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A IMPORTANCIA DA PEDAGOCIA NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇAS COM

TRASTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

O presente artigo trata-se da importância da inclusão de crianças com Necessidades


Educativas Especiais na rede municipal de ensino com foco em crianças com o
Transtorno do Espectro Autista (TEA) e papel fundamental que o educador tem no
aprendizado e integração dessas crianças.

Um dos principais problemas encontrados na rede publica de ensino é o despreparo das


escolas para receber os alunos com alguma dificuldade, seja ela psicológica, física,
motora etc, falta de equipamentos de acessibilidade, professores despreparados para
essa realidade e com falta de uma rede de apoio para desenvolver o seu trabalho com
qualidade, sendo assim este problema afeta diretamente a qualidade do ensino ofertado,
levando em consideração que cada aluno é um ser com suas dificuldades e
peculiaridades individuais Martins (2006), Hummel (2007).

O presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância e os benefícios que a


educação inclusiva proporciona para os alunos com necessidades especiais dando
destaque para alunos com transtorno do espectro autista (TEA), bem como para a
escolas, os pais, os alunos considerados normais e para os educadores, ou seja para o
ambiente escolar como um todo, objetiva-se também implantar alternativas de
capacitação dos professores nesta área buscando implantar uma rede de apoio para que
estes possam desempenhar seu papel com excelência e qualidade, logo o conteúdo desse
artigo poderá beneficiar a comunidade escolar, a sociedade acadêmica de pedagogia e
principalmente as crianças com algum grau de necessidades educativas especiais.

Para fim dessa analise o conceito da educação inclusiva foi baseado em pesquisas e
artigos científicos de diferentes revistas eletrônicas, através de uma revisão bibliográfica
de artigos datados de 2010 a 2023.
A educação e o processo de ensino aprendizagem são temas repletos de desafios,
desempenhar a função de professor/educador não é uma tarefa fácil, um dos aspectos que
justificam esse fato é a inclusão escolar, que impõe às escolas a necessidade de se adaptar
diante da diversidade dos alunos, desta forma pode-se dizer que a educação inclusiva está
vinculada a uma atenção personalizada, buscando criar e oferecer um ensino igualitário que
favoreçam o desenvolvimento integral de todas as crianças respeitando claro, as
características e dificuldades de cada um (Lemos, Salomão, Aquino, & Agripino-Ramos, 2016)

Independentemente do gênero, etnia e classe social a inclusão é um direito de todas as


crianças, sendo assim garante que todas tenham direito a um ensino de qualidade, o processo
de inclusão no Brasil tem sua implantação através de fatores ocorridos mundialmente que
resultaram em diversas declarações, dentre estas destaca-se a Declaração Mundial de
Educação para Todos, em 1990 juntamente com a Convenção de Direito da Criança 1988; a
Declaração de Salamanca, de 1994; e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência, publicada em 2007 em Nova York que foi decretada no Brasil em 2009, logo
como as crianças com NEE, necessitam de uma atenção especial, foi necessário que o sistema
de educação se organizasse em prol da inclusão escolar. (VITALIANO 2017).

A inclusão não tem como base apenas o aluno, mas também a modificação e aprimoramento
do seu ambiente de aprendizagem, dando ênfase a uma educação de qualidade, respeitando
as limitações e capacidades de cada aluno, ou seja a inclusão é querer que todos os alunos
tenham um aprendizado igualitário, respeitando a individualidade e necessidade de cada um
( BRANDÃO, FERREIRA 2013).

Dentre as crianças com Necessidades Educativas Especiais podemos destacar as com o


transtorno do espectro autista (TEA), de acordo com o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais) o autismo é considerado um transtorno do
neurodesenvolvimento possuindo três características determinantes para seu diagnostico,
sendo elas: dificuldades de interação social, dificuldades de linguagem e comunicação e
comportamentos repetitivos e/ou restritivos, os sintomas podem variar de acordo com cada
caso, classificando-se em grau 1, grau 2 e grau 3, podendo ser percebidos antes dos três anos
de vida, porem muitas crianças possuem um diagnostico tardio, tanto por
desinformação/resistência da família quanto pela falta de especialidade dos médicos (APA,
2014).

São três os principais ambientes de convívio social das crianças com TEA, sendo o lar
juntamente com os familiares e cuidadores, a clínica ou consultório onde a criança realiza suas
terapias e intervenções com especialistas e equipe multidisciplinar e por último mas não
menos importante a escola com colegas e educadores, este por sua vez possivelmente será o
ambiente onde ela terá mais dificuldades de adaptação, baseando-se em seus
comportamentos típicos de dificuldade de comunicação, interação social e padrão de
comportamento restrito e repetitivo, porém a inclusão de crianças com TEA na rotina escolar,
se realizada de forma adequada proporciona diversos benefícios para todos os envolvidos,
educadores, colegas e principalmente para a criança, destacando-se melhora na socialização,
na fala, no desenvolvimento da autoestima, no aprendizado acadêmico, na autonomia e em
outras áreas importantes do desenvolvimento infantil.

Portanto o educador tem papel principal neste processo, entretanto para que possa auxiliar de
forma adequada e eficaz no desenvolvimento de seu aluno, incluindo-o em sua turma e no
ambiente escolar (STRAVOGIANNIS 2021)

Para que o professor possa auxiliar no desenvolvimento de seu aluno com TEA, e possa
efetivamente incluí-lo em sua turma e no ambiente escolar de maneira geral, dois fatores são
de extrema importância: especialização e afetividade. Como a formação continuada e a
afetividade auxiliam o professor no processo de inclusão da criança com TEA na educação
infantil dois fatores são de extrema importância: especialização e afetividade ( UBUGATA
2022)
APA. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
(5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing, 2013

Lemos, E. L, M. D.; Salomão, M. N. R.; Aquino, F. S. B.; AgripinoRamos, C. S. (2016). Concepções


de país e professores sobre a inclusão de crianças autistas. Revista de Psicologia, 28(3), 351-
361

STRAVOGIANNIS, A. L. Autismo: um olhar por inteiro, Ed. Literare Books International,


São Paulo, 2021, p. 336.
HUMMEL, E.I. A formaçăo de professores para o uso da informática no processo de ensino e
aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais em classe comum. 2007.
214f. Dissertaçăo (Mestrado em Educaçăo) Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
2007.
MARTINS, L.A.R. Inclusăo escolar: algumas notas introdutórias. In: MARTINS, L.A.R.et.al.
(Org.). Inclusăo: compartilhando saberes. Petrópolis: Vozes, 2006.

BAPTISTA, Hanna. Carta de uma mãe/pai de autista para os professores de seu


filho. Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2018.l
DEFENDI, Edson. TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO – TEA. [S.l.:
s.n.], 2016. 42 p. Disponível em: . Acesso em: 29 abr. 2018.

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