partici- Argúem eles que os critérios adotados sob
dos dados, bastando que as baixas de títulos pação dos Estados e do Distrito Federal a o amparo da Constituição anterior, para o ra-
eleitorais se dessem no ano do censo; enquan- serem aplicados até o ano de 1991, inclusive, teio do FPE, tiveram pequenos ajustamentos
to nos seguintes se estimulassem as inscri- são os constantes do Anexo liOico à presente nesses ú1timos 25 anos e_ o objetivo de awnen-
ções, embora creiamos que esse expediente Lei. tar _os efeitos redistrlbutivos das rendas públi-
não seja utilizado pelas autoridades interes- Art. 4 9 O Tribunal de COnWs da União efe- cas, de forma a favore_cer as unidades menos
sadas. tuará o cálculo das quotas referentes aos Fun- desenvolvidas- do País, não foi plenãmente al-
Sala das Sessões, 9 de novembro de 1989. dos de Participação e fiscalizará a entrega dos cançado. Por isso, decorridos todos esses
- Senador Gerson Camatã. recursos às Entidades participantes. ano_s, ainda persiste o c:;_onsens_o de que_o grau
ArL59 O Vãlor das quotas dos Fundos se- de distributividade deve ser melhorado, sob
LEGISLAÇÃO aTADA rá entregue, mediante crédito, aos Estados, pena de permanecerem ainda bastante aCen-
LEI N• 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966 ap Distdto Federal e aos Municipio?. obser- tuadas as desigualdades inter-regionais de
Arl 39 Tributo e toda prestação pecuhiá- vados _os coeficientes individuais de partici- rendas públicas.
ria, em moeda ou cujo valor nela se possa pação defmidos pelo Tribunal de Contas da Nos debates entre os secretária& estaduais
exprimir, que não constitua sanção de Ato ilíci-
União. de Fazenda e Finanças do País, realizados no -
to, lnstituída em lei e cobrada mediante ativi- Art. 69 O· crédito aoS Fundos será feito período de outubro de 1988 a fevereiro de
dade Administrativa plenamente vinculada. concomitantemente com os créditos à conta 1989,_ para a implantação do novo sistema
"Receítas da União", seni trânsito por essa, tributário, concordaram- tOdos os partiCipan-
tomando-se por· base, para o seu cálculo, o tes, tanto dos Estados mais -desenvolvidos
LEI COMPLEMENTAR N• 59 percentual que o Imposto de Renda e o Impos- quanto dos menos desenvolvidos, que deverá
DE 22 DE DEZEMBRO DE 1988 to sóbre Produtos Industrializados represen- ser aumentada de 78% para 85% a partici-
tarem na Receita Tributária em igual mês do pação dos_Estados do Norte, Nordeste e_ Cen-
Dá nova redaçáo ao § JP do artigo 91; tro--Oeste no FPE. Procurawse, dessa forma,
ano anterior.
da Lei n' 5.172, de 25 de outubro de distribuir melhor os ganhos da reforma tribu-
1966 (Código Tributário Nacional) Parágrafo únicO: ·O Banco do Bfasil S.A.,
à me~q_a_que for recebendo as comunicações tária, vez que a ampliação da base de incidên-
do recolhimento dos impostos referidos no cia do ICM beneficiará mais fortemente os Es--
(À Comissão de Assuntos Econ6mf- caput, efetUará autOmaticamente o reajUSte do tados mais desenvolvidos do País.
=s) crédito estimado na forma deste artigo. Optou-se, através deste proj~to, de acqrdo
com sugestão unânlme das Secretarias de Fa-
Art. 79 AUnião divulgará mensalmente os zenda e de Finanças dos Estados, fiXar-se, pro-
PROJETO DE LEI DO SENADO montantes dos impostos arrecadados_ e classi~ visoriamente, os coeficientes individuais de
1'1' 366, DE 1989-COI'\PLEME!'ITAR ficados para efeito de distribuição através dos_ participação de cada unidade da Federação
FundOs de PartiCipação e os valores d~s libera- no FPE. Isso porque os parâmetros básicos,
Estabelece critérios de rateio do Fundo ções por EstadO-e Município, além da previsão
de Participaçiío dos Eswdos (FPE) e do população e o inverso da renda per capita,
do comportamento dessas variáveis- nos três hoje desatualizados, não proporcionariam o
Fundo de Participação dos Municfpfos meses seguintes ao da divulgação.
(FPM). grau de distributividade que todos desejam.
Art. a~ Esta Lei entrará em vigor a partir Por outro lado, em reazão das transformações
O Congresso Nacional decreta: do primeiro mês_subseqüente ao de sua publi~ significativas ocorridas na presente década, as
Art. 19 Os recursos do Fundo de Partici- cação. quais estão afetando os perfis espaciais de
pação dos Estados (FPE) -serão dlstrlbuídos Art, 9~ _RE:vogam-se as disposições em renda e população, será prudente e benéfico
,da seguinte forma: contrário. para todos que os critérios de distribuição do
6784 Sexta-feira I O DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seçiio 11) Novembro de 1989

i=PE somente sejam revistos em profunidade Rio Grande do Norte 4,1779 lfifelizmente, aS dificuldades de recursos fi-
depois de apuração do censo de 1990, com - S<fgipe 4,1553 nanceiros destinados à manutenção dq crono-
dados atualizadoS _e melhor avaliados após os Distrito Federal 0,6902 grãma das obl"ãs programadas, compeliram
dois primeiros anos de vigência do novo siste- Goiás 2,8431 as empresas construtoras a retardar o ritmo
ma tributário. Mato Grosso 2,3079 -- --e;·-finalmente, siJspehder a execução das
Assim, os lndíces estabelecidos na presente Mato Grosso do Sul I ,3320 obras, de tal forma que 2.500 _trabalhadores
proposta foram obtidos a partir de alguns ajus- Espirito Santo ! ,5000 foram dispensados,- fato que gerou, em vir-
tamentos feitos nos atuais critérios, de forma Minas Gerais 4,4545 tude do desemprego verificado, tensões so-
a aumentar de 78% para 85% a parcela do Rió de Janeiro 1,5277 cials e, o que é pior, ameaça de completa
FPE destinada ao Norte, Nordeste e Centrow São Paulo 1,0000 pa~~s~~ã~_~o empreendimento.
Oeste, distribuindo-se desigualménte esse Paraná 2,8832
adicional de 7% entre as unidades _da Federa- Rio Grande do Sul 2,3548 Esse panorama desolador provocou a mo-
ção dessas regiões, a fim de beneficiar mais Santa Catarina 1,2798 bilização integral das populações nordestinas
aquelas que, atualmente, detêm menores índi- e· da opinião públicii em geral, em todo o País,
ces. (À Comissão de Assuntos Económi- principalmente os Parlamentares do Nofdeste,
cos) os Governadores dos Estados os Sindicatos
Gk.lanto ao FPM, pelas mesmas razões redis-
tributivas, julgamos importante a aplicação do de trabalhadores, as Associações de classes
critério regional previsto no artigo 2 9 • Mesmo O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) -em suma, uma expressiva maioria de todos
com a desatualização dos dados censitárlos -O!fpl'ojetos lidos, serão publicados e reme- os segmentos da sodedade brasileira, no _sen·
que servem de base para o estabelecimento tidos à Comissão competente. tido de assegurar, a qualquer preço e de qual-
dos· coeficientes individuais, conforme crité- quer forma, a continuação das obras da Hidre-
_O SR. PRESIDENTE (Pompeu de SoUsa) létrica de Xing6 e a suplementação dos recur-
rios indicados no artigo 3~, a simples aplicação - Há oradOres inscritos.
do critério do artigo 2 9 já contribuirá para me- sos financeiros necessários para seu prosse-
Cohcedo a palavra ao nobre Senador Leu- guimento.
lhorar a situação dos Municípios mais caren- rival Baptista.
tes. Desejaria acrescentar que participaram da
De outra parte, ao fixar a forma de repasse O SR. LOliRIVAL BAPTISTA (PFL - comitiva dos Parlamentares, na qual me inte·
dos recursos do FPE e FPM pela União, o SE: Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr, Pre- grei, os Deputados Albérico Cordeiro, Mário
projeto visa, sobretudo, defmir uma regra clara sidente, Srs. Senadores, no dia 31 de outubro Lima, Waldeck Omêlas, José Tmoco e José
e precisa para a· classificação das receitas e passado uma coletiva da qual participei, junta- Luiz Maia.
para o cálculo das transferências, evitando os mente OOtn cinco Deputados federais, visitou Em Xing6, foram reaüzadas reuniões com
impasses e inquietações que, não raro, sur- as obras de construção da Hidrelétrica de Xin- os engenheiros da CHESF, os representantes
gem em volta ~essa questão, com freqüentes g6, com _a fmalidade precípua de verificar e dos consórcios de empreiteiras, prefeitos e ve-
denúncias de retenção indevida de recursos ava1lãr,-na multiplicidade dos aspectos básicos readores de Alagoas e Sergipe presentes, além
por parte do Governo Federal. de natureza técnica, financeira e administra- dos representantes dos trabalhadores.
Ainda na linha de uma maior transparência tiva, a situação atual em .que efetivamente se Seguiram-se, então, as visitas de inspeç®
no processamento dessas transferências, a encontra a realização desse magno empreen- às obras paralisadas.
presente proposição, repetindo o que baslca- dimento. o e
_Ministro de Estado das Minas Energia
mentejádispõea CoriStitulç.;o(art. 162), disci- Além de ser uma das obras prioritárias in- Vicente Fialho recebeu, em segUida, no dia
plina o mínfrno de publicidade sobre a matéria, cluída no Plano de Recuperação do Setor Elé- I o de novembro passado, os parlamentares
ao garantir a divu1gação mensal de clados so.- trico- PRS, e no plano 2010, do Ministério integrantes e da comitiva.
bre os impostos arrecadados e _dasbificados das Minas e Energia na área de concessão Nessa ocasião, o Ministro Vicente Fialho ou-
para finS de liberação de recursos, através do da COmpanhia Hidrel~ca do São Francisco viu, atenciosamente, os depoimentos dos par-
fPE e FPM, além de previsões trimestrais so- - a=JESF, :- a Hidrelétrica de Xingó e, sem lamentares·, relatando as syas observaçõe_§__ _
br.e o comportamento destes instrumentos. sombra de dúvida, uni aproveitamento hidre- acerCa da situação atual da Hidrelétrica de Xin-
Com a aprovação deste projeto de lei com- létrico cujas dimensões _e potencialidades en- gó. .
plementar, esperamos estar contribuil)do para sejará, de imediato, ao Sistema ·chesf, um Convêni. assinalar, todavia, a transcendental-
uma maior eficiência na admíOiStração dos acréscimo de potência da ordem de 3.000.000 importância da audiência concedida, ontem,
fundos de participação e uma distribuição de KW, na primeira etapa, e de 2.000.000 de pelo Presidente José Samey da qual partici-
mais justa de seus recursos do ponto de vista KW, na segunda etapa, ou seja, a garantia param os Deputados Albérico Cordeiro, Mário
regionaL do suprimento_energético indispensável e vital Lima e Roberto TorreS e representantes dos
Sala das Sessões, 9 de novembro de 1989. · para o des_envolvimento económico-social do trabalhadores da Hidrelétrica de Xingó.
-Senador João Lobo. Norde~e. Ao ensejo dessa audiênda, o Prestdente Jo-
A essencialidade da Hidrelétrica de Xingó, sé samey deu conhecimento aOs Parlamen-
ANEXO ÚNICO que deverá assegurar a expansão e o fortaleci- tares recebidos, das providências tomadaS Pe-
AO PROJETO DE LEI DO SENADO mento das estruturas industrais e agropecuá- lo seu Governo, entregando-lhes, a respeito, ,
N• 366, DE 1989- COMPLEMENTAR rias da região, inclusive viabilizando os progra- o texto da Mensagem n? 745, de 1989, que
Acre 3,4210 mas de irigaçaõ indispensáveis ao-incrementO acabou de enviar ao Congresso Nacional, au-
Amapá 3,4120 -da produÇãO de-alimentos e à própria sobreVi- torizando o Poder Executivo a abrir, ao Orça-
Amazonas 2.7904 vência da imensa maioria carente e subnutrida mento Fiscal da União, crédito especial até
Pará 6,1120 da põpula~o dos Estados nordestinos, esti- o Umlte de NCz$ 500.000.000,00, para os fins
Rondônia 2,8!56 mada em cerca de 48 milhões de habitãDtes. que especifica.
Roraima 2,4807 ou seja, 1/3 da população brasileira, transfor- Resumindo, cumpro o dever de requerer
Tóêmitihs 4,3400 mou ã realização desse projeto vital, em um a incorporação, ao texto deste meu sucinto
Alagoas 4,1601 imperativo do ponto de vista dos superiores pronunciamento, dos seguintes documentos,
Bahfa 9,3962 interesses da 1,1nidade nacional, particular- que demonstram o pabi6tico interesse do Pre-
Ceará 7,3369 mente rio cjue tange ãõ desenvoMmento auto- sidente José Samey, relativo ao seu compro-
Maranhão 7,2182 ·sustentado do Nordeste, e à correçao dos de- miss_o básico com o Nordeste, no que tange
Paralba 4,7889 séijiJ.iJ[brios e disparidades regionais que à construção da Hidrelétrlca de Xingó:
Pernambuco 6,9002 ameaçam· a própria !l'obrevivência político-ad- 11 a Mensagem do Presidente da República
Piaw 4,3214 ministrativa da Federação. ao Cóhgresso Nacional;
Novembro de 1989 DIÁRJO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Sexta-feiro I O 6785

2) a Exposição de Motivos do Ministro do emancipação global e definitivã das popula- MENSAGEM N• 220 DE 1989-CN
Planejamento, João Baptista de Abreu, sobre ções nordestinas, e de todos os brasileiros, MENSAGEM N• 745
os recursos necessários à viabilização do cr~ nos parâmetros de urna sociedade caracte-
dito autorizado pelo Presidente José Samey, rizada pela democracia, justiça social, desen· Excelentíssimos Senhores Membros do
no montante de NCz$ 500.000,000,00 (qui- volvimento e bem-estar geral. (Muito bem! Pal- Congresso Nacional:
nhentos milhões de cruzados novos). Os men- mas.) Nos termos do artigo 61 da Constituição
cionados recursos serão provenientes da Federal, tenho a honra de submeter à--elivãda
emissão de títulos de responsabilidade do Te- deliberação de Vossas Excelências, acompa-
SOW"O Nacional, em igual montante, destina-
DOCll.MENTO A OOE SE REFERE O nhado de ExposiçãO de Motivos do Senhor
dos ao atencHmento dos gastos com a cons- SR. LOUR!VAL BAPTISTA E.M SEU DIS- Ministro de Estado do Planejamento, o anexo
trução da Osina Hklrelétrica de Xingó, obser- CURSO: projeto de lei que autoriza o Poder Executivo
vadas as prescrições do art 167, inciso V da E.M.N 9 435 a abrir ao Orçamento Fiscal da União créditO
Constituição. Em 7 de novembro de 1989 _ especial até o limite de NCZ$ 500.000.000,00,
3) o Projeto de Lei autorizando a abertura para os fins que especifica.
do aludido crédito. Excelentíssimo Senhor Presidente da Repú- Brasília-DF, 7 de novembro de 1980. -
Parece-me, igualmente, oportuno e indis- blica, JoséSamey.
pensável incorporar, ao texto deste pronuncia- Tenho a honra de submeter à elevada consi-
mento, emenda à Despesa, e reSpectivajustifi- deração de Vos.sa Exc~lência o anexo Projeto
cativa, de autoria do ilustre e dinâmtco Depu- de Lei que autoriza o Poder Executivo a abrir PROJETO DE LEI
tado Albérico Cordeiro, que tive a satisfação crédito especial ao Orçamento Fiscal da União Autoriza o Poder Executivo a abrir ao
de apoiar· e subscrever. (Lei n" 7.715, de 3 de janeiro de 1989) até Orçamento Fiscal da União crédito espe-
Essa emenda recebeu, também, O apoio o limite de NCZ$ 500.000.000,00 (quinhentos dal àté o limite de NCZ$ 500.000.000,00,
dos Senadores Francisco Rollemberg, Albano milhões de cruzados novos), em benefício do para os fins que especifica.
Franco, Moisés Abrão, Chagas Rodrigues, Ministério das Minas e Energia.
Mauro BeneVides, João Menezes, Carlos Patro- 2. O crédito tem por objetivo incluir no O Congresso Nacional decreta:
cínio e Mansueto de Lavor - Parlamentares Orçamento Geral da União o projeto Cons- Art. 1<:> Fica o Poder Executivo autorizado·
de diferentes partidos, que também apóiam trução da Usina Hidrelétrica do Xingó, a cargo a abrir ao Orçamento Fiscal da União (Lei
com energia e entusiasmo, a construção da da Companhia Hidrelétrica do São Francis- n~ 7.715, de 3 de janeiro de 1989) o crédito
Usina Hidrelétrica de Xingó. co-CHESF
especial, até o limite de NCz$ 500.000.000,00
Afigura-se desnecessário alongar-me acer- 3. Cumpie esclarecer que esta obra se in- (quinhentos milhões de cruzados novos), de 1

ca dos diversos aspectos e resultados da via- sere nas prioridades fixac.las para o setor elétri- conformidade com a programação constan~
gem de inspeçâo dos Parlamentares às obras co, defmidas pelo Governo Federal com o ob- 1

do ANEXO I desta Lei.


da Hiclrelétrica de Xingó, porquanto os docu- jetivo de reduzir os iminentes riscos de racio-
mentos acima mencionados, cuja incorpora- namento de energia elétrica nos próximos Arl 2~ Os recurSOs necessários à execu-
ção requeiro, são suficientes para um esclare- anos, em particular nas Regiões Norte/Nor- çãO do disposto no artigo anterior são prove--
cimento objetivo. deste. nientes da emissão de títulos de responsa- :
Desejaria, no entanto, assinalar o sensO de 4. Os recursos necessários à viabilização bilidade do Tesouro Nacional, em igual mon-
responsabilidade, o profundo interesse e o pa- do crédito ora proposto são provenientes da tante, destinados ao atendimento dos gastos
triotismo dos Senadores e Deputados que se emissã_o de títulos de responsabilidade do Te- com a Construção da Gsinil Hidrelétrlca dO
posicionaram, desde longa data, em defesa souro Nacional. em igual montante, destina- Xíngó.
do Nordeste, e, sobretudo, da Usina Hidrelé- dos ao atendimento dos gastos com a cons- Art. 3<:> Esta Lei entra em vigor na data
trica de Xingó, os quais jamais se omitiram, truçao da referida UHE, observadas as prescri- de sua publicação.
e se encontram na vanguarda dos brasileiros ções do artigo 167, inciso V, da Constituição.
de todos os partidos, que lutam pela rápida Renovo a Vossa Excelência os votos do meu Art. 49 Revogam-se as disposições em
conclusão das obras pro-gramadas, contri- mais profundo respeito. :.... João Batista de contrário.
buindo, destarte, para acelerar o processo ·-da Abreu, Ministro. Brasília- DF, em de 1989.

PllOCiftAMA DI1'11ALWtD CRIDITO laNCLU.


UDOQ • MINJSTIJUO DAI MINAa a aNJftotA
lltDZ • I&CAITAJUA GIRAI.

CODIGO, ISPECIFICAÇÃO PROJETOS ATNiDADI!S TOTAl.

.......
.....1& . . . -

·~··•c-
.............. .......
-·--.... -
-
•"ç.lof 11 ....... MI_U,.ICI
--n.~lo o• "''""
COtos,.,.,..,
. .,....
v.a. uuoorr:-•\tl•re•
,_,,.
01 •••ca
.. oou:-n.-•re& ac u_.,..
••.-.eoo -·-·-
-·-·-
~ n~t•tea •~••

"""'-·-
6786 Sexta-feira 1O DIÁRIO-ocf<:ONGRESSO NAOONAL (Seção H)

" " ,,_.... .,.,, ••• ..;uiiC-- • •••- ,,.,.


Mlfl.... Ol.'lotae.0. H ........ ur• .. N-U

~
:1
>
~
~

~
~
o
o
~

Ir;

.t:
~
o~
~~

::Íw · · - ~a<~"l"e ••~.,.,, ..... , uç...d:11r""'" ,-H ioH~.eãreii.,.•'""''&N' • ZIDAS.


>
o~
z.o
-
I DA AGRICUL'ItrRA - Ertl'IDADES- ~~ . - --.
-~~~@;[~ E Sib!!fiEM _ ,,.
56:-~" •~o;ii~
~o
w~

g; .... m [[I ~: ~.·:;.._ ·-:;.~~~.:--·r221'92 ue. I 09.016.009'5":~í~rw;õ.iK


llf:llfi'OIN&~· ... UIOIPIH Ollt ..... III ..RI& I Dt IVIOIOOI(IG /lUUUW.AOt
r -
c
~o
~.o MINISTÉiij:O DOS TRANSPOR'l:E5 - ÇCMPAMUA .anASl.LEIRA DE_ TflElJS unDANOS -
_,
z-

..•
u ~IS20Rl'E..ME'l'J30['i>L~T~- .. __ .
urrum,~-···
.... ...~~~- ......... 38"208" -I
wz ~'fijfii -~i·;;;-
~~
CAI. ·--u·~ 01s.oo1 :l%,;r:i~rr·- I
CFERN;C:Es OFICIAIS DE..~tro . . oo.OI! OIIC ..........R.... 10 .u...... !T./IUUTIW-
. .
.:::•
. . -- -- . -- -

n•u:•rn !:~~~- ·-~~!! ...... I 1~i'àr I 04.ois.cxl§ll:'lríM:~· I


....200.
~-~rM~
- -- - - --- TtWTO/Iun..-ouc"' ~-

O Projeto <ie Xingo constitui-se n.m dos illtimos granc!es aproveit#nentos hidrcele
t~cos do Nordeste Brasileiro, na _área de concessão da CorpaYlia Uidro tlétrica. do são
r.anc!sco- OiESf. Trat.a-se de obra prioritária do Setor Elétrico, estando inclulda no
lano ~ Recuperação do &etor Elétr1co-PRS e no Plmo 2010 dO Ministério da:s Minas - •
l;ners••· .
Situncta a cerea de 65 Km à.Jusante do Ccrrplexo de Paulo /l.fooso, a lltE de Xingo
stá inserida inteironente no ''Canyon" nab.lral do Rio são Francisco el::hrlgendo terras
J:ros EstadoS da Bahia, Alagoas e Sergipe,
A partir da rekuJ.ariznçOO do Rio sOO Fnnc:isco, efetivada atravcs OOs aproveit.a-
lnentos hidroelétricos da RegiOO Sub-média, e em :Ostção do desnÍvel topográ:rico da ordem
~e 120 m,, a ccnstrução de XingÓ ensejará oo Sistema O!ESF o acréscimo de potência ~e
,CXXJ,O::O de kW, na primeira etapa, e de 2,0Cl0.0:::0 de kW, na segunda etapa, indispcnsa-
~is a:;, suprinrntp energêtico do Norc.leste.
sua exccpcion<:tl locali:r.ação faz cem qoc seu custo de produção seja o mais bab:o
f='o ~tor Elétrico Dr<lSileiro, .oproximodtmcnte 113US$(HWh, enqu~to que a ~dia naciorJal
st.a ern tomo de 35Ust/HWh. Fossui ainda a cat·actcriStico. de nao produzir grandes iro-
~ctos m:bientais, pouco nt.inglnUo a. J"auna c floz·a, alÓ1n de proporcionar rari.ssinos co:;..
OS de reooscnbncnto ~pulncionol. A ;;re,"t a SC<r SOb:lf.'I"St.t é de pouc<~. OU n<'tlhUn.:l <~.Uvi,~:J
.. ·--
... OU<::&-
W.{.(.I..SX --~'i:o...~i'Jl-·
·- -
l
j
·-· .......... --
Novembro. de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6787

r, .. ,....·
IIII- l_n..,..a-1
B~.-.a o~-···

.---------------~-------------------,

r-------------------------------"•~.uw~~
de agropecuána, pelo contrário, ean a elevação das águas trá fàvoreeer a 1l"l"igação
r1bct1rlrila que hoje f, irivtável- e inexistente face à a1 ti tude do ''canyoo".
ltJJ obras civis foram iniciadas no primeiro ~~ea~estre de 1983, a partir do des-
-Jio do Rio e da 1Dpl81'ltaçio do Ca1teiro Inci.ist:rial e das Vilas Resi,denc~8is. Prevendo
-se ~ocar aproximadanente 10.000 honJerls, cano nà>-de-Ot:n"a diieta e indireta, Já es-
tio CG"leluldas as Vilas Residenciais, pQra as diversas categorias profissionais, do-
tadas de todos oo equiparentos CQJU'litários, tais ccmo, recreação e lazer, hospitais,
eBCOJ.as, apennercado&, sistemas de ecm..nicaçÕes e de telefonia.
O Clnteiro Incl.mtriAl, t:ari:M!m ji ecncluido, está proâ.Jzindo agregados, concre
to. '• dl:mais 1rD.lnOe 1nd!epensáveis às obras.
No Ca'lteiro de Obras, des~ pela wa 1nportinc1a, a abertura em maciço
de .rocha doei tine is, através dos quai·s u águas do Rio são Fr81le'isco aerão desvia:ias.
A lla1na dll XingÓ aerá a prÓxima hidrclétrica a entrar em _operação no sistema
OIESF e - exeeuçio dentro do crcnograna é :f\.nianental para a reg18o Nordesté e para
o prÓprio pais, à medida que C<l'ltrlbui para não agravar ainda mais os desnlveis · re-
atmaJ.o, Está prevista para entrar em operação em julho de 1994, qualquer atraso nes-
sa data colocará o Nordeste exposto a riscos elevacbs de racionanento, da ordem de
2lll'. can valores ~ derlcit ~r!ores ao:i'Já vividos à.Jrante o raciooemento de 1!?87.
can ·graves coosequências para o cSesenvolvimen-to econêmico do Nordeste.-
CcnsidelWldo que a carpra dos equipanentos Já f'oi equacionada quer atrav.és de
ccntra.toa :intemecimais quer nacionalmente, atravé's do f'INN.IE, o período critico, em
termos de recursos f'!nanceiros, ocorrerá no biênio 90-91, quando deverão ocorrer a
coostru;ão do -=:iço da barragem e a realização dos 3J% resl:a'ltes das obras necessári
u .o desvio do Rio. Sem a cax::lusio desta etapa, GB obras conpreencUdas desde a cons
tn.lçio do maciço da barragem e mm. eencretagem até a geraçiq que exigem 1.m prazo téc-
nico mln1m::, de XI ~ses, não serão realizadas.
A partir de 1984 1 caneçarsn a eurgir as primeiras dificuldades de recursos f'i
llll'lC:eil"'CC destinados a manter em dia o cronogmna. rlsico das obras, penalizando as
eapresa CCI'Uitnl.toras e, especialmente, a IIJÍio...dc...ora aplica:ia no Projeto. Apesar elo
~ eaf'OrÇO da Diretoria da QIESF jooto à ElEI'RO,BRÂS para Witar ~falta de recur-
- f'J.Nrleeiros, eeaa situação vem perâ.Jrando até os dias atuais.
O f'ato cali!ICU a roobilização ef'etlva da apintão· pÚblica. especialinente dos Par.
1.-nent:aanq di! todo o Nordeste e ta'lbém ele .Governadores de Estados, assim cano de J..sso
ciaçõe& de ClOMCs, no aentido da, C«<tin.rl.dade das obras e da SL.plementaçio doe> re-
euraóa neeeasárlos à conseeuçãp 9os objetivos.
Por duu vezes o Presidente da RepÚblica, Dr. José Smney, esteve visitanclo
as Clbras, fiO! a aianificati va inportincia que a tliE XinsÓ representará para todo o
Nordeste.
Ellpreend:l.mento de tma'lha envergacilra, qUe ensejou a mbiUzação de ndlharcs
de trabalhadores nordestinos, cân fantóstico efeito niJIÜplicador no canércio de toda
a região, está aendo prulatinenxmte paralisado, exclusivanente por fat.ta de recursos
para a ecratiraddacJO' das obras.
DIÂRIODcfCONGRESSÕ NACIONAL (Seção 11) ·Novembro._dé \989
67à8 Sexta-feira 10

r: .........' _. ....... ___ ......_


. . - a u v t f _ ... • • • • • _........ .. , •• ,.
---~

.--:.-,.·- ,_,__,..,,
~; L~==
r
~':K:':":";':181::·:-::·:·:o=:·:-=·=·==~ ·~---------------------------
!1
g
-- ALBÉRICO COODEIRO J
~

Os e:f'eitos sociais negativos que a paralização ca.tsa. são desastrosOs para a


rcpria Clbra e para os errpregaclo3 de modo *'ral,
porém, mais eSpecialmente ~ os
I'8balhadores menos qualificados e ccntratados na prépria t,"egião, áreal'do semi-arido
agoano e sergipano atonnentooa pela seca Onde as atividades econânicas são de extrc
nas dificuldades.
A CorrparYlia Hidt'O E!!_trica do são Françisco elaborou l1ll orçanento original t19
tante de l'.Cz$1.392,2 mllhoes para 1990. COOl os cortes iritroduzidos pela SEST inci-
indo exelusivaoonte sobre a Usina Hidroelétrica de Xingo, os recl..li'60s assegurados fi
limitados a ICZ$1.~,2 milhões. Assim sendo, sera necessario em adicional de
~""'""'~ de N:2$344,0 milhoes que serian totalmente destinados a ustna hidroelétricolll
Xi~. Vale ressaltar que neste orçcmmto não poderão ocorrer cortes sob pena da
F nao ccnseguir vi~ilizar as cbr~ previstas no crcrnogra-na. e consequentemen~e não
assegurar a geraçoo de energia eletrica em 1994. .
XingÓ não é obra da CiESF, é sim obra do Nordeste; é nela qtte o povo noréestino
~si~ a espe~a de garantia de energia para assegurar o seu desenvolvimento.. A
n1ao nao podera f'icar ausente do Pro~eto sem Oestacar a necessária contrapartida.
Os ~lanentares ~xo, ~siveis às que~t.ões da Região Nordeste, destacam a
sina Hidroeletrica de Xingo ccmo Proteto prioritario e J!XItos subescrevem essa emen-
eoojl.l"'ta destinando NCZ$344,0 milhoes ao Pro~eto:

ASSINAM ESTA EMENDA

Deputados Federais
Albérico Cordeiro (AL); Waldeck Drnél1as (·BA). Adputo Pereira (PB);
Ney Lopes (RGN); Antonio Ferreira (AL); Albérico -filho (MA); Renan
C•lheiros · (AL); Basco ·França (SE); Aécio de Borba (CE); ·Inocêncio
Oliveira (PE); Manoel Castro (BA); Joao da Mata (PB); José Mendon-
ça Bezerra (PE); Haroldo Sanford (CE); Jesualdo Cavalcanti (PI);J~
sé Costa (AL); Har.oldo Sabóia (MAl; João Alves (BA); Francisco Ro-
lim (PB); Ojenàl. C:onçalve's CSE).; 'Flávio Rocha (RGN); Furtada. Lei-
te (CE); Artur Lima Cavalcanti (f'E)·; José Uns (CE); Costa Ferrei-
ra (MA); Miraldo Gomes (BA); Roberto f"reire (PE); Henrique Eduardo
Al~es (RGN) ;· Moysés Pimentel (CE)·; Cristina Tavares (PE); Osvaldo
Coelho (PE); Orlando Bezerra (CE); Ab!gail·Feitosa (BA); Manuel O~
mingos (PI); Enoc Vieira (MA); Gilson Machado (PE); Afrisio Vieira
Lia1a (BA); Cl"eonânc"io Fonseca (SE); Gonzaga Patriota (PE); Eteval-
do Nogueira (CE i; Fernando Lyra (PE); José Carlos Sabóia (MA); Ca_t:
los Benevides (CE); Oswaldo _Lima Filho (PEJ; Lúcia Braga (PB); Ne~
ter Duarte (BA); Prisco Viana (BA); Fernando Bezerra Coelho· (PE) ;
Osmundo Rebouças (CE); Egídio-Ferreira Lima (PEJ; Virgildásio de
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6789 ··

Senna (BA); Nilson Gibson (PE)i rirmo de Castro (CE); Edivaldo Ho-
landa (MA); Angelo Magalhães (BA); José Lourenço (BA); Paes de An-
drade (CE); Benito Gama (BA); Harlan Gadelha (PE); Domingos Leo-
nelli (BA); Horácio Ferraz (PE); Celso Dourado (SAl; Lúcio Alc§nt~
r a (CE); Eraldo Tinoco (BA); José Queiroz (SE); José Carl<;s Vasco!!
celas (PEl';" Fernando Santana (BA); Cid Carvalho (MA); César Cals
NetQ (CE); França Teixeira (BA); Eduardo Bonfim (AL); João Carlos
Bacelar (BA); Moema São Thiago (CE); Francisco Benjamim (SAl; Luiz
Marques (CE); Geraldo Bulhões (AL); Francisco Pinto (BA-l; Ceneba.!
do Cor~eia (BA); Antonio Gaspar (MA); Agassiz Almeida (PB); Leopo.!
do Souza (SE); Eliézer Moreira (MA); Aluízio Campos (PB); Haroldo
Lima (BA); Carlos Virg!lio (CE); Gerson Vilas Boas (SE); José Tno-
maz Nonõ (AL); Cidel Dan tas (CE); Eurico Ribeiro (MA); Iranlldo Pe-
rei:ra (CE)i· frl;lnc!sco 'coelho (MA) i Antonio Mariz (PBl; Marcos .Que!
roz (PE); Roberto Torres (AL); Lauro Maia (SE); Maurilio Ferreira
Lima (PE); Vinicius Cansanç~o (AL); Jairo Azi (BM; Expedi to Mach~
do (CE); Antônio Câmara (RGN); Messias Góis (SE); Raimundo Bezerra
(CE); José Tlnoco (PE) Jairo Carneiro (BA); Joaci Góes (BA); Mau-
ro Sampaio (CE); Atila Lira (PI); Jayme Santana (MA); Ismael Wan-
derlcy (RGN); José Jorge (PE); Felipc Mcpdes (PI); Salatiel Carva-
lho (PE). Ubiratan Aguiar (CE); lberê .r erre ira (RGN); José Mará-
nhlo (PB); Joaquim Haickel (MA);· jesu~ Tajra (PI); Paulo Marques
(PE); Vingt Rosado (RGN); Paulo Sil~a (Pl); Marcos rormiga(RGN);
Ricardo Fiuza (PE); José Luiz Maia (PI);· José Moura (PE); Ediva.!
do MOtta (PB); Wilson Campos ÇPE); Jonival Lucas (BA); José Tei-
xeira (MA); Edme Tavares (PB); Mussa Deme~ ~PI); Edvaldo GonÇal-
ves (PS); Jorge Ha9e (BAl; Jo~a Agripino (PS); Myriam .Portella (
PI)j. Jorge "!eda_uar (BA); Marcelo Cordeiro (SA); Paes Landim(PI);
Jorge Vianna (BA); Leur Lomanto (SA); Lídice da Mata (BA); Mauro
Fecury (MA); Luiz Eduardo (BA); Victor Tyov~o (MA); ·Luiz Viana Ne
to (BA); Mário Lima (SA); Milton Barbosa (BA); Vieira da Silva (
MA); ~lagner. Lago (MA); Raul Ferraz (BAl: Sérgio Brito (BA); Uldu
rico·Pinto (BA).

SENADORES

Lourlval Saptista,(S~); Jutahy Magalhães (BA); Humberto Lucena(PB);


E<lison Lobão (MA); Chagas Rodrigues (PI); Teotônio Vilela Filho (AL);
Marco Maciel (PE); Hugo Napoleão (PI); Albano Franco (SE); Alexan-
dre Costa (MA); Nei Maranhão (PE); Carlos Alberto (RN); José Agri -
pino (RN); João Lira (AL); Mansueto de Lavor (PE); Marcondes Gade -
lha (PB); éid Carvalho (CE); Francisco ·Rollemberg (SE); João Caste-
lo (MA); João Lobo (Pl); Lavoisier Maía (RN); Luiz Viana (SAl; Ruy
Bacelar (BA); Mauro Benevides (CE); Raimundo Lira (PB); Lacoque Be-
zerra (CE).
6790 Sexta-feira· I O DIÁRJO DO CONQRESSO NAOONAL (Seçio 11) Novembro de 1989

EMENDA
DE TEXTO L~lll!!.,.'_·_---·-- r---·-..
__._·~==-'--·-·::..:"::::::":,:.l::_'_;IIIJ ,...... •·•18LJ
Ir-----------------r,
Peootldp euúyrrm. t'a!DEI'P
::-,---PFL-•'_
. ,......l..__,!!
:'----,!

7l.(l(X) - :ElCAOOOS FINAt«::EER:)S 1:1.\ llfiÃO


71.101 - RmJRSOS SOO SUP~.IJO IIINISTÉRIO DA FAZm>A
PARrlCIPN;Ao so:n:rÁRIA
03aOOB.0035.110l.cxxn
EWCO 00 BRASIL S.A.

Inclua-oe c:ncSe; C01.ber apÓs BAND DO BRASIL· S.A. • o aeguinte texto;


"aerxb ~ 4oo.CICX)~00 X uJ deetinai:Joa a finlnciar a usniA HIDRElÊI'RICA
xn.iõ/C>IESF.

JUSTIFICATIVA

tricoo ""E'
O Projeto de~ c:cnstib.li-se ru11 dos Últimos grandes aproveitanentos hidroel·
te Brasileiro, na área de ootoc ãa da Ccrrpanh!a Hidra Elétrica do s-
Francisco OiESF. _Trata-se de ci?ra prioritária do Setor Elétrico, e~tmdo inclui da
a: Plano de ao do Setor Eletrico-PRS e no Plano 2010 do Ministerio das Minas e
t: . Energia.
Situada a cen:a de 65 Km à jusante do Cotplexo de Pwlo A!'onso, a UiE de XingÓ
eatá inaerida inteiranente no ''Csnyon11 natural do Rio são Frencisco abrangendo terra8
a dos Estadoa da .Qahia, Alasou: e Sergipe.

~
A partir d!l regularização do Rio são ·Fnnci~. eretivada através dos aproveita-
mentos hidroelétncoe da Reg!io &.b-média, e em 1\n;ão do de.snivel topogrártco da orôel
E
a de 120 •·, a calStrução de XingÓ ensejará so Sistema atESF o acréscimo de potência ~
.~ 3.000.0:0 à! kW, na primeira etapa, e de 2.000.000 de kW, na 8egl.nda et.Bpa, incU.spensá-
o
veis ac lq)rimento energético do Nordeste.
Sua excepcic:nal localização faz ean quct eeu custo de pn:âlçio eeja o maia ba!xo
do Setor El.étr1co Brasileiro, &(:)l'C»!:imadanente 18US$/fM1, enquanto que a nédla nacional
está em tomo de 35US$/MIIh. Poaau1 ainda a caraoterlstica de não produzir annctes im-
pactos mbientais, pouco atingiildo a f8ll'la e nora, além de proporcialar rarissimos ca-
sos .serea.ssentmrnto populacional. A área a eer sbnersa é de pouca ou nerhJna ativ!da

~"
NovembrçJ de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6791

1111••• t - . ...-ct.J
( IZJ~~tnu: O_ li . .- _O~_,... .

Ir-----------------------------~------.
!?opu..,ALIÉ!!l(!) CORDEIRO
fti<NI""'"'IG-'Cie
de ~cuaria, pelo.contrario, can 4 elevaçao das aguas ira flr.rurecer a 1rrigaçao
r!beiririla que hoje é inviável e inexistente r,oee à altitude ~ "ctll\fon".
As obras civis forem iniciadas no Primeiro semestre de 1983, a partir do des-
vio do Rio e da iq:>lantação do canteiro InWstr1al e da Vila:; Resideneiailt. Prevendo
.; -se aloear apn:»cirnadsmente 10.000 hanens, . eano
mão--de-obra dire~ e 1nd1reta, já es-
!I tão ecncluldp.s as Vilas Resideneil!lis, ~ as diversas categorias .profissionais, do-

.
>
~
tadás de 'todos os equipmentos caa.nitários, tais cano, recreação e lazer, hospitais,
escolas, s.:permercados, sistemas de COIU'licações e de telf!!fonla.
O CH"Iteiro Industrial, 'tattlém já ccnclufdo, está proó.lz1ndo agregadoS, cc:ncre
tos e demais ihsu:oos indi~is às obras.
No canteiro de Cbras, destaca-Be pela I!JIJ8. 1nportânc1a, a abertura em maciço
de rocha dos tlneis, através dos q...zais as Ógue.s do Rio são Frenclsco serão desviadas.
A Usina de ·XinsÓ aerá a próxima hidrelétriea a entra-r em operação -no sistema
CHESF e sua execução dentro do craiOglaiB é :t\.rdemental. para a res100 NOrdeste e para'
o prÕprio pais, à medida que CQ'ltribui para não agravar·ainda mais os desn:iveis re-
gionais. Está prevista para entrar em q:,eraçiio em jul.h) de -1994, qualquer atraso nes-•
sa data colocará O Nordeste exposto a riecos elevados de racionanento; da Ordem de
20J', ean valores de de.f!cit: 5q:~eriores aos já vividos durante o racionanento de 1987,
ean graves cmseQUências para o deSenvolvllnento ecooânt.co do Nordeste.
Coosiderando que a carpra dos equipanentos já f'oi equacionada quer através de
, eontrato3 intemscicnais quer nacimalmente, através do FmAME, o per!odo critico, em
tenoos de rectli'60$ financeiros, ocorl"erá no biênio ~91, qJ9ndo deverãO ocorrer . a
ccnstrução do maciÇo dá. barTagem e-- a realização dos 30% restmtes das obras necessári
as ao desvio do Rio. Sem a calelusio d@ta "etapa, aS-Obras c:mpreerididas desde a cons
truçà:, do ri!BCiço da barragem e sua cc::ncretagem até a geração, que exigem t.in prazo téc-
nico mln.iroo de 30 ~reses, não eerão realizadas.
A partir de 1984, caneçarun a surgir as primeiras dif'iculdades de recursos f'1
mncei:ros destinado$ a mmter .em dia o cronograna ris1co das obras, penalizando as
errpresas construto~ e, especialmente, a mão-de-obra aplicada no ProJeto. Apesar do
grande es:f'orço da Diretoria da OfESF jlntà à- E1ErRoBRÃs para· evitar a !'alta de recur-
sos financeiros, essa situação vem pei'Ó..U"a'ldd até os dias atuais.
O f'ato CiiJSOU a 100b1l~ão e!'etiva da opinião pli:,uca, especialmente dos Par
!.ementares de todo o Nordeste e tmbém ele Governadores de Estados, assim cano de Asso
cia:;õés de Cl~s. no sentido-da eont1n..ddàde das ct:ir3s-e da .P;qllernetltar;;ão dos re-
ct.U"SSS neceesâri~ à coosecução doe: Clbjetivos. --
Por duas vezes o Presidente da RepÚblica, Dr. José Samey, esteve viSitando
as obras, !'a::e a sign11"1eat1va irrportâlcia que a lliE XingÓ representará para todo o
Nordeste.
Dtpreend:ln'ento de tamanha envergaWra, cp.Je ensejou a mobilização de mil~s
de trabalhadOres nordestinos, can fantástico efeito nultiplicador no con!-rcio de toda
a região, está sendo prul~tinàmente paralisado, exclusivanente_ por f'aita de recursos
para a ccntiruidade das Clbnls.
6792 Sexta-feira I O DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

--n....-..."-••~
--~··"............ =
.. __.. ..u..
........... ,_......a.J
·=- t
a ... -..,.· o~~.- o:..-
·r-------------------------------------------,
Dep..!tado Al.Btru:CO COODEIR:I

Pe efhltos 80Ciais negativos qJe a paralização causa são desastrosos~ para a


a obra e paro. os errproegados de nrxb geral. porém, maiG .especi~te para os
troball'l8dores menos qualificados e c:cntratados naprópria região, ána do semi-árido
agba1o e !!eqppano atomcntada. pelà 6CC8 axSe a::s atividades ecaXmiéas 8âo de- extre
dificuldades.
A Ccxtpanhia Hidm Elétrica do sio ~o elaborou un orçanento original no
. tan.te de N:2$1.392,2 milhÕes para 1990. can ca cortes introcllzidos pela SEST trici-
exclusivmwente aobre a Usina Hidroelétrica de XingÓ, os recurSos assegurados .f1
11m1tados a N::Z$1,048,2 milhÕes. Assim sendo, será necessário em adicima.l de
~""'""!' ~ N::Z$344.0 milhÕes cp;
seriam totalmente destinados • usina hidroetétrica
Xif1lÕ, Vale ressaltar que neste orçamento nãõ poderão oCorrer cortes sob pena da
não conseguir viabilizar as obras, previstas no eraJOgrmla e cxnsequentemente nio
MSegurar a aeração de energia elétriea em
1994.
~ó não é obra da OiESF, é sim obra do Nordeste, e nela que o povo nordestino
ta a eeperança de garantia de energia para aSsegurar o seu desenvolvimento, A

.. não poderá ficar wsente do Projeto sem destacar necessária contrapartida,
OS 'partanentares abaixo, aenslveis às Q.le&'t.Ões õa Região Nordeste, destaca'Tl a
e.1na Hidroelétrieà de -XingO caJD Projeto prioritárlo e jlntos sOOescrevan essa e:nen-
con.jtrlta destinando U%$.344,0 milhÕes ao Projeto:

ASSINAM ESTA EMENDA

Oeputados · Fe'derais
Al.bl!rico Cordeiro (AL); Waldeck Orn•U,as (.fiA). Aéf~uto Pereira (PB);
Ney Lopes (RGN)i. Antonio Ferreira (At_;); Albbico.FHho·(MA); Renan
Calhelros (AL); Bosco·Françà (SE); Al!cio de Borba (CE); Inocêncio
Oliveira (PEl; Manoel Castro (BA); João da Mata (PB); José Mendon-
Ça Bezerra (PE); Haroldo Sanford (CE); Jesualdo Cavalcanti (PI) ;JE.
sé Costa (AL); Har.oldo Sab6ia (MA); João Alves (BA); Francisco Ro-.
llm (PB); Djenill Gonçalve·s (SE); f'lávio Rocha (RGN)i Furtado Lei-
te (CE); Artur Lima Cavalcanti (f'É:)·; José Llns (CE); !Costa Ferrei-
ra '(MA); Miraldo Gomes (BA); Roberto Freire (PE); Henrique Eduardo
Alves. (RGN); Moysés Pimentel (CE)·; Cristina Tavares (PE); Osvaldo
Coelho (PE); Orlando Bezerra (CE); Abigail Feitosa (BA); Manuel DE.
•logos (PI); Enoc Vieira (MA); Gilson Machado (PE); Afrlslo Vieira·
Lima (BA); Cl'eonllnc~o Fonseca •(SE); Gonzaga Patriota (PE); Eteval-
do Nogueira (CE); Fernando Lyra (PÉ); José Carlos Sab6ia (MA); Ca~
los Benevides (CE); Oswaldo .Lima Filho (PE); Lúcia Braga (PB); NeJ?_
tor Duarte (BA); .~risco Viana (BA); Fernarldo Bez·erra Coelho (PE) ;
Dsmundo Rebouças (CE); Egídio. Ferreira Lima (PE); Vlrglldásio de
Senna (BA); Nllson Gibson (PE); Firmo de Castro (CE); Edivaldo Ho-
Novembro de 1989 DIÁRJO DO CONGRESSO-NACIONAL (Seção II) Sexta-feira 1O 6793

landa (MA)'; Angelo Magalhães (BA); José Lourenço (BA); Paes de An-
drade (CE); Benito' Gama (BA); Harlart Gadelha (PEr; Domingos Leo-
nelli (BA); Horácio Ferraz (PE); Celso Dourado (BA); Lúcio Alcãnt~
râ (CE); Eraldo Tinoco (BA); José Queiroz (SE); José Carlos Vasco!!
celas (PE); Fernando Santana (BA); Cid Carvalho (MA); César Cals
Ne~Q (CE); França Teixeira (BA); Éduardo Bonfim (AL); Jo5o Carlos
Bacelar (BA); Moema S§o Thiago (CE); Francisco Benjamim (BA); Luiz
Marques (CE); Geraldo Bulhões (AL); Francisco Pinto (BA.J; .Genebal
do Cor~eia (BA); Antonio Gaspar (MA); Agassiz Almeida (PB); Ledpol
do Souza (SE)i Eliézer Moreira (MA); Aluízio campos (PBJ; Haroldo
l111a (BA); Carlos Virgílio (CE); Gerson Vilas Boas (SE)·; José Tho-
•az NonO (AL); Gidel Cantas (CE); Eurico Ribeiro (MA) ;Iranildo Pe-
reira (CEh Fr~<~cisca'caelho (MA); Antonio Mariz (PB); Marcos Que.!_
roz (PE); Roberto Torres (AL); Laura Maia (SE); Maur!lio Ferrei.ra
L101a (PE); .Vinicius Cansanção (AL); Jairo Azi (BA); Expedito Mach~.
do (CE); Antônio Câmara (RGN); Messias Góis (SE); Raimundo Bezerra
(CE); José Tlnoco (PE) Jairo Carneiro (BA); Joaci-Góes (SAl; Mau-
ro Sampaio (CE); Átila Lira (PI); Jayme Santana (MA); Ismael Wan-
derlcy (RGN); José Jorge (PE); Fellpe ~lendes (pi); Salatiel Carva•
lho. (PE). Ubiratan Aguiar (CE); Jberê Ferreira (RGN); José Mara-
nhlo (PBJ; üoaqu!m Ha!ckel (MA);" Jesus Tajra (PJ); Paulo Marques
(PE); Vingt· Rosado (RCN); Paulo Silva (PI); Marcos Formiga(RCN);
Ricardo ~:luza (PE); José Luiz Maia .(PJ); josé Moura (PE); Edi v a_!
do MOtta (PB); Wilson Campos (PE); Jonival Lucas (BA); José Tei-
xeira (MA); Edme Tavares (PB); Mussa Deme~ "(PI); Edvaldo Gonçal-
ves (PB); J6rge Hage (BA); Jo§o.Agripino (PB); Myriam Portella (
PJ); Jorge Medauar (BAJ·; Marcel~ Cordeiro (BA); Pa~s Landim(PI);
Jorge Vianna (BA); Leur Lom~nto (BA); Lídice da Mata (BA); Mauro
Fecury (MA); Lu!z Eduardo (BA); Victor Trovão (Mil); Luiz Viana Ne
to (BA); Mário Uma (BA); Milton Barbosa ·(BA)·; Vieira da Silva (
MA); Wagner Lago (MA);.Raul Ferraz (BA); Sérgio Brito (BA); Uld~
rico Pinto (Bil).

SENADORES

Louri val _BapÚsta, (SE); Jutahy MagalhilE•s (BA); Humberto Lucena(PB);


Edison Lob~o (MA); Chagas Rodrigues (PI); Teotõnio Vilela Filho (AL);
Marco ~aciel (PE); Hugo Napoleão (PI); Albano Franco (SE); Alexan -
dre Costa (MA); Nei Maranhão (PE); Carlos Alberto. (RN); José Agrl -
pino (RN); João Lira (AL).; Mansueto de Lavor (PE); Marcondes Gade -
lha (PB); Cid Carvalho (CE); Francisco Rollemberg (SE); João Caste-
lo (MA); João Lobo (Pl); Lavoisier Mata (RN); Luiz Viana (BA)i Ruy
Bucelar (BA); Mauro Benevides (CE); Raimundo Lira (PB); _Lacoque Be-
zerra (CE)
6794 Sexta-feira I O DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo 11) Novembro de 1989

O SR- PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) , Logo na capa, uma palavra de ordem Que dida em 13 módulos, cada um deles abran-
-Concedo a paJavra ao nobre Senador Mário reapresenta_o Flaviano Melo que conhecemos gendo determinado número de ruas e bairros.
Maia. (Pausa.) e respeitamos: "o futuro é hoje, o progresso Além desse projeto, a Sanacre está cons-
S. Ex' não está- pre!Sertte. tem que ser agora ..-.... truindo uma nova rede de esgotos no Con-
Concedo a palavra ao nobre Senador AJuízio A ênfase do relatório "Realizações de Gover- junto Tucumã,já que a atual se encontra total-
Bezerra. (Pausa.) no" está no progresso social e económico do mente obstruída.
S. Ex' não está Presente. · Acre e de seu povo, começando pela nem No lnterlÕr, muitas obras de saneamento
sempre valorizada qualidade de vida A admi- básico também estão em andamento, com
Concedo a palavra ao nobre Senador Leite niStraçáo Flaviano Melo dá ênfase inédita aos destaque para Plácido de Castro, que ganhou
Chaves. (Pausa.) programas de saneamento básico e atendi- reservatórios que resolverão completamente
S. Ex' declina da palavnt. mento médico-hospitalar, como se _evidencia o problema de água potável no Município, e
Concedo a palavra ao nobre Senador Nabor nos números irrefutáveis, valendo lembrar Brasiléia, com a ampliação do sistema em
Júnior. qUe, pelos carcomidos manuais da velha "poiJ'- 7.742 metros _ou 3.960 Hgações domiciliareS..
O SR- I'IABOR JÚNIOR (PMDB - AC.
tica", "obra enterrada não da voto.·~ Mas_
Governo acreano sabe que esgoto da, acima
º O problema habttacional do Acre é um re-
trato agravado do panorama nacional: Rio
Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão de tudo, vida melhor para o povo; água tratada, Branco recebe constantes e empobrecidos
do orador.) -Sr. Presidente, Srs. Senadores, distribuída de forma tecnicamente correta, é contingentes de migrantes e seu déficit de resi-
a melhor resposta que um governante pode o melhor preventivo para as tradicionais maze~ dências é muito grande. O projeto do Governo
dar a crfticas infundadas, acusações eivadas las sanitárias que tanto afligem seu povo. estadual é reduzir esse déficit em cerca de
de falsidade ou injúrias infamantes e a sereni- Erri respeito aos limites regimentais de tem- 40%, acionando principalmente a COHAB-A-
dade, com lastro em fatos e realizações con- po destinado aos discursos, vou me prender cre, que, utilizando tecnologia e matéria-prima
cretas que evidenciem vacuidade das agres· apenas aos números mais importantes cerno, locais, vai construir,-nestes quatro anos de Go-
sões. no saneamento básico, aqueles de Rio Branco, Verno, 4.100 uriidades habitacionais em alve-
O Governador do Estado do Acre, Flaviano maior cidade, e também o maior foco de pro- naria e madeira, distribuídas entre casas e
Melo, desde o inicio de sua administração vem blemas, por sua alta densidade populacional apartamentos, para atender a diversas cama-
enfrentando tais atitudes que são, em parte. em_ relação aos demais Municípios: o sistema das sociais.
movidas pela insensata cupidez eleitoreira dos atual de água potável, implantado em 1976, As c~s_em madeira são resUltado de pes-
derrotados, e, na outra face, pelo desconhe- atende apenas a 99.800 dos 16L776 habi- quisas desenvolvidas pela Fundação de Tec-
cimento de seus programas e suas normas tantes da capital. Até o final do ano, será entre- nolog_ia do Acre- Funtac, e têm a vantagerri
administrativas. gue à população o novo sistema de abasteci- de atender às faixas de renda mais baixas da
Saído de uma vitoriosa administração na mento, que vai garantir o fornecimento de população. Os apartamentos, por sua vez,
sempre problemática Prefeitura de Rio Bran- água potável para a cidade até o ano de 2.030. con1>tttuem_~ experiência inédita no Esta-
co, capital estadual, Flaviano Melo recebeu, O Governo do Estado está construindo seis do: peJa primeira vez a COHAB verticaliza a
junto com os emblemas_ do Poder, as incer- reservatórios apoiados e elevados, com capa- moradia, o que traz economia em termos de
tezas e as dificuldades oriundas de uma ordem cidade de armaz_enamento de mais de 20 mi- infra-estrutura d"e água, esgotos etc.
financeiro-admmistrativa federa] fadada a tro- lhões de litros d'água, quando hoje a capaci-
peçar nos obstáculos deixados pelo arbítrio Para a execução desse projeto, hoje em fase
dade existente é de _apenas 2,5 milhões de adiantada, o Governador Flaviano Melo conta
econômico e pela ditadura política de quase litros. Além dos reservatórios, estão sendo
vinte anos. com apoio e financiamento da Caixa Econõ-
construídas também três adutoras, para levar mica Federai.
Sim, pois esta realidade _é inquestionável: a água da Estação de Tratamento até os reser*
o Acre, infelizmente, ainda hoje depende da vatórios, e ainda três elevatórios de água, que Além dos novos conjuntos-Ma_noelJ_ulião,
União para quase tudo, desde o pagamento vão garantir Obombeãffiento para distribuição Universitário 2~ Etapa- e Adalberto Sena - ,
de grande parte de seus servidores até ele- na cidade. a COHAB-Acre está recuperando, com nova
mentares obras de estrutura O Acre, mais do A capacidade da atual Estação de Trata- rede de esgotOs, drenagem e pavimentação,
que qualquer outro Estado, foi afetado negati- mento de Água foi duplicada de 21 Opara 420 -quatro dos conjuntos habitacionais já exi~n­
vamente pela falência do Tesouro Nacional, litros por segundo, seguindo-se a primeira eta- tes: Tangará, Bela Vista, Castelo Branco e Ma:s-
este, por seu turno, sufocado no oceano de pa de construção da nova Estação, que terá cafenhas de Moraes.
dívidas deixadas pelo velho regime derrocado. capacidade para produzir 2.000 litros por se- Sobre a teci:iõlogía desenvolvida pela Fun-
Flaviano Melo não hesitou em atirar todo gwldo, e, até 1990, será construída a segunda tac para casas de madeira, é importante regis-
o seu talento, esgotar sua energia de jovem etapa. trar seu suCessO; refletido nas encomendas
klealista, na grande e terrível tarefa de pross-
seguir os projetas desenvolvimentistas inicia- Melhorando a produçllo, teremos condi· e nas conSultas feitas por empresas e gover-
ções de aumentar o número de usuários. Para_ nos estaduais, como o do Rio de Janeiro.
dos na administração anterior, por mim lidera-
Isso, já está sendo executada, paralelamente, · A COHAB-Acre não s_e limita, entretanto, às
da, a primeira surgida e ungida nas umas de-
mocráticas do voto direto, após quase duas a extensão da rede de distribuição em 163 obras diretarnente vinçuladas à habitação físi-
Km, cOm 85.000 m"etros de ligações doméS- ca; ao contráiio, trabalha também na constru-
décadas de arbítrio.
O binômio desinformação ...;,. dos que não ticas, favorecendo mais de 50 mil novos usuá- -ção de uma juventude mais bem formada:
rios. entregou, no início de 1989, duas novas esco-
sabem ou não querem saber - e má-fé -
dos que, mesmo sabendo a verdade preTerem Pãiã livrar a- Capii.al das fossas sépticas, ãi- . las c_o~struídas no Conjunto Universitário, com
escondê-la, em beneficio de seus próprios ob-- teinaliYa precária aos rios de dejetos, as équi· dez salas de aula cada, numa área de 1.700
jetivos escusos - , esse binôrhlo não pode pes da Secretaria de Desenvolvimento Orbano metros quadrados de área construída
persistir, pois à hora é de esclarecer os fatos. e Meio Ambiente - Seduma, e da Sana_cre A educação, aliáS, é um-dos mais constantes -
desnudar a realidade, desmontar as mistifi- souberam, no momento certo, elaborar auda- itens na ação governamental, no Acre, que
cações que, muitas vezes. marcam as criticaS cioso projeto, que vai aumentar, dos atuais não mede esforços para reduzir o déficit esco-
e acusações ao Acre e seu Governador. 4% para 70%, a extens6o da rede coletora lar.
Estou recebendo a prestação de contas dos -um fndice que não é encontrado em nenhu~ O reconhecimento a esse esforço é unâni-
primeiros trinta.meses da administração Aa- ma outra cidade do Pãísl me: em função do trabalho realizado, o MEC
viano Melo, no Governo do Estado do Acre. Esse projeto, que já está sendo executado, aponta o Acre como o Estado que, em 1988,
É um exemplo de sobriedade na_ forma e ri- ·vai permitir a cons1rução de 83 Km de rede mais elevou o número de vagas escolares a
queza no conteúdo! coletora de esgoto. Para isso, a cidade foi divi- nivel nacional.
Novembro de 1989 DIÁRLO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) $ex!a-feira1 O 6795

Foram construídas, até o primeiro semestre mente, umã universidade federal das mais im- Com Lim-a área coberta de 17.000 metros
deste ano, mais de 30 escolas na capital e portantes e eficientes de todo o Brasil. Por quadrados e l 8 pavilhões, o novo Hospital
na zona rural e diversos municípios, aumen· todos esses motivos, des~o solidarizar-me de Base foi projetado com capacidade para
tando em 7.080 o número de_ vagas para crian- com V. EX", no momento em que presta, no 300 leitos, operando inicialmente com 168
ças na faixa etária de 7 a 14 anos. Foram seu pronunciamento, justa homenagem aos leitos, um centro c!fúrgico com quatro salas
recuperadas cerca de 34 escolas, reconstruí- esforços admiráveis do Goverm~dor Flaviano de cirurgia e três de parto - . sala de recupe-
das outras 27, e 28 foram ampliadas. _ Melo, que seiTipre contou -aqUi, ein Brasília, ração, an com 8 leitos, salas de anatomia,
Todas essas unidades escolares foram-equi- junto ao Ministério da Educação, com a dedi- capela, auditório, almoxarifado,lavanderia, re~
paradas e reequjpadas num investimento de cação indonnida e insuperállel de V. Ex' pouso clíniCo, affiõuTatórloS eWriaS óú.trã.S de-
mais de NCz$ 41 milhões. Para a capacitação pen<;lências de apofo à equipe técnica que vai
do nosso professorado, a Secretaria de Educa- O SR. NABOR JÚNIOR- Agradeço a trabalhar na unidade, em tomo_ de SOO profis-
ção realizou diversos cursos de especialização V. Ex", nobre Senador João Calmon, o gene- sionais por turno.
e reciclagem, em todos os níveis._ roso aparte, V.Ex" reconhece, realmente, que Ainda na capital, a Se<:rétitria de Saúde pro-
A implantação do Plano de Cargos e Salá- o Governo do Dr. Flaviano Melo tem tido uma moveu a reforma e l;"ecuperação total_do Hos-
rios colocou o professor acreano nwna posi- atuação voltada principalmente para melhorar pital Distrital, dando melhores condições de
ção salarial bastante equilibrada, a ponto de as condições educacionais do nosso Estado; trabalho aos funcionários e elevando_ o padrão
se constituir, hoje num dos mais remunerados inclusive, houve manifestação do Ministério rll de atendimento aos pacientes. O hospital,
do Pais~ Educação reconhecendo o esforço do Gover- agora, é totalmente cercado por muro, possui
no acreano nesse sentido, porque, em 1988, medicamentos a contento e teve suas enfer·
Para investir mais ainda na recuperação da foi, proporcionalmente, o que mais vagas marias e salas totalmente reformadas.
rede tisica de ensino, o Governo vem tentante, criou nas es-colas públicas para crianças em Também os bairros periféricos e a zona rural
junto ao Ministério da Educaçao, a Uberação faixa etária de 7 a 14 anos de idade. E V. de Rio Branco foram beneficiãdos com a im-
de recursos que serão destinados prioritaria~ Ex' ·sabe, como educador qUe é e defensor plai1tação de novas uriidaóeS de sãúde, comO
mente para a reforma das escolas estaduais intransigente desta nobre causa da educação é o·caso dos Centros de Saúde do_Aeroporto
dos municípios do interior. em- nosso País --incluSive sendo autor da V~lho, VIla Ç~pixaba e Santa Cec'ilia.
O setor educacional do Governo Flaviano emenda que obrigou os Estados e os Municí- Etn Cruzeiro do Sul, Q QoVerrtO áo E$4o
Melo se apresenta com eficácia, no interior, a
pios inve_stirem 25% do seu orçamento em - está equipando o rriOdemo Centro d.e Saúde,
podendo-se destacar Brasiléia, onde está sen- educação, e a União 18% ... que também será a $~de da 2• Regional de
do construída uma ampla escola de 1 grau,
Q
&iúde; ao mesmo tempo, cuidados especiais
O Sr• .,João CaJmon- No míf!imo! _ _
que aumentará substancialmente o número são dedicados à_ única unida!ie local de inter-_
de vagas no municlpio, contribuindo para di~ O SR. NABOR JÚNIOR- ... no mínimo. nação hospltal~r, o HOspital geral de _Cruzeiro
minuir o déficit escolar; em Senad_or _Guio- · V. E.Xt me socorre, com multa propriedade; do Sul, qÚe passa por ampla reforma: e, com
mard., visando ampliar o número de vagas no V. E?c' sabe que investir em educação é investir essa ampliação, vai garantir uma capaddade
pré-escolar, a Secretaria de Educ.,_ç_ão co_ns· no futuro da Nª'ção._ _ de 140 leitos, possibilitando assistência à po-
truiu a "Pré--escola Núbia Maria Chagas Fer- PortantO,- Õ Governador Fl'a:viano Melo, pulação de t~do o Vale _do J~ e de ~gumas
nandes", em Mândo Uma, o Governo do Esta- consciente da importância que ã. educação localidades do Estado do Amazonas._
do beneficiou centenas de estudantes, cons- deve ter dentro das prioridades do Governo, Sena Madureira terá um novo hospital, dota-
truindo uma modema escola de 1" grau, que deu destaque especial para esse setor do de 60 leitos -- o dobro da capaddade
atenderá a toda a clientela do perímetro urba-
o

FiCo mUUononrado com o aparte de V. atuaJ - e dois centrqs drúrgicos -um geral
no do município. Ex< .
e outro obstétric_o;__ a _construção do Centro
O Acre não abandona sua juventude, mes- Outro destaque da ação governamental, na de Saúde "Dr. Fernando Azevedo_Conea", em
mo quando, pela presença, desperta reações administração Flaviano Melo, é o setor médi· Bl;"asiléia, atendeu a ~tiga reivindicação da
espúrias e' violentas, como nas localidades de cc-hospitalar, com o emprego criterio~o e pro-
Extrema e Nova Califórnia, cobiçadas pelo Go~ dutivo__ de recursos próprios e de verbas oriun-
e
pOpulação daquele MuniCíPio daiá SUporte
ambulatorial_à Região do Vale_ ào Ac:;re; em
vemo do vizinho Estado de Rondônia. Entre das do Sistema Unificado e Descentralizado Tarauacá, o Hospital "Sanção Gómés" teve
outros benefícios, na Vila Extrema, o Governo de Saúde - SCIDS, especialrrterite no que sua capacidade ampliada de 36 para 451eitos,
Flaviano Melo fez a -ampliação da Escola de se refere à prevenção. Toda a rede fisica do
com a construção de um novo anexo; e a
1" Grau da VJ!a Nova Calif6iniã, que _foi amplia- Estado foi reformada. Adquiriu-se uma nova
presença atuante do Estado t.ambém_ se f~
da para melhor atender à classe estudantil des- frota de veículOs, além de a atual ter sido recU- sentir, no setor_ hospitalar, em Vila Extrema,
sa comunidade. perada. cujo "Hospital João de Souza Barbosa" teve
O Sr. João Calmon-- Permite-me V. Ex' O GoVefiió Plãvi8ii0 Melo vai lançar um o nUinero de_ leitos ampliado de 15 para 60,
um aparte? g'rande marco no setor de saúde do Acre, ao melhorando o~ atendimento médico no local.
inaugurar o noVo Hospital de Base de Rio
O SR. NABOR JÚNIOR - Ouço, com Branco, um dos mais modernos e bem equi· O Brasil está às portas de 'um colapso no-
prazer, o aparte de V.~ - pados da Região Norte, que' nada deixa a dese- abastecimento de energia elétrica, pela falta
O Sr. João Calmon-- Emiõente SenadOr jar perante os melhores do País. O grande de investimentos em novaS ·usinas ou amplia-
Nabor Júnior, desejo felicitá-lo efusivamente Hospital de Base de Rio Brarico Viu seu projeto ção das já existentes.. No Acre, como não po-
pela homenagem que V. Ex' presta ao Gover- efetivamente deflagrado em 1986, quando tive deria deixar de ser, eSse problema ainda é
nador Flaviano Melo, que está realizando um~ a oportunidade de, na qualidade de Gover~ mais grave- ..:.... -enContrando, porém, a ação
obra educacional realmente notável. V. Ex! nadar,-esfabelecer-OS-primeiros cantatas junto corajosa e decidida do Governo Flaviano Mêlo,
através de primoroso discurso, destaca, com à Caixa Ecohômica Federal. Os recUrsos as. qUe mergulha no interiõr para resolver essa
qUestão que é, verdadeiramente, de segurança
relevo singular, o esforço que o· Governador sim conseguidos permitiram ao pOvo acreano
do Acre tem realizado na área da educação, a certeza de um alto padrão hospitalar, o que nacional e integração regional.
principalmente no setor da pré-esCola, do 1? praticamente dispensará as caríSsimas, precá- Etn Cruzeiro do Sul, o populoso bairro do
e do 2~ graus. Não são multo freqüentes esses rias e iriCômOdas viagens-ãtuaaràOutras cida- Miritizal recebeu energia elétrica que benefi·
casoS de dedicação prioritária à causa da edu- des, em busca de cuidados espeCiaiS,- oU s_eja; dou mais de· 3.0ÓO fanlruas,' numa eXtensão
cação. Por isso mesmo, o pronunciamento o novo Hospital de Base vai abrigadOdas as de2.800m de rede, transpondo até o rioJuruá;
de V. Ext merece o meu_ ãplauso mais entu- clínicas especi81izadas~ sob regime de Funda~ en:a Sena _Madureira, para benefidar mais de
siástico, porque, além dessa rede de escOlas ção, devendo entrar em funcionamento ainda _mil p_ess~~ DO yilarejo Boca do Caeté, ã Ele- -
de 1" ~de 29 gtauS. O Acre ~tenta, ofguihosa· este ano.· troacre_ construiu ~ quilômetro e 85 metros
6796 Sexta-feira 10 DIÁRIO DÓ CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Novembro de 1989

de rede elétrica sobre o rio Càeté; e na Vila Melo, mas os severos limites regimentais, de Casa e de toda a Nação, indica que no extremo
Acrelândia, naAC--40 1, frnalmente, a Eletroa- tempo e espaços em cada sessão, não podem noroeste do Brasil existe um trabalho sério,
cre implantou uma usina diesel, operando em ser desrespeitados. fecundo e dedicado, no qual as díficuldades
três drcuítos, beneficiando com energia elétri-_ Concluo, assim, com dois aspectos tam- servem, em última instância,! como incentivo
ca cerca de I 00 famílias e vias públicas. Esta bém fundamentais da atual administração do para que os esforços sejam redobrados.
Vila também foi beneficiada com infra-estru- Acre: segurança e obras. O próprio documento encaminhado pelo
tura. através da Colonacre. Espedalizaçâo, melhoria das condições de Goverilador,fazendo essa prestação de contas,
Sr. Presidente, Srs. Senadores, a produção trabalho e reaparelhamento das Polícias CMI é símbolo da determinação de fazer sem gas·
rural e extratívista, no Acre, tem sido um fator e Militar foram algumas das providências to- tar: estamos acostumados a fascículos multi~
de incompreensões e explorações, até mesmo madas Pelo Governador Flaviãno Melo que coloridos, em que a policromia feérica escon~
no plano internacional, em que, não raro, o rrtudafam sensivelmente o quadro da segu- de a inconsistência dos apontamentos ali con-
Brasil - e seu extremo Noroeste ..:.... servem rança pública no Estado. tidos; Estados tão pobr~s quanto OAcre coi-i~
de escudos para proteger interesses inconfes- Diversos cursos foram realizados, tanto pela tratam carís,sjmas ·assessorias ou agêncjas de
sáveis, fundamentados na mais readonária es- Secretaria de Segurança Públic-a quanto pela publicidade, no Rio e em São Paulo, para con·
tagnação económica. Polícia Militar. Foram incorporados pela PM, tar suas discutíveis verdades, mas o Acre op~
O Governo Flaviano Melo enfrenta também em 1988, 120 novos soldadcis - masculino tau: a verdade ainda é a melhor ilustração;
este problema com lucidez e determinação, e feminino - ~ diversos cabos e sargentos as cores do realismo responsável dispensam
buscando preservar as tradicionais estruturas realizaram cursos de formação, qu também as tintas Qráficas e os textos laudatórios; a
de extração castanheira e gumífera, mas sem atingiram oficiais que se deslocaram para ou- palavra sincera ·ainda é o melhor veículo para
descuidar dos indispensáveis esforços para tros Estados. Na Polícia Civil, houve treina- respostas, também sinceras, nos momentos
desenvolver a produção de alimentos e insu- mento para 230 servidores _da Guarda Territo- dificeis como este em que vivemos.
rnos agrlcolas. Para fsso, estabeleceu como rial, que tiveram regularizadas suas situações Momentos difíceis, sim, mas é em momentos
princípio o incentivo aos pequenos e médios funcionais. Além disSo, diversos funcionários como- estes que os grandes administra-
produtores rurais, beneficiando diretamente da SSP fizeram estágios em várias áreas, con- dores mostram sua força e sua determinação.
mais de 2.300_ colonos e proprietários dessa tribuindo para o aprimoramento técnico. E, no Acre, o Brasil encontra, hoje, um desses
faixa, para quem se voltaram dois programas Junto ao Ministério da Justiça, a Secrataria homens, Flaviano Melo, que, à frente de sua
fundamentais: o Programa de Comercializa- de Segurança Pública adquiriu mais de 60 equipe, procura mostrar que ali está o futuro
ção da Produção, através do qual o Governo viatUras policiais f3ara atuarem no interior e dos sonhadores. No Acre está, acima de tudo,
garantiu a compra antecipada da produção nã capTful do Estado, cedendo outros veículos o presente dos realistas.
dos colonos, e o programa de Distr:ibução de para a Polícia Militar, que passou a fazer o Era o que tinha a dizer Sr. Presidente. (Muito
Sementes Fiscalizadas, a preços inferiores aos policiamento ostensivo em Rio Branco. bem!)
de mercado. Com isso, busca-se o aumento A ampliação e recuperação da rede fisica
da produção e a garantia da auto-sufldência O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
também marcou a atuação do setor neste ano. -Concedo a palavra ao nobre Senador_Go~
agricola do EStado. Falar em segurança, no Acre, Emplica ir mui- mes carvaJho.
Através de uma atuação específica do Pro- to além do simples aparato oficial de preven-
grama de Crédito Especial para Áreas de Re- ção e repressão às práticas anfi-sociais. A inse- OSR.GOMESCARVALHO( -PR.
forma Agrária - Procera_, quase 3 mil produ- gurança coletiva _deriva, fundamenwlmente, Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão
tores rurais foram beneficiados com linhas de do isolamento das comunidades, do distancia- do oradqr.) -Sr. Presidente, Srs. Senadores,
crédito fácil e barato, num total de recursos- mento entre ·cada município, dos abismos tenho procurado trazer ao plenário -desta Casa
que, até junho-89, já alcançava NCz$ 5,2 mi- geográficos e humanos decorrentes dos lar- temas de interesse nacional. No entanto, na
lhões. Sob a supervisão do Incra, q Procera gos e profundos_ rios que retalham o solo di'l.ta de hoje, sou obrigado a tratar aqui de
repassa ao parceleiro um financiarJiento-teto acreano, um tema específico da Região Sul.
de 250 BTN, a juros de 3% ao ano e correção Existem as__ mals portentosas e cruciais ne- Já tive oportunidade de tecer comentários,
monetária também anual de apenas 35%. A cessidades, principalmente aquelas em tomo com alguns Parlamentares, sobre o que está
carência é de 3 anos e o prazo para pagar dos traçados das rodovias federals BR-364 e ocorrendo com o Banco RegionaJ de Desen-
o"financiarnento é de 8 anos. BR-'317. São obras que exigem e recebem volvimento do Extremó Sul - BRDE. criado
Fõfãríl- reãlizados investi111entos em ptsd- atenção permanente, esforços ininterrupt6s para fomentar a produção comercial e indus-
cultura e suinocultura, e desenvolvidos proje- do .G:ovemo Estadual e da nossa bancada no trial da Região Sul, atendendo aos Estados
tas de reprodução, inseminação artificiai e Congresso Nad.onal. Mas "'s _obras. regiona- do .Rio Grande do Sul, de Santa Catarin8: e
produção animal de bovinos, ovinos e capri- lizadas, que atendem às necessidades especí- do Paraná.
nos, com matrizes importadas. ficas de comunidades ou _microrregi§_es, tam- _Esses três Estáâos do Sul possuem, igual·
As vias de acesso ao Projeto Humaitá rece- - béri"t _se- destacam entre_ as preocupações da mente, bancos de fomento dos seus próprios
beram pavimentação asfáltica, além da cons- admintstraçâ:o Flaviano Melo. O Governo tem- Estados.
trução de mais de 150 açudes e Qe urna casa construido pequenas pontes pelo interior do Lamentavelmente, ·em Governos anteriores,
de madeira serrada. No Projeto Redenção, fo- Estado, a fnn de facilitar o escoamento da o BRDE. que é a sigla que o dEmomina, foi
ram recuperados todos os ramais, pontes e produção agrfcola e as contiçóes de tráfego. usado indevidamente pelos_ Estados-irmãos
açudes e, ainda neste verão, a Secretaria de A ponte São Pedro, em Assis Brasil, é uma do Rio Granâe :_do Sul e de Santa Catarina
Desenvolvimento Agrário pretende levar estes delas;. Ouzei_ro do Sul teve quase 80 por cento para promover a rolagem de suas dívidas. As~
beneficies para outros projetes e áreas agrí~ de sua malha viária asfaltada, incfuíndo as sim, o Tesouro_ desses Estados foram poupa-
colas. prlncip~is vias de escoamento da produção, dos do desencaixe.
A mais recente investida do Governo, no corilO VilS' Pentecostes e Rodrigues Alves, O que ocorreu? - Ocorreu"qlie o BRDE
setor; está sendo a doação de implementas sem contar com a melhoria, pelo Deracre, de era obrigado a rolar os seus CDB diariamente,
agrícolas às associações rurais, além de inú- todos os r~mailiõ do Município; todos os demais pagando taxas aitissiinas <;~O mercado e, por
ineroS utensílios de pequeno porte. Até agora, Municípios intedoranos e a própria capital, Rio isso, ficou praticamente inadimplente.
já foram beneficiados com este program_a os - Branco; também vêm sendo assistidos pelo O Estado do Paraná não procedeu dessa
1
municípios de Cruzelro do Sul, Brasiléia e Se- Deracre e pelas Secretarias competentes, em- forma; o Estado do Paraná usou o banco para
na Madureira. bora a absoluta falta d~ rec.ursos específicos fomentar a indústria e o comércio.
GoStaria muito, Sr. Presidente, Srs. Seflado~ continue atormentando seus dirigenteS. Em boa hora, o Banco Centrai interveio no
de
res, seguir detalhamente com esse relato O reJcit6rio sobre cas obras do Governo Aa- BRDE e o fez, no meu entendimento, até tar-
das obras realizadas pelo Governador Flaviano viano Melo, que trago ao conhecimento da diamente.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONORESSO NACIONAL (Seção II) Sexta-feira I O 6797

Mas no momento em que interveio - e o SR. MANS<JETO DE lAVOR (PMDB O Sr. Carlos Alberto --Conceder-me-ia
é isto que venho reclamar do Banco Ceritral - PE. Pronunda o seguinte discurso. Sem V. ~ um aparte, nobre Senador Mansueto
nestatribuna-,deveriadarumasoluçãoime- revisão do orador.) -Sr. Presidente, Srs. Se- de Lavor.
diata. Não é possível que aquele organismo nadares, a menos de uma semana das elei-
O SR- MAI'ISQETO DE LAVOR-Ouço
tenha a sua intervenção há mais ou menos ções Presidenciais e com o quadro sucessório V.~ com prazer, nobre Senador Carlos Al-
seis meses sem nenhuma solução até agora. tumultuado pelo recente lançamento da can-
berto.
Os Estados do Sul não sabem se o banco . didatura Sílvio Santos, o que significa dizer
vai continuar a funcionar, se o Banco Central _que é extremamente _diff_cil prever, neste ma.. O Sr. Carlos Alberto - Nobre senador,
vai assumir e aportar novos recursos, Sob a menta, quais serão os dol_s _finalistas que dis- · V. EX' disse que teme que, nO segundo turno,
sua intervenção, ou se vai extingui-lo. Não re- putarão 0 segundo turno, mais do que nunc:a os segmentos não sejam representados, eu
clamo da intervenção, mas de wna pronta impõe-se _a União dos setores progressistas digo que, para isso, existem os dois turnos.
solução por parte do Banco Central. em tomo de um candidato comum. To dos os seg~entos estã~ representadõi t;:n-
Era iSto, Sr. Presidente e Srs. Senadores, tão, é agora que a sociedade vai decidir -
que __queria deixar registrado. (Muito bem!) Nem mesmo o desfecho dQ julgâmento, democracia é isto. Então, se, por acaso, forem
relativo à inipugnação da candidatura do ani- dois candidatos conservadores, liberais ou
0 SR. PRESIDENTE (Pompeu ·de Sousa) mador de auditório, que _dispu~ a Presidência
progressistas - não interessa quais os seg·
-ConcedoapalavraaonobreSenadorDivaJ- da República pelá legenda do PMB, Porá fim
mentos desses ~ndidatos que venham con-
do S~agy, como lider. a este quadro de confusões e __ b'l_certeZas. A quistar o segundo liimo que tiveram partici-
o SR. DIVALDO SORUAGY (PFL _ AL possibilidade de recurso ao Supremo Tribunal pação no primeiro, a sociedade como wn todo
Como Uder, pronuncia 0 seguinte discurso. -- Federal poderia levar à situação sem prece-
Sem revisão do orador.)_ EX' Sr. Presidente, dentes de um candidato disputar a eleição
e
participa. É evidente que o povo quem vai
decidir; é o povo· quem vai colocar o voto
Ex' Srs. Senadores, faleceu, na semana passa- PresidencialSub..ludfce. O próprio candidato na up1a, da mesma fonna como colocou e
da, um dos melhores homens públicos que Sílvio" Santos declarou sua disposição de ir sufragou, inteligentemente, o nome de V. Ex"
Alagoas já mandou para 0 CongreSSo Nado- até o fim, _seja qual for o desfecho do julga- -e V. Ex' hoje, representa o povo pernambu-
na!: o ex-Deputado, por quatro legislaturas, rnento de hoje. Seriam desnecessárias maio- cano.
Ocean Carleal que, por duas vezes, com as- res considerações a (espeito da situação extre-
sento na Assembléia Legislativa alagoana, ao mamente delicada que seria criada com esta O SR- MAI'ISCIETO DE LAVOR - E
longo de 24 anos de suas atividades políticas, evolução dos acontecimentos. Apenas para também o nobre de V. EX', no Rio Grande
exaltou os atributos maiores que um político efeito de argumentação e para eSgotar o elen- do Norte.
deve possuir: espírito público, honradez de _ça- co das possibilidades: se, porventura, o regis-
ráter, consciência humarUtária da nobreza do tro da candidatura for negado e o Sílvio Santos O Sr. Carlos Alberto- V. Ex' representa
exercício do processo polftfco. _ _ reavaliar o quadro e decidir rião insistir na dis- o povo pernambucano. É evidente que, nas
Ocean Carleal, que nasceu no Ceará, incor 4
pútã, poderia optar pelo aj:>olo a um candidato elelções de 15 dt: novembro, o povo brasilero
porou-se à sociedade ala:goana, através da his- -conservador. terá o direito de sufragar o nome do seu candi-
tórica cidade de Penedo, a mais antiga das Senhor. Presidente, Srs. SenadoreS, man· dato, seja ele quem for: Sllvio _Santos, Paulo
cidades alagoanas; e a identificação da perso- tido ou negado o registro, havendo recllrso, _Maluf, Ronaldo Caiado, Leonel Brizola, Lula
nalidade de Ocean Carleal com a persona- O que é quase certo, ou não havendo recuiso, -_seja quem for. Eu-acho qUe todos eles
~ade de Penedo foi um grande encontro de persistida a ameaça concreta, o risco iminente estarão representados e, aí cabe àqueles que
afinidades e de propósitos maiores. Daí dese- de o segundo turno se travar entre dois candi- chegarem ao segundo turno viabilizar a gran-
jar registrar esta homenagem, no Senado da datos da áfea conservadora. Assim afirmo, não de aliança, a aliança política que perrrtita dirigir
República a esse grande homem que tantos p~r uma posisão maniqueísta de que há divi- este País. Este País é ingovernável se não hou·
seMços prestou a Alagoas e ao Brasil. são elltre -bons e maus; não é propriamente ver wna a1iança política no segundo turno!
Ocean Carleal exaltou a atividade política. isso. É pelo desejo de que todos os segmentos É ingovef!Jável porque a nossa Constituição
Neste instante, em que 0 político é vilipen- -âii"SOciedade brasileira participem ativamente não permite que cidadão algum "amanchado"
diado, neste momento em que o político é e sejam representados, através de chapas e _ no Palácio do Planalto possa governar este
colocado diante de vários segmentos da socie- candidaturas, em um segundo turno desta País. Muito obrigado, Senador Mansueto de
dade como se fosse uma pária e não.como eleição. É só o desejo de um Pleito demo~ _Lavor.
wn construtor, um realizador de um Brasil crático. Eu não" diria- que esta é propriamente
. melhor, é sempre conveniente, é sempre opor- uma probabilidade. O SR. MAI'IsaETO DE L/WOR- Eu
hmo buscarmos exemplos como de Ocean Confio tl<.f-discemimento Qo povo do meu diria qu,~ o aparte de V. Ex' enriquece este
Carleal. Orgulho-me que Ocean Carleal tenha País _e na potencialidade das candidaturas da meu despretencioso pronundamento. A von~
falado, em nome de Alagoas, no Congresso área progressista, mas não há como deixar tade popular é ins!Jb~tuivel, soberana. Daí por
Nacional. Considero-me um privilegiado, con- de admitir que o risco_ -existe. E esse. _risco que não se pode perturbar, com artificio de
sidero privilégio tê--lo conhecido de perto, ter pode s_er, de certo modo, entendido com, na úl~ma hora, a decisão soberana do povo; não
convivido com Ocean Céir1eal, ter sido alvo reta final dessa campanha, os candidatos se pode jogar areia nos olhos do povo, na
da sua amiiade. Quero prestar esta homena- comprometidos com reform?JS estruturais, última hora, para que não possa perceber
gem, em nome de Alagoas, a esse homem aqueles _que se situam Oél dita área progres- quais são os seus verdadeiros caminhos, seus
público- que exaltou a atividade política bra- sista, com desprendimento e grandeza, se dis- reais caminhos, que são os Cl!lminhos do povo
sileira. pondo a abrir, _de~ejogo, ainda agora, uma brasileiro e deste País.
O SR. PRESIDENTE (POmpeu de- SouSa) -rodada de con~ersações, imediatamente, com Ei1tã0, concordO iilteirami:nte com V. Ex',
- Concedo a palavra ao Senador João Me- vistas à definição de programas e compro- desde que -seja tainbém_sob esta condição
nezes. missos capazes de viabilizar uma Candidatura ~ a de que não haja pertu~baçã:o, artifício
única. tDyss.es Guimarães, Leonel Brizola, Má- de última hora, para que a _vontade popular
O SR.~ JOÃO MENEZES PRON(JNCJA rio Covas, _Lula, Roberto Freire têm em co- sÊ: expresse cristalina nas uinas. Esse. real·
D[SCaRSO_ QUE, ENTREIJOE A REV/- -mum_ a seriedade. e a sincera preocupação m~. o desejo~ E; _no que se refere à capaci-
SAO DO ORADOR, SERÁ PUBUCJíDO com os verdadeiros problemas nacionais, e 9a,de de _entendimento, de n~ociação por
POSTERIORMENTE. dos candidatos GOO'l maiortradição política, parte daqueles que vão encabeçar a chapa
O SR. PRESIDEI'ITE (Pompeu de Sousa) também, Aureliano Chãves -poderia ser, com no segundo turno, não tenho absolutamente
-Concedo a palavra ao nobre Senador Mao· justiça, uncluído neste rol, por suas posições dúvida de que isso é fundameiltai. Daí por
sueto de Lavor. nítidas em defesa .dos intertesses nacionais. _que não temos que lançar candi~. de
6798 Sexta-feira I O DIÁRIO DO CONGRESSO NAGONAL (i;eção ll) Novembro de 1989

última hora, principalmente de' pessoas que SantOs" foi porque essa é uma das suas profis- rádio, como não se improvisa um atar, como
se confessam não políticos, não comprome- sões; aliás, é a profissão pela qual ele conquis- rlão se iffiprovisa um-comunicador de auditó-
tidos com••!:realldade política, porque a nego- tou o coração de multidões, não foi por ser rio, para tudç, é preciso jeito, experiência, tradi-
ciação é essencial e eminentemente política. empresário; ele conquistou o povo por ser ani- ção e dedieé!ção.
Era isso que tinha a lembrar a V. Ex' mador de auditóriO. Daí por que, dentre as
suas profissões, escolhi essa, sem nenhum De modo que o que nos preocupa não é
O Sr. Meim FDho - Permite V. EX" um
sentido pejorativo. o fato de o Sr. Sílvio Santos ser comunicador,
aparte? ser _empresário; o que nos preocupa é real-
O SR. MANSUETO DE LAVOR- Com O Sr. José Fogaça- Pennite-me V. EX' mente a sua confessada inexperiência e limita-
prazer, ouço o aparte de V. EX' um aparte? ção para tratar da coisa pública. Isso é o que
O Sr. Meira Fllho - Prezadíssimo Sena- O SR. MAI'ISUETO DE LAVOR- Con· nos preocupa.
dor Mansueto de Lavor, sabe o nobre colega a V. _E?c' o --~rte.
ce_d~ Cohtinuo, Si-. PreSiderite: _
que sou profundo admirador de V. Ex', nesta Apersistência das causas que levar~ .nos-
Casa, como também o sou de todos os Sena- O Sr. José Fogaça- Só uma peQuena so PaíS a punir com o ónus de uma qualidade
dores. Aliás, tenho um profundo respeito pelo observação: o Presidente Ronald Reagan, dos de vida que oscila entre má e péssima de
Congressista brasileiro, porque, assim fazen- Estados Unidos, tinha- por trás de si um partido três quartas partes da população, não pode
do, estou respeitando o povo do meu País. centenário, de raízes profundas na vida ame- persistir. Este é o moinento de reverter, pela
Tenho sentido, aqui, calado, que há uma ricana. via pacífica, sob o império de um sistem_a de-
expressão que se usa nesta Casa - não sei O SR. MAI'ISUETO DE LAVOR- Era mocrático de governo, esta realidade dramá-
se na Câmarã também -parece-me até que com isso que eu ia complementar; além da tica de qual ~ envergonham todos aqueles
em tom pejorativo: animador de auditório. Eu experiência política de dois, três mandatos no que são tocadOs pela ética e p-elà sensibilidade
nunca me levantei aqui para falar, em tom Governo do principal Estado dos Estados Uni- humana As portas para esta grande conver-
pejorativo, de um tomeiro mecânico, ou de dos, a Califórnia. gência políticO-partidária estão ainda abertas.
um sindicalista, advogado, médico. Absoluta,. Trata-se de pavimentar os caminhos que ga-
mente! Então, qUero lembrar a estci CaSa o O Sr. José fogaça .:....E se aSsirri nãO fosse, rantirão o aC!!Sso_.ao S.egUndo turno e_à-vitória
trabalho realizado por animadores de auditó- senador, tinha um projeto para o Pals, enrai- final, respeitadas as peculiaridades das forças
rios, que sentem, como poucos politicas - zado, comerometido, vinculado à história, à progressistas envolvidas nesta grande causa,
e não vai nisso nenhuma intenção de menos- ideologia ~ partido que o elegeu. Portanto, na- maior das causas, que é a salvação de
prezar o político - as aspirações do nosso não _conheço, na História dos povos moder- nosso País, pelo resgate de sua soberania e
· povo, as agonias do nosso povo, as decepções nos, desde que existe'm partidos políticos co- pela garantia de condições de vida digrias para
do nosso povo as alegrias do nosso povo, mo forma básica de organização popular, não o povo.
e são em determinados momentos, até porta- há exemplo de civilização hodiema de um país O candidato do PDT, l.,eonel Brizola,__ efJ:l
dores de ilusões, porque não se vive sem ilu· que tenha eleito presidente da república que quem não vamos votar nesse prfmeifO- füriló;
são. Quero lembrar, aqui, Abelardo Barboza, não pertencesse a um partido de profunda nã última segunda-feira, no Recife, abriu a dis-
o Chacrinha; quero lembrar aqui o trabalho raíies hlstóricas na nacioriali_9ade; seja presi- cussão em tomo_@ tema. Esta__é_uma causa
que Ari Barroso prestou a este País, como dencialista, seja parlamentarista, não há nação que não tem donos, pertence a todos aqueles
animador de auditório; o César de Alencar. civilizada, próspera, desenvolvida que não te- que pretendem que a pátria seja um estado
Então, eu quero deixar aqui um pedido aos nha levado ao poder alguém que seja de um de alma e n~o mera fiQJJra de retórica._
ilustres Pares desta Casa: não usem os termos grande partido nacionaJ. D~me s6 um exem-
"animador de auditório" pejorativamente. Era plo de um país_ próspero, rico e desenvolvido
só o'que eu queria dizer. que elegeu ou que escolheu um presidente Sr. Presidente e Srs. SenadoreS não seria
fruto do "aventureirismo", fruto de um projeto lícito negar a complexidade do quadro em
OSR.MAI'ISUETODELAVOR-Sena· irresponsável e sem compromisso, que eu que pretendemos operar e as dificuldades a
dor Meira Filho, V. Ex• sabe do respeito e da acederei, mas não conhe~o e creio que nin- serem enfrentadas e, se D_eus quiser, vencidas.
admiração que tenho por V. Exl', isso não é guéill me vaC dar esse registro ou esse exerllf Amagnltude desse desafio só é superada pela
só em retribuição ao início do seu aparte, mas,. pio.
grandeza dos objetivos__que buscamos atingir
realmente, pela seriedade com que exerce o neste momento. Os partidos políticos, com-
seu mandato de Senador da RepúbUca. Na OSR.MAI'ISUETODELAVOR-Muito prometidos com a causa do povo e seus can-
realidade, quero dizer, com esta responsabi- obrigado, a V. ~ didatos, estão no dever de repensar, cúnda
lidade minha, que essa expressão foi usada E em complemento exatamente às coloca- agora 1 antes do primeiro turno, a presente su-
para expressar uma profissão: comunicador, ções do Senador Meira Filho, no aparte hon- cessão presidencial. Isto é importante e poderá
radialista, animador de auditório, cOmuniCa- roso que nos deu, eu gostaria de complemen- ser dedsivo para que o nosso País possa emer-
dor de massas. -tar o que V. B(' afinna, Senador José Fogaça: gir das eleições de 15 de novembro _com uma
Há pouco, ·o Senador João Menezes, sem ao lado de ter o Presidente Reagan um grande estrutura de poder apta a promCNer o desen-
nenhuma restrição de V. ~. nem nossa, refe- partido c.om uma filosofia, com estruturas, volvimento com justiça social. Assim, os presi-
ria-se ao fato de que o Presidente da República com tradição centenária, ele tinha eXperiência dentes dos partidos e seus candidatos estão
dos Estados Unidos que antecedeu o atual político-administrativa, porque, depois que no dever de manter entendimento que possa
tinha sido ator de dnema, atuando em Holly- deb<ou a profissão de ator, se dedicou à políti- resultar-em acordo, idéia já levantada pelo can-
wood; dizem os criticos cineni.atográficos ~ue ca, foi prefeito, foi Governador do maior dos didato Leonel Brizola, até o próximo sábàdo,
um mau ater, mas que foi, seQundci S. Ext, Estados dos Estados UnidÕs, que é a Cali- até o próximo domingo, último dia dó Progra-
um grande Presidente dos Estados Unidos, fórnia.. e p_or mais de uma vez. Então, chegou ma Eleitoral Gratuito, no sentido de visar aqui-
é verdade- e aqui é só para repor um pouco à Presidência da República com toda a expe- lo que parece ser impossível, que parece um
os fatos- e depois de ter deixado a profissão riência de homem público e com toda a visão sonho, mas que pode se tomar ~~ealidade: a
de ater, honrosa, como a de animador de audi- que dava aó seu partido poJftico, -que é um união de todas as forças progressistas em tor- ,
tório, como a de locutor de rádio, como a dos maiores dos Estados Unidos, aJterando no de uma chapa, para enfrentar as investidas,
de comunicador, profissões Com as quais me o ppder ç:om o Partido Democrata. os casuísmos e as manobras dessas foi'Ç'ls
identifico- fui dezoito anos homem de rádio, E claro, prezados colegas senadores, que conservadoras.
portanto, não colocaria nenhum sentido pejo- não se improvisa um presidente da República Nos momentos cruciais, quando estão em
rativo nessa expressão, pelo contrário, quando ou, pelo menos, um bom presidente da Repú- jogo valores básicos da nacionalidade, não há
coloquei aqui "o animador de audit6rio Silvio blica, como nãó se improvisa um locutor de como deixar de aceitar o desafio da corrida
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Sexla-feíia 10 6799

contra o tempo, para evitar a contramão da Será, assim, com justificada expectativa, a) Sector Assessoria e Construções Uda.;
J-listória. _ - , ·que os novosMunldpios, criados pelas Consti· b)__ Perelly Empreendimentos Imobiliários
De hoje até 15 de novembro~ mais especifi- tufções EstadUais de 1989, aguardam a opor- Lida; e
camente, até o final desta semana, quando tunidade de elegerem diretamente os seus di- c) Guia Incorporações. Construções e
se encerra_o Horário_El_eitoral GratuitO h o rádio rigentes e legisladores. · Empreendimentos Ltda.
e na televisãO, vaffios viver o sesafio -_mais Esse desejável cenário esbarra, no entantq, TOdas com obras e sede em Florianópolis.
do que o desafio, o grande sonho de unir em mome_!Jtât!g@_invi_abilização decorrente de Valho-me da oporb.midade para reiterar pro-
as forças democráticas e progressistas deste indispensáveis medidas a serem tomadas para testos de elevada estima e distinguida consi-
País. . que sejam eles ifl:lplantados definitivamente. deração. -
Essa é mais do que uma tarefa; é- uma mis- Enquanto isso, cabe ao Congresso se ante- Sala das Sessões, 9 de novembro dê 1989.
são que cabe a todos nós. (Multo bem!) cipar no estabelecimento de normas que per- -José Fogaça.
E;Ja o que tinha a dizer, Sr. Presidente. mitirão a convivência harmônicà da sociedade
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
com o proCesso eleitoral, a fim ·de que possa
O SR. PRI;SIDENTE (Pompeu de Sousa) ela ter melhor participação política. Dentro -O requerimento lido vai ao exame da Mesa.
~ Sobre ã. mesa, projeto que será lido pelo (Pausa) ·
desse raciocínio, par.ece-nos indispensável
Sr. 1~ Secratário. ---
evitar o descompassO ~ntre diversos pleitos Sobre a mesa, comWlicação que se'rá lida
eleitorais, uniformizando-se a data de suas rea- pelo Sr. }9 Secretário.
É üdo o seguinte
lizações. -É lida a· seguinte
PROJETO DE LEI DO SENADO Sem_descurar que a freqüência das eleições
COMISSÃO DE REIAÇÓES
1'1• 367, DE 1989 é Uma das pedras angulares da demoCracia,
EXTERIORES E DEFESA
é da maior importância sejam elas resguar-
dadas por uma legislação correta. A intenção . NACIONAL
Dispõe sobre eleições para Prefeitos. do projeto é essa, a de tomá-Ias proveitosas Brasília, 9 de novembro de 1989
vice-Prefeitos e Vereadores dos novos para a administração públ!ca e benéficas para
.Municfpios criados pelas Constituiçôes Sej:Jhor Presidente, nos termos regimentais
o povo. _
Estsduais. , comurúco· a V. Ex'P a prorrogação por mafs
Sala das Sessõ_es, 9 de novembro çle 1989.
15 dias do prazo para apreciação por esta
O Congresso ,NacionaJ decreta: -Senador Moises Abrão. Comfssão, do Projeto .de Decreto Legislativo
Art. 1' As eleições para Prefeitos, vice-Pre· n• 50, de 1989. · .
feitos e Vereadores dos Municípios criados pe- LEOIS/.AÇÁO CITADA Na oportunidade, renovo a V. Ext, meus pro-
las Constib.Jições Estaduais de 1989 serão iea- testos de eleVaC:Ia estima e consideração. -
hadas conjuntamente com as eleições para LEI N• 7.664, DE 29 DE JUNHO DE 1988 Senador Nelson Carne/!'o, Presidente em exer-
Governadores, vice-Govemadores, Senado- cício.
res. Deputados Federais e Deputados Esta- Estabelece normas para tt realização O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
duais, em 1990, ressalvadas as disposições
em contrário constantes de seus textos e das das eleições municipais de 15 de novem- -A ~omunicaçáo lida vai à pubHcação.
bro de 1988 e dá outras providêndas.
leis complementares relàtivas ao assunto. O SR. PRESIDENTE (Pompeu"de Sousa)
Par6grafo ónico. Os Prefeitos, vice-Prefei- -Está fmda a Hora do ~ente. -
tos e Vereadores· eleitos na forma do caput Passa-se à
tomarão posse na mesma data prevista para
LEI N• 7.710, DE 22 DE
a dos Governadores e vfce-Govemadores .. DEZEMBRO DE 1988. ORDEM DO DIA
Art. 21' O mandato dos Prefejtos, vice-Pre-
feitos e Vereadores, eleitos na fonna desta lei, A Presidência determina a retirada da pauta
coincidirá com os dos Prefeitos, vice-Prefeitos Dispõe sobre a _eleição para prefeitQs,. das matérias constantes dos itens 1 e 5, por
e Vereadores dos demais Munjcípios eleitos vlce-prefeitoS e vereadores áos _municí- dependerem, respectivamente, de diligência
ern 15 de novembro de 1988. pios novas cliados até 15 d~ julho de e de requerimentQ.
Art 311 A plicam-se nas eleições de qUe tra- 1988. e determina outras proVidências.
tam esta Lei a legislação eleitoral vigente e, São os seguintes os itens Í'eti.rados da
no que couber, as normas das Leis n~ 7 ~664, pauta
de 29 de junho de 1988, e n• 7.710 de 22 -(À ComisSão de Constituição, Jus- -1-
de dezembro de 1988. . tiça e Odad_élnii! - decisão te~minatlva)
Parágrafo único. O Tribunal Superior Elei- · Discussão, em turno único, do_ Projeto de
toral expedirá instruções para o fiel cumpri- Decreto Legislativo n• 36, de 1989 (n> 112189
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) na Câmara dos Deputados), que aprova o at~
mento desta lei. - O projeto lido será publicado e remetido
Art 49 Fica o Poder Executivo autorlza.dd que renova a concessão outorgada à Rádio
às Comissão competente. (Pausa) Imperatriz Sociedade Ltda., para explorar ser~
a destacar crédito especial, na forma requerida Sobre a mesa, requerimento que será lido
pelo Tribuna,( Superior Eleitoral, para fazer face viço-_de radiodifusão sonora em onda média,
pelo Sr. 19 Secretário.
ao acréscimo das despesas relativas às elei- na Ciâã.de de Imperatriz, Estado do Maranhão
ções previstas no artigo 1'; · É lido o seguinte tendo •
Art. 59 Esta lei entra em vigor na data de REQClERJMEI'ITO 1'1• 604, DE 1989
. PARECER PREIJMINAR, por pedido de dili-
sua publicação. gêndas.
Art. 6~> Revogan:t-se as disposições em Senhor Presidente,
Em ·conformidade com--o ait 216, item. I, -2-
contrário.
dO Regimefito lnterno do Senado Federal, pe- VêtoTolai
Justlllcação ço a V. Excia: o especial obséquio de solicitar
ao Exm~" Sr. Ministro da Fazenda que remeta
à esta easa as Seguintes informações: PROJETO DE LEI DO DF
É pressuposto da sua autonomia. conferir-se .-N, 54, DE 1989
aos Municípios. a facuJdade de exercerem o 1. Valores e datas das parcelas do finan-
direito político de participação no exercício do ciamento imobiliário l~rados pela Sul Brasi-
poder público, expresso na eleição dos seus leiro Crédito lrnobªiário ~ •. às _segui11tes em- Discussão, em turno único, do veto total
Prefeitos e Vereadores. presas: apt?SiO ao Projeto de Lei dQ DF n9 54, de 1989,
6800 Sexta-feira 1 O DIÁRIO J)Q <':6r'fdREsso NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

que reestrutura a categoria fundonaJ de Assis- obrigat9ria a indusão deespetáculos mu~ vo.contratual à operação de crédito externo,
tente Jurídico do Plano de Oassmcação de -~icais ao _vivo
nas__C~&aS de di'{ersõ~. ten- fu:mado_em I2 de outubro de 1978, junto
O!rg()s de que trata a Lei n• 5.920, de 1973, _do . a um_ <:onsó~:cio de bancos fran_cese_s, com
fixa sua retribuição, e dá outras providências. PARECER, sob n• 258, de 1989, da to. vistas a possibili.tar _a ~qllisição __de equjpa·
(Ténnino do prazo da Comissão do Distrito _menteS de origem Trancesa para _a amplia·
missão de
Federal para apresentação do relatório - ção da Centrar Termoelétrici!_ Presidente
2-11-89.) ... . .. - . - Coilstítuiç&J, Jusüça e Gdadania, Médici, no Rio Grande do Sul. - -
pela constitucionalidade, juridicidade,
O SR. PRESIDENTE (Pcimpeu de Sousa) Em-·disscussão. (Pausa.)
com em~nda que apresenta de n9 1-CCJ.
-=-Não há número para deliberação. Não havendo quem peça a palavra, encerro
As matérias _constantes da Ordem do Dia Em discussão. (Pausa.) a discussão.
em fase de votação ficam adiadas. N_ãp havendo quem peça a palavra, encerro A votação-é adiada por falta de quorum.
a_ discussão.
São os seguintes os itens_ cuja votação A votação -é adiada por falta de quorum. O SR. PRESIDENTE (Pompeu de SoU...)
é adiada: -Volta-se à lista de oradores.
_Q t;R. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) Concedo a palavra ao nobre Senador Mário
-2- -'=Item 7: Maia
- Discussão, em turno único, do Projeto
PROPOSTA DE EMENDA - -~de-Resolução no 74, de 1g-89, de iniciativa OSR. MÁRIO MAIA (PDT ~AC. Pronun-
À CONSillUIÇÃO --::_ da Comissão do Distrito Federal, que dis- cia o seguinte discurso. Sem revisão do ora-
N• 1. DE 1989 doi'.-) .:...:... Sr. Pn~slde_nte, S(s. Senadores, na
põe sobre a remuner.:ição_ do Vice-Go-
vemador do Distrito Federal e dá outras semana passada, em aparte a um dos Colegas
Votação, em primeiro turno, da Proposta -~ providências. senadores, que estava discorrendo sobre o
de Emenda à Constituição n• 1, de 1989, de mOmento político presente, fiZemos conside-
autoria do Senador João Menezes e outros Em discussão. (Pausa.) rações a respeito do processo eleitoral brasi-
Senhores Senadofes, que aJtera os prazos es- N~o havendo quem peça a palavra, encerro
leiro, que, depois de 29 anos de jejum, estava
tabelecidos no§ 6~ do art. 14, para desincom- a discussão. resumido à disputa entre dois magnatas da
pathilização do Presidente da República, dos -A votação é adiada por falta de quorum. comunicação, da mídia nacional.
Governadores de Estado, do Distrito Federal A disputa do_ processo eleitoral se deslocou
e dos Prefeftos, tendo O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) da áfea dos candidatos. rionnalniEmte indiCa~
-Item a: dos pelos partidos, para uma disputa entre
PARECER, sob n• 145, de 1989,
-da Comissão Tenfporária, favorável ao _D~cl!~são, em_turno r,lnicÇ>, do Projeto doís·granaes-canais de televisão ou duas.em~
prosseguimento da tramitação da matéria, de Resolução n 9 75, de 1989, que autoriza presas televisivas: as Orgãnizações Globo de
. can voto vencido dos Senadores Chagas Ro- a Prefeitura Municipal de Vitória da Con- Televisão, e Sistema Brasileiro de Telewisio.
ckfgues e Maurício Corrêa. -- ·quista; Estaao da Bahia,- a contratar opera- sendo que um tem um preposto, o Sistema
ção de crédito no valor correspondente, et11 Globo de Televisão que, é póblico e notório.
-3- cri.Jzcid6Sri0vo5,aZ006.I88 Bônus do Te- vem apoiando e fazendo campanha J*'8 o
souro Nadonal, junto à Caixa Econômica - seu Candidato -ofiCioso, o Sr. Collor de Melo,
PROPOSTA DE EMENDA Federal. de_ um pequeno partido, o PRN. Recentemen--
À CONSTJTcnÇÃo te, o Sr. SilVio Santos, ele me"srrio· dOnO dB
Em discussão. (Pausa.) segunda organização em comunicação atra-
N• 2, DE 1989 Não havendo quem peça a palavra , encerro véS da imagem, vem a ser canCiidato ou pre-
a discussão. tende ser candidato à Presidência da Repú~
Votação, em primeiro turno, da Proposta ':: y~~9 é_ adiada ~r fa~ d~ quorum. blica. [)_aqUi a pouco, aliás, saberemos se será
de Emenda à Constituição n" 2; de 1989, dê O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) candidato ou não, uma vez- que os órgãos
autoria do Senador OJaVo Pifes e outros Se~ -Item 9 de comunicação_ ~scrita, os jornais, hoje, qua-
nhores Senadores, que modifica o § 3 9 do se por unanimidade, apresentaram manche-
art 4 9 do Ato das Disposições Constitucionais DiscüSsãó, em turno único, do Projeto tes de primeira página, dizendo que o pedido
Transltórias. de Resolução n9 76, de 1989 (apresentado de registro da candidatura do Sr. SiMo Santos,
pela Comissão de Assuntos Econõmicos no tribunal Superior EleitOi-ai, será julgado
-4- -romo coriclusão de seu Parecer n? 274, de logo mais, às 18 horas e 30 mil)utos. Esse
1989); que autoriza a República Federativa julgam_et:J,_to é o fato mais importante no dia
PROPOSTA DE EMENDA do Brasil a ultimar contratação de operação de hoje, e a Nação brasileira toda esfã em
À COJ'!SillUIÇÃO - .de-crédito externo, no valor e~uivalente a estado de expectativa para saber qual o desfe-
N• 3, DE 1989 até US$ 55,600,000.00 (cinqüenta e cinco cho ou quais os desfechos que trafá esse
milhões e seiscentos mil dólares america- acontecimento. Mas, também, segundo o noti~
Votação, em primeiro turno, da Proposta nos) junto ao Banco Jnteramericano de De- ci_ário, tanto o povo b[asihiirõ, quanto o candiw
-- senvolvimento - BfD. dato e os que_ o promovem, e os que estão
de Emenda à Constituição n" 3, de 1989, de
autoria do Senador Marco Maciel e outros se~ Ero discussão. (Pausa.) contra ele, se encontram naquela situação do
nhores Senadores, que acrescenta parágrafo Não havendo quem peç:a a palavra, encerro se
dito popular: "Se cOrrer, o biCho pegã, ficar,
ao art I 59 e ãltera a redação do inciso II do a disCussão. o bicho come". Porque, deduzwse do notidáno,
art. 16I da Constituição Federal. A votaç:ito é adiada por falta de quorum. - qualquer que seja o resultado, para um lado
ou para outro, resta aos interessados, ao can-
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) O SR~ PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) didato e aos seus impugnadores, o recurso
-Item 10: .
-Passa-se, pois, à matéria em fase de discus- ao_ Supremo Tribunal Federal.
são. ____ Discussão, em turno único, do Projeto Então, encontrc~mo-nos numa situação em
de Res_olução n~ 77, de 1989 (apresentado que a ins_egurança se faz grande pelas falhas
-Item&. pela Comissão de Assuntos Econômicos d.os próprios órgãos _de informação, preten-
DiscUssão, em turno único, do Projeto _como condusão de seu Parecer n" 275, de dendo_ informar o povo, Se já havia desinfor-
de Lei da Câmara n 11 9 I, de I 986 (n 9- I 989), que autoriza a Companhia EStadua1 mação antes, agora a perplexidade se toma
1 .804/83, na Casa de origem), que toma de Erierqia Elétrica :.___ CEEE a ultimar aditi- cada vez mais evidente.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO I'!AabrW. (Seçâo 11) Sexta-feira 10 6801

Mas, Sr. Presidente, lamentamos a situaç_ão quisas com alto indice de preferência popular. com uma visão correta e cientifica dos proble-
a que chegou a política brasileira neste mo- Os dois exemplos estão aí: o PRN, com o mas brasileifos. O resultado também foi per-
mento, a este estado de indefinição. Fazemos, Sr: ·couor de Mello, um partido formado on- verso para o Pais.
nesta tarde, às vésperas do Julgamento do pe- tem; e o PMB um partido também muito re- O SR. MARIO MAIA -Senão trágico!
dido de registro da candidatura do último can- cente~ a:gora ofer.ece ~ sigl~ a !-lm homem que
didato, uma autocrítica. Por que_ este caos? diz que não é político; faz questão de dizer, O Sr. José Fogaça- A soma da ditadura
Por que a presença de um elemento pertur- peremptoriamente, -qüe não é político e, por militar com a tecnocracia desumana foi pro-
bador, que a todos nós preocupa n~ste mo- - isso, não vai visitar as cidades e os Estad_os, fundamente desastrosa para os trabalhadores,
mento, dentro do processo eleitoral que se o que fará apenas depois de Presidente da para os assalariados, para os despossufdos,
ferirá dentro de poucos dias- restam 6 dias? República.- Ainda há pouco, ouvia o Sr. SilviO para a classe média, para os pequenos e mé-
Muitos aquf se manifestaram, dando razão, di- Santos fazer esta- afirmação: "ão Contrário dos dios empresários, para os pequenos e médios
zendo que é de direito o registro do_candídato: pOlíticOS. não vou visitar Os Estados, as cidades agricultores, enfim, foi algo que teve propor-
restava a ética questionada. Outros acham que de vocês, o meu povo, porque vou fazê-lo após ções -drámaticas para toda a Nação.
não tem direito, porque, perante a Lei Comple- a minha eleição__à_Presid~ncia da República".
mentar n9 5, S. 5' não poderia ser candidato, Mas, Sr. Presidente, não querO questionar
uma vez que é pública_ e notoriarriertte, diri- se o Sr. Collcir-âe-Mello tenha culpa. isso que Durante muito tempo, ao longo de vinte
gente, senão diretor de uma concessionária estamos vivendo são efeítos de causas profun- anos de ditadura, não se execrou a política.
do serviço público, que é um canal de tele- das, causas que estão, .como já afirmamos porque não estava em causa; o País vMa de-
visão. aqui, mais de_ uma vez- e outro dia, fazíamos baixo de uma dita.dur.:,, debaixo de um I:_egime
essa afirmação em aparte ao nobre Senador autoritário que, pelos seus instrumentos de
Mas, sem entrar no mérito dessas questões Fogaça - que está no inconSciente; é um poder e de força, garantia a preservação dos
Jeg8is. de ele ter ou não direito,_ Q problema fenômeno inusitado do inconsciente coletivo interesses da classe dominante. Logo, não era
é muito grave, porque é o estado a que chega- nacional, que está sentindo um vaziO e jogan- necessário desmoralizar os políticOs ou a polí-
mos, depois de 29 anos de ~ilêndo, se11_1 o do no des.con}:lecido, porque do conhecido tica, porque os interesses das oligarquias, dos
direito de escolher Presidente da República; ele não quer mais saber, teve tantas frustra-
s6 poderíamos chegar a este estac:!o em que ções, através de um regime autoritário e, de~ poderosos, dos donos do dinheiro, estavam
assegurados, preservados e defendidos pelo
• instituições ficaram submer~idas, os par:ti- pois, no processo de transição, que não_acre- manto, pela cortina dE: fumaça montada pela
dos políticos enfraquecidos, deiXando de e>as- dita mais em nada que é conh~Cido, procu- ditadura militar. Volta a democracia e os inte-_
tir em virtude de um processo ditatorial autori-
demorado, em que os partidos políticos rais do desconhecido estão se materializando, resses populares novamente precisam ser rn-
rando o desconhecido. As expressões eleito-
tário trados, expostos e defendidos, através dos par-
foram. propositadamente, destruídos. agora, nessas imp1'ovlsações, como foi, no on- tidos e dos políticos. E só há uma maneira
Então, mais uina vez, a nossa tese vem rece- tem recente, o Sr. Collor de Mello, e como de faze( voltar a preservar '()S interesses_ d""
ber ajuda à confirmação dos fatos, quando, está sendo no hoje, ao amanhecer, o Sr.Sílvio classe dominante. Como não há mais possibi-
em outras oportunidades, afumamos, desta Santos. lidades de intervir em partidos e fechá-los,
tribuna e alhures, que o_ maior crime que o O Sr. José Fogaça- Permite V. EX' um proib[r o exercido a liberdade de expressão,
golpe político-militar de 1964 cometeu, contrã censurar o rádio, a televisão, o cinema, os
aparte?
os direitos políticos dos cidadãos brasileiros, · meios de comwUcação, como não há mail
foi a dissolução dos partidos políticos em como podar, cortar os poderes institUcionais.
1965. Aquela época, os Partidos estavam a O SR. MARIO _MAIA- Concedo o aparte as prerrogativas constitucionalmente assegu:-
a
engatinhar; havia nos .horizontes formaÇão ao nobre Senador José Fogaça. rndas ao Congresso Nacional, trata-se, agora,
de um ideário político, não apenas dentro dos - de usar outra arma, não tão Yistvel, talve~ não
estatutos, mas as agremiações partidárias co- O Sr. José -Fogaça - Estou acornpã:- tão primária como a arma da força,' da violên-
meçavam a ter a sua existência, a sua fision~ nhando a reflexão de V. EX- Este assunto já cia e do autoritarismo institudonal; trata-se,
mia, a sua configuração anatômica nos gran- o debatemos aqui, em outra oportunidade, agora de usar essa arma...
des partidos como a UDN, PDS, P'JB, PSB mas quero lembrar a V. EX' que a tese de 0 SR. MÁRIO MAIA_ ... sub-reptícía...
e outros partidos menores. que a salvação do País- está longe do lugar,
Com a dissolução dos partidos políticos, e, onde estiverem os políti:éos,fá foi largamente ó -Sr. José Fogaça__;,.: -Sub-reptícia, sutil,
agora, na redemocratização, após vinte e tan- apregoada, em 1960; pelO Sr. Jânio Quadros; mas extremamente eficaz, que é a da sistemá-
tos anos de autoritarismo, estamos lutando oquefezoSr.JãnioQuadroschegaraopoder tica desmoraliza&ão, a do sistemático enfra-
para formar novos partidos, mas, verificamos, com facilidade foi exatamente esse _discurso, quecimento dos partidos e dos políticos. O
com tristeza, que está difíciL compô-los. Ao o discurso de que ele não tinha nenhum pro- resultado diS$0 ~ sempre a preservação dos
invés de consolidarmos os partidos políticos, jeto nacional, de_ que riao tinha vínculo com interesses da classe dominante. V. Ex' tem
apesar de nossos esforços 'individuais como nenhum partiâõ Político e não tinha nenhum alguma dúvida de que a eleição do Sr. Fer_nan--
políticos, o que observamos ,é a sua dissolu- compromisso com os políticos. Os resultados do Collor de Mello ou a eleição do Sr. Sílvio_
ção, é a desagregação daqueles partidos que dessa sedução foram trágicos para o Brasil. _ Santos não signifcará a preservaÇãO desses
foram intermediários no processo da redemo- Eu me lembro de que, em 1964, embora a poderosos interess~s?
cratização no País. Haja vista o que está ocor- minha percepção daquela realidade fosse
rendo com os grandes partidos políticos, co- bem mais restrita do que hoje, se dizia que O SR. MÁRIO MAIA - Não tenho a me-_
mo o PMDB, como o PFL_ e outros menores o Brasil não podia mais ser governado por nor dúvida.
que, ao invés de se consolidarem estão em políticos. E foi o que justificou o golpe contra
pleno processo de desagregação. ~o fato que a Constituição -e contra a democracia. Porque O Sr. José Fogaça - Pergunte à Fíesp,
observamos. o Brasil tinha que ser governado por técnicos à UDR, às forças mais conservadoras e retró-
E os pequenos Partidos são os que apre- e por homens impolutos como os militares. gradas deste Pais se _não _vêem _com bons
sentam candidatos que têm demonstrado, pe- Essa tese era larga e cfjfusamente defendida, olhos a eleição de um desses dois nomes que
lo menos através das pesquisas, maior prefe- no Brasil, a de que somente generais sem acabei de citar. E os dois, diariamente, um,
rência popular. nenhum compromisso com as mazelas da vi- não sei se ria sua ingenuidade _ou na sua-inca-
da partidária, da vida política. homens supos- pacidade de entender o mundo, a dizer que
Os mais novos, os mais reéei1tes apresen- tamente e tão-somente voltados para o bem é um homem não político, um homem que -
tam candidatos que são manip1,.l]ados, ou não, da Pátria, de um lado e. de outro, técnicos, nada tem a ver com a política- V. Exi' acaba
Dela mídia nacional e têm aparecido nas pes- que seriam, tam~m a.postamente. homens de fazer uma referência até jocosa - a de
6802 Sexta-feira 1 O DIÁRIO DO CONGREsSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de 1989

que ele não vai às cidades, porque não é poÚti- ReaJmente, os argumentos lócidos de V. EX maneira não evidenciada, r 1F.1S escondida, e
co. Isso chega a ser jocoso. Isso chega a ter trouxeram luzes ao meu acanhado e desali-· não só isto, é colocado de uma maneira tam-
característico de uma verdadeira chacota. nhavado racfocinio, improvisado a(tui de re- bém subliminar, ·na ·consciência do pcvo, pro-
Mas. de outro lado, vemos também o Sr. Fef-- pente. - curando-se demOnstrai él iiiefidêilCiã: e ades.:
nando CoDor de MeDo a explorar, diariamente, Mas, V. Ex!' se referiu ao fato importante necessidade até da existência deste Poder. E
na televisão, esse jogo da desmoralização do que estamos vivendo e sobre o qual faláva- vêm, então, esses luminares, esses salvadores
Congresso e dos partidos; ele, por exemplo, mos, que é a desagregação dos partidos políti- da. Pátria, de momento, e se apresentam ao
de 1983 a 1987, foi meu Colega na Câmara cos pelos interesses das oligarquias dominan- povo coma sendo a verdade e ajustiça.
dos Deputados, onde convMamos, aliás, mui- tes e que vão buscar, às vezes, num momento Estamos muno Preocupados, todos os bra-
to raramente, porque o Sr. Fernando Collor assim, um elemento pseudocarismático, co- sileiros responsáveis, os políticos, com os des-
de MeDo era o campeão do absenteísmo, ta1- mo accinteçeu na época em que a UDN tinha tinos das nossas instituições, porque parece
vez wnadas pessoas menos vistas na' Câmara cOrflo"calldidato, se não me falha a memória, que estamos vivendo situação_ tão delicada
dos Deputados. pela sua ausência sistemática, o pai do nosso colega Senador Jutahy Maga- que, a qualquer momento, podem acontecer
pelo seu desinteresse, até pela sua debilidade lhães, Juracy Magalhães e deixow de conside- fatos que rioS levariam a uma instabilidade,
do ponto de vista da atuação politica. Naquela rá-lo, aceitando como candidato o Sr. Jãnió a rumos indesejáveis.
época, ele nada fez para mudar a estrutura Quadros, que não tinha compromissos com Portanto, Sr. Presidente e Srs. Senadores,
do poder; ao contrário, posicionou-se contra os partidos politicas. Agora, me vem à memó- eu queria deixar este registro das minhas preo-
as mudanças que haveriam de devolver prer- ria uma cena___da Convenção que ocorreu na cupações, fazendo também minhas as pala-
I'Ogl1livas ao Congresso e, agora. se jacta de Câmara dos Dep!Jtados, no Rio de Janeiro, vras do orador que me antecedeu., Mansueto
.er uma espécie de paladino da restauração e eu me lembro do gesto que ficou gravado de Lavor, de que os homens que têm um
da rtlOl'ililidade, suposto pa1adino de uma su- na minha retina: o Sr. Jânio Quadros, esco- passado legível, que_ têm uma vida transpa-
posta restauração da moralidade. No momen- lhido pela Convenção, pegou a bandeira da rente, através de cujas páginas pode-se ler
to em que vejo essas coisas, eu me dou conta UDN e agitava no plenário, dizendo, em seu a sua história, mesmo para aqueles que não '-
de que a análise que faço, de que a preser- digçJ,Jrso; a seguinte frase: "Esta bandeira da concordem com as suas idéias, são homens
vação das oligarquias, dos donos do poder, UDN, não a deixarei Cair." Com sere meses que, desde a juventude, têm uma vida pública
dos donos do dinheiro, a preservação daque- de Governo, ele não só deixara cair a Bandeira exposta à consideração e à análise edUca da
les que gostam de mandar no País, sem pred· da UDN, como deixava rota toda a progra- consciência brasileira; que esses homens co-
sar do Congresso Nacional, eliminando as ins- mação, Colotandd'o País num caos dãltro loqueni de lado, por um momento, as suas
tituições democráticas, depende da desmora- do qual passamos a viver até hoje fazemos paixões naturais- porque não se pode defen-
lização da classe política; ou seja, esses inte-. fo.rç-ª para dele sair. Por isso dou toda a razâo der uma idéia, perseguindo a vitória, sem gran-
resses poderosos só prevalecerão no jogo de- a'!: ~ quando ... de emoção, e a_emoção, às vezes, leva aos
mocrático se os partidos e os políticos forem excessos de manifestação - coloquem as
enfraquecidos. ,Num país onde os partidos e O Sr. José Fogaça- A condecoração suas ambições pessoais de lado e possam
os políticos tiverem respeitabilidade, as oligar- de Che Guevara. aparentemente, era um con- chegar a um ponto de compreensão, que ê
quias não mandam, não mandam! Não basta trél-senso em relação às bandeiras conserva- o momento de sentarmos par21 pensar nodes-
a um usineiro poderoso... doras d_a JJDN, e isto mostra que _ele não tinha tino deste Brasil, que será grande se os ho-
nenhum compromisso. menssouberem compreender este momento.
O SR- MÁRIO MAIA - Peço pennissão · Muito obrigado, Sr. Presidente. (Muito bem!)
para interromPê-lo...
O Sr. José Fogaça - ... a um capitão
-o SR. MÁRIO MAIA- Depois que assu-
mtu o Governo, as suas ações administrativas O SR. PRESIDENTE (Pompeu de SoUSll)
de indústria. de São Paulo pegar o ~elefone no Executivo, demonstraram, com absoluta
para deitarordBts sobre o Presidente cJa. Repú- - Com a palavra o nobre Senador José Fo-
clareza, que ele não tinha compromisso algum gaça.
blica ou' sobre: o Congresso. É preciso que com o partido que o· elegeu nem com qual-
tenha apo!o soçlal. quer program21 partidário. Ele não tinha nem
O SR- JOSÉ FOGAÇA (PMDB - RS.
'
O SR. ~O MAIA-Senador José Fo- programa pessoai nem seguia o do partii:lo,
porque pássbu a administrar através de bilheti~ Pronuncia o seguinte discurso. Sem. revisão
gaça, para que. o brilhante aparte de V. Ex"
não fique mais longo do que ·o meu discurso, nhos que proibia briga de galos. briga de caná~ do orador.)-- Sr. PreSiaenl:e, Si-s. Senadores,
rios e, inclusive, se preOcupava com a mOda novamente, quero aqui cwnprir uma obriga·
eu pedfrfa uma ·chance para concluir.
da época, com as vestimelias femininas. ção; à qual me impus desde a Assembléia
OSr.José Fogaça- Eu apenas encerro, Dentro deSse emaranhado- admulistrativo Nacional Constituinte.
lamentando ter:sido tão extenso no meu apar- sem rumo, não diria incompetente, porque Quero crer que a cada momento, a cada
te no discurso de V. Ele dizem que é homem inteligente e sábio, mas passo deste processo político que estamos
I sem rumo e sem destino, atê que terminoÜ vivendo, amplamente democrático; inequivo-
O SR- MÁRIO MAIA - Ma~. brilhante!
Lamento ter @e interrompê-lo, mas a Mesa
renunciando, e de uma maneira inusitada que, camente democrátfco, é preciso chamar a
até hoje, estamos procurando as forças ocul-
jã me faz sinal. I tas que alegou terem influído na sua decisão
atenção para a fragilidade do sistema de go-
verno que estabelecemos na nova Constitui-
O Sr. José Fogaça -As observações que de renúncia e não sabemos por quê. ção.
fiz aq pronunciamento àe V. Ex- tiveram ape-
nas a intençãÓ de explorar um aspecto que Então, agora, quando esses candidatos vol- Há alguns dias, procurei salientar que esta
V. Ext, infelizm~nte, não tinha explorado. ~m CQil] o mesmo argumento, com as mes- anomalia, esta situação esdrúxula, qúe resulta
mas teses';"'tom estilos até pareddos, não tão
O SR- MAlHo MAIA - Eu fico multo diferentes, de não dar atenção ou de menos-
da entrada, do ingresso do Sr. Sflvlo Santos
na disputa eleitoral, só poderia ocorrer - co-
grato. i prezar ou proflígar contra os partidos políticos, mo de fato só ocorre - no regime pr.esiden-
· O Sr. J~ Fogaça - Os holofotes da quando menosprezam o silencioso trabalho dalista, que vive exatamente disto: da monta-
.sua ~·e da sua inteligência não haviam dos políticos, muitas vezes anônimo, aqui, nos gem das aparências, do Jogo cênico, da ta"rsa,
sido jqgados.'sobre isso e eu tentei, modesta- meandros do Congresso Nacional, nas Co~ da teatralidade fabricada. Os gênios dessa tea-
mente; mostfar oo Plenário. Obrigado a V. ~ missões, nas dependências, nas repartições, tralidade, por talentos ou requisitos pessoais
I nas residências,. ou ao levarem os projetes próprios, são os rrials- credenciados à condi-
O SR- IIIAluo MAIA - Eu agradeço a para estudar em casa, dar os seus pareceres, ção de candidatos no regime presidencialista
v. Ex' tudo isso é colocado, como V. EX diz, de uma No entanto, não são, c:orrespondente ou equiw
Novembro de 1989 - DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11)

valentemente, credenciados para o exercício dente, quanto menos comprometido com o De fato, Sr. Presidente, se o !hefe de Estado,
do cargo de Presidente da RepúbUca. stl!tus quo vigente, quanto mais anti estabfish~ que é o súnbolo da Rep_óblica, que é o símbolo
E é por isso que vemos o País vítima dessa ment, mais o candidato deve ter respeito ao das instituições, que é o símbolo do Estado
armação, de todo esse embuste, montagem cargo, porque é a respeitabílidade, a intangi- democrático, é o mesmo chefe de Governo
grosseira, primária, mas eficaz, que alguns biltdade institucional do cargo que assegura que mete as mãos rias questões cotidianas
candidatos fazem para envolver, com uma au- ao Presidente a possibilidade de empreender da in_flação, do sa1ário, da renda, da·questão
ra de carisma, até de messianismo, a sua figu- as reformas e atingir Os -mais poderosos e financeira, da questão económica e das ques-
ra de candidato. intocáveis interesses deste"País,Sr,_presidente. tões políticas do país, resulta nisto, resu1ta nes-
Passamos por isso com o Sr. Jãnio Qua- Temos visto,_e.registrado esses fatos . .t: triste ta confusão e nesta ameaça, neste perigo, que
dres, e nesta eleição, quem explora isso com perceber que o Chefe de Estado, que é o repre- é uma das características do presidenda1ismo.
mais veemência, desde o primeiro momento, sentante das instituições, o sJmbolo da Pátria Ao se atacar o chefe de Governo; ãtaca-se
é o Sr. Fernando Collor de Melo; e, agora, e, portanto, um homem inatingivel e intocável, o Chefe de Estado e acab~-sé atacando~ tam-
0 supra-sumo dessa estratégía se configura porque_ se confundem nele as instituições de- bém, ~s própriaS institUiÇões, que, na sua figu-
na candidatura do Sr. Sílvio Sahtos. , mocrãt!Cas, os valores do Estado e _da demo- ra, se confundem, na sua figura estão simbo-
Mas. Sr. Presidente, não é exatamente isso cracia, tenha que, também, ser o Chefe de lizadas.
o que me traz a esta tribuna, mas as palavras Governo, e cometer todos os erros, e exercer Não posso deixar, portanto, de fazer esse
ditas, através da televisão, pelo Sr. Fernando o cargo com tanta fragilidade, com tanta fra- registro, porque quero crer que, gradativa-
Collor de Mello, contra o Presidente José Sar- queza, com tanta debilidade. mente, iremos amadurecendo críticas, consi-
ney, uma fala carregaçla de violência -verbal derações e análises em tomo deste sistema
inaudita. No último sábado, no seu horário Infelizmente, Sr. Presidente, é isso que nós que tanta polêmica, tanta discussão gerou na
gratuito, o candidato do PRN ofendeu o Presi- presenciamos._ Quando se vê um candidato Assembléia Nacional Constituinte e que, creio,
dente da República cOmo o Sr. ___Fem'!ndo Çollor de MeJio, p~a vai ser ~atéria de ampla díscussão, de pro-
Sr. Presidente, é bom lembrar que, na me.s. 0 qual 0 problema de respeitar 0 cargo de funda aná1ise da_ sociedade brasileira nos pró-
ma noite, 0 candidato do Partido de v. EX~. Presidente da República não existe, ele não Ximos anos.
do PSDB, tocou no mesmo assunto com a precisa disso- a aristocracia, os homens do Obrigado a V. EX' (Muito bemt)
mesma veemência, eu diria até, com muito dinheiro, os homens do pode:, os velhos mao-
mais contundência e profundidade, sem qual- dantes da República não têm nenhum proble- O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
quer ofensa à figura do Chefe de Estado deste ma com a respe~tabilidaçle do~- c:,ar:gos públi- '"-::::'Concedo a palavra ao nobre Senador Fran-
País. E é onde quero chegar, Sr. Presidente. cos --. , quando vemos um homem como císco Rollemberg.
Não tenho qualquer razão para defender, o Sr. Fernando CoJior de MeUo agindo assim,
aqui, a pessoa do Sr. José Ribamar Samey; nós tememos, nós chegamos a ter um senti~ O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG
tenho contra ele também as mais severas e menta de ins~_gurança, Porque, ao atingir o (P.MDB- SE. Pronúncia o se9uinte disCUiSO}--
rotundas restrições, peJo seu comportamento Chefe de Estado, pode abrir justificativas para -Sr. Presidente, Srs. SenadOreS, -a ce:ntenária
fisiológico, dienteliStlco, primário, e que ftze- as soluções menos d_esejáveis, menos demo- aspiração do povo de Sergij)e p~la recupe--
ram 0 cargo-de Presidente da República des- cráticas, menos ii1stituc:iqj"mis~ Um risco que ração de 18.000 Km2 de s~u território, jnc;or-
merecido, desqualificado no País, nos últimos veja V. EX', um candi_dato _de esquerda não pcirados Indevidamente ao Estado da Bahia,
anos. correria, porque tal é a preocupação dos can- ganha espaço de absoluta representatividade
didatos mais avançados com compromissos pela entrada do Legislativo_ Estád:Ual na atual
No entanto, V. Ex", como todos os demais populares mais definidos - são tão ciosos luta já empreendida pela Bancada Federal
senadores, são testemunhas de que, aqui da da questão democrática, que V. Ex• não vê, desde o período constituinte, e agora, perante
tribuna do Senado, jamais foram lançadas pa- da parte deles, agressões verbais, essa violên- a Comissão de Estudos Territoriais __do Con-
lavras com conteúdo de violência e desres- cia verba1 em relação ao Presidente da Repú- gresso Nacional.
peito ao cargo de presidente da República que blica, até porque o papel de oposição não A Constituição serQipana dera o paSso irii~
todos que aqui estão têm consciência de que dePende dessa violência verba1, mas da essên- cial, ao inscrever, no caput de seu art. 29, que:
é preciso preservar e respeitar. -- cia dos posidonamentos, depende do conM
fronte real de posturas e de posições no que "O território do Estado, constituído por
E vou mais longe, Sr. Presidente~- quanto Municípios, compreende o que atua1men-
mais revolucionário for o papel que jog"a o tange às relações de poder, às relações de
produção, à~ reJações efetivas de poder neste te se acha sob o seu domínio e jurisdição,
representante popular, quanto mais tranSlor- o que lhe é assegurado pela tradição, do-
madora da sociedade brasileira for a sua visão, Pais. E, nesse caso, as difereriças entre o Se-
nhor José Samey e _o Sr. Côllor de Mello são cumentos histórico-s, leís e ju1gados, não
mais ele precisa respeitar a figura do Chefe podendo ser alterado senão nos casos
de Estado, que é o presidente da República. quase J:~enhuma, ambos pertencem à mesma
extração de poder, não têm conflitos no inte- previstos pela Constituição Federa1."
E ai, valho-me novamente do pronunciamento
do candtdato do Partido de V. Ex!, Sr. Presi- rior da classe a que pertencem e a qual servem A expressãO "o que lhe é assegurado pela
dente. Justamente por ter ele uma visão refor~ organicamente. Seus conflitos são passageiM tradição, documentos históricos, leis e _julga-
mista é que sabe que, para empreender refor- ros e meramente políticos, ou seja, em tomo dos", reafUTna, em nossa Carta estadual, a ine-
mas económicas e sociais mais profundas, da ocupação desse ou daquele cargo, no caso quívoca conotação jurídico-histórica que se
neste Pais, é preciso preservar a autoridade de Presidente da República. pretende como o referencial mais legítimo a
política. -POrtanto, Sr. Presidente, quero aqui f3fer consubstanCíar noSsa aspiração.
Para o Sr. Fernando COllor de Mello, não oregistrodequeéextremamentedanosopara Diante desse dispositivo, os Deputados
há necessidade de preservar a autoridade polí- o processo democrático, para o processo insti- Laonte Gama, Dilson ·Batista e José Carlos
tica, porque S. EX-, como vive, é origináiio, tucional· de recupe-ração da democracia que Machado, ofereceram à deliberação máxima
como tem o seu nascedouro político no poder estamo empreendendo no País, que_um can- do Plenário da Assembléia Legislativa o anexo,
econômico, não dá nenhuma importância à dfdato precise valer-se da violência, do desres- como parte integrante deste pronunciamento,
autoridacle pol1tic:a, à al.rtoriclade ir>.st!tudona!, peito-.verba! ao cargo di! Chefe de Estadü; ProjetO- de Lei N? 53, de 1989, -que dispõe
porque S. Ex" está acostumado a se sustentar para poder obter vantagens eleitorais imedia- sobre a criação d_e__ uma Comissão de Estudos
em cima do dinheiro, do poder de fato, aquele tas e o quanto isso significa de ameaça, de sobre o Território Sergipano, composta de re-
que lida com as decisões de fato, neste País. instabilidade, de inseguqm_ça para esse mes- presentantes do LegislatiVo, Executivo e J.~di­
Quanto mais establishment, quanto mais mo proc-esso democrátic:o, e o que isto s 1gni- dário, -incumbidá de estabelecer ·as reais fron~
comprometido com o status quo, mais pode fica como um dos males ingênitos do sistema teiras do Estado. Esse Projeto surge em decor-
se dar ao luxo de desrespeitar a figura do Presi- __ presidencialista. rência do mandamento de nossa Constitução
6804 Sexta-feira 1 O DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (SeÇão II) Novembro de 1989

estadual, de que a trâdlção e a documentação Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente e vembro de 1989. Deputado Laonte Gama -
histórica são peças da maior relevância para Srs. Senadores. Muito_obrigado. (Muito bem!) Deputado Difson Batista - Deputado José
se buscar a sxnplementariedade dequela Lei Carlos Machado.
/'1\aior, pela ciiação da referida Comissão.
O materiaJ básico a ser utilizado em seus DOCUMENTO A QIJE SE REFERE O ·Justificação
trabalhos é o integrante do levantamento por ~SR.FRANCISCO ROLLEMBERO EM
nós executado durante esse perfodo iniciado SEU DISCURSO: O Estado de Sergipe, secularmente espo-
com o exercício do Poder Constituinte, o_ca- ""ESTADO DE SERGIPE liado pela Bahia de grande parte do se_uterrltó-
sião em que buscamos, por todas as formas Assembléia Legislativa rio original, encontra, em seu atual texto cons-
a nosso alcance, ver aprovadas sucessivas titucional, respaldo suficiente para reforçar sua
emendas destinadas a recompor a parte sul posição -defendida na Assembléia Nacional
do tenitório sergipano. - - -_Projeto de Lei n9 53/89 Constituinte_ e junto à Coffiissão de Estudos
Hoje, entretanto, à luz de copiosa prova do- Territoriais do Congresso Nacional pelo Senà-
cumental, fomos forçados a considerar tam- Deputados: Laonte Gama, Dilson Batista, José dor Francisco RollerTiberg, coadjuvado por to-
bém a fronteira oeste como passível de restau- Carlos Machado da a bancada sergipana - de reaver-se do
,ração, de modo a tomar a fisionomia territorial esbulho praticado contra seus domínios histó-
sergipana o mais próximo da realidade. Cria a ComisSão de- Estudos sobre o ricos.
Território Ser!/ip8i10, e- dif Outras provi- O presente Projeto de Lei, longe de conti-
Itapicuru, Rio Real, JandaJra, Santa Brígida, d~ncías.
Pedro Alexandre, Coronel João Sá, Antas, a- tuir-se em documento formal, visa a satisfazer
cero Dantas, Paripiranga, Ribeira do Pombal, A Assembléia Legísrativa decreta: a opinião pública e o s_entimento coletivo de
Ribeira do Amparo, parte de Paulo Afonso e Art. 19 Fica criada a Comissão de EStUdos sergipe de um instrumenfõ ágil capaz de pro--
de Jeremoabo são Municípios que, obedeci- sobre o Territ6rio Sergipano, destinada a esta- porcionar o reencontro do nosso território
dos os ditames da justiça, em greve farão parte belecer os limites fronteiriços do Estado, nos com suas_origens.
integrante do nosso Estado, conforme que- termos do artigo_2"' da Constituição Estadual. Para tanto, pretende contar com a partid-
rem seus habitantes, ligados e Sergipe por Art. 2"' A_Comissão se compõe de 5 (cin- pação de representantes dos três Poderes es-
indiscutíveis laços cuhurais, comercia!s, so- -co) membros indicados pela Assembléia Le~ taduais na formação de uma Comissão desti-
ciais, e tantos mais que a usurpação foí inca- gislativa, 2 (do!s), pelo Poder Executivo, e 2 nada a demonstrar, documental e_ te_çnica-
paz de romper. (dofs), pelo P~der Judiciário. mente, se a usurpação realmente existiu, em
Parágrafo unico. Os membros represen- que dimensões, e de que forma pode ser sana-
O "Estudo sobre a Origem dos Limites entre tantes da Assembléia Legislativa serão desig- da.
Sergfpe e Bahia", mandado fazer por ordem Ao recomendar o aproveitamento dos estu-
nados pelo Presidente, por indicação forma-
do então Governador da Bahia, Dr. José GOn- lizada pelos respectivos Líderes, assegurada dos Jeyados a efeito pela bancada sergipana
çalves da Silva, publicado em 1981, por seu a participação propordonal partidária. na Assembléia Constituinte, além de levanta-
caráter insuspeito, é o vefõr que nos impele Art. 39 A indicação de que trata o artigo mentos cartográficos e geodésicos, o Projeto
a reivindicar o que nunca deixou de s_er nosso:.- 29 se fará no prazo máximo de 20Tvinte} diãS, quis aproveitar a existência de exaustiva doeu·
1R033Kffi2 de área indevidãmenie anexada contados da vigência desta Lei. mentação comprobatória da legitimidade do
àquele Estado, conforme confissão do próprio Art. 4"' A Comissão se instalará no prazo nosso pleito, a fim de que a Comissão, então
réu. Sabemos que há mais. Entretanto, neste máximo de 10 (dez) dias, contados da indica- instalada, possua um ponto de partida para
momento, para que a polêmica não se estenda ção de seus membros. suas investigações. Por essa razão, acompa-
além do reconhecimento dos baianos, esta- § 1"' Para a execução de seus trabalhos, nham este Projeto de Lei os esrudos "A Ques-
mos a reclamar apenas aquele pedaço de é facultado a Comissão convocar o assessora- tão de Umites entre Sergipe e Bahia", de auto-
chão sergipano, habitado e desenvolvido por mente de órgãos públicos da administração ria do Senador FranCisco Rollemberg, e o texto
nossa gente, mas administrado, graças a um estadual, por prazo determinado e para a reali- da exposição por ele feita perante a Comissão
lapso histórico, por outra Unidade da Fede- zação de atividades específicas, bem como de Estudos Territoriais do Congresso Nacio-
ração. soJlcitar aos órgãos públicos federais informa- nal, como ponto de partida para o desenvol-
A iniciativa da Assembléia Legislativa do ções necessárias ao desempenho de suas atri- wimento dos trabalhos.
nosso Estado vem coroar nossa luta, que é buições. Caso as conclusões correspondam ao prin-
também a: da Bancada federal, como caixa § 2 9 A Coinissão se valerá dos estudos his- cípio norteador deste Projeto, em sintonia com
de ressonância das aspirações de nossos tóricos realizados pela bancada de Sergipe na a deliberação maior- do Plenário, recomenda-
ooestaduanos. Assembléia Nacional ConstitUinte, além de ou- se a criação de uma Comissão Permanente
O projeto dispõe, no parágrafo único de tros, e de levantamentos cartográficos e geo- dos Umttes Territoriais de Sergipe, destinada
seu art. 5 9, que "se as conclusões o recomen- désicos, para o balizamento das demarcações. a acompanhar ~uªs_ recomendações.
darem, a Assembléia Legislativa criará uma Art. 5~ No prazo de 180 (cento e oitenta) Por tudo de grandioso que este Projeto pre-
Comissão Permanente dos Umites Territoriais dias, a Comissão submeterá o resultado de tende, estamos certos de sua plena acolhida
de Sergipe (... ),destinada a acompanhar e im- ~us estudos ao Plenário da Assembléia Legis- pela Casa,"
plementar as me~idas decorrentes". lativa.
Isso significa, Sr. Presidente e Srs. Senado- Parágrafo único. Se as conclusões o reco- O SR. I;'RESII)ENTE (Pompeu de Sousa)
res, que, a comprovarem os estudos histó- mendarem, a Assembléia Legislativa criará - Concedo a palavra ao nobre- SenadQr Mar-
ricos. cartográficos e geodésicos a existência wná Comissão Permanente dos Umites Terri- cos Mendonça.
do esbulho, Sergipe estará vigilante, por seu toriais de Sergipe, com 5 (cineo) membros
povo ordeiro, no sentido de fazer cumprir, nas e igual número de suplentes, respeitada a re- O SR. MARCOS MENDOI'IÇA (PSDB
vias administrativas e judiciais, as determina- presentação proporcional partidária, destina~ -SP. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr.
ções que a própria consciência cMca é-capaz da a acompanhar e implementar as medidas Presidente, Srs. Senadores:
de impor. decorrentes. AI;) se avizinhar o dia tão aguardado, e por
As frentes porque temos atuado são muitas, Art. 69 Esta lei entra em vigor na data de tanto tempo negado aos brasileiros, de exercer
e melhores serão seus resultados se estiverem sua publicação. plenamente o seu mais legítimo direito de ci-
agregadas a um prindpio comum ditado pela Art. 79 ·Revogam-se as disposições em dadania, que é o de poder escolher livremente
convicção Inabalável no acerto da justiça, em contrário. aquele que comandará uma equipe que, sem
assodaç.&o com nossa tradicfonal orientação Sala das Sessões da Assembléia L.eglslaliva autoritarismo mas com autoridade, poderá ti-
de respeito pelo bem alheio. do Estado de Sergipe, em Arã:caju, 6 de no- rar nosso já tão descarecterizado País da inér-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6805

cia em que se encontra sua Administração, " .Jamais, meSmo ãpós extenuantes negocia- Voto útil ~ voto em Mário COVas, Porque
pelo despreparo ou pela falta de vontade polí- ções ao longo de dias ou semanas, furtou~se este é o candidato em tomo do qual se Unirão
tica de querer acertar, não poderia furtar-me Mário Covas à- obrigação do voto em plenário todas as correntes jovens, experientes, ideo]Q-
de trazer, hoje, a esta Casa, algumas conside- ou nas. Comissões da Constituinte. Ao con- gicas, sincer~s, quer acreditem em sólidos
rações sobre as eleições presidenciais. trário de detratores- desquaJificados, Mário Co- programas de _governo, quer desejem gc;wer-
Daqui a uma semana, o Brasil começará vas, após as reuniões, reafirmava seus· com- nantes sérios, firmes, honestocS e respeitáveis!
a conhecer seu novo Presidente - o primeiro promissos com o voto aberto e público, com- Talvez apenas um do.s demais contendores
escolhido em pleito direto, através do voto se- parecendo às sessões e cumprindo seu dever. possa oferecer uma vida de tantas_constâncias
creto e universal, após duas décadas mancha- Ou seja: participação em reuniões de lide- democráticas, marcada pela persistência· e Pe-
das pelo arbitrlo, pela prepotência, pelos ca- ranças não exclui a obrigatoriedade da pre- la firmeza. _Respeitem-se os que buscaram no
suísmos, que tentaram, inutiJmente, preservar sença em Plenário. "oizer o contrário significa, Exterior !ú:ia integriàãde tiSica -~mas-reconhe~
urna $ituação desesperadora. err: última instância, sofiSmar ou simplesmen- ça-se: coragem de verdade foi a dos que fica-
A eleição de 1989 tem aJgumas particula- te ignorar as regras parlamentares. ram, enfrentaram, arrostaram toda a violência
ridades nova·s, em relação às anteriores: a insti- Não percamos tempo, entretanto, com acu- do aparato repressivo da ditadura.
tucionalização do voto do analfabeto, a aber- saçôes vazias de maus representantes, que o-povo brasileiro está perante uma enCruzi-
tura das cabines aos jovens na faixa de 16 o prO()rio povO já se encarregou de demolir, lhada múltipla, atônito e perplexo, procurando
a 18 anos, a concentração vertiginosa dos elei- como se vê rias mais reCentes pesquisas de identificar o melhor e mais seguro dos cami-
tores nos grahdes centros urbanos, a conse- todos os institutos. nhos.
qüente redução do eleitorado rural e dos biste-
Falemos de coisas sérias. A aventura caudilhesca ou o oportunismo
mente lembrados "currais" do coronelismo, revestido de arrogância?- QUe opçãO terrível
E nada é mais sério, hoje, do que preparar
a conscientizaçao da cidadania, em. níveis ja- é esta, que procuram lffipor a toda uma gera-
a opinião pública para as eleições que se avizi-
mais vistos, através dos programas e debates nham. Nada é mais importante do que falar ção recém-investida dos direitos politicas es·
via rádio e televisão, tudo isso indica a neces- a··verdade, trabaJhar com a ética realmente camoteados em quase duas décadas?
sidade urgente de uma palavra também reno- válida, a única, aquela sem disfarces e voltada o·segundo turno é uma re.alidade, na suces-
vada, para esclarecer e elucidar o novelo de para as· esperanças- itaéionais. -· - são presidencial.
alternativas e contradições·desta última sema- Ao longo de todo o processo de resistência Mas, antes dele, vem o primeiro turno.
na pré-eleitoral. PrincipaJmente, devemos es- à ditadura, o povo usou o voto como sua arma Se não votarmos con1 plena consciência
clarecer o que será o segundo turno. -porque rião existe canhão ou tanque mais no primeiro turno, mesmo à cUsta de poster-
Não mais podemos nos ater à forma demo- poderoso que a determinação e a persistência gar preferências íntimas ou prioridades since-
crática -é hora de procurar o conteúdo explí- nacionais.
ras, poderemos nos enCoritrar, no mês seguin-
cito e declarado, fugindo aos semi-tons con- ESs.iürie5mã arma, o voto consciEinte, pode te, com um dilema aterrorizador. Sim, porque
fortáveis. e deve ser usada para evitar que uma nova no segundo tumo, correremos o risco de esco- ·
Não mais podemos procurar apenas pala- ditadura ou novos tempos turbulentos derru- lher um de dois candidatos que não estão
vras elegantemente rebuscadas - é hora de bem a democracia construída, em sUas funda- dentro do modelo que preferimos para o Brasü
usar os termos certos no contexto exato. Não de nossos frlhos. - -
ções, nesta meia década, inidada com a vitória
mais podemos nos omitir ~m nome de princí- de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.
Consciênda é a palavra-chave do momento
pios que, formalmente éticos, comprometem que vivemos.·
o próprio futuro daS instituições - é hora de Estigmatiza-se o chamado voto útil como Lucidez é uma obrigação da quaf não pode-
ter coragem e ousar, fazer propostas positivas algo espúrio e antidemocrático- quando, na mos nos furtar.
e voltadas para o valor maior: a democracia. realidade, ele é o mais democrático dos recur- f-1\ário Covas é o homem que tem por' trás
A campanha eleitoral foi marcada pelo con- sos políticos, a opção entre o possível e a de si a melhor eqtripe e o melhor programa.
traditório, não apenas nos debates, mas tam- utopia. Vendedores de ilusão, em seuS recuos Mesmo que sua pessoa política esteja np mes-
bém nos espaços reservados e restritos de _e saltos ideológicos, dizem as palavras que mo nivel daquelas mais brilhantes e dignas,
cada candidato ou grêmlo partidário, dentro julgam mais convenientes, desonestamente busque-se a diferença, em relação aos demais
da programação disciplinada pelo Tribunal procuram afirmar aquilo que o povo quer ou- postulantes, no binômlo programa de gover-
Superior Eleitoral. vir, escondendo suas próprias idéias. Se é que _ no/equipe de apoio político-partidário.
Quem tem caráter e competên,.cia acusou as têm! Não me animam intuitos menores, de des-
de peito aberto, denunciou cara-a-cara e reba- Falo em voto útil, sim! prezar outros homens, pisotear legendas tam-
teu, também sem se _esconder, críticas infun- A1guém precisa ter a coragem de dizer, bém dignas.
dadas; os outros preferiram se refugiar atrás aberta, stncera~-lisamente, o que vai nas men- Busco, apenas, a simples e clara verdade
de letreiros frios nas telas da TV, usando, em tes e nos corações mais escla~ecidos desta _ institucional, o.. espírito e a alma nacionais que
off, a voz dos locutores contratados. Pátria! identificam a _importância de não se desper~
diçar o voto deste momento crucial.
.Mário Covas jamais foi omisso em sua vida Por mais que me constranja fazer compa- O Voto não pode ser inútil.
pública, cujos destaques- acredito não pred· rações com_yenerandos, respeitáveis líderes O voto não pode deiXar de- sér em Mário
sam ser recordados neste Plenário, em São da luta pela democracia; por mais que seja Covas. (Muito bem!)
Paulo ou em qualquer locof onde haja um arriscado ferir as vaidades e as.ambiÇões de
brasileiro consciente. velhas lideranças personalistas, angustiadas
Foi o mais at\lante e decisivo dos líderes' nesta que é sua última chance de chegar ao
poder, por mais que possa ferir legítimas aspi~ COMPAREC,EM />Ws OS SRS. SENADO-
na Constituinte, encaminhando os principais
acordos, participando de reunióes iriinterrup- rações de autênticos representantes dos traba· RES:
tas, procurando compor, invariavelmente, as
lhadores consçientes- mesmo assim, defen~­ Mário Maia - Ronaldo Aragão - Jarbas
do o voto lúcido, qualquer que seja seu nome Passarinho - Carlos Patroclnio - Carlos Al-
melhores e mais viáveis soluções dentro da
Lei Maior.. Friso e. repito a verdade: fazer wna corrente. berto- Hwnbe:rtd"Lucena ......-Marco Maciel
Constituição significa lutar pelas melhores so- Voto útil, por que não? - Hugo Gontijo - Mário Lacerda - José
luções, mas quando os princípios fundamen- Voto úb1 agora é ~ único meio de evitá-lo Fogaça.
tais se encontram ameaçados, é obrigação mais à frente; é medida profilática, de legitimi-
dos legisladores coerentes sair em busca da dade incontestável, face à gravidade de um
quadro cujos cOntornos só os irresponsáveis O SR- PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
solução mais viável, justamente para preservar
ignoram. -Não há mais oradores inscritos. (Pausa)
os fundamentos positivos.
6806 Sexta-feira I O DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção 11) Novembro de 1989

Na presente sessão terminou o prazo para Discussão, em turno único, do Projeto de clusão de seu Parecer n9 274, de 1989), que
a apresentação de emendas às seguintes ma- Lei do Senado no:> 328, qe 1989---Complemen- autoriza a República Federativa do Brasil a
térias: tãt, âe autoria do Senador Divaldo Suruagy, ultimar contratação de operação de crédito
- Projeto de Lei do DF n' 75, de 1989, que estabelece normas gerais aplicáveis ao externo, no valor equivalente a até US $
de iniciativa da Comissão do Distrito Federal, Imposto sobre Transmissão inter vivos, a 55.600.000,00 (cinqüenta e cincO ITiilhões e
que veda construção em Brasília, nos locais Qualquer Título, por ato oneroso, de bens imó- seiscentos mil dólares americanOs) junto ao
e nas condições que menciona, apresentado veis, por natureza ou acessão tisica, e de direi- Banco Iriterainericano de Desenvolvimento-
por sugestão do deputado Geraldo Campos; tos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, BID. .
e - bem como cessão de direitos à sua aquis!ção
- Projeto de Lei do DF n• 76, de 1989, ....,.... ITBI-IV. (Dependendo de parecer.) -lO-
de iniciativa da Comissão do Distrito Federal, Votação, em turno único, do Projeto de Re-
que estabelece reservas de projeções e lotes -4- solução n9 77, de 1989 _(apresentado pela Co-
de terreno em planos de expansão Urbana PROJETO DE LEI DO SENADO missão dé Assuntos Econômicos como·con-
do Distrito Federal para os fins que especifica, N• 332, DE 1989 dusão de seu Parecer n9 275, de 1989), que
e dá outras providências. apresentado por su- autoriza a Companhia Estadual de Energia
__(Em ·regime de urgência, nos termos· do
gestão do Deputado Francisco Camefro. Elétrica ~CEEE a ultimar aditivo contratual
ADa Projetos não foram oferecidas emen- art. 336, c, do Regimento Interno)
Discussão, em turno único, do Projeto de à operação de crédito_ extemo; firmada em
das. Lei do Senado n9 332, de 1989, de autoria 12 de outubro de 1978,junto a um consórcio
As matérias serão encaminhadas à Cornís- do Senador _Márcio Lacerda, que revoga os de bancos franceses, com vistas a possibilitar
sio do Distrito Federal, para proferir parecer arts. 51, 151 e 157 do Código Eleitoral, que a aquisição de equipamentos de origem fran-
defentivo sobre as proposições. cesa para a ampliação da Central Termoe-
determinam medidas sanitárias nos títulos
O SR.. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) eleitorais de portadores de hanseníase. {De- létrica Presidente Médici, no Rio Grande do
-Não há mais oradores inscritos. pendendo de parecer.) Sul.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar
-5- -ú-
a presente sessão, designando para a sessão
~ de amanhã, às 9 horas, a seguinte
Vota-ção, em primeiro turno; da Proposta
PROJETO DE-LEI DO DF de -Em_enda à Coilstituição n9 1, de 1989, de
N• 72, DE 1989 autoria do Senador João Menezes e outros
ORDEM DO DIA
(Em regime de urgência, nos termos, do Senhores Senadores. que a1tera os prazos es-
-l- art. 336, c, do Regimento Interno) tabelecidos_no _§ _69 do art. 14, para desincom-
PROJETO DE DECRETO LEGJSLAllVO Discussão, em turno único, do Projeto de pattbilização do Presidente da República, dos
N• 36, DE 1989 -:.Léi do_ DF iiF 72, de 1989, de iniciativa do Governadores de Estado;Oo Distrito Federa1
Governador do Distrito Federal, que cria, no e dos Prefeitos, tendo
(Incluído em Ordem do Dia, nos termos PARECER, sob n' 145, de 1989,
do art. 353, parágrafo único, do Regimento
Quadro de Pessoal do Distrito Federal, os car-
gos de natureza especial que menciona e dá ........ da Comissão Temporária, favorável ao-
Interno) prosseguimento da tramitação da matéria,
Discussão, em turno único, do Projeto de outras providênciaS. (Dependendo de pare-
cer.) com voto vencido dos Senadores Chagas Ro-
Decreto Legislativo n• 36, de 1989 (n' 112189, drigues e Maurício Corrêa.
na Câmara dos Deputados), que aprova o ato -6-
que renova a concessão outorgada à Rádio -12-
Votação, em turno único, do Projeto de Lei
Imperatriz Sociedade Ltda, para explorar servi- da Câmara n9 91, de 1986 (no 1.894/83, na Votação, em primeiro turno, da Proposta
ço de radiodifusão sonora em onde a média, Casa de origem), que_toma obrigatória a indu· de Emenda à Constituição n9 2, de 1989, de
na cidade de Imperatriz, Estado do Maranhão, são-de espetáculos musicais ao vivo nas casas autoria do Senador Olavo Pires e outros Se-
tendo -de diversões, tendo nhores Senadores, que modifica o § .3"' do
PARECER PREUMINAR, por pedido de dili- PARECER, sob n~ 258, de 1989, da Comis- art 4 9 do Ato das Disposições Constitucionais
gênda. são de Transitórias.
-2- - Constituição, Justiça e Cidadania,-- pela -13-
PROJETO DE LEI DA CÂMARA constitUcionalidade, juridicidade, com Emen-
da que apresenta de n9 ·1-CCJ. _ - Votação, em primeiro turno, da Proposta
N'48, DE 1989 de-Emenda à "ConsHtúiÇã0119-3~CJe 1989, de
(Em regime de urgência, nos termos do -7~ autoria do Senador Marco Maciel e outros Se-
art 336, c, do Regimento Interno) nhores Senadores, que acrescenta parágrafo
Discussão, em turno único, do Projeto de Votação, em turno único, do Projeto de Re-
solução n9 74, de 1989, de iniciativa da Comis- ao art. 159 e a1tera a relação do inciso II do
Lei da Câmara n• 48, de 1989 (n' 2.014189, art. 161 da Constituição Federal.
na Casa de origem), de inldativa dó -TribUnal são do Distrito- Federal, que dispõe sobre a
Superior do Trabalho, que altera a compo- remuneração do_ Vice-Govemador do Distrito
Federal e dá outras providências, -14-
sição do Tribunal Regional do Trabalho da
Discu.Ssão, em turno único;- do veto total
9t Região, cria a função de Corregedor Regfo- -8- apOsto ao Projeto de Lei do DF no;w 54, de 1989,
nal e cargos em comissão e de provimento
Votação, em turno único, do Projeto de Re- que reestrutura a categoria funcional de Assis-
efetivo no Quadro Permanente da Secretaria solução nç 75, de 1989, que autoriza a Prefei- tente Jurldico do Plano de aassificaç!o de
do Tribunal Regional do Trabalho da 9• Re- tura· Municipal de Vitória da Conquista, E'stado Cargos de qUe trata a Lei n9 5.920, de 1973,
gião, e dá outras providências. (Dependendo da Bahia, a contratar operação de crédito no fJXa_ sua retribuição, e dá outras providências.
de parecer.) valor correspondente, em cruzados novos, a (Término do prazo da Comissão do Distrito
-3- 2.006.188 Bônus do Tescuro Nacional, junto Federal para apresentação do relatório -
PROJETO DE LEI DO SENADO à Caixa Económica Federal. 2-11-89.)
No 328, DE 1989 -9- -15-
(COMPLEMENTAR) Votação, em turno úrúco, do Projeto de Re- Discutosão, em turno .suplementar, do Subs-
(Em regime de urgência, nos termos do solução n 9 76, de 1989 (apresentado pela Co-- titutivo ao Projeto de Lei do Senado no 83,
art 336, c, do Regimento Interno) missão de Assuntos Econômicos como con- - de 1988, de autoria do Senador Ney Mara-
Novembro de' 1989 DIÁRIO DO CONQRESSO NACONAL .(Seção 11) Sexta-feira 10 6807

nhão, que _dispõe sobre a incorporação ao pa- que desacreditem o banco. Eles servem a inte- Sr. Presidente, nós, aqui, ainda não regula-
trimônio do Estado de Pernambuco dos bens resses do capital multinacional, que se empe- mentamos a lei nessa parte~ A Caixa Econô----
pertencentes ao extinto Territóriá Federal de nha em tpmar conta do sistema financeiro mica, recentemente, fez concurso e manteve
Ferriando de Noronha e dá outras providên- do Pa'ís, em manter girando a ciranda de espe- -os índices etários dos ConcUrsOs anteriores.
cias, tendo culação financeira, em continuar com as taxas E não poderia ser diferente no Banco do Brasil.
PARECER, sob n' 292, de 1989, da Co- de juros escorchanteS. Ele pode adotar os critérios até que a lei venha
missão __ Eles_ não_ têm.esçrúpuJos: desrespeitam a a regulamentar esse dispositivo constitucional.
- Diretora, oferecendo a rêdação do ven- Justiça do Trabalho, caluniam o corpo funcio- A ConstituiçãO prestigiou a mulher brasi-
cido. nal, re_speitado em todo o País e afrontam a leira, a mulher bancária; elas trabalham, têm
-16- Naç~_o, que levaram à maior crise de todos filhçs, não têm onde deixá-los, é um problema
os tempos. gfave, elas trabal-ham até as vésperas de tê_-fos,
Dtscussão, em turno suplementar, do Subs- Eles_ são os responsáveis por sucessivas mesmo -_cpm_ a ConStituição asSim- estabele-
titutivo ao ProjetO de Lei do Senado n~ 169, - perdas de bilhões de cruzados, suPortadas pe- cendo. E ·aqui, em doação_ de um terreno do
de 1989-Complementar, de autoria do Sena- lo Banco do Brasil. Distrito Federal, a Diretoria anterior começou
dor Fernando Henrique Cãrdoso, que fixa as Eles querem entregãi' ao próximo Governo a construir urna creche, concebida por- Nle~
alíquotas máximas dos Impostos sobre Ven- um Estado sucateado, para inviabilizar as re- meyer. Já estava em grande fase de anda-
das a Varejo de Combustíveis Uquidos e Gaso- formas necessárias· ao desenvolvimerito e à mento. Pois chega o atual Presidente e desa-
sos de competência municipal, nos termos independência do Brasil. tiva a creche, pára a obra, sem levar em con-
do inciso III do art. 156 da COnstituição Fede- - O_nome dele ê Berard: ele personifica a templação sequer a indenização que teria que
ral, tendo tentativa de estrangular o Banco do Brasil. pagar à empreiteira. Perguntei: por que fizera
PARECER, sob n1 265, de 1989, da Co- -Não vamos permitir que isto aconteça. A aquilo? Como proceder, por tal forma, aqui,
missão sociedade brasileira os repudiará cada vez na Capital da República? Se é wn banco que
- Diretora, oferecendo a redação do ven- com mais_fumeza. Já está cansada deles. Eles é um exemplo de trabalho, por que ele tomara
cido. não conseguirão destruir o Brasil. Serão derro- aquela- decisão? Ele disse que era por falta
-17- tados, Esta é wna exigência de todos os sete· de di$eiro e que a _obra era custosa. Eu disse:
res da sociedade efetivamente comprometi- "Mas como o Senhor, ontem, acabou de doar
MATÉRlA A SER DEClARADA PREJUDICA- dos com o desenvolvimento nacional: parti- seis milhões e .quinhentos mil cruzadoS novos
DA dos, entidades, pequenos e_ médios empre- à Escola Superior de Guerra, que nem perten-
Projeto de Lei do Senado n\> 187, de 1989, sários, trabalhadores. ce aos quadros do Banco do Brasil?"
de autoria do Senador Mauro Borges, que ins- Vamos defender o Brasil, defender o Banco Eu disse mais, num discurso aqui, Sr. Presi-
titui compensação financeira ao Distrito Fede- do Brasil." dente, que _o Presidente do Banco do Brasil,
ral, a Estados e Municípios e ao Departamento Essa matéria foi custeada pelos próprios Sr. Berard, abusava de bebidas· na Presidência
NaciOnal de Águas e Energia Elétrica - funcionários, que se cotizaram nacionalmente do banco. EU fiquei muito chocado com o
DNAEE pelo aproveitamento de recursos hí- para defender o banco. Qualquer noticia origi- Senhor Nelson CarneirO, quando S. Ex'- ousOU
dricos para a produção de energia elétrica. nária da Presidência, dó Presid_ente Be;..~rd, sai censurar o meu discurso, e só depois é que
com facilidade nos jornais e nas televisões tomei cohhecimento_de_ que S. Ex• tornara
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) do País, que têm interesse em divulgar a notí- esse_ procedimento na Presidência. Eu não
- Está encerrada a sessão. .cia, porque, paralelamente, faturam custosos exagerei em nada, trouxe a plenário _um fato
(Levanta-se a sessão às 16 horas e 49 anúndos. Os funcionários, que não são lem- · verdadeiro. Nós aqui temos o cometimento
minutos) bfadós,-·nem nos seus protestos, tiveram que de examinar embaixadores, argüi-!Os em sua
sif~cõtfzar para" iSsO. . competência e na sua moral. Ministros do Su-
Sr. Presidente. o Banco do Brasil existe des- premo Tribunal Federal, que são as maiores
D/SaJRSOPRONUNGADOPELOSR. de 1808. Ele foi _fundado Pelo VISconde de autoridades judiciárias do Pais.
LEITE CHAVES NA SESSÃO DE Cairu, quando-O. João VI, fugindo das tropas Quando nós esgotamos o nosso-rol de in-
31-10-89 E QCJE, ENTREGaE À REVI- napoleónicas, chego1,1 ao Brasil. Jamais houve quirições, ainda perguntamos ao povo, aos
SÃO DO ORADOR, SERIA P(JBUCADO urna nota dessas. Creio, Sr. Presidente, que circunstantes se- têm alguma dúvida acerCa
POSTERIORMENTE quem conheCe-o- Banco Brasil jamais poderia da honorabilidade do Ministro examinado. Nós
O SR. LEITE CHAVES (PMDB- PR. Pro- admitir que isso ocorresse. Mas os funcioná- examinamos Ministros do Tribunal Superior
nuncia o seguinte discurso_.)- Sr~ Presidente, rios não estão sendo exagerados, pelo_ menos Militar, generais, almirantes, brigadeiros, juris-
Srs. Senadores, "É preciso demitir o Presi- para os·-que _ZiSSistifam aos meus discursos taS, que vão para aqUela Casa, do Triburi.al
dente do Banco do Brasil". É o título de uma nesta CaSa; a nota está sintonizada com a ver- Superior do Trabalho, do Tribunal SUperior
nota da Folha de S. Paulo de ontem, cuja dade aqui retratada. de Justiça, onde a honra é indagada. Alguém
publicação foi patrocinada pelo Movimento Eu disse, há pouco tempo, que _o Presidente pode chegar e dizer que um daqueles exami-
Nacional em Defesa do Banco do Brasil. Berard esteve, por nossa convocação, aqui, nandos é alc:oólatra, mas nem por isso ofende
A nota está redigida nos seguintes termos: e ponderamos a S. Ex!' que o Banco do Brasil a honra da Casa. Eu estou dizendo isto aqui
está com 40 mil claros no seu corpo funcional; no Senado, porque é um fatO.constatado.
"É PREOSO DEM!TIR O l'RESfBENTE
que o banco tem existido, ao longo dos anos, Então, esse homem, sob a inspiração 01,1
DO BANCO DO BRASIL,
pela eficiência funcional dos seus serviços, ao sob o impacto de delírios et:J.1icos, toma medi·
Os inimigos do Banco do Brasil São-os ini- longo dos anos, pela eficiência funcional dos das as mais desregradas possíveis, violentan-
migos do Brasil. seus seiViços, e que, se estamos comprome- do o_ banco. Porque todos sabem que esse
O presidente do banco está mancomunado tidos em claros superiores a um -quarto do homerri não tem qualificação nenhuma, não
com eles. contingente do_ pessoal, aí começa a cair a p-ertence aos quadros da Casa. E ele ali foi
Eles querem_ destruir o banco que financia qualidade do serviço. E indagamos por que colocado pelo Ministro da Fazenda, Maíison
os pequenos e médios agricultore_s, respon- o Presidente não ordenava o concurso. Ele, da Nóbrega, como um castigo.
sáveis pela produção do feijão, do arroz, dos que, há tempos, alegara _que era seu propósito Quanto a esse Ministro, MaHson da Nóbre-
alimentos necessários à população. apenas modernizar o banco, respondeu, na- ga,_ encaminhamos à Me~a. que acolheu, pedi·
Eles estão agora no comando do_ próprio quela ocasião, que não fiZera concurso_ nem do ~d~ inquérito _criminal, por ter if!iuriado _o
banco, através de Berard, fechando linhas de iria fazer agora, porque a Constituição liberara Congresso, qu<ihdo, em vassalagem no exte-
crédito, inViabilizandO investimentos, distor- a fdade_e pessoas com mais de 60 _anos pode- rior, para agradar aos banqueiros internacio-
cendo balancetes para apresentai' prejuízos riam inscrever--se. nais, a cujas corporações ele espera. com essa
6808 Sexta'feira 1O DrAR!o DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro de 1989

bajulaçáo, pertencer, ofendeu esta caso:!!:, e e man~e o Mailson-, hoje Ministro_ dos interes- O Sr. José Fogaça Indagaria de V. Ex'
ofendeu o Pais, ele, como Ministro d_a Fazenda. ses_ conteMos ao Brasil. qual é o tipo de comportamento~t:J:ue os ban-·
Quando um brasileiro aceita um cOmissio- cos estrangeiros, credores do Brasil, vêm ten-
Então, esse Presidente do Banço do Brasil namento de país estrangeiro, perde a cidada-
ali foi colocado por Mailson. Mailson é um do em relação ao Ministro da Fazenda _Maílson
funcionário do Banco do Brasil que nunca
nia. Para que não a perca terá de contar com da N6brega? Que tipo de tratameil~ cfe quali-
autorização expressa do Presidente da Repú- ficação vem sendo dada por esses bancos
conseguiu fazer carreira, porque é homem de blica, concedida em processo regular. Pois o
parcas luzes, minguada inteligência. Os Se~ ao nosso Ministro da Fazenda. Porque a deci-
Ministro da Fazenda não consegue ser demi- são desse Ministro é a de não pagar os juros
nhores não o conhecem: é um incapaz. Ele
tido pelo Presidente da República e ali está da ãiVida. Esta inadimplência do Brasil, em
só começou a subir no Banco_ quando teve por força de interesses escuses, contrários ao
oportunidade de carregar pasta de diretore_s. relação aos bancos credores, já atinge o mon-
Assim, no Banco, nunca ascendeu por méri-
BraSil e aos brasileiros. tante, hoje, de cerca de seis bilhões de dói~
O Mailson prestava vassalagem a superiores acumulados de não pagamento dos nossos
tos, porque não os tinha para isso. Havia gente
nos últimos anos de Banco. Veio para o Minis- juros. V. Ex' entende que isso faz parte de
mais qualificada; as comissões são muito d~s­ tério da Fazenda, agindo com invt,dgar seiViça-
putadas. E. no Banco, mérito é mérito; servi- uma grande estratégica, de um grande jogo?
lismo.Assumiu o Ministério da Fazenda provi- tf Que estaria por trás disso?
lismo conta OefJa~ente. soriamente. Efetivado e em fins de Governo,
E, então, hoJe, como Ministro, toma todas já não vê no Brasil postos que lhe siNam, O SR. LEITE CHAVES- Não faz parte
as posições prejudiciais ao Banco, num com- volta as vistas para o Banco Mundial. Para de um jogo. V: Ex' sabe que, até há seis meses,
portamento freudiano. Sabe-se que o filho re- isso tomou-se fadotum dos Países externos o comportamento dele era totalmente dife-
jeitado pela mãe procura, como aduJto, namo- credores e seus respectivos Bancos. rente. E outra coisa: mesmo com o apoio dos
rar todas as mulheres, para depois abando- Isso está dito em letras garrafais, e ele jamais bancos internos, ele não teria condição de per-
ná-las,_como se fosse uma instintiva vingança negou. Mas os banqueiros que s6 vêem inte- manecer no Ministério, se realmente assumis-
matemal.lsso é da psicnálise. Ele quer destruir resses, acham que' o Mails.on é um homem se manifestamente _essa posiçãO. Ele é como
a Casa, desestabilizar o Banco, numa atitude -que está servindo à causa da iniciativa privada. um camaleão, se adapta às circunstâncias, é
de vingança incentivei. Não sabem bem qUe esse indivíduo, na Paraí- muito vivo. ComO eu"-disse a V. Ex'. ele é um
Então, Mailson colocou lá o Sr. Berard. Mas, ba, foi locutor das Ugas Camponesas. Ele era esperto. Não é uma inteligência superior, é
como se não bastasse, Berard está tomando um porta-voz das ügas Camponesas. uma inte~g~ncia inferior, que vive da esper-
, procedimentos temerários, que vão além ~os Mas, Sr. Pres~ente, eu ofendo com isso, teza. Então, ele se camaleia. dissimula situa-
propósitos da escolha. Ontem mesmo, os JOr- as Ligas. Camponesas? Não. Eu quero mostrar ções.
nais noticiavam que ele está retendo, na gave- que, quando ele procedia assim, não- o fazia V. EX' sabe que Ulysses Guimarães é um
ta, processos de crédito vencidos, para facilitar põr acreditar nas ügas Camponesas; era p-or- dos homens mais comedidos deste País. Pois
aegalmente devedo_res relapsos, de mais ele que aquilo lhe assegurava alguma possibili- - Ulysses, numa certa feita, chegou a dizer isso,
300 milhões,_ de Cruzados novos. Os jornais - dade de vantagem; de emprego, de cresci- coisa que nunca dissera de outra pessoa, de
noticiaram !sso onteril. E, mediante situação mento na vida. Não tendo as qualidades supe- ninguém, que Mailson da Nóbrega estava pro-
de Ragrância, parece que liberou os processos riores da inteligência tem ele as subalternas. cedendo dessa forma para se habilitar a uma_
para execução judicial, onde já deviam encon- Onteril os jornais noticiaram que ele achava diretoria no Banco Mundial.
trar-se há tempo. Isso, em Direito Penal é cri- que a própria Presidência da República estava Srs. Senadores, o PrE:sidente do Banco do
me, chama-se prevaricação: tramando a sua queda do Ministério. E que Bfasil, Mário Berard, contra quem essa nota
nessa queda havia participação, inclusive, do se insurge, depois de grandes confrontos com
Em razão de tais desmandos, os funciÓ- Presiderite Samey. Os jornais de hoje reprodu- os funcionários, estranhamente saiu pelo País,
nários tomaram a determinação df defender zem essas mesmas asserções. para reuniões. Foi a Curibba, a diversas cida~
a Casa a qualquer custo; são 140 '!Oil fundo· des, mantendo assembléias nas MBBs com
nários.em todo o Brasil; funcionários da mais O Sr. José Fogaça- Permite-me V. Ex" filllCioiláOOs do Banco do Brasil. Havia verda-
alta quaJiflcação intelectual e moral, que não um aparte? deiras retaliações contra ele: que saisse do
existem nem em Berard nem em Mailson. Eu O SR. LEITE CHAVES- Um momento, Banco, que a sua administração era de desa-
digo isso porque fui do Banco; conheço-o certos, que ele não tinha competência para
nobre c-olega.
bem. Dele sou defensor, porque o Banco do
E o Sr. Presidente Samey, dotado de inegá· a funçáo. E aquilo era dito de forma uníssona, ·
Brasil pertence à Nação, é ali que a Nação em altos brados. O Sr: Berard se mostrava
vel sabedoria política, por que não aproveita
se exerdta financeiramente. Pode haver um esse atrevimento do Ministro para dele desfa- impassível diante de tais reaçóes. Parecia até
deslize de alguém, mas do conjunto nunca zer~s-e-e---;-por-v;ia de conseqüência, também mesmo deleitar-se com elas. Descobriu-se,
Não creio que no Brasil exista um órgão mais do Sr. Mário Berard, indesejável Presidente do depois, que estava gravando as cenas para
respeitável do que o Banco do Brasil. Pois entregá-las ao SNI, mostrando que o funciona-
Banco do Brasil. No final do seu Governo,
o Mailson e o Berard, que é o seu instrumento onde as dificuldades são grandes, como man- lismo do Banco era. compOsto de agitadores,
de vingança, estão procu'rando d~struir o Ban- pessoas indisciplinadas.
ter tipos dessa ordem que ninguém sabe a
co mentindo, falseando até balancetes, para origem, ninguém sabe a quem servem? Eles Então, veja-se a qualificaçáo, o caráter des-
diminuí-lo aOs olhos da Nação. Mas quem diz servem a eles, próprios, a interesses escusas, se homem.
isso, Sr. Presidente, sãO os funcionários da que são exclusivamente os seus. Este Presidente não tem a qualificação re-
Casa, homens que fazem o balancete. Mas Sr. Presidente, há muitas obras paradas. As clamada pelo posto que ocupa. É um instru~
esse Mailson, eu já o_ disse aqui, é um traidor, estradas s_endo desfeitas, pois é o Ministro da menta de realização de vingança do Ministro
é uma vergonha para o nosso Estado de ori-
Fazenda s.ue, num propósito pessoal, mesmo Mailson da N6brega. Trata-se de um homem
gem, a pequenina Para[ba. Ele é o instrumento havendo dinheiro, se nega_ a liberá-lo, tendo imoderado que se excede no emprego. Ele
de alguns banqueiros, que alimentam a ilusão para isso esse outro Ministro do Planejamento, bebe rum toda tarde. Isso eu disse aqui. Todo
.de crescer financeiramente sobre os escom- com o qual faz dueto. Aliás, eles são conhe- mundo sabe disso. Ninguém contesta. Se um
bros do Banco do Brasil.
cidos até nas colunas internacionais, um co~ fi,mcionário chegar bêbado ao Banco do Brasil
Chegou uma ocasião, Sr. Presidente, em mo· "o cara de melancia" e o outro como é demitido, suspenso, afastado. E o Presidente
que o Samey resolveu demiti-lo e, ousada- ..cabeça de abóbora". ISto é como Paulo Fran- vive fazendo díariamente os mais sériõs desa-
mente, os banqueiros internacionais disseram cis os trata em sua coluna da Folha de S. tinos sem sanção a1gurna.
o seguinte: se houver a demissão do Mailson, Paulo, produzida em New York. Sr. Presidente, não quero alongar-me, por-
as negociações da dívida serão interrompidas. _ Com prazer ouçGV. Ex', nobre Senador Jo- que voltarei a esse assunto, mas faço um pedi·
O Presidente da República refluiu no intento sé Fogaça. - do ao Presidente da República: se existe patrio- ·~
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAQONAL (Seção II) Sexta-feira 10 6809

tismo no seu espírito, se existe de sua parte dos minisros por corrupção. TOcou o governo. Resolve designar José Jabre Baroud, Téc-
respeito ao Banco do Brasil e _aos intE;:resses. Na Qi.se segunda, abriu a segunda carta que nico em Legislação e Orçamento, Francisco
nadonais, que Sua Excelência demita imedia- mandava_.d~m_i_tir__p_s ministros por serem trai- ZenorTeixeira, Técnico em Legislação e Orça-
tamente esses dois indivíduos. Com isso, Sua dores e incompetentes, devendo dizer que tu- mento e Luiz Fernando Lapagesse Alves Cor-
Excelência criará até mais credibilida9.e no do daria certo daí por diante, Na terceira crise rêa, Técnico em Comunicação Social para,
final do seu Governo. abriu a última carta que dizia o seguinte: faça sob a presidência do pdmeiro, intégrarem a
Todo mundo sabe como é· amargurante, três cartas e passe para o sucessor. Comissão de Sindicância incumbida de apu-
como é triste a agonia dos governos em fim Lenda ou não, o conselho nunca foi tão rar os fatos constantes dos Processos n9 '
de mandato. Mas quando um Presidente toma oportuno corno agora. Com a demissão desse 015752/89-5 e 015488/89-6.
a decisão de manter os padrões de moralidade Ministro e, conseqüentemente, do Presidente Senado Federal, 8 de novembro de 1989.
a pei-centuais suportáveis, ele se credencia ao do Banco do Brasil, o Senhor Samey somente -José Passos Pôrlo, Oiretor-Gera1.
respeito da Nação. Mas o pior é que o Ministro haveda de dar credibilidade ao seu governo
da Fazenda Mailson da N6Qrega está procu· nesse seu difícil final. E este é o apelo que
rando desmoralizar seriamente o Presidente faço a Sua Excelência, para respeitabilidade PORTARIA l'l• 44, DE 1989
da República Diz, inclusive, que o próprio Pre- da administração e para o bem do BrasiL
sidente da República está mancomunando a Fmalmente, espero que o Senador Nelson O Dlretor-Geral do SeDado Federal, no uso
sua queda, querendo fazer dele, Mailson, o Carneiro, assim como V. Ex~ mantenham a das atribuições regulamentares e tendo em
seu bode expiatório. A demissão se impõe co- -palavra alcoólatra, a qual me estou refedndo, vista os fatos constantes do Processo n~
mo ato de autoridade do Presidente e até mes-- uma palavra do léxico que retrata absoluta- 005.646/89-8,
mo para restabelecimento de prestígio, como mente a· verdade. Resolve cancelar a pena de repreensão im-
já o fez com outros Ministros d.a Fazenda. E MWto obrigado, Sr. Presidente. (Muito beml) posta ao servidor Floripedes José de Araújo,
nisso b Presidente até tem procedido c;om a Age~ de Transporte Legislativo, Oasse "Es-.
sabedoria daquele soberano odenkl]_,_ pedal", Referência NM-35, do Quadro Perma-
PORTARIA l'l• 43, DE 1989 . nente do Senado Federal, através da Portaria
Disse que um rei- isso está num dos livros
das Mil e Uma Noites - um governante de O Diretor-Geral do Senado Federal, no uso n" 28, de 1989, tendo em vista decisão da
um pais do Oriente deixou o governo e entregou das atribuições que lhe confere o art 215 do Comissão Diretora, erri Sua ~29• Reunião Ordi-
três cartas ao sucessor, dizendo-lhe: na Regulamento Administrativo do Senado Fede- nária, realizada em 27 de outubro de 1989.
Primeira crise, abra a primeira; houve a crise ral, e tendo em vista o disposto no artigo 482, Senado Federai, 9 de novembro de I 989.
e a carta, aberta, recomendava a demissão § }9, do mesmo Regulamento, -José Passos Pórto, Diretor-Geral.
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO 11

NIO XUV folot57 SABADO, 11 DE NOveMBRO DE 1989 BRÀSfLIA-DF

CONGRESSO NACIONAL
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição,
e eu, Nelson Carneiro, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte:
DECRETO LEGISlATIVO 1'1• 69, DE 1989
Aprova o texto das emendas à Convenção da Organização Internacional de Tel~omu­
nicações MaritiriJas por Satélite - JNMARSA T, e ao seu Ac;ordo Operadonal, adotadas pela
4•Assembléia das PartesiNMARSAT, realizada em Londres, de 14 a 16 de outubro de 1985.
Art. 1' É aprovado o texto das emendas à Convenção âa. Organização Internacional de Telecomu-
rucações Marítimas por Satélite -INMARSAT, e ~ao seu Acordo Operacional adotadas pela 4• Assembléia
das Partes INMARSAT, realizada em Londres, de 14 a 16 de outubro de 1985.
Art. 2• Ficamquaiquer atas ou ajustes complementares de qúe possa resultar a revisão ou modifi-
cação do presente docurriento sujeitos à aprovação do Congress Nacional.
Art. 3• Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 1O de novembro de 1989.- Nelson Carneiro.

EMENDAS À CONVENÇÃO DA corrência de reações do ar que não as reações 2) A Orgànização procUrará servír a todas
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE do ar contra superfície ~a terra. -~ áreas em que exista n~cessidade de comu-
TELECOMUNICAÇÕES MARíTIMAS ARTIG03• tucações_ marítimas e ~e~náutisas.
POR SATÉl.JTE (INMARSAT) Objetivo ARTIGO 7•
PREÂMBULO Os parâgrafos 1) e 2) do artigo 31 -são substi~ Acesso ao Segmento Especial
Ao fma1 do PreámbuJo, é acrescido o seguin- tuidos pelo seguinte texto: Os Parágrafos 1) e2) do artigo 7"9 são substi-
te novo parágrafo: l) O objetivo da Organização consiste em tuídos pelo s_eguinte texto:
ARRMA.NDO que um slsteinã -satélite mãtF -- estabelecer condições para o seguimento es~ 1) Q Segmento espacial da lnmarsat estarâ
timo estará aberto às comunicaç_ões aeronáu- pedal necessárias ~ooaperleiç:oamento das-eo- à disposição dos navios e aeronave~de todas
ticas em beneficio de aeronaves de todas as municaçOes marítimas e, se praticável, das co- as nacionalidades, Sob condições a:serem de-
nações, municações aeronáuticas, com isto contri- terrriínadas pelo Conselho. Ao determinar tais
buindo para apcirfeiÇoar as c::omunic.3ções -de condições, o C:oriSelho não fará disCrimina-
ARTIGO 1' socorro e de segurança da vida hwnana no ções entre navios ou aeronaves com base em
~finíções
mar, comunicações para os serviços de tráfe~ sua nacionalidade.
No artigo 19, é acrescido Q segi.lihte--novo go aéreo, -éf eficiêiicia e a administração de 2) O Conselho, usando um critério-que
parágrafo (h): navios e aeronaves, os serviços públicos de conSidere cada caso, permitirá o acesso ao
h) "Aercmave"' designa qualquer máquina comunicações marítimas e aeronáuticas e os segmento especial da lnmars_at de_ estações
que possa- deslocar-se na atmosfera em de- recursos da radiodeterminação. terrenas localizadas em estrutur~ que operam
6812 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSÓ NACIONAL (Seção O) Novembro de 1989

EXPEDIENTE
CENTIIO Gll:lt.ACO DO SEHAOO ROEIUd.

PASSOS PORTO DIÃmO 00 CONGIIESSO NAOONAL


Oiretor·Geral do Senado Federal Impresso sob a respons.ab•hd<~de d• Mew do Senado Feder•l
AGACIEL OA SILVA MAIA.. .
Diretor Executivo
ASSINATURAS
CESAA AUGUSTO JOSt: OE SOUZA
Oiretor Administrativo Se mestra! NCz$17,04
••••••ooooO•~••••••••••••••••••••n•••--••••••••••••.o•
lUIZ CARLOS OE BASTOS
mretor Industrial
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exemplar Avulso ···························--·-·····-····· NCz.$ 0,11
Oiretor Adjunto T~ragem: 2.200-exemplares.

no mar, além dos navios, e desde que a opera- usuários das telecomunicações marítimas e ARTIG032
ção dessas estações terrenas não afete de ma- aeronáuticas.
neira sig'nificativa a prestação de serviços aos Assinatura e Ratificação
ARTIG021
navios ou aeronaves. Inventos e lnfonn'açóes Técnicas O parágrafo 3) do Artigo· 32 é Substlblído
ARTIGO 12 pelo seguinte texto:
Os subparágrafos 2) b) e 7) b) r) do artigo 3) Ao tomar-se uma Parte desta Conven-
As!sembléia -Funções 21 são .substituídos pelo seguinte texto: ção, ou em qualquer data posterior, um País
O subparágrafo 1) c) do artigo 12 é substi- 2) . pode declarar, através de notificação escrita
tuído pelo seguinte texto: -b) O direito de cgmuriicélr e fazer com que ao Dêpositárlo, a quais Registres de l'lavios,
c) Autorizar, por recomendação do Conse- seja comunicado às Partes e Signatário~ e ou- a -quais aeronaves operando sob autoridade,
lho, a criação de novas facilidades do segmen- tros sob a jurisdição de quaJquer Parte, tais e a quais estações terrenas em terra sob_ sua
to espacial, cujo principal propósito seja a inventos e informações técnk:às, e de Utilizar, jurisdição a Converlç.!§o se aplicará.
prestação de setviços de radiodeterminação, autorizar ou fazer com. que se autorizem às ARTIG035
socorro e segurança. No entanto, as facilida- Partes e Signatários e outros, a utilização des-
des do segmento espacial criadas para forne- ses iiwentos e informações técnicas sem pa- Depositário
cer serviços públicos de comunicações maríti- - gamento, relativq,s ao segmento espacial da
mas e aeronáuticas podem ser usadas' nas lnmarsat e qualquer estação terrena em terra, O parágrafo. 1) do Artigo 35 é substituído
telecomunicações para socorro, segurança e navio ou aeronave, operando juntamente com pelo seguinte texto:
radiodeterminação, sem essa autorização. ele.
1) O DepoSitário desta Convenção será o
7) - Secretário-Geral da Organização Marítima ln-
ARTIGO 15 b)
temadonal.
Consêlho - Funçóes 1) Sem pagamento, com relação ao segtnento
eSpacial da Inmarsat ou qualquer estação ter-
Os pa(ágrafos a), c) e n) do artigo 15 são renél_em terra, navio_ ou· aeronave, operando EMENDAS AO ACORDO
substituídos pelo seguinte texto: - em conjunto com o mesmo. OPERACIONAL SOBRE A
a) A determinação das necessidades de te-- ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL ,
lecomunicações marítimas e aeronáuticas pa- ARTIG027 DE TEI..ECOMUNICAÇÓES MARíriMAs
ra satélite e a adoção de nonnas, planos, pro- Relação com outras Organicaçõe_s POR SA!IÉLITE (INMARSAT)
lnternacioniJiS-
gramas. proceclimentos e medidas relativas
ao projeto, desenvolvimento, construção, esta- O Arti_go 27 é substituído pelo seguinte tex- ARTIGO V
belecimento, aquisição através de compra ou to:
Cotas de Úlveslimentc
aluguel, operação, manutenção e utiJização do A Organização coop-erará com as Nações O parágrafo 2) do Artigo V é substituído
segmento especial da lnmarsat, inclusive a ob- Unidas e seus órgãos rel~cionados com a Utili- pelo seguinte texto:
tenção de qualquer serviço de lançamento ne- zação Pacífica do Espaço e dos Oceanos, suas 2)" Com o objetivo de determinar as cotas
cessário, para satisfazer tais necessidades. Agências Especializadas, bem como outras de investimento, a utilização em ambas as di-
c) A adoção de critérios e normas para organizações internacionais, sobre questões reções será_ dividida em duas partes iguais,
aprovação das estações terrenas em terra, na- de interesse comum. Eri1 particular, a Organi- uma pàrte ao navio ou da aeronave e outra
vios, aeronaves e_estruturas no mar, para aces.. zação considerará os padrões, regulamentos, parte terrestre. A parte relacionada ao navio
so ao segmento espada! da Inmarsat, e para Resoluções, procedimentos e Recomenda- ou aeronave onde se origina ou termina o
verificação e monitoração de desempenho ções pertinentes da Organização Marítima In- tráfego- se_rã atribuida'ao Signatário di! Parte
das estações terr_enas que têm acesso e Utili- ternacional e da Organização de Aviação CIVil sob cuja autoridade o navio ou aeronave está
zam o segmento espacial da lnmarsat Para Internacional. A Organização observará as dis- operando. A parte associada ao territóriO onde
as estações terrenas em navios e aeronaves, posições pertinentes da Convenção Interna- se origina ou termina o tráfego será atribuída
os critérios devem ser bastante detalhados pa- cional de Telecomunicações, e os Regula- ao Signatário dã Parte em- Cujo território se
ra utilização das autoridades nacionais de li- mentos sob a mesma, e considerará, no proje- origin~ ou termina. Entretando, quando, com
cenciamento, a seu critério, visando à aprova- to, .desenvolvimento, construção e implanta- relação a qualquer Signatário, o coeficiente
ção do tipo. · ção do segmento espacial da lnmarsart e nas entre as partes do navio e da aeronave e a
h) Deterrninaçãq de procedimento para normas estabelecidas para reger a operação parte terrestre_ for superior a 20:1, esse Signa-
consultas contínuas com órgãos reconheci- do segmento espacial d~ lnmarsat e das esta- tário, por meio de solicitação ao Conselho,
dos pela Conselho como representantes de ções terrenas, as Resoluções, Recomenda- receberá a atribuição de uma utilização equt-
proprietários de navios, operadores de aer9na- ções e no_rmas pertinentes dos órgãos da valente ao dobro da parte terrestre, ou uma
ves, pessoal marítimo e aeronáutico e outros União Internacional de T el.ecomunicações~ cota de investimento de 0,1% , o que for mais
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiio U) , Sabado 11 681~.

afta·. As estruturas que operam no mar, para jurisdiç6o de uma Parte, por uma entidade Presentemente, existindo a Organização,
as quais o Conselho permitiu o acesso ao s_eg- autorizada de telecomunicações. com seu sistema já implantado e em execu-
mento espacial da Inmarsat, serão_. conside-- ção, considerou-se conveniente o aproveita-
AR)lGOXIX
radas como navios, segundo os objetivos des- mento de toda essa estrutura disponível para
Depositário_
te parágrafo. a execução do Serviço Móvel Aeronáutico.
O parágrafó 1) dÓ Artigo XIX é sobstituído Considerando que a universalização das co-
pelo seguinte texto: . municações é uma busca constante dos paí-
ARGIGOXIV
1) O DepositáriO deste Acordo será o Se- ses a execução desse Serviço pela lnmarsat
Aprovação da Estação Terrena
cretário-Geral da Organização Marítima lnten- é um passo extremamente positivo nesse sen-
o-parágrafó 2) do Artigo XIV é substituído racional. tido.
pelo seguinte texto: _ Por outro _lado, para as telecomunicações
2) Qua1quer soHcitação de aprovação será EMENDAS À CONVEI'IÇÁO um- fato r importante é o tráfego cada vez
apresentada à Organização pelo _Signatário da
DAINMARSAT maior, o que as toma mais rentáveis. O aú-
Parte em cujo territ6rio a eStaÇãO-terrena em A lnmarsat foi 'criada a princípio para·prover mento de tráfego decorre, necessariamente,
terra se localiza, ou estará localizada, ou pela as comunicações de embarcações, via satélite, do aumento do número de usuários dos servi-
·Parte ou SignatáriO" da Parte sob cuja autori- ou seja, para prestar o SeiViço Móvel Marítimo ços de telecomunicações. Nessas condições,
dade a estação terrena_de um n_a~_o ou aero- via satélite. À _época de sua criação cogitou-se a prestação do Serviço Móvel Aeronáutico pela
nave ou em uma estrutura funcionando no a execuÇão, também, do Serviço Móvel Aero- lnmarsat aumentará o_número·de seus usuá-
mar tem perinissão ou com relação às esta- náutico, tendo sido decidido, no _entanto, que rios tomando a Organização mais rentável,
ções terrenas loca1izadas em um território, na- em uma outra fase, depois de criada a Organi- permitindo um mais rápido retorno dos inves-
vio ou aeronave, ou em uma estrutura funcicr zação, dedsão a respeito seria tomada por timentos feitos pelos países que dela fazem
nando no mar que não se encontram sob a suas Partes. parte.

SENADO FEDERAL
SUMÁRIO
1 -ATA DA 175• SESSÃO, EM 10 1.23 - Pareceres Senador José lgnácio Ferreira, em reunião
DE I"'OVEMBRO DE 1989 de 9 do corrente.
Referentes às seguintes matérias:
, - Projeto de Resolução n_9 1/89, que
1.1 -ABERTURA altera a redação- de dispositivos da Resolu- 1.2.5 - Discursos do Expediente
ç~o n9 146/~, ~t~~ad~ p~las Resoluções SENADOR LOURIVAL BAPTISTA -
12- EXPEDIENTE
nç-s 50/81 e 300/83 e dá outraS providên- Malefícios do tab13,gismo.
1.2.1-Aviso do Ministro da Fazen- cias. (Redação final.)
SEIYADOR LEITE Clfll VES - Impug:
da - Projeto de ResoluçãO n9 51/89 que nação pelo TSE da candidatura SilvíO San-
- N9 1.078/89, encaminhando informa- autoriza o Prefeitura Municipal de Bento tos à Presidência da Rep(lblica.
ções prestadas pelas Secretarias da Re- (PE) a contratar operação de crédito no
valor correspondente, em cruzados novos, SE!YADOR JARBAS PASSARUYHQ .-
ceita Federal e do T escuro Nacional, sobre Prcicesso-eleitOrãl brasileiro.
quesitos constantes do Re_querimento rf! a 675.819,21 Bônus do Tesouro Nacional-
490/89, de autoi'ia do Senador Jutahy Ma- BTN. (Redação do vencido para turno su- SENADOR POMPEUDE SOUSA- Te-
ga]hães. plemen~r do SubS!ftutivo.) legrama de S. Ex!' a_o- Ministro Frail.dsco
- Projeto de Resolução n 9 67/89 que Rezek de apoio à decisão do TSE sobre
autoriza a concessão da garantia da União a candidatura Silvio Santo_s.
1.2.2- Mensagens do Governador SENADOR MÁRIO M4úl - Impugna-
do Dlsbito Federal aos titules que menciona. (Redação do
vencido para o turno suplementar do Ção pelo TSE -da candidatura Silvio Santos
- N• 118/89-DF (n' I 08/89-GAG, na Substitutivo.) · à Presidência da República.
origem), submetendo à deliberação do Se-
~Projeto de Decreto Leg(Siativo_ n 9
nado Federal Projeto de Lei do DF n 9 1.3 - ORDEM DO DIA
1)7_9/89, que introduz alterações no Código 30/89- (n9- 44/89, na Câtnara do:S Deputa-
dos), que aproVa O texto do_Acordo de Projeto de_ Lei da Câmara n~91, de 1986
Tributário do Distrito Fed.er_:;d._instituído pe-
CooperaÇão Ecóhõrnita, celébrcido _entre (n° 1.894/83, na Casa de origem), que tor-
Jo Decreto-Lei n'? 82, de 26__de dezemb:ro
o Governo da R,_~pública Federativa doBra-_ na obrigatória a inclusão de espetáculos
de 1966, e dá outras providências.
sil e o Governq:i;la RepúbliCa Sociãli~ da musicais ao vivo nas Casas de diversões.
- N• li 9/89-DF (n• 109/89-GAG, na T checoslo'lláquia, em Brasília, a 12 de VotaÇão adiada nos termos regimentais._
origem), encaminhando ao Senado Fede-_ maio de 1988. _(Redação do vencido para Projeto de ResoluÇão n9 74, de 1989,
ral proposição no- sentido de alterar o Pro- o turno suple"ffientar do Substitutivo.) - de oínidativa da Comissão do DiStrito Fede·
jeto de Lei do DF n 9 71/89, que dispõe ral, que dispõe sobre a remuneração do
sobre a criação da Carreira Atividades de 1.2.4- Comu~cações da Presidên- Vice-Governador do Distrito Federal e dá
Trân-sito. outras providências. Votação ,adiada nos
cia
- N• 120/89-DF (N• 110/89-GAG, na termo-s regimentais.
origem), encaminhando ao Senado Fede· -Prazo para apresentação de emendas Projeto de Resolução n9 75, de 1989,
ral proposição no sentido de alterar o pro- ão Projeto de Lei do DFfli> 79n9, lido ante- .que autoriza a Prefeitura Municipal de Vit6-
jeto de Lei do DF n~ 70/89, que dispõe riormente. ria da Conquista, Estado da Bahia, a Con-
sobre a criação da Carreira Atividacles _Ro- _ - Aprovação pela Comissão Diretora tratar operação de crédito ho val_or corres-
doviárias .. do Requerimepto n9 595/89, de autoria do pondente, em cruzados novos, a 2.006.1Ba
6814 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Novembro de 1989

Bônus_do Tesouro Naclonal,junto_à_ Caixa Plano de dassificação de Cargos de que Líquidos e Gasosos de competência muni-
Econõmica Federal. Votação adiada nos trata a Lei no 5.920, de 1973, fixa sua retri- cipal, nos termos do inclso UI do art 156
termos regimentais. buição, e dá oUtras providências. Retirado da Constituição Federa.!. Aprovado em tur-
Projeto de Resolução n? 76, de 1989 da pauta. - · no supleme_!!tar. À Câmara_dos Deputados.
(apres_entado pela Comiss_ão de Assuntos Projeto de Lei da Câmara no 48, de 1989 Projeto de L.ei do Senado n9 187, de
Econômicos como conclusão de seu Pare- (no 2.014/89, na Casa de origem)_, -de inida- 1989, de autoria do Senãdor Mauro Bor-
cer ri' 274, de 19_89), que autoriZá a Repú- - tiVa dO Tribunal Superior do Trabalho, que ges, que institui compensação fmanceira
blica Federativa do Brasil a ultimar contra- altera a composição do Tribunal Regional ao Distrito_ Federal, a_ Estados e Municípios
tação de operação de crédito externo, no do Trabalho da 9!' Região, cria a função e- aO -oepartamentO NidOna.J- de ÁQuas e
valor equivalente, a até US$ 55,600,000.00 de Có!fegedor Reglo_n~ _e cargos em co- · Energia Elétri,c;a- DNAEE pelo aProveiia-
(cinqüenta -e cirica- rltilhões e seisCentos --missão e de proviriientO efetivo no Quadro rrierito de i'eciirs6s hídricos para a produ-
mll dólares americanos) junto ao Banco Permanente da Secretaria do Tribunal Re- ção de energia. D~claro prejudicado~ Ao
lnteramericcmo de Desenvolvimento_~ gional do Trabalho da 9• Região, e~dá ou- Arquivo. ·
... BID. Votação adiada nos termos regimen- tras providências. Discussão encerrada,
tais. _ após parecer da Comissáó competente, fi- - 1.3.1 - Discursos após a ordem do
Projeto de Resolução n? 77, âe 1989 cando a votação adiada por falta de quo~ Dia
(apresentado. pela Comissão de Assuntos rum.
Etonõmicos como conclusão de seu Pare- _Projeto de Lei do Senado n9 328;-ae SEI'IADOR ALafzio BEZERRA ....., Inva-
cer n~ 275, _de 1989;) que autoriza a CO!Ti':'- '-1989- Complementar de autoria do Se- são do Timor Leste por tropas da Indo-
panhia Estadual de Energia Elétiica - nÇJ:dor Divaldo Suruagy, que estabelece nésia. -
CEEE, a ultimar aditivo contratual à opera- normas gerais aplicáveis ao Imposto sobre SEIYADOR !YEYM4RAJY/MOC..:ClmpugC-
ção de crédito externo, fimtada em 12 de Transmissão inter vivos, a QU2d(Juer Titulo, nação peloTSE da candidatura Silvio San-
outubro de 1978, junto a um consórcio por ato oneroso, de bens imóveis, por natu- tos~ Paralisação das obras da hidroelétrica
de bancos franceses, com vistas _a possi- re.z_a ou a cessã_o~ fiSica, e _de direitos reais -de Xingó. · ~
bilitar a aquisição de equipamentos de ori- sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
1.3.2 - Comunicação da Presldên·
gem francesa para a ampliação da Central como cessão de direitos à sua aquisiç!o ela
T ermoelétrica Presidente Médid, no Rio - - ITBI-IV. Discussão encerr.ada, após pa-
Grande do Su1. Votação adiada nos termos recer da comissão· Con:tpeténte favorável Tétrninó-do prazo pãrã apl-eSentãÇâo"ae
regimentais. · nos termos de substitutivo, ficando a vota- emendas ~o Projeto de Resql!J.c;ão n9
Proposta de Emenda à Constituição n9 .ção adiada por falta de quorum. 83/89.. . .
1, de 1989, de autoria -do Senador-João Pfojeto de Lei do Senado n? 332, de
1~89, de "autOria do Senador Márcio Làcer-
1.3.3 - Designação dã Ordenl do
Menezes e outros Senhores Senadores,
da, que revo-ga os arts. 51, 151 e 157 do Dia da próxima sessão
que altera os prazos estabelecidos no §
6<> do art 14, para desincompatibilizaçâo CódigO Eleitoral, que determinam medi- lA -ENCERRAMENTO
do Presidente da República, dos Governa- -das sariitárias nos títulos eleitorais de por-
dores de Estado, do DistritO Federal e dos tadores de hanseníase. Discussão encer- 2 ~.DISCURSOS PRONUNCIA·
Prefeitos~Votação adiada nos termos- r-egi~ rada, após parecer da ComiSsão compe- DÓS EM SESSÕES ANTERIORES
mentais. tente, tendo usado da palavra os Srs._ Car- -Do Sr. Mansueto de Lavor, proferido
Propostas de Emenda à Constituição-n? loS Patrocínio e Jartiãs PasSaríriho, ficando na sessão de 31-10-89.
2, de 1989,- de autoria do Seri.:idor Olavo a votação adiada por falta de quor.um. -Do Sr._Le_ite Chaves, proferidO na ses-
Pires e outros Senhores -Senadores. que Projeto de Lei do DF n<> 72, de 1989, sãodel9-ll..S9. - -
modifica o § 3~ dO art. 4" dõ At6 d-as Dispo- de iniciativa do Governador do DiStrito Fe- -Do Sr. BuQo _Napole~o. proferido na
sições Constitucionais TransitóriaS. Vota- deral; que cria, nO Quadro de Pessoal do sessão de 7-11--89. -
ção adiada nos termos regimentais. Distrito Federa.!, os cargos de natureza es- - Do Sr. João Menezes, proferido na
Proposta de Emenda à Constituição rt' peciaJ que menciona e dá outras providên- sessão de 9-11-89.
3, de 1989,-de aUtoria dõ-8-enado-r Marco cias. Discussão encerrada, após parecer
Maciel e outros Senhores Senadores, que da comissão competente favorável com 3 - ATOS DA COMISSÃO DIRE·
acrescenta parágrafo ao art 159 e altera emendas, ficando a votação adiada por fa.J- TORA DO SENADO FEDERAL
a redação do inciso II doarl 161 da Consti- ta de quorum. N•• 31 a 33,.de 1989 ·
tuição FederaL Votação adiada nos termos _ _SubstiJ:YtiVQ ao Projeto de Lei do Senado
regimentais. n9 83, de 1988, de autoria do Senador Ney 4 - ATOS DO PRESIDENTE DO
Projeto de Decreto Legislativo n<> 36, de Maranhão, _que dispõe sobre a incorporaM SENADO FEDERAL
1989-(n<> 112/89, na Câmarã dos Deputa- ção ao patrimônio do Estado de Pernãm- · N•'z!>5é2s'ça;; !989
dos), que aprova o ato que renova a con- buco·dos bens pertencentes ao extinto Ter-
cess~o outorgada à Rádio Imperatriz So- -ritório Federal de Fernando de Noronha 5 - ATA DE COMISSÃO
ciedade Ltda., para explorar serviço de ra- e dá outras providêndas.Aprovado em tur-
diodifusão sonora em onda média, na Ci- -no suplementar.ÀCâmara dos Deputados. 6 - MESA DIREfORA
dade de Imperatriz, Estado do Maranhão. Substitutivo ao PiOjeto de Lei do Senado 7 - LÍDERES E VICE-LÍDERES DE
Retirado da pauta. n9 169, de 1989·-Corriplementar, de àutoria PARTIDOS
Veto total aposto ao Projeto de Lei_ do do Senador Fernando Henrique Cardoso,
DF n? 54, de 1989, que reeStrutura a cate- qU-e. fixa as alíQüõtaS-ffiáximas dos Impos- !I - COMPOSIÇÃO DAS COMIS-
goria funcionaJ de Assistente Jurídico do tos sobre Vendas a Varejo de Combustíveis SOES PERMAI'iENTES
Novembro de 1989 DIÂRIO DO tól'ldRESSb I'IAOONAL (Seção II) 5ab<ldo 11 6815

Ata da 175'-' Sessão, em 10 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48~ Legislatura
Presidência dos Srs. Pompeu de Sousa e Antônio Luiz Maya

ÀS 9 HORASACHAM·SE PRESENTES OS A proposição altera a redação c;lo art. 18 às suas sedes sociais; désportiVaS e- recrea-
SRS. SE!iADORES: do referido decreto-le~ para beneficiar com tivas, teferéhtes aos fatoS geradores OcOrridos
Mário Maia -.Jarbas Passarinho- Antonio
e
isenção do:ImpoSto Predial Territorial Urba- no exercício financeiro de 1989.
no - IPTU os clubes _sociais e d(!sportivos
Luiz Maya- Alexandre CoSta- Lou~val Bap- e as associações recreativas, tendo em _vista
tista -Pompeu de Sousa. Art. 3"' ESta lei entrará em vigor na data
o incentivo às práticas desportivas e ao lazer de sua publicaçãO. -
da comunidade.
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) Art. 49 Revogam-se as disposições em
- A lista de presença acusa o compareci~ Por fim, Oprojeto concede remissão de cfé-
contrário.
mento de 6 Srs, Senadores. Havendo número - ditos tributários constituídos contra os clubes (À Comissãodo Di$ito Federal)
regimental, declaro aberta a sessão... _ e ~§ociaçõe~ @~ :;;e pretende sejam isentos
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos _ de IPTU a partir da vigência da lei, por uma
trabalhos. - questão de coerência. _
O Sr. 19 Secr~târio irá proceder à leitura São estas aS justificativas que considero de MENSAGEM J'!o 119. DE 1989·DF
releva11te ioteresse, a fim de que o Govemcr (1'! 109/89-GAG, na origem)
0

do Bs:pediente.
É lido o seguinte desta unidade da Federação possa dispor de
meios para realizar os seus objetivos, todos
eles voltados para o atendimento dos legíti- Srasma, 1O de novembro de 1989
~ecelentíssimo Senhor Presidente do Se-
mos anseios da comunidade brasileira.
nado Federal,
EXPEDIENTE Confiando na atenção que Vossa Exceléncia Honra-me encaminhar a Vossa Excelência
sempre dispensa às mensagens que encami- proposição_ no sentidO de alterar o ProjetO de .
Aviso Lei do Distrito Federal, que dispõe _sobre a
nho a essa Casa, aproveito o ensejo para· apre-
do Ministro da Fazenda sentar-lhe protestos de _estima e consider~ão. criação da Carreira Atividades de Tr§nsito do
-Joaquim Domingos Roriz. Governador do Distrito FederaVDETRAN-DF, enviado a essa
N9 1.078/89, de 8 de novembro, encami- Distrito Federal~ insigne Casa Legislativa em 24 de outubro
nhando informações prestadas pelas Secre- de 1989, por meiO da Mensagem -n.,_'ta.
tarias da Receita Federal e do Tesouro Nacio-
nal, respectivamente, sobre quesitos constan- PROJETO DE LEI DO DF
Objetiva a _J:lteração introduzir dispositivo
tes do Requerimento n 9 490, de 1989, db Se- N• 79, DE 1989 para corrigir a situação funcional de servidores
nador Jutahy Magalhães, formulado com o Introduz alterações no Código Tribu- que, desde 1984, Virain-se prejudiCados com
objetivo de obter esclar~cimentos s_obre o se- tário do Distrito Federal, institufdo pelo o advento de decreto que reposidonou, em
lo-pedágio~, Decreto-Lei n 9 82, de 26 de dezembro até-doze referências, parte dos servidores do-
(Encaminhe-se cópia ao requerente) de 1966, e dá outras providências. Quadro e da Tabela de Pessoal do Distrito
Federal e ·a e suas ÃUtafquiãs. A iniciativa justi-
fica-se pelo fato de que, à época, a norma
legal condicionãva a progreSsão à_ existência
O SenadQFederal_decreta.: de Vaga, o qur! acabOu ~por excluir grande nú-·-
Mensagens Art. 1"' O .art. 18 do Decreto-Lei n"' 82._- mero-de servidore_s. se-acatada, a proposição
DO GOVERI'IADOR DO de 26 de dezembro de 1966, pasSa a vigorar virá corrigir a injustiça cometida, propdrcio-
DISTRITO FEDERAL com a seguinte redação: nando transposição para a nova carreira à altu-
"Art. 18. Serão iSentos do impostcx_ ra do que lhes ficou a dever a Administração
MENSAGEM No 118, DE 1989·DF I - os estados- estrangeiros, quanto d~sde então. -.Joaquim Domingos R~ Go-
(No 108/89-GAG, na origem) aos imóveis ocupados pela sede das res- vernador do Dk;tr_ito Fede~al.
Brasília, 9 -de novembro de 1989 pectivas e:T~.baixadas e consu1ados, bem
Excelentfssimo Senhor Presidente do "Sena- como aos quê servirem de residência dos
agentes diplomáticos acreditados no MODIFICAÇÃO AO PROJETO DE LEI
do FederaJ, DO DF QUE DISPÕE SOBRE
Com base n"' § 1"' do art 16 do Ate das País, desde que haja reciprocidade de tra-
-tamento ao governo brasileiro; A CRIAÇÃO DA CARREIRA
Disposições Transitórias da Constituição da ATIVIDADES DE TRÂNSITO
J(- os clubes sociais e esportivos e as
República Federativa do Brasil, combinado
com o art. 3\ inciso II, da ResOluçãO il"' 157/88 --_:____assoCiações récre.ãtivas, pelos imóveis
do Senado Federal, tenho a-honra de subme- edificà"dos ·destinados às suas sedes so- Acrescente-se ao art 29 o § 7"':""
ter à apreciação superior de Vossa Excelência ciais, desportivas e recreativas." --.. §
7~ Os serVidores a que se refere este
o anexo projeto de lei, destinado a alterar dis- Art 2"'- Ficam cancelados os créditos tri- artigo que não foram beneficiados ou o forarri
posições do Decreto-Lei n9 82, de 26 de de- butários C9nstituídos contra oS dub~s sociájs pa"rcialrilente pelo Decreto n" 8264, de 7 de
zembro de 1966, que regula o Sistema Tribu- e esportivos e as associações recreativas, rela- no_vembro de 1984~ seiãO transpÇlrtados na
tário do Distrito Federal. tivamente aos imóveis edificados destinados conforrpidade do Anexo VI."
6816 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACJOrW. (Seçllo B) Novembro de 1969

A lf E X O TV

(Art. 21, § 1• d& Lei n• do do de 1989.)

SITUAÇÃO ~VTERIOR (07.1l.B4l Sri'lfACI\0 NCVA

LEI Nl 5.920 do 1973 CARREinA ATIVIDAnl':S DE 'l"RÂNSI'M

cA~ZCORIA FUNCIONAL REFERbCIA PADRÃO CLASSE

i
'
i
I
I
'
. III-

...
ESPECIAL
AGENTE
•• orRAHsno 31 II T.RPECTAL AGENTE DE TRÂNSITO
30 I ESPECIA[.

',

(À Comissão do Di5trito Federal, a fim. legal condicionava a progressão à existência Joaquim Domingos Ro~ Governado!;' do Dis-
de ser anexada ao PDF n 9 71/89.) de ,vaga, o que acabou por excluir grande nú- bito Federal.
-mero de servidores. Se acatada, a proposição
MENSAGEM N• 120, DE 1989- DF virá corrigir a injustiça cometida, proporcio-
(N"' 110/89- GAG, na origem) nando transposição para a nova carreira à altu- MODIACAÇÕES AO PROJETO DE
ra do que lhes fic9u a dever a_ adm_ioi.st(?J_ção LEI DO DF N• 70}89
Brasilia, 1O de novembro de 1989 desde entãO.
A segunda intenta acrescer dois parágrafos 1-Acescente-se ao art. 39 o § 79:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Sena-
do Federal, ao artigo a~. que. trata da ascenção_ funcional "§ 79 Os servidores a que se refere
Honra-me encaminhar a Vossa Excelência para os cargos a serem criados, com vistas este artigo que não foram beneficiados
proposição no sentido de alterar o Projeto de a permitir que, excepdonalmente, à primeira ou o foram parcialmente pelo Decreto
Lei n~7o, dó Distrito Federal, que dispõe sobre ascensão possam concorrer os servidores que n 9 8.264, de 7 de novembro de 1984,
a criação da Carreira Atividades Rodiviárias não estejam posidonados no último padrão, serão transportados na conformidade do
do Departamento de Estradas de Rodagem como disciplina o caput do aludido artigo. Pre- Anexo VI."
do Distrito Federal- DER-DF, enviado a essa vê-Se -ainda que para essa ascensão dois ter-
ços das vagaS sejam reseav_adas para a clien- 2 -Acescente-s_e _ao art. 8? os §§ 4? e 5~:
insigne Casa Legislativa -eri1 24- de-outubro
de 1989, pOr -melo da Mensagem n9 97. tela intern?J.__ A medió~ constitui-se a forma "§ 49 ~exigência de posicionamento
Tais alterações. referem-se aos artigos 39 e -maisjusta que viu a administração de, a ç:urto no último padrão da Classe Única do Car-
8'1 do prefalado projeto. prazo, Compensar os efeitoS das disposfções go de Auxiliar de Atividades Rodoviárias
Objetiva a primeira introduzir dispositivo pa- · insertas no caput de.:s_e artigo, que re'stringe e da Classe Especial de TécnicO_ de Ativi-
rf!t corrigir a situação funcional de servidores o posicionamento no último padrão da classe dades Rodoviárias, não se apUca, excep-
que, desde 1984, viram-se prejucÜ~ados com única e da classe especial, respectivamente cionalmente, à primeira ascensão.
o advento de decreto que reposidonou, em de Auxiliar e de Técnico de Atividades Rodo- §_59- Naascensãodequetrataopará-
até doze referências, parte dos servidores do se
viárias; àqueles que habilitarem à ascensão . grafo anterior, que será realizada no prazo
Quadro e da Tabela de Pessoal do DiStrito funcional. de 1 (um) ano, a administração reservará
Federal e suas autarquias. A iniciativa justifi- Ao ensejo renovo a Vossa Excelência pro- 213 (dois terços) das vagas para a cliente_la
'ca-se pelo fato de que, à época, a normal testos de estima e elevada consideração. - interna."
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Sabado 11 6817

AN'l!:XO VI

do do (le 1989.)

SI-."UAÇÃO 1\NT!::RIOR (07.11.84} S!TUACÃO NOVA


-
LEI Nt 5.920, do 1973. CArlRF:IRA ATIVIDAilES RODOVIÁRIAS

REFEJUillC:IA PADRÃO CLASSE'

CATEGORIAS FUNCIONAIS DE 25 III Espec11ll ANALISTA DE ATIVIDADES


24 II Especial
NÍVEL SUPERIOR 22 c 23 I Espccinl ROCOV:tÁ<IIAS

CATEGORIAS FUNCIOMAIS DE 32 III E•pccinl 'l'fcr.iiCO DE AUVIDADES


31 II Especial
ldvtL MÉDIO RODOVIÃRl.AS
29 o 30 I Especial
REFI'RtNCIA FINAI. NM-32

lli:FERfNcii>. FINAL NM-30 2S- 30 I Especlal


27 e 28 IV
"

(À Comissão do Distrito FederlJ/, a fim O Seri~dó Federal re;solv~ AJt. 40. .A As<:ençáo Funcional ~onsiste,..
de ser anexada ao PDF 70/89) Art.]9 A Resolução n9 146, de 5 de de-
na elevação do servidor da categoria Funcio-
nal a que pertença para a de outro Grupo,
zembro de 1980, com a redação dada pelas que exija para seu provimento inicial formação·
Pareceres Resoluções nç' 50, de 30 de junho de 1981,
profissional específica ou nível de escolaridade
e 360, de 30 de novembro de 1983, passa superior ao estabelecido para ingresso na ca-
PARECER N• 322, DE 1989
a vigorar com as·seglliiltes-alterações:
(Da Comissão Diretora) "Art. 21. A Progressão Vertical consiste tegoria Funcional.de origem, satisfeitas as exi-
gências relativas a critérios s.eletivos e qualifi-
na movimentação do servidor situado na últi- cação ftxadospor esta.Resolução.
Redação Final do Projeto ele Resolução ma referência de sua classe para a referência
n' 1, de 1989. · inicial .da claSse irilediatamente superior da § 1• .....................................-~- - - -
A Comissão Diretora apresenta a redação
final do Projeto de Resolução n 9 1, de 1989,
que altera a redação de dispositivos da Resolu-
__
n:specti.va c:ategoria funcional.
,,, ...................... ~_,...

Art. 27. Para efeitO ·de Piogressão Verti.cal,


..... -----~·-
§ 2•
§ "3\> :~:::::::::::::::... ·-
§ 49 Na hipótese de a referência de que
_.:.._...~==·.

ção n" 146, de 1980, alterada pelas Resoluções a estrutura das categoriaS Funcionais, ·eom trata o § 29 deste artigo integrar a estrutura
nçs 50, ·de 1981 e 360, de 1983 e dá outras vista à fixaçã~ !n4cial da lotaçãodas respectivas de classe superior à inicial, a ascensão so-
providências. . . . classes, será a seguinte: mente poderá evitar-se quando à classe a que
Sala de Reuniões da Comissão, 1O de no- Art. 28. A Subsecretaria de Admiriistra- corresponde a referência compreende-r ati.vi-
vembro de 1989. ~ Nelson.Çarneiro, Presi- Çãp de ·Pessoal providenciará, mediante publt- dade de nível superior, para cujo provimento
dente - Nabor .Júnior, Relator - Pompeu caç~o ·no Boletim do P~ssçªl, até o último não seja exigida formação técnica especia-
de SouSf) -Antônio Luiz .Ma.J~?. dia do mês de junho, ·os seguintes levanta- lizada .
. mentes, pára oS finS de ProQi"essão Vertical: ................................. --···--·-----~

ANEXO AO PARECER N• 322, OE 1989 I - dos servidores habilitados à Progressão Art. 42:9 ............... ··---.~
Vertical; e ~ -.~:· -· - Parágrafo único. Não poderá concorrer à
Redaçào final do Projeto de Resolyção
11- dos servidores que nãO· concorrem à Ascensão Funcional o servidor que~
n 9 1, de 1989: Progressão Vertical, com a indic?~ção do mo·
Faço saber que o Senado Federal, aprovou, tivo. I - tiver menos de dois anos de efitivo exer-
e eu, , Presidente, nos termos cl.c:i9 em cargo ou emprego no Senado Fe-
do art. 48, Item 28, do Regimento Interno, Art. J~i·.--o Servid~~ qUe fiz;;j~~ .à Pf~~;;~·- derá.~ · ~ ~-

promulgo a seguinte. são Vertical mudará de classe com o cargo 11- estiver localizado nci-prlmeira" referência
ou_ empregO que· oCupe~ · da classe inicial da respectiva categoria funcio-
RESOLUÇÃO N• DE 1989
nal."
Parágl-afo únfco. As vagas·verificadas n~s
Altera a redaçõ de dispositivos da Reso- classes intermediárias e final r~vertem-se à Parágrafo· único. São revogados o para-
lução n? 146. de 1980, alterada pelas Re- ç!asse inir;iaJ,.reSpeitando o dispoSto nos.§§. grafo· único do art. 21, o· art 24 e seus §§,
soluções nf'"> 50, de 1981, e360,.d~ 1983 21'_ e 39 <!o a~ 4Ó de~ Resolução. os incisos I e Ir e
O parágrafo único do art.
e dá outras providéncias. · · 28, O art. 30 e seus §~. ós in~sos I e II e
6818 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçao H) Novembro de 1!189

os§§ 19 e za do art 31 da resolução ll" 146, alterada pela Resolução rt9 140, "de 5 de de- da República Socialista da Tchecosfováquia,
de 5 de dezembro de 1980, alterada pelas zembro de 1985, ambas do Senado Federal, em Bras.Hia, a 12 de inaio de 1988. -
Resoluções n'?" 50, de 30 de junho de 1981 autorizada a Contratar operação de crédito no SaJa das Ret,~niões da Comissão, 1Ode no·
e 360, de 30 de novembro de 1983. valor_ correspondente, em cruzados novos, a vembro de 1989. - Nelson Carneiro, Presi-
Art. 29 O art. 431 do regulamento Admi- 675.819-,21 Bônus do Tesouro Nacional - dente - Nabor Júnior. Relator - Pompeu
nistrativo passa a vigorar com a seguinte reda- BTN, junto à Caixa Econômica Federal, esta de Sousa -Antônio Lufz Maya.
ção: na qualidade de gestora do Fundo de Apoio
ANEXO AO PARECER N• 325, DE 1989
"Art. 431 ··························-··········--················- ao desenvolvimento SoCial- FAS, destinada
§ 1" Os dirigentes dos órgãos redistribui- à implantação de uma escola de 1~ grau, no Redação do vencido para o turno su-
rão; o pessOal pelas respectivcas unidades inte- Município.-, - plementar do Substitutivo ao Projeto ae
grantes. Art. ?~ _Esta ResoJução entra em vigor na Decreto Legislativo n" 30, de 1989 (n~
§ 2 9 na hipótese de Transferência, Rea- ~a~_ ~e sua publicação. - - 44189, na Câmara dos Deputados), Que
daptação, Progressão Especiaf e Ascenção --aprOva d texto-do Acordo áe Cooperação
Funcional, o servidor dever ter lotação obriga- Económica, ce/ebrl1do entre o Governo
PARECER N• 324, DE 1989 da República Federativa do Brasil e o Oo-
tória em órgão onde possa exercer as atribui-
(Da Comissão Diretora) vemo da República Sociah'sta da Tche-
ções do novo cargo ou ~mprego."
Redação do vencido para o turno su· coslováquia, em Brasilia, a 12 de maio
Art 3" I: a S"ubsecretaria de Administra- de1988, -
ção de Pessoa] autorizada a publicar o text"' plementar do Substitutivo ao projeto de
Resolução n~ 67, de 1989. · O CongresSO Nacional decretZ. -- --- ----
consolidado do Regulamento Administrativo
do Senado, com as alterações introduzidas A Comissão Diretora apresenta a redação Art. 19 :I:: aproVado o texto do Acordo de
por resoluções aprovadas até esta data, nume- do vencido para o turno uplementar do Substi- Cooperação Económica, celebrado entre o
rando e renumerando os seUs artigos, seções tutivo ao Projeto de Resolução n1 67, de 1989; Governo da República Federativa do Brasil e
e subseções. que autoriza a concessão de garantia da União o Goveino ·da República Socialista da T che-
Art. 4~ Esta resolução entra em vigor na aos tftulos que mendona. coslováquia, em Brasília, a 12 de maio de
-Sala de_ Reuniões da Comissão, 1O de no- 1988.
data de sua publicação.
Art. 59 Revogam-se as disposições em vembro de 1989. - Nelson Cameiro, Presi- Art. 29 Suprima-se do Artigo VI- Dispo-
contrário. dente - /'fabor Júnior, Relator - Poinpeu sições Finais - do Acordo d'e Cooperação
de Sousa- Antônio Lufz Maya. Econômica o seguinte trecho:

PARECER N• 323, DE 1989 ... provisoria!Jlente a partir da data de


ANEXO AO PARECER n• 324, DE 1989 sua assinatura, e ... "
(Da Comissão Dlretora)
RedaçãO do vencido para o turno su-
Red~~o do vencido pan!l o tutrro su-
plementar de Resolução nP 67, de 1989,
""
Art 3 9 Este Decreto Legislativo entrai em
vigor na data de sua publicaÇão.
plementar do Substitutivo ao Projeto de que- auton'za a concessão de gl!lrantia da
Resolução n? 51, de 1989. União aos títulos que mendona. O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
A Corriissão -cüretora apresenta a redação _:_ __A Presi_dência recebeu, do Governador do
O Senado Federal "iésOlve~ DístiitO Federal, a_ Mensagem n~ 118, de
do vencido para o turno suplementar do Subs-
Art. 19 ÉoMin.istrodaFazendaautorizado 1989-DF (n' 108/89;·na origem), de-9 do cor·
titutivo ao Projeto de Resolução no 51, de 1989,
a reiterar a garantia da União a debêntures rente, encaminhando ao SJ:!nado, nos termos
que autoriza a Prefeitura Municipal de Bonito não conversíveis em ações, jé emitidas pela
(PE) a contratar operação-~de crédito no valor do disposto no § 1~ do art. 16 do Ato das
Siderurgia Brasileira S.A.- Siderbrás, "obser- Disposições Constitucionais Transitórias, e da
correspondente, em cruzados novos, a vada a legislação pertinente.
675.819,21 Bônus do Tesouro Nadonal - Resolução n., 157, de 1988, do Senado Fede-
§ 1? A gar~ntia expressa neste artigo é ral, Projeto de Lei do DF que introduz altera-
BTN. restrita a 437.000- (quatrocentos e tirnta e sete
Sala de Reuniões da COmissão, 1O de no- ções no código tributário do Distrito Federal,
mil) debêntures da série A e 2.631.000 (dots instituído pelo Decreto-Lei n<> 82,. de 26 de
vembro de 1989: - Nelson Carneiro, Presi-
milhões, seiscentos_ e trinta e um mil) debên- dezembro de 1966; e dá outras providencias.
dente - Nabor Júnior, Relator - Pompeu
tures das séries B e C, previstas na emissão Nos termos da Resoluçào n~ 157, de 1988,
de SoUSiJ -António Luiz Maya. original a matéria será despachada à ComissãO do
§ 21 A garantia expressa neste artigo não Distrito Federal, onde poderá receber emen-
ultrapassará o valor em cruzados novos equi- das~ após sua publicação e distribuição em
ANEXO AO PARECER W323. DE 1989
valente a 3.600.000.QQO (três bilhões e seis- avulsos, pelo prazo de 5 dias úteis.
Redação do vencido para ·o turno su- centos milhões), de Bônus do Tesouro Nado·
plementar do &bstitutivo ao Projeto de nai-BTN. O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
Resolução n? 51, de 1989. Art. 21 Esta Resolução entra em vigor na - A Presidência esclarece que a viagem do
data de sua publicação. Senador Ronaldo Aragão para .participar da
Faço saber que o Senãdo FederaJ aprovou, reunião do Conselho Deliberativo da Sudam,
nos termos do artigo 52, inciso VII, da Consti- a ~alizar-se em _Porto Velho, Rondônia, foi
tuição, e eu, Presidente, PARECERN• 325, DE 1989 transferida para o dia 30 do Corrente. -
promulgo a seguinte (Da COITiísSão Diretora)
O SR. PRESIDENTE (Pomp~u de Sousa)
RESOLUçAO N'• , DE 1989 Redação do vencido para o turno su· -A Presidência comunica ao Plenário que a
Autoriza a Prefeitura Municipal de Boof- plementar do SubstitUtivo ao Projeto de ComissãC? D!reto_ra aprovou, em reunião de
to, Estado de Permanbuco, a contratar Decreto Legislativo nP 30, de 1989 (n9 9 do corrente, o Requerimento n<> 595, de
operação de crédito no valor correspon- 44189. na Cámam dos Deputados) - -- 1989;de autoda do Senador José lgnádo Fer-
dente. em cruzados novos, a 675.819,21 A Comissão Diretora apresenta a redação reira, solicitando o envio, a esta CaSa do Con-
Bónus do Tesouro NacioriéJ!- BTN. do venddo para o turno suplementar do Subs- gresso Nacional, de documentos r_elácionados
titutivo ao Projeto de Decreto Legislativo n~ com a construção da "Ferrovia Leste-Oes--
O Senado Federal resolve: te"
Art. 1" É a Prefeitura muninicipa! de Boni- 30,_ de 1989 (n~ 44/89, ria Cârriara d0d5ePuta-
to_, Estado de Pernambuco, nos termos do_ doS), que aprova o texto do Acordo de Coope- O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
art 52, inciso VII, da Constituição Federal_, e raçãO Econôrrilca, celebrado entre o Goverrio --:- Concedo a palavra ao nobre Senador Leu-
da Resolução n" 93, de 11 de oU1:ubro de 1976, da República Federativa do Brasjl e o Governo rival Baptista. -
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção H) Sabado 11 6819

O SR. LOURIVAL BAPTISTA (PFL - tomam-se ainda mais preocupantes quando tagem publicada pelà Folha de S. Paulo, de
SE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Pre- se verificj_ que passamos 80% do _nosso tem- 21 de outubro passado, sob o seguinte título:
sidente e Srs. Senadores, intensifica~se erU to- po em ambientes fechados, onde quase sem- "Pesquisa vai Avaliar Relação entre Fumo e
do o Brasil, à semelhança do que vem ocor- pre muitos fumam. Câncer", bem como as declarações dO meu
rendo nos países mais civilizados e desenvol- Muitos outros-aspectos das inSidioSas e Qra-::. dileto amigo, Professor José Silveira, médico
vidos o desenvolvimento de uma vasta ofen- ves ameaças do tabagismo poderiam ser de- insigne, Diretor do Hospital Santo Amaro, em
siva contra o flagelo da epidemia tabágica. nunciadas_ como, por exemplo, as conclusões Salvador, à Tribuna da Bahia, a 12 de_ agostO
Dentro de poucos dias, precisa'mente no do XXJI Congresso ge Urologi_a, cujo Presi-
passado,_ assim c_omo as notas publicadas pe-
período de 2.8 de novembro a 1o de_de2:embro dente, Doutor Adair Coutinho, afirmou que "o lo Jornal doBrasU, no cüa 14 de maio de 1987
vindouro, realizar-se-á em Salvador, na Bahia, cigarro causa impotê~cia". - "Oentistas conftrrilam que mãe fumante
a 2~ Reunião do Grupo Assessor do /1'\ínistérlo expõe ffiho a doenças" - e a publicada no
Vale a pena transcrever o seguin~ tópico
da Saúde para o Controle do Tabagismo no_ Jornal da Gdade, de Aracaju, em 2- de junho
das informações diVulgadas pelo Jômal de
Brasil (dia 28 de novembro), depois da qual BréJsUia, em sua-edição de terça-feira passada,
de 1989 ~ "Ogarro mata 2,5 milhões de bra·
seguir-se-á, também em Salvador, a IJ( Reu- 11 de novembro: "Ainda existe muito" precon- sileiros".
nião Brasileira de Programas de Combate ao ceito e normalmente o homem sente vergo- Desejaria relembrar que se deve ao Dr. José
Fumo, nos dias subseqüentes (29 e 30 de nha de relatar ao médico que __é importente" Silveira a patriótica iniciativa das medidas pre-
ncivembro, e J9 de dezembro). liminares que ens_ejaram ·a deflagração das
-diz o urologista. De acordo com o mécüco,
Parece-nos conveniente e necessário salien- a inCidência de impotência masculina ainda campanhas pioneiras antitabágiCas no territó·
tar a importância desses eventos na trajetória é muito elevada, mas frisa que não existem rio nacional, logo após a histórica decisão da
da mobilização nacional anti-tabágica, que estatísticas que comprovem o fato devido ao Organização Mundial de Saúde (OMS) em
vêm levando à tribuna através de sucesSivos tabu que a impotência gera no homem. Adair 1950, considerando o tabagismo como "a epi-
pronunciamentos nestes últimos anos, indu- Coutinho salientou, entretanto, que cerca de demia do século". .
sive para relembrar aos eminentes Senadores Parece-me desnecessário alongar-me a
50% dos casos de impotência no homem são
a imperiosa necessidade de ser aprovado o propósito desses problemas, em virtude _da
causados por problemas psicológicos, que_
nosso projeto que proíbe fumar no plenário incorporação, a es_te meu pronunciamento,
vão desde uma experiência frustrada a uma
do Senado Federal. dos documentos acima mencionados.
nova relação.
Esta seria, incüscutivelmente, urna exc_elente O Presidente do Congresso explicou que O Sr. Mário Maia - Permite V. Ex' um
e positiva contribuição à melhoria das condi- a impotência nãO pode ser classificada como aparte?
ções de saúde e bem-estar dos Srs. Senado- doeilça, e, sim, como um alerta de que o siste-
res, além de servir como exemplo e estímulo ma vascular do homem está apresentando al- O SR.LOURIVAL BAPTISTA- Com
às Assembléias Legislativas· dos Estados e às gumas falhas. O uso do fumo e o envelhe- muito prazer, eminerlte cOlega e médico Mário
Câmaras· de Vereadores de todo o P"aíS, - cimento natural são as principais c.ausas da Maia, grande cirurgião que já labutou aqui em
e várias já têm esse projeto- visando a acele- redução do diâmetro dos vasos sangüíneos. BraSJ1ia. - -
rar, com providências semelhantes, o·proces- Para amenizar estes problemas, o médico ace- O Sr. Mário Mala- Muito obrigado pela
so de erradicação do vício de fumar, gerador na com algumas alternativas como a prótese referência, nobre _Senador Lourival Baptista,
de um vasto elenco de doenças, dentre as química que, segundo ele, é a mais moderna médico, eminente político e sociológo. Inter-
quais convém assinalar diversas modalidades fórmula para contornar a impotência mascu- firo na sua explanação, para concordar, e que-
de câncer, enfisema pulmonar, agressões car- lina. ro entrar no mérito da análise, porque V. Ex"
dio-vasculares e cerebrais, que já se traduzem Comercializãda sOmente nos Estados Uni- já faz uma exposição minunciosa e documen-
anualmente em mais de 100 mil óbitos em c;los, a prótese química não apresenta efeitos tada dos efeitos maléficos que o trabagismo
nosso País. colaterais e consiste na aplicação de uma causa à humanidade. Confesso, com toda a
Conviria acentuar·,- ãlém disSo, a- crescente substância líquida de prostaglândia, que é inje- naturalidade, que fui também um iagagista
e ameaçadora periculosidade do tabagismo, tada pelo próprio paciente, atraVés de_ uma quase inveterado, há mais de 20 anos. Come-
evidenciada pelos res_ultadQS doS riials-recen:~­ sering~, no pênls. Ele explica que a drOga pre- cei o vício do fumo ainda na adolescência.
tes estudos e pesquisas que, nos hospitais, cisa ser aplicada 40 minutos antes de cada aos 12 anos de idade, e fumei até os 40 e
laboratórios e universidades em todo o mun- relação sexual, mas lembra que não seria uma poucos anos, quando cheguei à conclusão,
do, demonstraram os terríveis efeitos do vício alternativa barata para o homem brasileiro. Se- lógica, pelos efeitos que me estava causando
de fumar sobre as imensas e silenciosas multi- gundo ele, a droga custa cerça de US$ 250, à saúde, que deveria deixar o fumo e, _em 1966,
dões de vítimas denominadas "fumantes pas- nos Estados Unidos, e -ainda não é fabricada deixei de fumar, por um raciocínio lógico.
sivos". no Brasil. Sempre que posso, aconselho, da maneira
Sobre este assunto, o Dr. Jorge' Pereira, Como se vê, a impotência a que se referiu mais suave, a mais persuasiva possível. aos
Coordenador Estadual, na Bahia, do Progra- o ilustre urologista, Dr. Adair Coutinho, cons- companheiros, às pessoas, meus amigos que
ma de Combate ao Fumo, dO Ministério da titui _um perigo maior do que outro anterior- ainda vivem escravízados ao vfcio do fumo,
Saúde, publicou um objetivo e esclarecedor mente divulgado a respeito das rugas e defor- que deixem de fumar, porque podem prolon-
artigo, publicado pela A Tarde, em sua edição mações estéticas que o excessivo consumo gar ·a vida por alguns anos e, prolong~do-a,
de 22 de agosto, cuja incorporação ao texto de cigarros provocam nas mulheres transfor- trazer benefícios, pela sua ação, à sociedade.
deste meu pronunciamento requeiro, em face madas em fumantes inveteradas. Agora, o que queremos acentuar, o que nos
da importância e utilidade das informações Também merecem ampla divulgação os re- admira e devemos, aos poucos, através de
nele contidas. suhados das pesquisas efetuadas a respeito leis e persuasão da sociedade, é dificultar ou
O referido artigo, intitulado "Fumante Passi- do tabagismo como sério e perigoso agente eliminar essa incoerência social da propagan-
vo: a Vitima Silenciosa", que somos, baseado provocador de acidentes de trânsito. A }espei- da exagerada, principalmente dirigida à moci~
em estudos da Organização Mundial de Saúde to, requeiro a incorporação, ao texto, destes dade, incentivando-a ao vício do fumo, quan-
(OMS), adverte de que o fumo do tabaco é meus sucintos comentári9s da reportagem do _n98, rpédicos, pela ~xpe[iência que temos,
a maior e mais comum fonte poluidora am- publicada pela á!tima Hora, do Rio de Janeiro, sabemos que é um hábito maléfico à saúde
biental, sabendo-se que em um recinto de de sexta-feira, 26 de outubro passado, sob das criaturas. Admira-nos a propaganda exa-
300m2 onde estejam 20 furnãõtes, cOnsurriin- o título "Fumo Aumenta os Acidentes de T rân- gerada, dirigida exatamente à juventude e co-
do 4 cigarros por hora, a concentração de sito. Cigarro: Grave Ameaça ao Yolante". locada como elemento ilustrativo, através das
substâncias tóxicas do fumo atingirá níveis crí- Considero igualmente oportuna a incorpo- ações de esporte no mar, na bicicleta ou na
ticos. Os dados divulgados pelo aludido artigo ração ao texto destas considerações da repor- . motodcleta. Acho que devemos, neste ponto,
6820 Sabado 11 DIÁRIO DO CONORESSO NACIONAL (Seção U) Novembro de 1989

procurar nos congregar cada vez mais, através e colocava outro. I::ntão, lá pelas tantas, eu as amigas davam risadinhas, e eu, ali, com
de leis e providências no senttdo de coibir disse: "largue de fumar, você é um homem cara de palerma. Lá pelas tantas, parei e disse:
também essa liberdade exagerada da propa· ilustre etc.." Ele me disse: "Lourival, por que "Minha senhora, com o d~vido ~sp~!tt:;> ---:- o
ganda comercial no incentivo ao fumei EstOu- você. insiste nessa campanha?" Contei-lhe o marido dela ao lado e mais outras pessoas
solídário com V. Ex-' e o louvo pela brilhante caso desse colega meu que fez com- que eu - perguntei-lhe: há quantos anos a senhora
exposição que faz nesta manhã aqui no Sena- entrasse na campanha. E lhe disse: "Ministro, fuma?" Ela disse: "Há 14, 15. anos". Eu lhe
do da República. Creio que, e~ando nos hori- o Sr. não sabe a quantidade de gente da classe disse: "A senhora é uma mulher de sorte."
zontes de nosso Pais, ela terá o efeito neces- A que se suicida e_ a família abafa, devido ao Ela disse: ...Corno?''. Eu disse: "A senhOra não
sário. Muito obrigado. tabagismo". Ele diss_e: ''Meu pai, meu pai fu- tem uma ruga!" -''Ruga'? "A senhora não
mava três, _quatro maços de cigarros por dia. sabe que as rugas aparecem cedo na mulher
O SR. LOCIRIVAL BAPTISTA- Inicial~ Um dia, ele_ chamou os _três filhos e disse: qUe fuma"? Ela disse: '~Nunca-ouvi falar." "Eu
mente, Senador Mário Maia, agradeço o aparte "Meus filhos estou respirando com dificuldade_ vou pedir permissão à senhora para mandar
de V. Ex", que muito enriquece o meu pronun- e vou me matar". T rés dias depois, Senador, o estudo da Prof. Una Cândida, da Faculdade
ciamento. ele deu um tiro no coração." de Medicina de Milão". Quando eu disse isso,
Quero dizer que somos arni_gos de muitos Então, argumentei: "mas o Senhor um ho- as mulheres ficaram olhando umas para as
anos, fomos deputados federais juntos, sem- mem ilustre, rlcó, moço, inteligente, continua outras parà procurar as ru@S. Eu, aí, destram-
pre nos demos bem, não só como deputados, fumando?" Ele falou: "já larguei por trêS vezes, belhei a língua, a mulher ficou tonta, e eu
mas, também, como médicos, sei das ativida- será o que Deus quiser!'' disse: "J\t\inha senhora, há outras doenças nas
des de V. EX' naquela época, nos hospitais Assim, esta é a campanha, porque estou mulheres, que não Posso dizer de público".
de Brasília, e outros ratos que aconteCeram e continuo nela. Eu diSse, em outro pronuncia- Ela s~ virou para mim: "Senhor, não deixo
depois, quando retornou ao Senado. mento aqui, que apresentei à Casa, assinado de fumar porque tenho medo de engordar
Na verdade, V. EX' furTiava, e fumava basta-n- por 54 Srs. Senadores, quando éramos 67, e meu marido me largar por outra". Eu, aí,
te. Passamos anos sem noS ver, V. Ex' foi üm e até_ hoje esse requerimento, que proíbe o não tive mais nada que dizer.
dos que sofreram aquela punição e, depois, fumo neste pelnário, não foi aproveitado. A Passou, veio a doença do Presidente Figuei-
nos reencontramos- como senadores. Quero Câmara, agora, proibiu fumar no plenário. redo, frz aqui um discurso sobre a doença
relembrar dizendo que, justamente quando Nós, logo depois deste recesso, vamos apre- do Presidente Figueiredo. Outro dia, entrei n6
nos reencontramos, eu o achei diferente, mais sentar projeto acrescentando um artigo ao Re- meu gabinete e me disseram que a Rádlo
moço - porque tinha parado de fumar, já gimento, proibindo fumar neste plenário. Guaiba, de Porto Alegre, estava querendo falar
não parecia aquele Mário Maia do passado.
~ essa a razão por que insisto no assunto. comigo, ao telefone. Daí a pouco, o sujeito
O homem que fuma tem vários males, inclu- Aqui está o Senador Carlos Patrocínio, Que ligou novame~e: "Senhor, V. Ex~ falou que
sive aquele que hoje eu trouxe como exemplo a doença do Presidente Figueiredo foi o fu~
para o Plenário. era.Jumante inveterado e já largou o hábito.
Acabou de m.~ dar essa notícia, que me en- mo?" Porque num 'almoço, ao lado do Pr.1si·
~era dizer a V. EXI' e já disse aqui nesta dente Figueiredo, em Sergipe, S. Exl', em 1
Casa, que, médico que sou, médico que fui cheu o coração de alegria e contentameno.
A conseqüência do fumo, no homem, é esse hora e 40 minutos, fumou dezesseis cigarros.
no passado, médico que fazia tudo, nunca li- Eu, contando. Como eu contava os do Lázaro
guei para fumante, nunca liguei para cliente mal que hoje citei no plenário. E, quanto àS
mulheres?- As ru9as precoces. Além disso, Barboza, que se sentava ali, era a mesma coi-
meu que fumasse~ Mas, em 1972, viajando sa. Aí, eu virei e disse: "Presidente, o senhor
de Salvador para Brasília, encontrei um antigo a mulher que fuma não pode tomar anticon-
ce_pcional. EntãO, muita-s v_ezes me dizem: "V. deve deixar de furriar. O Senhor_ funiou dezes~
colega de cclégío íntemo, de calça curta, no seis cigarros."- "Como é que o Senhor sou-
Colégio "Antônio Vieirã", da Bahia, que me Ex' insiste". Eu digo:" Insisto~- inSistO porque
sou médico e tenho o dever de zelar pela saúde be?"- "Eu estava-contando, Sr. Preside!lte."
abraçou e disse que um colega nosso, Carlos - "Eu ·esfóu-·entupido, eu estou entUpido."
Alberto Araújo, estava morrendo, no Rio de dos meus :Sêtnelhantes".
"Mas largue isso, Sr. Presidente." "Aí, um ele-
Janeiro. Eu não 6 via há 32 "anos. Segui Medi.: . Outro dia, fui a determinado Estado do-Brá-· mento da Rádio Guaíba me telefonou: "O Se·
cina e ele Direito. Na outra semana, fuf" ao si!, acompanhado pelo Senador Ja[bas Passa- nhor baseou-se em quê?". Eu disse: "NO Jaudo
apartamento dele, na Avenida Atlântica, no rinho e pelo Deputado Delfim "Netto, receber do Prof. Zerbini". Mas, conversando, o sujeito
Rio. Não me anunciei como Senador; disse comenda. Após o coquetel, um senhor me disse: "Senador, alguém já o procuro~ para
que era Lourival Baptista, antigo colega no disse: "Senador, eu ouVi uma p'alestra de V. o Senhor: dar conselho?" Aí, eu contei, mas
Colégio Antônio Vi: eira, na Bahia. Subi. Conhe- ~ ãfiàVés_áe_A voz do _B({!SJ1, sobre o fumo,
sem diZer o Estado. Eu disse que havia encon-
ci mulher, filhos, todos. Entramos no quarto e go$tei bastante". Em_ seguida chegou um trado um casaJ, e o marido, sabendo que eu
e ele estava em uma cama, recostado, sem homem alto, louro, era Presidente de um dos fazia campanha antitabagista, pediu que eu
respirar, passando mal. Não me reconheceu. Tribunais do Estado, virou-se para mim edis- aconselhasse a -mulher _a deixar de fumar e,
O filho disse: "Meu pai, este é um antigo colega se: ··senador, V. Ex" pode me fazer um favor"? aí, contei o caso. Quando chegou ao final -
seu, interno do Colégio António Vieira, na Ba- "Pois nãO". "Aconselh:!r a I-ninha mulher a "não deixo de fumar porque tenho medo de
hia. Ele abriu os olhos e começou a 'chorar. deixar de fumar". Eu nãO conhf!da o senhor engordar e o meu marido me trocar por outra"
Abraçamo-nos. Ele não podia se manifestar, riem a mulher. Ele, então, desapareceu, mas -, virou-se o repórter da Rádio Ouaiba, de
mal respirava; não falava Pediu papel e lápis, voltou acompanhado da mulher,loura, bonita, Porto Alegre, que às 8 horas entra em cadeia
e escreveu: "Lourival, quero veneno ou revól- com -mais quatro senhoras, todas fumando, com o Paraná e Santa Catarina, e pergun-
ver." Isto fez com que eu entrasse nesta cam- que me foram apresentadas. Eu nada falei, tou-me se eu não havia dito nada a essa mu-
panha contra o tabagismo. O motivo foi eSse_ porque eram cinco senhoras. Aí, ele apertou lher. Respon<li-lhe que não. poderia dizer, não
colega meu. · o meu braço e disse: "Senador, pode falar··. conhecia a mulher nem o marido; se fosse
Evou contar OulfO ·caso, sem dtar O perso- "Porque a senhora não deixa de fumar? "Ela no Nordeste, seria diferente, porque eu diria
nagem: estava eu em Nova York- o Senador respondeu: Eu me dirigi a uma delas e disse: à mulher que tivesse confiança no marido,
Jarbas Passarinho era Presidente do Senado "A Senhora fuma?". Respondeu: "Fumo". En- pois não impOrtava, no casamento, quantos
e me arranjou essa viagem, a primeira que tão, eu falei: "Não há quem me faça deixar quilos ela tivesse. E é um fato, porque somos
fiz ao exterior- sentado em um restaurante, de fumar", Então, eu virei para ela e falei: "A fiéis, somoS- amantes das nossas mUlhefes e
parede de vidro, quando passou um ex-mi- senhora tem filhos menores?" Respondeu: não pestanejamos.
nistro ·de Estado, viu-me, entrou, sentou-se ''Tenho". - "Com que idade?" Respondeu:
e disse: "Lourival, voC:é eStá PefdíaõT"Eu dis- - "Com·3, 4, e 6, anos''. Eu falei: "A senhora E· é por· iSSo que digo, meu caro amigo·
se"': "não, não quis ir até o hotel etc,"' e ficamos não sàbe o_ mal que çausa o fumo às crian- Mário f.\aia, é por isso que estou nesta c_ampâ-
conversando. Ele tirava um cigarro da boca ças?" Eu falava, ela me daVa as respostas e nha, que continuo nela, é por isso que aqui
Novembro de 1989 oiARiouoo coRaRE:SSú l'iAaONAL (Seção n) Sabado 11 6821

estou, e agradeço muito o seu aparte, meu que, por tudo isso, a campanha de V. Ex' deve contragosto, com fumantes ativos, estando
velho e querido amigo, e que me fez aquela continuar. E, sem prejuízo do respeito que de- sujeito aos mesmos problemas orgânicos pro-
revelação, no dia em que õ Presidente José vêmos aOs que ainda fumam, nesta Casa há vocados pelas substâncias tóxicas liberadas
Samey foi to~ar posse. _Era~ 9 horas e 50 sugestão Para eliminarmos os cinzeiros no Se- pera: combustão dos cigarros. Tals riscos, para
minutos, quando ele chegou à nossa Bancada nado, não há razão para que eles existam, o fumante passivo, estarão na dependência
e disse que havia assiStido à operação_de Tan· - deixando-se apenas, uma das últimas fileiras de sua idade, susceptibilidade orgânica, iriten-
credo Neves, que tinha um tumor do tamanhil para depois eliminarmos de vez esses cinzei- sidade e tempo· de exposição. Nesse sentido,
de_ um limão. Eu ouvi aquilO e não disse a ros, que não deixam -de ser estímulos indiretos a .Qrganização Mundial de Sa(l_de considera
ninguém. E, 12 dias depois, o estado de s_àúde-- ao fumo. __A campanha de V. EX' é meritória. o fumo d.o tabaco a rqaior e mais comum
de_ Tancredo Neves piorou e- ele veio a faleCer. fonte poluidora ambiental, tendo estabelecido
O SR. J..()()RlVAL BAPTISTA- Grato
E eu disse·a uma repórter que' veio conversãr como padrão internacional aceitável de polui-
a-.v. EX", eminente Senado_r Leite_ ChaveS, que
comigo, que procurasse o Senador MáriO- ção atmosférica um índice menor ou igual
depois que deixou de fumar fiççu_mªjs_moço,
Maia, que sabia de tudo. Assim, Mário Maia, a 9ppm. Sabemos que em um recinto de
eu lhe agradeço o aparte valioso. mais jovem, mais atuanteL mais inteligen!e. 300m' onde estejam 20 fumantes, con.Sumin~
Conheço tarob.êm V._ EX' desde o_ seu primeiro do 4 cigarros por hora, a concentração ·de
O Seitãdor Pompeu de SoUsa qtie, por sua mandato aqui, de Senador, e já não fumava substâncias tóxicas do fumo atingirá 1OOppm,
juventude, nunca fumou, parece um homem naquela época. e, quero dizer a V. EX' que nível considerado crítico. EsSes dados tornam~
de 50 anos, tem tolerância e me deixa dar uma dessas doenças nas mulheres, que hoje se ainda mais preocupantes ao imaginarmos
aparte ao Senador Leite Chaves. declarei neste_ plenário e V. Ex!', que chegou
que passamos 80% de nosso tempo em am-
as
depois, não o_uviu, são rUgas e, hoshomens,
o SR. PRESIDENTE (Pompeu de SouS.) infelizmente, é a impOtência, que apareceu, bientes fechados, e onde quase sempre se
fuma. Tal poluição tabâgica ocorre de duas
-Gostaria de solicitar, exercerido esta espi- está aparecendo e acabou-se.
nhosa missão de Presidente, ao Senador Leite formas: através da "corrente principal", repre-
Continuo, Sr. PreSidente, vou terminar. sentada pela fumaça exalada pelo fumante,
Chaves que s_eja o mais breve poSsível, de Parece-me desnecessário alongar-me, a
vez que o tempo de V. EJCf Já se esgotou há ~ propósito desses problemas, em virtude da e através da "corrente se_cundária", resultante
mais de 4 minutos e há outros Senadores dietamente da combustão_ para o,.meJo am-
inCorporação, a este me_u pronunciamento, biente. Essa úJtima é mais nociva por conter
inscritos e eu não gostaria de prejudicar o dos doCUme"iltOS Zldrria ntencignadOs.
direito dos_ outros, apesar da nobilíssima cam- produtos tóxicos em maior concentração. Tais
To_davia, eu desejaria, ao concluir, enaltecer poluentes dispersam~se homogeneamente na
panha de V. Ext, à qual me solidarizo pessoal- a Tribuna da Bahia, "um jornal contra o cigar-
mente. A Presidência não pode solidarizar-se, ro", que desde 1970 se poSicionou~ corajosa atmosfera, de tal forma que os não-fumantes,
posicionados próximos ou-distantes dos taba-
mas eu me soUdarizo. e PIOrieifãmente, contra o tabagismo, quando gistas, acabam inalandci quantidades variáveiS
o ilustre Presidente da Tribuna da Bahia, De- de substânc;ias tóxic;as, desde que em ambien-
Q-SR.-l.OURIVA:h-BAPTISTA. -=--~A-1\ufto piitaào:J"Joaa:G6es-ãdOtoUUma posição iné-
obrigado, nobre Senador Pompeu de Sousa. dita na impreitsa mundial, ao declarar. ... "A tes fechados. Estudos realizados com aero-
mo~as -não;.tabagistas, após 8 horas de vôo,
Concedo o aparte, com prazer, ao eminente p~rtir desta data, (durante a memorável sessão
Senador Leite Chaves. do Rotary Gub da Bahia, em maio de 1970); mostram a presença de nicotina no sangue
em quantidades apreciáveis. Assim sendo, a
O Sr. Leite Chaves - Senador Lourival este jornal não mais aceitará qualquer anúncio separação de fumantes e não-fumantes den-
Baptista, funiei de 1951 até 1964; éffi-õ4, dei- que estimule o hábito de fumãr". tro de nossas aeronaves é medida puramente
xei de fumar. Se -me perg-untarem qUal foi ·a Aproveitando o ensejo, associo-me às ho- demagógica po-r não conseguir evitar que o
coisa mais importante que ocOrreu na minha menagens que foram tributadas à Tribuna da não-fumante compartilhe da fumaça do cigar-
vida, desde Já até aqu~ diria que foi ter deixado Bahia, no ú1timo mês de outubro, quando do ro alheio.
de fumar. Posso assegurar que a qualidade seu Vigésíino-aniversário. · ' --
de vida mudou; quer dizer, outro dormir, outro I::, portanto, com justificada satisfação, que A concentração de determinados poluentes
alimentar-se, outro senso de vida, outra sensa- assinalo· a coragem, lucidez e patriotismo da analisados nó sangue e urina de indivíduos
ção. Até perfumes de que tinha me esquecido, Tribuna da Bahia e de sua_ excepcional equipe abstêmios, após exposição de oito horas, é
passeiavoltarasentir.Então,émeritóriaessa ·-que, apoiando a mobilização nacional antita- equivalente à encontrada em indivíduos que
e
campanha de V. Ex9. Creio, di!Jo aOs fumarl- bágica, vem contribuindo, de há muito, valoro- consomem 5 a 1O dgafros por dia. Nesse
tes, que só há um meio de se deixar de fumai' samente para a melhoria das condições de particular, o feto é o mais indefeso~ Quando,
de forma eficiente: é deixar de vez, mas con- saúde e bem~estar do povo brasileiro. A Tribu- durante a gestação, a mãe fuma, o feto tam-
vencendo-nos antes, longamente, de que 0 na da_ f3a/1ia se tr~nsfqrmou num- exemplo e bém fuma, passando a receber os produtos
cigarro pode nos fazer um grande mal. Eu num modelo digno de ser generalizado, de tóxicos que, através da circulação materna,
depois que vi, nos Estados Unidos, uma expe- tal. forma que toda a imprensa brasileira se atravessam a placenta. Da mesma forma, ges-
riência com ratos - cem ratos brancos de posiciçnasse, igualmente, çontra a calamida- . tantes não~tabagistas que convivam com fu-
um lado e cem de outro, nos cem de cá, inocu- ~e dª- epi9eJTJ_ta-tabágicã. _ _ __ mantes podem passar elementos do fumo pa~
!aram nicotina e não inocularam nos outros Eréioquetinhaadizer,Sr.Presidente.(Muito ra o feto (fumante passivo de 2~ linha}. Inúme-
ratos. nesses, colocaram germes ou elemen- bem! Palmas. O orador é .cumprimentado.} ros trabalhos cientificas demonstram a asso--
tos cancerigenos, 80% tiveram cânCer, e, nos .ÔOCUMÊNTOS A. OOE SE REFERE dãÇãO- ae- aôortos espontâneOs, maior risco
delá,apenas_5%.Então,comg8Strite,conven- OSR. LOURIVAL BAPTISTA EM SEO de mortalidade neonatal e nascimento de
d-me de que o cigarro haveria de me destruir. D!SCaRSO: -- . . . crianças de baixo peso; com o ·consumo de
E, singularmente, deixei de fumar quando .A Tarde _ segunda-feira, 22 de agosto de cigarros durante a gesta~o. ·A !ongo, prazo,
muitos começam. Porque no dia em que eu 1988 há evidências de que tais crianças sofrem sete
estabelecera a céssação· do fumo, eu estava FUMANTE PASSIVO: meses de atraso, em média, em sua alfabeti-
com médicos, advogados, engenheiros, depua A vfnMA SILENCIOSA- zação, (Juando comparadas com outras, filhas
lados, prefeitos do Paraná detidos num quar- de gestantes não-tabagistas. O fato de que
Dr. JOrge Pereirli
tel, em razão da Revolução de 64, esse dia o abandono do- vício durante a gestação faz
chegou e éu estava ali e encerrei, definitiva- Coordenador Estadual do Programa desaparecer esses riscos é alentador, deven-
mente, o fumo. Seis rrieses depois, por incrível de Cômbate ao do~se constituir em forte argumento em prol
que pareça, eu sonhava fumando. Então, é Eumo -Ministério da Saúde da saúde materno~fetal.
um vício dos piores. Ele não é só psicológico, Fumante passivo é aquele indMduo não~fu­ Outra vítima do cigarro alheio é a .crianÇa,
é mecânico, contagia a vida da gente. Acho mante que convíve, inconscientemente ou a particularmente quando menor de dois anos
6822 Sabad~ 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

de idade, inevitavelmente convivendo com "Ainda existe muito preconceito e normal- Vários motoristas consJderam fumar
adultos, muitas vezes fumantes e, conseqüen- merite o homem sente_ vergonha de relaq:lr ao dirigir a CéJJ,ISa real e
temente, exposta por mais tempo a esse_ tipo ao médico que é impotente", diz o urologista. Insuspeita dos acidentes
de poluição. Sabe-se que as crianças_que con- De acordo com o médico, a incidência de No Brasil, ainda não há uma estimativa d<!/
vivem com país fumantes têm episódios bem impotência maSculina ainda é inuito elevada, percentual de acidentes prov'ocados por mo~
mais freqüentes de asma, bronquites e pneu- mas frisa que não existem estatísticas. que torlstas que fumam enquanto dirigem. Mas,
monias, do que aquelas c_ujos pais não fu- comprovem o fato devido ao tabu que a impo- um número- cOhsiderável de motoristas, prin-
mam. Esse ris.co_é_ proporcional ao _consumo tência gera no homem Adair Coutinho salien- cipalmente profissionais - taxistas e moto-
de cigarros e reduz-se_à metade quando ~pe­ tou,_ entretanto, que _cerca de 50% dos -casos ristaS de ônibus, que garantem que a maioria
nas um dos pais é fumarite, embora, ainda de impotência são_ causados por problemas dos acidentes são prOvocados por carros patti-
assim, permaneça maior do que quando am- psicológico~ que Vão_ 4-esde uma experiência
culares - afirmam que as causas maiores
bos não fumam._ Tais observações são exten- frustrada a uma nova relação. SãO' a -distraçâ6; provocada_ pel_o Cigai-ro <;!!-::l-
sivas aos demais circunstantes (babás, avós, O presidente do congresso explicou que a conVersa com o carontsta, e a ifnpf11dência.
tios, etc). impotência não pode ser dassificada como "Fumar ao volail6i.é a·-causa camuf1ilda -de
Também· tem sido observado que as crian- dÇ!ença, e, sim, corria uma alerta de que o um acidente", afirmam alguns.
ças asmáticas, cujos pais_abandonam o taba- sistema vascu1ar do homem estâ apresentan- Sílvio- Machado, presidente da Associação
gismo, passam a apresentar uma redução sig- do alguJnaS falh~s. O uSo do fumo e Oenvelhe- dos Parentes e Amigos das Vítimas de Aciden-
nificativa dos episódios de infecções respira- cimentO nafliral são as principais causas da tes de Trânsito. que perdeu um filho, Mauricio
tórias e de faJta de ar. redução do diâmetro dos vasos sangilineos. Ribeira Machado, num deSastre de automóvel,
A anãlise desses aspectos sugere que uma Parã amenizar estes problemas, o médico ace- hoje, participa de semfnátid~- em eScolâs de
ampla divulgação deva ser realizada, no sen- na com algumas alternativas_ co.mo a prótese 19 e 2<> graus, de todo o Brasil, alertando sobre
tido de que a nossa comunidade esteja sufi- química que, segundo ele, é a mais moderna os perigos e riscos que uma pequena distra-
cientemente esclarecida e motivada a asso- fórmula para contornar a impotência masco- ção pode representar para queni está dirigindo
ciar-se a essa luta contra o fumo. Caso contrá- Una. -
e seus acompanhantes. Numa sala de aula,
rio, seremos obrigados a contemplar em nos- Coinercializada somente nos Estados Uni- convoca um aluno que queira ganhar cinco
so País, um aumento desenfreado das enfer- dos, a prótese química não apresenta eleitos cruzados. Coloca a nota entre os dedos do
midades provocadas pelo tabagismo, em sen- colaterais e consiste na aplicação de uma menino e afirma que, se __apanhá-la, depois
tido inverso ao que vem sendo observado, de substância líquida de prostaglândia que é inje- que ele soltar a nota, o dinheiro será seu. Pede
um modo geral, no controle das doenças in- tada pelo próprio paciente, através de uma silêncio absoluto, exige a máxima concentra~
fecciosas _e parasitárias. seringa, no pênis. Ele e:Xplica que a droga pre- ção do aluno e solta a nota. O garoto vitoriosa-
Considerando-se adultos jovens e saudáveis cisa ser aplicada 40 minutos antes de cada mente pega os cinco cruzados novos. Sílvio
submetidos_ agudamente a ambientes com al- relaçáo sexual, mas lembra que não seria uma propõe uma· segUnda aposta, agora, corri dez
to teor dessas substâncias tóxicas, tem sido alternativa barata para o homem brasileiro. Se- cruzaaos novos:. Exlge total concentração do
observado irrltaçáo ocular e de garganta, ma- gund_o_ ele, a droga custa cerca de US$" 250 menino. No momento de soltar a nota, ele
nifestações nasais, dores de cabeça, tosse e nos Estados Unidos e ainda não é fabricada tenta - sem que este perceba - desviar a
precipitação de quadros _alérgicos. Por outro no Brasil. atençãÇJ dq_ menino _cte -ª'suma maneira -
lado, a exposição crónica involuntária, por 15 pigarreia, diz qualquer coisa ou faz um barulho
anos ou mais, por indivíduos saudáveis, provo- inesPerado enquanto solta a riota. O menino
ca redução significativa da capacidade respira- Última Hora - Rio de Janeiro
Sexta-feira, 20_ de Outúbro, 1989 perde a aposta. A finalidade do teste é provar
tória, equivalente ao conswno de até 1O cigar- que_ qualquer pequena desatenção pode ser
ros por dia, conforme já demonstrado pelas aGARRo, GRAVE AMEAÇA a gota d'ág_uê! para quem está dirigindo. Numa
provas de fWlçáo pulmonar. Mais recentemen- AO VOlANTE fração de segundos, sua atenção pode serdes-
te, tem sido observada uma tendência aumen- viada e provo_car um acidente. Acender o ci-
tada em adquirir câncer de pulmão por mulhe- O vício encobre muitos
acidentes ~e trânsito garro ou tragar enquanto se_ dirige pode por
res cujos maridos são tabagistas. A criação trás dessa distração. Segunda Sílvio, as pes-
de recintos específicos em ambientes fecha- soas não são educadas para o risco. "Os' mo-
dos, de trabalho ou de lazer, reforça perma- toristas dev~ se conscientizar de que dirigir
nentemente a idéia de que fumar é a exceção, Onzas nos olhos, faíscas no rosto, brasas
nã_()-é lazer", diz o presidente da APAVf, que_
e não a regra, além de demonstrar que maior - caídas no banco. Riscar o fósforo para acender adotou a frase como lema.
número de pessoos vem se preocu-pando com o cigarro, muitas vezes, pode ser a causa de
a qualidade da ar que respira, não apenas grandes fataltdades por culpa de motoristas Não existe no País, uma lei que proíba o
em seu próprio beneficio mas, sobretudo, para que não reistem ao vício de fumar enquanto motorista particular de fumar enquanto_dirige.
as gerações futuras. dirigem e acabam coloCando em risco a pró- Portanto, imaginar que um inveterado fuman-
pria vida e, o que é pior, a de outras pessoas. te vá dispensar o cigarrinho -~eu de cada dia
Jornal de Brasffía, {eiça-feiri!l, 7-JJ.:.ag· ·· Numa fração de segundos, em que o moto- e pura tolice. Entretanto, nã6 é difícil, principal-
rista tr.<)nsfere sua .<)tenção do trânsito para mente nas cidades mais desenvolvidas, se en-
ESPECIALISTA DIZ QUE O acender Q- cigarro ou dar_ uma tragada, ele contrar pessoas que, além de oferecer uma
QGARRO CAUSA IMPbTÊNCI.Ã . pode estar colaborando para aumentar o índi- carona, mesmo sendo fumante e dono do veí-
ce de__<;l;cid~ntes que ocorrem no País, hoje culo, consultem os demais ocupantes do veí-
Rio - De cada 100 homens impotentes uma médía de um milhão de casos regfstra- culo se pode fumar enquanto viaja. Em alguns
pelo menos 60 são fumantes. A afirmativa é dos, dos quais 50 mil-com vítimas fatais e - Estados norte-americal)os;-~independente de
feita pelo presidente do XXII Congresso de mais de 300 mil feriâos. ser ou não lei, os motoristas não fumam en-
Orologia, Adir Coutinho. Ele afirmou que -õ -Nos Estados Unidos, o índice de acidentes quanto dirigem, acompanhados ou sozinhos,
uso contínuo de cig_arros por um período de provoç_adoSi por m-otoris~s furriantes alcan- por absoluta questão de s_egurança - e por
20 anos pode causar ao homem uma impo- çoll uma média de 200mil ~cidentes f'!OS últi- educação. Essa consciência vem favorecendo
tência irreversível. O especialista argumenta, m65--d0fs anõs, se--peJo fato de o motorista consideravelmt.:nte as demais campanhas de
no entanto, que a maior dos casos pode ser estar dirigindo com um cigarro entre os dedos. combate ao fumo, promÓvidas em ·quase to_-
recuperado, se o paciente procurar um espe- ~ Esse número aterrorizante- provocou_ uma -dos os paises.
dalista na fase inicial da doença e suspender campanha no _sentido de &:' proibir a pessoêl Se, no Brasil, _o comportamento do moto-
o fumo imediatamente. ao volante de fumar. rista profisSiO-nal não chega a tãnto, muito me-
Novembro de 1989 . DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção D) Sabado 11 6823

nos o do particular. E vice-versa Na esteira fumar nos transportes coletivos. Parece "que raS medidas em pacientes deVem ser iniciadas
da lei de proibição de fumar ou porta(cigarros, a fraSe do funlilnte teve outra interpretação na- Próxima semana no Instituto do CoraçãQ.
acesso, charutos, cigarrilhas e cachimbos, em - "não há lei" - pois há 30 anos que é - O acordO se tornou possível porque o Lpae
recintos coletivos, públicos ou particulares, de desrespeitada. investiu US$ 50 mil (cerca de NCz$ 50 mi~
trabalho, lazer, saúde e educa_ção, bem c:omo_ lhões) de fevereiro- até àgora para montar a
Nos ônibus, todos fumam, mesmo com
em transporte coletivo de qualquer natureza, aparelhagem necessária ao experimento. Des-
a1guMs estados e municípios acabaram enten- a proibição pela lei.
Do motorista aos pass_agefros de a última segunda-felra, o responsável pelo
dendo a medida aos niotqristas de táxis. Mui- laboratQrio can.adense,_ Malcon _l'Çng, ~está em
tos taxistas, especialmente os antitç:~b~ist_.a_s A ftS_calização correda por conta do cobra~ São Paulo fazendo os ajustes finafs no_ equipa-
chegaram a fixar nos vidrOs dãS-jãnelas, no dor ou motod_s:ta. I: quando estes fumassem, mento. As medidas feitas pelOs brasileiroS pre-
panei sobre a tampa do porta-luvas, adesivos a responsabilidade seria da empresaAido Sér- císarh seguir os mesnios padrões daquelas
com aviso: ".Pede-se não fumar". Para o moto- ,gio Luma, 24 anos, ex-pizzaiolo do Mr. Pizza, realizadas em Edmonto-n, sede do laboratório
rista AJéides FOriSeCa, ftiridonáffQ®_f~@ra­ que troço4 h~ dqis o fomo de l_enha pelo ban- canadense. Ontem, KiriQ coilsideroú o apare-
ção NaCional dos Condutores Autôhomos de quinho de trocador da Linha 136 (Rodqviâria~ lho do Brasil pronto. _
VeícuJos Rodpviários, a lei -·que segudo ele Copacabana}"âíi: '"Não impeço ninguém de O prlineiro projeto ·ronjtirito Vai dUrar -três
já Caducou há mais de dez anos- era_absur- fumar. Iria me aborrecer e não ia adiantar na- Çlnos. Serão estudadas cerca de mil fumantes
da. Proibia o motorista de- fUmar, mas hão da. A gente tem que ter jogo 'de cintura. Vor:ê (500 em Cada país), com idade variando enti:e
vaJia para o passageiro. Se O motorista tivesse vitr, agora, sai sem troco, fiquei deVendo dois 50 e 75 anos, que tenham alterações nos pul-
algum problema de saúde, alergia, oLi outro centavos ao passageiro, comã é'que vou man~ mões que indiquem a realização de um exame
qualquer que o obriga$5e a ficar longe do c hei~ dar esse_ passageiro apagar o cigarrO se ele chamado broncoscopia. Durante o exame,
ro e da. fumaça de cigarro, ficava por isso acender um?" Pergunta. Sérgfo também não realizado com o awa1io de um tubo flexível
mesmo", afli'Ti1a revoltado. "Hoje",_diz Alcides, acredita em cãmpanhas feitas pelos antitaba~ introduzido na traquéia, os pesquisadores vão
"tsso felizmente não vale mais". Não-fumante, gistas. Elas não funCionam, o- cara lê, ouve, retirar amostras dO muco que recobre a pare~
Alcides' achou a medida "injusta e urulateral. mas quando chega no ônibus acende seu vi- ce da traquéia e dos brônquios (condutos de
O motOrista de táxi TM 5534, um Prê~os do. Tem-que s·er-como no Metrô, fiscalização ar dentro dos pulmões).
S, qUe se- identificou como Marcos, diz que cerrada, senão niriQUérri Vai deixar de furnar O equipamento desenvolvido por K'mg usa~
não conheçe lei alguma que o proíba de fumar nos~oruous~ do nOs dois laboratóriOs permite me"dir váriàs
ao volante. Entr_etanto, acredita que exista_ um Caserniro_da Cunha, rnotor[sta da Linha 342 propriedades do muco como sua elasticidade,
acordo entre o sindicato e _as autoridades de (Jardim América~Castelo), 52 anos, 28 de pro- viscosidade, além da quanticfade de água, do-
o ."ffiotoJiSta não fumar, se. OpassageirO pedir . fissãó, admite que nunca tirou _o passageiro fo-;"s6dio e bactérias que ele_apresenta. Essas
e více-versa". Contou que á:cehdeu o cigarro, do ônibus por estar fumando. "Se foSse fazer Carácterfsticas determinam se o- rriu<::ó p-ode
assLm que deu a partida para mais uma corri~ isto, -o" càrrõ ia ficar quase Vazio". A CObradora ser empurrado com maior ou menor fa_d)i~
da, levando um casal de idosos, que solicitou Jovelina Freitas, 45 anos, da Unha 372 (Pavu~ dade• pelos cíJios das céLulas da parede da
que ela apagasse o cigarro porque a fumaça na), diz que fumar éum ''problema da vida". traquéia e brônquioS.. - - '
e o cheiro o inc__omodavéUTI._ :Tive que jogar Confessou ser irisupOrtável trabalhar oito ho· Ao fmal do estudo, os pesquisadores preten-
o cigarro fora. E1,1 não pOsso-e-perder o passa:~ ras-diádas, sentada numa cadeira desconfor- dem __ s_aber porque alguns fumantes_ desen~
geiro'', afirmou ele. tável, viajando para lá e para cá: 'Tenho que volvem câncer de pulmão e outros não. A hi-
No Sindicato dos taxistas autôoomos, _um pelO menos aCender um cigarrinho·, senão não pótese é que_-ás'-pessoãs·que-têm câncer apre-~
diretor de plantão não so_ube informar se existe agüeii.to-redama. "Sei que atrapalha algumas sentam alguma deficiência no sistema priiná~
algumtt lei de proibição _nes_s_e sentido. "Se pessoas;· mas nos dias de chuVã nao fumo, fio de defesa do pulmão. Ele_ é cánstitUido
não". - - - pelas células com cmõs que empurram mUcO
existe é muito velha", afirmou.
Caso tufioso entretanto aCOnteceu na Aus- de dentro para fora dO PuhTião. Se este sistema
Se a lei é desconhecida, at~_.mesmo por
algumas autoridades do setor, a verdade é trália, onde as empresas de transportes prefe~ não funciona a contento, as substâncias que
rem empretJados não~fwnantes. o- mOtorista causam câncer chegam com mais facilidade
que ela existiu- e muitos taxistas, parZI evitar
SeanTarol, 59-anos, Cóm Câncer no pulmão, no interior do. pUlmão ·e aí ficam- pof mais
serem mu1tados de surpresa, evitam fumar.
ganhou uma ação contra o Departamento de tempo.
dentro dos seus próprios táxis_. Em Belo Hori~
Ttânsito, que fól_ obrigadO a pagar~lhe cerca
zonte, São Paulo e outras <::ida.des__brru;ilcir®, Tribuna da Bahia, sábado, 12 de
de 25 milhões de lnderiiz.;iÇão. AJustiça enten~
a lei existe e é para valer. Como sãO: para agosto_de_1989
deu que o motorista fora um "fUmante p3S§i-
valer todas as leis neste País, _m_as cy.mpri~las
vo", durante 20 anos POís Inalava a fumaÇa SAÚDE EM GUERRA CONTRA. 0 ~UMO
já_ é OJ,.!tra hi.stória. . o •
dos cigarros de seus passageiros, e por _isso
Furi de expediente, o trânsito ~_ngar_rafad9, adquiriu a dOença. - -- O~combate ao fumo IJ.ão chegou ao níve_l
ônibus lotado, de repente um belo tipo faceiro tida c:omo ideal, e o -di,retor do Hq?pital Santo
que você tem ao seu lado... na conQução, acen- Folha de S. Paulo, sábado, 21 de ot;tubro de
1989 Amaro, José Silv_eira, acredita que somente
de um cigarro e sem a enorme cerimónia, com uma campanha maior e mais i_nte~Jsi~
solta grandes baforadas em seu r9sto bem PESOOISA VAI AVAIJAR RElAÇÃO ficada, com a pãrticipação da çomunidade e
debaixo da plaquinha que avisa: "É proibido ENTRE FUMO E.CÀNCER .. do Govemó, além da proibição de anúncios
fumar, sob pena de o passageiro ser retirado de cigarros, se chegará ao satisfatório. _Com
do veículo. Lei no 912, de 22~ 11~58.:' Da Repor_!agem Local
exposiçõe~ de "outodoors", passeio aéreo de
A lei que proíbe fumar em ônibus nasceu Um laboratódo de São Paulo passa a lnte~ faixa alusiva ao comba[e ao fumo, desfile de
de um incidente desses. Seu âutor, o vereador --grar um pr9jeto internacional de pesquisa que trio"elétrico pela orla dê Salvador, distribuição
do então Distrito Federai, Cipriano Lima, recla- viSa estudar a correlação entre- ãs ·alterações de boletfiis infOrmativOS e corridci rústiCa, está
mou de um fumante a sua frente, que acendeu no sistema de defesÇt do pulmão decorrentes programada semana r:omemorativa ao Dia
o 'Cigarro e ao dar uma tragada jogou~lhe cin- do hãbito de fumar e as chances de a pessoa Nacional de Combate ao Fumo, dia 29, quatl~
zas e faíscas nos olhos. Diante da reclamação desenvolver câncer .nesse órgªo. O frabalfto d,o_ acontec~ uma mes.a~redonda sobre tab_a~
do vereador, o fumante foi Categórico: "Fumo é uma colabora~ão entr_e_ o_~b-õratório de Po~ gfsmo, com a participação de cinco espec_ia- __
sim, e não há lei que me proíba ... A resposta luiçãoAtmosférica Experinlental (Lpae) da Fa~ listas, a ser realizada às 8h30min no Auditório
do vereador 'Veio fulminante: "Não tem, mas- cuidade de Mediciilã _dã- OSP_ e q Grupo de do_ Hospital Octáv_io Mélnga~eira.
vai ter"; Proposta em 1955, sOmente três anos Defesa Pulmonai.da UniVersidade_ deAlbe~ Para José Silveira "é preciso qUe_ essas peS-
depois, a Lei no 912 foi aprovada, proibindo (costa oe_ste do Canadá). No _Brasil, ~s pririlei- soas viciadaS -tenbaât__também _a consciência,-
6824 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) NoyembrQ de 1989

de que a cada cigarro está perdendo cfnéo Atnlvés de inúmeras publicações ·dfdáticas tal comportamento. Como se vê a campanha
núnutos de vida. A QN{J considerou o taba- de procedência dos Estados_Unidos _e da Eu- cres_ce ainda mais nesse infcio de década de
gismo como a "Epidemia do ~cuJo", e nOs ropa a TB acabou conscientiZando legislado- 80. .
Estados Unidos, no ano passeldo, se pôde res sobre a inconveniência de .fumar em recin- Proibição
mostrar que cerca de 360 mil pessoa morre- tos fechados. E um dos primeiros ·resultados
ram de doenças ligadas diretamente ao fumo, dessa campanha foi o projeto de autoria do Alegislação sobre a propaganda de cigarros
como câncer de puJmão, enfizema pulmonar, lider do PSD na Câmârã- de Vereadores, José é analisada por empresários baiarios através
bronquite crónica, enfarto do mioc;-árdio, der- Pires Castelo BranCo,· que Proibia o uso do de uma iniciativa da J8 dentro dasua campa-
rame cerebral, câncer do laringe, estômago fwno -em estabelecimentos_ de prestação de nha. Esta nova conquista estabelece a proibi-
ou faringe. Segundo o especialista, esses mã~ serviço. Ao justificar o sea projeto o vereador ção da propaganda de fumos e bebidas no
les são causados pela fumaça do cigarro, na Castelo Branco revelava em junho de 1980: rádio __e na.televisão das 18 às 23_horas.. O
qual já foram identificados quimicamente, "A campanha em boa hora iniciada pela Tribu- projeto é aprovado pela Câmara Federal. Ao
mais de quatro mil elementos tóxicos, sendo na.~dti Bahia não deve ficar: isolada. Ela é de mesmo _tempo as companhias aéreas res~r­
os maJs graves: a nicotina e o mvnóxido de utilidade pública InidatiVas desse porte devem vam um lado nos aviões para os passageiros
carbono, além de componentes radioativos, merecer a consideração espe<:iai dos senho- não fumantes. Aperta-se o cerco contra a vício
responsáveis em grande parte pelos cânce- res vereadores". - do fumo em todo o território nacional. Uma
res". Em riiaiõ daquele ano, durante memorável série de reportagens publicadas pela Tribuna
Para atuar nesse campo de combate, foi sessão do Rotary Club da Bahia, o presidente da B~hia mostra os ll)a]es dQ fumo: hiperten-
criada no Hosi~l Santo Amaro a primeira Co- da Tribuna da Banhía, Joad Góes, adotou ao
são, câncer pulmão,_enfisema_,_ col.apso car-
missão de Luta Antitabágica Ho_spita1ar - a uma poslçã_o inédita na imprensa mundial: "A díáco, anewisnia dã aorta, enfarte~ ólcera gás-
única no Brasil e segunda no mWtdo, dividin- partir desta data, o jornal não mais aceitará trica, cancêr do pâncreas, arteriosclerose e
do o lugar com a Itália. A comiSsão presidida qualquer anúncio que estimuJe o hábito de câncer da bexiga. Ao mesmo .tempo e em
por Paulo Bittencourt. atuaria jUnto aos doen- fumar". A decisão seguiu-se a um pronuncia- s_eguidas edições, publica depoimentos de
tes, médicos e enfermeiros com objetivo de mento contra o fumo de uma das mais respei- gente famosa da terra, fumantes e não fuman-
maior conscientizaÇão, !nas José Silveira não táveis personalidades do mundo científico bra- tes~ Um dos mais objetivos depoimentos é
sabe por quê este trabalho alnda não é dinâ- sileiro, o professor José Silveira. À época o do sa_u_doso mestre Raul Sá, profeSsor de Por-
mico. "O grande problema é que os pr6prios fundador e presidente do !BIT chamava a aten- tuguês da UniVersidade Federal da Bahia: "Eu
médicos ainda fumam, e d~o muito mal exem~ ção da comunidade: "Os objetivos das campa- fumava uma média de 60 cigairOs ·par dla
pio. É preciso lembrar que quem fuma preju- nhas antitabágicas não devem ser precipua- e fumava já desde os 15 anos -quando senti
dica as pessoas que não têm o vicio, já que mente, o de fazer com que os fumantes aban- que o cigarro estava me prejudicando. Então,
está comprovado que profissionais qUe traba- donem o_ uso do cigarro e sim evitar que mais res()lvi deixar de fumar. Acertei comigo mes-
lham no meio de_ fumantes perdem normal- individuas comecem a fumar". Para ele, o prin- mo fumar até o último cigarro-da minha cãr-
mente 1O anos de vida. Nos Estados Unidos cipal fator de___contribuição para o crescimento fêiia que eu trazia no bols-o·; Ainda morava
a luta contra esse vício está grande e as empre- do_ vfcio de fumar era a propaganda. a
no Rio de Janeiro e estava camiriho do cen·
sas de seguro chegam, inclusive, a conceder Naquela oportunidade a TB revelava aos tro quando tinha apenas um cigarro. Esperei
bonificações de até 30 por cento para quem leitores uma série de dados ainda inéditos: chegar ao centro para_fumá-lci depois do cafe_-
não utiliza o tabaco".Jos.é Silveira é da opinião que o Brasil ocupava o quinto lugar no mundo zinho. Quando acabei de -tomar o café e ia
que o mesmo deveria acontecer no Brasil. Ele entre os países que mais fumam; que a indús- botando o cigarro nã ·boca, este escorregou
lembra que até os· anúncios feitos normal~ tria funiageira era ainda o setor que mais con- de minha mão e caiu no chão. "Confess6-'que
mente das diversas marcas de cigarros, em tribuía para os cofres do EStado com a arreca- se não tivesse niri9úem no bar teria apanhado
52 países civilizados elas são proibidas de s~ dação _de impostos para a receita tributária.' o cigarro do chão ·com toda aquela sujeira".
rem veiculadas pelas empresas de comuni- Apoio
cação. Já está comprovado que fumantes de Jornal do 8r_lJsil_ quinta-~ire. 14-5-87
20 cigarrOs diários, no fim de 15 a 20 anos, -A nOssa campanha _cOI-ttra o fumo recebe
OENTISTAS CONFlRMAM' QUE Mfi:E.
tem 90 por cento _de probabiJidade de contraí- -o apoio púDiico da comunidade adventista:
"Nosso desejo é que a TrD;una da Banhía FUMANTE EXPÕE ALHO A DOENÇAS
rem o cancêr pulmonar. O especialfsta e cola-
borador do Ministério da Saúde, na campanha leve avante essa inictativa com destemor, póis Paris - Os paiS"fuinam; os filhoS pegam
contra o tabagismo, garante que a partir do há milhares de seres humanos neste Brasil doenças respiratórias. Esta é a conclusão a
momento que todos realmente souberem os que precisãm ser advertidos dos maleficios que chegou wn estudo feito por uma equipe
problemas acarretados com o uso do cigarro, do álcool e do cigarro." de médicos norte-americanos, publicadO na
isso reduzirá, mas e necessário muita campa- ·· Foram incontáveis as instituições que levan- revista Pedíatr!cs, confirmando pesquisas an-
nha esclarecedora e participação de toda a taram a mesma bandeira da Tribuna contra teriores na Frâilça e em outros países euro-
comunidade. 9 hábito de fumar. O presidente da OAB sec- _ peUs. D ·estudo elimina ãs dúvidas com res-
Tribuna da Bahia, sábado, 21 de ção da Bahia, Thomas Bacelar, louvava scib peito à nocMdàde do tabaglsrrio familiar para:
outubro de 1989 tOdOS-Os aspectos a campanha encetada_pefã as crianças ~ espedalmente quando é a mãe
Tribuna "porque o fumo é um dos males que que fuma - , tanto pela grande quantidade
afligem á humanidade. um dos seus maiores de casos analisados, quanto pela extensão da
flagelos, pois não há recinto no mundo onde pesquisa. -- -
A Tribuna manteve a coerência não mais o vicio não se espalhe". A equipe dirigida por Frank Pedreira fez ini~
aceitando pubUcldade de cigarros Em <lpoio à campanha desenvolvida pores~ cialmente um fichário com todos os antece-
Muito antes que o Brasil despertasse para te jornal ç_ontra o vicio do fumo e a decisão dentes de enfermidades pulmonares familia-
os males causado_s pelo fumo (a campanha do prefeito Mário Kertész sancionando a lei res (bronquite, tosse, asma, pneumonia) em
institucional desencadeada pelo governo fede- de autoria do vereador Castelo Branco que pacientes adultos, num hospital em Washing-
ral só se concretizou em fins de 88, inclusive - proíbe o uso do cigarro em recintos em Salva- ton. Depoi~, acompanhou durante um ano a
com a obrigatoriedade de constar nos maços dor, a Sodedade Brasileira de Cancerologia, evolução da saúde de 1 mi1144 filhoS de_ss~
de cigarro a advertência do Ministérfo da Saú- atrav~~ do seu secretário-geral, Luiz Carlos pacientes, estabelecendo uma estatística de
de) a Tribuna da Banhia já dedicava muito Calmon,pronunda-seemcaitadirigidaadire- todas as doenças respiratórias como laringite,
espaço ao problema, vendo vitoriosa uma ção deste jornal esclarecendo que a medida traquefte, epiglotite e pneumonia.
campanha CJtie ela própria avorou desde os 8$umida pelo prefeito de Salvador não é iné- Desse total de crianç;;~~s, 64% eram filhos
anos 70. --dita, pois outros centros também já adotaram de famílias em que ninguém fumava, 25%
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL.(Seção R) Sabado 11 6825

tinham pelo menos um dos pais fumantes; fumantes. Acrescentou que, no mundo inteiro, neira pela qual o foi. Essa ética não foi violada
nos 11% restantes, tanto o pai quanto a mãe tem-se observado ao aumento de câncer de quando, exatamente, essa personalidade foi
fumavam. A freqüênda de enfermidades ma.i_s pulmão em mulheres fumantes. Como exem- instada, várias vezes, por políticos que têm
raras, como laringíte e pneumonía, é a mesma plo, ele disse_ que na Noruega, Polónia e Ingla- assento nesta Casa e que forain à sua Porta
para todas as crianças. Pedreira afirmou que terra, nos últimos_20 ariás, esté -número do- oferecer legendas. .
o risco de bt"onquite e traqueite é muito mais brou e chegou mesmo a quadruplicar no Ca- De inaneira, Sr. Presidente, que eu faço ape-
elevado nas familías em que a mãe fuma. Nas nadá e Estados Unidos. nas estas observações a respeito do bn1han-
familias em que o único adepto do dgarro O fumo afeta, ainda, as mulheres gráVidas. tismo porque já ouvi, aqu~ o Líder do PMDB
é o -pai, as conseqüências são bem menores. lsuruki informou que o monó~do de.carbono e os apartes que foram dados- relativamene
A aná1tse do risco em fun_ç_ã_o _da_ intensidade e a nicotina vão para o sangue do feto dimi- ao trabalho do nobre Relator Senador Man-
da intoxicação paterna foi multo mais difícil nuindo seu suprimento de oxigênio e acele- sueto de Lavor, que nós todos aprendemos
de estabelecer, mas os cálc_ulos parecem mos-- rando seus batimentos cardfacos. O recém- a admirar na Casa. Eu também diria que esta-
trar que a traqueíte infantil tem relação direta nascido, filho de fumante, nasce com 300 gra- mos diante de mais uma prova do errotémda-
com o número de cigarrOs consumidos no mas, em médi_a, a_baix.o do peso normal. mental que praticamos, durante vinte meses
ambiente familiar. A pesquisa também mos- As rrtulheres vaidosas, o Ministro da Saúde de trabalho, para produzir uma Constituição
trou que quando existem antecedentes fami- lembrou que o cigarro é fesponsável pelo en- no Brasil, transformando~a em.uma verdadei~
liares de enfermidades respiratórías crónicas, rugamento e envelhecimento precoce da pele. ra lista telefônicà.. Atjuilo que poderia ser per-
a iricidência de bronquite na:s criansa_s é mais Além disso, descolore os dentes, causa mau feitamente questão de legislação ordináría, e
elevada. hálito e mudança na voz, mau cheiro na pele como tal flexível, mutável de acordo comas
Num recente congresso em Pa_ris, chegou- uma vez que bloqueia os poros bem como circunStâncias, passou a ser texto constitucio-
se também às mesmas conclusões., já que torna os cabelos frágeis e provoca a conjun- nal s6 modificável mediante 3/5 de cada Casa.
existem três correntes de fuJTlaça, o que expli- tivite. O ei'ro'Jundamental está aí.
ca as conseqüências nas pessoas que não Ainda ontem, eU ouvi o' nobre Senador Pau-
fumam e sofrem passivamente _s~us cl"ei_tos. O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) lo BroSsard, no seu belo e extenso discurso
A primeíra corrente é. inalada pelo fumante. -Concedo a palavra ao nobre Senador Leite no Supremo Tribunal Federal, e eu aprendia
Uma segunda se desprende do cigarro entre Chaves. que a Constituição do Império teve apenas
duas inalações. A fumaça lançada pelo fuman- Q SR. LEfTE: CHAVES.PROfi(JNCIA uma emenda durante toda a sua existência;
te forma a terceira corrente. Em resumo, o nós já estamos com centen,as, talvez, de pro-
D/SC(JR$0 QlJE, ·ENJREG(JE A REVI-
fumante inala as três correntes, enquanto que postas de emenda à Constituição que acaba-
SÃO DO ORADOR, SERÁ P(JBUCADO
o sujeito passivo só inala duas, mas elas são POSTERIORMENTE. mos de promulgar faz pouco mats de um ano.
suficientes para porduzir danos significativos Mas esse não era o objetivo da mili_ha· pre-
no organismo, especialmente quando _se trata O SR- PRESIDEI'ITE (Pompeu de Sousa) sença nesta b_ancada, Sr. Presidente, que ago-
de uma críança, ainda em formação. - CõOCedo a palavra ao nobre Senador Jar- ra no Senado, que eu reencontrO, temos a ...
As três correntes de fumaça de cigarro con- bas Passarinho.
0-Sr. PomPeu de_ SoUsa- Nobre Sena~
têm nicotina, óxido de carbono, certos irritan- O SR- JARBAS PASSARINHO (PDS- dor Jarbas Passarinho, pesmite V. Ex• um apar-
tes que deprimem as defesas do sistema respi- PA Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Pre-
ratório, e os conhecidos .agentes c.ancerlge- te?
sidente, Srs. Senadores, ainda aproveitando
nos. Os médicos disseram que existe uma as últimas palavras _do nobre Líder do PMDB,
verdadeira "Síndrome de inalação passiva do O SR. JARBAS PASSARII'IHO- Con-
Senador Leite Chaves, declaro, desde logo, cederei o aparte já a V. Ex' Temos, agora·,
tabaco", que afeta particularmente a criança que não seria seguidor da candidatura Sílvio
durante o fim de semana. Caracteriza-se por a invefsão de um hábito que me parecia mais
Santos, mas estranho alguns tipos de racio- salutar no passadó. Na nossa safra de 1974,
uma irritação brônquia, que parece coincidir cínio que se fazem agora.
com a presença dos pais dentro de çasa du- que pertenci a ela junto cbm o Senador Leite
Concordo plenamente com a tese levantada Chaves, que vejo aqui, falávamos da tribuna,
rante todo o dia. pelo Senador Leite Chaves, das candidaturas porque o microfone era para os apartes. Agora
intempestivas. Entretanto; no próprio Estado o microfone é um· microfone de díscursos.
Jornal da Cidade, Aracaju, sexta-feira, que S. Ex', com tanto brilhantismo representa,
2-6-!989 De máneira que temos dificuldade, ora de ficar
houve um caso que não gerou nenhum pro- de costas para V. EX', Sr. Presidente, o que
CIGARRO MATA2,5 MILHÕES testo, que foi exatamente a eleição do Prefeito é um Insulto descabido, oU ficar de costas
DE BRASILEIROS de Curitiba, Sr. Jaime Lemer, candidatando~se permanentemente para a assistência do ple--
às vésperas de uma eleição. nário, o que também não _deixa de ser um
Brasllia (Radiobrás)- A cada ano, 2,5-mi- Pqr_ outr_o l;;~do, na colocação feita pelo no-
lhões de pessoas morrem de doenças provo- insulto absolutamente imperdoável.
bre Líder do PMDB, há algo que devemos Ouço o nobre Senador pelo Distrito Federai,
cadas pelo tabaCo. Além disso, no Brasil, 33 considerar e sobre o qual devemos meditar:
por cento das mulheres adultas fumam, sendo Pompeu de Sousa.
por qile esse Partido poderia continuar existin-
que o Ministério da Saúde tem observado que do se_ ele já não tinha base legal? Pergunto:
o número de mulheres fumantes vem aumen- teria alguém se lembrado de impuf:lnar a can~ OSr.PompeudeSousa-Nobreeilustre
tando ano a ano~ O alerta foi feito anteontem didatura do Sr. Armando Corrêa se fosse S. Senador Jarbas Passarinho, precipitei~me em
pelo Ministro Seigo Tsuzuki, durante as come- Ex' candidato à Presidência até o flm? lhe pedir o aparte porque verifiquei que V. Ex"
morações do li Dia Mundial Sem Tabaco. Par- A.mim me parece que, segura'mente, não mudaria de assunto e eu gostaria de um pe-
ticiparam das comemorações o presidente do haveria impugnação. Isto ocorreu exatamente queno aparte nesse assunto, para solidarizar-
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, porque o Sr. Armando Corrêa, em negócio me inteiramente com V. Ex', e abundar, rião
Jacqueline Pitanguy, o Senador Lourival Bap- declarado, cOnfessado, renunciou, para facili- em matéria de tempo, mas abundar em· apoio
tista. (PFL-5E), o Deputado José Elias Murad
tar, coni isso, a presença do Sr. Sílvio Santos a V. Ex~ na tese da nossa mea culpa, mea ·
e a Deputada Eunice Michiles, eritre outras no panorama político brasileiro. culpa, mea maxima culpa, porque é um peca-
autoridades. do venial- e peço ijcença à eclesiástica figura
O tema da campanha contra o fumo esco:..: - Aqui t'ambém se fal_ou muito em questão ~Sr. Presidente para chamar de pecado ve-
lhido este ano, pela OrganizaçãO Mundial da de ética. É engr~çado e curi~SQ COf1?0 há uma nial...
Saúde (OMS), é a mulher. Seguildo Seigo espécie de hemiplegia no j1;Jlgamento. Ética
Tsuzuki, as mulheres que fumam estão sujei- estaria violada a partir do momento _em que O SR. JARBAS PASSARINHO -Acho
tas a._doenças antes só verificadas em homens um animador da televisão é candidato da ma~ que; -ne5Sa altura, V. EX- já está absnlvid0l --
6826 Sabado 11 DIARIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Novembro de 1989

O Sr. Pompeu de Sousa- É um pecado nada sobre Marx e estando contrário à tese, que na sociedade sem classe não haveria mais
venial decorrente da nossa ausência de tradi~ admite, imediatamente, que aquilo -significaria -valia, nãO haveria a exploração do homem
ção democrática, ou até de tradição institu- marxismo. pelo homem. E o qtié-estarriõS vendo é uma
cionaJ deste País,. porque este País tem sicb transformação extraordinária.
tão fluído em matéria de tradições que a nossa O Sr. Pompeu de Sousa- Seda a mes- Ainda ontem, Sr. Presidente, com imensa
inexperiência levou, por um longo período de ma ignorância achatem que, pelo fato de eu alegria eu tomei conhecimento da notícia de
absti.nência partidária, de abstinência política, fal_ar em dialética, estou defendehdo o mar- que a Aleffi-ãnha Orientai acaba de derrubar
a cometer um erro excessivo, um erro em xismo. todas as barreiras que a separavam da Repú-
sentido contrário. Cãiu- num democratismo blica Federal da Alemanha. Estamos diante,
que permitiu tudo, caimos assim numa liber- O SR. JARBAS PASSARINHO- Seda portanto, de uma revolução dentro da revolu-
dade que raia pela libertinagem política, que, mesmo. Aliás, agora, entro exatamente no te- çáo bolchevfsta, que é de fazer com que os
vencendo, inclusive, as fronteiras da política, ma que eu ia desenvolv_er, até muito apropria- homens pensem e meditem bem sobre o que
cai num domínio quase que vamos dizer, in- damente, pelo aparte de V. Ex!', Senador Pom- está acontecendo.SOrrios teStemunhas privile-
qualificável, para preservar, inclusive, a boa peu de Sousa. Porque negar a Karl Marx o giadas do que está acontecendo no mundo,
linguagem parlamentar, Sr. Presidente e Sr. seu talento, até a sua genialidade, seria assinar hoje, extraordinariamente privilegiadas. Por-
Senador Jarbas Passarinho. Com esse demo- um _atestado de ignorância ou de obscuran- que, nestas circunstâncias nós vemos que a
cratismo que levou à proliferação de partidos, tismo radicalista brutal. Mas, Marx. que foi ex- Perestroika, iniciada na União Soviética, aca-
nós pagamos agora por este erro. Ma.s, na traordinário e genial na análise do capitalismo bou tornando um caráter de cancioneiro, na
verdade, vamos agora resgatar o nosso peca- manchesteriano foi, entretanto, um fracasso medida em que o Presidente Gobarchev disSe
do venial, é hora de resgatá-lo, e sem dúvida total quando se transformou_em "sibila de Cu- que ia seguir a teoria de Frank Sinatra, na
precisamos de uma emenda constitucional mas", quando se transformou em profeta, e sua canção de que_ "Cada um no seu cami-
nesse sentido. Ainda outro dia ouvimos, não profetizou exatamente as coisas que não se nho ... Então, cadei um prOcure -o seu caminho.
sei se V. Ex'1 ouviu - foi um discurso assim deram, e se deram ao contrário, e se deram
ao reverso. Ele profetizou, por exemplo, que O SR. Mansueto de Lavor- Permite-me
de fim de sessão - num brilhantíssimo dis- v. Ex" um aparte,-nobre senador?
curso do nosso colega Senador José Fogaça, o _comwUsmo surgiria a partir do momento
que a pior forma de desservir à demoCracia do mais amplo desenvolvimento industrial e
é esse democratismo que gera a. proliferaçáo quando chegasse o período da pós--industria- O SR. JARBAS PASSARINHO- Ouço
de partidos, de falsos partidos. Quer dlzer, a lização, seria fatal a transformação da socie- o Senador Manstieto de Lavor, antes de pras~
pulverização democrática que acaba gerando dade capitalista numa sociedade comunista, seglJ_ir na J!l!nba ~s~·-
a figura carismática que fica acima dos parti- através do socialismo como intermediação.
Acontece que os países que se transforma- 0 Sr. Mansueto- de Lavor- Sem me
c{os e que decide tudo à revelia dos partidos alongar e agradecendo, nobre Senador Jarbas
e até à revelia da consciênCia popular, da cons- -ram em comunistas eram países todos de ba-
se agrária: era a Rússia dos mujiques, era a Passarinho, gostaria de dizer que este fato é
ciência pública. Mas, Sr. Presidente e meu que- tão importante na história, tão marcante, talvez
rido colega Senador Jarbas Passarinho, eu China de_ Mao Tsé-Tung, era Cuba. UúniCo
país que tinha condições industriais pra justi- mais do que a própria constituição da Cortina
a7ho que - homem que sempre cultivou o de Ferro, que é o seu desmantelamento, e
~docínio, vamos dizer, dialético - . eU acho, ficar uma Profecia de Marx foi a Tchecoslo-
váquia, que, entrentanto, foi ocupada pelo que ontem, como se coroou com a derrubada
repito, que é a hora: depois da tese veio a do Muro de Berlim que, hoje, pode ser conser-
antítese e agora vamos realizar a síntese de- __ exérdtC)SOviético.
vado como figura de museu, mas ilão tem
mocrática e criar instituições, através de uma O Sr. Pompeu de Sousa- Rússia. mais sentido. Tão importante é, que as gran-
emenda constituciOnal o caminho para que des lideranças do mundo ocidental não esta-.
nasçam instituições verdadeiramente partidá- O SR. JARBAS PASSARINHO- Citei
Rússia, mas V. Ex• estava provocando o nobre vam preparadas para isso. O Presjdente Bush
rias e dessas instituições veradeiramente parti- se disse atordoado e o próprio 19 Ministro da
dárias nasça uma vida de instituições verda- Senador Mansueto de Lavor e não ouviu. AliáS,
V. Ex', como católico praticante, hoje, está Alemanha, o Helmut Kohl, também ficou per-
deiramente democráticas neste Pafs. Muito plexo e já querendo estudar-, num encontro
obrigado a V. Ex" mufto bem assistido: à direita por Mansueto
de Lavor .e presidindo a Casa o Presidente de cúpula, c_om o seu colega da República
O SR. JARBAS PASSARINHO-Oxalá Maya. Antigamente, havia indulgências. Um Democrática Alemã, para resolver os proble-
seja assim, nobre Senador Pompeu de Sousa! dos ataques de Lutero era à venda das indul- mas que surgem, na Alemanha Ocidental uma
V. Ex'1 coloca muito bem a questão, quando gências. Não sei se V. ~ está pedindo indul- aspiração total em que foi colhido de surpresa.
chama para uma filiação doutrinária a decisão gência ao seu colega de Bancada. Quer dizer, o tempo avança, essas transfor-
política. Irúelizmente, nós temos partidbs com Mas, referia-me justamente a Marx como mações avançam mais do que nós podemos
programas e os programas não são seguidos. tendo errado nas profecias. Ele não foi capaz prever. Eu digo ilós não, eles, que são as lide-
A mim mesmo, coube a honra de ser convo~ de verificar a capaddade de transformação ranças principais. Ora, esse fato é fundamen-
cada pelo Presidente do meu Partido, na oca- do capitalismo. Aquele capitalismo selvagem tal, porque- aí voltando ao tema de V. Ex',
sião o Senador José Sarney-ainda di) Arena, ao qual algumas pessoas hoje se referem, este da superação de certas teses de certos dualis-
aliás - para apresentar um documento que existia exatamente quando o manifesto, escri- mos, maritqueísmos-- quer dizer que real-
serviria de base para um pro-grama do Partido to em -1847 e publicado em 1848, de parceria mente estamos num mundo novo, num mun-
Democrático Social. E esse programa foi lou- com Engels, tradu.ria exatamente aquele qua- ·do diferente. Temos que pensar não mais em
vado por todo mundo. Equivocadamente, um dro brutal, quadro de tal natureza que levou, terrnos só de capitalismo versus socialismo,
jornal matutino, de grande força no País, che- n:tais tarde, a doutrina social da Igreja a uma comunismo, mas alguma coisa diferente.
gou a dizer que o nosso programa e'ra mar- peça Fundamental que até hoje é atual, que Quem sabe, Norte e Sul? Quem sabe Terceiro
xista, o que prova que o editorialista não leu é a Rerum Novarum, de Leão X!IT. e Primeiro Mundo? Eu não sei. Mas, realmente,
Marx. nem "apud'", sequer, para poder confun- O que eu gostaria de tratar, e tratarei, Sr. essa história de capitalismo versus comunis-
dir urna participação, pelos empregados, nos Presidente, Srs. Senadores, é exatamente de mo é- coisa demodé. Era isso que eu queria
lucros das empresas, e um desejo de partici- um dos aspectos que jamais poderia passar dizer.
pação na gestão, não parftária, mas uma parti- pela cabeça de Marx: é a greve nos paises O SR. JARBAS PASSARINHO -Agra·
cipação na gestão, como teses marxistas. So-= comunistas. Isso é o contra-senso total, é a deço muito o aparte de V. Ex' e poderia até
mos, muitas vezes, vítimas dessa ignorância negação, é a contrafacção da teoria marxista, tentar sintetizá-lo, o que seria uma audácia
dourada, aquela mediocridade dourada a que cam.um partido_único e a sociedade sem das· da minha parte, mas dizer que o aparte de
Rui Barbosa se referia, porque, não tel)do lido ses. Então, não haveria razão de greves, por- V. Ex" mOstraria eXatamente que capitalismo
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção D) Sabado 11 6827

e comunismo, hoje, são peças de museu his- da Rep\Jblica para ser o Vereador do Distrito altos padrões Poder Judiciário_ brasileiro,
tórico de política mundial. E eu me- r-ejubilo, Federal, para ser o deputado distrital e fazer na defesa, decência e resguardo nossa
nobre Senador Mansueto de Lavo~. porque tão ameaçada democracia, mais uma vez
um apelo ao Governador do Estado. Em que
hâ coisa de Vinte anos, eu tive a audácia de sentido? No sen~~9 de que ele utilize o que renascente, pondo fun triste manobra la-
fazer uma declaração, que foi muíto mal rece- na
aprendi na minha Vida militar:. vida militar, meritável tentativa candidatura brilhante
bida por grupos de ambos os lados, grupos quando não se tem um dispositivo para ocu- homem de televisão Sílvio Santos.
extremistas de ambos os !~dos, quando. eu par toda uma frente de defesa, faz-se o que Pompeu de Sousa"
dizia ter a impressão de que o futuro iria mos- se chama a defesa móvel, o núcleo de çlefesa O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
trar uma teoria de convergência. Aquelas dou- móvel. Então, ela ficã em condições cte rapidez -Concedo a palavra ao nobre Senador Máriq
trinas que se fixavam muito nas liberdades atender _a_ qualquer frente que esteja amea- Maia.
formais, _e_ meramente formª'_ls_ -:-- ~ essa era çada. Para que submeter os soldados ao sol
a crítica do marxismo - elas acabarão tendo O SR. MÁRIO MAIA (PDT -AC)- Pro·
e à chuva, à intempérie, perrriailenteinente,
de ceder à realidade e pensar também nas como está aqui, e ao mesmQ ternpo permitir nuncta o seguinte discurso. Sem revisão do
liberdades sociais e nas liberdades_ econômi-
que o Gabinete da Ministra do Trabalho s_eja orador.) ......._Sr. Presidente, Srs. Senadores.
cas. E aquelas que realizaram, como o_ comu- ocupado da maneira como foi ocupado, em cx::upo esta tribuna para fazer um registro mui-
nismo realizou, melhorias de qualidade de vída que há pessoas inclusive até des_çalç_as, como to breve. Ontem, referi-me. antes da decisão
do seu povo, mas não realizou os direitos fun- hoje o jornalista Ary_ Cunha contana Sl!.a colu- do Tribunal, aos fatos que iriam ocorrer; eStaVO
damentais por seu lado, estas também teriam na de jornal, que ficam lá, propositadamente, etn grande dúvida e, c::omo todos os brasi~
que levar em consideração a necessidade de porque têm o que calçar, não calçam de pro- !eiras, em estado d~perplexidade, diante da
que nem só de_ pão vive o homem. pósitO, para gerar o lmpacto visual? Ora, se e;q,ectativa do que poderia acontecer. Feliz~
Então, eu estou fazendo hoje uma concesR lá isso se permite, para que a presença desses mente, hoje, amanheceu a Nação mais tran~
são, também, à manhã eclesiâstic;a que nós soldados na rua? Não há razão de ser. Então, qüila com o resultado que o Tribunal Superior
estamos vivendo aqui. eles dev~riam ficar em seus quartéis,_ em con- Eleitoral deu c_omo desfe_cho às pugnas ap~
Em conseqüêncía, Sr. Presidente, eu desço; dições de mobillzação_rápida e de transporte sentadas àquela Corte e, por unariünidade,
agora, a co!sa menor, dou uma moldura para mais rápido ainda, para atender, quando fosse trariqüilizando a Nação brasileira neste fato
tratar de um assunto que está à nossa vista, necessário, à integridade física dos Ministros momehtoso, que passou a ser o pedido de .
aqui, a todos os instantes. ou à integridade dos_ próprios Ministérios enl'"• registro da candidatura do Sr. Sllvio _S~ntos,
A greve entrou na Constitu_içª_o brasileira só si. de resto, um brasileiro que tem uma fisi•:mo--
em 1946, Quando ela s_e transformou num Era o apelo que gostaria de fazer, vindo mia popular abrangente, através da sua ação
direito, e ainda wn direito em ser._ Justamente, de animador e comunicador popular. Nestfi:'
de Marx até os soldados da Polícia Militar do
o patronato brasileiro do capitalismo selvagem particular, tem todos os méritos.
Distrito Federal. (MUitO berriJ PatrriãS! O orador
não admitia a greve, não admitia a sindicali~ é cumprimentado.)
zação, achava que o sindicato era um instru~ Discutia-se, com muita propriedade, a opor-
menta de subversão, de violência, çontra:, in~ (Durante o discurso do Sr. J.arbas Pas- tunidade da sua candidatura, uma vez que,
clusive, o direito do patrão. sarinho, OSr. Pompeu de Sousa, 3 9 Secre- perante a lei e a Con.?tltuição, ~os os brasi-
Lembro-me de que, uma vez, como Ministro tário, deixa .a cadeira da presidência, que leiros podem, com algumas condições, como
do Trabalho, em Pernambuco, fui resolver é ocupada pelo Sr. António Luiz M.aya, idade mínima de 35 anos, ser candidato a
uma greve que deveria ter uma grande dimen~ Suplente de Secretáfio) Presid~te da República. .
são, não tivesse tido, talvez, eu, o êxito persua~ O que discutíamos era o tumulto que trouxe
O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya) a inoportunidade do pedido de registro, o que
sivo que tive, e lá em Pernambuco, discutindo -Concedo a-palavra ao nobre Senador Pom-
com um grande representante dos plantado- estava causando uma grande confusão, e os
peu de Sousa, pela ordem de inscriçáo. jornais, a televiSão, os com:entari~ empre-
res de cana-de-açúcar, el_e diz.i~ para mim que
era wn insulto para ele o meu fisc;al do Minis- O SR. POMPEU DE SOUSA (PSDB - garam várias vezes até o dito popular "embola-
tério do Trabalho Ir à sua propriedade, quer DF. Pronuncia o segUinte disctlrso.)-Sr. Pre- menta"- estava "embolado o meio de cam-
dizer, ele vivia, ainda, no clima de que a pro- sidente, Srs. Seua.dqres, serei muito breve, de po" da politica brasileira. Pa-rece qUe o juiz
priedade delé era into~el~_era um direito sa- vez que os assuntos até aqui tratados mere- da questão, que fo[ o Tribunal Supet;or EJeito-
grado jus ut.endi et abutencD_ da_ propriedade c_eram a minha atenção e até a minha decla- ral, agqra dirimiu com sabedoria, traZendo
privada. Isso era em 1967, e muita gente, ainda rada _soli®riedade. tranqüilidade.
hoje, pensa assim: Quando evoluímos e colo- Quero ape-naS registrar, Sr. Presidente, o his- . Realmente, achai"nos que devemOs fazer
camos, na Constituição, o direito de greve am- tórico julgamento que_ o Tribunal Superior uma autocrítica~ te"rrios grande resp9nsabm-
plo, que demos - estamos hoje, talvez, na Eleitoral realizou na noite passada. Histórico dade 110 que está ac_ontecendo. Ainda hâ_ pou-
vanguarda das nações democráticas neste aconfec1ilfênto que me tra_z _a_ esta tribuna, on- co, o Senador Jarbas Passarinho "féZ refeiênda
campo -, aparece, desgraçadamente, o que de acabo de redigir um telegrama que será à nossa ConitituiçãO, c-omo se fosse urrià lista
estamos vendo agora; quer dizer, o democra-: tran~mitid9,~ ~b logo terminemos os nossos telefônica. ESiniUçaniOs muitos os pfindpios,
tismo a que se referiu o Senador Pompeu de trabalho$, aiiSr. /Y\inlstro Francisco Rezek, Pre- quando a1i deveriam estar as bâses fundamen-
Sousa, a violência praticada contra o direito sidente daquele Tribunal. Vou apenas ler o taiS para fazermos as leis fund.:)meutais, basea-
do trabalho. text~ desse ~êreQrama e encerreir a minha pre- dos naqueles princípios. E, inesiri.o a"ssiin, fi-
sença h esta· tribuna, se é que se pOde chamar camos ainda órfãos de muitas previsões. haja
U, para surpresa minha, nas páginas _ama- de tribuna uma bancada com microfone. vista o que eStá acontecendo neste momento.
relas da revista Veja, a entrevista, de um empre-- Propiciamos;ã.través de uma lei fecente, ciue
sário que dizia que não só defendia a greve, Está rabiscado, de forma que nem vou dar pretendemos fazer no Congresso, disciplihar
~o defendia. o piquete, que obriga as pes-
à taquigrafia, porque ela vai entender melhor um pouco o processo eleitoral e não canse·
soas a saírem, quando desejam trabalhar, con- euJendo do que pretendendo decifrar os meus guimos, uma '{ez que a lei foi vetada - , dar
tra a greve. .Ora, isso é ~:~ma violência inomi- garranchos! uma disciplina razoável, o tempo necessário
nável! O direito ao trabalho deve ser também "Queira V. Ex', figura eXemplar hossa para que o fenômeno ocorresse dentro de
a contrapartida ao direito de 9reVe. -- MagiS_tfatura, receber, transmitir seus uma lógica. Todas as coisas que acontecem
Agora, vejamos, Srs. Senadores, hoje, nesta eminentes Pares Tribunal SUperior Elei- têm um princípio e- um fim. A vida mesmO,
manhã chuvosa, quando vínhamos _para ~á, toral mais caloroso, respeitoso abraçO fe- desde as criaturas mais infinitamente peque-
esses pobres soldados da Polícia Militar do licitações, pela clarividência, dignid~de al- nas até a tnãior agregãÇão de células, que
Distrito Federal. Agora, deixo de ser o Senador taneira com que acabam reafirm<H mais se traduz nã inteligência hwnana, tem um co-
6828 Sabado 11 DIÁRIO DO CONQRf:Si;O NACIONAL (Seção U) Novembro de 1989

meço e um fim, tem uma perenidade relátrva. PARECER, sob n• 258, de 1989,-da Comis- art 4<.> do Ato das Disposições Constitucionais
Os acontecimentos também têm que ter. são de Transitórias.
Quando se faz um concurso público, tem-se -Constituição, Justiça e Cidadania, pela
a data da peremptoriedade das apresentações 13
constitucionalidade, juridicidade com Emen-
dos documentos para, depois. a Mesa exami- da que apresenta de n~ 1-CCJ. _ Votação, em primeiro turno, da Proposta
nadora examinar os documentos e ver da sua de Emenda à Constituição n9 3, de 1989, de
legalidade e ordem. N'ão podia, em 15 dias 7 autoria do Senador Marco Maciel e outros Se-
-era quase impossível, como ficou demong.. Votação, em turno único, do Projeto de Re- nhores Senadores, que acrescenta parágrafo
Irado-, o Tribunal tomar as providências pa- solução nç 74, de 19~9. de iniciativa da Comis- ao art 159 e altera a redação do inciso n do
ra fazer uma eleição dentro das exigências são do Distrito Federal, que dispõe sobre a art. 161 da Constituição Federal.
estabelecidas pela lei. E ficou logo flagr~nte remuneração do }'ice-governador do Distrito
a impossibilidfade física de satisfazê-las dentro O SR. PRESIDeNTE (Pompeu de Sousa)
Federal e dá outras providências. -As ffi"hléiiãs- coilstaiites CJoS-ítens 1 e 14
deste Brasil, de dimensões territoriais, conti-
nentais. O fato que ficOu logo evidente foi que 8 são retiradas da pauta, virtude de dependerem
não se_ podia modificar, na céduJa eleitoral, Votação, em turno único, do Projeto de Re- de decisão sobre requerbnento a elas apre-
o nome do pretendente, substituindo o outrÕ, sentado. -
sotução n9 75.· de 1989, que autoriza a Prefei-
porque era impossíve1, materialmente, trocar- tura Mun{dpal de Vitória da Conquista, estado São os seguintes os itens retirados:
se as cédulas que foram para o Acre, para da bahia, a contratar operação de crédito no
Tarauacá, para Assis Brasil; para as paragens valor correspondente, em cruzados novos, a 1
mais lçmgínqüas deste Brasil que, mesmo de 2.006.188 Bônus do Tesouro Nacional, junto
avião ajato, às vezes, leva 48 horas para chegar PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
à Caixa Econômfe<i Federa[
ao destino de pouso, quanto mais chegar ao N• 36, DE 1989
destino subindo rios e nos adentrados dos 9 (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do
barrancos! Votaçáo, em turno único, do Projeto de Re- art. 353, parágrafo único, do Regimento Inter-
De modo que, materialmente, estava vicia- solução n9 76. de 1989 (apresentado pela Co- no).
do o processo eleitoral, com a introdução des- missão de_ assuntos Econômicos como con-
te novo fator, que era o pleito de um brasileiro Discussão, em turno único, do" Projeto de
clusão de seu Parecer no 274, de 1989), que Decreto Legislativo nç 36, de 1989 (n~ 112/89,
a concorrer, em lugar de outro, à Presidência autoriza a Repóblica Federativa do Brasil a
da República.
na Câmara dos Deputados), que aprova o ato
ultimar contratação de operação de crédito que renova a concessão outorgada à Rádio
Portanto, fa1o, aqui, como Uder de Partido, externo, no valor_ equivalente a até US$ Imperatriz Sociedade Ltda., para explorar ser-
Uder do PDT, sem qualquer intenção_de júbilo, 58.600.000.00- {clitqüenta- e cinco milhões e
mas apenas para me congratular com a Jus- viço de radiofusão sonora em outra média,
seiscentos mi1 dólares amerícanos) junto ao na Odade de lmperatriz, Estado do Maranhão,
,tiça Eleitoral, que trouxe, neste momento, Banco Interamericano de Desenvolvimenmto tendo -
acredito, a mim e a todos os brasileiros, a -BID.
tranqüilidade; dentro do entusiasmo natural, PARECER PREUMINAR. por pedido de dili-
da eloqüência natural do pleito, é verdade, mas 10 gência.
a tranqüil!dade natural do pleito que há de Votação, em turno único, do Projeto de Re-
ocorrer em 15 de novembro. (Muito bem! Pal- solução n9 77, de 1989 (apresentado pela Co- 14
mas.) missão de Assuntos Económicos como con- Veto total
Durante o discurso do Sr. Mário Maia, clusão de seu Parecer Jl<.> 275, de 1989), q'ue PROJETO DE LEI DO DF
o Sr. António Luíz Maya, Suplente de Se- autoriza a_ Companhia ~tadual de- Energia I'!• 54 DE 1989
deixa a cadeúa da presidéncia,
cretário, Elétrica - t::EEE a ultimar aditivo contratual
Discussão, em turno único, do veto total
que é ocupada pelo Sr. Pompeu de Sou- à operação de crédito externo, firmada em
aposto ao Projeto de Lei do DF ri.ç 54~ de 1989,
sa, J? Secretário.) 12 de outubro de 1918,junto a um consórcio que reestrutura a categoria funcional de Assis-
de bancos franceses, com vistas a possibilitar
COMPARECEM MAIS OS S(?S. SEJYADO- a aqu!slçáo de equipamentos de origem fran- tente Jurídico do Plano de Classificação de
RES: Cargos de que trata a Lei n~ 5.920, de 1973;
cesa para a àmpliaçãO da Central Termoe-
fixa sua retribuição, e dá outras providências.
Aluízio Bezerra - LeoPoldo Peres -João létrica Presidente Médici, no Rio Grande do
Término do prazo da Comissão do Distrito
Menezes -Carlos Patrocínio- João Castelo Sul.
Federal para apresentação do relatór~o -
-Mauro Benevides- Carlos Alberto~ Mar- 11 2-11-89.) -
se Maciel - Ney _Maranhão - Mansueto de
Lavor - Divaldo Suruagy- Mendes Canale VOtação, em primeiro turno, da Proposta
de Emenda à Constituição n~ 1. de 1989, de O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
- Leite Chaves -José Fogaça.
autoria do Senador João menezes e outros -Passa-se á discussão das demétis matérias.
O SR. PRESIDENTE (Bompeu de Sousa) Senhores Senadores, que altera os prazos es~ Rem2:
-Passa-se à tabelecidos nó§ 69 do art. 14, para desimcom~ (Em regime de urgência nos termos' do arl
patibilização do Presidente da República dos 336 e do Regimento Interno.)
ORDEM DO DIA Governadores de Estado, do Distrito Federal
e dos Prefeitos, tendo Discussão, em tumo único, do Projeto
Não há número para deliberação. PARECER, sob n• 145, de 1989, de Lei da Câmara no 48, de 1989 (n9
As matérias em fase de votação ficam, por- 2.014/89, na CaSa de origein). de inicia-
-da Comissão Temporária, favoráVel ao
tanto, adiadas, nos termos regimentais. pro-~rsegüimento da tramitação da matéria, tiva do Tribunal Superior do Trabalho,
São as seguintes as matérias adiadas: com voto vencido dos senadores Chagas Rcr gu.e altera a composição do Tribunal Re-
drigues e Maurício Corrêa. gional do_ Trabalho da 9~ Região, cria a
6 função de Corregedor Regional e cargos
Votação em turno único, do Projeto de Lei 12 em comissão e de provimento efetivo no
da Câmara n• 91. de 1986 (n• 1.894/83, na _V9taÇão, em primeiro turno, da Proposta Quadro Permanente da Secretaria do Tri-
Casa de origem), que toma obrigatória a inclu- de Emenda à Constituição n9 2, de 1989, de bunal Regional do Trabalho da 9~ Região,
são de espetácuJos niuslcais ao vivo nas casas autoria do Senador Olavo Pires e outros se=. e .dá 01,.1tras providências. (Dependendo
de diversões, tendo nhores Senadores, que modifica o § 39 do de parecer).
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Sabado 11 682!1

Solicito ao nobre Senador Leite Chaves o de Corregedor Regional, _a se~ e~ercida Solicito ao nobre Senador M.;msueto de La-
parecer da Comissão de Constituição, Justiça por u~ dos J~es Togados, c~m o que vor o parecer da Comissão de Assuntos Ec:;o- _
e Odadania. o Juiz Presidente da Corte estará inteira- nômic:os.
mente dedicado aOs problemas que ocor-
O SR. LEITE CHAVES (PMDB- PR Para rerem na sede do Tribunal, ausentando- O SR. MANSCIETO DE lAVOR (PMDB
emitir parecer.)- Sr. Presidente, Srs. Seriado- - séPt'híhimo _possível. - PE. para emitir parecer)- Sr. Presidente,
res, já apreciado pela Cãruara dos Deputados, Srs. Senaqores:
nos termos do art. 64 da Constitu_iÇão Federal, P"ara ap~refhar o Tribunal Regional de De iniciativa do ilustre Senador Divaldo Su-
vem a esta Casa, para seu exame, o Projeto recursQs _hu_ma_nOS~e"StãmOs, também,
ruagy, propõe, o presente Projeto, a eâiÇão
de Lei n9 48, de 1989, de_iniciativa do Tribunal própohdo a criação r;le cargos de fundo- de normas gerais aplicáveis ao Imposto sobre
SupeRar do Trabalho (art 9_Q,_jndso_l~ aliena nãrTos em quantidade proporcional ao Transmissão lnter viVos de bens imóveis e de
b, da Lei Maior), o qual "altera a composição aumento-do número de Juizes. direitos a eles relativos, previsto no inciso ll
do ·Tribunal Regional do Trabalho da 9~ Re- Finalmente, cabe destacar que o Esta- do art. l56 da COnstituição, resultante do des-
gião, cria a função de Cortegedof Regional do_ do Paraná vem apresentando um membramento do antigo ITBI- Imposto so-
e cargos_ em comissão e de provimento efeti- grande desenvolvimento económico, re-
bre a Transmissão de Bens Imóveis e de direi-
vo, no Quadro _P_ermanente da Secretaria do velando progresso em todas as áreas o
tos a eles relativos. _
Tribunal Regional 8o Trabalho çla 9" Região, qu_e fatalmente acarretará o aumento dos O objeto da proposição em análise é a defi-
confli~os de trabalho na 9~ Região.:."
e dá outras providências." _ nição do fato gerador, da base de cálculo e
De ac:Ordo com o Projeto, o Tribunal Regio- É de se mendonar que, conforme demons- dos contribuintes do imposto ··outorgado à
nal do Trabalho passa a compor-se de_ 18 trativo anexado ao projeto, a despesa mensal competênda municipal pela Carta Magna,
(deZoito) Juízes, sendo 12 (doze) togaçios ~ com pessoal para atender a alteração de com- conforme estatui o seu art. 146. Convertida
J~ (s_eis) 'classistas temporários. posição do Tribunal Regional do Trabalho da em lei, portanto, suas disposições irãojntegrar
Para-atender a _essa_nova cornpósição, ~Região será_de NCz$ 55.816Al, valor este o novQ Código Tributário Nacional, que, aliás,
criam-se 4 (quatro) cargos de Juiz Togado, referente a abril de 1989, poi"Sua Vez, -é·objeto de Projeto de Lei apresen-
vitalício, e 2 (duas) funções de Juiz Classista Quinto àJorite de recurSos destinada à co- tadg pelo eminente Senador Fernando Henri-
TemporáriÇ>, cujo provimento será feito com bertwa das despesas decorrentes do projeto, que Cardoso, onde trata o ITBl nos arts. 57
observância da legislação vigente. o _art 8Q estabelece que estas_ serão atendidas a 59~. verbis: -
Criam-se a função de Corregedor Regional pelos recursos orçamentários próprios do Tri- "Art. 57. _O imPostO sobre a trans-
e 6 (seis) cargos, em Comissão, de Assessor bunal Regional do Trabalho da 9~ Região.
'· missão inter viVOs de bens imóveis e de
deJutze 1 (um) cargO de Secretário de_Turma, De todo o.exposto, verifica-se que o Projeto
direitos a eles relativos tem como fato
todos do Grupo Direção e Assessoram~nto objetiva introduzir alterações no mencionado gerador::
Superiores. Tribuna_!, a fim_de dar-lhe condições adequa- 1- a transmissão inter w"'vos, a qual-
Criam-se, ainda, na Secretaria do Tribunal, das ao exercido de suas funções judicantes, quer titulo, da propriedade o_u do domínio
47 (quarentá e sete) cargos de provimentO com a eficiência e a presteza exigidas pelo útil ~de bens imóveis, por natureza ·ou por
efetivo, do Grupo Atividade de Apoio Judiciário próprio desenVolvimento das atividades eco- ãCeSSã:O ftSica, como definidos na lei Civil;
1RT- 9~- AJ- 020, os quais serão preen- nómicas e sociais, no âmbito d_e sua jurisdição. 11-a transmissão inter vívos~._a quaJ-
chidos de_ conformidade com as noonas le- Finalmente, considerando que não há im- quer título, de direitos reais sobre-imóveis,
gais e regulamentares em vigor, observado pedimentos de natureza constitucional, juri- exceto os de garantia;
o disposto no inciso 11 do art 37 da Consti- dica e de _técnica legislativa que inviabilizem III- a cessão lnter vivos de direitos re-
tuição Federal. a tramitação do projeto, manifestamo-nos pe- lativos às transmisSões referidas nos inci-
Da ExpOSiÇão" de Motivos que acompanha la sua aproVação. sosle!L .
o Projeto, do EXmç S-r. Ministro Presidente do É o parecer, Sr. Presidepte. Art. 58. Abase de cálculo do impos-
Tribunal Superior do Trabalho, cabe destaçar O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) to é o valor venal dos bens ou direitos
os seguintes trechos justificadores das altera- - O parecer conclui favoravelmente ao pro- transmitidos.
ções propostas: jeto. - -~- , - ....Aft.,_59, Ç011tribyintç: dq imposto é
······························-···-··--:--c- --- Passa-se à discussão do projeto, em turno qualquer das partes na operação tribu-
Os dados estatísticos existentes neste único. (Pausa) tada, como dispuser a lei municipal".
Tribunal Superior revelam que o movi- Não havendo quem peça a palavra, enc_erro
mento judiciário do TRT da 9" Região pas- a discussão. Na justificação do ·presente projeto o seu
sou de 4.003 processos errr-1985 para A votação fica,adiada, por falta de quorum. Autõf tece algumas cOnsiderações, inclusive
9.163 no ano de 1988, com um aumento quanto ao fato de limitar-se à transcrição de
superior a 100% em apenas três anos. õ ·sa. PREsiDENTE (Pompeu de Sousa) disposições do texto constitucional. E no que
-lb.~m 3: ·- re~peita à bas~ de cálcul9, _esclarece _que ele-
.....{~;;t~.. ~~~;Íderar que ~·..g;--ReQiã~ Qeú o "valor de mercado" doS: b_ens ou direitos
PROJETO DE LEI DO SENADO
passará de 24 Juntas _de Conc_i!iação e -~ -~W328DE I989 transmitidos ou cedidOs, abandonando, "por
Julgamento para 36 durante.o corrente COMPLEMENTAR conseguinte, a expressão "valor venal", des-
ano, pois 12 novas Juntas estão para se- (Em regime de urgência, nos termos do gastada, deformada mesmo; enquanto rela-
rem instaladas. art._33_6, c, do Regimento Interno) cionada com a t;ributação pelo Imposto Predial
O aumento do Tribunal de 12 para 18 Discussão, em turrio único, do Projeto e Territorial Urbano".
Juizes, perfazendo 3 Turmas, é rãi:Oável de Lei do Senado no 328, de 1989 -.- PermjtifnQ-nos, neste ponto, ponderar cfue
ante os dados estatísticos apontados. Complementar, de autoria do Senador a tradicional expressão-"vãlor \renal", que per-
De outra parte, considerando que Divaldo Suruagy, que estabelece normas meia a legislação tributária, já tem O·se~ Sen-
atualmente a função corregedora é exer- gerais aplicáveis ao lrhposto sobre Trans- tidQ perfeitamente delineado pela doutrina e
cida pelo Presidente do tribunal Regional miSsão mter t.W~ a Qualquer Título, por pela jurisprudência,_ denotando valor de mer-
é fácil compreender que será muito difícil ato oneroso, de bens imóveis, por cado, ou seja, o valor que o bem ou direito
para o Juiz Presidente exercer .a íunsão natureza ou acessão física~ e de direitos alcançaria, em condições normais, de livre
corregedora, visitando as 3~ Juntas da reais sobre imóveis;exceto os d~ garantia, concorrência.
Região; presidir as sessões de julgamento bem como cessão de direitos à sua aqui- isSo não-impede que nos ·manifestemos fa-
e ainda cuidar da parte administrativa. Por sição- ITBI- W. (Dependendo de pare- voravelmente ao projeto, vazado, porém, a par-
essa razão, propomos a criação da função cer.) tir de sua ementa, na redação do substitutivo
6830 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NAGONAL (Seção H) Novembro de 1989

abaixo, mais condizente, a nosso ver, com a PROJETO DE LEIDO SENADO um prognóstico maito bom, desde que seja
boa técnica legislativa: N• 332, DE 1989 pn~cõC-e. Su};>metidos a tratamento, a doença
pára de evoluir e os efeitos também decor-
PROJETO DE LEI DO SENADO (Em regime de urgênda, nos termos do rentes, deletêrios, das deformidadeS anatómi-
(Complementar) art 336; e, do Regimento lnterno) cas, ficam tolhidos na sua evoluçi;:o.
Discussão, em turno único, do Proj$
de Lei do_ Senado n<? 332, de 1989, de 29J Em V:fsta destes _ç_onhedmentos e: da
Regula o Imposto Sobre a transmissão autori~ do Senador Márdo Lacerda, que eficácia das medidas de diagnóstico e __trata-
inter v.fvos de bens imóveis e de direitos -revoga os arts. 51, 151 e 157 do Código mento, a doença deixou, há já. algWls anos,
a eles relativos. Eleitoral, que determinam medidas sani- de ser tratada em regime hospitalar ou de
Art. 1~ O imposto, de competência tárias nos títulos eleitorais de portadores confinamento. Não são recomendáveis, por
dos Municípios~sobre a tr~nsmissão, inter de hanseníase. (Dependendo de parecer.) desnecessárias, injustificáveís_e prejudici~í.S à
vivos, de bens imóveis e de direitos a eles saúde psicossocial e à integração familiar e
relativos, tem como fato gerador: Solicito do nobre Senactor_ Mãrio Maia o pa- social do doente e_de seus familiares, a internaM
l-a transmissão fnter vivos, a qual- recei- da Comissão de Assuntos Sociais. çáo em sanatórios e colónias,- o afastame_nto
quer títuJo, por ato oneroso, de: dos mhos de seus pais doentes e o afasta-
a) bens im6véis, por natureza ou por O SR. MARIO l'!AfA
(PDT - AC. Para mento do doente do trabalho. Desde que este-
acessão física; emitir pirecer.)- Sr. Presidente, Srs. Senado- ja submetido a trata"}ento, sob.:,oon_trole médi-
b) direitos reais sobre bens imóveis, res, o presente projeto dE: lei, de autoria do co não há essa n~cessidade. __qs~sa~órfos
exceto os de garantia; nobre Colega Senador Már~o Lacerda, vlSf! existenteS- ou "e_Stabeleciffientos de interna-
li- a cessão, por ato oneroso: conigir um erro de nossa legislação eleitorar. ção coletiva de ~ansenianos", co_mo djz o Có-
a) de direitos relativos à aquisição de Objetiva o ilustre Senador revogar os arts. 51, digo Eleitoral- ou foram desativa~os ou es-
bens imóveiS; 151 e 157 do Códígo Eleitoral, que determi- tão sen.do transformados em hospitais gerais.
b) do direito à sucessão dQ enfiteuta. _ nam normas de conduta a serem seguidas De qualquer forma, os doentes ainda interna-
Parágrafo único. O imposto compete nos "estabelecimentos de intemaçãç coletiva dos em tais estabecimentos- hoje em núme- _
ao Município de situaç~o do bem. -de hansenianos", no Que diz respeito a condi- ro de 33 hospitais-colôriias _em todo o País
Art. 2~'- 'O imposto não incide sobre ções para alistamento eleitor~ daqueles doen- - estão sob regime de tra~mento quimlote:-
a transmissão~- tes '(.3rt. 51), à desinfecção prévia do:S títulos rápico e, portanto, não' são transmissores.
! - de bens ou direitos incorporados eleitorais daquelas pessoas e outros 'procedi-
ao patrimônio de pessoa jurídica, em rea- mentos para que elas possam exercer.seu di- 3') Não existe um procedimento capaz, por
lização de capital: reito de VQto (arL 151 ), bem como para a outro lado, de pel1l'l(tir desinfecção de títulos
I I - decorrente da fusão, incorpora- "'rigorosa desinfecção" de todo o material de· de eleitor e outros 'lnateriais de votação -
ção, cisão ou extinção de pessoa jurídica. votação após terminada a mesma (art 157). feitos de papel, cartão ou plástico. Os procedi-
§ 1<? O disposto nos incisos I e li deste mentos e Os meios hoje disponíveis para de-
artigo não se aplica às hipóteses em que Como mUito bem expressa o Autor najusti- sinfecção destruiriam aqueles materiais. As-
a atividade pfeponderante da adquirente ficãção de sua propositura, são ."descabidas sim, estes dispositivos não apenas são desca-
consista na compra e venda desses bens as medidas higiênicas propostas nos arts. 51, bidos, como impossíveis de seren1 cu.mpfiÇ_os ..
ou direitos, na sua locação ou no seu 151 e -157 de nOsso Código Eleitoral( ... ) por Ern Tace do exPosto, Sr. Presidente, Srs. Se-
arrendamento mercantil. carecerem de fundamentação cientifica e por nadores, não há nada que justifique esta discri·
§ 2" Considera-se caracterizada a ati- introduzirem uma desnecessária e odiosa ati- minação aos doentes de hanseníase. A persis-
vidade preponderante referida no § 1'? tude discriminatória contra esteS brasileiros". tênda de tais dispositivos no Código Eleitoral,
quando mais .~e cinqüenta por ce~to da Porque, na ocasião em que_ essas leis foram além de submeter estes doentes·a situações
receita operacional da pessoa juríd1ca ad- feitas, Sr. Pr~sidente, o conhecimento cientí- vexatórias no ato de votar, reforçará o precon-
quirente provier das transações meneio~ fico brasi1eiro realmente estava ainda aquém ceito e a discriminação, estes, sim, fatores que
nadas. de detei:minadas informações científicas e se favorecerão a permanência da dOença entre
Art 3~. A base de cálculo do imposto tomavam essas providências por precaução, nós, afastando os doentes do diagnóstico e
é o valor venal dos bens ou direitos trans- mas não com fundamento cientifico estabe- do tratamento.
mitidos ou cedidos. lecido.· Sr. Presidente, acrescento aqui um depoi-
Art 4" São contribuintes do imposto, Senão, vejamos: · mento pessoal: na nossa atividade médica, no
conforme dispuser a lei municipal, quais- 1<?) A hanseniase é, provavelmente, a me- Acre, n6s atendíamos, _como cirurgião, a Colô-
quer das partes envolvidas nos ates ou nos transmissível de todas as doenças trans- nia "Souza Araújo" e os seus paçientes. Fazía-
contratos que constituam o seu fato gera- mis_síveis. Elã tem Uina tran~isSãc:i muito len- mos visitas semanais e tratávamos os pacien-
dor. ta: -àS vezes, o paciente é contaminado e so- tes que careciam de atendímento cirúrgico_
Art. 5~ Esta lei entra erit vigor na data mente- ro, 20 anos depois é que começam daquela doença com a rnaiqr naturalidade e
da sua publicação. a aparecer os sintomas. Sua transmissãp'·se sem receio algum de contaminação, desde
Art. 6<> Revogam-se as disposições faz por via aérea e por cantata com secreções que estávamos eXercendo· com os cuidados
em contrário. de lesões. Nã_o exíste relatq na ·literatura mé- científicos à mão.
É o parecer, Sr. !?residente. dica de transmissão desta doença por fômites Ass[m sendo, sou, com o Autor da Propo-
- como seria o caso com papéis ou outros sição em análise, pela sumária revogação de
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) tais artigos do -Código EleitoraJ e. p_ela aprova-
elementos de cantata - nem de transmissão
-O parecer é favor~el ao substitutivo !'lpre- para profissionais de saúde que tratam e c~i­ ção deste~projeto de lei.
sentado pela Comissão de Assuntos EcOJió.:- dam de doentes hansenianos. A transmissao É o parecer, Sr. Presidente.
micos. exige- ademais da concorrência de co?d~­
Em diScussão o projeto e o substitutivo. O Sr. Jãrbas Passarinho -Sr. Presiden-
ções genéticas e Imunológicas- contato mti- te, peço a palavra pela ordem.
(Pausa.) mo -e prolongado com um doente portador
Não havendo quem peça a palavra, encerro Justamente para não usar da palavra como
de uma das formas contagiosas da doe~sa discutidor da matéria, eu pediria um esclareci-
a discussão. e que não esteja em tratamento.
A votação fica adiada por falta de quorum. mento ao Relator.
Uma vez diagnosticada e instituído o trata-
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) mento, o doente deixa de ser agente trans- o-SR. MÁRIO MAIA- Ficarefdistinguido
ltem4: missor em cerca de 15 dias, tendo a doença em prestar um esclarecimento a V. ~
Novembro de 1989 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção H)- Sabado 11 6831

O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) isso que buscamos, que não será e_rn curto os hansenianos, já que eles não representam
- Com a palavra o nobre Senador Jarbas prazo, haverá necessidade de um prazo mais nenhum perigo para a sociedade, em cantato
Passarinho. longo pará que haja a normalidade do con0vi.o passageiro; ~ém do mais, aqueles que já pos-
daqueles estigmatizados por essa doença, que suem lesões mutiladoras, normalmente _n,ão
O SR. JARBAS PASSARINHO (PDS-
já foi tão gr~ve ~m_outras épocas e que, feliz- comparecem.
PA Pela ordem)- V. Ex~ fez, ioclu,sive, alguns mente, hoje, com o aparecimento dos quimio- Era o que queríamos dizer, louvando essa
aditamentos, como médtco brilhante, ao pare- terápicos e das su1fonas, está sob controle mé-_ brilhante iniciativa do Senador Mário Lacerda.
cer que estava lendo e também ac_po que a
matéria -deve ser aprovada. A minha pergunta dlco rigoroso, a doença já está s_ob rigqroso
controle científico. J:: neces~o, __ç-ç>ntudo, que
o- Sr. Jarbas Passarinho- peço a pala-
a V. EX' é ã. seguinte: como reãgirá a sociedade vra para discutir, Sr. Presidente.
os cuidados médicos sejam efetivas e o acom- .
exatamente diante do preconceito que tem panhamento higiênico devidamente observa- o sR. -PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
contra os hansenianos, especia1mente aqueles do. _ . ___ ___ _ -:---Concedo a palavra ao nobre Senador Jar-
que são da fase anterior ao emprego das sulfoR Era esse esdaiecimento que eu gostaria de baS-Passadnho.- - -
nas e, como tal, aparecem co_m seus mem-
bros.•• dar_ ao E_ob~ S~nador Jarbas Passarinho.
o SR.-PREsiDENTE (Pompeu de Souk) OSR. JARBAS PASSARINHO (PDS...:...
O Sr. Mário Maia- Com suas deformi- -O parecer condulTavoravelmente. PAPara discutir.)- Sr. Presidente, V. EX" ou-
dades anatôrnicas., vil~. como nós aqui, o relatório feito_ por um
O SR. JARBAS PASSARINHO--.,. de- Passa-se à di~~são dO projeto, em tUnlo médico _eminente e a diScussão feita por oútrq
formados? Liguei-me muito, no Pará,- a essa único. médico, @mbérn muito .competente.
gente; ainda hoje, -sinto orgulho de ter um O Sr. CarloS Pii.tiõdnio- Sr. Presidente, Quero mostrar a minha experiência no Go-
relógio ,que me foi dado por eles, ao_ fim da peço a pai~~~_ para discutir: ~ verno do Estado do Pará. Infelizmente, o Acre
minha breve gestão como Governador do Es- representa, na estatística de hansenfase no
tado do Pará. Mas senti que todas as vezes
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sõusa) Brasil, a maior táxa. E o Pai-á t_e_rn uma taxa _
. que colocávamos os hansenianos, meSmo os - .Com ~ palavra o nobre Senador Carlos também elevada. Eu me dediquei inuito,
Patrodriío: - (Iuando Governador, exatamente a vencer, pri·
não mais em condições de transmitir a doen~
ça, num ambiente ·geral da sociedade, havia O SR. CARLOS PATROCfNIO (PDC- meiro, o tabu,_ o preconceito e a comparecer
um repúdio, e isso gerava uma resistência TO. Para QisCI.!_tjr. SEirrt reVisão do ~ra_dor.)­ àcpeJas duas <:o[ônias, onde erlcontrei, nàVer:-
muito grande e uma ofensa enorme nas pes- Sr. Presidente, Srs. Seriadores., eu gostaria de dade, Sr. Presidente, depósitos de hansenia- -
soas portadoras do mal. . louvar o SenadOr '}\àrciã _Lacerda pela inicia- nos e· não hansenianos-em. tratamento:
Então; a questão relacionada com o projeto tiva da elaboração deste projeto de lei e, ao Então, a primeira colocaÇão feita pelo nobre
me parece absolutamente correta, mas eu per- mesmo tempo, lamentar <1 ausência de quo.; senador Mário- Maia é a de que, estando esses
guntaria a V. Ex' se seria ainda uma discrimi· rum, n~sta oportunidade, no Senado Federal, hansenianos em tratamneto, não há o· perigo
nação colocar essas Seções_eleitorais como já que se trata de matéria de extrema impor- da contaminação ou da transmissão da doen-
seções especiais. tânci.;t_e também de _extrema urgência, já que ça. A segunda colocação é feita pelo nobre
na próxima semana estaremos elegendo os médico la:mbém, Senador Carlos Patrocínio,
O Sr. Mário Maia - Senador Jarbas Pas- quando fala que é uma discriminação """"""""' e
sarinho, realmente, V. EX' aborda um proble- dois representantes que irão para o segundo
turno, e um deles será o Presidente da Repú- eu reconheço que é - injusta, mas eu vivi
ma mais de ordem sociológica de que de or- isso. E acho que S. Ex~. no Tocantins, haverá
dem médica, e não restam dúvidas de que blica, após o '"jeJuffi" de vinte e nove anos.
E quero Crer (Jue tOda a comunidade brasileira de viver a _mesma coisa. __
enContramos. no exercício da_n~.;t atividade O _que eu receio, Sr: Presidente, é não estar
não só médica, mas da nossa atividade públi· tem o desejo, a vontade de estar participando
desse pleito. Pelo que podemos ver, os hanse- a sociedade preparada para receber um porta-
ca, ainda um estigma muito forte sobre aque- dor de leproma que_ pode querer votar, e tem
les portadores de lesões residlJ~is da hanse- nlanõs estão iin.possibilitados de__assim fazer.
direito de votar, entrar n~.Jma Seção _eleitoral,
rúase. E a sociedade médica, principalmente Eht'âo, eu .gÓstaria de Iâmentar a ausência fkai numa fila, esperando para votar, em can-
os especialistas, têm-se desdobrado em levar de _quorum no $en<;!do, nesta oportunidade, tata com uma sociedade que não_ está prepa-
à sociedade as informações necessárias para embora compreendendo que todos estão se rada para recebê-lo. _Eu não estou contra, ab-
que aceite, com naturalidade-' <;lquele indivíduo dirigindo aos seus Estados, neste final de cam~ solutamente, os hansenianos, sempre os de-
uma vez que não causa mais perigo algum panha eleitoral. Eu gostaria, se fosse passivei, fendi. Deix.ei, até, no Pará uma lei, e pedi a
de transmissão da doença. Achamos. porém, de sugerir à Mesa que solicitasse do Excelen- um Deputado, que sempre se voltou para esse
necessária uma campanha mãis piofunda, tíssimo Senhor Presiden~ da República bai- problema, que t.omasse a inidativa - a lei
não só no campo da saúde, da Medicina, mas xasse medida provisória nesse sentido, porque era de iniciativa minha - mas pedi que ele
em outros campos., em outros institutos, ou- ela teria força de lei e poderiam ·os hanse- fosse o proponente da lei, para dar meio salá·
tros· ministérios, para que fique a socíedade níanos estar presentes no pleito do dia 15 do rio mínimo para os hans_enianos que, provada-
bem esclarecida quanto ao cantata social com corrente mês, e, assim posteriormente, vota~ mente, não tivessem condições de prover _a_
essas criaturas marcadas por lesõ_es profun- ríamos nesta matéria. sua própria substância pelaS deformações,
das, mesmo submetidas a tratamento. mutilações, na fase anterior ao emprego das
O Sr. Mário Maia- Na segunda fase da
Em verdade, é um problema que não está
eleição. sulfonas. E vi, Sr. Pres_idente.__qtiantas vezes
ao nosso alcance, no momento, definir até vi__, recebendo hansenianos no meu_Gabinete
onde a sociedade vai reagir, mas urna forma O SR. CARLOS .PATROCfNIO - Pelo dé.Govemador, o repúdio, o terror, que causa~
de comerçarmos a fazer algo a respeito_ é revo- menos, como disse o Senador MMo Ma_i_a, vam ern relaç:.ão às pessoas que s~ acha-
gar esses dispositivos legais e, em cima.dessa na segunda fase da eleição. vam-se ameaçadas por aquele contágio. A
revogação, propiciar condições- ãos _Podel1$ __ Era istõ que queríaTQ~S di?_er, corroborando medicina prova hoje, claramente, que muito
Públicos porqu.e, com a lei proibitiva, sequer com tudo aquilo que foi dito.. A hanseníase diferentemente da tuberculose, por exemplo,
podemos tomar providências no sentido_ de é uma doença perfeitamente controlável, das que são bacüos parecidos, a transm!ssão da
um esclarecimento. já que há normas restri- menos contagiosas, e o co~tág_io só se dá tuberculose é muito rnaiS rápida, muito mais
tivas; uma vez. revogadas essas normas, o Po- pela convivência durante alguns meses, às v~ pefigosa do que a do Mal de Hansen. Entre-
der Público fica a cavaleiro para encetar cam- zes, Por alguTis anos. Eu 9ostaiia de, respon- tanto, há um preconceito na sociedade. O que
panhas esdarecedoras. dendq ao nobre Senador Jarba_s Passarinho, eu queria era, aproveitando a oportunidade
Realmente, a sociedade_ainda se_ comporta dizer que penso também que seria discrimi- de aprovar esse projeto, admitir que ho_uvesse
com grandes restrições e disc_ri_minações. É n<3,ção~determinar uma_ cabine especial par:a uma fórmula de impedir que essas pessoas
6832 Sabado ~n DIARIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção D) Novembro de 1989

fossem outra vez agredidas na hofa que en- bre- Senador e médico Carlos Patrodnlo. E niano do Estado, indepenaente ·aa:·corifríbUi~
trassem em sessões eleitorais comuns, por- o perigo de ofendermos essa gente mais ainda ção que têm, hoje, através da aposentadoria
que essa agressão será nítida, Sr. Presidente, pelo _repúdio da sociedade, na medida em que como trabalhador rura1, de meio sa1ário míni-
eu não tenho a menor dúvida, não tenho dúvi- dermos a eles o direito, que devemos dar, mo, que pela nova Constituição estabelece 1
da nenhuma no estado cultural em que nós de votação. Talvez isso exigisse, ainda, uma salário mínimo, que não está sendo aplicado
vivemos. Então, aproveitando a oporti.midade, faSe de transição. ainda. Mas tinha um inconvenieilte, quando
que eu pedi de esclarecimento ao~elator, nu- era o caso do cidadão casado. São problemas
ma fase do seu relatório, quando ele diz, inclu- O Sr. Aluizio Bezerra·- V. ~ me con- que pela lei que estabelece a aposeiitadoria
sive, que se tivesse que se submeter à desin- cede um aparte, nobre Senador Jarbas Passa- ao __ trabalhador rural, somente o cabeça do
fecção; o remédio para desinfetar -seria_sufi- rinho? casal teria dir-eito a a-posentadoria. Tiveffios
ciente para destruir o título eleitoral. Isso não o SR. JARBAS PASSARINHO _ Com uma grande dificuldade para que isso fosse
tem -cabimento, realmente, e a medida pro- muito prazer, nobre Senador Aluizio Bezerra." aplicado ao hanseniano, quando os dois [os-_
posta pelo Senador Mário Lacerda é de mere- sem atacados pela doença, os dois pudessem
cer o nosso aplauso, o nosso voto. Eu queria O Sr. Aluizio Bezerra - Sr. Presidente, receber essa aposentadoria. Há, ainda, inúme-
ir um passo ãdiante; eU queria era sugerlr que considero realmente que o maior problema ros problemas. Aplaudo o pronunciamento
pensássemos mrrna forma de, sem ofender do hanseniano, hoje, não é tanto a doença que faz V. Ex', pelo conhecimento que tem,
os leprosos- hoje, eles mesmos não aceitam que a ataca fisicarriente; mas sobretudo é a e sobretudo, pela sensibilidade humana, c_om
essa expressão, antes nós falávamos em Ie pro- dis_çr_jminação. E. por Isso, o Morhan -Movi- relação ao tjue pôde fazer no seu Governo
ses. e hoje, nós falamos em hansenianos "';"'"'"\ menta de Reintegração do Hanseniano na So- no Estado do Pará- já havia ouvido algumas
queelessesentissemnaturalmenteexercendo ciedade- tem um papel muito importante, vezes comentários por parte dos hansenianos
o direito de voto, sem _o tipo de agressão flslo- justamente nesse trabalho de desempenho de ~reuniões em Rio Bran·ca sobre o seu gover-
nõmica pessoal dOS demais votantes. atividades naturais. E çõmo V. EX-- citou ffiuito- no no Pará, que foi um Governo que ajudo_u
E a outra questão, que me enSeja a disCUs- bem, o N=re tem uma das taxas mais elevadas na solução dos problemas dos hansenianos,
são, é essa declaração que está perfeita do de hansenr·ase no Brasil. A hansen'rase, antes e parabenizá-lo pela intervenção feliz que faz,
ponto de vista de organização Mundial de Saú~ de vê-la como uma doença sob o aspe<:to naturalmente que buscando a solução desse
de, mas, que no meu Estado, vi alguns resulta- técniccrcientífico, de que é conh_e_cedor o no- problema no ca_so _con.creto do título eleitoral,
bre Senador Mário Mai·a, dé.ve ser Vista como dado ainda como se comporta a nossa s_ocie-
dos duvidosos, por exemplo, quando se fez
com que crianças voltassem a ser aleitadas um problema s_ocial, uma doença de caracte- dade, que no intuito de querer ajudar pudés-
por mães portadoras do mal. O ilustre ex-arce- rísticaS sociais.- I:: justamente nos poVos sUb- semos estar nos apoiando numa visão errada.
bispo do Amapá, que agora está no Pará, Dom desenvolvidos, de baixa renda, mais discrimi- Talvez a sociedade não tivesse tão bem prepa-
Aristides Piróvario~ "ftuiilã deSsas colónias, ele- nados pela sociedade, onde grassa a hanse- rada para recebê-lo, e fosse, ao contrário de_
passou à inatividade, ou à reserva, como eu níase; pelas dificuldades sociais de a1imenta- um estímulo, uma agressão aos hansenian.os_•
diria na vida milltár, e foi, eiltão, ser o capelão ção, sodais de hiQierie, promiScuidade, em partida de pessoas menos informadas. De ma-
da Colôtiiã_ -de Ma ri tUba, próxima de Belém, que ela encontra os mecanismos para o seu neira, Sr. Presidente, que eu vejo no_ projeto
ele tem a maior indignação com 0 que a conte- desenvolvimento. E justamente com melhores wna intenção que pode, passando pela sabe-
ceu de comprometimento na _saúde das crian- condições, com melhores salários que pos- doTia _e pela experiência do nobre Senador
ças, que chegaram lá e se contaminaram. sam dar uma alimentação com as vitaminas, Jarbas Passarinho, com as informaçOes fõ['Jie-
as proteínas necessárias, que é a base para Maia, buscar, talvez uma forma aplicável de
Então, Isso é algo em que nós devemos ~e estabele~r _UJ11a estrutura de anticorpos
acordo com a maneira como se comporta
pensar. E essa declaraçãO da OrganizaçãO e, também, ter a noção pelo conhecimento a nossa sociedade. -
Mundial de Saúde não é tão aplicável a está- de estabelecer os mecanismos de higieniza-
gios de subdesenvolvimento como· aquele em çâo, de poder com os medicamentos, até por-
que nós vivemos. Porque ao chegar lá, Sr. que a nossa sociedade - como diss~ V. Ex" O SR. JARBAS PASSARINHO- Agra-
Presidente, como dizia a V. EX' e aos SrS. Sena- - muito -bem- não tem encarado o tratamento deçO ao nobre Senador Aluizio Bezerra o apar-
dores. ao chegar lá no leprosário, como Se da doença como se fossem sereS humanos. te que deu.
chamava, quando Governador, vi pessoas que Parece que se trata de animais~ afê, porque, E lembraria, Sr. Presidente, que a sociedade
estavam, há 20 arios, ·sem nenhum tratamento muitas vezes. aos hansenianos, se se ~plicasse está despreparada, ela é que está desprepa-
médico; morriam das conseqüências da doen- a lei __dos ~ninials Sefiaffi-iriUifo maiS bem pra- rada, a tal ponto que uma das minhas preocu-
ça. E uma das minhas lembranças mais patéti- tegidos do que como seres humanos propria- pações·com·aqúeles que eram rejeitados pela
cas, que mais me comoveram, foi a minha meinte~_ d fatO -é cjiie, em CruZeiro dO Sul, en- reintegração_ n_a sõC:Tedade foi de fazer i.tina
despedida de Governador, ri esse leprosárlo"âe contrãffios- u!Tr dos centros de tratainento da colôfliél agrkolã, aproveitando a terra que tí-
Marituba, nessa colõnia, depois que dediquei hanseníase, no EStadO, que congrega setores -nHamOs no prôprio chamado _leprosário. E a
a eles a atenção_~ Eles não tinham luz, não - - recrutados de várias partes, não somente do sociedade se recusava a comprar os produtos
tinham alimentaÇão que fosse sadia, não'. ti- Acre, mas justamente de todo o Estado dO qUe saíam daquela colônia, porque sabia que
nham atendimento fnédico; nem odontolôgi- Amazonas, na região do Vale do Juruá. E, ai, tinham como mão-de-obra - os egressos,
co, estavam atirados lá apenas porque eram estamos tendo um trabalho de reintegração já eram pessoas com vários anos seguidos
indigentes. E um -deles, já em fase terminal, p.orticipando do Morhan, reintegração com as- de comprovação negativa nos seus exames.
era um grande orador, veio amparado por dois sociaçãa de moradores, um trabalho de reinte- Então acho, por exemplo, que o Pará deu uma
companheiros para fazer a inau.9uração do grá-los na sociedade. Nas praças públicas, dis- solução ·razoável no problema eleitoral, graças
que eles chamaram a Prãça da Saudade, erh cutindo em movimento de bairro, tive a opor- ao Tribunal Eleitoral. Ele fez a Seção eleitoral
minha homenagem, que eles fizeram, com _ tunidade de inovar, trazendo o hanseniano pa- na própria área, na sede do município onde
as próprias mãos, nesse leprosário. E ouvi es- ra debater os seus problemas sociais também se encontrava a colônia. Então, aí sim, aquele
sas pa1avras e foi a única vez em que, realmen- em piaÇ:a pública, até mesnio em reuniões que se considera· são~ e que não quer ir a
te, eu e minha mulher choramos de público, políticas; não reuniões político-partidárias, esse JocaJ é que não vai. Mas não haveria dis-
diante daquele exemplo. mas reuniões de movimento comunitário, pa- criminação senão ao contrário; quer dizer, feita
Então, Sr. Presidente, sou voltado para essa ra discutir as questões concretas. E nisso o-- a Seção-.eleitor~I. não dentrq do leprosário ni.as
causa e receio que nós estejamos legislando Estado Cio Acre, ·apesar das suas grandes difi- na sede onde o leprosário se situa, é outra
com um certo irr_ealismo, não esse do nobre culdades financeiras, teve wna iniciativa muito possibifidade grande de que eles possam exer-
Senador Mán::io Lacerda, mas, fundamental- importante, que foi a de votar uma lei estadual cer suas atividades cívicas como eleitores, sem
mente, a partir do momento do aparte do no- dando um salário mínimo para cada hanse- a agressão da sociedade a eles.
novemoro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Sabado 11 6833

Noto que o nobre Senador António Lulz n1un ajudar nessa conscientização da comu- A proposição objetiva criar, no quadro de
Maya me pede um aparte. nidade nacional, que seriam os mini:rtérios da pessoal do Distrito Fede:ral~- cargos de natureza
Educação e da Saúde. Primeiro, a edu<;ação especial, tais como: Secretários-Adjuntos,
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) a partir das escolas. Quer di~er, mostrando chefes de Gabinete do Vice-Govemaçior e do
- Eu gostaria de fazer um apelo ao nobre que a doença é grave, porém, hoje em dia, Procurador-Geral, de Dirigentes de Autar·
Senp.dor Antônio Luiz _M~ya, met,J_ querido está sob controle total. Para tirar essa idéia ... quias, de AdmiriistiadOres Regioi"lais e de Diri~
companheiro _de plantão aqui nesta mesa, pa- gentes ·de Órgãos Relativamente Autôno.mos. _
ra que se inscrevesse a fun de discutir a mat~ OSR.JARBASPASSARINHO,-Pavor.
Na Mensagem de encaminhamento ao Se-
ria e até poupasse o nobre Senador Jarbas O Sr. Antônio Luiz Maya- ... esse pavor nado Federal, o Governador explicá que tal
Passarinho de ficar tanto tempo de pé. Porque, que todo o mundo tem com a lepra, com pretensão pode ser atendida "mediante trans-
pelo regimento, o tempo para discutir é de o hans_eniano. _E segundo, a _conscientização formação dos cargos em comissão, Código
10 minutos, sendo que, em ffiatériéf de urgên- seria promovida pelo Ministério, da Saúd~, DAS-1 O1-4, de igual denominação, do Grupo
cia, é de 5 -minutos, e os aparteS -e outros através -de uma campanha ampla de explica- Direção e Assessoramento Superiores, do
acidentes de percurso já levaram o Senador ção e da _.comunidade, em geral, utilizando Quadro de Pessoa1 do Distrito F~c;ler~".
Jarbas Passarinho a ultrapassar, de três vezes, os meios de comunicação social.
o tempo previsto. E, mais adiante:
De modo que eu solicito a V, e;x., Senador O SR. JARBAS-PASSARINHO - ln·
duindo os Tribunais Eleitorais, que, também, "O projeto, em seu art. 3, prevê -a cria-
.A.ntônio Luiz Maya, que se inscreva. Aliás, já ção do cargo de Chefe de Gabinete CIVil-
está inscritO desde já. poderiam fazer, em_s_eguimento ao esd;ued-
mento do Ministério da Saúde, o mesmo tipo Adjunto, a fim de guardar coerêr'tcia com
O SR. JARBAS PASSARINHO - Eu de campanha. o tratamento dispensado aos cargos de
agradeço a V. Ex" a preocupação com a minha Secretário de Estado, de igua1 hierarquia.
velhice, quanto ao tempo em que estou de O Sr. Antônio Luiz Maya- Exatamente! A medida se justifica à Vista de os valo·
pé. (Risos). Sr. Presidente, era nesse sentido a minha inter- res atribuídos aos cargos em comissã~
venção, de apelar para os dois ministérios, do Grupo DAS se encontrarem d_e(asa-
O Sr. Antônio Luiz Maya- Eu agrade- promover a consçientização, e como Q nobre . dos, deixando, assim, de significar justa
ceria, antes, o aparte que me foi concedido -Senador Jarbas Passarinho disse é necessário retribuição para o desempenho das tare-
pelo nobre Senador Jarbas Passarinho, e agra- que haja esse interregno entre a situação atual fas e respons_abilida-aes a eles vinculados.
deço também de antemão, a inscrição, prévia, e, vamos dizer, as decisões concretas co_m Com efeitO, a iefribuição dos aludidos
para discussão de um tema que eu reputo referência à partfcipação, sem nenhum cuida- cargos em comissão caíram em patama-
da malar impOrtância. Razão pela qual eu me do, porque isso iria eritrar em choque contra res insignificantes a ponto de constituí-
senti na obrigação, também, de ter uma parti- a própria cOnsciência daqueles que sentem rem barreira intransponível para o exer-
cipação nessa discussão. Porque, o que está que há possibilidade de reintegração total. É cido dos cargos mencionados, causando
se colocando em destaque aqui é de funda- que os próprios hansenianos seriam vítimas sérios_tr_anstomos à Administração no de-
mental importância, para consctentizar a co- sem uma preparação prévia da _comunidade. senvolvimento_de__su_::ts atividades.
munidade da situàção atua1, sobretudo no es- Muito obrigado ao nobre Senadot Jarbas Pas- Esta providência apresenta-se, hoje,
tágio médico, em' ·que se encontra a Panse- sarinho. ·como indispensável para devolver àque-
Aíase em todo mundo, quer dizer, passou da- les cargos_ retribuição cofldizente com o
(Juele estágio evangélico de total discrimina- O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
-Eu creio que, pelo teor e extensão do aparte nível de atribuições a eles conferido, res-
ção, até tida como sendo lepra, o símbolo tabelecendo, ainda, a capaCidade de em·
da maior desventura humana na história. Os do nobre senador Antônio Luiz__Mey~,S. Ex"
aesistiltda inscrição,_ para discutir a matéria. pre~? _de recursos bumanos especializa-
leprosos não tinham condições, sequer, de - dos. -
ter uma casa para morar e moravam, de acor- Continua ein discussão; (Pausa.)
do relatos evangélicos. em cemitérios, dentro NãO havendo quem peça a palavra, encerro No prazo regimental, o projeto recebeu
das sepulturas, já eram sepu1tados em vida. a discussão. emenda de autoria do Senâdor Maurício CorM
Isso é grave demais. E dentro os 1Oleprosos A votação ~fica adiada por falta de quol-um. têa, ao art. 1o, o inciso V, com o intuito de
que Cristo, numa certa oportunidade curou, -O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) iricluir, naS transformações pretendidas, os
apenas um voltou para agradecer, e Ele recla- -ItemS: "Assessores Especiais do_Governador, Direto-
mou: "Por que os Outros não voltaram, tam- res de Departamento e Coordenadores".
bém"? Ao justificar a sua 'emenda,__ diz o Senador
PRoJETO DE LEI Maurício Corrêa;
O SR. JARBAS PASSARINHO - Isso DO DF N• 72, DE 19S9
é que eu gostaria de salientar a V. Ex'; o que "( ... )_não se entet1de por que não esten·
é a iilgratidão humana... ! Dos dez, apenas um Discussão; em turno único, do Projeto der a medida ora proposta a.. todos os
de _Lei do DF 09. 72, de 1989,__ c;hi iniciativa cargos a rúvel de DAS-4, (...).
voltou, e esse era estrangeiro. 'do GoVernador do DiStritO Feâeral, que Seria uma medida justa _e insonôinica,
O SR. Antônio Luiz Maya- Exatamente, tria, no- Quadro de" Pessoal do Distrito de acordo com o art. 39, § 19 , ela Consti-
e esse, que era estrangeiro, voltou para agra- Federa], _o_s cargos de natureza especial tuição F~deral."
decer. Quer dizer, CristO promoveu a reinte- que menciona e dá outras providências.
gração daqueles dez à comunidade, que, ven- (Dependendo de parecer.) J:: o relatório.
do a cura realizada, recebeu de braços _abertos 2:0: ~ PARECER E VOTO
Solicito do nobre Senador Carlos Patrocínio
aqueles que nem sequer voltaram atrás para Segundo o art. 3°, V.- da Resolução n9 157,
o parecer da Comissão_do Distrito Federal.
agrade_cer, tão contentes estavam. de 1988, do Senado Federal, são de iniciativa
O SR. JARBAS PASSARINHO - En· O SR. CARLOS PATROCÍNIO (PDC - do Governador do Distrito Federa] as leis que
tão, nós, homens públicos, quando temos TO; Para emitir parecer.) ~ Sr. Presidente, disponh~_msobre cr_!ação, transformaçª-o e ex-
1O% de agradecimento, devemos nos consi- Srs. Senadores: -· tinção de CafgõS,. funções oy empregos da
derar felicíssimos. 1.0. RElATÓRIO aàmii'listraÇãô diretá. e ·aufárcfukâ dO Distrito
Com a Mensagem n9 99/89-GAG, na ori- Federal, ou que aur11~ntem sua remuneração.
O Sr. Antônio Lutz Maya -Mas, nobre gem, o Governador do Distrito Federai, Dr. ~ __ Por uma tradição do nosso ~ir.eit9 Adminis-
Senador, o problema é o seguinte: eu goStaria Joaquim Roriz, em 24 de outubro último, en· trativo, segundo prlndpio sempre repetido nas
de participar dessa discussão, fazendo um caminhou ao senado_ federal o P.rojeto de , anterior~s .ConsfitujÇQes es~ad4~í5! .recém-
apelo. Eu creio que há dois órgãos que pode- Lei no 72, ora em anális~. promulg"a~as, focaram a_ competência privativa
' '5834 Sabado- fI -DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seçiio 11) Novembro de 1989

dos governadores estaduais, quanto à inicia- o {)jng'i'esSo Nacional decreta: O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
tiva de lei na órbita da administração pública, Art. 1~ _São trimsferldos ao património do -Item 17:
direta ou indíreta, em suas respectivas uni- EStadodePernambuco-osbensmóveiseimó-
dades. _ . -
- -- -::-_veis pertencentes ao extinto Território Federal Projeto de Lei do Senàdo n? 187, de
Dessa forma. conduJ-se que nada obsta à de Fernando de Noronha. !989;_ de _aUtoda dO $~iiã00r MâUi-0--Bor-
iniciativa do Goveiriador proponho ao exame - - -- - --- ges, que institui compensação fmanceira
Parágrafo único. Permanecem como
do Senado Federal o Projeto de Lei n~ 72/89. -bens da União, sob a administração dosMinis- ao Distrito Federal, a Estados e Municí-
Por outro lado, uma vez em tramitação nesta térios da Marinha e da Aeronáutica, instala- pios e ao Departamento Nacional de
Casa do CongressO Nacional, a matéria não Águas e Energia Elétricà- DNAEE Pelo
tem rito especial. Vale dizer: pode receber ções, equipamentos e auxl1ios à navegação aproveitamento de reêursos hfdricos para
emendas de qualquer ordem. Foi 0 _ que fez considerados indispensáveis, respectivamen-
0 Senador Maurício Co:rrêa. te, à segurança da navegação marítima e aos a produç~~ ,de energi~ _t::~~_!ri-~~--
Em resumo, a- propoSição é constitucinal serviços de proteção ao vôo. A Presidência, nos termos do art 334-, alí-
e jurídica. Resta-nos apreciá-la quanto ao mé- Art. 2~ Esta lei entra em vigor na data de neaa, do Regimento Interno, e por solicitação
rito. __ _, sTiá publicação. do Presidente da Comissão .d.e Assuntos Eco-
Embora de forma sucinta, o Governador Art 3 9 Revogam-se as disposições em nómicos, declara prejudicado o Projeto de Lei
deu razões que justificam plenamente a apre- -contrário. do Senado n 9 187, de 1989, uma vez que
vação da'matéria. Aliás, nesse aspecto, a citada seus objetivos já foram alcançados -com a
aprovação do Projeto ·de L_ei do Senado n~
emenda do Seriãdor Maurício Corrêa, ao apri- . O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
morar o texto original, significa, sem dúvida, 45, de 19S9, encaminhado à Câmara dos De-
-Item 16:
urna concordância, até aqui tácita, com o teor putados, para revisão, em 20 de setembro últi-
do projeto. Discussão, em tumo suplementar do mo, e ainda tramitando naquela Casa.
E, também~ o nosso entendimento. _:-$übsi:ltuiiVo ao ProjetO de Lei do Senado A matéria vai ao }\rquivo.
n9 169, de 1989 - Compfementar, de
Pelo exposto, opinamos favoravelmente ao autoria do Senador Fernando Henrique O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
Projeto de Lei n9_72/8_9, com a Emenda apre- · Cardoso, que f~x:a as alíquotas máximas --Encerrada a-- Ordem do Dia, pa:;sa-se à
sentada pelo Senador Mauricio Corrê:a. Nosso -~-~dos Impostos~ sobre Vendas a Varejo de lista de ·oradores inscritos.
voto, pois, é pela aprovação. - Combustíveis Líquidos e ciasosos de Com a· palavra o nobre Senador Aluizio Be-
É o parecer, Sr. Presidente. corrtpetêtlcia municipal, nos termos do zerra.
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) inciso III do art. 156 da Constituição Fede- OSR.ALOIZIOBEZERRA(PMDB-AC.
-O parecer condu i favoravelmente ao proje- ral, tendo Pronuncia _o- seguinte discursg. Sem revisão
to~ com a eme-nda apresentada. PARECER, sob n~ 265, de 1989, da Co- do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Senadores,
Passa-se à discussão do projeto e da emen- missão no conjunto da luta que travamos pelo p_ro-
da, em turno único. (Pausa.) - Diretora, oferecendo a redaçao do cesso de democratização em nosso País, não
Não havendo quem peça a palavra, encerro ---vencido. poderíamos deixar de estar solidários com a
a discussão. luta que o:avam outros povos.
A votação fica adiada por falta de quorum. Em discussão o substitutivo, em turno su-
plementar. (Pausa.) Neste _sentido, a solidariedade é a ternura
O SR. PRESIDEN1E (Pompeu de Sousa) Não havendo quem peça a palavra, encerro dos povos. costuma falar o comandante Sandi-
-Item 15: a discussão. nista Tornas Borge. Esse é. realmente, um
dos pensamentos mais profundos, ao qual
Discussão, em turno suplementar, do Encerrada a discussão, o substitutivo é dado
Substitutivo ao Projeto _de Lei da Senado acrescentamos que a consciência democrá-
como _definitivamente adotado, nos termos do tica só existe plenamente quando se identifica
n9 83,_ de 1988; de autoria do senador art. 284 do Regimento Interno.
Ney Maranhã_o, que dJspõe sobre a incor- com a luta de libertação de qualquer povo
A matéria vai à Câinara dos Deputados, em qualquer parte do mundo. Não apenas
poração ao patrimônio do Estado de Per-
nambuco dos bens pertencentes ao extin- É o seguinte o substitutivo adotado: quando se identifica, mas também quando
não se omite em momento algum.
to Território Federal de Fernando de No-
ronha e dá outras providências, tendo Redação do vencido para o tumo suple- Este é Q assunto que queremos i:réi.tar na
PARECER, sob n• 292, do 1989, da Co- mentar do substitutivo ao ProJeto de Lei do manhã de hoje. Queremos expressar noSsa
missão. Senadont>)69, de Jf!Q~-Comp/ementar. $0lid.;~riedade com o povo maubere, povo de
-Diretara, oferecendo a redação do língua portuguesa como nós,.que habita a Dha
FIXa as ai/quotas máximas dos impostos so~ do Timor, no Oceano fndico, entre a Indonésia
vencido. hre vendas a varejo de combustive~'s liquidas e a Austrália.
Em discussão -o -substitutiVo, em turno su- - e gasosos de competência municipal, nos ter- Coma queda da ditadura salazarista, através
mos do {nciso 1D do art 156 da Constituição
plementar. (Pausa.) da Revolução-dos Cravos, em abril de 1975,
Federal.
Não havendo quem peça a palavra, encerro - uma nõvã:-efapa histór.k:a se_ªbre par!3- milhõe~
a dJscussão. O Congres-Sõ-Nadonal decreta: de seres humanos de fala portuguesa, antes
O substitutivo é dado como definitivamente Art. 19 As alíquotas máximas do imposto oprimidos pelo colonialismo praticado pela di-
adotado nos termos do art 284 do Regimento sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos tadura que,__çlurante quase meio século viveu
Interno. - e-- gaSoSos, de competência dos Municípios, em Portugã.l. A relaçãO de forças mundiais,
A matéria vai -à Câmara dos Deputados. não excederão de: naquele_momento, permitiu que-nos demais
É o seguinte..o SUbstitutivo adotado: países de língua portuguesa se instalassem
r- três por cento para gasolina automotiva, governos com c-aracterísticas populares, de-
Redação do vencido para o turno su- áJcool e óleo combustível; e
plementar do Substitutivo ao Proj'eto de mocráticas e progressistas, com resultado de
H- um por cento para os demais combus- uma luta de vários anos levada a cabo pelos
Lei do Senado n 9 83, de 1998.- tíveis líquidos e gasosos.
DiSpõe sobre a incorporação ao Patri- movimentos de libertação existentes em Mo-
m6m'o do Estado de Pernambuco dos Art 29 Esta iei entra em vigor na data de çambique, Angola, Guiné-Bissau, Sáo Tomé
bens pertencentes ao extinto Território sua- pUblicaÇão. e Príncipe e Cabo Verde. Apenas em Timor
Federal de Fernando de Noronha e dá Art. 3~ Revogam-se as disposições em Leste, também uma ex-colónia· portuguesa,
outras providências. contrário. o desfecho foi diferente.
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U)
Sabado 11 6835

Autorizada e estirriulada pelo eil.tão presi- ção politica para o problema do Timor, sob ganhou com isso, foram os partidos, foi oBra~
dente norte-americano Gera]d Ford, o gover· a supervisão da ONO, e com a participação sil, na qual havia a história de que o General
no ditatorial da Indonésia invadiu o Timor Les- dps legitimas representantes da resistência De Daulle dizia que o Brasil não era 1,1m pais
te poucas semanas após a Frente Nacional nacionalista, dos representantes do .povo mau- sério. A coisa não é as_sim çomo_ se diz. que
de Ubertação Cio Timor Leste (Fretelin) ter bere, que há 14 ános levam uma guerra sem aquele General francês falava.
dedaradç a independência do País. De lá para tréguas contra as tropas de ocupação da Indo- Quero congratular-me com os partidos,
cá, revela-se outra das páginas negr~ que nésia. Lanço, aqui, a proposta de que o Sena- com a democracia, porque, acima de tudo,
a humanidade conhece, um verdadeiro geno- do Federal, apoiado nas Resoluções das Na· há o interesse do povo brasileiro de escolher
cídio. Em 1975, quando da inVasão dO Pais, ções Unidas, que consideram as guerras de um candidato à Presidência__da República que
pelas tr'opas indonésias, o númerO de habi- libertação nacional como guerras legítimas, conheça os problemas nacionais e esteja afi-
tantes da Ilha do Timor Leste ·era calculado adote pqsição em favor do direito de libertação nado com oS programas partidários que de-
em ·certa dé 1. ITiühão. A estimativa feita pelo do ltmor Leste e exüa do Governo brasileiro fende..
clero católiço daquele País é de qUe,. cerca uma posição inequívoca ante o Governo da E o faço como membro- do f'MB.; nesta Ca-
de 300 mil timoneses tenham sido ~ortos, Indonésia: que sejam retiradas as tropas de sa, Partido que acolheu a candidatura do ani-
ou seja, mais dé um quarto da população. ocup-ação e _que aqUele Pais acate a convo- mador Sílvio Santos, paftido que não viu ãct-
É um genocídio. · cação de um referendum, sob _a_ supervisão ma de _tudo os interesses do País, partido que
Não podemos -deixar de expressar, aqui, da O~U, para que o povo do -TimOr Leste olhou essa candidatura com interesses, no
nosso mais indignado protesto contra essa vote livremente se deseja ou não a autodeter- meu entender, particulares, sem amor ao País,
política assassina de ocupação do Tiinor pela minação. Partido no qual ingressei procurando fazer o
Indonésia, desrespeitando todas as decisões Além__ disso,__fé fundS!mental que o_ Senado possível para que fosse sério e de respeito,
em contrário da Assembléia Geral da Organi- Federal pleiteie, junto ao Governo brasilefro, poiS sabem V. ~ que, nesta Casa, a minha
zação das Nações Unidas, assim coi}lo do Par- permissão para que s_eja instalado um Escri- posição sempre visou ao interesse da Naçãa,
lamento Europeu, organismoS insuspeitos t.ó_rio d.e Representação da Frente Nacional de representando bem o povo do Nordeste .e o
que reconhecem o""i'ireito de autodetermina· übertação do Tunor Leste em território brasi- Povo de Pernambuco.
ção do povo maubere. leiro. Os país-es africanos de língua portuguesa Nesse período de quase 40 artos em que-
Expressamos nossa sàlida_rie_çlade à Con- são os maiores apoiadores da luta de liberta- milito .na vida pública, fui prefeito da minhà
vergência Nacionalista, órgãO que reúne as ção do povo maubere. Expressam apoio ofi- cídade, com quaSe 20 anOS de idade, fui Depu-
forças de r_es_istência nacionalista do Timor cial ao Timor _Leste e, indusive,_reconhecem tado Federal com 32 anos, representei o meu
Leste. Expressamos também nossa h_om~11a· a Fretelin como· seu. legítimo representante. Estado durante 16 anos, quando tive o meu
gem ·e solidariedade à Frente Nacional d~ Li- PortuQal também permitiu a instalação de um mandato cassado e os meus direitos políticos
bertação do Timor Leste (Fretelin) por sua Gabinete de Informação da Fretelin, em Lis- suspensos. Voltei à vida pública e ingressei
luta hef_óica, pelo exemplo grandioso que boa, além de posicionar-se favoravelmente à no Partido Municipalista Brasileô:o, onde a Se~
transmite ao conjunto da humanidade que solução pacifica atriVés do diálogo e do 1-efe-- ção de Pernambuco era a mais forte desse
aprende a respeitar essa causa, não aPenas rendum. Nesse sentido, é fundamental que Partido, onde todos os requisitos do Tribunal
por ser justa, mas também pela maneira digna, o Bra~il, como_ Nação de üngua portuguesa, Regional Eleitotal foram atendidos. Mas os
abnegada e honesta com que é defendida pe- mas fundamentalmente como Nação que tem comP.anheiros e o povo brasileiro Sabem qÚe
los patriotas mauberes. na solidariedade Urna quãlidade das rilais ca~ fui o primeiro senador a apõJar a candidatura
Entretanto, Srs. Senadores, não queremos ras no gênero humano, também dê sua contri- de Fernando CoUor de Mello, no Nordeste,
ficar apenas na solidariedade de palavras. Re- buição concr~ta para o avanço da luta de liber- juntamente com os companheiros daquela
gistramos"comQ multo posi_tivãjfj)osição ex- tação do povo maubere. A libertação de qual- gremiação. Interpretei, naquele momento, a
pressada pelo Presfdente José Samey perante quer povo oprimido é a construção de urna exigência das bases do Partido, em Pernam-
a ONU, defendendo o direito de autodeter- humanidade completamente livre, causa que buco, quase por unanimidade.
minação do povo do Timor Leste. Creio que interessa ao gênero humano. Fiz o possível, Sr. Presidente e Srs. seriada.:-
á a luta dos povos de todo o rnun4o pela Sem maTS para o momento, informo à Mesa res, para que fal não acontecesse. O que se
liberdade e pela justiça, assim co_mo a luta e a esta Casa que estou colhendo assinaturas viu foi essa palhaçada; foi, acima de tudo, o
das massas brasileiras, que faZ com-que esSas 'para um documento com esta refvindíCação, negócio, deixando em sefiundo plano o Brasil.
posições, inegavelmente progressistas, sejam a ser endereçado ao Pr~sidente d_a República, E o Tribunal Superior Eleitoral, ontem, em
encampadas pela política externa brasileira. solicitando autorização para que um Gabinete memorável decisão, acabou com essa farsa.
A situação de desgaste da política interriatlo- de (nformaçãc;>_ da Frente Nacional de Liberta- De parabéns, portanto, os candidatos que
nal norte-americana e também dqs países ção do Trrnor Leste seja instalado no Brasil, hoje estão aí para o povo brasileiro escolher
centrais do capitalismo a ela associados, não a curto prãzo seja instalado em nosso País, - o Lula, o Brizola, o Dr. Ulysses. o Aureliano
permitem que as causas ·justas em todo o cómo expressão de solidariedade e reconhe- e tantç>~ outros, homens que aceitaram as re-
mundo sejam ignoradas. A luta do Timor pe- éimentõ a um poVo que ·também fala a Ungaa gras d'o jogo, e o povo brasil~ir_o vai es_colher,
netra no Cenârlo mundial pela palavra de per- Portuguesa, mas que fala sobretudo a lingua- no dia 15 de novembra, quem irá ser o seu
sonagens mais surpreendentes. Embora o gem da ,dignidade humana, que é linguagem primeiro mandatário.
Presidente Samey não seja um mandatário da llberd21de.
legítimo- pois não foi eleito pelo voto popular Era o que tinha a dizer, Sr. Presldente.. (Muito Com isso, Sr. Presidente, quem ganha é
-, quando expressa solidariedade ao Timor, bem!) a democracia, quem ganha é o povo brasileiro,
está nada mais, -nada menos do que provando O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) é a liberdade..
a verdadeira e legítima solidariedade do povo -Com a-pa]aVra o nobre-senador Ney Mara- Assim sendo, sou hoje um Senador s,e:m.
brasileiro para com o povo maubere. Um povo nhão. partido, mas continuando Com_él-qUela-posição
não será digno de exercer a democracia e coerente desde o começo, apoiando a candi-
a liberdade se não se solidarizar cor:n as lutas O SR. NEY MARANHÃO (PMB - PE. datura do Governador' de Alagoas. Tenho Cer-
justas dos povos de todo o mundo. protuJticla o Séguiiite djs_çurso._ Sem revisão teza que todos os partidos poUtic:os que aceita-
do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Sen<:~dores. ram as regras do jogo estão-satiSfeitos e orgu~
Pois, se o Presidente da Repúblicajá expres- neste momento, quero· congratular-me com lhosos, porque temos uma Justiça Eleitoral
sou sua posiçãQ em defesa do direito d~ ;;luto- o Tlibunal Superior Eleitoral pela histórica de- que pugna em defesa dos alt.os interesse~ do
determinação do Timor Leste, é mais do que cis_ão tomada qntern, quando se _encerrou, de País e da democracia. -
urgente que também o Senado Federal se uma vez por todas. essa brincadeira de se~ Portanto, quero despedir-me, neste instante,
posicione claramente em defesa de urna solu- candidato à Presidência da República, o-quem da posição de líder dá PMB. Q\,Je isso sirva
6836 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ll) Novembro ,deJ989

de lição aos homens que querem entrar na um problema do Brasil, e até hoje não conse-
O SR. l'IEY MARANHÃO - O que é o
vida pública, para que não entrem pela janela, guimos Conve"ri.cê-lo":
mais grave.
mas pela porta da frente. É verdade, Senador Alexandre Costa, quan-
O segundo assunto, Sr. Presidente, é de im~ ·o Sr. JOsé Fogaça - E essa situação do se fala de Nordeste, quando enfrentamos
portància para o Nordeste especialmente._ extremamente danosa' aos_ interesses nacio- os problemas do Nordeste, aqui ou em qual-
Em maio do ano passado, exatamente no nais ãtingiu e atinge o Rio Grande do Sul. quer outro lugar do solo pátrio, parece que,
dia 19, assomei esta Tribuna e fiz um candente As obras da Usina àe Candiota sofreram um aos ouvidos dos outros, não estamos falando
apelo aos homens responsáveis pelo País para atraso muito_ grande no _seu cronograma. De de nosso País, mas de uma região muito dis-
que as obras de Xingó tjveSsem s.oluçãO de modo que faço apenas essa observação para tante e que talVez não nos diga respeito.
continuidade. dizer qUe o despreparo e a des1dia em relação Coin :que simplicidade pára-se uma obra
Agora, apesar de termos um presidente nor- às questões de relevância para a economia de tamanha importância para uma região geo-
destino, Xingó está parando e, parando, vai naclpnal não atingem, privilegiada ou excl':Jsi- gráfica e demográfica de grande dimensão.
crescer o sofrimento do Nordeste, esquecido vamente, o Nordeste; o 5_ul_ também é vítima, Será que o Brasil todo não se comove? Se
e maltratado. -nobre Se~ador Ney Maranlíão. Xingó parar, haverá um terrível racionamento
Epitádo Pessoa foi o presidente nordestino O SR. NEY MARANHÃO- Nobre Sena· de energia elétrica no Nordeste, prejudicando
que fez o que pôde em obras e realizações dor José Fogaça, V. Ex!' é um dos homens um povo em seu progresso, em seu desenvol-
para ajudar o Nordeste a sair de seu sofri- brilhantes desta Casa, onde--defende os inte- vimento, em sua saúde, em sua existência.
mento e de seu subdesenvolvimento. ressés ii.ão só do Rio Graride- âO Sul, mas Será que; falando disso, quem nos escuta nes·
A hidreJétrlca do Xingó, dizia eu, é neces- os do Brasil. Concordo inteiramente Com V. te Plenário estará pensando que estamos fa-
sidade Prioritária e urgente do Nordeste. E Ex' O que vemos, Senador José Fogaça, é lando do Brasil e do povo brasileiro?
clamava ao Presidente José Samey e ao então
Ministro Aureliano Chaves para que Xingó não
um _g_ovem()_ ::;em competência, em que os Xingá foi tidO como Óbra prioritária do gi:i~
seuS mirlistros vão para a televisão, vêm para verno Samey. Xingá_ sUprirá 20% de toda -~
parasse, para que não fosse o Nordeste palco o Senado e dlzem coisas que sabemos n.ao
de um novo racionamento de luz elétrica, que demanda energética do nordeste. Parar Xing6
vão s.e-r C'Qh1prldas, prometem programas que é comprometer o futuro sócio-económico da
feriria seu desenVolvimento e seu progresso. não têm condições de set cumpridos. E--ci
Xing6, dizia eu, é a certeza de desenvol- Região. Faltando Xingó, não serão instala4as
que existe, senador, é a descrença completa no Nordeste novas indústrias, e novos investi-
vimento mais rápido da região nordestina. Por neste Governo que está aí.. Concordo com V.
ela, a capacidade energética do Pais será forta- mentos fugirão. As indústrias que existem se
i;x' em- que haja injustfças também com o retrairão, as receitas diminuil-ão e haverá de-
lecida e ampliada. Corri seu potencial de cinco Rio Gfandé do Sul. Mas a região nordestina,
mil megawatts, sendo uma das maiores do semprego, cairá o mercado de tr_abaJho, e a
a mais pobre do País, é que sofrerá muito Pobreza se aprofundará e o nordeste será ain-
Pafs, levará avante o desenvolvimento indus- as conseqüências. Mas estou de pleno acordo
trial e agropecuário do Nordeste. Se o Governo da mais infeliz.
quer redimir o Nordeste, afirmava ~u. Xingá
e solidário com V. Ex" no que tange a essa Sr. Presidente, ·aqUi, um bradõ ·por Xirlgá.
reivindicação do povo do Rio Grande do Sul; Sabemos das dtficuldades económicas por
é a oportunidade. essa uSiliã-edeTundamental importância para
O que eu temia no ano passado, Sr. Presi- que passa o País. Mas Xingó precisa de novas
-o ·desenvolvifilento do seu valoroso Estado. ajudas, de novos investimentos, porque o nor-
dente, infelizmente, está acontecendo agora. Obrigado pelo aparte de V. Ex~
Xingá está quase toda parada. Mais de dois deste precisa viver. O nOTdeste é Brasil e do
Continuo; Sr. Presidente: Brasil. Muito bem! (Palmas.)
mil funcionários foram dispensados e, ouvin- Se Xingó estivesse no Sul, suas obras para-
do uma reportagem televisiva, se a obra parar riam? Será que os homens do Sul do Brasil O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
por sessenta dias, haverá um estrago irrepa- têm medo_do desenvolvimentO do Nordeste? - Não há mais oradores insccttos.
rável e, em 1992, teremos um racionamentO Pois o Nqrdeste, com todas as suas carências, O-SR. PRESIDENTE Ô'ompeu de Sousa)
de grandes proporçô:enraquela região. é-umaréglão que não deve. E se suas carên- -Na presente sessão _terminou o prazo para
Por que Xingá tem que parar? Pergunto eu. cias forem resolvidas, será uma região celeiro a apresentação de emendas ao Projeto de Re-
ltaipu não parou. Xingá tem que parar porque nacional. É justamente por isso- quem sabe! solução n" 83, de 1989,· que suspende, por
é uma obra do Nordeste. Por que essa discri- -que se faz pouco caso do Nordeste, porque inconstituQonalidade, a execução de _apres-
minação tão insultosa contra o Noi'deste? ele pode ser totalmente independente e, sendo são coiltida no§ 29, do art. 27, da Lei n9 7.721,
independente, mandar politicamente no País, de 6 de janêi{o de 1989.
o Sr. José Fogaça - Permite-me V. EX? como hoje 'faz a região Sul, que se impõe Ao projeto não foram oferecidas emendas.
um aparte?. - ao_ P~~s e_f~ os Governos que quer? A matéria será incluída em Ordem do Dia,
O SR. NEY MARANHÃO --Com muito oportunamente.
prazer.
_o racionamento de_ energia, como todos O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
sabem, criará problemas e dificuldades à vida -Nada mais havendo a tratar, a Presidência
económica e social do Nordeste. E, para fugir vai encerrar ij presente sessão, designando
o Sr. José fogaça - Apenas para dizer do racionamento de 1992, _é prec~o que se para a ordinária de segunda-feira, às ,14 horas
a V. Ex" que esse descaso com investiment~s tenha a geração de Xingó. Xingó representa_ e 30 minutos, a seguinte
públicos não é privllégio dO Nordeste. O R1o 25% do potencial hidrelétrico da região. Agora
Grande do Sul foi_ vitima, e ainda é, desse que a região ~em condições de absorver eco-
mesmo- desprezo pelos investimentos públi- nomicamente a energia, essa energia está fa- ORDEM DO DIA
cos~- No que se refere à Usina de Candtota, dada a faltar porque Xingó vai parar.
o então Ministro da Fazen<;la, Delfim Netto, '-~trasando Xingó, será inelutável o déficit
contratou a importação de equipamentos para energético a partir de 19~2. Racional)c_lo o 1 ~

essa Usina. Os equipamento_s foram compra- Nordeste, tanto este como o Brasil todo sofr_e-
PROJETO DE DECRETO LEGISlATIVO
dos, os pagamentos começaram a ser felt~, rão em seu desenvolvimento . Fazendo tal afir-
as linhas de crédito que permitiram a aquJst- Ne 36, DE 1989
mação, lembro-me de um aparte que o emi-
ção desses equipamentos geraram juro~ adi- nente Senador Alexandre Costa deu a meu ·(Incluído em Ordem do Dia, nos termos
clonais pagos pelo Governo, pelo Estad'?, pelo diScurso _do -ª"o pass-ado. Dizia o nobre sena- do art. 353, parágrafo único do regimento ln-
povo brasileiro, e as obras ficaram paralisadas dor çlo Maranhão que eu e ele somos "teste- temo) _ ~- _
durante muitos e muitos anos, inclusive com munhas das resistências que, __ num passado Discussão, em tumo único, do Projeto de
os equipamentos armazenados nos portos que já vai longe, enContramos para convencer Decreto Legislativo n9 36, de 1989 (n" 112/89,
franceses. o Congresso Nacional de que o Nordeste era na Câmara dos Deputados)_, que aprova o ato
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAQONAL (Seção U) Sabado li 6837

que renova a concessão outorgada à Rádio -5- ·missão de Assuntos Económicos como con-
hnperatriz Sociedade_Ltdc;t, para ~lorar ser~ clusão de seu Pare<;er n? 275, d~,19&9), que
viço de radiofusão sonora em onda média, autoriza a Companhia Estadual de Energia
na Qdade de Imperatriz, Estado do Maranhão, PROJETO DE LEI DO DF Elétrica - CEEE a 1.,1(timar aditivo contratual
tendo N• 72, DE 1989 à operação de çrêdito externo, fumada em
PARECER PREUMINAR, por pedido de dili~ 12 de outubro de 1978, junto ;a um_ ççmsórcio
gência. (En:t regime de_ urgência, nos termos do de bar1-cos franceses, c9nl Vistas a -pOssibilitar
art. 336, c, do Regimento Interno) a aquisição de ~quipamentos de origem fran-
2 Votação, em turno único, do Projeto de Lei cesa para a ampliação da_ Cenfral T ermoe- _
do DF n 9 72, de 1989; de iniciativa do GoverR létriCa Presidente Médici, no Rio Grande do
PROJETO DE LEI DA CÂMARA Sul.
N• 48, DE 1989
nadar do Distrito Federal, que cria, no Quadro
de Pessoal do Distrito Federal os cargos de -11-
(Em r~ime de urgência, nos termos do natureza especial que menciona e dá outras
art. 336, <::, do regimento Interno} providências, tendo
Votação, em turno único, do Projeto de Lei Votação, em primeiro· turno, da Proposta
da Câmara n? 48, de 198_9_ (n~ 2.014/89, na PARECER, proferido em Plenário, dà Co- de Emenda à Constituição no l, de 1989, de
missão aUtoria do Senador João Menezes e outros
Casa de origem), de iniciativa do tribunal Su-
perior do Trabalho, que altera a COI)lPOSição - do Distrito_ Federai, favorável ao projeto Senhores Senadores,. que altera os praZos es-
do Tribunal Regional do Trabalho da 9• Re~ e à emenda apresentada perante a Comissão. tabelecidos no § 69 do art. 14, para desincom-
gião, cria a função de Corregedor Regional patibilização do Presidente da República, dos
-6- GoVernadores de Estado, 9o Distrito Feder~!
e cargos em comissão e de provimento efetivo
no Quadro Permanente da secretaria do Tribu- _ e dos Prefeitos, tendo
nal Regional do Trabalho da 9~ Região, e dâ Votaçiiõ, em turno único, do Projeto de Lei PARECER, sob nQ 145, de 1989,
outras providências, tendo da Çâmaran"' 91, de 1986 (ri~ 1~894/83, na
PARECER FAVORÁVEL, proferido em Ple- Casa de ori_9-em), que torna obrigatória a indu~ ·:__da Comissão Temporária~ favorável ao
nário, da Comissão . . ___ _ são de espetát~ulos musicais ao vivo nas casas pros_seguimento da tramitação da matéria,
-de Constitillçiio, JustíÇa e Cfdadania. de diver:;õe.s, ,tendo coíTrvoto vencido dos Senadores Chagas Ro-
drigues, e Maurído Corrêa.
PARECER, sob no 258, de 1989, da Cernis~
3 ·são de ·· -12-
PROJETO DE LEI DO SENADO - Càh$Ú1uiÇão, Justiça e Gdadânia, pela
N• 328, DE 1989 constitucionandaae, ji.tridlcidade, Com Emen- Votação, em primeiro turno, da Proposta
(Comj:)lemenfat) da Que ijiresenta de_ n~ 1-CCJ. q~_ Emenda à Constifuição n" 2, de 1989, de
autoria do Senador Olavo Pires e Outros Se-
-7- nhores Senadores, que modifica o § 39 do
(Em regime de urgênda, nos termQs do_
art. 336, c, do Regimento Interno) ait.- 4~ do Ato das Disposições Constitucionais
Votação, em turno único, do Projeto de Lei Votação, em turno único, do Projeto de Re- Transitórias.
do Senado n9 328. de 1989 --Coi'ripleinentar, solução n~ 74, de 1989, de iniciativa da Comis-
de autoria do Senador DivaiOo SUruagy, que são do pistrito Federal, que dispõe sobre a -13-
estabelee.enormas gerais aplicáveis aó fmpos~ remuneraçã-o do Vice-Góvernador do Distrito
to sobre Transmissão inter vivos, a qualquer Federal e dá outras providências. Votação,· em primeiro· turno, da Proposta
.título, por ato oneroso, de bens imóveis, por de Emenda à Constituiç~o n9 3, de 198.9, de
natureU)_ou aces_são física, e de direitos reais -8- autoría do Senador Marco Maciel e outros Se-
sobre imóveis, exCeto os de garantia bem co~ nhóies Senadores, que" acreS-ê:enfu. parágrafO
mo cessàode dire[tos à_~t,l~ aquisição- ITBI~ Votação, em turno únjco, dQ.Projeto n9 75, ao art 159 e altera a redação do incisq Uc;l_o_
IV,·tendo de 1989, que autoriza a Prefeitura Municipal art. 161 da Consljt_uição Federal. - ---
de Vitória da Conquista, Estado da Bahia, a -14--
PARECER, proferido em Plenário, da Co- contratar operação de crédito no valor corres-
m~o · pondente, em cruzados novos, a 2.006.188
-de Assuntos Econômicds~ favorável, nos Bônus do Tesouro Nacional, junto à Caixa DiscussãO, em turno- únü:o, do veto total
termos de substitutivo que oferece. Económica Federal. apOSto ao Projeto de Lei dÔ DF_n~ 54, de 19~9~­
-4- que reestrutura a categoria funcional de Assis-
-9- tente Jurídico do Plano de Classificação de
Cargos de que trata a Lei n9 5.920, de 1973,
PROJETO DE LEI DO SENADO Votação, em turno único, do Projéto de Re- fixa sUa retribuição, e dá outras providências.
N• 332, DE 1989 solução n"' 76, de 1989 (apresentado pela Co- (término do prazo da Comissão do Distrito
missão de Assuntos Económicos como con- Federal para apr_esenta_ção 51C? relatório -
(Em regime de urgência, nos termos do dusão de seu Parecer n9 274, de 1989), que 2'11-89.)
art. 336, c, do Regimento Interno) · autoriza a Repúbllca Federativa do Brasil a -15-
Votação, em turno único, do projeto de Lei ultimar contrataçao de o-peração de crédito
do Senado n~ .332, de 1989, de autoria do externo, no valor equivalente a até US$
Senador Márcio Lacerda, que revoga os arts. 55,600,0b0~00 ( cinqüenta e cinco milhões e PROJETO DE DEcRETO LEGISLATIVO
seiscentos inil dólares affiericatios) junto- ao N• 34, DE 1989 -
51. 151 e 157 do Código Eleitoral, que deter-
minam medidas sanitárias nos títulos eleitorais Banco lnteramericano de Desenvolvimento-
de portadores de hanseníase, tendo BID. (Incluído em Ordem dO Dia, nos termos
-10- do art. 376, e~_do Regimento Internei}
PARECER FAVORÁVEL. proferido em Ple- Dis.cussão, em turno ~nico, _do_ Projeto de
nário, da Comissão Decreto Legislativo n9 34, de 1989 (n? 73/89,
Votação, em turno único, do Projeto de Re_-
-de Assuntos Sociais. solução n" 77,-de 1989 (apresentado pela Co- na Câmara: dos Deputados), qué__aprova oS
6838 Sabado II DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Novembro de !989

textos do convênio de cooperação para a reali~ dade que a política, em seu sentido mais am- dos, inclusive colocar obstáculos ao já difícil
zação de obras previstas no estudo de revitali- plo, extrapola o raio de atuação dos partidos. processo eleitoral que, por sua vez, representa
zação do Céntro Hisiórico de João Pessoa, Há grandes políticos que não são grandes líde· uma etapa fundamental no nosso processo,
Capttal do Estado da Paraíba, e do seu proto- res ou militantes partidários. 1:: o caso de Gan- de redemocratizaçã~.
colo anexo correspondente ao financiamento dhi, de Dom Hélder Câri1ina, e de tantos outros Não quero estender-me antes de conceder
de obras para o ano de 1988, celebrados entre não ftliados a partidos políticos m~s cuja luta o aparte ao Senador Áureo Mello.
o Governo da República Federativa do Brasil. não deixou de ser profundamente política. Sa· O Sr. Áureo Mello -Antes de mais nada,
e o Governo do Reino da Espanha, em Brasília, be·se ainda- que _a posição desses líderes face nobre Senador Mansueto de Lavor, peço-lhe
em 26 de abril de 1988. (Dependendo de pare- os partidos políticos, foi de respeito, coope- desculpas por ter pedido o aparte em movi-
cer.) ração e aliança, sempre que se lutava pelo
mento. I:: que eu iria ficar vis-à-vis com V.
bem coletivo. Ex'.
-16- Os partidos náo esgotam a ação polÍtica
mas são seus instrumentos normais de mobili- O SR. MANSOETO DE LAVOR -Seria
zação e de disputa democrática do poder. Elei· um aparte peripatético.
PROJETO DE DECRETO LEGISU.TIVO çõe:; presidenciais, Como as do coi-rente ano,
N• 35, DE I 989 O Sr. Aureo MeDo- Peripatético ou sim-
deveriam ensejar aos partidos plena mobili- plesmente patético. De qualquer maneira, es-
zação, eficaz doutrinação e marcante penetra- tamos num Parlamento, de partare (creio que,
(Incluído em Ordem do Dia, nos termos ção no seio das massas e dos diversos seg· em -ItalianO, é falar, dialogar.) A Câmara dos
do art. 376, e, do Regimento Interno) mentes sociais. -- lerdes, inclusive, segundo estou informado,
Infortunadamente, não é o que acontece. é um recinto em forma de hemiciclo, onde
Discl,!ssão, em turno único, do Projeto de Tanto os políticos como os partidos estão sob
Decreto legíslativo n~ 35, de 1989 (ii~ 7416"9; os Srs. Pares trocam idéias sem partir para
permanente tiroteio e essa situação de ,des· a oratória~ A õrat6ria, às vezes, é uma grande
na Câmara dos Deputados), que aprova o tex- gaste não se arrefece, mas se acentua neste
to do acordo de cooperação- económica entre inimiga do bom raciocínio.
processo eleitoral, com cüvisões, defecções,
o Governo da República Federativa do Brasil traições e até com o ostensivo desprezo e O SR, MANSUETO PE LAVOR -.Eu
e o Governo da República Argelina DerrlO- abandono das diretrizes e decisões partidárias. fiz a advertêilc:ia, no comé'ço, de que ia mais
crática e Popular. (Dependendo de parecer.) conversar do que fazer um discurso.
Isto ocorre praticamente com todos os parti-
O SR, PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) dos, a começar pelo maior deles, o PMDB. O Sr. Aureo MeDo -Admiro muito Qrado·
-Está encerrada a seSsáo. E s~m falar em alguns nanicos que são meras res extraordinários, entre os quais o nobre Se-
legendas de aluguel. nador Leite_ Chaves. Sempre manifesto isso
(Levanta-se a sessão às 12 horas.)
-O Sr. Áureo Mello- Permite-me V. E'x' a s.-Ex~. que f€m o tOin dialogal, cOloquial,
D/SC(JRSO PRO/"'(fNaADQ PELO SR _ se furtar. De
ao qual é difícil a.Q norti.sJ?UJ_ão
MAf'!S(fETO DE LAVOR /"'A SESSÃO DE
um parte, nobre Senador?
maneira que acho isso uma coisa admirável
31-10-89 E OOE,E!YTREG(JÉ À REVI- O SR. MANSOETO DE LAVOR- direi -um indivíduo que conversa, da tribuna, que
SÃO DO ORADOR, SERIA PUBUCADO o aparte a V. E'x', com muita honra. Gostaria troca idéias, eVidentemente, sempre com pre-
POSTERIORMENTE apenas de completar o meu pensamento. juízo para o tirn:dor. A verdade é a seguinte;_
O SR, MANSUETO DE LAVOR (PMDB O Pto\DB é o exemplo de um partido em aprendi, desde que entrei nesta Casa, na mo-
- PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. crise. O processo eleitoral não o fortalece, pelo déstia da minha medianidade diante de tantos
Presidente, Srs. Senadores, minhas palavras, contrário, desagrega-o_ainda mais. Eu poderia verdadeirOs líderes e cãciqlles da -política na-
hoje, nãQ compõem um discurso parlamentar até dizer, com a sinceridade que deve ser pró- cional, a constatar qUe V. EX é um dos homens
na sua lógica, na sua introdução, no seu nú- pria de quem quer merecer o respeito nas mafs brilharites,· mais eruditos e mais lúcidos
cleo central e na sua peroração, conforme se suas palavras, que o meu partido, o PMDB que acorrem a este plenário. De maneira que
costuma entender. está merecendo umas boas palmadas do po- as palavras de V. EX' são sempre uma aula
Venho, aqui, Sr. Presidente e Srs. SemidO- vo. Eu não quero ser um masoquista político, para mim, como, aliás, de todos os Srs. Séna-
res, apenas tecer alguns comentários sobre procuro a vitória do Dr. Ulysses, mas acho - dores aqui presentes, pois realmente me f<]SCi·
o processo eleitoral que presenciamos e do que uma derrota do partido será didática e nam. Eu, realmente, admiro a beleza do verbo
qual nós, como políticos, teinos a obrigação proveftosa. de cada um e, sobretudo, o conteúdo de erudi-
de participar. Esse processo eleitoral se desen· Agora, vem a recente crise do PFL É verda- ção, que vêm como jóias numa a:rca de tesou·
rola sob características diferenciadas, o que de que é uma legenda da qual não participa- ro, fugindo aos meus olhos e me deixando,
não se deve estranhar. Toda eleição t~m suas mos, mas é bom sempre considerar, sem que- realmente, deslumbrado. Uma coisa que eu
pecu1iaridades. Nenhuma é cópia de eleições rer entrar na seara alheia, que este é um mal gostaria de aprender com V. Ex" é a seguinte:
anteriores. Mais típico sefá .ainda o atual pro- comum aos partidos brasileiros. É o assunto num sistema partidário, na legislação eleitoral
cesso de eleições presidenciais, fato_ que não que vou abordar, logo após conceder o aparte aprovada e acolhida, e que está em vigor, pre-
se verifica no País há quase 30 anos. ao:eminente Senador Áureo Mello falando so- domina, na verdade, esse critério partidário.
É muito natural que essa eleição seja atípica bre s~bstitUição, criSt.I~mização de urii candi- Mas repare bem V. E~: esse critério partidário
c cercada de práticas não convencionais. dato de outro partido, mas que podertá ser a mim me parece que implica uma -tremenda
Entretanto, alguns fatos nos trazem muita do nosSo. E sobre o aluguel de legenda, aos injustiça. Por exemplo: num programa de tele-
preocupação. Se eu pudesse destacar o .fun- - olh:Os estupefatos da Nação por alguém que visão, eu vejo os chamados· "nanicos", -que
damento da preocupaç-ão e da perplexidade não se diz polftico, que realmente não tem são aqueles que dizem "meu nome é .....-corri
dos que se debruçam sobre o quadro suces- compromisso com nenhuma legenda. Que aquela velocidade pasmosa, devido a exigüi·
sório, não exitaria em apontar por primeiro não teve pejo de alugar uma legenda anun- dade de tempo, ou, ainda, energúmeryos notó·
a crise e a desmoralização das instituições par- ciando qUe vai transformar o Processo eleitoral rios e reconhecidos, e nomes como Celso
tidárias. e salvar o Brasil. Brandt, por exemplo, qu~ _é um candidato de
Vejamos, Sr. Presidente e Srs. Senadores, _O pior de tudo, Sr. Présidente-e-Srs; SEmadÓ- erUdição extraordinária, que tem uma cultura
o que está ocorrendo: todos sabem que os res, é que componentes ilustres de legendas singular, com uma quantidad~ imensa de li-
partidos políticos são instrumentos indispen- partidárias rodeiam esse noVo "Moisés" da po- vros publicados, livros profundos e eruditos,
sáveis à _consolidação do processo democrá· lítica brasileira, como se realmente ali estivesse e que não pode expandir as suas idéias. No
tico· e que não há grandes partidos políticos o grande salvador quando, no nosso entender, entanto, os chamados grandes Partidos que
sem grandes e respeitadas lideranças. t \ter- vem para agravar a crise, o desgaste dos parti· têm numero.sas representações no Legislativo,
Novembro de 1989 OJAAIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Sabado 11 6839

com uma sedimentação partidária, propria~ com o processo eleitoral americano, onde, na Política diz que uma das condições existen-
mente, eles, por outro lado, têm um tempo realidade, só_aparecem os dois grandes parti- ciais de um partido é que ele sobrevive aos
candidatos, às vezes, não são fascinantes, dos, porque têm recurs_os hõmanos e mate- seus integrantes, viva mais tempo_ do que as
mesmo os candidatos partidários "nobres". riais para divulgar suas candidaturas através pessoas q~ formam; adquira história. O
O justo, no meu entender, seria que as apre-_ dos meios de comunicação, aqui, no Brasil, nosso Partido, de V. Ex" e meu, tem essa histó-
sentações eletrônicas se processassem com9 consideramos da maioi' importãrfcia parã ·o ria ou tem um longo tempo; cumpriu os objeti-
se fossem uma grande corrida em que todos aperfeiçoamento do processo democrático o vos passados, mas não se tomou de objetivos
tivessem oportunidade de sair de Uffi<;'!_ t,J:nico;~. _espaço gratuito nos meios de comunicação novos. Ele também sofreu um processo muito
faixa, de uma simples fita, tendo todos eles social, para a divulgação das propostas parti· desgastante int~mo d~ comando. V. Ex' sabe
o mesmo tempo, cada um podendo expender dárias. que o nosso Partid;l foi, a nível nacional e
as suas idéias. Agora, a triagem, a seleção Entre issO e as distorções que se veriftc;;~m a nível setorial, conduzido por elementos do
de aceitação desses cidadãos_é qué teria que no momento, vai um espaço mUito grande. PSD antigo. O PSD foi Lima escola de líderes
ser rigorosa. Não poderiamos aceitar qualquer Nós temos ~ue evitar os abusos, aperfeiçoan- medíocres, mas que tinham uma habilidade:
wn, mas que todos tivessem seus 10 ou 15 do a legislação. Quando a Justiça manda os deter o poder ainda que a nível partidário. E
minutos para, então, o eleitorado aferir as qua- candidatos que V. EX' citou ocuparem gratuita· essa detenção, cansativa e prolongada, nos
lidades ou os defeitos. E aquele qu~ dentro mente, em cadeia nacional, os horários desti- desgastou. Na Constituinte passada, tivemos
dos 1O minutos, fosse, realmente, um eXpo- nados à própria Justiça Eleitoral, eles o fazem um problema: dar legitimidade constitucional
sitor deficiente, um homem sem programa, dé _acordo com a legislação presente. Se há aos partidos para que os candidatos_ expres-
uma pessoa que não estivess_e __habilitada a distorções ~ e considero que há realmente sassem cqrreD.tes _de opinião. Mas se isso oco r- _
exercer a Otefia do Executivo, s_eriª_eli.mLn_'ªcl._Q_ abuso.s e distorções - , compete a nós parla- resse, seríamos acusados de ter atuado .em
tacitamente, inclusive na base_da própria aferiM mentares corrigi-las, através de noVa regula- causa própria. Três partidos e teríamos três
ção do julgamento do eleitor em si. De maM mentação do direito de acesso gratuito dos candidatos: Ulysses, Aur_eliano Chaves e Brizo-
neira que essaquestão_de forta1ecimento parti- candidatos _aos meios de comunicação social. la. Não sei se isso Seria bem aceito pela Nação.-·
dário, que, se não me engano, nos Estados Eu me- referia--cinle_s, nobre Sériador, como Então, resolvemos abrir para que_ todos exM
Unidos, é realizado através das prévias eleitoM ponto de continuação deste meu pronuncia- preSsassem _as suas tendências e, depois, fe-
rais e mas quaiS vão tombando, assim como mento, à çrise das legendas partidárias, não char, no segundo turno, para que o Presidente
cartas de baralhos, aqueles que, nas eleições contornada, mas agravada nesta campanha tivesse algum respaldo popular majoritário. E
primárias, não são os candidatos ideais, até eleitoréll _com esse atesse ao rádio e à televi- chega, .§gore;, essa_ casq_de Silvio Santos, que
haver um process_o de seleção, muito nordes- são. As legendas não se fortalecem mas se tem que ser examinado. Ele foi ,eandidato e
tina por sinal, em que só os fortes sobrevivem desagregam. Até parece que essa eleição _veio desistiu. Pode ele ser acusaQo? O que ele faz?
e, ao fina1, sobram dois candidatos poderosos, pata destruir os partidos. Não~ a eleiçáo ein Vende esperanças, é um homem que diverte
de partidos grandes etc, mas dois candidatos. si, mas as práticas eas di'CüilStátiCias. um- povo, um -povo ·sofrido. Aqueles momen-
V. Ex!' está lembr~do- desculpeMme alongue- Ora, se as legendas não se ·consolidam nes- tos são narcgtizantes. Quem não_ espera·_ um
za do meu aparte, mas é, realmente, uma coisa te processo eleitoral vamos continuar com prêmio? Ele não é culpado pela infelicidade
tão sedutora e tão importante, que não me uma democracia frágil. Cabe aqui uma refie· do povo; apenas aceita o fato e o explora.
furto a essa tentativa de me esclarecer com xão sobre este_ apregoado fato novo do pro- Não podemos condenar se Sílvio Santos sai
V. Ex!', que é um dos meus gurus aqui, n-esta cesso eleitoral: o surgimento em cena de um por qualquer legenda, porque nós deixamos
Casa - , V. Ex!' está lembrado de que lutei candidato que anuncia não s_er político e nem à leLessa possibilidade, isto é, a de candidato
:- até ridicularizado um pouco e apontado, ter partido. Que procura uma legenda como com 48 horas_ de antecedência do pleito. Tudo
increpado como o indivíduo que estava que- se procura uma cas<l para alugar, ou um avião isso vai servindo de experiência para que ela-
rendo prorrogar mandatos de vereadores-. para fretar. E, o que é maís estranho, _encon- boremos, depois deste pleito, legislação niais
para que essa eleição não fosse solteira; o trou essa legenda. E, mais estranho ainda, en- pertinente com o pleito eleitoral. Era bom que
prolongamento de mais um ano de mandato conttoü não só a legend.a, _mas seguidores o País vivesse este instante de ampla e abso-
dos Srs. vereadores fosse acompanhada pela dessa legenda alUgada e de outras legendas luta liberdade para sentirmos o -que é mais
eleição municipal. Tenho a impressão de que para formar o seu cortejo, alegre, triunfal, arra- positivo ou mãis negativo e disCiplinarmos os
isso daria tempo de legislarmos sobre o comM sado_r. Incrível, Senhores!_Não posso entender P.artidos, de sorte a que eles possam existir.
plementar e o suplementar da Constituição e goStaria de discutir com os eminentes Sena- i:. verdade que, sociologicamente falando, um
e, ao mesmo tempo, daria oportunidade a que dores se isso Vai contribuir, prim-eíro, para o partido não existe porque eu o fundei, porque
essa eleição não-fosse tão ·caracteristicamente fortalecimentO dos partidos brasileiros; segun- eu ftz uma ata. Quando existem os partidCis?
solteira com esses candidatos como juazeiros, do, para a consolidação do processo demo· Quando_bouve um grande movimento revolu-
como·baobabs perdidos na savana, cada um crático; terceiro, para a recuperação da ndssa cionário para que novas idéias fossem aplica-
partindo, com notoriedade própria e com ca· imagem com-o políticos. Ou vamos ter vergo- das num determinado tempo ou num determi-
racterísticas pessoais, mas enfraquecendo os nha de ser políticos? Ou vamos ter vergonha nado local; quando existem determinadas per-
partidos. Estas__ s-ão considerações que se igua- de séiir na rua_ e dlz:ef: "Sou Senador: da Repú- sonalidades capazes de encarnar esses_ instan-
lam às que se faz quando se lê um bom livro blica"? Ou vatnos tinir este distintivo e escon- tes; ou quando alguém é capaz de encarnar
e se escreve, à m,argem, um pequeno comen- der no bolso? ansiedades nacionais, ainda que em foiTna de
tário à tinta. São considerações fraqulssimas sonhos, como faz Silvio Santos, se vier real-
O Sr. Chagas Rodrigues- PeiTnite-me
que faço em tomo deste sUbstantivo "Os Ser- mente a ser candidato. Qu~ é culpado por
V. Ex~' um aparte, nobre Senador?
tões", que V. Ex" sempre produz no momento este_ instante? É o movimento de 64. O que
em que assoma à tribuna. Muito obrigado e O SR. MANSUETO DE LAVOR-Antes ele: ft;g? Destruiu partidos e lideranças. Chegou
gostaria sempre de ouvir as aulas e a opinião de _ç.Qn_ceder, com muita honra, o aparte a ao ponto de eliminar os diretórios das faculda-
valiosíssima de V. Ex" V. Ex', o-Senador Leite Chaves já me acenava des, que eram os ninhos de formação política,
e eu concedo o aparte a S. E)(\' neste momento. a União Nacional dos Estudantes, as Uniões
O SR. MANSUETO DE LAVOR -Agra· Estaduais. Eu mesrrio. se nun~a tivesse sido
deço a V. Ex- o aparte, que muito ilustra e O Sr. Leite Chaves -Senador Manswito da UNE, jamãts estaria aqui. E ficam líderes
enriq~ce este meu pronunciamento; V. Ex" de LavOr, muito obrigado av. Ex' Quando alienados. Veja V. Ex• ess_e pastor que aQ-ora
tocou em um pontç> fundamental: o acesso V. Ex' fal~ de partido, ou faz observação sobre está vendendo a legenda. De acordo com o
gratwlo ao rádio e â televisão por parte dos qualquer partidO, não ofende ninguém, por- jornal que tive oportunidade de ler hoje, ele
partidos e.dos candidatos. Isso é _democrátlc_ç, que hoje _os partidos são Uma espécie de res tem 47 fazendas; é um arquibiliardárto. Aliás.
é importante. Aliás, V. Ex" fez umf! comparação nuQíus - coisas de_ ninguém. A So<:iologla é uma coisa- ·interessante. Os televisivos, os
6840 Sabado 11 DiÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

pastores, nos Estados Unidos, são desmora· aceitamos esse desafio e continuamos a luta. ou para ganhar, defendem o programa do seu
lizados, em razão de escânda1os sexuais. Os Finalmente, por que, ainda hoje, um cidadão partido. Quantos politicas neste País- Verea-
pastores, no Brasil, com muitas exceções, são pode aparecer à última hora, seja ele quem dores, Prefeitos, Deputados Estaduais, Fede-
milionários do culto, como este. for, principalmente um que nunca foi político, rais, Sénadores da República - têm usado
para ser candidato à Presidência da Repúbli- os partidos quando lhes convém e mudam
O SR. MANSCIETO DE LAVOR -Agra· ca? Porque, lamentavelmente, o Senhor ,Presi- de partido com a m~sma facilidade que mu~
deço a V. Ex" dente da República colocou-se contra o parla· dam de camisa? Fica extremamente dificil
O Sr. Presidente já me adveite. Queria ter mentarismo, quando, em todas as nações de- ConSolidar os partidos desta forma. Esta é a
a honra de conceder dois apartes aos Compa- mocráticas da Europa, da Ásia, da África e razão, meu ilustre Senador, por que eu estou
nheiros que já os pediram anteriormente. Mas na Austrália, o parlamentarismo é um sistema nesta Casa sem pcu:tido. Nasci politicamente
quero destacar a contribuição do Senador Lei· consagrado. A exceção é dos Estados Unidos no antigo MDB fiquei no PMDB, fui eleito pelo
te Chaves sobre essa análise da situação. da América. Sua Excelênda se colocou contra PMDB e, no momento em que me insurgi
Realmente, há causas mais remotas, causas o parlamentarismo; Sua Excelência, antes. já contra coisas que aconteciam, eu me desvin-
mais próximas dessa situação. Não quero en- se havia colocado contra as eleições diretas culei do Partido e não me filiei a nenhum outro,
trar em profundtdade no mérito da candida- e, recentemente, vetou o projeto de lei que porque entendo que não podemos ficar pulan-
tura do Sr. Sílvio saritOs. Nãõ quero jl.dgai-- exigia prazo de frliação partidária para os que do de galho em galho, usando os partidos
a sua pessoa. Nem os seus empreendimentos. se candidatassem à Presidência da República. sem que tenham filosofia partidária e o seu
Sei que é acostumado a vender ilusões e viu Lamentavelmente, o Presidente José Samey cumprimento, que ê o--ãpais importante. Por
no processo eleitora1 mais uma oportunidade tem desseiVido à causa da democracia neste isso, me congratulo com V. Ex~ pelo seu pra.
de divertir o povo brasileiro, de dar-lhe ilusões, País. Só os seus amigos, principalmente aque- nunciamento, quando é preciso que se colo-
de abrir as portas da esperança. Seria ihgênuo les que recebem benefícios, é que não -re-ço- que a questão claramente na Câmara Alta do_
pensar que Sílvio Santos é candidato somente nhe<:em isso. V. EX' tem a nossa solidariedade, Pais. Não temos nada a criticar no Sr. Silvio
por isso. Coloquemos de lado suas reais inten- e é com homen·s como V. Ex~ que haveremos SailfOs;- ·ele está cu!nprindo a regra. Se ela
ções e perguntemos a nós que somos legisla- de implantar neste Pais uma verdadeira ordem é ética ou aética, não é a nós que compete
dores: se a lei permite tal candidatura, o que jurídico-constitucional democrática, parla- julgá-lo. /1\5 regras estão ai. O Parlamento bra-
estamos fazendo? Seria passivei e lícito realizar mentarista, com Partidos fortes, porque os ho- <::ileiro tem de pensar seriamente. Houve, sim,
essas manobras num processo eleitoral sério? mens livres não aceitam· ditaduras, nem dita· castração de Uderarlças; houve, sim 1 a modifi-
Concedo o aparte ao nobre Senador Cha· dores, nem golpes, nem essas manobras imo- cação do cenário político brasileiro, isso é 'pró-
gas Rodrigues e, em seguida, ao nobre Sena· rais a que V. Ex" se refere. prio da redemocratização do País. Que sirva
dor Gomes Carvalho.- de lição, uma cara lição para os brasileiros;
OSR.MANSCIETODELAVOR-Mufto predsamos encarar, definitivamente, os pro-
0 Sr. Chagas Rodrigues- Nobre Sena- obrigado, Senador Chagas Rodrigues. As suZ!s blemas com seriedade.
dor Mansueto de Lavor, a preocupação de V. palavras, e mais do que as suas palavras, a
sua vida pública demonstra que não vou preci- OSR. MANSCIETO DE LAVQR -Muito
~ -é legítima. O País vive uma terrível crise,
sa~ _de adjetivos para agradecer e avaliar o
obrigado, nobre Senãdor. O testemunho que
talvez a pior crise da sua história, e, até certo V. Ex-'_ dá é muito importante, porque estásein
ponto, é natural que haja também crise nos - aparte de V. Ex• ~
partidO por respeitO à-ínstituição Partidária, pa~ --
partidos políticos. Mas veja V. Ex', nós estamos Tem o aparte o nobre Senador Gomes Cai- ra não ficafmudando de partido como se mu-
valho~-_
saindo do mais longo período ditatorial da His- da de Camisa. Seu 'testemunho é importante.
tória do Brasil. Isso tem repercussão, não po- O Sr. Gomes Carvalho- Senador Man- Sr. Presidente pediria ainda um pouco da
deria deixar de ter conseqüências. Os homens sueto de Lavor, ouvi atentamente não só o paciência e ben~volência da Mesa no sentido
de 1964 dissolveram os partidos políticos, seu pronunciãmento -cOino todos os apartes. de conceder a aparte a dois emirientes cole-
apesar de dizerem que faziam uma revolução O Brasil, sem dúvida alguma, te!Jl sido, nestes gas, oS nobres Senª<:lores_José FOgaç:a_e_Má_:
para defender a democracia. Já havia uma últimos anos, o País da CQJ]tradiç:ão. O ex-Mi- rio Maia, e terminarei logo após.
UDN, um PSD com identidade, com caracte- nistro e ex-Deputado Federal Paulo Lustosa Concedo o aparte ao nobre Senador José
rísticas, com perfil partidário. Foram dissol- dizia, com muita propriedade, que "o Brasil Fogaça.
vidos. Eu fui, então, um dos fundado'"es do é o país que tem leis que pegaram e leis que
MDB com Mário Covas e Coin outros. Não não pegaram." Não quero entrar no mérito, O Sr. José Fogaça - Nobre Senador
satisfeitos, tempos depois, aii'ú:la- dissolveram mas não posso entender que-a Jvstiça Elei- Mansueto de Lavor, a intervenção e o aparte
esseS novos partidos, e ai surgiu o PMDB. En- toral cumpra aquilo que foi colocado em lei que faço ao pronunciamento de V. Ex' é·ape-
tão, com raras exceç:ões, aqueles homens não pelo Parlamento brasileiro e defina o tempo nas com o objetivo de_ questionar, não do pon~
tinham compromisso nenhum com a demo- dos candidatos. No entanto, um comunicador to de vista legal, porque, do ponto de vista
cracia nem com os Partidos políticos, e a tra- de -masSas, que agora pretende disputar a Pre- da lei, o Sr. Sílvio Santos -tem toda coóertura.
gédia dos nossos-ôias é esta. Nós, os que sidência da República e está dentro das regras
lutamos desde a primeira hora contra a ditadu- de Justiça Eleitoral pode usar o seu sistema O SR. MANSOETO DE LAVOR - O
ra e em defesa da democracia, continuamos de comunicação e falai" à Nação durante inais que é estranho.
lutando, mas, lamentavelmente, temos, ainda, de uma hora sobre a sua candidatura...
no processo, aqueles homens que destruíram O Sr. José Fogaça- O Código Eleitoral
duas vezes os partidos poHticos, rasgaram OSR. MANSUETO DE LAVOR-E não nada prevê em relação às candidaturas à Presi-
duas Constituições e apoiaram a ditadura, en- ·ser punido. dência da República. A flliação pode-se dar
quanto a ditadura teve forças, e ê difícil, nobre até três dias antes da eleição. Para cumprir
O Sr. Gomes Carvalho - Por isso, eu o prazo exigido pela Justiça Eleitoral, qualquer
Senador, reconstruir uma ofderri jurídico- gostaria de entender. Ouvi também atenta-
constitucional com ·os que apunhalaram a de- mente os aparte~. O Pafs que não tem partidos cidadão pode flliar-se e considerar-s·e ftliado
mocracia. É dificil consolidar partidos políticos a um Partido polítiCo, três dias antes da eleição.
estruturados. com programas, partidos fortes,
com os que destruíram a ordem político-par- por certo lhe é muito difícil consolidar a denio- São três dias.
tidária. Nós, que acreditamos na democracia cracia. I! através dos partidos políticos que OSR.MANSOETODELAVOR-Sena-
e V. Ex' é também um democrata, haveremos se faZ essa consolidação. Quero fazer uma dor José Fogaça, eu tinha dito antes que, real-
de superar tudo Isto e de implantar, no Brasil, "Crítica, agora, aos maus políticos que têm fm- mente, estávamos desacostumados com elei-
um verdadeiro sistema constitucional, com pe:dido o fortalecimento dos partidos, porque ção para Preslçlente da República. Talvez seja
partidos políticos fortes, porque, disse V. Ex.f se fortaJecem os partidos na medida em que_ essa falta de treino. Eu tinha prevenido. Queria
muito bem, sem partidos políti_cos fortes não os põlíticos, dentro do seu partido, para perder continuar concedendo aparte a V. Ex" I:: bas-
Novembro de I 989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Sabado li 6841

tante estranho que a lei permita fato corno Que- npo de Presidente teríamos, se, por ~OSR:MANSOETOOEI.AVOR-Falta­
esse. Não tenha dúvida. V. Ex" continua com uma hecatombe, ou por um desastre nacional, ria, então, um candidato da Rede Bandeiran-
o aparte. viesse a ser eleito o Sr. Sílvio Santos?_ tes, _da Record, o que é uma pena.
Ademais, quero crer que fica patenteada,
definitivamente, a desmoralização do regime O Sr. Mário Maia - São as. gigantes da
O Sr. José Fogaça- Sem dúvida, a legis~
lação estabelece seis meses como exigência presidencialista, porque ele contém, no seU comunicação.
rrúnima de filiação a um partido político para próprio bojo, na sua própria natureza, um vfcio O SR. MANSOETO DE LAVOR- Agra-
conêorrer a-qualquer outro cargo, começarido e um mal que o autodestrói. É um regime deço o aparte. Veja V. Ex~ a distorção que
pelo Governador, SenadOr~ Prefeito, Deputado que depende deste jogo de__aparências, da maK configura essa candidatUra: no dia 15 o eleitor
Federal, Deputado Estadual, Vereador. Aos nipulaç:ão da opinião pública, desse teatro, vai- votar. Se escolher Corrêa, não vota em
candidatos a cargos eletivos no PaíS sãci -eXígl~ desse jogo cênico no qual o Sr. Sí1vio Santos Cofrêa, vota eni SílviO SantCIS; se· votar em
dos um prazo de filiação partidária de seis ê um mestre. Prescinde, totalmente, de com· Sílvio Santos, não vota em Silvio santos,-Vcita
meses. Comó a eleição presidencial não era -premissas programáticos, de tradição-polftica, em Sefior Abravanel; se votar em Seiior Abra-
direta, não era pela via do voto popular, mas de respeitabilidade pública; basta apenas ser vanel, não vota nele, vota no SBT. Então, real-
sim por um ato congressual, esta exigência um bom atar, ser ·ama figura que dramatize mente é urna seqüência de distorções, e por
de filiação não existia. Bastou um veto presi- com competênCia uma imagem, e nisso o trás disso há o desvio da escolha livre e demo-
dencial ao texto aprovado nesta Casa, também Sr. Sílvio Santos temMse havido razoavelmente. crática. Basta somente este exemplo. Sr. Presi-
exigin.do um prazo de três meses, para cãir Portanto, o que estamos -comprovando é a dente, Srs. Senadores, já que as coisas não
essa exigência. A nossa iniciativa, a nossa in-- cabal, irretorquível e definitiva desmoralização estão claras, não somos proibidos de tentar
tenção inicial foi a de estabelecer um prazo âesse s1Stem;~fihViáiiel pàra o Brasil, um siste· fazer interpretações. Ao que parece, o mesmo
mínimo. O veto presidencial e, depois, o de- ma que, segiJrãmente,levará o País novamen- poder que ensejou, através de um veto, todo
sencontro dos partidos, a desconexão de inte- te ao caos, do qual, hoje::o sinal mais evidente, esse processo distorcído de uma candidatura
resses que se instalou aqui dentro, em função mais visíveL mais transparente é o Sr. SíJvio às vésperas do dia da eleição, teria formado
do imediatismo das e1eições, em função des~a Santos, um Cai:iS-que)s--esta embutido no dis- essa candidatura. Se é_ uma candidatura para
hostilidade desenfreada que hoje vigora no curso dos candidatos_ que estão" prometendo se contrapor ao Sr. Roberto Marinho, não sei.
País em busca da supremacia eleitoral, não salvação nacional, dobrar, triplicar, decuplicar Parece que é um jogo de poder: poder econô-
foi possível mais estabelecer o rriínimo de-bom o salário mínimo, dizendO que VãO conduzir mico e poder de comunicação, que dá no
senso e de acordo em torno de uma questão os trabalhaâores;-osaSSálariados ao paraíso, mesmo. Há um fato que precisamos avalicir
como esta. O resultado foi que o veto acabou sem necessidade de luta e de organização, e saber das suas origens. Será que a candi-
não sendo rejeitado. Agora, isto não_ impede ou-SeJa, O-presfdencialismo tem, na sua própria datura Sílvio Santos foi realmente costurada
que a candidatura Sílvio Santos Já tenha nasM gênese, o mal que o destrói. É um regime dentro do Palácio c:to Planalto? É importante
c!do viciada no seu conteúdo ético; notoria- inviável. O Sr. Sílvio_Santos é apenas o atesM que a opinião pública brasileira saiba disso.
mente ela está viciada no seu conteúdo ético, tado último e mais eloqUente dessa verdade. É urgente _investigar a paternidade desse
pela simples razão de que esse cidadão, desde MUito obrigado a V. EX- pelo longo aparte que monstrengo político. Precisamos, enfim, con-
muito tempo, tem a pretensão de candida- me- concedeu. Reconheço que é longo, mas fiar no discernimento do povo brasileiro. Cos-
tar-se. Os seus âulicos, os urdidores dessa a própria natureza do pronunciamento de V. tumo dizer qtJ,e_ a_ vontade do povo ~ quase
trama, desde muito tempo, vêm preparando Ex" me autorizava né-St:i direção. divina. Suas dedsões, por maiS -difíceis, con-
e armando esse bote, essa manobra. Tanto traditórias e imperfeitas que sejam, serão sem-
é verdade que há seis meses o Sr. S'tlvio Santos O SR. MANSOETO OE LAVOR- Lon- pre mats sábias e corretas que os edito~_pro­
não assina sequer um cheque na sua empresa, go e pertinente, mats pertinente do qUe longo, mulgados pelo arbítrio.
não desempenha qualquer cargo executivo, nobre Senador. Isso é importante. Agradeço Apesar deSses tUmultos e dessas distorções,
aV.~ - -
ou seja, ele está desincompatibilizado _do pon- não teríamos outras alternativas. Como já fri-
to de vista legal. Ele não é éitingido pela Lei O Sr. Mário Maia - PermiteMme V. EX saram diversos Srs. Senadores, quaisquer ou-
das Inelegiblidades. Ora, isto não foi feito ago- um aparte? tros p"iõcessos de escolha de presidentes no
ra, de útima hora, isto não surgiu _como uma País ultimamente- o dos quartéis e dos con-
solução emergenc:ial, um nome buscado na O SR. MANSUETO OE LAVOR- Com ciliábulos- resultaram em tragédias, em atra-
última hora para uma solução de crise m:~cio­ prazer, ou V. Ex" so, _em retrocesso, em miséria para o povo
nal. ,Não! Isto é uma trama, é uma tramóia brasileiro. -
O Sr. Máfto Mala- Nobre Senador Man- Apesar dos pesares, este é o nosso processo
longa e adrede urdida para resultar e desem- -sueto de Lavor, com a tolerância da Mesa,
bocar nisto que está aí hoje: uma candidatura de redemocratização. Pertubá-lo e chafurdá-lo
naturalmente, que já adverte com a luz verme-
que surge quinze dias antes da eleição e que, com manobras semelhante aos que editavam
lha, prometo ser breve. Têm ·razão os Srs. Se- os ataS institucionais. - -
evidentemente, não será submetida ao exame
nadores Leite Chaves e Chagas Rodrigues Creio eu que o povo rrão se deixará enganar
crítico da sociedade nem ao confronto de quando dizem que o grande mal está no golpe
idéias com os outros candid.:i.tos. Aí é que está por essas tramas planejada na penumbra dos
de 1964, quando dissolveu os partidos políti- casuísmos e do apego ao poder.
o seu conteúdo aético e antiétlco; o fato de cos. Nós ainda estamos procurando formar
ter fugido ao debate, ao confronto de idéias, Queremos que- assuma a Presidênc:Ja do
partidos políticos para consolidar as divergên- País alguém que realmente creia na demo--
à discussão democrática.
cias ideológicas. A ser verdadeira, nobre Sena- cracia, queira o fortalecimento dos partidos,
dor Mansueto de Lavor, a candidatura de Sí1vio tenha vivência partidária, respeite as institui-
O Sr. Chagas Rodrigues- Ela é antide- Santos, o pleito eleitoral em curso está trans-
mocrática. ções políticas e respeite o povo. Este seria
formado na disputa ·entre dois magnatas da o perftl do futuro presidente da República. E
midia vídeo~eJetrônica nacional, o que é pro- eu não tenho dúvida, Sr. Presidente, Srs. Seria-
O Sr. José Fogaça- Ela é aética, antié· fundamente lamentável para todos os brasi-
tica, e - como aqui me socorre o -senador dores, de que o povo brasileiro elegerá um
leiros: a_ disputa entre 1V Globo e o Sistema
Chagas Rodrigues -também, e por isso mes- presidente com este perfil: de democrata, de
Brasileiro de Televisão, ou mais especifica- experiência partidária, de convivência Com os
mo, antidemocrática. O que· se pode esperar mente, dando nome aos bois, a disputa entre
políticos, de exercício de mandato. Isto é im-
de um Presidente da República que age desta o Sr. Roberto Marinho e o Sr: Süvio Santos. portante, Sr. Presidente.
maneira, através de expedientes pequenos, Lamentavelmente é a conclusão trágica a que
através de subterfúgios, de jogadas e de mani- chegamos neste momento histórico que atra- O Sr. Mário Maia- Com experiência ad-
pulações como esta? vessamos. ministrativa.
6842 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção ll) Novembro de 1989

O SR. MANSOETO DE LAVOR -Expe· OS confinantes são as pessoas mais interes- O parque é intangível, firmemente ·prote-
riência adminiStratiVa; respeito- intEmladonal. sadas na manutenção, na inteireza, na intangi- gido, a despeito das estradas que o cortam.
porte de estadista, o que é fundamental para bilidade do Parque. Entretanto~ um movimen- E em que consiste 'essa proteçáo? Em cerca,
um País das dimensões do nosso. to de menor signfficaçáo e sem estudo mais de ambos os lados. Na parte de cima, malha
Não se pode improvisar Presidente, não se detaJhado levou o promotor federal a requerer larga; na p~e de baixo, malha estreita. Há
pode fabricar de última hora Presidente da o fechamento da estrada, porque se anunciou um .fio d_e baixa voltagem de eletricidade para
República. Todos deyemos contribuir para eVi· que ela haveria de ser asfaltada. Então, esse _afugentar os animais maiores; pcissagens de
tar essas aventuras de última hora, até porque bloqueio, Sr. Presidente e Srs. Senadores, rúvel, ou seja, váriOs passadouros de diâmetros
cada um de nós tem posições partidárias, e criou uma dificuldade à economia da região diâmetros diversificados atravessam a estrada;
é fundamental respeitá-las. Eu mesmo· estou e à vida de seus habitantes. isso para que os animais transitem e n?Jo se-
com o candidato do meu Partido, Ulysses Gui- jam atropelados. E uma vez que felinos c9mo
marães.. Enquanto estiver no PMDB, o meu Esse processo já está com oito volumes; a onça passam sempre no mesmo locaJ,_os
candidato é Ulysses Guimarães. E fui à Con- o promotor pediu fechamento, o juiz deu a animais menores têm outras alternativas de
venção, não votei em Ulysses Guimarães,. mas liminar, o Estado entrou como réu, como con- trânsito. Ambas as entradas são guarnecidas
devo respeitar o resultado da Convenção parti- testante e treze perfelturas como assistentes. de guaritas, enquanto gua~das, em lJlOtOci·
dária, para o fortalecimento do Partido. Agora, A decisão do juiz foi no sentido do fechamento. cletas, fazem a vigilância- da estrada.
não sendo o Dr. Ulysses, como espero, vitorio- Mas o Tribunal, que hoje tem jurisdição no Isso foi o que me informou a UQiversidade
so no primeiro turno, no segundo turno, va- setor, criado que foi pela nova Constituição, de_ Purdue, uma das mais importantes dos
mos com aquele candidato que represente o Tribunal Regional Federal, no Rio Grande Estados Unidos da América e também ~ustres
o perfil de alguém que possa realmente assu- do Sul, cassou a sentença e mandou que a ecólogos brasileiros.
mir a Presidência da República, que é um car- perícia s_e _realizasse. A perícia já era para ter Ora, Sr. Presidente,- ninguém ~de atentar
go que merece respeito, é um cargo que mere-; sido realizada, mas houve um incidente pro' contra a ecologia. Essa estrada, que sempre
ce estatura, é um cargo que merece prepara- cessual, porque o Estado demorou a depositar existiu, pode perfeitamente coexístir com o
ção, é um cargo que merece experiência e os honorário do perito e o promotor invocou Parque, -sem prejuízo algum parã este, desde
convivência: interna e externa. que houve preclusão do prazo e insiste na que _observadas as cautelas vigorantes em ou-
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, agra- decisão, independentemente dos laudos. Um tros pafses.
decendo a V. Ex' e aos Srs. Senadores a tole- laudo deverá ser feito por engenheiro florestal Pessoas, as mats descredencíadas, têm le-
rância. (Muito bem! Palmas.) e o outro por ecólogo, além de quatro assis- vantado problemas ecológicos, inteiramente
-tentes._ inexistentes, para atender a ptopósitos promo-
DISCURSO PRON(f!'fCJADQ PELO SR.
LEITE CHAVES NA SESSÃO DE ··&$e caso vem, há muito tempo, ·preocu- cionais, interesses menores.
1•·11·89 E QUE. EfiTREOUEA REVI· pando o Paraná. Já houve até rnovimerito Eu telefonei para Um dos renomados ecólo-
&10 DO ORADOR. SERIA PUBliCADO -de clssiparidade, de cfivisão do Estado, pela gos, do JNPA, que hoje está na Aletnanha,
POSTERIOMENTE. inquietação daquelas populações. para pedir-lhe uma vJ.sita ao Parque.
Sr. Presidente, a ecologia é uma das ques- Estou preocupado com esse assunto, inclu-
O SR. LEITE CHAVES (PMDB -PR. Pro· tões mais importantes deste PaJs, e também sive com a deCisão judicial, porque, seja con·
nuncia_o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, mais atual. trária ou favorável à sua abertura, se não hou-
Srs. Senadores; todos, nesta Casa, conhecem ver -uma grande diScussão acerca do tema,
as Cataratas do lguac;u. Alguns (:Onhecem o Lembro-me de que, aqui no Senado, iniciei o que vai ocorrer? Ocorrerá, seguram·ente, in-
Parque do lguaçu e muito poucos conhecem o debate, a nível nacional, quando, em aparte surgênda das populações, sobretudo daque-
a Estrada do Colono, que é uma passagem a um discurso do Senador Evandro Carreira,
las que moram nas imediações do Parque,
que, desde 1925, corta o Parque, na sua parte denunciei que uma área de 100.000 km2 esta- que podem ·até prejudicá-lo para manter a pas-
mats estreita, ligando o Município de Çapa- va sendo de-struída no Amazonas, que o fogo
sagem, que consideram um direitO adquirido,
nema ao de Medianeir~ e, por via de con~e­ fora constatado por um satélite, naqUela épo-
uma servidão efetiva.
qüência, o sudoeste ao oeste do Paraná. ca. E-eu, então, lera essa reportagem nã nme,
Desde o fechamento dessa estrada, por de.,. parece-me que em 1976, faZendo a denúncia O Sr. Gomes Catvalho - PE!imite:me
terminação judicial, que aquelas regiões estão em plenário~ V. Ex' um aparte?
em grande desassossego. Municípios que se O segundo grande instante para a ecologia
brasileira foi quando crianças de Potto Alegre O SR. LEITE Cf!AVES- Ouço, com pra-
avisínham por apenas 18 quilómetros, em ra- zer, o Senador do meu Estado, Gomes Car~
zão da estrada, ficam distantes em quase 250 subiram numa árvore para que ela não fosse
abatida pela Prefeitura, ainda que sob a alega- valho.
quilômetros para que_ o mesmo percurso seja
coberto. Todo o sudoeste _tem que fazer um ção de_ estar ela ameaçando a vida dos cir., O Sr. Gomes Carvalho- Senador Leite
percurso enorme para chegar à Foz do Jguaçu cunstantes. Chaves, V. EX- trai aá Plenário desta Casa um
ou a quaJquer r:nunicípio do oeste. logo, a ecologia é tema assente no Pafs. assunto de grande importâQçia para_ o _nosso
Sr. Presidente, ·aetúlfo Vargas criou o Par- E chegou relativamente tarde esse despertar Estado. V. ~ definiu muito bem: devemos
que do fguac;u, em 1945; tomou conhecimen- porque, em outros países, é um assunto de lembrar que o oeste do Paraná, hoje, contribui
to daquela reserva através de notas de Santos longa reflexão e interesse permanente. c:om 1/3 da produção agrícola do nosso Esta-
Dmnonl Então, Sr. Presidente, compareci a uma 5E'U- do, Estado que contribui com 27% dos produ-
Santos Dumont, vindo da Argentina, conhe- nião com diversos Prefeitos da região, que Ms agrícolas brasileiros. É impossível que, sob
ceu as Cataratas de Sete Quedas; ficou tão pediram a minha interferência tio caso. Mas o ponto de vista da ecolàgia, com soluções
maravilhado que, lor~gamente,lutou para que o que fiZ eu? Primeiramente, vi o processo, já preconizadas no Estado, aduzldas a:o que
as· Cataratas se tornassem um bem- nacional. -pedi vista dele, trouxe-o a Brasilia, fiZ um longo V. Ex' acaba de colocar, não se decida favora-
Em 1945, Gefúlio Vargas tornou-o Parque -estudo, uma sinopse, _uma espécie de relatO- velmente. Temos alguns _exemplos de exces-
florestal com definições de limites. Mas essa rio_. D~pC?iS, tive a oportunidade de telefon?U" sos dos ecólogos. No nosso EstacfO mesmo,
Estrada do ColOno preexistia ao parque, quer para ·os Estados Unidos da América, para a temos Guaraquec;aba, no litoral, que, talvez,
dizer preexistia ao- decreto de seu reconhe- Universidade' de Purdue, a fim de saber como seja o único·rincão, naquele Estado, que ainda
cimento legal, e preexistia, também, aos muni- é que lá se procede nesses casos, qual a expe- não se pôde asfaltar, embora de- pequeno e
cípios que alt foram criados, porque essa estra- riência mais antiga-. Foi-me_ sugerido que o curto percurso, exatamente por causa de um
da fora aberta em 1925; era uma picada fe-ita porcedimento a ser observado é aquele ado- problema ecológico. Acho que devemos pre-
pela Coluna Prestes. Então, toda aquela região tado pelo Parque de Suazilândia, que fica ao servar a ecologia, porque é da maior impor-
sempre se comunicou através dessa estrada. rlorte_da África do Sul. tância, é fundamental, mas é preciso que se
Novembro de I 989 . DIARIO DO CONGRESSO NAQONAL (Seção II) Sabado II 6843

discutam amplamente as questões. A questão A eCologia é ponto alto nesta Casà, ninguém diante de muitos Companheiros, avisou que
que V. Ex" acaba de tratar tem a minha sollda- defende melhor a ecologia do que o Senado a sua candidatura tinha três vertentes - e
riedade, o meu apoio. Esteja certo V. Ex" de Federal. Mas é preciso ver o que é rea1mente a expressão- e_ os gestos são dele: primeira,
que conheço bem os problemas do sudoeste, ecologia e o que é apenas exagero de compor- unir Minas Gerais; segunda, servir ao Partido,
do Estado, até porque tenho algumas empre- tamento pessoal. Outra coisa: temos que dife- servir de meio· e não de fim ao Partido da
sas naquela região, temos que dar uma volta renciar entre reserva ecológica e parque flores- Frente Liberal; terceira, granjear apoio e sim-
de cerca de 400 quilômi!tros, para atingir de-- tal. Por exemplo, aqui, as "Àguas Emenda- patia na opinião pública.
tennin?J:do local, por causa de um trecho de _das", que V. ~conhecem, são uma reserva Acrescentou também, por diversas vezes,
20 a 30 quilômetros interrornpid~. Por isso, __e:coi6gi<:a. A presença do homem incomoda que se por acaso esses três _elementos ou es-
parabenizo V. Ex" • e prejudlca, porque, ali, se visa preservar espé- sas- três vertentes- para USar suas expresSões
cies em extinção, sejam espécies vegetais, se- _- não fossem verdadeiras, não exístíssein,
O SR. LEITE CHAVES- Nobre Senador jaln animãis-. Ali, procuramos salvar o lobo- ou não subsistissem, ele reuniria os mesmos
Gomes Carvalho, agradeço a V. Ex' -o -aparte, guará do cerrado, o tatu-canastra e determi- companheiros para promover uma avaliação,
porque tem real conhecimento do ass1,1nto. nados tipos de bromeliáceas, determinadas ou uma reavalia_ção~ e. se necessário, devolver
Não se pode afugentar, assim, populações, plantas que estão em extinção no País. O lgua- a candidatura ao Partido e buscar outras alter-
quer dizer, compeli-las a uma volta enorme, çu, é um parque florestal. A estrada, de forma nativas, pois que o Partido ele não prejudicaria.
quando já tinham, antes mesmo da lei, o direi- alguma, prejudica, sobretudo se forem toma- Pois bem, na terça-feira, dia 17 do mês de
to de passagem. das _essas cautelas que outros pa-ises têm a do- outubro, às 22 horas, na residência do Ministro
Entendo, também, que Ecologia é ciência. tado. do Interior, João Alves Filho, eilcontramo-nos
A ciência, qualquer que ela seja, tem que ter Falo deste_ assunto pela primeira vez, aqui, o candidato Aureliano Chaves, este orador, o
regras que estabeleçam posições de _conyi- sabendo que o Senado é acessível ao proble- Senador Marcondes Gadelha, o Senador Edi-
vências com o progresso. Qualquer ciência ma que, brevemente, haverá de ultrapassar son Lobã,a e o Deputado federãl, pelo Estado
que afaste, absolutamente, o homem, não é os limites do Estado. O Banco_ Mundial já se da Bahia, Francísco Benjamim.
propriamente ciência. _ está manifestando acerca do assunto, sem A reunião visava exatamente promover urna
Por isso, telefonei para a Universidade de que _conheça particularidades; por isso, procu- reavaliação de sua candidatura, que ele, es-
Purdue e de outros países que têm longa expe- ro trazê-lo, antecipadamente, ao conhecimen- pontaneamente, afirmou não ia bem. As pes-
riência no setor. Há anos, também desta Casa, to desta_ Casa. quisas assim demonstravam e a própria estru-
vali-me de outro telefonema para a Univer- Como se trata de matéria que ,envolve inte- _!ura de campanha também.
sidade de Paris; telefonei diretamente do meu resses dos municípios, do Estado, do País e
Gabinete, quando estavam matando porcos da ecologia, sobretudo, também, porque nin- Afirmou que estava disposto, se necessário,
no Pãís. Diziam que a peste suína, então ocor- guém defende a ecologia com mais empenho a apoiar os Srs. Jânio Quadros ou Antônio
rente, era a "africana" e estava comprome- do que eu, haverei de requerer assistêndajudi- Ermirio de Moraes.
tendo o rebanho, sendo preciso abatê-los a cial no processo, na qualidade de litisconsorte. Concluiu que o Sr. Jânio Quadros, a _seu
qualquer custo, para que os porcos não se Participare~ coma senador e advogado, para
ver, enfrentava problemas de saúde e que o
tomassem fonte de contágio. _ que a decisão se fa:ça preceder de amplo deba- Sr. Antônio Ermírio, a quem ele consultara'-"
Haviam matado mil porcos naquela manhã, te, pela 'Voz do Br_asil" e pelos jornais. Faço - verdade seja dita, sem ouvir o_ partido ou
no Espírito Santo, e à -tarde iriam -matai" .3 um·apelo a todos os ecólogos para qüe partici- sequer sua família- não aceitara. Teceu con~
mil em Ourinhos, no- Estado de São Paulo pem da discussão e a Estrada do Colono pos- siderações sobre a candidatura do Sr. th.iilher-
-só não o fiZeram por falta de balas. Quando sa ser reaberta, a primeira via efetivamente me Afif Domingos, e mais: disse que estava
ouví aquela notícia, telefonei para a Univer- ecológic-a do Pais, em que convivam em har- disposto, como alternativa, a apoiar o Senador
sidade de Paris, o Instituto que realiza estudos monia o direito das populações confinantes, Mário Covas, mas para isso entendia que deve-
sobre peste que tivera experiência com casos ecologia e o progresso· do sudoeste e oeste rfam igualmente re~undar os Srs. Ulysses Gui-
de Portugal e da França. Disseram-me que do Paraná. -ma-rães· e o Candidato Affonso Camargo. Eu,
a peste "africana" tinha outros sintpmas. Era- só, Sr. Presidente e Srs. Senadores. que estava quieto na posição de presidente
(Muito bem!) Nacional do meu partido, absolutamente em
Então, denunciei o caso e, com isto, evita- silêncio, nessa hora opinei - disse e afumei:
mos a destruição do rebanho porcino do PaJs. ''Mas isso dependeria do concUrso de outros
Temos que_ nos valer sempre dessas infor- D!SCURSOPRONUNCIADOPELOSR. partidos, fato que escapa ao nosso controle".
mações diretas, inclusive para salvar parques H0GO NAPOLEÃO NA SESsÃO DE A conversa prosseguiu, julgou-se necessá-
07-11..{!9 E QUE, EJYTREGUE À REVI·
e animais no Brasil. Jio um nome de capacidade, de talento, de
O problema é aparentemente local, mas de &iODO ORADOR. SERIA PUBUCADO. penetração popular, que fosse do PFL, e, ~
PQSTER!ORMEfflt. pentinamente, o Senador Marcondes Qad_elha
grande importância, não podendo fugir ao co-
nhecimento do Senado. A Argentina, do outro O SR. HUGO NAPOLEÃO (PFL - PI. disse: "E qUe tal o Sílvio Santos"?. Aureliano
lado, tem um parque até maior do que o brasi- PronUncia o seguinte discurSõ.f- Sr. ~resi­ Chaves vira-se para mim e _diz: "Boa: idéia.
leiro, e as estradas cruzam-no há muito tempo dente, Srs. Senadores, volto, mais; uma vez, Vá consultá~lo em São Paulo, em meu nome
sem qualquer prejufzo: As popu1ações d:infi- à tribuna desta Casa, com a mesma sereni- Hugo; Vá consultado, como presidente Nacio-
nantes são as mais interessadas na manu- dade, com o _mesmo equilibrio que sempre - na! do partido, e em meu nome. Todos lem-
tenção do parque. Os prejuízos para as prefei- busquei na minha vida pública, mas, slmulta- bramos que era preciso que; para qualquer
turas estão sendo enormes. V. Bel'' tomaram nearne'nte, Imbufdo da mesma força, da mes- passo, ele, como fuodadot da Frente Liberal,
conhecimento do empenho noss_o, recente, ma detenninação, da mesma garra e da mes- es_tivess_e à frente· _dos acontecimentos, mas
para que fosse construída a ponte de Guafra. ma vontade. Tem Sido o meu nome veiculado que seria melhor repensar essa solução~ Ele
F"rna:lmente, foi aprovada e libeÍ"ada a_ verba em episódios recentes e nada mais justo que se vira e diZ-: "Não, não, Hugo ...... e, insistente-
necessária e a construção retomada, inclusive eu venha dar a minha visão, a minha versão, mente-, vá, amanhã, a Sã.o Paulo e consulte
todo o sudoeste do Paraná terá dificu1dade a minha óptica sobre os mesmos, dizendo, o Sílvio SantOS, em- meu ·nome._Acho uma
de acesso a essa ponte se a Estrada do Colono todavia, que me vou referir a fatos; vou narrar boa alternativa".
se mantiver interditada. Além do mais, as po- fatos que tiveram, em sua ess_ência, testemu~ Ão terminar a reunião na ca,sa do Minisiro
pulações que vêm do Sul vão para-as Cátarãtas nhas diversas, _e com este mesmo estado de João Alves, eu, que achei não devesse ir sozi-
de Foz do lguaçu, em turismo, ficam impe- espírito volto os olhos ao passado de a1guns, nho, p~ ao grupo me indicasse alguém, e
didas, a não ser que tenham que andar cente- meses para diZ-er que o candidato do meu o grupo indicou o Senador Edis_on Lobão. No
nas de quilómetros a mais. Partid9, Aureliano ChaVes, por várias vezes, dia seguinte, fui com o Senador Edison_Lobão
DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Novembro de 1989

a esse encontro marcaclo, nos e_scrttórios do _ não muda em nada - e colocou a mão na tro João Alves com o seu secretário particular,
Sr. Sílvio Santos, que eu nunca ·tinha conhe- horizontal como estou fazendo, da esquerda o Prof. João Barreto. "~o Sr. qUe é õ-Ministro,
cido senão pela televisão, e que c_onheci pela para a direita -, pois a minha decisão está perguntou SílviO Santos? ~-"Não, não sou
primeira vez às 13h 30min. do dia 18. tomada". Em seguida, disse que, no _sábado, eu!" - "Sou eu, diz o Ministro -João Alves".
dia 21 de _outubro, iria a São Paulo comunicar Disseram_ que havia um complô; nenhum
Nesse dia, Srs. Senadores, nesse_exato mo- ãOS"Srs. Jânio Quadros e Cláudio Lembo, por 'de nós conhecia Sílvio Santos... :-
mento, após diversas considerações em que uma deferência. E viroJ,l·Se para mim e disse: A bem da verdade, quero atestar - não
o_Sr. Sílvio Santos disse já haver recebjdo visi- "Você, então, Hugo, aguarde que, no domin- estou defendendo ninguém -, não falo com
tas dos Srs. Paulo Maluf e Guilherme Aflf Do- go, 22, à náite, Vai chegar a minha carta-re- o Presidente da República há 11 meses, nem
mingos, dos senadores do meu partido Marco núnCia". por telefone. Essa é outra questão, mas estou
Maciel, Jorge Bomhausen e Carlos Chiarelli, Combinamos, aind;;,, alguns detalhes de querendo dizer que tomamos essa delibera-
narrou os fatos_e as circunstâncias envolvidas reunião da Executiva Nacional, para substituir ção na presença, na conftança, na admiração
que me permite não revelar, porque não há candidaturas. A conversa prosseguiu de ma- e na amizade que tínhamos pelo Dr. Aureliano.
nada que reprov:e essas conversas, mas ape- neira amável, afável, amistosa Na saída, os Vou passar à parte relativa aos últimos fatos
nas para não _me _estender e desviar-me do dois se despediram, Aureliano o elogiou: "Stl- e à relativa ao Partido MunicipaJista Brasileiro,
assunto principal- ele concluiu, quando afir- vio, vo_cê tem um grande "jogo de cintura"; mas, antes, concedo o aparte ao nobre Sena-
mei que ia, em nome de Aureliano Chaves, o PFL está em boas mãos". dor Divaldo Suruagy.
convidá-lo a concorrer à Presidência na chapa Eu, então, na sexta-feira, tomei as provi-
do PFL, concluiu dizendo que a-ceitaria. Falou dências para a reunião da Executiva Nacional. O Sr. Divaldo Suruagy- SenadOr Hugo
de _seus planos, mostrou interesse pela área _ Estávamos no _dia 20 de _outubro, sexta-feira. Napoleão, citado nominaJmente, sinto-me na
soda!, imaginou algumas fórmulas que posk Nesse dia, às 22 horas, eu estava em minha Obrigação de esclarecer a minha presença nos
sam colaborar para com o desenvolvimento residência _e re~bi um telefonema do Dr. Au- aconte<:imentos narrados por V. Er Recebi,
brasileiro e, terminada essa conversa, telefonei reliano Chaves. Ele estava com a voz bastante na terça-feira, dia 17, um telefonema do Minis-
do mesmo es_critórlo do Sr. S~vio Santos, às irritadiç:a e visivelmente perturbado. E disse- tro João Alves, para participar do encontro
14h 30inin. dess_e_mesmo dia lS_de outubro, me que ia continuar candidato. EU perguntei: que V. Ex' acaba de narrar para o Senado
para o Sr. Aureliano Chaves, que estava almo- ''Mas como?! E a combinação?! E a carta-re- da República. Enéontrava-me nia cidade de
çando em sua_suíte no Hotei_Nadonal e disse: núncia que eu estou aguardando"? Ele res- SaJvador, na _Bahia, e_ o Ministro insístiã ila
"Dr.Aureliano, estou aqui, em São Paulo, com pondeu, ipsis Jitteris: "carta, que carta? Você minha presença, pela razão do conhecimento
o Senador Edison Lobão. Acabo de _conversar me es_creve uma carta e eu lhe respondo ou- da classe pOlítica, da grande amizade que me
com o Sr. Sílvío Santos, Que me disse aceitar tra". Eu me ia exaltando. mas preferi voltar vlncúla ao ex-Ministro Aureliano Chaves -
a sua incumbência". O Sr. Ai..ttelianõ, então, ao meu tom de diplomata, filho, neto e bisneto juntos, governamos_ os nossos Estados; ele,
disse: "Deixe-me falar com ele". Passei o tele- de diplomata que sou. ~elizmente me contive, Minas GeriaiS, -e eu, Alagoas. Naquela oportu-
fone para o Sr. Sílvio e, então, ouvf o Sr.-Sílvio e-a conversa terminou quando ele disse "meu nidade, surgiu entre nós um 6timo relaciona-
dizer: ''Muito bem, Dr. Aureliano; então, ama- -abraço", e eu disse "adeus". mento, que o tempo s6- fez solidíficar. -João
nhã, na sua residência, em Belo Horizonte, Em seguinda,_me telefonou o ex-deputado - Alves adíantou-me as razõ_es do encontro e
entre 9h 30riiin e 10 horãs,estareinos juntos". federa~de _quern tive a honra _de ser colega o motivo maior a·a rriínha presenç:ã por essa
em duãs legislaturas, na Câmara dos Deputar identificaÇãO afetiva com Aureliano Chaves, e
Voltei com o Senãdor Edison LõbâO neSse dos, Paulino Cícero_ de Vasconcelos, dizendo qUe a minha preSença -neQ-aria qüalquer dúvi-
dia 18 de outubro. No dia imediato, 19, soube que lamentava o ocorrido e que eu tinha toda da que pudesse pairar sObre o relacionamento
que eles haviam deliberado transferir o encon- razão. da_qLieles que estavam presentes ao encontro
tro, de Belo Horizonte para Brasília, anteci- Não preciso dizer ao Senado Federal da que ele pretendia realizar. Ao receber o_convite,
pando o horário para três horas da tarde, na minha decepção; perdi o direito de resposta, fiz uma série de ponderações ao Miriistr_o, áCerk
mesma residência do Ministro do Interior João assim como o Senaçjor Marcondes Gadelha, ("a da minha dificUldade de estar presente, mas
Alves Filho. Quando cheguei lá, já encontrei, quando menciánou nossos nomes na 1V. Só que faria um esforço para chegar a BraSl1ia
harmoniosamente conversando, os SrS. Aure- gostaria que o Sr. Aureliano tivesse tido a opor- a terrlpO, o-que não foi possível. Qualiâo che-
liano Chaves e Sílvio SãnlOs~- Chegamos todos tunidade de dizer:: "realmente, decidi renun- guei aqui, na quarta-feira, dia 18, recebi vários
depois. -.dar, mas pensei melhor com minha família recados telefónicos do Ministro e S. Ex", entãO,
e resolvi voltar atrás". me pedia para acompanhá-lo, juntamente
No primeiro encontro, estavam os Parla- Eu. ainda estaria ao seu lado. Mas ele me com Aureliano Chaves, em uma visita que fazia
mentares a que me referi e, no--último encon- mandou a São Paulo conversar com Sílvio a Aracaju, na qualidade de postulante à Presí-
tro, já não estava o Senador Edison Lobão,_ Santo_s,_tomamos uma deliberação de cúpula, dência da República-. Viajamos juntos, em
que tinha ido a Imperatriz, no Estado doMara- envolvemos muitas pessoas, comuniquei aos comp-anhia do Senador Lourival Baptista, do
nhão, mas assistiu à conversa o Senador Dival- Deputados Francisco Dorftelles, à Eunice Mí- candidato do partido Aureliano Chaves, do Mi-
do Suruagy. Então; estavam todos do encon- chiles, Jofrãn Frejat, aos membros da COffils- nistro João Alves e dos Deputados Federais
tro· de terça-feira, dia 17, menos o Senador ~ão Exeó,i_tíva Nacioilal Era só isso qU€ eu Oeonândo Fonseca -e Messias Góts. Naquela
a que me referi, e mais o Senador Suruagy. queria! - - - -- oportunidade, Aureliano Chaves demonstrou
E, na conversa, Sílvio Santos reproduz longa- A partir desse momento, Si1vio Santos, natu- desejo .de ouvir a minha opinião em torno
mente tudo aquilo que já havia dito em 'seu ralmente, procurou saber se eu manteria o do que havia conversádo na noite anterior,
escritório ao Senador Lobão e a mim, e con- compromisso que as-sumi de apelá-lo. no encontro narrado em- detalhes por V. Ex•
clui: "Pois eu aceito essa missão; ela é dificil, Então, quando chegamos a Aracaju, encon-
é árdua, mas, Dr. Aureliano, eu aceito a mis- OSr._Divaldo Suruagy- Permite-me V. tramos__aqueia recepção que se coStuma pres-
são". Dr. Aureliano, que estava sentado numa se um aparte? tar aos candidatos à Presidência da Repúblic~;
poltrona. tendo à direita i.Jm sofá onde se acha- O SR. HUGO NAPOLEÃO - Daqui a ele fez magnffica palestra na Assembléia Le-
va o Sr. Sílvio Santós,-·na preSeiiça ·dessas seis pouCO, cóin muito prazer, nobre Senador Dí- gislativa; depois, concedeu entrevistas à im-
pessoas, bateu na perna de Sílvio Santos- e vaido Suruagy. prensa; João Alves ofereceu um jantar íntimo
disse: "Sílvio, a minha conversa é curta, eu e, a seguir, tivemos um ~ncontro no aparta-
deliberei devolver a minha candidatura ao Par- Disse-lhe que havia empenhado a minha mento de Aureliano Chaves, no hotel em que
tido. Você é um brasileiro de qualidade, tem palavra, e que _dela não me afastaria. Repito estávamos hospedados- o Ministro João AI~
popularidade que eu não tenho; Eu vou a Belo_ que não o conhecia e ninguem, ali, conhecia ves, Aweliano e eu. Ao pedir a minha opinião,
Horizonte comunicar à minha família, o que Silvio Santos, que chegou a confundir o Minis- disse que ele se havia precipitado quando au-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACiqNAL (Seção II) Sabado 11 6845

torizou V. Ex'!Sentiar Hugo Napoleão, na qua- exato que se impõe a uma campanha política. sidir o Partido neste pleito. Não sei se é uma
lidade de Presidente do Partido, a procurar Ne.:se momento, tive que _sair, quando chega- ou um encargo que está muito acima das
Sílvio Saritos parã ter um encoi1tr(fde natureza va o Senador Marcondes Gadelha, pois eu ti- minhas forças, mas recebi de V. E>f est_a mis~
política, e a precipitação vinha do fato de que_ __ nb_a um compromisso· com o Ministro Jáder são e tentarei cumprir dentro das minhas limi-
ele não havia consultado os seus familiares, BarbalhoL Tomei conhecirnento~ no outro dia, tações. Reafirmando o seguinte: mais uma vez,
e uma 'decisão desse porte qualquer homem na ddacie:do_Re.cife, onde -eu- me encontrava, a minha estima e a minha admiração pelo
público só toma também c_qnslllta.ndo a sua por intermédio de um telefonem~ .do Ministro Senador Hugo Napoleão e pelo Ministro Aure-
famíJia, e amigos como Ney Braga, Paulino João Alves, de que, na qualidade de Vice-Pre- liano Chaves, lamentando esse desencontro
Gcero, e_ nessa relação me incluiu, pois ele _ sident.e do Pa_rtido, deveria estar présente; na que tanto vai prejudicar o nosso"-Partido, o
não havia consultado; achava ter sido uma segunda~feira, onde a_Ex_ec_uti_v_a_liacion_ªl iria Partido da Frente Liberal, e, o que é mais grave,
precipitação da parte dele e que o encontro, fazer .um e_sforr;o para: indicar O nome de Silvio na tninha opinião, vai prejudicar a classe polí-
em hipótese alguma, poderia acontecer em San:fus em lugar do Aureliano Chaves, que tica brasileira.
Belo Horizonte, na sua residência. havia definido" entregara candidatura ao Parti- 0 SR. HUGO NAPOLEÃO _ Compar-
do. Recebi reêaC:IO telefónico do Aureliano, ten- tilho das palavras de v. ~; que esteve" pre-
O SR. H(]GO NAPOLEÃO - Por isso, tei dar retorno, mas, lamentavelmente, o tele- sente à reunião a que me refiro, no 'dia 19
o encontro_(oi mudado?! fone estava sempre o-cupado. 80 consegui fa- de outubro, a partir de 16 horas, na residência
lar com ele na segunda-feira. E Aureliano, en- do Ministro João Alves F_'ilho; houve os fatos
O Sr. Divaldo Suruagy - Exatamente! tão, me_ deu. a s.ua vers.ão, que quero incluir a que V. EX fez ·referência, deSCOnhecia, na
Então, eu defendi a tese de que o encontro no discurso de V. Ex" Disse 'que fora surpreen- inteireza, aqueles passados em Aracaju, Sergi-
não poderia ocorrer em São Paulo nem em dido, ao chegar em Belo Horizonte, com o pe, e também 0 telefonema entre 0 Dr. Aure-
Belo Horizonte, e, sim, aquí, em Brasma; Onde vazamento da noticia. E qUe a imprensa, no liano e v. Ex" Só aduzá duaS Cii-cunstãndas:
sempre se tem um assun_tQ_a_trru.ru- junto aos caso,aRed_e_(i/obo, e$pecificamentefalando, eu também admiravà-o Dr. Aureliano, mas
órgãos do Governo Federal. Ele concordou o havia interpeladO se· iria renunciar, antes de isso se deu até 0 dia 20, às 22-fii:iras, quando
e
com os meus argumentos e autoriZou o Minis~ ele c_onsultai: os SeUs faffiiliare~; ele havia entendi que, além de ter faltado à palavra, ele
tro João Alves a manter cantata com V. Ex" poSto por ordem a Sr* _sUa: ffiãe,-_a esposa, não cumprira o compromisso assurriido. Ex-
para que avisasse Sílvio Sãntos da mUdança os filhos e_o irmão; ele tinha: sído swpié"endido duo V. Ex", porque também disse, na reunião,
do local do encontro. E, assim, ao invés de ao chegar ao Aeroporto de Belo Horizonte e quefossequalfosseadecisãOde1e,a-qUaJquei-
viajar de Ar acaju para Belo Horizonte, ele viaja- aquilo o havia irritado. Então, ele havia ponde- tempo, v. Ex"- haveria de seguir. Mas selamos
ria para Brasília. Isso já era mais de uma hora rado -:- antes de comurlicar a _Jânio Quadros um compromisSO; naquela hora·, cOm Sílvio
da madrugada; fomos repousar e, no outro e a Gáudio Lembo, seu companheiro de cha~ Santos.
dia, todos viajamos para Brasília e, à tarde, pa, o Brasil já tomava conhecimento, através É por isso que quero--dizer que, quando
tivemos o encontro que V. Ex' acaba de narrar. da R.1!de .tilobQ~ daquela posição - e achou Aureliano atribui haver vazado à imprensa a
Só que tiVe O Cilídado - e V. Ex" se reCprda __ que deveria manter um_ c_ontato com S. f r notícia das reuniões na casa do Sr. Ministro
muito bem, ·quando SilVio SantOs afirmava pa~ - o Sénãdor flligo Napoleão, comunicando que João Alves, precisa !embrar-se de que ele,
ra Aureliano Chaves que, se ele não fosse pos- havia desistido da idéia, pelo fato do vaza- também e igualmente, conversou com joma- _
tulante, ele, Silvio Santos, aceitaria ser candi- mente da notícia. Ele rite coittOU esSe telefo- listas cujos nomes eu sei e que, se houve vaza-
dato -, eu tive o cuidado e me preocupei, nema que V. Ex" acaba de narrar, colocando menta, contribuiu para isso. Então, discordo
porque achava que era um compromisso mui- apenas - estou dando a versão dele --: 0 dessas duas pOsições do Dr.AureliaTio ChaVes
to sério que Aureliano estava assumindo, no~ seguinte: que V. Ex"- cobrou e que ele desejava e incorporo o aparte, com as bbseNações tão
vamente sem ouvir os seus fa_rililíareS e Outros ou imaginava que S. Ex", tiVesse dito: "Bem, importantes de v. Ex"
amigos e, por mais importantes-que fôSsemos a decisão é s_ua, porque a candidatura é sua,
junto à decisão da Executiva Nacional do Parti- 0 juiz da decisã_o será 0 Senhor _ ou você, O Sr. Cid Sãbóia de Carvalho- Perrnite
do, e no campo afetivo de Aureliano, não pu~ conforme V. Ex" o denomine. Agora, me poupe V. Ex'- um aparte?
díamos assumir a responsabiliade, numa deci- o constrangimento de conversar com Silvio O Sr. Edison Lobão- Permite-me V. Ex"
são de tanta profundidade, limitada a quatro, Santos; Aureliano, você mesmo converSe com um aparte?
v.
cinco ou seis pessoas; então, Ex" se-recorda Sílvio Santos". Então, esta foi a interpretação
0 SR. HUGO NAPOLEÃO_ Um instan-
muito bem, eu tive o cuidado de, ao interpelar do Dr. Aureliano, que eu estou narrando, por~ te só Permita-me apenas adiantar-me um
Sílvio 5antcis, Com quem iriãntivé-met.I"primei- que ie-Je me contou através de um contato tele- · ' '
ro encontro pessoal também naquela oportu- fónico, de Belo Horizonte para Maceió. E, rea- pouco mais para expliCar aquela segunda par~
nidade, confumando o racioncínio de V. Ex•, firmando tudo_que V. EX' eStá dizendo, parti~ te_ que eu queria ....
tive o cuidado de dizer que todos nós recQnhe- _ cipei desses acontecimentos, V. Ex' tem razão O. Sr. Cid Sabóia de.:(:áryalho -Nobre:
cíamos a grande penetração e o prestígio po- em todas as colocações que fez. apenas acres- Senador, eu gostaria de aparteá-10 num deta-
pular que o seu nome possuía junto à saCie~ centei as minhas portderações e o telefonema lhe inUitci rápido- é queSiáo de 30 segunaos.
dade brasileira, mas ele haVia mesmo confes- de Aureliç;n_o,_ para que o discurso de V. EX 0 SR. HUOO NAPOLEÃO._ Quero
sado não ter a menor experiêncià política. Eu fique completo -com a versão e cóm a visão abordar pontos importantes que estão sendo
lhe perguntei, nessa o)::mrtunidade - e V. Ex• do Dr. Aureliano em torno desses aconteci- _ feridos e tocados_ pela imprensa. Mas v. Ex'-
se recorda muito bem disso-. se tinha noção mentos. Agradeço a V. ~ e, particurlamente, tem os seus 3_0 segundos.
do que era uma campanha política, se estava lamento _ess~ desençontro, são dois grandes
preparado para todo tipo-de talúnias, de infâ- amigos meus, V. Ex" sabe da amizade, da afeti- O Sr. Cid Sabóia de CaJValho - Nobre
mias, de intrigas, de fuxicadas, de maledícên~ vidade que lhe dedico, V. Ex' é um irmão para Senador, V. & menciOnou o nome do nobre
das a que o nome dele ficaria exposto;_ que mim, Aureliano é uma das melhores figuras Deputado Ulysses Guimarães, quando falou
toda a sua vida seria cascavilhada, dissecada, de homem público que_est.e País possui, é nahistóriadoDr.AurelianoChaveseeuquero,
e, por extensão, seus familiares ficariam ex- um home_m que mostra que politica pode ser entãO, deixar registrado aqui, no Senado, e
postos a todo tipo de malícia que a vida políti- feita com dignidade, com hon-radez. Num mo~ na sua palavra, um discurso histórico do mais
ca, lamentavelmente, traz dentro do seu bojo. meni:o em que a classe política está tão des~ alto valor, que o Sr. Deputado Ulysses Guima~
Ele ficou preocupado. V. Ex"- se recorda bem gastada, tão vilipendiada, Aureliano é um sím- rães jamais cogitou dessa renúncia e não re-
de que ele quis devolver a candidatyra a Aure- bolo de dignidade. LamentQ que tudo isso te~ nunciará, prfncipalmente agora quando a sua
liano Chaves, sob o argumento de que não nha acontecido; lamento, do fundo de minha!- candidatura cres,...e extraordinariamente. Era
teria condições psicológicas de enfrentar tanta ma, que tudo iSSo tenha acontecido, e V. Er isso que queria acrescentar ã:o aparte de V.
odiosidade ou tanta canalhice, que é_ o termo ainda me transfere a responsabilidade de pre- ~
6846 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Novembro de 1989

O SR. HUGO I'IAPOLEAO- Acolho as Divaldo Suruagy, meu substituto, a quem O Sr. Leite Chaves - Permite V. Ex' um
observações çie V. Ex' e devo dizer que, talvez caberá dirigi-lo durante a campanha elei- aparte?
pressentindo isso_ mesmo, -eu tenha asseve- toral. - Senador Hugo Napoleão.
rado, na reunião, que essa circunstância de O SR. HUGO I'IAPOLEAO- Concedo
o PMDB e o PTB apoiarem o Sr. Mário Cova$ Feito isto, nesse dia 1o viajei ao Rio de Janei-
ro, onde passei quarta, quinta e sexta-feiras, o aparte ao nobre Senador _leite Chaves.
escapava, como de fato escapa, à nossa alça-
sába~o e domingo tratando de assuntos de O Sr. _Lçlte Chaves_- Nobre Senador,
da Mas eu gostaria de fazer as seguintes ob-
servações: tive apenas uma reunião formal intere-sse pessoal Não estive, pois, presente estou ouvindo o discursp de V. EJc1' com muita
com o PMB - e, agora, passb à parte, real- aos entendimentos posteriores nem mesmo atenção. O mundo existencial da política é
mente, da manutenção do nosso compromis- os da renúncia do vice do Pf.'\B. E fiz questão o mundo das emoções. Nele ninguém está
so de apoiar o Sr.. Sllvio Santos- na Acade- de licenciar-me ·até o dia 16 - porque, aí, isento de referências, às vezes, injustas, despri-
mia de Ténis, da qual participaram os Sena- termina o primeiro fumo e naturalmente é pre- morosas._ Mas eu não tenho dúvida de que
dores Edison Lobão e Marcondes Gadelha, ciso que nós,. do PFL, nos reagrupemos para v. ~. em qualquer situação, se sairá sempre
os Srs. Sfivio Santos e Armãndo Corrêa, o tratar do assunto suc~rio. Devo dize~ que, bem. Conheço muito bem o seu temperamen-
Deputado J_osé Felinto e dois outros Senhores da altura em que esses fatos aconteceram, to, a sua honorabilidade, a sua decência, a
que eu não conhecia. Participamos. nós do até hoje, e nos quase que fatídicos, 17, 18, sua compostura.- Mas quero fazer a minha in-
PFL, mais na qualidade de_ouvintes e, natural- 19 e 20, reconheço, como Presidente do Parti- tervenção não para discutir esse caso que refo-
mente, de _conhecedores das intenções da do, que a maioria do PFL já estava abraçando ge ao intento, sobretudo porque agora estou
candidatura Sílvio Santos, do que propriamen- outras candidaturas, como as de Collor de na Liderança do Partido, o PMDB. Eu quero
te para opinar ou colocar o dedo nas coisas. Mello, Leonel Briz.ola, -Afif Domingos, Paulo me ·colocar, aqui, na defesa da Casa. O Brasil
O compromisso estãVa assumido. Maluf e, eventualmente, até outras. está muito preocupado com essas acusações
Não tive nenhum outro encontro com ne- o Eu eStaVa fazendo Uin esforço imenso para dos candidatos sobre a legalidade, a legitimi-
nhum outro partido mencionado, na ocasião, manter o nosso partido como segunda agre- dade ou não da candidatura Sílvio Santos...
que teria promovido reuniões, ou teria apr~ miação política do País, que ainda o é, na
O SR. HUGO I'IAPOLEAO .:... Não é o
sentado propostas para ceder a legenda a Síl- esperança de-que, passada a tormenta, cessa-
das as_ águas, pudéssemos vôltar a ter um assunto que estou abordando, mas se V. ~
vio Santos. Nenhum/ Encerrei-os no Partido desejar, também, terei oportÚnidade de men-
compo~ril.eil.to mais uniforme e mais realís-
da Frente Uberal e só participei desse pré-en- cionar.
contro._ Ao cabo desse_ encontro, que foi for- tico. Mais do que isso,lmaginava eu que aquilo
mal, os Membros do PMB saíram para o Hotel seria tão passageiro conio passageiras são as O Sr. Leite Chaves- Então, O·qUe·-eü
Nacional, porque tinham urna reivindicação, coisas da vida. No entanto não poderia deixar quero ·dizer a V. EX é que a candidatura é
a que assisti, de apontar o candidato a Vice- jarna_is de vir à tribuna des"!-8 Casa para dizer legal: quer dizer, a lei permite inteiramente _a
Presidente. E Como Sílvio insistisse_que deves- dos fatos que presenciei, dos quais particípei, candidatura, o Senado sabia disso, o Congres-
se partir dos quadros de_ seu Partido, já que, para aludir ao penSamento que tenho em rela- so sabia disso, a Câmara sabia disso. Se_ o
segundo ele mesmo dizia, irfa abraçar o novo ção ao momento presente e para, nªturalmen- Presidente da República vetou e nós não con-
Partido, era preciso que ele, _como filiado ao te, informar à Casa sobre" esses mesinos fatos. cordássemos com ísso, poderíamos ter derru-
PFL, tivesse_ alguém corno companheiro de O Sr. Edison Lobão- Permite-me V. ~ bado o veto, e não o fizemos. Houve uma
chapa na Vice-Presidência que fosse originário um aparte? tentativa de lei para reformular todo_ o compor~
do PFL E, de lá, saíram aqueles homens para tamento__eleitoral, mas veio _cheio de casuística
OSR. HUGO I'IAPOLEAO-Com muito
o Hotel Nacional para pensar, e não mais parti- da Câmara e o Senado sequer o considerou
prazer, nobre Senador -~dison Lobão. Então, temos que levar em conta_ que a caridi-
cipei de reunião alguma, em momento algum,
até mesmo por- que houve o lançamento da O Sr. Edison Lobão - Senador Hu- datura é legal. Não sei se é legítima. A legitimi-
candidatura de Sílvio Santos na terça-feira, _e go Napoleão, ouvi a parte inicial do discurso dade levaria em consideração, primeiro: a in-
nesse dia, diante de três Deputados Federais, de V. E,x;', em meu gabinete. V. EX fazia um tencionalidade da candidatura. Ela foi prepa-
redigi meu pedido de licença da Presidência relato do primeiro encontro que houve com rada? l::touve, realmente, como os jornais de
do Partido da Frente Liberal, vazado nos se-- o Ministro Aureliano -Chaves. Desse encontro hoje .dizem, atendimento de inter_esses subal-
guintes termos, numa nota oficial: participei, e o relato feitO por V. Ex!' corres- ternos para que ela fosse viabilizada? Isso é__
ponde a tudo quanto_ aconteceu; nem mais, que o Tribunal seguramente haverá de consi-
BrasíJia, 1 de novembro de 1989 derar também. Sob o aspecto formal, ela é
nem menos. Rigorosãmente, foi o que se deu
NOTA OFICIAL na reunião da qual participei. Na segunda reu- aceitável. isto é, quanto ao prazo. Sob 6 aSPec-
A Nação é testemunha dos esforços nião - dessa já fazia parte Sílvio Santos =-. to moral, esses fatos têm que ser perquiridos.
eu não estava. Encontrava-me no MaranMo Porque as candidaturas abruptas, as substi-
que empreendi, ao lado de tantos e tão
e não participei dessa reunião. O relato de tuições imprevistas têm como preSsupostos
valorosos companheiros, com vistas a
consolidar a candidatura do Dr. Aureliano v. Ex·- não tériho à menor dúvida _..:.._é exato vacâncias ou renúncias racionalmente aceitá-
quanto a esse segundo tempo. A respeito do veis, explicáveis. Uma morte, uma doença in-
Chaves à Presidência da República pelo
Partido da Frente Liberal. /Y\inistro Aureliano Chaves, devo dizer que o curável. Não" sei, então, se esse fato foi arquite-
Reconhecido o insucesso desses esfor- conceito que dele faz o nosso estimado com- tado, montado, como se diz hoje. Agora quero
ços, o próprio candidato se dispõe a decli- panheiro Divaldo Suruagy é também o que dizer a V. EX"- que o Sílvio Santos é um apresen-
nar da candida_tur~. _fiXZIDdP-se, de co- _to~os nós f~amos :- e devo dizer que ainda
tador de televisão. Não me_ parece tão ruim
mum acordo_com expressivas lideranças faço. H~ duas ou três semanas, ou um pouco quanto se diz. Acho que há candidatos muito
do Partido, no nome do empresário Sfivio mais, o Senador Divaldo Suruagy fez, aqui, ~piores, mais comprometidos de que ele. Estou
Santos para substituí-lo, que a aceitou. um discurso de elogio ao Ministro Aureliano dizendo isso em defesa da verdade. Não tenho
ChaVes e recebeu um aparte meu em que nenhuma vinculação, jamais o vi em peSsoa,
Embora o Dr. Aureliano tenha rec_onsi- só em imagem. Quer dizt?r, é um apresentadOr"
derado sua atitude, mantenho-me, no en- dizia das suas qualidades e do que eu pensava
a respeito de S. Ex.' lamentavelmente, nesse que está usando a popularidade profissional.
tanto, fiel aos compromissos assumidos Mas estou interferindo no seu discurso só-
com a candidatura de Sílvio Santos, hoje episódio, o que se deu foi o que V. EJc1' relata
_com tanta fidelidade. mente por isso, para ressaltar a sua intangibi-
viabilizada por outra agremiação. lidade, a sua postura, a sua dignidade, pelo
Em tais circunstâncias, licencio-me da O SR. HUGO NJWOU!Á-0- Agradeço menos ao longo do tempo em que nós o co-
Presidência do PFL, até o dia 16 do cor- a V. ~. que participou iguaJmente desses en- nhecemos, como Deputado, como Senador,
rente, entregando-a ao eminente Senador tendimentos e dessas conversas. como· Governador: Acho que nada, por mais
Novembro de 1989 DJÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo II) Sabado 1 J 6847

que queiram, sé pode jogar contra a imagem sempre diz que a grande virtude do político prestarm(!s bem atençã9, podertros afirmar
de V. Ex" Se 6 renunciante fosse substituído é a paciência. Cumpria-ilos séiber esperar. En~ que é o tipo do caso da questãO sem q-uestão.
por outro que não tivesse nenhuma expressão tão, era bom que V. EX' não falasse, não revi- Porque se nós formos examinar o assunto do
eleitoral, nenhuma referência se faria ao fato. classe mais nada e fiZesse a sua viagem ao ponto de vista-legal, sõD- o ponto de vista da
Portanto, tudo isso vem em razão da expressão Rio de Janeiro. Foi o que aconteceu, e acho legalidade, nada, absolutamente nada existe
eleitoral do substituto. Era isso que eu tinha que V. EX acertou.. Meus parabéns e meus que possa impedir a inscrição do empresário
a dizer a V. Ex", para- afumãr- que o Senado aplausos pelo seu procedimento. Quero -dizer SilviO Santos pelo Partido Municipalista como
não foi omisso C[uanto a esS'e fato. É legal nesse momento, aproveitando este aparte, candidato à Presidência da República. Ainda
a candidatura, agora a legitimidad!! cabe ao que nós do Piauí, nós da. Bancéida Federal há dois dias. estava eu em um programa de
Tribunal Supedor Eleitoral, na.sua sabedoria, do piaW, que pertencemos ao PFL, ao seu televisão, ao qual compareceu também o emi-
na sua, ampla :capacidade de decidir e que Partido, acompanharemos a sua decisão to- nente Senador_~uti~io Corrêa. Declarava S.
aliás é o Tribunal que tem maior poder de J'l1a:da neste momento. Ex" do ponto de vista legal, nada, absoluta-
decisão no·País. V. Ex' sabe. Durante as elei~ mente nada, havia a dfzer contra o Sr. Sílvio
O SR. HUGO NAPOLEÃO-Muito obri· Santos.
ções, o homem de maior poder no País não gado a V. Ex" pela solidariedade que expressa.
é o Presidente da'"R.epúbl!ca, não é o Presidente V~jam V.~. foi um senador da República,
Encerrando minhas palavras, Sr. Presidente, um dos advogados mais-conceituados de nos-
do Senado Federal, não é o Presidente da agradeço· a tolerância de V. Ex!_ e do Seriador
Câmara dos Deputados, é o Presidente do so País, foi o ex-Presldente da Ordem dos Ad-
Pompeu de Sousa. vogados do BraSil que declarou isto na tele-
TSE. As suas decis_ões tem que ser com míni-
7

Trata-se, enfun, de uma situação em que


mas possibilidades para recursos. E o Tribunal visão.
meu nome vem à baila num momento em O que se alega contra -o Sr. Silvio SantOs?
Superior Eleitoral, não sê têm dúvida, decidirá que a imprensa tece considerações sobre os
essa questão com muita rapidez e muita sabe.~ Procura;.se, em 17 recursos, impedir essa can-
últimos fatos aContecidos, e quero dizer que didatura. É o caso de se perguntar: Por quê?
daria. Muito obrigado a V. Ex'
fiz questão e farei questão sempre de manter Por que isso aconteceu? Qual a razão desse
O SR. HUG~OLEÃO - Era esta o COmPromisso aSsumido. Custe o que custar, acontecimento? Será por que o Sr. Sílvio San~
a observação que _eu ia exatamente fazer. Eil vou em frente, sabendo onde estou pisando, ~ ê um empresário e não poderia ser candi-
ia dizer que evidentemente a decisão com- com a m~a responsabilidade de homem pú- dato à Presidência da República? Será por que
petirá ao Tribunal Superior Eleitoral, na próxi~ blico, com os deveres que esta mesma vida é ele um artista e, assim, nao pode ser candi-
ma quinta-feira Quero dizer também (.j:Ue não impôs, folgando tambem por ver no Senador dato à Presidência da Répública?
cheguei, nem por telefone, nem pessoa1men~ Divaldo Suruagy, que é, ainda, talvez, "o último
te, a cOntactar com os advogã"dos do Sr. Sílvio dos mãicanõs" ou um dos últimos fieis à can- Gosto semPre de lembrai que um dos me--
Santos. QÓero tambéin afirmai que, nas reve- didatura dO meu Paitido. Que Continue fiel lhores e maiores Presidentes dos Estados Uni-
lações dos encontros havidos dos quais não a ela, que assuma o comandp e o bastão deste dos, que foi Ronald Reagan, o foram bUscar
participei, acredito que haja muito que não Partido que é tão nosso e que - com tantos onde? Em Hollywood. Foi o Sr. Reagan um
-espelha exatamente aquilo que tenha se pas- sacrificios fundamos em 1984, por ocasião dos maiores Presidentes dos Estados Unidos
sado. Diante do que narre~ hoje, quero manter da eleição de Tancredo Neves. E quando eu. e que também era artista. Ele prestou relevan~
a palavra empenhada de apoio à candidatura. era Governador do Piauí, a Asseinbléia Legis- tes serviços ao pais e ao mundo.
Sílvio S'antos, cinQindo-me, repito, única e ex- lativa do meu querido Estado foi a primeira O que se ale"ga contra o Sr. SLIVio Santos?·
clusivamente a um compromisso de palavra do Brasil, sob diversas e terríveis ameaças, QUe entrou agora para ser candidato. Mas fsto
que vou manter. Entrei na correnteza, dela a eleger os seis delegados, à época do PDS, a lei pennlte. Foram os legisladores que fize~
não sair;,ei. Não sei para onde vamos. Espero em favor de TancredO-Ne\res no Colégio Eleiw ram essa lei. A lei permite se seja candidato
que para porto seguro. torai. até as vésperaS da eleiçáo. Então, que mal
- De modo que não me faltará coragem para te'm isSo? -
Concedo o aparte ae nobre Senador JOão
agir e para falar. A História do Brasil vai dizer Agora, nem o Sr. Corrêa pode ser candidato.
Lobo. Já querem impugnar até o Sr. Corrêa, eSqtie~­
ainda, O Tribunal vai decidir. Curvar-me-ei
O Sr- João Lobo ~enador Hugo Napo- diante da decisão. Somente devemos-nos cur- cendo que, em matéria eleitoral, existe aquilo
leão, orgulho-me de ser incluído entre os ami- var e não nos dobrar, flectiri et non Hectare. que se chama preclusão.
gos e admiradores de V. ~ Mas, diante das decisões dos Tribunais e do Quando o Sr. Armando Corrêa se inscreveu
Não vou novamente reafirmar a veracidade, Tribunal Superior Eleitoral, flectin' et f/ectare, como candidato a presidente da República pe-
à justeza dos termos usados por por V. ~ eu me Curv.::lrei e me dobrarei! lo Partido Municipalista Brasileiro, ninguém re-
ao relatar todo este episódio. Já ,o fez uma Muito obrigado, Sr._ Presidente e Srs. Sena- clamou; ele estava fazendo sua campanha
das testemunhas, o Senador Edison Lobão. dores. (M._uitp bem! Palmas_. O orador é cumw nOJ'I:Dt;lh:u~nte, o Tribunal incluiu o seu nome
Tenho a honra de privétr da sua amizade há primenfado.) na cédula eleitoral e a distribuiu em milhões
longos anos, sei a lisura do seu procedimento, de ~~mplares, sem nenhum atrito. Agora vem
DISCGRSOPRONUNCIADOPELQSR.
a ética ·que sempre preside as suas decisões, JOÁO MENEZES NA SESSÁO DE o SÍ". Sílvio Santos e todo mundo quer impug~
e tenho certeza de que os fatos aconteceram nar a validade da candidatura do Sr. Armando
9111189 E QUE, ENTREGUEA REVISÁO
exatamente como V. E.xJ os narrou. O Mínistro COrrêa. Vejam V. EX-s que em tomo ·disso deve
DO ORADOR. SERIA PUBliCADO POS·
Aureliano Chaves disse que iria comunicar a existir, ou existe aquilo que chamamos de "fa-
TER!ORMENTE
sua decisão à família e não que iria consultar to determinado". O fato determinado é aquele
a sua família. Não se consulta para desistir, O SR. JOÃO MENEZES (PFL- PA Pro· em que se unem certos grupos e procuram
se consulta para criar encargos, não para tirar nuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente.. num mesmo sentido estabelecer normas e
encargos da família; a sua desistência possi- Srs. senadores, hoje, é um dia_ muito impor- princípios, meSmo que. sejam coOtra a lei; que
velmente seria um alívio da carga pesada, do tante parei a vida política e para a vida soda! sejam--Contra os costumes ou contra aquilo
ónus que ele estava retirando de sobre a sua do nosso País. Dentro de poucos minutos, que se está fazend9 normalmente:
família. V. Ex• já abordou com precisão, com o Tribunal Superior Eleitoral vai julgar a possiw Estabeleceu-se, através da imprensa, do rá~
justeza, esse infeliz incidente. E'u acompanhei bilidade ou não de o empresário SílviO Santos dio e da televisão, uma celeuma tão grande
de perto; quando V. Ex'_ pensQU, talvez, em· continuar como candidato à Presidência da para criar o quê? Para criar o·espírito de des-
revida r, em responder a tudo· o- que estava. República. Toda a população brasileira, está confiança na população, sobre se é válido ou
acontecendo, eu disse a V._ Ex", naquela noite, fixada neste fato. Os_ rádios, as televisões, as não a candidatura do Senhor Sílvio Santôs.
antes de sua viagem, que lembrava as palavras ruas, o Pressidente do Tribunal todos estão Por que essa luta toda? Quais São os interesSes
do grande Parlamentar Nelson Carneiro, que interessados em saber_esse veredito. E se·n6s que estão levando a esse procedimento? Será
6848 Sabado II DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11)
Novembro de I989
que é porque o_ Senhor Silvio Santos é um leVar o País à balbúrdia. Como svl_ão bastasse,
candida.to popular, é um candidato do povo, desregrada que se faz no sentido de se _evitar
para completar essa baJbúrdia, o que está a reaUzaç<ão de um pleito evidentemente de-
q~e ass1m que entra na disputa desperta ime- acontecenco todos os dias.
diatamente um percentual muito grande a seú mocrático em nosso Pais.
Hoje, os jamais anunciam o recrudescimen- Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Muito
favor. nas eleições? Ou qual é o outro motivo to das -greves no serviçO público. Ontem, inva-
que existe? Não vejo neuhum motivo nenhu- bem!)
diram o Ministério do Trabalho e a Ministra
ma razão. ' ~ Trabalho teve que _recorrer à força pública ATO DA COMISSÃO DIRETORA
Outros aJegam que não é ético. Como não para retirar os invasores_ do s_eu ministério. N' 31, DE 1989
é ético? O que é feito de acordo com a lei
não pode ser aético. Se está sendo feito dentro Dispõé.sobre a aplicação aos servido-
da lei é ético, se está feito dentro da lei é Se nós, polfticos, também criarmos esse res do Senado Feàeral de reajlistãindhtos
normal. O que é que se eXplica? ambiente democrátiCo não podemos recla- gerais de vendmentos coriCedidos a ser-
fJguns querem até revogar a Constituição mar do que possa acontecer no dia de ama- vidõreS do Poder ExeCUiiVo, e âá outitJs
brasi~etra, que d~clara que Só não podem ser nhã. Espero que cada um assuma a sua res- providências.
candidato a presidente da República, ou dispu- ponsabilidade, que cada um parta para essa
campanha, que vai disputar o voto nas urnas, A Comissão... Diretora do Seilado' Federal,
tar cargos eletivos aqueles que forem diretores no uso de_ sua competência regimental e tendo
ou c-oncessionários de _empresa pública. <7- aquele que ganhar a eleição tenha a tranqüi-
lidade necessária para levar este País adiante. em vista o disposto _na Lei n~ 7 .830, de 28
Ora, o Senhor Sílvio_ Santos não é diretor de setembro de 1989 e na Medida Provisória
de nenhuma empresa concessionária de servi- O que nãõ póde acontecer é esta maldade
que se está fazendo contra o Sr. Sílvio Santos, n 9 95., de 24 de outubro de 1989, Resolve:
'?o público. Ainda mais: precisa-se ver o que
e concessionárias de serviço público. Será que essa falta de ética. Esses, sim, são procedi- Art. 19 Aplicani-se aos servidores ativos e
essas empresas que têm um canal de telêvisão mentos aéticos. Enquanto o Sr. Sílvio Santos fnatfvoS do Senado Federal, nas mesmas ba-
ou de rádio dado pelo Governo são cOnces- aparece nos braços_do povo, aqueles grupos ses percentuais e tdêntica vigên.cia, às reajus-
sionário do _serviço público? Nãol Não são! que estavam perdidos nessa campanha eleito- tes gerais de vendmentos, salários, salário-
Concessionário do serviço públlco é aquele ral pensam colocar, no seu caminho, entulhos famíli<;~, gratificações e pioventos concedidos
que tem um negócio, aquele que tem o rela- de toda maneira, para que não chegue ao a servidores .do Poder Executivo.
cionamento, aquele que tem o entrosamento, final da eleição. Mas, estou certo que o Tribu- Parágrafo único. A Subsecretaria de Ad-
aquele que tem a responsabilidade com o ser- nal Superior vai julgar este assunto de acordo r:ninistração de Pessoal, verificada a hipóteSe
viço público. Estaque é, de fato, a realidade· com a lei, não vai ser pressionado. A pressão a que se refere este artigo, ado~rá as medidas
no ~ais, são interpretações erróneas, iriterpre: que se está fazendo no Tribunal Superior Elei- necessárias_ à sua plena execução.
taçoes abrangentes com o únko fito de pertur- toral é coisa nunca vista. Hoje, os jornais noti- Art. "2° As alteraçõe:5 de<::orrentes da Medi-
bar o pleito eleitoJaL ciam que mais de 250 telegramas foram pas- da Provisória t'Í? 95, de 24 de outubrõ de 1989,
Por que esse medo? Por que essa razão? sado_s, mais outros tantos telefonemas foram que impliquem em modificação do si~ema
A população está vendo estarrecida e não en- dados! ls_so tudo é a prova evidente de que r~uneratório do servidor do Senado Federal,
tende, e muitas vezes não compreendei um há um trabalho feito, organizado, porque a serao objeto__de Resolução, mediante projeto
fat~ como esse. Fica sem _saber por que isso população t\ão iria passar tantos telegramas a ser encaminhado pela Comissão Diretora.
está acontecendo, por que se junta um monte para o Tribunal Superior Eleitoral para que Art 39.- Este Ato aplica-se, de igual modo,
de recursos contra a candidatura do Senhor ele julgue desta ou daquela forma Essa é Urha ao Centro Gráfico do Senaâo Federal- Ce-
Sílvio Santos._ Será .que ele- co~eteu algum pressão que se quer fazer sobre aJustiça Elei- graf e ao Centro_ de lnformátic."' e Processa-
a~, cometeu algum. crime, algur'na coisa que
toral, pressão my.itas vezes costumeira, useira mento de Dados do Senado Federal - Pro-
nao pode ser candidato? Será que ele está e vezeira· em nosso País e que pr~sa acabar. das_en.
irregularmente inscrito como candidato? Essa Tenho certeza de que o Tribunal não se deixa- Art. 4 9 As despesas decorrentes da execu-
é ~dúvida aue a irnnrensa está cri.:~nrln Prn rá pr~ssionar e partirá, seren~mente, para dis- ç~o- deste 1\to__correrâ() à -~n_ta das dof.él_Çôes
torno da candidatura d~-s~~h~~;síl~~~-s-a~t~~: Cl.itii', hoje à taide, O erlXãine-de-requerLrriéi1tOS orçãm-éhtâriaS âeStfnã.daS a-o Séria-dõ Federar
TemoS a: confiança que o Tribunal Eleitoral contra a candidatura do Sr. Sílvio Santos. e a seus órgãos supervisionados. .
saberá, dentro dos seus propósitos, dentro das Espero que o povo brasileiro passe a enten- Art 5" Este Ato· entra em vigor ,p.a data
suas normas, aplicar a lei e vai, com certeza der a democracia, a respeitar o direito do próxi- de sua publicação._ _
manter a candidatura do Senhor. Sílvio San: mo, porque quem não respeita o direito do Art. 6li ..Revogam-se as disposições em
tos, po.rque e~a ate?de a todos os requisitos P.róx:imo não pode exigir para si este respeito. contrário.
normms da lei em Vigor. O que- ela não atende E o_ que está acontecendo com os candidatos Senado FederaJ, 9 _de noverribro de i9a9.
é apenas o seguinte: interesses pessoais de que estão na lista eleitoral, porque o Sr. Sílvio - Nelson Olmeiro, _Jran SarEJiva, Nexandre
pequenos grupos, já comprometidos com vi- Santos ninguém quer, e ninguém quer porque Costa, Mendes CariiJ/e, Dlvaldo Suruagy, Pom-
tórias efêmeras que julgavam já ter neste PleitO não lhes interessa, pois estão perdendo votos. peu de Sousa, Antônio Luíz Maya, Nabor Jú-
eleitoral. E essa vitória está falhando com- a Mas não é democracia, _e, na democracia, não nior.
entrada do Senhor Sílvio santos, que Causou é__o povo que vai escolher? Por que esse_ pavor ATO DA COMISSÃO DIRETORA
um vendaval no grupo de candidatos que pen- ao_ SLSilvio Santos? 1'1• 32, DE 1989
savam chegar ao final. Acredito que o Tribunal Superior Eleitoral
vai aprovar, e nós levaremos às urnas, no pró- A ComissãO- J:;liretQ:ra do Senado Federal,
Que esses candidatos, -que estáo na televi-
são falando em democracia, em ordem, em ximo dia 15, a candidatura do Sr. Sílvio Santos. no uso de sua competência regimental:
Aí veremos se, realmente, é uma candidatura Resolve designar Comissão Espedill -iilfe--
lei, fazendo promessas de toda a espécie, te-
popular, uma candidatura que penetrou no grada pelos servidores Ney Madeira, Dirceu
nham pelo menos o bom senso, a capacidade
seio do povo, ou se ela vai ser impedida por Teixeira -de Mattos, Aylton Outra Leal, Celso
de verificar que não podemos pertui'baf, de
forma nenhuma, esse pleito eleitoral. essa maneira desabusada e desusada de pres- de Souza e José Antonio de Ar~újo para, sob
são que estão fazendo em todo o território a _eresidência d~ primeiro, procederem aos
Não é possível que depois de tantos anos,
nacional. estudos necessários à aplicação, aos serVido-
quando se parte para uma eleição a presidente
res do Senado Federal, das alterações con-
da Repúbltca, os próprios interessados, que Sr. Presidente, termino estas rápidas pala-
substanciadas na Medida Provisória n~ 95, de
pregavam a democracia, a liberdade, sejam vras confiante, como político que sou, de que
24 de outubro de 1989.
Ofl primeiros a criar obstáculos dessa ordem. teremos os_ pés. no chão e de que a Justiça
Senado Federal, 9 de novembro de 1989.
Sr: Preside!'lte, esse procedimento não pode Eleitoral de forma aJguma se deixará impres-
continuar, nao deve continuar, porque pode
- Nelson Carneiro, Iram Saraiva, Aleximdre
sionar por essa pressão absurda, incontida e Costa, Mendes Canale, Diva/do Suruagy, Pom-
-·Novembro de'1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção ll) Sabado 11 6849

peu de Sousa, Nabor Júnior, Antônio Luiz. _-Art ,1'~ Éhomolog8dooresultadofinaldo m- à ordem de dassificação.-
Maya. Concurso Público para Técnico em Comuni- Parágrafo único. Para o cumprimento do
~cação -Social =--Jornalismo, Tradutor, Enfer- Dispoto neste artigo, a Comissão Diretora, em -
meiro e Bibliotecário, promovido pelo Senado qualquer hipótese, não poderá determinar a
Federal enl. co?ivênio córn a Fundação Univer- contratação além das vagas previstas no Edi-
ATO DA COMISSÃO DIRETORA sidade de Brasüia, cuja classificação final é tal.
N• 33, DE 1989 apresentada no Anexo I deste atQ<. _Art. 3~ Este Ato entra em vigor na da_ta_
Homologa o Concurso Público para Art. 29 A contratação dos aprovados, de- de sua publicação.
Técf!}co em Comunicação Social -Jor- cidida pela Mesa Diretora, obedecerá: Art. 49 Revogam-se as disposições em
nalJ'smo, Tradutor, Enfeimeiró- e Biblio- contrário.
tecário. Sala da Comissão Dfretora, 9 de novembro
I- às necessidades do Senado Federal de 1989.-Ne/son Carneii'qAlexandre-Costa..
A Comissão Diretora do Senado Federal, nas respectivas áreas; Iam Saraiva, Mendes Caria)e, Divã1áo- Suragy,
no uso da sua competência regimenta], resol- II - ao número de vagas estabelecido no Pompeu de Sousa, António Luiz Maya, Nab3!-
ve baixar o seQUinte ato: edital de convocação; Júnior.

15 - Cfi!lSo Moredo Garcia . . 227,83


-223,66
CLASSJF ICAÇÃO F!~~~xgO I CONCURSO PÚBLICO
16- Cristlane Magalhães da C. Reis
17 - Luz. la Pandolf i 223,33
PARA TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCJAL 18 -Rene Fernando Egg Junior 216,00
JORNALISMO, TRADUTOR,
ENFERMEIRO E BIBLIOTECÁRIO lP -Tradutor- Alemão:
(Edital nll Tl/89, de 26-10-89>
-Técnico e111. Conrunicação_ Social -Jornalismo: 1 - UI f Grego r Baranow . 253,16
Total de Pontos 2 - Tibora Monica S. Fleming 229,66
3 - "liguei Araújo de Matos 218.66
--~--Maria Pon~es de Salgado C. Rodrigues 205,33
T- Jeová Franklin de Queiroz 409,20
2 -Vera Lúcia M. Sautchuk 39$.,40
3 - Mar la Teresa Cardoso . 391,30 IV - Tradutor - Francês
-11- Edson luiz. de Almeida 383,80
5 - Cezar Moura da Mo t ta . 382,80
6 - Lu i::~: Fernando M. Valls a~n. 10 1 - Jean François Cleaver -.- - 249,66
7- Celia Maria dos Santos L. Motta 381,53 2 - Leda ramega Ribeiro . _. 203,50
8 -Rita Cfe Cassia Nardell1 377,86 3 - Lucia Relner 201,83
9 - José Humberto Mancuso . . . • 376,73 4 - Gatar1na E-leonora F. da Silva 193,33
10- Viniclus Beck:er Costa . . . . 376,30
11- Flávio Antonio da SilYa Mattos 374,76
12 - Sandra Mar la de F. Mattos 374,10
13- Carlos Alberto de Alme-ida -372,53
t4- Marilena Chiare! TI . 370,30 1- Mar(x)Antonio P, da Silva 306,49
15 - Paterson Pereira . . . . 368,86 2- Vanda Maria B. Mendes - 290.16
16 - Cynthia Teles Peter SilYa 367 .5~ 3- Silvia Maria de Carvalho 283.91
17- DJalba da Silva Lima. 366, 7_3 4- Isabel Cristina Sousa Cardoso 281,91
18- Helena Maria Cfe F. Chagas 365,30 5 - Janete Garva-lho Freitas 281,66
IS- Helival Rios Moreira . . . 360,00 6 - Denise Costa Lisboa --279,83
20- Antôni_o Caraballo Barrera . . 359,66 7 - Raque 1 Rocha Lopes . .:2.7ª,00
-21 -Francisco Claudio C. M. Sant'anna 358,70 8- Eloiza Sales Correia . .
22 -Catarina de Carvalho Guerra 357.70 9 - uran1a Bueno da Silva . gg-:-~
23- A!Sssandro Gagnor Galvão 357,66 10- Maria Antonla da Conceição 236,49
24 :... José Leonardo RoCha 356,66 11 - Sueli cto _Carmo P. de 01 iveira 233,66
25 - Helena Lopes Daltro -351,06 12 -Maria Lourdes R. de Melo 229,83
26"- lei Ta Daher . . 3-llf,os _13- Antonia Cfe Fátima Gt;lmes 228.66
27- Edmlldon SOOrelra C. Júnior 337,66
28 - Cfnt ta Sasse . . , . 325.86 VI - Bibliotecãrlo
Z9 -Marcia RoCha . . . . . 322,80
30.: E li da Silva Te"iX.eira 317,66
31 -Clóvis Venuto·da S11va 316,46 1 - Stel i na Maria Mart 1ns Pinha 556,53
32 -Monica de Campos Curado 315,50 2 - Claudia Coimbra Diniz - 549,66
33 - &.!ely Bastos . . . . . . 306,26 3- Maria E leia F. Melo . 547,30
34•- José Florlano P.l. Filho 303,46 4- Adelaide Soares de o. Ve_1ga . 545,83
35 ·..:..~ M.jgue l Sodré Mendes • . . 301,30 5 -Si IVana Lucta Rios S. de Matos 537,.3Q
36- Rogério Bernardes de F. Tavares 301,06 6-Roseli Silveira . • . • .536.90
37 - Mário LUiz S. Cfa Costa 299,16 7- Gen_oveva Maria Almeida de Oliveira 534,86
38- Ricardo Icassatti Hermano 288,86 8- Maria de Fátima P. Jaegger 53-11.56
9 -Sueli Angélica do Amaral 527,60
I I - Tradutor - Inglês 10 - E1 iane Manhães Mendes 526,23
11 -Angelica Maria L. Vi 1e1a 524,2.0
1 - Istvan vajda 256,50 12 - S_í !via Regina G. Pereira . 520,_00
2 - Van ira Tavares de Souza . 256,16 13 - Mar ia Cr 1st Ina Pedr lnha. de Li ma 518.46
3 -Patrícia de Queiroz C. Zlmbr'es 255,00 14 - wa-ldérez Maria o. Dias . . . 514,.83
4- Theresa Gatharina de G._Campos 252,00 15 - Maria de Fãt Ima da S. Costa 513,33
5- Maria rsabeLde A.F. Bandeira Taveira 250,33 16 ~Maria Neves de O. _e Silva 501,60
6 -- Fablana Xavier O. Drumond . . . 250,16 17- Rachel Maci..tlan Sodre 496,50
7- Maria Letícia A.M. de Oliveir-a 247,66 18 - CIrene Vieira N. Bandeira 495~23
8- Pedro Tas lo V.S. Bezerra . . 246,00 19 - Marcela Santana- C~l_daS __ _ 494,76
9- Solange Arcirio de O. -Pedroza 241,66 2Q- Ne1Cfe Alves õ. de Sordi .· ~· i -1182,26
lO - Emmanue I C. Porto . . . • 233,86 21 - Elaine Rlcevich B. de Oliveira 477,00
11 -Antonio Gonçalves de A. Neto 233,33 22 - Ceres Mar la Veras de SandeS' 476,50
12 -Ricardo Alonso Bastos 232,33 2:3 - Margareth Araújo Lima 475.00
13- Geraldo Pereira de A. -Fillio 232,33 _ 24 - Odet~ Paes Si Jva . 468,10
14- Beatriz C. Meyer Sant'anna . 229,50 25- Maria Celeste José Ribeiro . __ 441,90
6850 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção ll)
Novembro de 1989

ATO DO PRESIDENTE que "Altera os llrtigos 32 e 34 da Lei n~ 6.697, agradece_ aos palestrantes e_ visitantes, pela
N• 256, DE 1989 de 1O de outubro de 1979, qlle institui o Códi- magnifica participação tanto nos debates
go de Menores, dando-lhe nova redação na quanto nos depoimentos, e, convoca os Se-
O Presidente do Senado Federal, no uso conformidade da Constituição Federal em seu nhores Membros da Comissão para a próxima
Capftulo VU, artigos 226, § 3°, e 227, caput,-- -reunião,-a realizar-se no dia 24 de outubro
da sua competência regimental e regulmentar,
de conformidade com a delegação de compe- apresentado pelo Senador Márcio Lacerda,_ de 1989, às 10:00 horas, na Sala de Reunião
tência que lhe foi outorgada pelo Ato da Co- Deixam de comparecer por motivo justificado, da Comissão de Infra-Estrutura, Ala Senador
missão Diretora n~ 2, de 4 de abril de 1973, os Senhores Senadores Joãd Calmon, Man- Alexandre Costa e, determina a mim, Kleber
e tendo em vista o que consta do Processo sueto de Lavor, Nabor Júnior, Alexandre Cos- Alcoforado Lacerda, Secretário da Comissão
n• O15.907/89-9: ta, Lourival Baptista, José fgnácio ferreira e TempOi'ária, seja lavrada a presente Ata, a qual
Resolve aposentar, voluntariamente, Arthur JarDas Passarinho. Havendo número regímen- lida e aproVada, será assinada pelo Senhor
levy Sequeira Schutte, Técnico Legislativo, tal, o Senhor Prestdente, Senador Antônio Luiz Presidente; indo à publicação juntamente com
Casse "Especial", Referência NS-25, do Qua-
Maya, declara aberto os trabalhos, dispensan- o apanhamento taquigráfico.-=--senador An-
dro Permanente do Senado Federal, nos ter- do a leitura da Ata dã. Reunião anterior, que tôn/o Luiz Maya.
mos do .artigo 40, inciso lU, alínea a, da Consti- foi considerada aprovada. O Senhor Presiden-
tuição da República Federativa do Brasil, com- te comunica a seus pares que a presente reu-
nião destina-se a ouvir em audiência pública SSTAQ- SACCC N' 263
binado com os artigos 515, inCisoU, 516, inci- DATA 10-10-89 HORA lOh 30min
so I, 490,-492, § 1•, 517, incisos IV e V, 488, . as palestras da Presidenta da Funabem, Dr"
§ 49, 502, § 2 9, 494 alínea -a, do Regulamento Ma-riiiã""Bandeira de Carvalho, e, a Presidenta
Administrativo do. Senado Federal (Edição da Frente Nacional dos Direitos da Criança, COMISSÃO TEMPORÁRIA
Atualizada- 1989), observado o disposto no Dr" Regina Helena Pedroso, e comunica tam- CÓDIGO DE MENOR
artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal. bém as presenças do Procurador de Justiça
Presidente: António Luiz -frfaya - Convida-
Senado Federal, 10 de novembro de 1989. e Coordenador da CUradoria de Menores, de
dos Marina Bandeira de Carvalho - Regina
- Senador Alexandre Costa, Segundo \/ice- sim o .Senhor. Juiz de Menores de Olinda, Per-
Presidente no exercício da Presidência. nambuco, que também participaram dos de- Helena Pedroso - Pompeu de Sousa- Luiz
bates como convidados. Após destacar a car- Carlos Figueiredo - Muniz Curt- Francisco
ATO DO PRESIDENTE Rolemberg- WUson Martins- Louremberg
reira pública dos palestrantes, o Senhor Presi-
N• 257, DE 1989 Munes Rocha -Antônio Fernando doAinara/
dente comunica os procedimentos a serem
811va.
adotadas no uso da palavra durante a reunião,
O Presidente do Senado Federal, no uso frisando o tempo aos oradores inscritos. Em O SR PRESlDJ;.NT~ (Antônio Luiz Maya)
da sua competência regim(:!ntal e regulamen- seguida o Senhor Presidente convida as Se- -No exercício- da Presidência da Comissão
tar, em conformidade com a delegação de nhoras palestrantes a comporem a Mesa dos Temporária de Código de Menores, substituin-
competência que lhe foi outorgada pelo Ato Trabalhos, passando a palavra, pela Ordem, do o presidente que se acha em viagem da-
da Comissão Diretora n" 2, de 1973, tendoe· -a Dr~ Marina Bandeira de Carvalho, que, agra- mos por abertos os trabãlhos desta manhã
e convidamos as Exrn·s Dr"s Marina Bandeira
em vista a decisão da Comissão Diretora em dece ao Senhor Presidente e a todos os Mem-
sua 29• Reunião Ordinária, realizada em 27 bros da ComiSsão_ Pelo convite, tendo assim de Carvalho e Regina Helena Pedroso a toma-
de outubro de 1989 e o que consta do pro-- a oportunidade de trazer à sua contribuição rem assento aqui na primefra -bancada. Os
cesso n9 007771/89-4; - à discussão sobre a necessária legislação re- nossos Senadores relatores es@o__viod_o_para
Resolve demitir, por abandono de cargo, gulamentadora que tornará viável a concre- a reunião e já se acha presente o Relator Geral
o servidor Raimundo Nonato da Silva, Artífice tização dos direitos das crianças e dos adoles- Senador Francisco Rollemberg.
de .Mecânica, Classe "Especial", Referência centes brasileiros, assegurados corn absoluta Como a Cbmiss·ão não tem necessidade
NM-30, do Quadro Permanente _do SenadO prioridade pela Constituição Federal,_especial- de quorum indispensável para os seus traba-
Federal. mente no seu art. 227. (em anexo o pronuricTa-- lhos, nós damos po iriicíado os trabalhos desta
Senado Federal, 10 de nOvembro de 1989.' menta na íntegra}. Continuando, SenhOr Presi- semana ·e convidamos, então, Para fazer uso
-Senador Nelson Caineiro, Presidente. - dente, Senador Antônio Luiz Maya, concede da palavra o Dra. Marina Bandeira de Carvalho,
a palavra a Dr' Regina Helena Pedroso, que Presidente da Funabem. --
agradece ao Presidente e demais Membros Antes, gostaria de lembrar-lhe que a Sr" dis-
COMISSÃO TEMPORÁRIA DO da Comissão, pelo convite recebido e faz um põe de tempo sufuciente para fazer o seu re-
CÓDIGO DE MENORES breve relato sobre a Frente Nacional dos Direi- lato.
4'~" Reunião Ordinária. realizada em tos da Criança, e que a luta não terminou ASRAMARINABANDEIRADECARVALHO
1 O de outubro de 1989. com a Constituição de 1988, ela avançou pela -Excelentíssimo Senhor Senador Nabor Ju-
questão da legislação ordinária. Entendendo nior, DD. Presidente da Comissão de Legis-
Às dez horas do dia dez de outubr_o de mil que, para haver uma mudança significativa lação sobre a Criança e o Adolescente no Se-
novecentos e o_itenta e nove, na Sala de Reu- no País, na questão da defesa dos direitos nado Federal, Exm''"Senhores-Seriadores, De-
nião da Comis_sã_q_d_e Serviços de Infra-Es- dessas crianças e do adolescente, é necessário - putados Federais, Senhores e SenhOras pre-
trutura, Ala Senador Alexandre Costa, presen- a mudança do panorama legal. (em anexo sentes a este momento de reflexão e discus-
tes os Senhores Senadores Antônio Luiz Maya, o pronunciamento na íntegra). Após as pales- são, desejo em primeiro lugar agradecer ao
Presidente em exercício, Francisco Rollem- tras das depoentes acima citadas, o Senhor Exm" Sr. Senador Nabor Júnior, Presidente
berg, Wilson Martins, Louremberg Nunes Ro- Presidente, franqueia a palavra, a quem dela da Comissão, o con:vite para-uazer minha con-
cha e Pompeu de SoUsa, redne-se a comissão queira fazer uso. Usam da mesma os Senhores tribuição ;__ a discussão sobre a necessária
Temporária do Código de Menores, que exa- Procurador de Justiça e Coordenador da Cura- legislação regulamentadora que tornará viável
doria de Menores, de São Paulo, Dr. Munir a concretização dos direitos das crianças e
mina o Projeto de Lei do Senado n~ 255/89,
que "Institui o Código de Menores e dá outras Cuty; Juíz de Menores de Olinda, Dr. Luiz Car- dos adolescente, brasileiros, assegurados com
providências", apresentado pelo Senador Nel- los de Figueiredo; os Senhores Senadores Absoluta Prioridade pela Constituição Federal,
son Carneiro, o Projeto_ de Lei do Senado no Francisco Rollemberg, W'Uson Martins, Lou- especialmente no seu art. 227 .
193/89, que "Dispõe sobre o Estatuto da . remberg Nunes Rocha e Pompeu de Sousa. Considero fundamental colocar, desde Jo-
Qiança e do Ad_oles:::ente, e dá outras provi- Nada maJs havendo a tratar o Senhor Presi- go, minha posição de não mais discutir tudo
dências", apresentado pelo SenadorRonan Ti- dente em exercício, Sen'ador Antônio Luiz o que o texto constitucional já consagra. Por-
to, e, o Projeto de Lei do Senado n~ 279/89, Maya, antes de encerrar a presente reunJão, tanto, entendo que a tarefa que a sociedade,
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção H) Sabado 11 6851

neste momento, atribui ao Senado Federal e Não podemos desapontar aS -áspirações da Atentos aos anseios da sociedade civil, te-
à Câmara dos Deputados é avançar na regula- sociedade civil Precisamos lutar contra o lento mos acompanhado a controvérsia e cremos
mentação çios dispositivos da Consituição. movimento___da iiísensível_ burocracia que se na capacidade brasileira de caminhar entre
O ponto básico das controvérsias que de infiltrou no serviço público tirasileíro. EsPeCial- dificuldades para construir a sua história. Jul-
forma muito saudável movimentam o País de mente nessa á~a de atendimento à criança. gamos entretanto fundamentais os seguintes
ponta a ponta quanto a essa regulamentação ~tas afirmaçõe_~á ãs_ fiZ no I Encontro Nactcr pontos:
de Absoluta Prioridade é: que crianças e ado- nal de Procuradores de Justiça e Curadores_ 1, O fato de a Constituição Federal ter ado-
lescentes são esses de que_ no_s__oçupamos de Menores e as repetimos aqui. Estamos real- ta do a doutrina da Proteção Integral da Criança
aqui? Em 1986,42,6% da população brasileira mente preocupados com a forma pela qual e do .Adolescente, pois somente através do
era constituída desse estrato etário. 57 milhões Estadqs e- Muniçípios assumir~o suas novas aten-dimento de di.reitos pelas Polític_as Sociais
e 770 mil pessoas de Oa 17 anos. Eles consti- funções de _execução da política social -no Básicas, O Brasil resolverá o problema margi·
tuíam 40,7% da pOPulação Urbana e 48,6% que se refere e se entende_ por seguridade nalizador das famílias, das comunidades e das
da rural. social. regiões ainda fortemente discriminadoras:
Vinte por cento desse totaJ, aproximada- Não nos cabe, çomo fundação instituída pe- 2. A Nova Ordem Constitucional está fun-
mente 11 milhões e 500 mil crianças é adoles- lo PoclerJ~úblico Federar, Com atruições espe- dada na autom0n1a doS Municípios, pois é aí
centes, são filhos de filmílias com renda men- cificas trazer aos Sel)hores lições de como que moram essas famílias, com seus grupos
sal de apenas 1 salário mínimo, o qUe dá I/4 legislar. O material que cidadãos brasileiros de vizinhaça, suas comunidades e sua ftxação
de salário mínimo per capita, se considerar- fizeram chegar a esta Comissão e o eXercício geográfica no território nadoi1al;
mos que a família médta brasileira é de 4 da democracia nos embates pela melhor legis- 3. A Noy_Çl Política daí decorrente deve_r ser
membros. Na faixa de 2 salários mínimos de lação certamente permitirão aos Senhores nos o reflexo das aspirações -a, sociedade civil,
renda familiar mensal encontram-se hoje 24 legar o melhor dtploma. considerada a sua diversidade e a presença
milhões e 700 mil crianças e adolescentes, de entidades _representativaS para o planeja-
ou 43% total. Acima dos 8 salários mínimOs Cabe-nos entretanto, trazer o testemunho mento lnunicipal, a formulação das políticas
de renda familiar mensal vambs encontrar dos esforços realizados pela Funabem em fa- sociais e p GQntrole da sua execução em todos
apenas 13% da população jovem do País. vor da descentralização preconizada pela nova
os níveis;
Carta, através da municipalização do atenti- 4. Nos termos da Constituição, cabendo à
Sem entrar na análise quantitativa do pro- mento dos direttos da criança e do adoles- União traçar a Política Nacional de Defesa dos
blema, baste-nos apenas lembrar o que tudo cente. Temos ampliado nossa ação de tal for- oM~:itos da Criança e do Adolescente, e sendo
isso significa em evasão escolar, ingresso pre- ma nesse sentid_o, que a Funabem de 500 a Funabem o órgão esp_ecífico para imple-
matt.Jro na luta pela vida - basicamente no convênios em 198Q, passou para 4.661 convê- mentação desta Política, cabe mais uma vez
mercado informal - com conseqüehte anal- nios assinados em 1989, atingindo 1.333 mu-- afirmar os princípios constitucidnais de:
fabetismo e o distanciamento de gerações su- nicípios brasileiros. Temos aberto novos cami- a) descentralização político~administrativa
cessivas das possjbilidades de um estado mí- nhos, preparando-nos para a nova Política que (art. 204 inc. I)
nimo de bem-estar social. advirá das deliberações do Senado da Repú: b) participação popular (art 204, inc. II)
Pois bem, Senhores, esse é o âmbito da blica e da Câmara Federal. O que a Funabem c) direito de conhecimento da imputação
legislação que nossa sociedade precisa ver realiza hoje, certamente tem sido transição pa- de ato infracional (art. 227, § 3~', IV)
promulgada com urgência, para que tenha- ra os novos tempos de cumprimento pleno
mos regras adequadas ao trato do problema, da C.rta Magna. d) igualdade na relação processual (art.
na sua abrangente complexidade, mantendo Em 1986 a Funabem tinha sob sua guarda, 227, § 3• JV)4
a Prioridade Absoluta que todos nós fiZemos em seus internatos, 5.000 - repito: 5.000 - e) defesa técnica por profissional habilitado
órfãos, abandonados, carentes, infratores. Ho- (art. 227, § 3•1V)
inscrever na Constituição que já completa um
je, esse n_úmero-não chega a 600:- repito: f) quando aplicada medida privativa de li-
ano de vigência.
Como Presidente da Funabem trago a esta de 5 mil que eram internos na Funabem em berdade, obediência aos princípios de brevi-
COmissão o testemunho do coinProrrilsso que 1986, hoje-não chegam a 600 --;J!desse_s 600, dade, ~~pecionalidade e respeito de à condi-
firmanos quando de nossa investidura, pelo 94 deficientes mentais que serão encaminha- ção peculiar de pessoa em- desenvolvimento
dos pelo Projeto da própria Funabem, acopla- (art. 227,§ 3• V)
resgate da cidadania das crianças e dos ado-
dos por Projetas Rurais apoiados pela Funa- 5~ Há portanto a necessi'dade de uma nova
lescentes em nosso País. A primeira parte, a
Constitucional, está concluída, e por isso néfo bem; e outras entidades, não dentro da Funa- e única lei_ fundada em Direitos Constitucio-
a discutimos. Queremos cumpri-Ia. E aguar- bem, 50 são menores com 16/17 anos, sem nais para que finalmente no Brasil tenhamos
damos a melhor legislação que o Congresso qualquer vínculo familiar, que residem em Uni- disposições harmónicas para tutelar estes dt-
Nacional, atento aos reclamos da sociedade dade da Fun;:Jbern_ como se fosse uma pensão reitos, já constantes da Declaração Universal
dvil, extremamente sensível ao tema, vier a e trabalham fora. Pouco mais de 400 - o dos Direhos da Criança.
aprovar na sua alta missão de P'oder Autóno- número oscila diariam-ente - são infratores. Órgãos Públicos devem sempre ter a trans-
mo da República. Um exemplo só no Complexo de Quintino parência requerida para que a Sodedade Civil
Queremos repetir nesta oportunidade o que onde em ) 9"S& viviam 1.500 internos, hoje veja sempre neles o reflexo de suas aspirações.
_7 .000 crianç_a_s_e adolescentes são atendidos A f"unabem diz aqui: presente!, trazendo seu
temos reaflfiTlado nos muitos eventos em que
a Funabem tem marcado a sua presença nes- em diferentes programas. On"de, POis; as· mãs- esforço institucional, de suas equipes, de sua
sa luta pelo resgate da cidadania das crianças morras da Fuhabem? Entendo que esses da- memória técnica, para_a transiç~o cujas regras
e adolescentes. Trazemos dessa luta, em parte d_Qs s210 inten~-Ssantes porque permitem provar finais, ao nível Federal, estáo sendo construí-
vitoriosa, o compromisso, agora renovado, de que é possível que uma entidade fechada se das pelos senhores desta Comissão.
transformar as práticas que geraram o quadro transforme para um momento novo que, gra- Multísslma obrigada pela atenção.
lamentável, vergonhoso, que é a situação su- ças a Deus, agora, tem a Constituição como Brasília, I O de outubro de 1989. - Jvléi!Ína
bumana vivida por tantas crianças crianças seu respaldo. Bandeira, Presidente da Funabem.
e adolescentes brasileiros: Também tiVemos -o privilégio de abrir o de-
bate para a legislação regulamentadoiZ! em O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
Estamos preocupados com a transtção en- questão, quando reunimos no Rio de Janeiro, - De acordo com o andamento dos traba-
tre o que está no papel onde foi impressa de 21 a 23 áe riOvembro de 1988 as válias lhos, nós, primeiro, ouviinos os RélãtOres e,
a Consti'tuição, e o que se poderá fazer, na correntes doutrinárias que militam pOr um Có- em seguida, é qu-e daremos a palavra aos Srs.
prática, para esse resgate integral da cidada- digo ou por um Estatuto regulamentador da Senaodres para fazer alguma argumentação
nia. Constituição. ou alguma observação. Portanto, nós vamos
6852 Sabai!o 11 · DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Novembro de 1989

passar a palavra, em seguida, a Ora. Regina Casas Legislativas nenhum p~jeto em andaw A partir dos 1 anos quando a criança come-
Helena Pedroso, Presidente da Frente Nado- mento que tenha tamanha discussão, no País ça a ficar mais complicada, começa a perder
na] dos Direitos da Criança. inteiro. como se encõritra, hoje, o Estatuto os _seus pn'metros dentes, já não é_ tão dócil,
da Criança e do adolescente, discutidos, induw j_á não lhe basta trocar as fraldas e lhe da~
Com a palavra a Ora. Regina Helena Pe-
sive, por crianças que são os seus destina- comidC!I, ela já aprendeu alguns palavrões, ela
droso. já começa a incot:nodar as pessoas, as institui-
~ri_os.
A SRA. REGINA HELENA PEDROS0"-'Sr5~ . Este movimento, esta Frente, Vem hoje aqui ções não têm muito prazer em lidar com elas.
Senadores aqui presentes, demais presentes, colocar um pouco da experiência que aJevou Então, aí sim, entrava o Poder Público nesta
é com muito prazer que a Frerite Nacional a defender esses pontos que hoje constituem tentativa de uma nova abordagem sobre essas
de Defesa dos Direitos da Criança se faz pre- o Esiatuto da Criança e do Adolescente. crianças, principalmente a nível de interior, na
s_ente, aqui, neste momento dando mais um Sendo um movimento municipalista nas- idade em que elas começam a ir para as ruas
passo de uma caminhada que se iniciou no ceu de uma prática que se desenvolveu em por falta de um atendimento.
início de 1985, quando essa Frente foi insti- São José dos Carripos, na €peca em que eu Trabã:thamos, então, com duas mil crianças,
tuída. • era Secretária Municipal de Desenvolvimento chegamos a atender duas mil crianças. A partir
Eu gostaria de fa1ar um pouquinl1o dessa Social, e tendo que cuidar da questão do então . dos 14 anos todas essas crianças trabalhavam,
Frente para me posicionar; este moviment? _cha_mado menor, do menino de rua, da crian· eram registradas com salário mínimo assegu-
que é um movimento de natUreza murUcipa- ça carente d9 município. rado, todos os direitoS trabalhistas assegura-
lista, pois nasceu num município - em Sào dos, assistência médica, assistência odonto-
José dos Campos, no Estado de São Paulo Começamos a desenvolver um trabalho lógica, alimentação, vestuário.
-no momento de um congresso que reuniu através da Prefeitura e colocar em p(ática
pessoas de 18 estados brasileiros, onde se aquelas questões que já vínhamos debatendo Não paramos aí. Criamos um programa de
debatia a questão social como um todo, pre- em nível nacional, de como deveria ser esse atendimento às crianças vítimas de maus traw
tendendo, daJ, a abordagem da situação, até novo tipo de atendimento que essas crianças tos, que- é uma questão muito séria que existe
aquele momento denominada de situação do necessitavam para que houves_se um mudan· e que não é prerrogativa de país do Terceiro
menor. E este movimento foi torilando corpo, ça no País. E ali começamos, então, a vivenciar MUridõ, como o Brasil, mas é um problema
foi cresc_endo, tivemos uma atuação muito uma série de experiência, m(l_S observamos que hoje aSsusta os Países mais -desenvolvi-
grande já no ano de 1986, -caminhando por que tratar a questãO a nível municipal, só de dos. Tanto que tivemos oportunidade de se-
tod.::. o País, levantando o deba~ sobre _essa São José do Campos, não era suficiente. Era diar, em 1988, um Congresso lritemacional
questão - o que era o menor, 'a que signifi- necessário que houvesse uma discussão mui- da Questão de Maus Tratos, aqui no Brasil,
cava essa luta, cano modificar essa situação to mais ampla, a riívEH qUase que político, de no Rio de Janeiro.
desses meninos pelas ruas e era uma situação uma frente. Uma frente que passasse a discu- Além disso, criamos um p~ram~f que .se
que a Frente entendia que a teria que ser de tir, tivesse como sua meta criar uma nova chamava Unidade de Atenção Judiciária ao
domínio de toda a cidadania brasileira. Com consciência a respeito da situação da criança Menor. Por que essa unidade? Exatamente pa·
jsto, chegamos até em 1986, a um congresso e do adolescente no Bras~. Isto foi sendo Jeito. ra tentar encontrar UO"! ponto em_ que fosse
nacional, realizado pela Frente, aqui, no Sena- Então começou a se criar, em paralelismo possívei ao MunicfpiÓ, a despeito .do atual Có-
do, no Auditório Petrônio Portella, onde, na entre a prática que se fazia levando a expe- digo de Menores, um trabalho em que fosse
conclusão desse trabalho nós redigimos o que riência à prática para uma discussão a nível possível o atendimento dess_es meninos a nível
ficou conhecido como a Carta de Brasi1ia. mais amplo, trazendo as questões dessa dis- do Município; em que tivesse um grupo de
cussão- mais ampla ao nível da prática. Isto técnicos e que nós dispusemos a trabalhar
Para nossa satisfação, no encaminhamento, porque toda vez que íamos discutir, fosso com como auxiliares do Poder Judiciário, tanto no
depois da Emenda Popular que chegou ao teóricos, com juízes até ouvíamos; "as idéias sentido de realizar estudos aos processos que
Art 22.7 -aos Direitos da criança e do adoles- de vocês... isso-- é_ utopia, não é possível na já estavam em andamento, mas no sentido
cente - nós podemos pegar essa Carta de prática, isto custa multo dinheiro! Não se tem de realizar uma triagem inicial aos casos apre-
Brasília de 19_86 e var que dos 9 pontos ali dinheiro, não se tem recurso, não se tem pes- sentados a juízo e fazermos uma triagem para
alentados hoje todos inseridos nos artigos que soal técnico"; e a nossa proposta foi de tentar ver o que era de naturezajudicial e o que
contemplam os direitos da criança e do ado- demonstrar, na prática, que isto era possível. era de natureza estritamente social.
lescente. A nossa luta não terminou na ConSti- Hoje, indistintamente, vão parar no Poder
tuição. Ela avatiçou pela questão ,da legislação OJ.egamos à conclusão que a única coisa Judiciário questão que não têm absolutamen-
ordinárta. Entendemos que para haver uma necessária para se alterar o panorama dessas te nada a ver com o sistema judiciário. São
mudança significativa no País, na questão dá - C:riãriças e adolescente, carente, abandona- questão de natureza tipicamente social como
defesa dos direitos dessas crianças e do ado- dos, infratores no Brasil, é a vontade politica. carência, abandono, e que acabam sofrendo
lescente, é necessário a mudança do pano- Basta a vontade politica. Havendo a vontade um atendimento como se essas crianças fos~
rama legal. É isso que vimos defendendo, par- política há a partipação da comunidade. sem infratores ou merecessem um tipo de
ticipando ativamente da própria feitura deste Gostaria de falar um pouquinho da minha atendimento que é o mesmo dado aos infrato-
hoje chamadçl Estatuto da Criança e do Ado- experiência, porque quando tão bem coloca res. Quer dizer, quando chegava ao Poder Ju-
lescente. Junto com outros movimentos foi a Dra Marina Bandeira, sobre a questão da diciário não tinha destinos diferenciados para
criado em 1987 o Fórum Nacional Perma- l)lUnicípalização, çle _que maneira os Municí- situações diferenciãdas. Acabavam as crian-
nente de Entidades não-Governamentais de pios e os Estados vão enfrentar esta questão ças tendo _o mesmo atendimento,
Defesa dos Direitos da Criança e do AdeJes~ uma vez aprovado o Estatuto da Criança e Conseguimos ieduzir em mais de 50% o
cente, que reuiniu maais de 20 entidades de do Adolescente, consoante com o que apre- número de processos no Poder Judici~rio de
luta por direitos da criançawadolescente e que goa a Constiutição ... atendíamos lá, dentro de São José dos Campos em relação à Vara de
participaram, juntamente com a Frente na- fei- uma fundação, e aí a municipalidade decidiu Menores. Passamos a dar um atendimento so-
tura deste estatuto. pela criaç_ão de uma fundação, desvincuJando cial aos cas_os e elém nem se encaminhavam
Tivemos o grande apoio do Ministério PúbJiw da Prefeitura este atend:"Tlento. para o Poder Judiciário. E aqueles que iarri
co_ ae São Paulo, de pessoas, de Juízes de Atendíamos a_ duas mil crianças entre 7 a ao Poder Judiciário já iam i:-om todo um estu-
outros Estados, como tiveram oportunidade 18 anos de idade. Por que a partir dos 7 anos? do de caso, toda uma análise feita com verifi-
de ouvir, a semana passada, o Dr. Amaral, Porque atê os 7 anos ha'4am várias instituições cação de família, etc.
e esse movimento foi crescendo, tal uma bola do Município que já se ocupavam desta ques- Em São José dos Campos, cõnSeQ-úirrios
de neve e hoje se encontra em todo o Brasil, tâo, do atendimento as crianças até os 7 anos com os recursos que tínhamos rriandãr de-
quer dizer, acho que hoje não existe nas duas de idade. volta, localizar a família de menimos do Mara~
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seção D) Sabado 11 6853

nhão, do Pará, de Pernambuco,- que tinham "Mas isso é um município como São de Educação, o Secretário de Esportes, o Se-
se perdido das suas familiaS ein determinado José dos Camp-os que é rico. Vocês têm cretário responsável pela área social do Muni-
momento de sua vida e que nunca ninguém uma arrecadação fantástica," cípio, para que haja, realmente, um atendi-
tinha se·preocupado em tentar colocá-los em mento integral _à <:riança e ao adolescente.
contato novamente. Isso foi feito. Essas crian- Mas não é bem assim, não. Conseguimos-
co-nvênios_ c:om_ ~8- empresas locais. Eu pode- Entendemos que éJ,atendimento deve se dar
ças nunca chegaram a entrar no Sistema Judi~ através das políticas sociais básicas, sim, mas
dário de atendimento. Isto chegou até o Tdl?u_- ria citar ãlgulnaS inultinacionai$: Johnson, Ko~
dak; Avibrás, Ba-nde; enfim, desdé multinacio- a nível supletivo para aqueles que aindã não
nal de São Paulo, e em 19_87 mandaram um conseguiram-. enquanto não tivermos uma re_-
grupg de 45 novos Juízes de Menores de S~_o nais até consultórios de advocacia, consultó-
riOs dentáriOs, de: médicos, p_equeitas empre- forma de maior alcance no País, de um país
Paulo para conhecerem o ~msso traba1ho. estrutural que permita ao trabalhador ter um
Com isso acabamos criaildo_uma casa para sas de turismo; 68 empresas que fiZeram con-
vênio conosco para a colocação desses meni- salário digno, que possa manter a sua família
reCeber aqueles ineninos que se encontravam Integralmente, que não Se-Consíga dar um
na rua, porque muitas vezes se pegava um nos, para a parte finãl da sua profissionali-
zação. - atendimento integral à educação a todos neste
garoto na rua e ia para o polícia. Então, a País. E; prec_iso que se tenha um atendimento
desculpa de se m<.Jilter esse menino na Dele- Essas empresas nos pagavam o salário mí- supletivo para acabar com essa sit!,!ação que
gacia é de que não se tinhaJo!:a1 ade_quado nimo integral, mi:JiS 35% de encargos sociais aí está hoje: milhares -e milhares d_e crianças
para abrigá-lo. Então, ele ficava 3, 4, 5, 1O e junto com a instituição. Não numa situação nas tuas sem um atendimento que, hoje, lhes
dias preso numa Delegacia de Polícia. · como a que propunha aquele programa "Bom é de direito.
Criamos uma casa coin plantão de 24 horas Menino", que passava a Ser da responsabi-
para que isso não fosse uma justificativa para lidade da empresa o trabalho social, mas uma E para nós, como tão bem colocou a Dra.
a permanência desses meninos na_s~Delega­ parceria entre ínstituiçáo e empresa, porque Marina Bandeira, a questão da doutrina, que
cias. O menino era prendido e imediatamente entendemos que não é trabalho da empres.a hoje se encoritra esta contradição entre código
podia ser levado, havia uma cama, havia um fazer serviço social; quem deve fazer serviço e estatuto. E eu queria lembrar palavr?s do
banho quente, havia uma roupa para que ele social são as intituições de serviçb social, mas Deputado Nelson Aguiar, que encaminhou o
pudesse receber um prüneiro atendimento até uma parceria para que essas crianças pudes- estatuto, na Câmara, ele diz:
que os técnicos, no dia seguinte, pudessem sem, assistidas por uma e por outta ao mesmo "Ou se reVoga a Có"nstituição ou se
estudar a situação. Grande parte deles eram tempo, terminar a sua profissionalização. revoga o Código."
meninos muitas vezes do próprio município,
com famílias morando lá, e que no dia seguin- Isto teve um resultado tão satisfatório _que Acho que a questão está colocada. Os cons~
te podiam ser levados_ para as suas casas e eu go~ria de dizer a Kodak, por exemplo, Jituintes optaram pela Qoutri_!la _fia proteção
o problema terminava ali. Outros não, eram que tinha cinqüenta ineninos, cinqüenta jo- integral. - - -
crianças, como tivemos oportunidade de aten- vens trabalhando "?I empresa, e quando esses
meninos _<:ompl_etavam 18 anos as empresas Ora, _o Código está todo pautado na doutrina
der, que tinham vindo de Estados do Nordeste da situação irregular. Como conviver com es-
com mendigos que tinham sido encontrados os contratavam; Por- que eleS_ j2J conheciam
'!l empresa, o trabalho já era conhecido, havia sas duas situações? O próprio Dr. AlíriO decla-
.em pronto-socorro em coma alcóollca, e ca- rou que a doutrina da situação irregular é uma
sos, até, que se teve que fazer exame de verifi~ toda uma parte ':fe ccirinho, inclusive dos fun-
cionários que tinham acompanhado aquele doutrina intermediária. Ora, ilõs queremos a
cação de idade porque não se conseguiu, o maioridade. O Brasil depois desta -Constitui-
menino nãó tinha identidade civil. QUer dizer, menino em seu processo de desenvolvimento,
_ele acabaVa ficando como funcionário da em- ção, tem direito a uma maioridade, maioridade
não existia, civilmente, neste País. da cidadania, e da cidadania inclusive das nos-
Isto não é um caso, são inúmeros que sabe- presa.
sas crianças e adolescentes.
mos que estão por ai
A Kodak, com-base na experiêrida realizada lsso_só é possível se defendermos essa tese
Criamos, também, um trabalho em relaçáo na empresa de São José dos _CampOS, decidiu
da proteção integral que já está consagrada
aos meninos drogados. que em todas as empresas Kodak, no Brasil,
na Constituição.
São José dos Campos é um município de haverá um trabalho com jovens carentes, a
600 mil habitantes, no eixo São Paulo Rio. exemplo daquilo que foi feito lá. Então,- acho qUe, em linhas gerais, o que
De três anos para cá, começamos a obs_ervar eu tinha para colocar é isso. Se os Senhores
EntãO, "isso nos mostra que há um mundo tiverem interesses em mais alguma questão
a entrada da cocaína de uma maneira ass_usta- a ser c-onquistado. Agora, para que isso seja
dora no nosso Município, como em todos os a nível da municipalização. Acho que esta é
feito é precisq que haja toda uma mudança uma questão, pelas caminhadas que tenho
demãis municípios brasileiros. Hoje essa é
na Constituição, dando meios e criando meca- feito pelo Brasil, com contato com diversos
uma questão muito séria. Acabamos criando, nismos para que o Município possa avançar
a nível da· própria instituição; aberta, já não Prefeitos, a informação que a gente_ tem é de
nesta terefa que é sua. que, cada vez· mais, os Prefeitos estão que·
-mais só_ restrita aos meninos atendidos stste-
maticamente pela instituição, mas para toda Entende-mos que isso só -é pdssível a nível' rendo criar mecanismos no seu Município de
a cidade, um ambulatório de reCuperação de do Município. atendimento às crianças e adolescente, des-
drogados, com supervisão, inclusive, de um vinculados, inclusive, da estrutura política, pa-
Quando me pergUntavam hoje, aqui: "Mas ra que não sofram a solução de continuidade,
psiquiatra de São Paulo que havia feito sua essa questão desse menino náo está intrinse-
'especialização com o Dr. Oliver Stein, que é que é aquilo que está se apregoando no Esta·
camente ligada cdm a questão da educação"? Mo, a criação c::los Conselhos Municipais, doS-
a maior sumidade neste campç no mundo, Estál Mas é muito mais difícil, 1:-~ma união aqui
com a experiência Mamotain, em Paris e cria- Conselhos Tutelares. Quer dizer, é resgatar
a nível da União, do que a nfvel do Município, aspectos perdidos da nossa cidadania, que
mos uma chácara para a recuperação de dro- onde as Secretãi'ias estão lado a lado. a Secre-
gados, para aqueles meninos que: não tendo são as _forças vivas existentes nas nossas co·
taria de Esportes tambem tem que estar junto. munidades, que estão aí. Então, é o espaço
família, tinham necessidade de outro tipo de O espOrte é um -elemento fundamental para
atendimento que não o ambulatorial. de que essas forças precisam para começar
o resgate da dignidade dessas crianças. A Se- tudo isso a efervescer e criar uma nova ordem
Com isso pretendemos cobrir o leque dos cretaria de Saúde ~em que eStar jur~:to.-
problemas relativos à criança e ao adolescente social, no que se refere aos direitos da criança
que existiam em São José dos ·campos. Con- Então, quando no estatuto se preconiza a e do adolescentes no Brasil.
Seguimos fazer convênios. criação- dos Cçm.SeJ.ttos Municipais Paritários, Muito obrigada. (Palmas)
Então, quando a gente fala Isso as pessoas é fur:tdamental que nesses ConSelhos estejam Só um instantinho; Senador. Eu queria só
dizem: presentes o Secretário de Saúde, o Secretário aproveitar, o Deodato me trouxe aqui, para
6854 Sabado 11 Novembro de 1989

mostrar aos SenhOres-estes pacotes. Isto aqui de de cada filho, mas sim determinar, dar ins- .Ainda a palavra continua franca para quem
são assinaturas de crianças e adolescentes, truções. dos Srs. Juízes e Cw:ad.ores desejar dela fazer
de jovens, vindas de todos os lugares do Brasil, O filho recebe ordens, obedece e, depois, uso, porque participam conosco deste debate.
pedindo aos Senhores a aprovação do Esta- a escola, longe de educar, porque educar é Dr. Luiz Carlos-de Figueiredo, Juiz de Meno-
tuto da Criança ~do Adolescente. ensinar o educando a aprender, e não fornecer res de Olinda, Pernambuco, V. EX" tem a paw
fórmulas feitas e acabadas como se a criança lavra.
Já ftz algumas xerox, deixei na Secretaria fosse um computador, porque_há uma forma
'da Córníssão. Estas estão chegando agora. O SR LLDZ CARLOS DE AGUEIREDO -
Pegamos no Correio e não tivemos ainda nem
de. autoritarismo ai e um autoritarismo do falso Sr. sei1ádor, srs: senadOres;--JuízeS, _PrOmo-
conhecimento que a criança acaba incorpo- tores, coleQ-as e demais autoridades presentes,
oportunidade de abri-las. -rando, porque só ela só incorpora aquilo que tomo a ousadia de, em nome dos colegas
Mas eu quis traz_er aos Senhores para_ que el_a"_ apreende; só apre!'lde quando apreende Magistrados, dirigir algumas palavras, neste
os Senhores vejam que, somente através de o conhecimento. Isso gera um fenômeno polí- momento, a partir de quando foi dada a "can-
um projeto dessa natureza, com a particiJ?açã~o tico graVissimÕ que, aliás, eu gostariã que a ja" para·que os juízes falassem também, pri-
da sociedade, principalmente dos destmatá- Di"' Regina Helena tivess_e_ mendon<!_do o as- meif6-aCho que é até uma obrigação moral
dos desta lei: istO-e criar consciêhcia de uma pecto político da questão, porque sugere um saudar o democrático gesto.
verdadeira cidadania. Acho que é. isto que o fenômeno político- gravíssimo, que é o apassi- A reunião em si, do modo que está posta,
Brasil está precisando neste mOmento: do seU vamento do nosso povo, que cria uma situa- já é uma prova de democracia. Estamos traw
soerguimento. Para se ter um Brasil de pé ção muito grave no destino político do nosso zendo segmentos-da sociêdade_para defesa
é preciso que demos condições a essas crian- Pals, que é o surgimento de _uma das formas de pontos de vista de uma Lei tão importante
ças e jovens, que ~o o futuro deste País, _e mais velhacas de trair o povo, que é o ~pu­ que se dirige, tem _como destinatário primário
somente através da sua conscientização -va- lismo. O populismo é exercer o poder através ro..ais de 60-milhões de brasileiros.
mos poder ter um Brasil de pé, não mais um do paternalismo que cria o filhialismo: _o_ pai Eu gostaria, neSta ocasião, siinplesmerite
gigante adormecido. (Palmas) _ pode tudo. O poder pode tudo; pode_ inclusive, de fazer um comentário do por quê, a nível
de vez. em quando, dar um favorzinho ao· povo, pessoal, me engangei nestaluta para Colabo-
O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya) ao filho, favorecer o filho com 'um bombom rar na busca _da aproVação do Estatuto~-_ -
- A Comissão recebe todo esse acervo de ou um picolé, isto é, __traduzindo em termos Sempre fui um homem curioso; sempre
assinaturas,_aliás, i'naiS do que isso,· e encami- políticos é dar, como favor, unia migalha de procurei discutir e ·apreender nos moldes do
nhará exatarnente para estudos e para apre- direito que o povo teria, isso ele não aprendeu poeta recém-falecido, Raul Seixas, de qu.e "é
ciação. ~-'COfiquiStar, porque foi apassivado através melhor ser metamorfose ambulante do que
A oportunidade queremos registrar a pre- desse ptocesso,-'sciigem ainda .95 rr1:i_tos dos ter a velha opinião (armada sobfe tudo". E,
sença, nesta reunião, dos Srs. Juízes e dos "pa1s dos pobres", e que sempre dlssemos dentro desse conceito, três coisas me cha-
Srs. Curadores, que pattidpam do I Encontro e "mãe dos ricos", porque é através_ desse mam a atenção: a primeira é a- de que a teoria
JudiciáriO Parlamentar sobre a Justiça da l!J.· processo que os ricos dominam a vida neste tutelar que hoje embasa o Código de Menores
fância e da Juventude, e para eles-os nossos país, há 489 anoS: O povo f!ãO conquista nada, vigorante, está sendo banida do mundo jurl~
cumprimentos e desejamos que participem não aprendeu a conquistar, porque fordeseçiu- .dica inteirO, em tOdas as nações civilizadas.
do melhor modo possível, exatamente nesse cado para ser apassivado: Eu a felicitO pela
encontro e que desse encontro saiam luzes, sua posição. Eu luto por isso há muitos anos. Hoje, são conceitos que n~o mais são_acei-
para que o problema criança e adolescente Desde que eu tinha 14 anos e entrei num táveis. Hoje, Com a convenção de novembro,
seja realmente equacionado a nível nacional. movimento chamado Aliança Liberal que "!_Ca- os países signatários serão responsáveis para
Aliás, já abriniOS -até esjiaÇõ ....:..... a- t:oJTIISSão, bou desembocando na Revolução de 1930. colocar aquelas normas da_.ONU nas suas-le-
tem tempo suficiente para isso - para que Costumo dizer que minhas palavras são préw gi516ções ordinárias de cada país.
alguns dos Srs, Juízes, ou Curadores usem históriCas: EU lutO- por -isso e essa luta não Se isso é bom para o mundo inteiro, por
da palavra nesta oportunidade, (Pausa) qUe não seria bom para o Brasil? Somos nós
é fácil porque essa luta tem que ser desenw
volvida para uma conscientização coletiva, diferentes? Se esta é ulna pi-op-o-sta que, a
O SR. POMPEU DE SOUSA- Infelizmente, rigor, nasceu de milhares de mãos, de Juízes,
qtiàse que um trabalho de apostolado. Por
nenhum dos Srs. Curadores ou Juízes vai usar outro lado, uma conseqüência nO ponto eSpe- Promotores, Funabem, Febem, Movimento de·
esse intervalo; _até pref~ro que usem. Mas eu Menino de Rua, Frente Nacional de DefeSa
cífico do direito da criança e do {tdolescente,
gostaria de dizer uma palavra breve. Em pri- _a revisão do processo eminentemente coer- da Criança e do Adolescente, se tantas pes-
meiro lugar para me justificar por chegar atra- soas estão- pensando- igual, se as_ propostas,
citivo, punitivo, repressivo, e gostei muito
sado, mas é que aqui, neste Senado, precisa- -quanclo se tentava estudar de Norte a Sul do
qUando a Dr" Marina se referiu que quando
mos ter o dom da ubíqüidade e, na verdade, a criança começa, com sete anos, a _aprender Brasil, sempre eram similares, bastava apenas
Deus não hos doto_u a todos nós,_ com esse _ uns_ palavrões e a tomar umas atitudes; isso ser tecnificadas, mas o conteúdo era o mes-
dom. Eu que saio prejudicado, porque não ê uma tentativa de Udi ser autónomo, mais mo, será que todo o mundo está pe.nsando
vi à exposição da autora Maria Bandeira de do que uma tentativa; como se pretendesse errado e alguns Juristas, çlentro dos seus gabi-
Carvalho, mas felizmente_ tenho realmente a esmagar desde o nascedouro. De forma que netes, interpretando um código que não tem
solução desse prÇ~blema com o texto .aqui esM eu Qostaria apenas de dizer isso, Sr. President~ dado resultado e a realidade brasileira mostra,
c!Jto~ qu_e vou ler. É, pelo menos, um prêmio será que- tOdos-eles estão certos e o País inteiro
meus caros colegas e Sr"5 Cuidaril de que um
de consolação. Quero· felicitar a autora, Ana está errado? E, nessa_ minha visã9 curiosa,
problema específico, mas considero que esse
Pedroso, pelo cOnteúdo ideológico da sua po- __trabalho é da maior importância para o destino piocurei,~dentro dos centroS-de intemarriento
sição, porque este velho, hoje Senador, velho deste País. de lnfratores, em Pernambuco, ouvir a palavra
Jornalista, velho Professor, jqmalista há mais dos ~=U"Ópri~s menores. ~-~~-o -eles que dizem:
de 50 ·anos, Professor há _quase __60 anos ...,.,. M_uito obdgado.
~'Dr. aqUele .outro ali é-filho de rico e
desde os 18 anos, estou com 73_-. naVerdaM <YSR~ ANTÓNIO LUJZ MAYA (Presidente)
tein Advogado; eu não tenho! Dr., porque
de eu me felicito em encontrar essa posiÇão ::._ NOb!eSeriadoi -Po!ilp~eú de Sousa, ria sua
eu fii urria-besteirinha, estou aqui há tantO
de tratar a criança como um.ser autónomo, juventude, pOrque nãO obstante os cabelos
tempo! E aquele outro a(j que fez algo
porque esse _constitui, realmente, um dos brancos, V. Ex" tem alma de jovem, ele parti-
de tão grave já está sai!ldo! Tem liberdade
grandes males histórico-culturais deste Pa~s. cipa, com multo interesse, da Comissão, é
ncffiffi-de semana e eu não tenho?"
Sustento que a família brasileira é excessrva- membro, e tenho certeza de que sua contri-
mente autoritária e não procura desenvolver, buição será prestimosa no sentido de encon- Será que esses, mínimos de direitos. _que
.estimular, nem sequer aCeitar a individualida· trarmos os caminhos verdadeiros._ nós, qu~ nos dizemos democratas, que cobra~
Novembro .de 1989 · · DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Sabado 11 6855

mos para todos nós, será que essas crianças, Promotores de Justiça Curadores de Menores, Quero felicitar, a Dr" Marina Bandeira de
esses adolescentes não têm esses direitos a trazer aos senhores, também, essa versão Carvalho, a Dr." Regina Pedroso, pelas exposi-
também? do Ministério Público do Estado de São Paulo. ções que flleram nesta manhã, assegwando-
Penso _que é a_ única proposta para, realmen~ Concluiria essa brevíssima manifestação, lhes e oferecendo-lhes o compromisso de es-
te, resgatar a cidadania desses brasileiros. Isso dado que me alongarei mais rio dia 24, asse- tudar com muito carinho e apresentar um rela-
é lrnportante no marco histórico, importan- gurando aos senhores que o Estatuto da tório_ que represente, realmente, os ans_eios_
tíssimo. Não só os Srs. -parlamentare_s-.que te- Criaõça- e- do Adolescente corresponde aos da sociedade civil brasileira. São estes os meus
rão o dever de analisar e fazer fa melhor lei anseios de Juízes e Curadores de Menores propósitos.
no momento possível, mas de todos nós qu'e dos ditos _Est!.do_s_ricos, São -Paulo, Santa Ca- (J SR. ANTONIO UJ!Z MAYA (Presidente)
estamos _aqui, essa luta de que isto não é o tarina, mà's também dos nãssos Esiados Po-
Brasil nosso, isso é o Brasil do fururo. -Também para comentários e indagações,
bres, Paraíba, se não me engano, Amazonas, perguntaria ao nobre Senador Wilson Martins,
Muito obrigado. (Palmas.) tenho o parecer de um dos Juízes de Menores, que é o Relator parcial da Parte Geral, Livro-
a obra escrita por ele, identificando a atual I, se gostaria de fazer uso da palavra.
O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya) legislação de menores como elitista, discrimi-
- O assun-to, sendo o mesmo, não vemos natória e intervencionista. -- - O SR. WILSON MARTINS (Relator) - Sr.
por que não ouvir também, da parte das Cura- Poderei assegurar aos senhores que _corres- Presidente, Srs. Senadores, Exm~ S~ Ma~Da
darias dos Menores, o s.eu representante, Cu- ponde não só aos anseios de milhões de c:rian- Banderira âe Carvalho Exm~ Sr" Regina Helena
rador, Procurador de_Justiça, Dr. Munir Cury, ças trazidas pela Professora Regina, coma cor- Pedroso, conferencistas desta manhã na Co·
da Coordenação_ da Curadoria_ de Menores, responde aos anseios também de grande par- missão Especial de Menores, Exm95 Srs. Juízes
de São Paulo. te dos que militam na área da Justiça de Meno- Curadores, pessoas presentes a no_ssa Comis-
O SR. MUNIR CURY - Exmo. Si'. Presi- res e que desejam uma mudança. são:
dente, Nobres Srs. SenadOres; ilUstres magis- O"Códígo- de Menores, de 1927, pratica- Sr. Presidente, gostaria inicialmente de
trados, Curadores de Menores: mente repetido pelo Código em vigor, de cumprimentar as ilustres conferencistas pelas
1979, é um código que apenas a pobreza, palavras iniciais em que elogiaram- a nossa
Agradeço este espaço que foi concedido que permite a destituição _da pátrio poder tão- Comissão, pelas informações que nos trouxe-
a nossa manifestação, gostaria de ser brevís- só e_ exclusivamente em função da pobreza, ram, predosfssimas, sein dúvida, para que nos
simo, dado que pretendo fazer tão-somente e acho que este é um momento de reflexão debrucemos sobre o trabalho da maior com":"
uma saudação e firmar um posicionamento, dos Srs. Senadores, e para isso nós, que milita- plexidade que temos pela frente.
sobretudo em razão de ter sido honrado em mos n~ssa área, queremos _ser somente a ala- Gostaria, com este mesmo propósito, de
receber um convite desta Casa-para estar com vanca, os óculos dos senhores para que os procurar maiores informações e dirigir-me a
os Srs. Senadores, proferindo uma palestra, senhores possam _vislumbrar a real condição ambas conferencistas, extraindo informações
um esclarec::imento, colocando-me à dispo- ein que se encontra a Justiça. outfas. Assim é que, inicialmente, perguntaria
sição a respeito desse posicionamento, a favor Então, despe§o-me dos senhores,_ até o dia a Exm~ Sr"_Marina Bandeira de Carvalho, dii-
do_ Estatuto da Criança e do Adolescente. 24, para os aebates e os esdarecimehtós, rião níssima Presfdente da Punabem: O relatóno
No entanto, ao ensejo de agradecê-los gos- sem antes agradecer novamente o Interesse da Funaberu. de 87, divulgado em "88, registra _
taria de recordar, sobretudo,_que no mês de 4~te_J~~paço assegurado. Muito _obrigado._ que a instituição atendeu, direta e indireta-
agosto próximo passado, o Ministério Público (Pãlmas.) mente, naquele" ano, 684.134 menores. É um
do Estado de São Paulo reuniu, em São Paulo, número insignificante, mesmo nã: hipótese de
Promotores de Justiça, Juízes de menores e O SR. ANTONJO LU!Z MAYA (Presidente) ter sido duplicado na atualidade, se compa-
Técnicos de todo o Brasil, num total de duzen- -Para comentários e indagações, indagaria rado com o número de menores carentes e
tos participantes. ao Sr. Relator-Geral, Se-naaor Francisco Ro~ abandoandos; 37 milhões e oito milhões, res-
Os Senadores aqui presentes devem ter fe- llemberg, se gostaria de fazer. uso da palavra. pectivamente, segl!ndo o Dr. Libomi Siquel~a.
cebido as conclusões desse encontro. E a mo- 6 SR. \=RANascó ROLLEM8ERG (Rela- De acordo c:om esse relatório, a Administração
ção prindpal foi pela revogação do atual Códi- tor)- Sr. Presidente, Srs. Expositores:- Geral absorveu 26,42% da i'ecelta da institui-
go de Menores -repito, eram duzentos parti- ção- nos gastos com assistência ao menor,
cipantes, entre Juízes, Curadores e Procura- Soniás daqueles que se julgam t~mbém 73,4.8% da receita destinou-se ao Pasep.
dores Gerais de Justiça de todo o Brasil - metamorfoses ambulantes. Daí o nosso pro- Perguntamos se os gastos com cominu-
e a promulgação de uma legis1ação consen- pósito, quando aceitamos ser o R~làtor-_Geral cação soda!, documentários, periódicos,' jor-
tânea com a atual Constituição Federal. numa matéria tão--interessante, tão atual, tão nais, publicidade etc.,- são computaâ~s como
No dia 24, quando estiver com os senhores, contundente, até, participarmos desta Comis- despesas de assistência ao menor. E a per~
trarei tarnbéru. um texto que foi elaborado pelo sà:o, não só ouvindo os que aqui comparecem, gunta que fazemos.
MinistériO Público de Estado âe -Siló Paulo, rnas também algl.uis JUíZes de Menores e Pre-
preocupado que estava com os primeirOs ai- sidentes de Tribunais de Justiça, de uma ma~ ASRA.MARJNABANDEIRADECARVALHO
bares do Estatuto da Criança e âo Adoles- n_e:ira partiCular. Porque não temos parti pris. -Vou tentar responder a essas questões para
cente. Não queremos-chegar a esta Relataria com ajudar a esclare_cer alguns pontos.
O Ministério Público do Estado de São Pau- o juízo já formado, com um pré-julgamento.
lo, através da sua Procuradoria Geral de Justi- Por isto, Sr. Presidente, Srs. expositores, vou O que posso dizer é que o número de seis-
ça, constituiu uma comissãáCOilJUnta de re- me furtar quase sempre de participar- dos de- centos e poucos realmente_ é ridículo dentro
presentantes da área do Direito aa Família, bates e das discussões, para ouvir,ouvir, ouvir, da realidade bras~eira. Terminamos o ano de
do Direito Penal, da área de menores, para aprender, aprender, aprender, e poder, se for 88 com um rriílhão e pouca. Como foi pOssível
que pudessem discuti! não s6 a questãó' da posslvel. tirar deste ouvir e deste aprender o aumentar? Simples: Em prim'eiro lugar, a Fu-
competência -estabelecida pela EstatUto dã que seja melhor para o Brasil, para o menor nabem está cada vez mais, apoiando entida·
Criança e do Adolescente, mas para aperfei- brasileiro. des particulares, prefeituras, o que permite
çoar esse texto. E o Ministério Público do Esta- Estamos sentindo de que, realmente, algu~ ampliar a presença, o apoio técnico e fman-
do de São Paulo chegou a um consenso, que mas coisas têm de ser feitas. O atual Código ceiro da Funabem. Em s'egt.indo lugar, os ri-
é o texto oficial da Procuradoria~Geral de Jus- de _Menor não_ atende essas necessidades do cursos da Funabem, em númerbs globais, as
tiça e da Associação Paulista do Ministério Pú- momento. Há de se f~er um Código de Meno- despesas com administração, incluindo pes-
blico. Comprometo-me com os Serihores, da- .res, um Estatuto do Menor, alguma coisa que soal, são ern torno de 14%. V. Ex" faia per-
do que esse texto foi distribuído aos partlcl-- seja atual e que obedeça aos preceitos oonsti- gunta sobre publicidade e também me sinto
pantes desse Primeiro Encontro Nacional de tucionais_ora vigentes. É este o meu-propósito. honrad_a de: poder esclarecer que, por exem-
6856 Sabada 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOQNAL (Seção D) Novembro de 1989

pio, que esses spots que têm saído na televi- que todos aqui estamos plenamente de acor· que incluiu, em alguns casos, a construção
são -recentemente são no horário gratuito da do com tudo o que há de nefasto nos grandes. de prédios para evitar que fossem todos po~:­
Presidência da República. Portanto, é zero o "intemãtos. -- a capital, como ocorre, em média, nos outros
custo. Investimos, sim, num spot de qualidade. Agora, internato, semi-internato e horários estados do Brasil. Como evitai que um menino
Mas, a transmissáo foi gratuita por ser um em curSos_ que lhes interessam. Resultado: os que está soltando sua pipa e pulou o muro
horário da Presidência da República. De, modo meninos estão vindo, com satisfação, estamos para pegá-la - é pequeno, preto e pobre,
que entendo que essas informações do Juiz desenvolvendo uma pedagogia alternativa que portanto, é bandido. Estou relatando um fato
Diborne precisam ser mais específicas e preci- atenda às crianças e não_ aos in_te:resses dos q~e ocOrre, comumente foi pilra o jUizado,
sadas. Como presidente da Funabem, o que professores ou da instituição. Resumo: eu. no no interior. Não sei por que, mas fof mandado
posso afliTTlar é qúe 14% de um orçamento momento, não tenho a informação preclsa. para a Funabem. Agora, procure na capital
-permita-me o desabafo -literalmente ridí- Comprometo-me a mandar para V. Ex• quanto o parente dessa criança na favela de um subúr-
culo para lidar com esse problema, muito faze- custa, com o rriesmo dinheiro, onde se_atendia bio de uma cidade do interior. É difícil. Portan-
mos técnicos da Funabem, que são em núme- 1.500 hoje se atende 7.00:0. __ to, descentralização, dar a municípiosknow
ro desprezível para as necessidades do País. how, assessoria técnica para qui:! cuidem des-
-USR. WILSON MI;RTINS- Muito obrigado
A Funabem está hoje presente, com pequenos sas criançaS. Então, o prédio, na ininha opi-
escritórios, em todas as unidades da Federa- a V. Ex!' nião, é o mínimo, é a base física. _Mçts, todo
ção, Incluindo Amapá, Rondônia, Roraima, Considerando a experiência da Sr" à frente know how que foi necessário repassar e que
Acre, com média de 4 técnicos em cada escri- da Funabem, gostaríamos de saber a sua opi- indui conselhos sem a participação da comu·
tório. Por quê? Para ouvir naquele estado quais niáo a respeito da criação não apenas nos nidade, continuaremos na meSTria. Na minha
são os anseios para só chegue à Direção Geral conselhos de defesa da criança e do adoles- visão, precisamos ressaJv~r a majestade do
a proposta que seja uma resposta à neces- cente em_ nível nacional, estadual e municipal, juiz e ao juiz não cabe serviço soda!, cabe
sklade do próprio Estado e, agora, acentuando mas tambén:t dos conselh-os tutelares, conse- a um conselho-da c?munidade. (Palmas.)
o aspecto da municipalização. lhos que estão previstos no projeto do estatuto.
A SRA. MARINA BANDEIRA DE CARVALHO O SR WILSON MARTINS - Perguntaria,
O SR.. PRESIDENTE (Antonio Luiz Maya) - Cotn -"tnUita honra. Sr. Senador, vou contar ainda na mesma linha de raciocínio - não
- Obrigado a V. EX O informe JB de Jornal uma pequena historinha que talvez ilustre a leva V. Ex~ por mal a perguntar, não significa
do Bras;1 edição de 19 de abril de 1989, afirma entender toda uma posição, como presidente a pergunta um posicioriamento do Relator.
que cada uma das 40 mil crianças internadas da Fun.abem. O Relator está aberto, conforme estaaberto
na Funabem, custa às instituições 4 salários o Relator~Gerai_._Eie_Col-daro em dizer que o
minimos por mês. É exata a informação? :_.Ao assumir esse Carg-o -:...:.:- que, de-fato, é que se pretende é obter o maior nliineró- de
um encargo - fiquei chocada ao constatar informações para se chegar a uma solução
ASRA.MARINABANDEIRADE CARVALHO que dentro da illstituição chamada de Funa- o mais próximo possível da solução ideal. En-
- Agradeço profundamente a oportunidade bem não havia um único advogado menorista tão, eu faria uma pergunta e renovaria a V.
que me é dada no Senado de esclarecer es_sa habilitad-o a defender o -interesse daqUelas ~ para que não entendesse como imperti-
questão. Sobre o Feem nada posso informar. Crianças.-como podia eu, Pre"sidente da Funa- nente ou cóm Uma posição pesSoal do Relator.
aJém de que a Funabem não passa um centa- bem, estar tranqüila sabendo que aquelas A criação, a instalação e a manutenção de
vo para a Feem do Estã.do do Rio de Janeiro._ crianças dependia~~~ pareceres de t~nic~ todos esses conselhos não iria absorver recur-
Passa, sim, como_entldade interveniente, inter- que estavam a mercê do bom humor ou do sos escassos -com novos mecanismos de con-
mediária, recursos para terceiros. Para a Feem ·mau humor,-dO tempo ou da falta de-tempo trole1 quando esses recursos faltam para o
propriamente dita, zero. Quanto ao custo, so- de juízes. Depo_is de muita luta, consegui um atendimento propriamente dito?
bre a Feem, nãda tenho a declarai, porque defensor púbüco que ficou dentro da Funa- ASRA.MARINABANDEIRA DE CARVALHO
não estou informada. Quanto a Funabem, de bem, na sala ao lado do presidente, com ple- -Sr. Senador, graças à Deus, tã.mbéni. POsSo
fato o custo era esse. E por isso foi possível nos poderes para visitar qualquer uma das dar uma resposta a partir da prática, da expe-
- aqui me permitam, por favor, um parêne- unidades_ da Funabein a qualquer hora, de riênda vivida dentro dO Projeto Rio, que, irú-
tese. Afirmei na minha palestra inicial que s6 manhã, de tarde, a hora que quisesse. Na sala dalmente, tinha e tem ainda o objetivo de,
no Complexo de Quintino, quando lá cheguei ao lado da presidência, quaJquer problema o
presidente sabia imediatamente. hUrrianarilente, respeitando direitos da cida-
há 3 anos, 6 meses e "3 semanas, havia 1.500 dania, esvaziar aqueles grandes internatos da-.
internos. Esse mesmo espaço, com os mes- E quero aqui afirmar que foi graças a ajuda
de um defensor público inicialmente e, poste- FUhabem. Portanto, _da necessidade de muni-
mos servidores, aliás, com número menor de cipãlizaçâo, parte- deSse projéto a 'que me refe-
servidores, porque os que morrem e os que riormente, de um trabalho extraordinário, do ri, que são 15 prédios, já me referi a outras
são demitidos não podem ser substituídos, so~re_c~_rregado, sim, tambêm defensores pú- atividades, como o Conselho de Moradores.
estão atendendo, agora, a 7.000, em regiine blicos do Estado do Rio de Janeiro, que uma
equipe foi criada e permitiu acompanhar os Um outro_ aspecto fundamentai desta expe-
aberto, com O- mesmo orçamento. Portanto, riência vivida pela Funabem chama-se Posto
de fato, o custo de um internado, além do proces_sos, a solucionar soluções. Por isso, pu-
de Estudo e Triagem em Meio Aberto. Em
aspecto que me interessa mais profundamen- de aqu[ afirmar que dos 5.000 internos que alguns munidpios maiores, ténos 4, 5, 6 Pos-
te, o internato como desumano, como _defor- havia dentro de unidades da Funabem, hoje
não chegam a 600. Foi graças. aO_apoio. Por- tos de Estudos e Triageni: em Meio Aberto
mador, como·destruidor de personaJtdade, $r. - a sigla _pOTfv\A.
Senador é muito duro, como Presidente de tanto, vejam como é necessário -como pre-
uma instituição,- ter tido que receber garotos sidente da Funabem afirmo - mais do ·que O que isso_ significa? Significa_que, muitas
voltando de Viçosa, de Caxambu, que, quando viáVel o sustento é necessário uma colabo- vezes, são professores da rede pública. são__
el!- perguntava de onde vinham, uma vez-que raçãó de especialistas para uma defesa técni- pessoas j_á do serviço público, são pessoas
estavam trabalhando já melo tempo na sede ca. No caso do Rio de Janeiro, podíamos con- que trabalham em entidades particulares é
nacional da Funabem, respondiam que vi- tar com defensores públicos._ que vivem o problef!la dessas_ cri.~nças, q!Je_
nham de tal escola em Minas Gerais. Quando Quanto a Conselhos, felizmente também participam desseS estudos que estão permi-
eu perguntava a idade, o rapaz começava a posso relatar uma experiência vivida. Para con- tindo evitar que um número maior de crianças _
tremer, porque aos 18 anos começa o" castigo. seguir a descentralização do atendimento no vá parar nos internatos da Funabem. Porque _
FaJa-se mal da Funabem, mas o terror é che- Estado do ruo de Janeiro e poder acabar com o desejo da Funabem, ;Bpesar da resistência
gar aos 18 anos e ir para a rua despreparados. aqueles grandes_dep6sitos de crianças da Fu- de alguns juízes, que eu respeito, a vontade
Meninos que não sabiam nem andar de ôni- nabem, porque o termo era, no passado, esse, da Funabem é, se Deus quiser e não mandar
bus. Não vou entrar em maiores detalhes, por- foi necessário um projeto de descentralização o contrário, até o fim dO ano, fechar o Instituto
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção R) Sabado 11 6857

Padre "Severino e a Escola Oswaldo Luiz Alves cultura1 sendo que o Ministério da Agricultura meio das instituições assistenc;iais d~ menores
por desnecessários, porque essa rede toda fá entrará com as terras, com os recursos e a no Brasi1?
está montada e não está significando grande Funabem com a s.ua metodologia: Este é um- A SRA. MARINA BANDEIRA DE CARVALHO
ónus para o serviço público, para os cofres outro CQIJlinhq; no que se refere à assessoria - Quanto à Escola Wenceslau Braz propria-1
da Nação..Trata-se de racioné'.flzar o trabalho, técnfca. _ ·._
mente dita, em Caxambu, tratou-se, em pri-
trata-se de racionalizar o aproveitamento de Quanto ao COii'ij:llexo" áe. Quiiltino, que é meiro lugar, de uma decisão política de Presi-
servidores, alguns deles excelentes, da rede ãigo realmente de porte e onde já estão sendo dente.da Funabem, Crianças do Rio de Janeiro
pública e que estão fora de suas áreas de atendidas 7 mil crianças, a· idéia também lá não mais saem desse Esta.do para outro ESta-
maior talento. é conseguir uma parceria com empresários,
É possível, Sr. Senador. pàta termos serripre as profissões as mais rho-
do. Funabem não deporta mais criança~ to
número 1. Mas, essa decisão política da Funa-
O SR. WILSON MARTINS - Muito obri-
demas. Se, em um periodo mais adiante, den- bem, de Presidente da Funabem, sofreu uma
gado.
tro de alguns meses ou algo mais, depen- violenta, duríssima resistência dejuize~ de me-
Como prevê a Sr' a adaptação da Furlabem dendo também _de legislação, for crlãda uma nores da Comarca do. Rio de Janeiro, juizes
às novas diretrizes da política de atendimento outra enteidade que absorba os funcionários do interior do Estado do Rio de Janeiro. Por-
prescrita_s pelo Estatuto, tendo em vista o art. excefentes da Funê!;bem que lá trabalham, por-- que compreendamos, repito, tratava-se de
274? Transformar-se-ia o 6rgão no Conselho que têm .uma experiência acumulada, ~ algo wna tradição anterior à existência da funa~·
Nacional de Defesa da Criança e do Adoles-
que está tlependendo ainda de nego.ciaçôes bem: menor que c::ria problema no Estado do
cente? Teria as suas atribuições reduzidas? de legislação. Rio de Janeiro, como as escolas no Rio de
N3 Febem e demais órgãos de assistência ao Agora, quanto ao cerne çla Funapem, a ex- Janeiro eStão super lotadas, deporta-se para
menor, em nível estadual e municipal, seriam periência acumulada, durante estes anos to- Minas Qerais. Esta era a tradição.
transformadas em consE!'Ihos e$duais e.mu- dos, por erro e aCerto, a idéia que já está deli- E, Sr. Senador, aqui afirmo que não foi fácil.
nicipais? Neste caso, não haveria prejuízo para neada e traçada é um senhor centro de infor- Mais do que um diálogo, foi uma negociação
a execução da política de atendimento? Quais mação de dados sobre a situação de cri_anças muito dura, muito difícil entre o Presidente
seriam, a seu ver, as implicações? e adolescentes nó ~rasil. da Funabem e o então Juiz de Menores, da
ASAA.MARINABANDE!RADECARVAI.HO Costumo brincar com os meus arOiQ:os da Comarca do Rio di Jan~iro:
-São ·vérios, ·sr, Senador, na .avaliação da Onicef, Que eu, como patriota, talvez comO
patrfoteira, se quiser aceito, mas, como patrio- "Sr. JJ,Ü.Z,. não posso contrarielr a minha
Funabem, os caminhos que se completam. ordem, isto.é uma desumanidade. Crian-
Já tive oportunidade de menci()nar aqui a ta, sonho com o dia em que uma entidade
brasileira possa fornecer à Onicef dados mais ça-do Rio de Janeiro não sobe mais Para
questão do atendimento direto - refiro-me Minas Gerais e as que estão lá têm que
mais aos internatos- até agora, da FUnabem completos e sempre melhores.
voltar gradualmente."
no Estado do Rio de Janeiro; os caminhos Portanto, sãO vários os caminhos, mas a
foram aqui descritos. · essência· é uni" senhor centro de eStudos e No momentO em que foi possível, gradual-
Por outro lado, entendemos nós, na Funa- documentação, porqu·e·· i1âo existe memória. mente, à medida em que .terminava o ano
bem - este é mais um aspecto, porque são Este é um pro6Jema nosso, no Brasil, não leUvo ói.l algwn período de férias, ir retornando.
vários - que precisamos, neste País, de ~­ só da Funabem. Experiências que falharam, essas crianças, que outras não ~biam e CJ!.Ie _
guns pontos que -consigam apresentar r~ulta­ falharam por quê? Experiências que deram a Funã.bem teve que fazer um esforço sobre-
dos de exemplaridade e que estejam mais li- certo, m_?t~ foram mudadas por quê? Tudo humano para alojar essas crianças que des-
vres possíveis de descontinuidade administra- isso acumi,t]ado. E já estamos com esse pro- ciam até localizar as suas famílias - porque
tiva, de ingerênda política-partidária local, por- jetO apresentado .ao Bãnco Mundial, par~ _que também há isso, acaba perdendo completa-
. que é um sofrimento para nós. informem e nos ajudem a assessorar, devido mente o vínculo - de modo que o segredo
à relevância que se prende a um;;~ proposta n9 1 foi conseguir que o Juiz não mais orde-
Então, veja, não sou se tiveram oportuni- como essa, ajudar a avaUar esta proposta e, nasse, sob pena de prisao, crianças no Rio
dade de ver que, no domingo, o Fantástico quiçá, _atê_ recursos. de Janeiro a irem para outros Estados.
apresentou uma das escolas de!. f!,11;1.abem~ no · Em· segundo lugar, o estímulo que dei e
c:aso a de Çaxambu, que já está tomando um Portanto, em ·resumo; Sr. Senador, são vá- o risco que assumi, porque se trata de um
novo rumo. E poder~m ter relto um programa rios os caminhos, porque a minha preocu~ órgão público e V. Ex'' devem saber muito
igual em Viçosa. Qual é a importância, por pação principal, como Presidente da Funa- bem que não é fácil administrar dinheir9 públi-
exemplo, desses dois parâmetros, chamemos bem, é que não se perca a experiência acumu- co. A minha prõposta foi a um diretor que
assím? lada por esses técnicos do Brasil inteiro. Cos- lá estava há 20 anos, pessoa excelente, que,
tumo repetir em outros lugareS e digo aqui por sinal, aparece no programa, Antônio Luiz:
A de Caxambu está nos permitindo acumu- c::om a mesma tranqüilidade: para mim, des-
lar experiência, que jâ estamos, através dos vo<:ê vai encontrar maneira, mas temos que
mantelar equipes que, há tantos anos, vêm arranjar parceiros, dinheiro, além dos parcos
pequenos escritórios - pequenos em núme- acumulando experiência, para mim, como ci-
ro, mas grandes em qualidade -, podendo recursos da Funabem, porque não va.mos_
dadã, é crime de lesa-pátria. mais investir em grande escala em atendimen-
transmitir, repassar informações quanto aos
resultados. O SR. WILSÓN .MARTINS - Agrade~o a to direto e tem que vir de outra fonte. Portanto,
Um aspecto é a parceria com a iniciativa v. Ex' o que agui se produzir tem que· téY algum
privada, para fa<:ilitar equipamentos sempre A res-Peíto -do programa do Fantástico do retorno. - Esse foi feito o outro princípio:
os mais modernos possíveis, para profissões dia 8 de outubro, a respeito do Instituto de Temos qUe encontrar parceiros que acompa-
sempre as mais modernas e não ficar os garo- Educação Wen_ç~au Braz, tinha anotado aqui nhem o ·que estamos fazendo, que nos ajudem
tos pobres reduzidos a fazer vassouras e Píc<;~­ algumas considerações, que gostaria também a corrigir falhas e que algum recurso entre_
lé. PortantO, parc:eria com empresas privadas de passar a V. S' - também, porque um problema, "entend.o eu,
em Caxambu. E, em Viçosa, estamos desen- De que de.corre o sucesso alcançado pela na área social e, taJvez, só na área sociãl, é
volvendo um projeto rural que já teve a sua instituiÇa~O~já. que ê integrante do mesmo siste- um problema de gerência. PeÇa ao Governo!
pedagogia aprovada pelo Cohselho Federal ma adotado no País? Cofnõ se .Poderia alcan- Mande buscar! A Presidente que arranje di-
de Edu<:ação - portanto, é. um referencial çar igual suces_so em institujções de mesma nheiro, lá, na área federal. No entanto, temos
-, que já está sendo levada para vários esta- finalidade? observando-se que aquela institui- que deSenvolve{ a: mentalidade também de
dos do Brasil e, agora, nas próximas semanas, ção volta-se primordialmente para atividade Sãber quanto custa e prestar contas de peque-
esperamos assinar um convênio Ministério do fim, isto é, para os menores carentes. como - nas importâncias: Exemplo: lá, em Viçosa,
Interior- Funabem, com o Ministério da Agri-~ ·V. ~Interpreta o gigantiSmo da atividade com relação ao projeto rural, praticarriente
6858 Sabado 11 DIÁRIO DÓ CONGRESSO NAOONAL (Seção U) Novembro de 1989

não se compra alimento, excetuando óleo, A SRA. REGINA HELENA PEDROSO - que reuniu experiência, que terá um nome
etc., é a produção que está aumentando, que Permita-me um aparte, nobre Senador Wilson qualquer,_que não será esse. que irá colaborar,
praticamente abaste<:e, onde havia trezentos Martins? mais mecanismos para desenvolvê-la, ouvir
garotos, do Rto de janeiro, hoje, a Funabem a sociedade e implementar leis que, hoje, cor-
está atendenç.lo a novecentos meninos de Vi~ O SR. WILSON MARTINS - Ouço, com respondam aos anseios da Nação.
çosa e drcunvizinhanças. Ainda há um exce- prazer, o parte de V. St -
-~o-sR. WlLSON MA~TINS- Muito obri-
dente de produção, que é vendido, nas sextas- A SRA. REGINA HELENA PEDROSO -
feiras, numa feira, e os meninos se sente1ll gado.
Quero acrescentar aí no que diz respeito à Faria referência, agora, à instituição em Bra-
felizes de participar dela, porque sabem que questão da municipalização, preconizada na silia, a Colméia, que abriga seis serVidores,
acontece o seguinte - mera coincidência - Constituição, nos seus arts. 203 e 204. Ela aproximadamente, e tem apenas trinta crian-
Mais ou menos o valor do que entra do produ- coloca a questão da autonomia dos muni- ças internas. As inforniações que tenho são
to da feira é o-que paga de bolsa-auxilio para cípios e a participação das comunidades nas de que nem tudo ali se passa da melhor ma-
todos os que trabalham. Trabalhou, descas- políticas sociais. Parece-me que aí muito mais neira. As informações que me chegam- não
cou batata, pintol.:l parede, ganha, porque tem do que uma questão da participação da Funa- sei se fundadas - são de que há irregula-
que aprender o vaJor do dinheiro e tem que bem em nível da garantia e integração, em
administrá-lo. Alguns dos caminhos estão ridades, violências e abusos sexuais de toda
nível de munldpio, como coloquei na minha a _ordem. Tenho certeza de que não é esse
sendo esses. falã, ~cho que isso é multo mais possível em o quadro evidentemente dos organismos que
nível do município. Quer dizer, neste ponto, trabalham no Brasil com proficiência sob a
São essas experiências que a Funabem está tenho certeza de que o Estatuto vai dar essa
fazendo sob sua responsabilidade direta, para sua liderança para a assistência ao menor.
garantia, mesmo porque V. Ex~ levantou a Pergunto-lhe, por ter visto no Jomal do Brl1sil,
o bem e para o mal, é que nos parecem inte~ questão dos Conselhos Municipais. -
ressantes para que outros depois façam me- de 8 de outubro, página 8, que em Brasília
O COnSelhO Municipal é o elemento que menos de 10% dos menores recolhidos, têm
lhor ainda. vai propTciar essa coeSão em nível do muni- trânsito pelo juizado de menores. Assim, pro-
O SR. WILSON MARTINS - Muito obri- cípio. Porquanto é um Conselho paritário, por- vêm diretamente das delegacias policiais. Es-
gado. que devem fazer parte dele o Secretário da se_ aspecto pode.ser lnterP.retado como des-
J;::-ducação, o Secretário de Saúde, o Secretário controle judicial sobre os restantes, ou seja,
FaçO outra pergunta. Considerando que O de--Esportes, o ·secretário ·responsável peJã
problema do me-nor está visce-ralmente ligado 90% dos menores, que ingressam nessas ins-
área soda! dô município, alérn;:Jas forças vivas tituições?
ao da educação, porque se esta for assegurada da sociedade.
nas periferias e favelas, conseguiremos reter Então, parece-me que, mais uma vez, e, ASRA.MARINAB.DECARVALHO-Nobre
os meninos nas suas famílias e evitar a sua principalmente, nete pqnto, o Estatuto_ é extre- Senador, o que eu posso dizer é que em Bra-
marginalização, pergunto: Inclui-se, entre as. mamente feliz, porque dá essa garantia desta sília a Fundação que se oc:upa da Colméia,
diretrizes da política da Funabem, o entrosa- coesão~ sem o que_ seria possível nenhuma a Promoção Social, vive problemas e reco-
mento com o Ministério da Educaçáo e, bem mudança estrutural no País. nhece que os tem. Mas o terrivel, nobre Sena-
assim, com as Secretarias de Educação esta- dor, é que essa situação não é exclusiva de
duais e municipais, visando à instalação de A SRA. MARINA BANDEIRA DE CAAVALHO Brasma. Lamentavelmente, salvo algumas ex-
escolas naqueles locais, onde elas se fazem --Sr. Senador, V. EX' me fez perguntas tão ceç_õef!, é o quadro geral. E só a integração
especialmente necessárias? importantes e que talvez., possa ter omitido dos esforços, o controle da comunidade sobre
alguma. os órgãos públicos porque, pelo menos, aqui
A questão levantada por Regina HeleÍ1a Pe-
ASRA.MARINABANDEIRADECARVALHO temos de falar com franqueza. Há setores onde
-Sr. Senador, parece-me que este é um dos droso lembrou-me um aspecto que realmente o empreguismo existe; há setores onde pes-
aspectos fundamentais de_ toda a questão em peço perdão tê-lo omitido. soas altamente qualificadas não podem ter
tomo do Estatudo da Oiança e do Adoles- Veja bem V. Ex" o nome da Funabem: Fun- uma remuneração adequada, e há uma distor-
cente. Aqui, sustentei a necessidade de uma dação Nacional do BerD-Estar do Menor. Con- .são ainda no serviçO público. Esperemos que
lei única, que integre todas as políticas. Como venhamos que graças à Constituição este no- as novas diretrizes, que estão sendo estuda-
é do meu conhecimento, o Estatuto, que está me já está automaticamente ultrapassado. das, de plano, de cargo e de carreira venham
Outra questão. O Decreto que criou a FUna-
em discussão no Congresso Nacional, é a úni- a corrigir iSSo. Mas o mais grave, realmente,
bem, em -dezembro de 1964, define como ob- é Se constatar que de fato- o Espírito Santo,
ca proposta de lei abrangente. Se _é passivei
melhorá-la. Ótimo! jetivo principal desta instituiÇão traçar uina Po- por exemplo, é gravíssimo. Não_quero citar
lítica Nacional do Bem~Estar do Menor.= Ora, tantos, mas quero citar um, nem sei qual é
Quanto_ à funabem não é fácil, Sr. Senador, com éfnOVa Constituição nenhum órgão pode francamente o Partido do Governador; apesar
contra tudo e contra todos, porque a tradição definir uma Política de Bem-Estar de Crianças de ter ido lá aJgUmas _vezes - mas Goiás.
tem sido no nosso País - se_ estou err<:zda, e Adolescentes, é a sociedade que tem que Goiás acabou com- a Febem, sem traumas.
por favor, corrija-me! - a compartimentali- fazer isso. Por quê? Municipalizou, racionalizou_a_aplic_a-
zação da adminsitração. No entanto, a Funa- Refiro-me ao caso do novo Estatuto, por- Ção dos recursos em Goiânia. Soluções exis-
bem para atender ao garoto - e como tem qui::, repito, dos projetas que sejam do meu tem, possível é, vontade política indispensável
essa criança como seu elemento de interesse conheciemento que aqui estão- porque dos e uma lei lógica facilitará muito. (Palmas.)
únko_e exclusivo- da melhor maneira possí- outros s6 tive conhecimento a posteriori, en-
vel, tem sido levada a pressionar, a forçar, a quanto que o do Estatuto foi possfvel acOmpa- A SRA. REGINA HELENA PEDROSO- No-
integração de várias secretarias, no mesmo nhar a redação, porque foi discutido em praça bre Senador, mais uma vez, apenas a título
município, porqUe, às vezes. são de partidos pública, e a Funabem participou, sim, do de- de exemplo, V. Ex~ falou e ficou assustado
politicas diferentes e é difícil integrá-las, mas, bate, amplo, público- os outros três. a Funa~ com a situação da Colméia em Brasília. Então
em resumo, -este é o cerne da proposta da bem, repito, teve conhecimento a posteriori. eu gostaria de falar um pouco sobre o meu
Funabem: a integração de órgãos governa- Entretanto, fica bem claro que, numa lei Estado: são 5 mil servidores para o atendi-
mentais em diferentes níveis e da iniciativa única, vai ser possível que a sociedade se ma- mento de 3 mil menores na Febem de São
privada órgãos não governamentais. Sem a nifeste, através de um Conselho, supondo que Paulo. Então, a situação s6 muda numerica-
integração continuaremos a jogar o dinheiro uma entidade que reuniu um acervo de infor- mente, mas o percentual deve estar em torno
dos nossos impostos no lixo e as crianças mações, como a Funabém, deverá participar. do mesmo.
cada vez mais maltratadas. Sem a integração, Agora, que a Funabem vai ser um Conselho, O SR. WILSON MARTINS -Sr. Presidente,
nada! não vejo assim. Vejo, sim, como uma entidade agradeço as respostas esclarecedoras que 11\e
Novembro de l98it DIÁRIO DO COI'KlRESSO NACIONAL (Secão Ul Sabedo I I 6859

foram dadas pela Ora. Marina Bandeira de ra, que está aqui presente, da situação que Ies outros que representavam o que havía de
Carvalho, que como se vlu é urna grande servi- encontrou na delegacia de menores de Brasí- maJ;s hediondo nesse sistema de atendimentd.
dora do nosso País e uma grande conhece- lia? Ha dois ail.os eram 70 pi-ofissiónais, e eü Tivemos· conhecimento, por exemplo, que
dora dos problemas do menor e do adoles- nunca vi nenhum desse.s juízes discutirem o algumas unidades de .Febem hoje abrigam
cente. custo disto. Então parece-me que há alguma aqueles funcionários do Óoi---:Cod; é! ÉJes e~­
Eu passaria agora a fazer indagações à D~ coisa errada!'"EstarriOS- falando em conselhos tão nas Febem. Pasmem, mas estão. Eles fo-
Regina· Helena Pedroso. tutelares ccln1 5~- 6, ff profissionais, e_ntn?):)-siCO- ram aproveitados, e daquilo que ficou proibido
As Constituições· brasileiras, a partir de logos, pedagogos, educadores, alguém com de se fazer com o adulto passou a ser feito
1934, jJfevêin a assistência à maternidade, à conhecimento efetivo sobre as questões que com criança neste País. Então, eu quero colo-
infânda e à adolescência, Sendo que a atual devem ser analisadas; asitilaçãO dessas crian- car u_m receio que tenho do meu aproveita-
cuida de detalhar esses direitos, denotando ças.lsso não me parece custo. Se analisarmos mento dessas instituições. Eu acho que deve-
a preocupação do Constituinte cOrn a sua exe-
que é Um inVestimento, e· se analisarmos que mos pensar numa redclagem, sim; numa ava-
cução. Até hoje, porém, esses precehos não õ-co:Stádesses profissiOnais pdssa: representar liação de "todos os proflSsiorials; aquele pes-
foram observados na prática. De acordo com a llível de diminuição, de internações, que co- soal bom que realmente deve ser aproveitado
preleções anunciadas pelo Dr._ Liborn_io_ Si- mo colocou a Dra. Marina Bandeira.,de Carva- nuhl tiovo sistema; po-ssibilid~de, como a Dra.
queira, que está no caderno Brasil criança ur- lho- custavam 4 salários mínimos cada me- Marina colocou, a todos os funcionários opta-
gente, o nosso País deveria construir para tor- rlor- se· se t:orisiderar o custo ao Poder Judi- rem para um determinado munlcipio, um bom
nar realidade o preceito constitucional; 20 mil
ciário de tramitação de processos, todos nessa funcionário. Mas aqueles que não tiverem per-
escol~s para 1O milhões de .crianças, sendo
área: :Agora, a mim me parece que ninguém fil para lidar com a questão da criança e do
que 7 milhões estão no Nordeste; ou 30 mil levanta a questão de custo. De repente há adolescente não devem em hipótese algUma
uma ptéõtUpação excessiva de quanto irão serem aproveitados.
creches para 2 e 1/2 miJhões de bebês que
nascem anualmente; ou 30 mil pré-escolas; cUstar 5 ou 6 profissionais ila -contrapartida Eu dirigi uma instituição e uma das ques-
3 mil hosPitais; 1 mil e 200 novos presídios; disso tudo. Então, parece-me que estamos tões da prefeitura - eu trabalhava com a
30 milhões de casas populares para os 40 fazerido uma análfse uin tanto quanto falacio- questão do concurso ·público - e eu pedi
milhões de favelados. Servindo o mesmo ma- sa. Acho que temos .que anaJisar aí é custo que na Fundação não se colocasse a questão
gistrado há no Bra_sil37_milbões de menp_re_s versus investimentoS. Seria como eu colo- do concurso público porque, talvez, mais do
carentes e 8 milhões de abandonados. Consi- caria a questão, e com resultados muito mafs que a competência técnica preçisarfamos do
derando essa triste realidade, perguntamos: pro·dutivos. perfil psicológico para o trato com a questão
da criança e do adolescente (palmas). Pode
]9 - A criação dos conselhos munici- O SR. WILSON MARTINS ~ Di' o art. 274, tef Lirif excelente c1)rrlculum, mas se não tiver
pal, estadual e nacional de defesa da criança do Estatuto: um compromisso real com esta questão, não
e do a,.do!escente - art. 85 inciSo I - que deve permanecer em nenhuma instituição; se-
seriam órgãos deliberativos e controla_dores_ "A União, os Estatutos e os Municípios,
prazo de 9-0 diãs, contados da publicação ja a nível do município, a nível do Estado Qu-
das ações de atendimento _e dos conselhos a nível da União.
tutelares - art. 130 a 151 - que retiram as desse estatuto, ela_borarão projeto de lei
transmissões doS juízes de menores, não seria dispondo sobre a criação e a adaptação O SR. wn.soN MARTINS - Eu ~stou de
contraproducente, tendo ~in vísta os recursos de seus órgãos, às dketrizes da política acordo com V. Sa perfeitamente de acordo.
vultosos de que iria necessitar para a sua efetl-
de atendimento fixadas no art. 85." Mas a quem cabe avaliar essas pessoas, esses
funcionários? · - -
vação, quando é urgente o atendimento, pro- Quais sâo as expectativas, a seu ver, à cria-
priamente dito, do menor em melhores condi- ção de coilselhos estaduais, municipais e na- A SRA. REGINA HELENA PEDROSO- Eu
ções? dona] em defesa da criança e do adolescente acho que são func.ionários por exemplo da
A Sra. REGJNA HELENA PI;DROSO- Per- ou poderia ocorrer a adaptação dos órgãos Funabem, se dispuser a ir para o me_u Muni-
mita-me a franqueza, mas acho q1,.1e realmente já existentes como a Funabem, e Feben, fun- cípio, esse conselho que lá vai estar saberá
foi uma sorte nossa de que o Dr. Libornio dações e etc., que seriam transformadas na- fazer essa avaliação. O município dMrá dizer
não tenha sJdo um dos ConStituintes, pórque queles conselhos? se essa pessoa se encontra habilitadél pu_ não
caso isso houvesse. acontecido nós ç:oot.inua- para exercer aquilo. E até da possibilidade dela
A SRA. REGINA HELENA PEDROSO - exercer suas atividades durante um certo tem-
riamos naquela situação de país de terceiro Acho que os conselhos não existem, porque
mundo, sem nenhuma alternativa, e temos po e ser testada. Se_ não eu acho que tem
falaram na adaptação desses organismos nos tanto lugar dentro do serviço público, onde
alternativas, e também tenho a certeza de que conselhos. Os conselhos são de outra ·natu-
os Srs. sabem diSSQ. os funcionários podem ser melhor aprovei-
reza. São con_se_lhos paritários com a partici- tados. Acredito que -dentro deSse sistema te-
• Agora, não é o que se gasta, o que se está pação da comunidade, dos organismos púb~­ nham pessoas que têm horror à criança; 'pelo
propondo a nivel de conselho municipal, não cos que cuidam da questão a nível dos muni- que acontece eles têm pavor. Se lhes for dado
implica gastos. Isso não tem despesa nenhu- cípios, como coJoquei, as diversas secretarias, uma chance de deixar esse serviço eles pega-
ma. É um local que pode ser da própria muni- e junto com a parcela da comunidade que rão com unhas e dentes.
cipalidade, um auditório qualquer de uma fa- vai fazer parte dos conselhos. Agora quero,
culdade, uma escola qualquer, onde esse con- voltando um pouco à história, quero me lem- O SR. WILSON MARTINS- Mas não cabe-
selho vá se reunir e trabalhar durante tantas brar do organismo que antecedeu à Funabem;- ria a Presidente, aos atu_ais diretores desses
horas para definir a política municipal. Então, e não há neste país quem não tenha ouvido organismos promover os expurgas e a respon-
sobre essa questão ~ me parece - há um falar do Sam_-Serviço de Assistência ao Me- sabilização desses maus funcionários?
pouco de malícia do juiz é)O fazer e_ssa __ ~flr­ nor - que em nenhum momento nos deixou O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
mação. saudad.eS. No entanto_ é:J_ç_redito, e muitas das ___;_ Concedo a palavra à Dr" Marina B. de Car-
O conselho tutelar. Vou fazer uma co_mpa- pessoas com as quais eu me relaciono, tam-
valho.
ração - e me perdoe a auSência do D~. Nivl_o bém acreditam, que muitos, dos problemas
q~ esteve aqui na semana passada- o Sr. enfrentados pelas atuais Febem e, até mesmo, Á SRa. MARINA B. DE CARVALHO ~ Ss.
tem idéia de quantos técni!:..QS tem o juizado pela própria Fuhabem advenha da herança Senador, quando eu _cheguei à Funabem, a
de menores de Brasília, em contrapartida com que a Funabem recebeu do Sam. É evídente Funabem ainda era regida pela CLT Conso-
a Colméia que o Sr. colocou aí? Em contra- que em todos os _organismos vamos encontrar lidação da~ Leis do Trabalho e por isso, o
partida da delegacia de menores que tivemos pessoas. altamente capacitadas, bons profis- Presidente da Funabem tinha poder, dentro
o Relatório Rivera, do professor DeQdato Rive- sionais, mas vamos_enc_ontrar também aque- da lei , de demitir sempre que provado algum
DIÁRIO DO CONGREsSO NAOÓNAL {Seção H) Novembro de 1989

acuso. Hoje o problema é mllis complexo, por- nesta Comissão se preJ)llrando para redigir gante, esse gigante não conseguirá se colocar
que agora a Funabem está no regime de esta- alguma coisa em favor do futuro do Brasil, de pé.
tutário, esse e um aspecto. Mas, fundamen- dessa matéria. Então, temos fé que essa legislação tem
talmente, entendo que a proposta da Consti- mUito mais dO_que a qUestão jurídica. Ba pode
tuiçãq já é lei, é a sociedade que vai controlar A SRA. MARINA B. DE CARVALllO-Sena· significar um avanço· na qUestao da cid~dania
e~s -entidades; é a socieda'de que através dor, eu acho bastante importante a sua ques- de todo um país. Através das suas crianças
dos seus· organismos ·organizados que vão tão, e eu diria o seguinte: que algumas nós estaremOs c_onstruindo, sem dúvida, um Brasil
controlar essas entidades, porque todos sabe- já temos ãiJ.unciado, e eu não saberia melem- novo. CriançaS fôrmadãs cõm -a consciência
mos, sejamos aqui profundamente francos brar de todas, mas há algumas modificações
-que eSte -âebate público deste estatuto já le- se
de direitOs, e a" :Cidadania só dá na medida
que, muitas vezes, essas nomeações de car- em que se tem consciência dos direitos e dos
gos para lidar com problema terrível como vantou algumas questões e elas já estão elen- deveres. _ ~
é a tragédia dessas crianças, faz parte dessa cadas para serem trazidas a esta Comissão, Então, eu gostaria de deixar aqui este _com-
distribuição, ainda lamentável, no nosso País já como melhoria. Quer dizer, para nós, mes- promisso desses movimentos de continuarem
de cargos políticos em áreas extremamente mo a partir do momento que este Estatuto nesta luta por este Brasil novo, _a partir da
sensíveis. (Palmas.) Tenho sustentado, Sr. Se- começou a tramitar tanto na Câmara qUanto aprovação do estatuto.
nador, e por isso faço questão de repetir, aqui, no Senado, a discussão não parou, pelo con- MuitO obrigada (Palmas.)
no Senado do meu País e deixar muito claro, trário, ela se ampliou, se ampliaram os deba-
tes. Tiveinos alguns eventos, inclusive, um co- O SR. WILSON MARTINS- Sr. "Pres1derite,
que é a minha primeira experiência eril serViço
légio científico no Rio de Janeiro, no mês pas- sem dúvida os debates desta manhã foram
público, e a mim choca como-cidadã a confu-
sado, com pessoas do mais alto saber, em extremamente proveitosos no que me toca
'são que ainda existe no nosso Pais entre admi- e, evidentemente, no que toca ao desenvol-
nistração pública e política partidária; sou pa- diversas áreas que envolvem a questão da
criança e do adolescente, já existem algumas vimento dos trabalhos da nossa Comissão.
triota e sou democrata. (Palmas.)
Quero partidos políticos com seus progra- propostas, e _eu po·deria lhe dizer que essas . Quero dizer a V. ~ e aos ilustreS conferen~
mas claros, suas plataformas claras e que ad- propostas serão encaminhadas a esta Comis- cistas que estou satisfeitó. Nada mais tenho
ministrem no que lhes compete, mas a distri- São para facilitar na melhoria ainda de algu- a perguntar-lhes, mas aguardo a remessa e
buição de cargos públicos, especialmente mas questões que podem ser melhoradas. a entrega a esta Comissão dos apontamentoS,
nessa área, trágica; que essas crianças· brasi- Eu queria aproveitar para deixar aos Srs. das anotações sobre_ as imperfeições dos pro-
leiras não podem ficar à mercê de influências Senadores a palavra desses movimentos que jetes que se _acham em tramitação, aqui, ri esta
de vantagens, de pseudovantagens, porque vêm há alguns anos, frab~ihando, no_seritido Comissão e no Senado· Federal. ---
quando um órgão falha nenhum Deputado, de que seja mudada essa legislação, para que Evidentemente que· a nossa colocação diz
nenhum partido político é responsáyel. Quan- possamos sonhar com um Brasil rrielhor, com respeito, não apenas ao estatuto, mas também
do explodiu a escola do Padre Severino há crianças tendo o respeito e o direito que hoje ao projeto no termo _que se baseia no Código
alguns anos por superlotação, não por culpa ê preconizado na Constituição, -de que só esta- em vigor. .
da Funabem, mas porque foi sUperlotada por mos aguardando a aprovação desse estatuto -AgradeçO a V. Ex' e apresento os meus cum-
mandado do juizado, superlotou, explodiu, um para sairmos em campo, junto aos municí- primentos e meus agradecim~ntos à Dr' Regi-
incêndio desagradável, nenhum político se pios, já trabalhando na nova visão de _direito na Helena Pedroso e à Dr" Marina Bandeira
manifesta em solidariedade. Portanto, o dia da criança e do _adolescente. Queremos parti- de Carvalho.
em que conseguirmos definir melhor o que cipar ativamente na construçáo desse Brasil Multo obrigado.
é a administração púbJjca, técnicos cOmpe- novo. Não queremos que esta lei seja uma
letra morta; não queremos que ela seja de O SR. PRESIDENTE _(Antônio Luiz Maya)
tentes, sérios, com senSibilidade, e a vida políti- - Témos ainda presente em nossa reunião
co-partidária que eu desejo como· patriota, a domínio simplesmente _dos magistrados, mas
que ela, a exemplo dessas milhões de assina- o segundo Relator da parte especial, livro 2,
mais saudável e próspera possível teremos um
turas que começam a chegar de crianças e_ que é o nobre Senador L.ouremberg' Nunes
Brasil melhor. Rocha a queni eu perguntaria _se gostaiia_ de
adolescentes, que esta lei possa significar o
O SR. WILSON MARTINS - Dona Marina, resgate da cidadania brasileira. Que os muni- fazer usp da palavra?
eu conheço bem o problema, porque sou há cípios_ possam começar a rever a questão da O SR. LOÓREMBERG NONES ROCHA-
muito tempo um homem de partido e sou integralidade municipal, do dever-direito que Eu gostaria, sim, Sr, Pfegjdente, ãperiãs pãra
há longo tempo um político, e fui não somente têm os municípios de cuidar das suas ques- acrescentar alguma coisa.
um Deputado. Antes de chegar aqui no Sena- tões. O nosso companheiro, Senador Wilson
do eu governei o meu Estado. Então, eu co- Eu costumo, quando saio por aí fazendo ~ Martins, praticamente esgotou tudo aquilo que
nheço na área do executivo o que é essa ques- palestras, exemplificar o seguinte: quando o se poderia perguntar. Mas ainda o problema
tão. Eu falei das palavraS- de V. 8' e vejo que nosso pé está doente nós não dizemos que da municipalização do atendimento direto e
elas estão forradas de razão. Mas é também o nesse pé está doente, nós dizemos que o da sociedade organizada nos municípios, pa~
falando do futuro desse país, eu acredito nele, nosso corpo está doente, nós estamos doen- rece que aí deve existir um estrangulamento
e acredito que esta é uma grande hora para tes. E quando o nosso pé está doente, -todo futuro no desenvolvimento das ações, tendo
todos tomarmos _uma grande posição dentro o nosSo organismo Começa a fabricar anticor~ em vista a implantação do estatuto.
dele. pos para com batel' aquela infecçã-o que- está Entendo que as idéias que embasam Oesta-
Eu faria uma última pergunta para não to- lá na ponta do pé. tuto, constitucionais e idéias programáticas,
mar mais tempo-dos presentes: eu perguntaria De.sSa mesma maneira ·vemos a questáo são extremamente válidas e eu me sinto sensi-
a Dona Regina- uma vez que estamos vendo do município. E a questão da criança e do bilizado por elas.
toda essa mobilização feita em_todo o estatuto, adolescente, sem dúvida, é uma doença muito Entretanto, falou-se aquí em Caxambu, fa-
uma vez que o estatuto está _sendo saudado séria que está atacando a Nação brasileira." lou~se _aqui em Viçosa, falou-se aqui em São
como algo que venha melhorar matéria de O professor Deodato ontem me lembrava José dos Campos, e a Dr~ Regina fala, por
legislação, suplantando um código que é tido uma imagem proferida pelo professor Bruno exemplo, em São José dos Campos, ·da cola~
como atrasado, antiquado e qtie o ·estatuto _Silveira, no Rio de Janeiro, -onde ele dizia - boração de empresas, inclusive de empresas
está sendo visto como um avulso - eu per- e me pareceu uma imagem perfeita -- que multinac::lonais.
guntaria que falhas, na prática, apOnta v. s• a questão da criança e do adolescente no Bra- O próprio- relatório da Funabem; lido pela
ao Estatuto do menor, ora em debate no Con· sil é uma maçã envenenada na garganta do Dr' Marina, fala no atendimento em convênios
gresso Nacional? _E que alteraçõ·es recomen- gigante adormecido. Enquanto não tirarmos com mil trezentos e poucos municípios. Entre-
daria ao mesmo? É um pedido de quem está essa maçã envenenada da garganta desse gi- tanto, temos mais de 4 mil municipios doBra-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Sabado 11 6861

sil. E essas regiões referidas estão localizadas Portanto, a Funabem já está sendo um ins- por que ela tem qye aceitar também a ideolo~
na região mais rica 'Cip Brasil. bumento para chegar a qualquer confim deste gia? E começaram surgir propostas alterna-
Entendo que teremos, talvez, no.s locais Pais, através de entidades outras também, por~ tivas dentro das próprfas entidades.
mais distantes do Brasil, grande dificuldade que fique muito claro! a Funabem não se vê Vejam bem! Quando .se coloca mais Ca-
para fazer com que funcione os conselhos como onipbtente nem onisciente. _Talvez um xambu e São José dos Cainpos isso i1ão é
municipais, fazer com que os prefeitos se en~ dos segredos seja o esforço qu_e está sendo verdade. Temos centenas de propostas hoje
volvam nesta problemática, na medida em que feito para trabalhar com infinitas entidades. a nível de municípios. Evidente que um muni-
em alguns Estados os prefeitos hoje,,sequer Portanto, vejo como possível, apesar das cípio lâ de São José das Colinas não vai ter
conseguem· garantir a escolarid.1de obrigató- dificuldades que levantei e sustento, de mudar um programa com a mesma complexidade
ria dos 7 aos 14 anos~ uma caltura, mais do que uma mentalidade, que tem um município de São José dos Cam-
Sendo assim, eu gostaria de saber da D graças à nova Constituição, temos que mudar pos porque o problema existe em proporções
Marina e da Drf Regina a Dra. Marina como uma cultura, porque problema não é do muni~ diferentes. Ele Vai -encontrar uma -alternativa
é que ela visualiza o futuro da Funabem? Se dplo, rrianda para a capital, e estamos canse~ de atendimento compatível com a sua proble-
é centro de informação e de asessoria que guindo ver que o resultado é mUito importante. ffiática. CheQ:a de, rieste PaíS; termos que tra-
seria wn foco central se espalhando para o Há, na maioria dos municípios, se não é balhar com modelos. Ai é a grande questão
Brasil inteiro,_e se essts recursos seriam rema- o próprio prefeito é o vereador, são pessoas da municipalização, encontrar alternativas
influentes na comunidade, e geralmente as própri~ à realidade de cada município, que
nejados ou não? Como é que-Visualiza a transi-
ção disso?· ~ais I?O_bje~ são as mais solidárias: não pn!éisa ter nada a ver com multinacional,
com convênio, nem coin nada.
Para a Dr" Regina, que já tem uma expe- A SRA. REGINA HE1.ENA PEDROSO-' Eu
queria colocar o seguinte, Senador: nós esta- Por exemplo, um muniCípio de natureza ru-
riência objetiva e prática na feitura de inter-re- ral terá que encontrar soluções nessa área
lação com empresas, como é que ela- ainda mos esquecendo uma das características
maiS fortes do povo brasileiro, que é_ a criati- Então, nem sempre isso implica em alto custo,
que estando em São- José d_ps, __ _ç_a_mpos - em alta tecnologia. E o que se colocou, existe
Wdade. - -
visualiza para o futuro esse trabaJho_reaJilado a ntVel de vontade política. Começamos a per-
nos pequenos municípios. do Brasil, naqueles Essa criatividade, prindpaJmente a nfvel de
município, ficou muitO abafada pela centrali- ceber que a nível de município já se tem ...
municípios e Estados mais carentes do Brasil, - trago um testemunho aqui do Prefeito de
que têm de'ficiência de quadros, que têm defi- zação das ações do Governo durante tantos
anos. -- Unhares, no Espúito Santo que quer montar
ciência de recursos e que têm toda wna defi- uma fundação, e o problema lá é muito sério,
ciência generalizada e impedê, na minha opi- Nessa área. principalmente, das entidades
que lidam com a questão da criança, junto desWnculada do poder político, para que não
nião, a concretização, pelo menos, em breve sofra solução de continuidade para enfrentar
prazo, dos ideiais que norteiam a feitura do com recursos financeiros- e eu estou falan- a questão da mwlicipalização no seu muni-
estatuto? - - - -- - do das instituições particulares que trabalha~
cípio. Não vejo corno estrangulamento. Não.
varn e trabalham com essa questão -junto Vejo como a óntca solução possíve1 para essa
ASRAMARINABANDEIRADECARVALHO com recursos fmanceiros foi repassada a ideo- questão no Brasil.
-Sr. Senador, é mais uma oportunidade que logia desse sistema de atendimento.
me ê dada de um es<:larecimento porque, na EntãO~ o que s_e fez? Vocês podem pegar
.é: evidente que não é sessenta dias após
a promulgaçáo da lei que vamos ter tudo ar-
prática, o que está ocorrendo? as Febem e uma é cópia da outra, são as
ranjadinho, mas acho que até nisso vamos
filhas da Funabem. O sistema foi montado
Devido à experiência- estou falando sobre ter que construir e nesse esforÇo de constru~
a Funabem - acumulada, inclusive nesses desta maneira? A Funabem com as suas crias ção, a sociedade é a grande parceira. Quer
nos Estados que são as Febem. As Febem
projetas que aqüi foram mencionados. Ca- dizer, não é- mais uma obra de governo, é
xambu, Estado do Rio de Janeiro e etc., a por sua vez quando repassavam os recursos uma obra de toda a sociedade -comunidade
para as entidades, a nível de município, repas-
Funabem está desenvolvendo um konw- how. e Governo trabalhando juQtos. Isto é o que
savam junto com o recurso a sua ideologia.
já. e aplicando-o na defesa de direitos de crian- esperamos.
Para você pegar o recurso, você tem que acei~
ças. Já está atuando, repassando uma técnica
~r a ide.ologia.
de ir defendendo esses direitos porque, evi- O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
dentemente, não vamos poder esperar que De uma c;erta maneira, já de.. algum tempo - Ao término dos debates, a Presidência
juizes. que defensores públicos, que curadores para cá, vem sendo questionado. Eu quero, anunCia que amanhã termina o prazo regi-
de menores tenham conhecimento de todos inclusive, levantar que participei na sede da mental para apresentação de emendas ao pro-
e acompanhem todos os casos. Funabem, em São Paulo, de uma discussão jeto de lei e esse prazo é de 20 dias a contar
promovida pela Funabem nas entidades de _da publicação do projeto _do Diário do Con~
Portanto, mais uma das tarefas desse centro atendimento a crianças e adolescentes, onde gresso Nacional, conforme o Regimento es-
-porque não se trata de recolher informação se discutia exatamente isso: qual é o papel
teórica, acadêmica e guardá-la e distribuí-Ia tabelece. Entretanto, pode ser prorrogado até
das instituições particulares nesse processo o quádruplo, por deliberação do Plenário e
aos meios especializados, trata-se de perma- todo? Não tenho dúvida, quando a Funabem ·requerimento da Comissão apenas para lem-
nentemente estar trabalhando para reunir a diz hoje que atendeu a xis meninos com uma brar.
experiência prática, trabalhá-la e repassá-Ia. parte do recurso da Funabem e a outra parte
Isso no aspecto que se refere a tarefas da Gostaríamos de lembrar, ao término de nos-
do recurso da própria comunidade. Assim, as sa reunião muito proveitosa...
Funabem no futuro. comunidades náo conseguiam se manter so-
Quanto a outra questão, a dos municípios, zinhàs, recorriam à Funabem, então era uma O SR. WILSON MARTINS- Sr. Presidente,
pode-se, também, dizer que é um desafio, sem parte da própria comunidade e outra da Funa- peço a palavra.
dúvida. Eu o mencionei inicialmente, mas não beni, junto a essa ideologia.
O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
só à Funabem, mas a própria Funabem está Essas instituições começaram a perceber
desenvolvendo um esforço enorme para, em que, na realidado,~nada mais eram do que -Tem a palavra V. Ext
todas as Unidades da Federação, não digo braços do Estado. Quer dizer, o Estado que O SR. WILSON MARTINS - Pediria a V.
unidade's, mas também em alguns territórios, tinha obrigação de fazer integralmente repas- Ex' que, já que anuncia que amanhã termina
e
reunir prefeitos, vereadores explicar o signifi- sava às e!ltidades particulares essa tarefa de o prazo e que, a pedido da Comissão, o Plená-
cado da Lei Orgânica, da Lei Municipal'e levar fazer e com recurso mmca suficiente para rio pode dilatar O prazo, adotasse Providência
ao conhecimento tudo o que a Cqnstitulção aquela cobertufã. A partir dessa descoberta no sentido de que o prazo fosse ampliado,
determina. Isso já é para n6s uína determi- por parte das entidades começou-se a discutir de tlll modo que possamos aproveitar o mate-
nação. que na medida em que ela tem aue fazer isso rial que ainda nos será entregue para que um
6862 Sabado 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Novembro de 1989 ·

aperfeiçoamento dos textos seja procedido no Comissão. Nesse registro, desejo enfatizar a de agradecer a presenÇa também, para nos
deviPo tempo. oportunidade, a profundidade, a dignidade, c motivo de satisfação, de todos os Srs. Juízes
Multo obrigado! (Palmas.) interesse do eminente Senador Wilson Mar- e Curadores de t'enores presentes a esta sole-
O SR PRESIDENTE (Antônio luiz Maya) tins, cujas perguntas tão bem formuladas, tão rúdade, a esta reUnião, entre eles, destacamos
-Sr. Senador, sua proposta será atendida. bem- ccilocadas evidencia-m a seriedade com aqueles que viéraJll aqui e fiZeram, pelo menos
que a ComiSsão está· tratando desse assunto. a sua apresentação, Dr. Luiz Carlos Fig'Uef-
O SR ANTÓNIO FERNANDO DO AMARAL Com·o cidadão e como magistrado, tendo as- redo,Juiz de Menores de Olinda, Pernambuco,
SILVA- Sr. Presidente, antes do encerramen- sistido a essa sessão onde vi o brilhantismo Dr. Munir Cury, Procurador de Justiça do Mi~
to dos trabalhos pediria vênia para um peque- da exposição da Presidência da Funabem, da nistério Público do Estado de São Paulo. Res~
no estlare_cimento - é o Juiz de Menor de Presidente da Frente em Defesa dos Direitos saltamos também a presença da Dra. e Profes-
Blumenau -se V. Ex' permitir, ·muito rapida- da Criança posso dizer que volto ao meu esta- sora Adelaide Soares, Presidente da Febem
mente. do orgulhoso da minha cidadania e da minha do Estado do Pará. A todos. os nossos melho~
O SR PRESIDENTE (António Luiz Moya) Pátria. Um_ País que tem um Senado, com res agradecim-entos.
-Esteja à vontade. urnã: Cõili.lssão que trabalha e se interessa
coril.õ' eSsae merecedor do orgulho de toâos A SRA. - Antes de o Presidente
OSRANT~NIO FERNANDO DO AMARAL os braslleiros. (Palmas.} encerrar-a reúfliã6, queria fazer um convite.
SILVA- Também para um registro. Com rela- Hoje, na parte da tarde, a partir das 14 horas,
ção à resposta da Dra. Regina, apenas para O SR. PRESJDENTE (Antônio Luiz Maya} estaremos com um grupo de juristas ·aqufpre-
complementar porque é um assunto que des- -Comunico -aos presentes qUe o Presidente sentes e outros, fazendo um debate com parla-
perta interesse, muita discussão, que diz res- em exercido acãba de assinar o requerimento mentares sobre a questão do Estatuto no Au-
peito à remuneração, às despesas atinente_aos ao Sr. PtesJCfenfe-do SEülàdo solicitando a pror- ditório da Câmara. Queria deixar isso extensivo
Conselhos Tutelares gostaria de, com todo rogação por 20 dias do prazo para ofereci- ao Senado. Se V. ~quiserem convidar alguns
respeito, chamar a atenção dos eminentes mento de emendas tais, números tais. - colegas Senadores para participarem estare-
membros da Comissão para o disposto no Ao término dessa re'união, gostaríamos de mos a tarde toda debatendo o Estatuto da
art. 138, § 29 do Estatuto da Criança e do ressaltar a iiii.portância dOs debates, sobretudo Criança e do Adolescente no Auditório Nereu
Adolescente, onde se evidencia que não há para esclarecimento das sessões, com obje- Ramos:
obrigatoriamente remuneração para os com- ções formuladas e respostas precisas. Agrade- O SR. PRESIDENTE (Antônio Luiz Maya)
ponentes desses órgãos. É claro que se adap· cemos as colaborações prestinrosas das pa- -Muito obrigado.
tará à rea1idade de cada município e _de cada_ lestrantes de hoje: Dra. Marina Bandeira de Está encerrada a reunião.
região. _ CaiV.3lho~ Presidente da Funabem, e da Ora.
Também para um registro, até a pedido dos Regina Helena Pedroso, Presidente da Frente (LevaÍ1ta-se a reunÚÓ
40 minutos.)
ii f2 horas
·--- ·
e
colegas juízes, relati'l,(amente aos trabalhos da N~cional dos Direitos da Criança. QostaríamOs
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO 11

TI!RÇA-FEIRA, 14 QE ftOVEIIIBRO DE 1189

CONGRESSO NACIONAL
PARECER N• 120, DE 1989 - Cl'l De fato, entidadeS-de classe da agropecuária do setof, -inclusive para- as--safras subs"eq('ien-
estimaram que os recursos necessários ao tes;
Da ComísSão Jl1ista incumbida de exa- custeio da safra 1989/90 -seriam da ordem c) a extensão do beneficio evitaria a edição
mklar e emitir parecer sobre o mén"to da de 13,8 bilhões de cruzados novos, que o go- de novos diplomas lega!s sobre a matéria a
Medida Provisória n? 96, de 24 de outubrO verno não teve condições de atender, limitan- cada período agrícola. Por outro lado, o_Gover-
de 1989, que -"dispõe sobre o Programa do-se a algo em torno de 9 bilhões de cruzados no Federal, caso a experiência resulte desfavo-
de Garantia da Ativfdade AgropecuárilJ novos. E mesmo deste valor estimado, o go- rável, poderia, a qUalquer terilpo, re.ãvaliar o
Proagro ínstitufdo pela Cei n 9 5.969, de verno não dispõe de sua totalidade, pois apro- mecanismo no sentido do seu aperfeiçoamen-
11 de dezembro de 1973, alterada pela ximadamente 2 bii_h_õe_s de cruzados novos são to;-_ - L -- - •

Lei n" 6.685 de 3 de setefnbro de 1979 recursos da caderneta do Banco do Brasil, Quanto à participação da administração do
e dá outras providêndas': que dependem do retorno dos financiamentos Proagro entre ·a Banco Central do Biãsil e o
de soja e arroz. A inadimplência de muitos Banco do Brasil, a medida se justifica, por
Relatara: Deputi!da Lúcio Vânia produtores poderá, contribuir para reduzir este isso que:
As propostas de Lei Agrícola apresentadas valor. Também aproximadamente 2,5 bilhões a} a proposta não implic.ia alteração das
ao Congresso Nacional abordam, de vários de cruzados novos. que são recursos de exigí- atuais prerrogativas do Ban.a Central do Bra-
ângulos, a necessidade de implantação do se~ bilidad~ dos bancos priVados e do Banco do sil, que permaneceria responsável pela norrna-
guro agricola no pafs, reconhecendo as limita- Brasil, podem ficar comprometidos, pois de- tizaç:ão e o ·relacionamento com os agentes
ções do Proagro, especialmente no que con- pósitos à vista em época de alta inflação ten- integrar:1tes do Sistema Nacional de Crédito
cerne à utilizaç-ão de recursos próprios por dem a ser reduzidos e o caixa do Tesouro Rural·
parte dos agricultores. também não dispõe de recursos. Ou seja, su- b) 'o Banco do BraSil SIA passaria a geren-
Realmente, o Proagro, na sua concepção mariando - para a safra 1989/90 -o crédito ciar OS recursos Ç>riundos de arrecadaÇões' em
f~vor do programa, circunstância que encon-
original, objetivava úri.k:a e exclusivamente o para custeio_ está aquém das necessidad~s
ressarcimento dos finandamentos, garantin- previstas, o que levará muitos produtores a traria respaldo na sua qualidade de maior
do o pagamento aos bancos, ê liberando o _ trabalharem com_ reç:ursos próprios, necessi- agente do Proagro, ao responder por mais
agricultor desta obrigação fmanceira em Caso tando de algum tipo de garantia, de incentivo de 90% da cdberturas realizadas. Ademais,
do governo para e~dir ou mesmo manter a centralização dos recwsos no Banco doBra-
de quebra de safra.
a ~rea média cultivada nos_ últimos anos_. sil S/A resultaria nos seguintes benefidos:
Nestes anos. o Proagro cumpriu parcial~ Em qúe pese cOnsiderar à Medida Provisória 1) evitariã perdas aos _agentes financeiros
mente com seu objetivo, tendo sua atuação n9 96 de gfaiide-iriieresse para a agricuhura pela falta de tempestividade do aparte de re-
prejudicada pela.. relativa insuficiência de re- brasileira acolhemo_s a emenda do eminente cursos pelo Tesouro Nacional para fazer face
qJCsos por parte do governo. Deputado Saulo Queiroz, que acreditamos às coberturas;
A Medida Provisória nQ 96, de 24 de outubro aperfeiçoará a referida- n1edid"a, com benefí- 2) os-recursos, enquanto não utilizados nos
de 1989, ao estender aos agricultores que uti1i- cios tanto para os produtores quanto para o cbspêndios do programa, seriam aplicados em
zam recursos, próprios a garantia do Proagro próprio Governo Federal. beneficia do setor rural;
para a safra 1989/90 apresenta os seguintes A nova redação proposta para o artigo }9 3) os rendimentos dessas aplicações con-
aspectos positivos: da Medida Provisória n9 96, de 24-10:.lf9, suge- tribuíram para o crescimento do volume de
re seja suprimida a lirrútação dos beneficias recursos à disposição do programa, minimi-
-grande número de produtores rurais do Proagro somente no período agrícola de zando, em conseqüência, a demanda de apor-
poderia deixar a agricultura na ocorrência de te de recursos pelo Tesouro Nacional, o que
1989/90.
uma quebra' de safra em 1989190, devido à A medida poderia ser estendida aos perío- somente ocorreria em situações emergen-
incapaci~ade de permanecer na ativldade. A ciais;
dos agrícolas subseqUentes, por isso que:
estes produtores o Proagro garantiria a sobre- a) trata-se de providência há muito recla- 4) a compensação remuneratória a ser au-
vivência e a permancência no meio rural. mada pelo setor; ferida pelo Banco do Brasil S/A pata cobertura
~a garantia de retomo do capital próprio a
b) medida. no momento em que se pro- das despesas operadoAais verificadas na ges-
investido agiria como um estímulo para os põe a amparar as atividades conduziàas exclu- tão dos recursos do Proagro, fixada pelo Con-
produtores r_urais, estimulo este de grande im- sivamente com recursos próprios do produtor, selho Monetário NacionaJ, seria apropriada
portáncia em uma época de créditos escassos. propicia a reduçio da demanda de crédito dos rendimento~ auferidos das aplicações,
6864 Te.rça-feira 14 . D~O DO CONGRESSO NAOONAL (Seção TI) l'!oVembro de 1989

EXPEDIEII!TE
CENTRO GRÁFICO DO S((~..tl.DO FED!:RAL
DIÁIItO DO CONGRESSO NACIONAL

I
PASSOS PORTO
Direlor-Geral do Senado Federal
AGACIEL DA SILVA MAIA
Diretor Executivo
ASSINATURAS
CESAR AUGUSTO JOS~ DE SOUZA
Dtretor Administrativo

I
Semestral O o O O O U O O~ ohOOOOOO"OAO o o o o o O oOOOOOO-OOo~00000~~- . . 000~0
NC.S 17,04
LUIZ CARLOS DE BASTOS
Diretor Industrial
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exemplar Avulso· ··················-~---···········•········· .. NCz$ 0.11
Oiretor Adjunto T1ragom: 2.200-exemplares.

mantendo-se intocados os recursos das arr~ n- pelas receitas auferidas na aplica- nea "b" supra, a ser defmida pelo Conse-
cadaçqes. _ ção dos recursos do inciso anterior; lho Normativo do Proagro ~ Conapro."
III- por recursos do Orçamento da. "Art. 49 O Programa de Garantia da
A·pro.posta de gerenciamento desses recur- Atividade Agropecuária - Proagro, co-
União e outros que vierem a ser alocados
sos pelo Banco do Brasü S/A encontra reSpal- brirá íntegra! ou pardãlmente: _ -
do n·o próprio t_exto da Lei f"i9 5.969, de -no Programa." '
- "Art. 39 A adminlstrac;ãó do Proagro I - os· financiamentos rural e de cus-
11-12-73, que institui o Proagro, ao deh~rmi­ teio e irivestimerito;
será exercida pelo Banco Cent@l do Bra-
nar que os recursos arrecadados serão aplica- ll- OS reCl!fSOS próprios aplicados pe·
dos em benefício do programa circunstância sil e pelo Banco do Brasil S/A
I -ao Banco Central do Brasil com- lo produtor C:m suas explorações rurais
não observada quandó se verifica que; atual- vinculadas ou não a financiamento rural".
mente, são carreados para pagamentos de ou- petirá a fiscalização do programa, a expe-
dição de normas, bem como o relaciona- ArL 5' _ .-·---··---·······--··-·-
tras responsabilidades do Tesouro, em -detri- Parágrafo único. Não serão CobertOs
mento da fmalidade prevista mento 1::om os agentes financeiros inte-
grantes do Sistema Nacional de Crédito os prejuízoS relativos á eXplorãl):âO rural
Apreciados os aspectos de admissibilidade Rural; · __ _ conduzida sem Observ_ància das nOrmas
e mérito da Medida Provisória n9 96, de 1989 II- ao Banco do Brasil S/A caberá o do Proag~"·
e examinada a emenda apresentada, reco- agradecimento financeiro do programa, Art. 29 Até 31- de dezembro de- 1989 o
mendamos sua aprovação com as alterações c_abendo-lhe, inclusive: Poder Executivo criará o Cohselho NormativO
propostas pela emenda do nobre Deputado ~- a) ceiltralizar em conta especíQca are- do Prorqro- Conapro, com competência pa-
Saulo Queiróz, na forma seguinte: ceita arrecada em favor do Programa p~ ra regulamentar, acompanhar e avaliar o Pro-
las instituições do Sistema Nacional de grama.
-Crédito Rural;_ § 1"' O Conapro terá a seguinte-- cOmpo-
PRCUETO DE LEI DE CONVERSÃO --
-_-- b) aplicar os recursos provenientes_da sição:
N• 30. DE J9S9- CN
arrecadaçZío do Proagro -em operaçoes a) !Jll1 representante do Minist~rio da Fa-
Disji6t! sobre o Programa de Garantia -- de apoio ao setor rural, preferencialme~le __ zenda
da Atividade Agropecuária (Proagro), ins- em empréstimos de amparo à comercia- . b) um.representante do Ministério da Agri·
tituído pela Lei n 9 6.685, de 3 de setembro lização de p~od~tos agropecuários; -cul~ura ___ _
de 1979 e dá Oll!ras providências. c) um representante da SEPLAN-PR
__ c) ressarcir a-- débito da contã espe"Ci- d) um representante do Banco Central do
O Congresso Nacional decreta: _fica dos r~ cursos do Programa as_ custas
Art. 19 Dê-se aos artigos 19 , 2~. 3°, 4" e Brasil
-periciais e coberturas pagas pelos agen-
parágrafo único do a"rtigo 59 da Lei 5.969, de tes financeiros do Sistema Nacional de e) um representante do Banco~d_o Brasil
11 de dezembro --de 1973, alterada pela Lei Crédito Rural: f) o PreSidente da Comissão Especial de
n9 6.685, de 3 de se-tembro· de 1979~ as seguin- d) apresentar mensalmente à_ Secre_- Recursos.
tes redações: · taria dei TesoUi-õ Nacional e ao Conselho _ § 2-9 O Conãpfo será presidido pelo repre·
"Art. }9 É instituído o Programa de Normativo do Proagro - Cõnapro, de- sentante do Ministério da Fazep.çi?l_ e seu Secr:e-
Garantia da Atividade Agropecuária - -monstrativo de asrecadações e desem- tádo Executivo será o Presidente d~ Çomissão
Proagro, destinado a assegurar ao produ- bolsos realiz.ado_s no_ períodot inclusive Especial de RecursoS.
tor rural; -para, quando necessário, solicitar cober·
tura de_ saldo negativo na conta_do Pro- Art. 39 Esta_L~i entra em_ vigor na data
I - a exoneração de obrigações finan-
ceiras relatiyas a operações de crédito ru- grama; -de sua publicação.
ral de custeio e investimentos, cuja liqui- e) apresentar à Secretaria do Tesouro Art. 4_~ _ RevogaJ1l·Se as diSposições transi-
dação seja dificultada P.ela ocorrência de Nacional e ao Conselho Normativo do tórias.
fenômenos naturais, pragas e doenças Proagro __- Co_napro, ao finai de cada
que atinjam bens, rebanhos e plantações; exercídõ, relatório- circunstancia ao-das Sãla das Comissões, 8 de novembro de
J(- a indenização_de_recursos próprios ativi<:J.~des exercidas !19 períodq_. -1989. __:senador Nabor Júnior- Presidente
utilizados pelo produtor em explorações Parágrafo único. A ,remuneração -Deputada Lúda Vânia- -Relatora- Depu-
rurais que sofreram perdas decorrentes corripensatória do Banco do Brasil S/A - tado Nyder BarbOSCI -- Deputado Jonils Pi·
dos eventos citados no.indso anterior." para cobrir os custos operacionais com nheiro - Deputaclo JoVãnnil18ssini -Sena-
"Art. 2o O Proagro será custeado: o gerendamento financeiro do programa, dor Louríval Baptista - Senador Pompeu de
I - por recursos provenientes da parti- será apropriada das receitas oriundas da SOusa -Senador Gomes Carvalho - Sena~
cipação dos produtores rurais, aplicação- dos recursos de que trata a alí- dor Aluizio Bezerra~
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção U) Terça-feira 14 6865

SENADO FEDERAL
SUMÁRIO
l-ATA DA 9• REUNIÃO, EM 13 13.1- Mensagens do Senhor Pre· -Projeto de Lei do Senado n9 22/89,
DE NOVEMBRO DE 1989 sidente da República que dispõe sobre o transporte de presos
W 287 e 288189 (n" 761 e 762/89, na e dá outras providências. (Redação final.}
1.1-ABERTURA
Casa de origem), restituindo autógrafos de
projetas de lei sancionados. 1.3.3 -Projeto
1.1.1 - Comunicação da Presidên-
cia
Projeto de Lei do Senado n9 368/89, de
1.3.2 -Pareceres autoria do Sen~dor Odacir Soares, que au-
[nexistência de quorum para abertura da
Releientes às segU/iJtes matérias: -tOriZa o Podei' Executivo a criar a Escola
sessão. Técnica Federal de Pimenta Bueno,_no Es-
-Projeto de Lei do Senádo n9 91/89
-complementar, que estabelece, nos ter- tado de Rondônia.
1.1.2- Designação da Ordem do mos do § 9 9, do art. 14 da Constituição
Dia da próxima sessão Federal, prazo para desincompabbilização 2 - MESA DIRETORA
de Ministros de Estaáo. (R"edação final.) 3 - LÚ>ERES E VICÉ-LÚ>ERES DE
1.2- ENCERRAMENTO -Projeto de Lei do DF no 63/89, que PARTIDOS
autoriza a insb.1uição da Fundação Memo-
1.3- EXPEDIENT!' DESPACHA- rial Israel Pinheiro e dá outras providências. 4 - COMPOSIÇÃO DAS COMIS-
DO (Redação final.) SÕES PERMANENTES

Ata da 9'i' Reunião, em 13 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48~ Legislatura
Presidência do Sr. Jarbas Passarinho

ÀS 14 HORAS E 30 -MINUTOS, ACHAM· na Câmara dOs DeputadOs),· que ap(ova o -atO 3


SE PRESENTES OSSRS. SENADORES: que renoVa ·a conCessão- outorgada à Rádio
PROJETO DE LEI DO SENADO
Imperatriz Sociedade Ltda., para exPlorar ser- N• 328, DE 1989- COMPLEMENTAR
Odacir Soares -Jarbas Passarinho -Ale- -viço de radiofusão sonora ein onda média,
xanclre coo-ta - Ney Maranhão - Pompeu na Odade de Imperatriz, Estado c;Jo Maranhão, (Em regime de urgência, nos termos do
de Sousa - Meira Filho. tendo art. 336, c, do ReQ-imento Interno}
PARECER PRELIMINAR, por pedido de dili-
O SR. PRESIDENTE (Jarbas Passarinho) gência. Votação em turno único; do Projeto de Lei
- A lista de presença acusa o compareci- do Senado n9 328, de 1989- Complementar,
mento de 6 Srs. Senadores. Entretanto, não de autoria do Senador Divaldo Suruagy, que
há em plenário o quorum regimental para 2 estabelece normas gerais aplicáveis ao Impos-
abertúra da sessão. PROJETO DE i..EJ DA CÂMARA tO SQbrE:: Transmissão inter vivos, a qualquer
Nos termos do § 29 do art 155 do R-egi- ti' _48, DE- 1989 titulo, por ato oneroso, de bens imóveis; por
mento Interno, o expediente que se encontra natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre a mesa será despachado pela Presidên- (Em regime de urgência, nos termos do sobre imóveis, exceto os de garantia, bem co-
cia, independentemente de leitura. art. 336,~"t:f..do Regimento Interno) mo cessão de direitos à sua aquisição- ITBI-
Nestas condições, vou encerrar a presente fv', tendo
reunião, convocando os Srs. Senadores para PARECER, proferido em plenário, da Co-
a sessão ordinária a realízar-se amanhã, às Votação, em ttimo único, do Projeto de Lei missão- de Assuntos Económicos_ favorável,
14 horas e 30 minutos, cor'n a seguinte da Câmara no 48, de 1989 (l19 2.014/89, na nos termos de substitutivo que oferece.
Casa de origem), de iriidativa do Tribunal Su-
ORDEM DO DIA perior-do Trabalho, que altera a composição --4-
do Tribun'al Regional do Trabalho da 9~ Re-
1 gião, cria a função do Corregedor Regional PROJETO DE LEI DO SENADO
e-cargõs em comissão e de provim~nto efetivo N• 332, DE 1989
PROJETO DE DECRETO
LEGISlATIVO N' 36; DE 1989 no Quadro Pemianente da Secretaria do 7fri- (Em regime de urgência, nos termos do
(Incluído em Ordem do Dia, nos Tennos bunal Regional da 9~ Região, e dá outras provi- art. 336, c, do Regimento Interno)
do art. 353, parágrafo único, dências, tendo
Votação, em turno único, do Projeto de Lei
do Regimento interno) PARECER FAVORÁVEL, proferido em Plew do Senado n9 332, de 1989, de autoria do
Discussão, em turno único, do Projeto de nário, da Comissão Senador Márcio Lacerda, que revoga os arts.
Decreto Legislativo n9 36, de 1989 (n9 112/89, - d~ Constituição, Justiça e Odadania. 51, 151 e 157 do Código Eleitoral, que deter-
· ~ Terç~feira 14 QIÁRIODO CONGRESSO NACIONAL Ó3eção II) Novembro de 1989

minam medidas sanitárias nOs títulos eleitorais 12 de outubro de 1978, junto a um consórdo -16-
de portadores de hanseníase, tendo de bancos franceses, com vistas a possibilitar 1'ROJEf0 DE DECRETO
PARECER FAVORÁVEL, proferido em Ple- a aquisição de equ_ipamentos de origem fr~­ LEGISlATIVO N• 35, DE 1989
nário, da Comissão- de Assuntes Sociais. cesa para a ampliação da Central Termoe-
__létrica Presidente Médici, no Rio Grande do (Incluído em Ordem do Dia, nos ter!fiOS ~o
-5- art. 376, e, do Regimento Interno)
Sul.
PROJETO DE LEI DO DF N• 72, DE 1989 Discuss§o, em turno ónico, do Projeto de
-11-
(Em regime de urgência~ noS termos do Decreto Legislativo n9 35, de 1989 (n9 74/89.,
art. 336, c, do Regimento lntemo) Vo~ção, em primeiro turno, -da Proposta na Câmara dos Deputados), que aprova o tex-
de Emenda à Constituição n<:> 1, de 1989, de to do acordo de cooperação econômica entre
Vqtação, em turno único, do Projeto de Lei autoria dq Senador João Menezes e outros o Governo da Repúblaica Federativa do Brasil
do DF n? 72, de 198_9, -de inlciativa do Gover- Senhores Senadores, que altera os prazos es- e o Governo da Repúbalíca Argelina Demo-
nador do Distrito Federal, que cria, no Quadro tabelectdos no § 6 9 do art. 14, para desincom- crática e Popular. (Dependendo de pa~cer.)
de Pessoal do Distrito Federal, os cargos de patibili2ação do Presidente da República, dos
natureza especial que menciona e àá oul.ras Governadores de Estado, do Distrito Federal -17-
providências, tendo e dos Prefeitos, tendo PROJEfO DE DECRETO
PARECER, proferido em Plenário, da Co- PARECER, sob n• 145, de 1989. LEGISlATIVO N• 33, DE 1989
missão · . :. . . . da Corrilsi;ão Temporária, favorável ao dnciuídO- em Ordem do Dia
- do Dlstrfto Federal, favorável ao projeto pr6Sse,guimento da tramitação da matéria,
e à emenda apresentada perante a Comtssão. nos termos do art. 376, e do
coffi votei vencido dos Senadores Chagas Ro- Regimento lnteTno)
-6- drigues e Maurício Corrêa.
Discussão, em turno único, do Projeto de
Votação, em turno único, do Projeto de Lei -12- Decreto Legislativo no 33, de 1989 (n9 64/89,
da Càlnara n9 91, de 1986 (n9 1.894/83, na Votação, em primeito turno, da Proposta de na Câmara dos Deputados), que aprova o tex-
Casa de origem'), que toma obrigatória a inclu- to do acordo que cria uma comissão Mista
Emenda à Constituição n92, de 1989, de auto-
são de espetáculos musicais ao vivo nas casas ria do Se:nador Olavo Pires e outros Senhores entre o Governo da_ República Federativa do
de diversões, tendo Senadores. que modifica o § 39 do' art. 4? do Brasil e o Governo da Repúbalica T ogolesa
PARECER, sob no 258, de 1989, da Comis- Ato das Disposições Constitucionais Transi- (Dependendo de parecer).
são de tórias.
- Constituição, Justiça e Odadania, pela -18-
constitucionalidade, juridicidade, com Emen- -13- Discussão, em turno único, do Projeto de
da que apresenta de n 9 1-CCJ. Decreto Legislativo n9 39, de 1989 (n9 63/89,
Votâção, em primeiro turno, da Proposta
na Câmara dos Deputados), que apro~ o tex-
-7- de Emenda à Constituição n9 3, de 1989, de
to do Protocolo de Cooperação na Area de
Votação, em turno único, do Projeto de Re- autoria do Senador Marco Maciel e outros Se-
nhores Senadores, que acrescenta parágrafo Tecnologia fndustrial firmado entre o Governo
solução n~ 74, de 1989, de iniciativa da Comis- da República Federativa do Brasil e o Governo
são dO Distrito Federal, que dispõe sobre a ao art. 159 e altera a red2lção do inciso li do
da República Popular da China, em Pequim,
remuneração do Vice-Governador do Distrito art. _161 da Constituição ~ederal.
em 6 de julho de 1988 (Dependendo de parew
Federal e dá outras providências. cer).
-14-
-8-
Discussão, em turno único, do veto total O SR. PRESIDENTE (Jarbas Passarinho)
Votação, em turno único, do Projeto de Re- -_Está. encerradã a-reunlão.
aposto ao Projeto de Lei do DF n 9 54, de 19?9,
solução n<:> 75, de 1989, qUe autoriza â Prefei-
que reestrutura a categoria fundon.al de ~is­ (Levanta-se a reunião às 15 horas e
tura Municipal de Vitóría da ·conquista, EStado
tente _Jurídico do Plano de Oass1ficaçao de 5minutos)
da Bahia, a contratar operação de crédito no
valor correspondente, .,em cruzados novos, a
Cargos de que trata a ~ei n9 5.920, ?':
1 ~73,
EXPED!EIYTE DESPACHADO NOS TER-
fixa sua retribuição, e da outras provtdenctas.
2.006.188 Bônus do Tesouro Nacional, junto (Térinino do prazo da Comissão do Distrito MOS DO§ 2• DO ART._ 155, DO REGú'tENTO
à Caixa Econômlc<t Federal. - INTERNO
Federal para apresentação do relatório -
-9- 2-11-89.)
Votação, em turno único, do Projeto de Re- -15-
Mensagens
soluçãon<:> 76, de 1989 (apresentado pela Co-
missão de Assuntos Económicos como con- ·DO PRESIDENTE DA REPÚBUCA
PROJETO DE DECRETO
clusão de seu Parecer n9 ?74. de 1_989}, que
autoriza a República Federativa do Brasil a -LEGISlATIVO N• 34, DE 1989
ultimar contrataÇão de operação de crédito (incluído em Ordem do Dia, nos termos do Restituindo autógrafos de Projetas de
externo, no valor equivalente e_ até US$ art. 376, e, do Regimento Interno) Lei sandonados:
55,600,000.00 (cinqüenta e_ cinco milhões e Discussão, em turno único, do Projeto de
seiscentos mil dólares americanos) junto ao N<:> 287/89 (no 761/89, na Casa de origem),
Decreto Legislativo n 9 34, .de 1989 (n9 73/89, de 9 do corrente, referente ao Projeto de Lei
Banco Interamericano de Desenvolvimento~ na Câmara dos Deputados), que aprova os da CAmara n<:> 43, de 1989 (n 9 1.456/89, ria
BID. textos do convênio de cooperação para a reali- Casa de origem), que cria a 17• Região da
-lO- zação de obras previstas no estudo de revitali- Justiça do Trabalho, o respectivo Tribunal Re-
zação do Centro Histórko tle João P_essw, gional do Trabalho, e dá outras providências.
Votação, em tlirno único, do Projeto de Re-
0 Capital do Estado da Paraíba, e do seu proto- (Projeto que se transformou na Lei 0 9 7.872,
solução1l<:> 77, de 1989 (apresentado pela Co- colo anexo correspondente ao fmanciamento de 8 de novembro de_ 1_989_)_
missão de Assuntos Econôqtlcos como con- de obras para o ano de 1988, celebrados entre
clusão de seu Pãrecer n 9 ?75, de 1989), que o Governo da República Fei:lerativa do Brasil !"19 288/89 (n<:> 762/89, na Casa- de origem),
autoriza a COmpanhia Estadual de Energia e o Governo do Reino da Espanha, em Brasília, de 9 do corrente, referente ao Proj~to d~_l-ei
Elétrica - CEEE-a ultimar ad_itivo contratual em 26 de abril de 1988. (Dependendo de pare- da Câmara n<:> 44, de 1989 (no 1 .õ/4/8_9, na
à operação de crédito externo, firmada em cer.) casa de origem), que cria a ta~ Região da
Nove!Tl~ro_cl_e 198!) _QIÃBIO [)() COI'j.QJ~ES$0 tlt\CIONA!... (~ilo D) Terça-feira 14 6867

Justiça do Trabalho, o reSpe.ctivo Tribunal Re- - § 2 01 A Fundação reger~se-á por estatuto Projeto de Lei
giOnal do Trabalho, e dá outras providências. aprovado pelo ~o~mac!or do Distrito Federal.
(Projeto que se transformou na Lei_n~ 7.873, PROJETO DE LEI DO SENADO
Art. 2? A Fundação Memoriei! Israel Pi-
de 9 de novembro de 1989) N• 368, DE 1989
nheiro terá por objetivo a organização, conser-
vação e divulgação de acervo·cultural referente Autoriza o Poder Executivo i! criar a
Pareceres à particiPação de todos quantos hajam, de Escola Técm'ca Federal de Pimenta Bue-
forma destacada, colaborado na idealização, no, no Estado de ROndônia.
PARECER N• 326, DE 19jj9 planejamento, de forma indelével, grafando os
O-Congresso Nacional decreta:
(Da Comissão Diretora) nomes dos pioneiros. Art. }9 Fica o Poder Executivo autorizado
Art. 3'~ O Governo do Distrito Federal pro· a criar a Escola Técnica Federal de Pimenta
Redação final do Projetç de Lei do Se-
videndará nÕ sentido de instalaçáo e funciona- Bueno, localizada no Munlclpio de mesma de-
. nado Ilp ~ 1_, r:f.e 15!_89- Complementar. mento da Fundação a que se refere esta lei. norninaçáo, no Estado de Rondônia.
A_Çomissão Dlretora apresenta a redação Art. 401 A FundaçãÔ Memorié\1 Israel Pi- Àrt. 2<1 A Escola Técnica Federal de Pi-
final do Projeto de Lei do Senado n9 91, de nheiro poderá dispor das seguintes receitas: menta Buefto manterá cursos de nível médio
1989 -Complementar, de autoria do Sena- e profissionalizante, a serem definidos pelo mi-
dor Joãó Menezes, que_ estabelecé, nos termos I - as que lhe sejam destinadas nos Orça-
nistério da Educação, destinados á formação
·do § 9', do· art. 14 da Constituição Federai, mentos da União e do Distrito Federal;
de técnicos para atenderem às necessidades
prazo para desincornpatibilização de MiniStros II- as doações e auxillos que lhes sejam s6dq-econômicas da. região.
de Estado. atribuídos; e Art 3 9 A insLalação do estabelecimento
Sala Qe Reuniões da Comissão, 1O de no- de ensino de que trata esta lei subordina-se
vembro de 1989. -Nelson Qmeiro- Presi-· lll- as ren<ia's provenientes de exposições -
dente- Nabor Júnior-, Relator- Pompeu e outros empreendimentos culturais que pro- à prévia consignação, no Orçamento da
mova dentro e fora da Capital Federal. União, das dotações necessárias, assim como
de Sousa -Antônio Luiz Maya. à criação dos cargos, funções e empregos
ANEXO AO PARECER N• 326, DE i 989 Art. 59 Esta lei entra em vigor na data de indispensáveis ao seu funcionamento, por ini·
sua publicação. dativa exclusiva do Presidente da República.
Redação final do Projeto de Lei do Se- Art. 4 9 Esta lei entra em vigor na data de
nado n"' 91, de 1989- Complementar, Art. 6 9 Re~Ogam-se a~ disposições em
contráriO. sua Publicação.
que estabelece, nos termos do § !}9, do. Art. 59 Revogam-se as dispOsições em
mt. 14 da Constituição Federr11. prazo pa- contrário.
ra deslncomptJb"bilização' de Ministros de
Estado. Justificação
PARECER N•_328, DE 1989
O Çongresso Nadonal decreta: (Da Comissão Diretora) O Estado de Rondônia, nas .últimas déca-
M. 101 Os Ministros de Estado poderão das, vem apresentando wn crescimento po·
se _candidatar a presidente d aRepúbllca até pulacional muito acima da média nacional,
Redação final do Projeto de Lei do Se- com uma taxa de imigração de 66;04% ,regis-
três meses antes do pleito, desde que se afas- nado n~ 22, de 1989.
tem definitivamente de suas funções. trada em 1980.
A Comissão Diretora apresenta a redação
Ari. 201 Esta lei entra em vigor na data de ~na! do Projeto de Lei do Senado n9 22, de Paralelamente, descortinamos o grande po-
sua publicação. _ 1989, de autOria do Senador Jamil Haddad, tencial de recursos naturais existentes nesta
Art. ~ Revogam~se as disposições em região, onde os brasileiros vêm desenvolvendo
que dispõe sobr~ o transporte de presos e
contrário. dá outras providências. ativídades produtivas. contudo, sob as condi-
Sala de Reuniões da Comissão, 1O de no- ções mais primitivas e_ desfavoráveis.
PARECER N• 327, DE 1989 vembro de 1989. Nelson Carneiro. Presidente Um dos maiores obstáculos detectados
(Da Comissão Diretora) -NaborJúnior. Relator- Pompeu de Sousa neste processo traduz-se pela carência de
-Antônio Luiz Maya. mão-de-obra especializada, cuja problemática
Redação final do Projeto de Lei do DF . é oriunda da falta de oportunidades educa-
n• 63; de 1989 danais que contenham além do _conteúdo
. ANEXO AO ~ARECER
·-
N' 328, DE 1989
A Comissão Diretora apresenta a redação .
curricular do ensino formal, a parte de inicia-
.final do Projeto de Lei do DF n'-' 63, de 1989. Redação final do Projeto de Lei do ção ao trabalho.
que autoriza a instituição da fundação Memo- $erJad0 nP 22_ de 1989, que diSpõe SObre
o transporte de presos~ d6 outras provl- Preocupados em suprir esta importante la-
rial Israel Pinheiro e dá outras providências. cuna é que os Vereadores da Câmara Muni-
Sa1a de Reuniões da Comissão, 1O de nO- déncías.
cipal de Pimenta Bueno aprovaram por unani-
vembro de 1989. -Nelson Carneiro- Presi~ O Congre.sso Nadonal decreta: midade, na Sessão do dia 10-10-89, o Reque-
dente - Nabor Júnior- Relator -Pompeu Arl 19 É proibidO o transporte de presoS rimento n 9 157/89, da Vereadora Maria Apare--
.de Sousa ...:... Antônio Luiz Maya. em compartimento de proporções reduzidas, cida da Silva Rodrigues, solicitando a criação
ANEXO AO PARECER N• 327, DE 1989 com ventilação defidente O!J allSênda de lu- da Escola Técnica Federal de Pimenta Bueno.
minosidade. Com a maior veemência e sentido de luta.
Redação final do Projeto de Lei do DF
nP 63, de 1989, que auioiiza a instituição Art. 201 As- s-ecretarias Estaduais de Segu- vimos apresentar este projeto de lei, visando
da Fundação Memorial Israel Pinheiro e rança e a do Distrito Federal, assim como a propiciar melhores condições de vida a esta
dá outras provldéncias. os órgãos polida!S federais, deverão, no prazo população já tão sofrida,
O Senado Federal decreta: de trinta dias, informar o Ministério da Justiça Assim, poderemos proporcionar a elevação
Art. 1? ~ o Governo do Distrito Federal de que estão sendo usados, no transporte de do grau de escolaridade dos jovens, aliado
autorizado a instituir a Fundaçáo Memorial Is- presos, veículos nas condições referidas no à formação em habiUtações para o trabalho
rael Pinheiro, pessoa juríçlica de direito priva- artigo anterior. e conseqüentemente estaremos contribuindo
do, com sede e foro na Capital da República. Art. 39 Esta lei entra em vigor na data de para a regionalização do ensino, na qual o
§ ]9 A Fundação adquirirá personalidade sua publicaçãó. desenvolver e o aperfeiçoar as técnicas são
jurídica com a inscrição, no registro compe- Art 4'~ Revogam-se as disposições em oriundos de uma ação política de "fazer as
te~, dos seus atos constitutivos. contrário. coisas onde elas acontecem".
6868 Terça-feira 14 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989

A criação de bons cursos protisSionalizan(es Em última análise, a fundação da Escola Submetemos à apreciação dos nossos pa-
dará condições aos jovens de concretizar suas Técnica Federal de Pimenta Bu~o trará a sua res a presente proposição.
aspiraçõ_es e de garantir, de forma digna, a importante contribuição par;;t o desenvolvi- Saladas Sessões, 13denovembrode 1989.
sua subsistência. Com isto_acontecendo, esta- mento educacional, econômico e social da -Senador Odacir Soares,
remos evitando o êxodo para os grandes cen- região, através de ações firmes e planejadas,
tros- que se_ constitui em um dos problemas a
criando expectativa de um futuro próspero (À Comissão de Educação- Compe-
cruciais. em.nossos J(we~. tência Terminativa)
República Federativa do Brasil
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL
SEÇÃO 11

.ANO.- XLIV-
" .. ,. N•
. 159
. . - . ~CL:\RTl\:FEJRA, l5,DE NOVJ:MBRO DE 1989 BRASIUA-DF

CONGRESSO NACIONAL
PROJETO DE LEI qualidade de vida, pela educação, pelo desen-
1'1• 62, DE 1989 (CI'I) volvimento da cuJtura e mais especificamente
o polidamente preventivo. ·
MENSAGEM ltabaiana é um município que conta con1
1'1• 193, DE 1989-Ci'l aproximadamente cem mil habitantes, justifi-
(1'1•.674/89, na origem) ca-se, portanto, a construção de um Quartel
de Polícia. Muitas ddadeii com população me-
nor já contam com o. seu quartel, Jtabaiana
RElAÇÃO DE EMENDAS neCessita, urgenterriente, de instalações para
POR PARLAMENTARES trazer um policiamentó- niffis ostensivo na ci-
dade e na região. Já se começa notar na cida-
Parlamentares Emendasfi>4 d~ e na região a formação do que chamamos
Deputado Marcelo Cordeiro 01 "crime organizado". Desprovida de instala-
Deputado José Queiroz 02 ções físicas para aumentar o número de solda-
03,04 d~ n~ região, -o município e o povo que ali
Senador Alufzio BeZerra
Deputado Jairo Cafrú~iro 05,06,07,08,09, 10.11 vive, sofrem os mais aterrorizantes e hedio-n-
Deputado José Serla 13 dos crimes Ostos no agreste sergipano. Esta-
mos sensíveis aos problemas de segurança
da nossa população, e queremos utilizar todo
EMENDAN•1 sorte que a proibição da Lei n'~ 7.862/89 seja o instrumental necessário para evitar a propa- ·
eficaz a Partlf de 1o de janeiro de 1990, quando gação dessa terrfvel chaga.
então o Orçamento já ter~ sido com ela co_m- Em 7 de novembro de 1989.- Deputado
Art. 29 ............................................................... ~. José Queiroz.
Parágrafo únicO:- Para efeito desta lei o dis~ -- patibilizado.
posto no § 2? do artigo 2ç da Lei nQ'7.862, - Em l 0 de novembro de 1989:- DeputadO EMENDAN'3
MarceJQ Cordeiro
de 30 de outubro de 1989, s6 se aplica a Inclua-se onde couber no Projeto de Lei n?
partir·de ]9 de janeiro de 1990. EMENDAN'2 62, de 1989-CN .
Justificação Inclua-se onde couber no PL no 62/89-CN O projeto ''Asfaltamento do AeroportO de
a importância de_ NCz$ 10.000.000,00 (dez -Tarauacá!AC', no valor de NCz$ 7.000.000,00
Os recursos orçamentários da CNEN são m'ilhões_ de cruzados novos) para Construção (Sete milhões de_ cruzados novos).
repassados sob a forma de "capitalização". de Quartel da Polícia Militar no Município de ' Fonte: Anexo I, do PL no 62~- de 198'9-~
Uma vez que a Lei 11" 7.862/89 não permite habaianaiSE. 2810107401833012- AÇiiesin!e' ·
que as parcelas capitalizadas pela União sejam Fonte: 28101.07401833.012 -Ações Inte- ae
gradas na faixa frontefra
utilizadas para despesas de custeio, a previsao gradas na Faixa de Fronteir.a. (Anexo 1).
desses recursos no PL 62/89 se inutilizaria, Valor: NCz$ 10.000.000 (dez milhões de NCz$ 7~000.000,00
pela impossibilidade le9al de serem aplicados. cruzados n~vos).
Prevê-se, assim, emenda ao PL 62/89 desti-
nada a vfabilizar '? orçamento de 1989, de _J~Ificação Justificação
O combate a violên_ciª_ e a __crimioalidade O aeroporto de Tarauacá é de uma impor·
• Emenda n~ 12 retirada pelo Autor se dá de várias ·maneiras: pela nielhoria da tância estratégica para esse município, Ta-
•Q!!_70 Quarta·(~ira ..1.5 Novembro de 1989

EXPEDIENTE
CENTRO OIIÂFICO DO SENADO FEOEIIAI.
DIAIIIO DO CONGRESSO NA-AL
PASSOS PORTO
lmptesso 50b a ~ponubllldo~de da Meu do Senado Feder..
Oiretor-Geral do Senado Federal
AGAC1EL DA SILVA MAIA •
Onetor Executivo ASSINATURAS
CESAR AUGUSTO JOS( DE SOUZA
Dirctor Administr.1tivo
LUIZ CARLOS DE BASTOS Semestral .. •••• •• •• . •• ••••••• •• ................. ................. NCz$ 17,04
Oiretor lndu$trial
FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Exe111plar Avulso ................................................ NCz$ 0,11
Diretor Adjunto T~ragem; 2.200,-exemplaros.

rauacá, e para todo o Vale do Juruã, como EMENDAN•5 de Ba:ixa Grande e dos municípios vizinhos
alternativa para casos de emergência nessa de Macajuba e Morro do Chapéu. Nestas obras
região. Houve. um grande investimento para se inclui a necessidade premente de constru-
construir esse aeroporto e hoje a fa1ta de sua Inclua-se no PL no 62/89-CN o órgão Minis- ção e equipamentos de uma Sa1a de raio X.
pavimentação está colocando em risco, em _tério da Sa(J.de com a !ieguinte programação de um pequeno centro cirúrgico e de leitos
primeiro lugar, as aeronaves que descem e de trabalho: para os pacientes, necessitados.
que decolam em face do grande número de Amplia.Ção, reforma e aquisição de Em 7 de novembro de 1989. - Depl,ltado
buracos produzidos pelas chuvas, bem assim equipamentos Ua Casa de Saúde no Mu- Jairo Camefro-
há o desperdício dos recursos investidos nessa nicípio de Baixa Grande - BA Valor EMENDAN• 6
obra. Portanto, é de grande urgência ,acudir NCz$1.QOO.OOO,QO_(uni'milhão de cruza-
com a pavimentação deste ~eródromci_ a fm dos novos). ·
de restabelecer a· segurança das aeronaves Inclua-se onde couber, no Projeto de Lei
Fonte de Recurso: 11104.03105231230- ri9 62/89-CN a importância de 1.000.000,00
na atenissagem e decolagem, bem como pro- Construção do Campo de Lançamento de AI-
teger os recursos anteriormente nele investi- (um milhão de cruzados novos) para ampUa-
cantar@. ção, ~forma e aqutsição equipamentos da Ca-
dos. E assim, cumprirá a função de meio de
transporte de carga e passageiros até que este- Justificação sa de Saúde do Monicípfo de Baixa Grande .
ja em imdonamento a famosa BR-364. -BA .
Ein 7 de novembro de 1989. - Senador Fonte: 1104.03105231230- Construção
Não se pode, em sã consciência, subjugar
AW:tb&!zena. do Campo de Lançamento de Alcântara.
Os-ffiai.S elementares direitos, os mais essen~
EMENDAN•4 dais direitos dos cidadãos, relegando a segun:.. Justlllcação
do ou terceiro planos o atendimento das suas
b:lué1-se onde couber no Projeto de LeLn\' _ necessidades vitais de sobrevivência. No mo;. O SOcial _é o prioritário e assim deve ser
62, de 1989- CN mento em que o Poder Público omite-se, re_qJ· encarado cumprindo-se detef111inação legal,
· O Projeto "Construção de Mercados de Co- sa-se em--àcudir a este tipo de sofrimento, inclusive. A Saúde do cidadão e máxime das
lonos nos Municípios de Tarauacá e Cruzeiro estaremos abrindo as portas ao acesso frontal populações màis humildes _e menos favore-
do Sul, Brasiléia e Plácido de Castro" no valor das idéias, dos ímpetos extremados que pre'- cidas deve ser e coilstituir-se em objetivo e
de NCz$ 8.000.000,00 (oito. milhões de cruza- tendem subverter a convivênda pacífica, har~ meta permanente a ser alcançada antes os
. dos novos) sendo NCz$ 2.000.000,00 (dois moniosa entre os cidadãos. É preciso estar que q"ualquer outro marco, por significativo
milhões de Cruzados novos) para cada um. atento a este quadro, que pode ser responsável que o seja. É com esta: preocupação que for-
Fonte: Anexo I do PL n\' 62, de 1989_-CN pela derrocada do regime das liberdades. Ao mulo a proposição em causa: que objetiva su·
2810107401833012- Ações inle· Governo não se pode conceber que realize prlr carêncià essencial sentida pela população
gradas na faixa de fronteira determlnados projetas em detrimento da edu- de Baixa Grande, Município na região do polí·
Ncz$ 8.000.000,00 cação, da saúde, da habitação, do alimento gano das secas na Bahia, com wna população
da gente, em sua expressão humana e cole- de 35.000 habitantes e que carece do apio
Justificação tiva Por isso, o socorro público é que se plei- dos poderes públicos, através da garantia e
teia com esta emenda em favor da população concessão de ajuda fmancetra, no valor de
Essa emenaa cumpre os objetivos das d_esassistida do Município de Baixa Grande, l'iCz$ 1.000.000,00 p~ra ~énder a- necessi·
aç:ões integradas na faixa de fronteira, C~mo situado o muriidp-io em -referência na região dade urgente de ampliação, reforma e equipa·
a finalidde que damos à aplicação de NCz$ do polígono dás secas, com wna população menta da casa de saúde local que assiste a
2.000.000,00 -(dois milhões de cruzados no-- de 35.000 habitantes e que necessita de refor- sua população e dos municípios de 1"1\acajuba
vos) para a construção de um mercado de mar, realizar pequena ampliação e dotar de e Morro do Chapéu. A construção de leitos,
colonos em cad,a um dos municípios mendo- equipas mínimos imprescindíveis a casa- de de uma sala de raio X e seu equipamento,.
nados. que tem por escopo criar as condições saúde existente para atender a população po- equipas outros para ginecologia e obstetrícia
apropriadas para comercialização direta entre bre e carente da comunidade. Em socorro são exigêndas para socorrer a comunidade
os produtores e _os consumidores, trazendo da saúde, da sua defesa e proteção, formulo carente e n~o dispõe o Erário dos mfnima.
benefícios para os produtores e consumidores esta emenda, convencido de que_o llustre Re- recursos a enfrentar este desafio. Apela-se •
com eliminação dos atrávessadores desne~ lator será sensível a esta situasão e conferirá compreensão e solidaddade do Hustre Relator
cessários nessa relação económica de produ- o seu apoio e solidariedade, destacando recur- no seiltfdo do acolhimento a esta proposição
tos primários. sOS no valor de NCz$ 1.000.000,00 para am- que, também, foi oferecida, por igual, com
Em 7 de novembro de 1989. - Senador pliação, reforma e aquisição de ~quipamentos indicação de outra alternativa de solução no
Aluizlo Bezerra_ da casa de saúde que atende á população que concerne ao equac:tonam~~to orçainen-
'DIÁRIO DO CONGRESSO NAOONAL (Seçlio II) Quarta-feira 15 6871
Novembro de 1989

Justificação ção, o Ministério do Exterior, ~om s~as limita-


tário, como melhor consultar a seu ~ritério ções de recursos, fez o pasSivei aJudando a
e juízo, por isto que são apresentadas. SJmulta- [tatim é município do Estad_o da Bahia, com retirar a população-do município deste sofri-
neamente duas emendas, no propósito de fa- 17.000 fiãbi1artteS. locãliz~dõ no polígno das mento, liberando recursos suficientes apenas
cilitar a decisão e proteger, com a iniciativa, secas, em uma das_ regiões mais pobres e à construção da barragem sobre o Rio do Pei-
os reais interesses das camadas da população secas do interior baiano. Recentemente eman- xe, manacial que, com esta acumulação, per-
destinatárias deste singular beneficio, contan· . cipado, a sua população, predo.mi~antemente mitirá suprir a cidade de água de que carece,
do, para tanto, com o decidido apoio do nobre dedicada à agricultura, não diSpoe de água sendo água apropriada ao consumo humano.
Relator e demais eminentes membros dest_a para 0 consumo human_o. ~áo cam~nhõe~ que A unidade do ExércitO Brasileiro, o 49 BataJl)ão
douta Comissão. transportam a água que é distribuída como de Engenharia e Construções - 4 9 BEC -,
Em 7 de novembro de 1989. - Deputado se o povo estende-se a mão e~ súplica à igualmente reconhecendo a ~avidade da si-
Jairo -carneiro - caridade pública. Esta. realidade envergonha tuação, assumiu a responsabilidade de cons-
a todos nós brasileiros. Os direitos mais ele- bução--desta barra-gem, que deverá estal'pron-
mentares ·da ddadania estão sendo vilipen- ta no mês corrente ou início dezembro. Não
EMENDAN•7 diados no·r:nomento em que os Poderes Públi- existem recursos financ_eiros, no entanto, para
Inclua-se, onde couber, no PL 62/89- CN:, cos fecharTl os olhos, conscientemente, para a_obra da adutaora de 7km, e execução das
a importância de NCz$ 4.000:000,00 (Quatro - o drama das coletividades e investem em pro- linhas de_ distribuição, que p-ermitirão efetiva-
milhões de cruzados novos) para a Ampliação jetas que podem ser bons, mas ~ã? servem mente levar à água até o cidadão, a sua rest-
do SIStema de Abastecimento de água no Mu- aos desafortunados, aos rlesassistidos, aos dência É para atender a esta reivi~dicação
nicípio de lpirá - BA que se encontram beirando ~ marginali<i?-d~ do povo de Ria chão das Neves, a este mte.res~e
pela insensibilidade das_auton<:Jades co!!Stitut_· relevante socíal e absolutamente prlontáno,
Fonte de Recurso: 11104.0310523123U~ das. Por isso, apresento esta preposiçao que
Construção do CampO de Lançamento de AI-_ que formulamos a presente proposição, o~je­
visa a alocação de recursos financeiros, no tivando a alocação dos recursos nece.ssános,
cântara. __ __ valor de NCz$ 15.000.000,00 para a constru-
Valor: 4.000.000,00 (Quatro milh6e:S de cru- já orçados, e com projeto_ pronto, a ser execu-
ção do sistema de abastecimento_de ágUa pa- tado pelo 49 Batalhão no Exército, sediado
zados novos). ra atender à população do MLJnicípio de Itatim. em Barreiras - BA., no valor de NCz$
Esta pfovidência é urgente e i~adiável pa~a 3.000.000,00. Consciente -da p-ertinência e in-
Justificação risi:ar da reaiidade saciai do mapa da BahLa tegral justeza desta proposição e com amparo
esta mácua que denigre a condição de cidada- no _disposto no Art: 18 § 3 9, "c", da Lei n 9
A carência mais grave vivida pela popu1ação nia dos habitantes do município em referência.
do Município de_ !pirá, Bahia, atualmente, é 7 .730,. de 31-1 ~89 que estabelece que c~ re-
Com esta consciêilda, fOrmulo ·a proposição, cursos da União serão aplicados, no exercício,
a falta de água para abastecimento da popula- confiante e certo de 'que o· ilustre relator confe- prioritariamente em projetos e programas de
ção. Município localizado na região do polígo- rirá absoluta prioridade e acolhida a esta P?s- caráter nitidamente social, estamos certo da
no das secas tem um sistema construído há tulação imperiosa e justa do povo de I~.
mais de 1Oanos para uma j:>opulação prevista imprescindível acolhida do ilustre e digno rela-
invocando, ainda, em favor da sua Jegituru~ tor. .
em 45.000 habitantes, na sede. Atualmente dade, 0 prescrito noArt 18, § 39, "e'.'· da Let Em 7 de novembro dl 1989. - Deputado
a população se situa em 6.000 habitant:s e, n~7.730de31-1-89, que, em seupreaso ma~­ Jairo Carneiro. -.- -
em todo o seu território, são 100~000 habitan- daniento determina que os recursos federais,
tes. O sistema está ultrpassado em sua capaci- no exercÍcio, devem ser aplicados priOritaria- EMENDAN• 10
dade de suprir as necessidades da população mente em programas e projetas de caráter
e é dramática a situação, que já perdura, com nitidamente social, e neste cont~o. compara-
este sofrimento, por mais de três anos. A am- tivamente, o que-não se faz preciso assinalar, Inclua-serro PL 62/89- Ctlá ói9ã0 Miii!S-
pliação do sistema é medida imperiosa: e ur- é inqUestionável a prece~ência que s.e d~e térlo do Interior com a seguinte programação
gente. Já existe projeto de viabilidade e os conferir a água para o alimento do ctda~ao, de trabaltro:-
custos da ampliação estão orçados em -~Cz$ - paiã a·sua-sãúde, e não a outro bem conside- - Construçáo de adutora e Unhas de
4.ooo.cioo,oo. o qUe justifica a apresentação rado no projeto. distribuição de água no Município de Vár-
desta proposição em forma de ve_emen~~ ap~ Em 7 de_ novembro de 1989. - Deputado Zea da Roça - BA
lo à consciência, compreensão,e sensib1li~a~e Jairo Ci!meito. Valor: 5.000.000,00 (dnco milhões de
dos ilustres membros desta douta comissao
e em pa-rticular-para merecer a acolhida d? EMENDAN•9_ cruzados novos) _
-Construção de adutora e linhas je
digno relator e do ilustre relator geral. A proVI~ Inclua-se, ·onde
COUbe-r, no ProjetO de -Lei distnbuição-de água no Munldpío de 1~a­
dência reclamada vetn acudir uma afllçáo gra- n9 63/89~CN, a importância de NCz$ chão das Neves - BA.
ve e profunda desta gente que não tem mais 3.000.000,00 "(Três Milhões de ·cruzados no- -Valor: 3.000.000,00 (três milhões de
como apelar por um justo direito que tem vOs) parã a construção de adutc:ra e linh~s cruzados novos)
legitimamente o cidadão, e por justiça. na distribuição de água no Munlctp!o de Ria- -Construção de adutora e linhas de
Em 7 de novembro de 1gs9. - Deputado chão das Neves - BA distribui~ão de água no Municfpio de lta-
.Jairo Carrieiro -
· Fonte de Recurw: 11104.o3ios231230 ~ tim-BA
EMENDAN•8 ConstruÇão do Campo de Lançamento de AI- Valor: 15.000~000,00 (quinze milhões
Inclua-se, onde couber, no Projeto ~e Lei cântara (An_exo I do Projeto de Lei n 9 de cruzados novos).
n9 62/89-CN, a importância de NCz$ 62/89'CN) . _ _. Fonte de Recurso: 11104.03105231230-
15.0oo.obo,oo (Quinze--milhõeS de cruzados ValOr: 3.000:000;00 -(Três Milhões de cruza- ConStrução do campo· de L.ançamento de_ Al·
novos) para a construção de adutora e linhas dos novos). cantara.
de distribuição de ~gua em implantação do Valor Total: 23.000.000:00 (vinte e três mi-
sistema de abastecimento do Municipio de lta- Justificaçãll) lhões de cruzados novos).
tim-Bahia. ·o MuniÓpio de Riachão das N.eve's, situ~do Julitlllcaçâo
Fonte de Recurso: 11104.03105231230 ~ no oeste baiano, distante 960km da capital,
Construção do Campo de Lançamento de Al- com população de 25.000 habitantes, se';do Estas três comúrildades aointerior baiano,-
cântara (Anexo I, Projeto de Lei no 62/~9-CN}. 12.000 na sede, não dispõe de água servwel duas delas situadas na região do polígono das
para 0 consumo humano. Sensí.vel a esta dra- secas, e Riachão das Neves, no '?este do Esta-
Valor: 15.000.000,00 (Quinze milhões de do, distante 960km da capital, não dispõem
cruzados novos). mática· realidade, atendendo nossa postula-
6872 Quarta-feira 15 DIÁRIO DÓ CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Novembro de 1989

de sistema de abastecimento de água para cântara (Anexo I do Projeto de Lei n• Justificação


atender as suas respectivas populações. Ria- 62/89-CN) . _t:: tmperiósa· a rejeição total deSte e dos de-
chão das Neves com 25.000 habitantes1 se_ndo Valor: NCz$ 5.000.001>~00 (Ciitco milhões de mais· prÕjetos de lei em tramitação no Cõn-
12.000 na sede,- VárZea· da Roçâ com ~.000 .Cfl.!Z8dos novos). -. gresso Nacio_nal solicitando a é}bertura de Ç'ré-
habitantes e ltatim, município novo, com ditos OrçamentáriOs suplementares_ e espe-
- ~Justificação
17.000 criaturas humanas. Este Contingente - ·- - -- ciais -porque:
de cidadãos do interior brasileiro estão despo- Asituação de penúria em que vivem popula- (i) DefOrmam o financiamento do Governo
jados de usufruir de wn bem essencial à vida: ções neste país de graves disparidades impõe Federal. Destinam o excesso -observado na
a água, como alimento essencial à saúde e 1,1mª tomada de consciência dos homens pú- arrecadação de receitas próprias para a cober-
à sobrevivência. Este quadro melancólico para blico_s e dos setores responsáveis da socie- tura de outras despesas correntes e de capital
os dias atuais, encerra o inconformismo- que dade para o direcionam·ento- dos recursos e - inclusive para o início de novos· projetas
impele o cidadão e homem público a rogar, dos investimentos governamentais. No Nor~ -,ao mesmo tempo. que "deixam a desco-
requerer e justamente reMndicar a atenção, deste, nO interior -baiano, assites-.se o sofri· berto" gastos indispensáveis,_ como o paga-
uma providência dos Poderes Públicos que menta atroz de populações_ que não têm o mentO de salários do -funcionalismo e de apo-
devem conceder absoluta prioridade às ques· direito a um bem essencial: o suprimento ~e sentadorias e pensões _da Previdência Social.
tões salientes e relevantes de interesse social água para o seu consumo, para a sua sobrevi- É inconcebível a emissão de tífulos públicos
e que dígam respeito aos mais elementares vência. É este quadrO dramático que édge (para não dizer a emissão de moeda, face as
direitOs da pe~ humana. Com a consciên- e- obriga a que não- se condene o cidad8.o adversidades conjunturais no mercado finan-
cia desta sultuação insustentável, que requer a uma penaliza"ção indefinida como se encon- ceírO} para custear o funcionamento mínimo
seja enfrentada com determinação e resp-on~ tra até então. Não é possível admitir, ê ínacei- da máquina governamental, enquanto recur-
sabilidde, apresentei a proposição· em causa tável que, em lugar de proporcionar o mínimo sos tributários são deslocados para o financia-
porque a solução do problema não deve nem para o reconhecimento da condição humana mento de ações de expansão, inclusive uin
pode sofrer adiamentos e espero merece-r do a um ~cidadão; a nãçao, com a concordância sem;número de programas não prioritáriOs e
digno e ilustre Relator, em sua aha compreen- dp_s legítimos representantes do povo no Po- que sequer constam na Lei Orçamentária Vi-
são e soberania, a necessária e ,pretendida der Legislativo não tenha uma posição clara, gente.
acolhida, assegurando-se os recursos neces-' Qitida, para, de um lado, não permitir o_agra~ (ii) Podem dar margem a dúvidas sobre a
sários à realização destas obras, assinalando menta das desigualdades, investindo-se no exatidão na administração pública. Dentre os
que, no caso de Riachão das Neves, por inter- que não é essencial, quando o ·povo está a créditos especiais, por exemplo, são identifi-
ferência do Ministério do Interior, e, com sua morrer à iningua, e, de outro lado, assumindo cados na área de transporte 129 programas
ájuda a pleito de nossa autoria, encontra-se COfCIJesponsabilidade, decisões que afastam de trabalho que não constam da programação
em fase final de obras a construção da Barra- o desígnio de investir em projetas audaciosos, origini:il-âo Orç:ãrileilto de -f989 (Lei N~
gem armazenadora da água do Rio do Peixe, de v~or que se pode reconhecer, mas que 7.715/89), nerrl da ·programaÇão dos créditos
sob a responsabmdade do 49 Batalhão de En- Comprometem a atualidade da existênCia e adiCionais já abertos. Por mais rápida que seja
genharia e ConStruções -do Exército, sediado sqbreviyê[lcia digna de milhares e milhões de a tramitação na Comissão Mista c;le Orçamen-·
em Barreiras, que, diante da gravidade do pro-
blema. em auxílio ao MunicípiO, assumiu a
cidadãos brasileiras. Neste.sentido,justifica~se
a iniciativa e a proposição que- formU!õ em
e
to Oá- Plenáiio do ConQ-resso e pai ·mã:is
breve que seja a sanção presidencial, pode~se
construção da obra. Não há recursos- para a deTesada vida e da saúde de 25.000 habitantes dizer dos créditos eSpedáis, ne~stã data, que
adução nem para a distribuição, o qu.e não _d_o____.Município de Várzea da Roça, Bahia, que é "fisk'aménte'' impOsSível prómoVe-r à ·licita-
assegura ao povo a disponibilidade da água não tem o direito atualmente de beber água, ção e o empenho-das dotações, instalar_Cari~
de que carece; também é esta a situação em porque não há qualquer sistema de abasteci- teiros e cumprir uma parcela mínima do cro-
que se encontram os Municípios de Várzea mento de água constr:uído, nem água_ dispo- nogrania de obras ainda no E;_xercício de 1989.
da Roça e Ltatim. que nem água de subsolo nível prestável ao consumo humano, no muni- Além disso, face a prática atual de atrasos
têm para o consumo da população inteira. Cípio, seja marianCial de superfície ou água, no pagamento das obras já realizadas é pi'ová~
A proposição oferecida visa situar o atendi- nâ -sUbsolo. A solução existe, tecnicamente vel que o efetivo desembolso só seja realizado
mento desta demanda social acima de qual- encontrada, com projeto de viabilidade elabo- na gestão do novo presidente.
quer outra, e, em particular, por seu conteúdo rado e consiste em aduzir a_~gua da_ Barragem (iii) A programaÇão- é incompatível com as
e mérito, acima, em incomparável importân- dCi.Rio Jacuípi, distando 9,6km da sede_do Diretrizes Orçarriei1tária_s pãra" 19g0, ama- Vl-
cia, ao objeto original deste projeto. Creio e Município. Os custos da obra estão orçadqs .são do conjunto de créditos adicionais revela
estou convencido por estas razões que se aga- em NCz$ 5.000.000,00, valor obJeto deSta-pro- expressivas contradições destes relativamente
salham nas determinações contfdas- na Lei n9 posição e que se destina à construção da adl,l- à orlé:ntaÇã.o dada para 1 990 pela LDO ?Lei
7.730, de 31-1-89 que o eminEinte Relator e tora, linhas de distribuição e pontos terminais n°7.800/89). Destacam-se:-{a) a vedação para
douta Comissão haverão de dispensar acata- para o suprimento r-esidencial da população. fmanciamento de deSj:>-esas de cUsteiO; dentre
mento a este reclamo e clamor mais sentido Estou certo e convencido de que esta matérJa outras, através de dívidas mobiliárias: (b) o
e profundo e verdadeiro das popUlações de de profundo sentido e alcance social merecerá empenho até 15-3-90-de, -no mâXimo-;-um-séti-
Riação das Neves, Várzea da Roça e ltatim, do ilustre e- digno Relator qo projeto a conside- mo da despesa orçada para o ~t_:!'r5íci_o; (c)
na Bahia, que não devem mais sofrer nem ração que lhe pertine, com acolhida aos seus a proibição para o inkio de obras novas en-
se perpetuar nesta situação de inqualificável termos, por ser imperativo de justiça, resgatan- quanto não for aprovado o Orçamento; (d)
injustica. _do-se com esta providência, um débito cróni- ã impossibilidade de assunção de encargos
Em 7 de novembro de 1989: - Deputado Co;- a:curõulado com toda uma coletividade própri_os dos estados _e muntdplos; (e)_ a prio-
Jairo Carneiro. marginalizada do conceito de cidadania, já no ridade para projetas em andamento e _ações
limiar do' terceiro milênio, o·que não enobrece de manutenção e conservação relativamente
EMENDA N< 11
o país em sua grandeza de 89 economia do ao inicio" de novos investimentos, -
Inclua-se, onde couber, no Projeto-de_ Lei mundo. A rejeição de todas as solicitações de aber-
n9 62/89-CN, a importância de NCz$ Em 7 de novembro de 1989.- Deputado tura de créditos_ em apreciação no Congresso
5.000.000,00 (cinco milhões de cruzados _no- Jairo Carneiro é necessária, antes de tUdo para que- seja feita
vos) para construção de adutora e linhas de -- uma reprogramação orçamentária, ad~quan­
distribuição de água no Munlcipio de Várzea EMENDAN•13 do as fontes de recursos e a natureza das
da Roça-BA. Emenda Silpressjvá despesas. Recomenda o bom senso_ que o
Fonte de Recurso: 11104.03105231230- -"Rejeitar, na íntegra, o projeto de lei Supr.l- dinheiro certo em caixa, atenda primeirO aos
Construção do Campo de Lançamento de AI- citado." gastos com pessoal e a_çõe_s mínimas do ~o-
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II) Quarta-feira 15 6873

vemo.Aiém disso, num quadro de séria escas- coerência nas decisões pertinentes às maté- para que não encontre as finanças públicas
sez de recursos, nã_o cabe o. início -de mais rias orçamentárias, assegure a eficácia da Le-i mais comprometidas do que_ já estão pelos
de urna centena de obras novas, qua,ndo é de Diretrizes Orçamentárias para 1990, não efeitos da grave crise_ que assola a economia
notória a debilidade na manutenção, conser- deixe espaço para questionamentos sobre a brasileira.
vação e restauração do patrirnônio já existente. validade de ações governamentais iniciadas
Enfim, é imperiosa a aprovação deSta no fútal do exercício e do mandato, bem como Em 7 de novembrO: de 1989. - D~putado
emenda para que o Legislativo mantenha su~ coJabore com o novo Presidente da República José Serra. - -

SENADO FEDERAL
SUMÁRIO

1 - ATA DA 10• REUNIÃO, EM 14 - NQ 833/89; encaminhando esclared- estatais e dá outras pr9Vidências. ACâma-
DE NOVEMBRO DE 1989 mentos prestados pelo Ministério do Exér- ra dos Deputados. ~~
cito sobre os quesitos constantes do Re- -Projeto de Lei do S_enado n9 129/89,
1.1 -ABERTURA querimento n9 543/89, de autoria do Sena- que concede reparação de natureza eco-
dbr Jutahy Magalhães. nómica aos cidadãos que especifica. À C§.
1.1.1 - Comurucação da Presidên- mara dos Deputados.
da 1.3.4- ComunicaçãO' da Presidên- -Projeto de Lei do Senado n9 253/89,
cia que isenta do Imposto sobre Produtos In-
Inexistência de quorum para abertura da
sessão Término -dç. prazo para interposição de dustrializados as saídas de veículos auto-
recurso no sentido da inclusão em Ordem motOres, máquinas, equipamentos, bem
1.1.2- Designação da Ordem do do Dia dos seguintes projetos de le_i apre- coino de suas partes e peças separadas,
Dia da próxima sessão dados conclusivamente pela Comissão de quando destinadas_ à utilização nas ativida-
Assuntos Económicos: des dO$ Corpos de Bombeiros, em todo
12-ENCERRAMENTO - P:rojeto· de Lei do Senado n9 78/138, o território nadOftal. À CAmara dos Depu-
que estabelece, na forma do art. 153, § tados. · ··
1-3- EXPEDIENTE DESPACHA- 29, item 11, da Constituição Federal, os ter-
DO 2-PORTARIA DO SR. PRIMEI-
mos e limites_da imuitidade fiscal dãs pen-
RO SECRETÁRIO,DO SE!'fMlo FE-
sões e dos proventos percebidos pelos
1.3.1 -Mensagem do Senhor Pre- maiores de 65 anos de idade. À Câmara DERAL
sidente da RepúbUca dos Deputados._ ~ -1'1' ~7/89
-N• 289189 (ri• 763189, na origem), __:Projeto de Lei do Senado n9 _112/88,
restituindo autógrafos de projeto de lei san· que concede incentivos fisc·ais, ao empre- 3 - COMISSÃO MISTA DE.ORÇA-
dona do. gador que admitir pessoas portadoras de MENTO
deficiências físfca e maiores de 60 (sessen: - Convocação de reunião para dia 20,
1.3.2- Aviso do Ministro dos ta) anos, nas condições que especifica. A seg!Jnta~feira
próxima, às 18:00 horas.
Transportes Câmara dos Deputados. - Cronograma (retificação_)
- N9 604/89, encaminhando esclareci- -Projeto de Lei do Senaao h,44/89, -Materias em tramitação (créditOs adi-
mentos prestados pelo Ministro dos Trans- que dispõe sobre a cobertura, pelo Tescu- cionais)
portes, sobre quesitos constantes do Re- ro Nacional, dos valores reJativos_ -à dife-
querimento n"489/89, de-aUtoria do-Sena- rença entre_os_critériOs de atualização mo-_ 4 - MESA DIRETORA
dor Jutahy Magalhães. netâria previstOS nos arts, 15 e 17 da Lei 5 - LiDERES E VICE-LiDERi:s DE
n~ 7.730, de 31 de janeiro de 1989, e dá PARTIDOS ---
1.3.3-- Aviso do Ministro-Chefe do outras providências. Ao arquivo.
Gabinete Civil da Presidência da Re- - Projeto de Lei do Senadô n9 94/98, que 6 - COMPOSIÇÃO DAS COMIS-
púbUca dispõe sobre a privatização das empresas SÕES PERMANENTES

Ata da 1 0" Reunião, em 14 de novembro de 1989


3~ Sessão Legislativa Ordinária, da 48~ Legislatura
Presidência do Sr- Pompeu de Sousa

ÀS 14 HORAS E 30 MINUTOS. O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) Por este motivo, a Presidência declara que
ACHAM-SE PRESENTES OS SRS. SENADO- - A lista de pres_ença acusa o cornpared- a sessão não pode ser realizada.
RES: mento de 2 Srs. Senadores. - Entretanto, a Presidência cumpre. o dever
Jarbas Passarinho -Pompeu de Sousa. Não há número para a abertura da sessão. de se coAgratular com todos os Srs. Senado-
6874 Quarta-feira 15 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (S(!\:íioii) Novembro de 1989.

res, Deputados e os Membros dos outros Po- PARECER PREUMINAR, por pedido de dili- PARECER, proferidO eri-t Plenário, da Co-
deres da República, especialmente na $1rea do gência. mlssão
Judiciário, coin os Tribunais Regionais Eleito- -2= .,.:;;.....·do Dísúito Federal, favorável .ao projeto
rais e_o Tribunal Superior Eleitoral. e'! emenda apresentada perante a Comissão.
Hoje estamos na véspera de que, ao come- PROJETO DE LEI DA CÂMARA
morar o centenário da Proclamação da Repú-
- N• 48, DE 1989 -6-
blica. isto é particularmente ernocíonante para (E.m regime de urgência, nos terino_s do - Votação, em turno único, do Prol~ de Lei
este velho Senador que eventualmente preside art. .J:..36, c;. do Regimento Interno) da Câmara n' 91, de !9Sl5 (n•-!:894{83, na
os trabalhos da Cása, desta Casa da Federa- VotaçãO, em turno único, do Projeto de Lei Casa de ori9em), que toma obrigatória a iii.du-
ção brasileira, porque acompanho e participei da Câmara n~ 48, de 1989 (ri.9 2.014/89, na são de espetáculos musicais ao vivo nas casas
e participo ativamente desses aconteCimentos Casa de origem)/de iniciativa do-Tribunal Su· de diversões, tendo
desde os 14 .anos de idade. - perior do Trabalho, que altera a composição PARECER, sob n 9 258, de 19e9, clil Comis-
Com a Revolução de ·1930 derrubamos a -ao Tn'bunaJ Re9ional do TiãbalhO da 9' Re-. são de
chamada Primeira Repúblcia ou República Ve- gião, cria a função de Corregedor Regional - ConsUtuição, Justiçã e Cidadania, _pela
lha, e daí por diante temos participado de Ío- e cargos em cornissãQe de provimento efetivo constitudonalidade, juridicidade, com Emen-
dos os acontecimentos. Depois de termos der- no Quadro Perrnanénte da Secretaria do Tri- da que apresenta de n9 1-CCJ.
rubado aquela chamada Repúblfca Velha, que bun.al Regional do Trabalho da 9• Região, e -7-
era urna República baseada nas oligarquias dá outras providências. tendo
estaduais, na velha fórmula do "café com lei· PARECER ·FAVORÁVEL, proferido em Pie- Votação, em turno único, do Projeto de Re-
te", vimos acompanhando os vários acidentes nário, da Corniss§o · solução n9 74,.de 1989, d_e iniciativa da Comi,s·
que. marcaram estes 100 anos de Repúbfica" _..;..de Constituição, Justiça e Cidã.dania são do Distrito FedE:faJ,· que dispõe sobre a
- nós, evidentemente, não acompanhamos ......... 3 _ _ remuneração do Vice-Govemador do Distrito
tudo, mas de lá para cá os acidentes,' as trai- Federal e dá o~tr~s pfovidé':'-cia~ .
ções, os atentados - i por que esta República PROJETO DE LEI D.O SENADO ""'~lt-
passou. E. ao longo deste perfodo, das cinco N• 328, DE !989
Constituições que tivemos apenas três são le· COMPLEMENTAR Votação, em turno único, do Projeto.de Re-
gítimas, de vez. que uma, a do Estado Novo, solução n9 75, de 1989, que auioriza a Prefei·
(Em regime de urgência, nos tennos do turaMunidpal de Vitória da Conquista,- Estado
resultou de um golpe militar, e outra, a de. art 336;·c, do Regimento Interno)
67, resultou das conseqüências de outro golpe da Bahia, a contratar operação de crédito no
Votação, em turno único, do Projeto de Lei valor correspondente, em cruzados novos, a
militar- ambas aboliram as liberdades públi- do Senado n 9 328, de 1.989-Complementar,
cas-, portanto, aboliram a própria Vida repu· 2.006.188 Bónus do Tesóurõ NacionaJ,junto
de autoria do Senador Divaldo Suruagy, que à Caixa Económica Federal.
blicana. estãbelece normas gerais aplicáveis ao Impos-
Neste momentcn~m que, repito, Vamos re· to sobre Transmissão inter viveis, a qualquer
proclamar a República, amanhã, 15 de no- título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
-9-
vembro de 1989, sob a Constituição de 5 de natureza ou acessão física, e de direitos reais Votação, em tumo,único, do Projeto de Re-
outubro de 1988, que nós elaboraffios; é ct>m sobre ímóve1s, exceto os de garantià, bem co· ·solução n9 76, de 1989 (apresentado pela Co-
particular emoção que estamos na Presfdên- mo cessão de direitos à sua aquisição- ITBI- missão de Assuntos Económicos como con·
da dos trabalhos desta Casa, e, ao saudar lV, tendo dusão de seu Parecer n~ 274 de 1989), que
todos os Poderes .da República, manifesto a PARECER, proferido em Plenário, da Co- autoriza a R:ep(Jblica FeQ~r~tiva. do Brasil. a
esperança de que esta Constituição e esta Re· missão ultimar contratação de operação de crédito
pública sejam a Constituição e a República -·de Assuntos Econômicos, favorável, nos externo, no valor equivalente_a até US$
definitivas para este País. termos de substitutivo que oferece. -55,600,000.00 (cinqüenta e cinco inilhões e
seiscentos mil dóh:U"es americanos) junto ao
-4- Banco Interamericano de Desenvolvimento:......
O SR- PRESIDENTE (Pompeu de Sousa)
- Nos temtos do § 2~ do art 155 do Regi- PROJETO DE LEI DO SENADO BID-
rnento..Intemo, o expe..diente que se encontra N• 332, DE I 989 -lO-
sobre a mesa será despachado pela Presidên· (Em refiime de uTgência, nos termos do
cia, independentemente da leitura. Votação, em turno único, do .Projeto de Re--
arL336, c. do Regimento lntemo) ·•
solução n~ 77, de 1989 (apresentado pela Co·
O SR- PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) Votação, em turno único, do Projeto de Lei missão de Assuntos Econômicos como con-
- A Presidência designa para a seSSão ordi- do Senado n 9 332, de 1989, de autoria· do clusão de seu Parecer n9 275, .de 1989),-que
nária da próxima s~-feira, dia 16, às 14 horas Senador Márcio Lacerda, que revoga os arts. autoriza a Companhia Estadual de Energia
e 30 minutos, a seguinte 51, 151 e 157 do Código Eeitoral, que deter· Elétrica - CEEE a ultimar aditivo contratual
. minam medidas sanitárias nos títulos eleitorais à operação de crédito externo, firmada em
ORDEM 'DO DIA de portadores de hanseníase, tendo 12 de outubro de 1978, junto a um consórcio
PARECER FAVORÁVEL, proferido em Ple- de bancos franceses, com vistas a possibilitar
-l-
riário, da Comissão a aquisição de equipamentos de origem fran..
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO _.de Assuntos Sociais.
N• 36, DE 1989
cesa para a ampliação da Central Tennoe-
-5- létrica Presidente Médici, no Rio Grande do
(Incluído em Ordem do Dia, noS termos Sul.
do art. 353, parágrafo único, do Regimento PROJETO DE LEI DO DF
Interno)
N• 72, DE 1989 -11-
Discussão, em turno único, do Projeto de_ . (Em regime de urgência, nos termos do .Votação, em primeiro tumo, da Proposta
Decreto Legislativo n 9 36, de 1989 (n" 112/89, - -art. 33ô,- c, ·do Regimento Interno) de Emenda à Constih:iição n9 1, de 1989, de
na Câmara dos Deputados), que aprova o ato Votação, em turno único, do Projeto de Lei autoria do Senador João Menezes e outros
que renova a concessão outorgada à Rádio do DF n"' 72, de 1989, de iniciativa do Gover· Senhores Senadores. que altera os prazos es-
Imperatriz Sociedade Ltda. para explorar servi- nador do Distrito Federal, que çria, no Quadro tabeleddos no§ 6" do art. 14, para desincom-
ço de radiodifusão sonora em onda média. de Pessoal do Distrito Federal, os cargos de patibilização do Presidente da República, dos
na Odade de lmperabiz, Estado do Maranhão, natureza especial que menciona e dá outras Governadores de Estado, do Distrito Federal
tendo providêndas, tendo e dos Prefeftos, tendo
NQvembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIOI'W. (Seção U) Quarta-feira 15 6875

PARECER, sob no 145, de 1989, (Incluído em Ordem do Dia, nos termos Aviso
-da Comissão Temporária, favorável ao do art. 376, e do Regimento Interno) DO MII'IIS1RO-CHEFE DO
prosseguimento da tramitação da matéria, Discussão, em turno único, do Projeto de GABINEI'E CML DA
com voto vencido dos Senadores Chagas Ro- Decreto Legislativo n9 33, de 1989 (n9 64/89, PRESIDêNCIA DA REPáBLICA
ckigues e Maurício Conêa. na Câmara dos Deputados), que aprova o tex- ~ 833/89, de 9 do corrente, encaminhãÍldo
-12- to do acordo que cria uma Comissão Mista esclarecimentos prestados pelo Ministério do
entre o Governo da República Federativa dq Exército sobre os quesitos constantes "do Re-
Votação, em primeiro turno, da Proposta Brasil e o Governo da República Togolesa. querimento n~ 543, de 1989, do Senador Juta~
de Emenda à Constituição w 2, de 1989, de (Dependendo de parecer.) hy Magalhães.
autoria do Senador Olavo Pires e outros Se-
nhores Senadores, que modifica o § 3• do -18- (Encaminhe-se cópia ao requerente.)
art. 4~> do Ato das Disposições Coi'lstitucionais Piscussão, em turno único, do Projeto de
-Transitórias. Comunicação
Decreto Legislativo n9 39, de 1989 (n9 63/89,
na Câmara dos Deputados), que aprova o tex-
DA PRESIDÊNCIA
-13-
to do ProtQCOlo de Cooperação na Área de Esgotou-se hoje o prazo previsto no art. 91,
Votação, em primeiro turno, da Proposta Tecnologia Industrial firmado entre o Governo § 49, do Regimento Interno, sem que tenha
de Emenda à Constituição n~" 3, de 1989,_ de da República Federativa do Brasil e o Governo sido interposto recurso no sentido de inclusão
8utoria do. Senador Marco Maciel e outros Se- da República Popular da Chlna, em Pequim, em ordem do dia, das seguintes matérias:
nhores Senadores. que acrescenta parágrafo -Projeto de Lei do Senado n9 78, de 1988.
em 6 de julho de 1988. (Dependendo de parew
ao art. 159 e ~ra a redação do inciso II do de autoria do Senador Marco Maciel, que estaw
cer.i
mt. 161 da Constituição Federal. belece, na forma do art. 153, § 29, item 11,
-19- da Constituição Federal, os termos e limites
-14-·
da imunidade fiSCal das pensões e dos proven-
Discussão, em turno úrúco, dd veto total - tos percebidos pelos maiores de 65 anos de
apoStO ao Projeto de Lei do DF n~" 54, de 1989, PROPOSTA DE EMENDA
idade;
que reestrutura a categoria funcional de Assis- À CONSTifUIÇÃO
N•4, DE 1989 - Projeto de Lei do Senado n9 112, de
tente Jurídico do Plano de aassificação de 1988, de autoria do Senador Iram Saraiva, que
Cargos de que trata a Lei n9 5.920, de 1973, (Incluída em Ordem do Dia nos termos do concede incentivos fiscais ao empregador que
fixa sua retribuição, e' dá outras providências. art. 358, do Regimento Interno) admitir pessoas portadoras de deficiência tisi-
(Término do prazo da Comissão do Distrito Acrescenta um § 69 ao art 59 do Ato das ca e maiores de 60 (sessenta) anos, nas condi~
Federal para apresentação do relatório - ções que especifica;
Disposições Constitucionais Transitórias. (19
2-11-89,) signatário: Senador Leopoldo Peres.) -Projeto de LeidoSenadon944, de 1989,
-15- de autoria do Senador Mauro Benevides, que
O SR. PRESIDENTE (Pompeu de Sousa) dispõe sobre a cobertura, pelo Tescuro Nacio-
PROJETO DE D!':CRETO LEGISLATIVO nal, dos Valores relativos à diferença entre os
N• 34, DE 1989 .....:.... Está encerrada a !euni~o.
critérios de atualização monetária previstos
(Levanta-se a reunião às 14 horas e nos artigos 15 e 17 da Lei n9 7.730, de 31
(Incluído em Ordem do Dia, nos termos
do mt. 376, e, do Regimento Interno)
45 minutos.J - de janeiro de 1989, e dá outras providências;
-Projeto de lei do Senado n9 94, de 1989,
Discussão, em turno único, do Projeto de EXPEDIENTE DESPACHADO fiOS de autoria do Senador Ronan Tito, que ctispõe
Decreto Legislativo n9 34,, de 1989 (n9 73/89, TERMOS DO§ 2• DO ART. 155, DO RE, sobre a privatização das Empresas Estatais
na Câmara dos Deputados), que aprova os Ci/MENTO 1/'ITERNO. e dá outras providências;
textos do convênio de coope'ração para a reali~ - Projeto de Lei do Senado n~ 129, _de
~ção de obras previstas no estudo de revitaliw Mensagem 1989, de autoria do Senador Pompeu de Sou~
zação do Centro Histórico de João Pessoa, sa, que concede reparação de natureza econô~
capital do Estado da Paraiba. e do seu proto~ DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA mica aos cidadãos que especifica; e
colo anexo correspondente ao fmanc!amento - Projeto de Lei do Senado n9 253, de
de obras para o ano de 1988, celebrados entre Restituindo autógrafos de Projeto de 1989, de autoria do Senador Áureo Mello, que
o Governo da República Federativo do Brasil Lei sancionado: isenta do imposto sobre produtos industria~
e o Governo do Reino da Espanha, em Brasília, N• 289/89 (n' 763/89, na origem), de 10 lizados as saídas de veícUlos automotores, má~
em 26 de abril de 1988. (Dependendo de pare-- do corrente, referente ao Projeto de Lei no 33,
qUinas, equipamentos, bem como de suas
cer.) de 1989-CN, que autoriza o Poder Executivo
a abrir ao orçamento da UniãO, em favor -do partes e peças separadas. quando destinadas
à utilização naS atividades dos corpos de bom-
-16- Ministério da Cultura, créditos suplementares
até o limite de NCz$ 34.000.000,00. (Projeto beiros, em todo o _território nadonal.
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO As matérias foram apreciadas conclusiva-
que se transformou na ~i n9 7.874, de 10
N• 35, DE 1989 mente pela Comissão_ de AssuntoStEconômi-
de novembro de 1989.) cos, tendo sido rejeitado o Projeto de Lei do
(Incluído_ em Ordem do Dia, nos termos Senado n 9 44, de 1989, que vai ao arquivo.
do art. 376, e~ do Regimento Interno) Aviso Os demais serão despachados à Câmara dos
Discussão, em turno único, do Projeto de Deputados por terem sidos aprovados.
Dl!creto Legislativo n• 35, de 1989 (n• 74/89, D.O MINIS1RO DOS 1RANSPORTES
na Câmara dos Deputados),·que aprova o tex~ PORTARIA N• 57, DE 1989
N~ 604/89, de 9 do corrente, encaminhando
to do acordo de cooperaç~o econômica entre O Primeiro Secretário do Senado Federal,
o Governo da RepúbUca Federativa do Brasil esclarecimentos prestados_ pelo Ministro dos no uso das suas atribuições reginlentais,
e o Governo da República Argelina Demo~ Transportes, sobre quesitos constantes do Re~ Resolve designar José_ Benicio Tavares da
crátlca e Popular. (Dependendo de parecer.) querimento n9 489,_ de 19_89, de autoria do Cunha Mello, Assessor LeglsJativo, Francisco
Senador Jutahy Magalhães, formulado com Zenor Teixeira, Técnico em legislação e Orça-
-'17- o objetivo de obter infocmi1ções sobre a ap~ca~ mento e Luiz Fernando lapagesse Alves Cor-
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 'tão dos recursos oritmdos do selo~pedágiC?· , rêa, TéCnico em ComUnicação Social, para,
. N• 33, DE 1989 (Ericaffl!nhi-se cóp/11 ao requerente.) sob a presidência do pririleiro, integrarem a
6876 Quarta-feíia 15 DiÃRIÕ DÔ I:ONGRÉSSO NACIONAL (Seção II) Novembro de 1989

. Comissáo de Inquérito- incumbida de apurar COMISSAO MISTA DE ORÇAMEI'ITO uma reunião, dia 20; segunda-feira próxima,
os fatos constantes dos Processos nos Convocação às 18:00 horas, para_ votaç-ão do relatório preli-
015090-89-2 e oís733t89-o. miriar ao oTçamefitá pal-a -1990, na sáJa 16
Senado Federal, em 8 de novembro .de De ordem do Senhor Presidente da Comis- do anexo II da Câmara dos Deputados.
1989. - Senador Jl1endes Cana/e, Primeiro são Mista de Orçamento, DepStado Cid Carva- Brast1ia, 13 de novembro de 1989. - Hilda
Secretário. lhÕ, coiw-o·canlos-os senhores membros parél de Sena Correa Wiederhecker, Secretária.

CflÇAMENTO DA UNIÃO 1990

Pl Ng 54/89-CN

t::RONOGRAMA

1. Pub11ca,;:ão dos Avulsos ...................••••••••.• 18/10


2. Apresentação de Emendas ..................... . de 18/10 a 6/11
3. Apresentação das Indicações .. . até 20/10
4. Apres&,tação do Relatório Preliminar até 30/TO
5. Discussão-e Votação 00 Relatório Preliminar ..... de 31/10 a 6/11
B. Publicação das Emendas e Relatório Preliminar. 08/11
7. Elaboração e Apresentação dos Pareceres l?arciais .. de 9/11 a 21/11
8. Divulgação dos Pareceres Parciais (Prazo para o
Relator~Geral tomar conhecimento dos Relatórios
Parciais ..... -~~·· .................•.........•... até 2.1/11
9. Discussão e Votação dos Pareceres Parciais ... de 22/11 a 27/1 i
TO. Apresentação do Parecer Final ...........•..• ·- ... de 4/12 a B/12
12. Encamlnhamento_dO Parecer da Comissão ao Con-
gresso Nacional .... -.. . ...................... . até_ 7/12

COM!SSÃO_MISTA OE QRCAMENrO
secretaria: Câmara doS Deputados- Anexo II -_S/16- 311-6Sa8i39
Assessoria de Orçamento {CD)- 31Hl682- e 311-6670
Subsecretaria de Orçamento {SF) - 311-3318 e 311-3319-

CRéDITOS ADICIONAIS EM TRAMITAÇÃO


Bras i 1 ia, 30 de outubro de 1989 ·

MENSAGEM-CN/ORIGEM MATÉRIA RELATOR


67 200/704 Indústria e Contércio-

C!lONOORAMA

I. Le i tura em Sessão Conju'nta ..... , ............ . W/10


2. OlstriOOicão de ....... _... •. . .. . . . . . .
Avul~s _ ....... . 31/10
3. Apresentação- de Emendas na Coniissão Mista de Orçamento• .... . a 8/11
4. Publicação das Emendas ........ , ...................... .. 1_0/11
5. Parecer do Re]ator ............ .. ........... -, ...... . até 18/11
6. Discussão e Votação do Parecer e das Emendas ._..•........... 19 a 24/11
7. Encaminhamento do Parecer da Comissão à"Mesa do Congresso ztf/11

(*) -1 21:1, Art. 166 da ConstitUição Federal


CCJ.HSSÃO MISTA DE ORÇAMENTO
Secretaria: Câmara dOs Deputados -Anexo I! - S/16 - 311-
6938/39
Assessoria de Orçamento (CD) - 3Lk6682 e 311-6670
SubSecretaria do Orçamento (SF)- 311-3318 e 311-_3319

ATENÇÃO: AVULSOS
-Distribuição noS setores específ!cos da Câmara e do
Senado

\
Novembro de 1989 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11) Quarta-feira 15 6877

CRÉDITO ADICIONAIS EM TRMHTAÇÂO

Brasília, 13 de novembro de 1989

NQ Pl MENSAGEM-CN!OR IGEM MATéRIA RELATOR


68 203/705 Educação
69 214/734 Pessoal Votado em regime dE! urgência

70 215/735 PIS/Pasep Votado em regime de urgência


71 216/739 Justiça
72 217/740 STF
73 218/7.4 1 OÍY1da externa
219/7.44 Transporte
"
75 220/745 Minas e Energia

CRONOGRAMA

1. Leitura em Sessão ConJunta ........ . 8. 1l


2. Apresentação de Emendas na Comissão Mista de Orçamento". 14 a 21.11
3. Parecer do relator ·············-················u·•······ 28.11
4. Discussão e Votação do Parecer e das Emendas ...... ·~ ..... . 29/11 a õ. 12
5. Encaminhamento do Parecer da Comissão à Mesa do Congresso . 6.12

(") 1 212, Art. 166 da Constituícão Federal


COMISSÃO MISTA OE ORCAMENTO

Secretaria: Cãm_ara dos Deputados- Anexo r r- S/16-


311-6938/39
Assessoria de Orçamento (CD)- 311-6682 e 311-6670

Subsecretaria de Orçamento (SF)- 311-3318 e 311-3319

ATENÇÃO: AVULSOS

-Distribuição nos setores específicos da Câmara e


do Senado

Você também pode gostar