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1.

A REVELAÇÃO COMO INSTRUÇÃO


Durante a idade média se experimenta uma importante tendência – já iniciada sob
a influência do helenismo e da gnose – a ler o conteúdo da revelação em chave
intelectualista: disto tudo brota o modelo teórico – instrutivo da revelação, que se
focalizou sobre informe doutrinalmente acerca os fatos e conteúdos do ensinamento
divino sobre a redenção. Assim, por exemplo, são Tomás definirá a revelação como
«manifestação da verdade» (STh III, q. 40, a.1). Neste caso, revelação e salvação veem
separadas, enquanto a primeira se reduz à parte informativa e doutrinal da história da
salvação a qual serve como lugar para manifestar as «verdades reveladas». Este modelo
está presente na DV, dado ou pelo facto que era aquele do Vaticano I e aquele
predominante até ao Vaticano II, por exemplo, quando se coloca a ʻ verdade ʼ como
primeiro conteúdo da revelação (DV 7.8), e também na concepção abstrata da ʻ revelação
ʼ (DV 6.9.11.26) e no mesmo tríplice uso da expressão clássica do «deposito da fé» (DV
10). Uma tal compreensão se manifesta também nos outros textos conciliares (GS
12.13.18.22.33.44; OT 4.16; UR 4.16.17; CD 12). Este modelo a partir dos séculos XIV
e XV, se acentuou com força o seu sentido doutrinal e conceptual: assim a revelação
vem entendida quase exclusivamente como comunicação de uma doutrina
sobrenatural e o processo da revelação vem explicado como manifestação divina de
proposições conceptuais. Será esta visão, que a moderna crítica da revelação, encontrará
o seu ponto de partida decisivo (cfr. J.G. Fichte, I. Kant, G.F. Hegel, K. Jaspers, Th.
Adorno…)1.

2. A REVELAÇÃO COMO AUTOCOMUNICAÇÃO


O concílio Vaticano II representa uma importante mudança quanto a compreensão
teológica da revelação. De facto, a DV, desenvolve um conceito de revelação que
representa uma superação das limitações conceituais da teologia escolástica e do modelo
instrutivo. A «doutrina autêntica sobre a revelação» (DV 1) que propõe o concílio é, o
resultado de uma nova consciência teológica dos séculos XIX (Escola de Tubinga e de
Roma) e XX (protestante: K. Barth, W. Pannenberg…; católicos: K. Rahner, H. de Lubac,
R. Latourelle, E. Schillebeeckx…) e oferece uma nova perspetiva histórica – cultural
como efeito tardio da moderna crítica da revelação.

1
N. n. 52.
Assim, no conceito da revelação, o Vaticano II recupera o evento salvífico inteiro na sua
substância e no seu fundamento e o concebe como Auto comunicação de Deus: o mesmo
Deus é, na sua eterna essência trinitária, o Deus da revelação. Isto significa que os
conceitos de ‟evento de salvação ˮ e ‟evento de revelação ˮ se interpretam mutuamente.
O vaticano II, portanto, com esta ampliação semântica integra o conceito de revelação
dentro do evento salvífico com o seu inteiro conteúdo e com o seu carácter essencial.
Do outro lado, o mesmo conceito, regista uma radicalização teocêntrica: o Deus da
revelação, não revela alguma coisa, revela bem sim si mesmo como Pai em Jesus Cristo,
que é o mediador e a plenitude da revelação (DV 4), segundo a forma de revelação
própria dos livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento (DV 14.17), e continua a
estar presente na Igreja por meio do Espírito (DV 7.8). Se trata, portanto, de uma Auto
comunicação ao homem como participação à mesma realidade salvífica de Deus. De tudo
isto, sai ou brota o modelo teorético-comunicativo-participativo que sublinha seja o
aspeto de ‟comunhão – comunicação ˮ, enquanto gera uma relação pessoal (DV 1.2), seja
o aspeto de «participação» enquanto oferece os «bens divinos» (DV 6), tais com: a
verdade, a justiça, o amor, a paz…Este modelo transparece em outros textos conciliares
decisivos como GS 22.58; LG 1-8, em particular em LG 8, e AG 9.
A partir desta ideia da revelação, a mesma concepção do cristianismo como religião – do
– livro, vai superada, pois que a revelação cristã tem o seu fundamento numa comunhão
pessoal-vital que comporta um empenho pessoal, e, portanto, vai além da pura fidelidade
formal a um texto. Daqui sai ou brota a radical diferença com o conceito de revelação do
hebraísmo e do islamismo, conhecidos propriamente como religiões do livro.

I. O conceito católico da revelação: do Vaticano I ao Vaticano II

A Dei Verbum, portanto, torna o ponto de referência necessário para a teologia da


revelação: essa representa uma evolução fortemente significativa na teologia católica,
sobretudo respeito aos concílios precedentes, Trento e Vaticano I. em realidade, a Dei
Verbum, no seu preâmbulo diz de querer seguir as pegadas do concílio Tridentino e do
Vaticano I (DV 1). Pois bem, em que modo os segue e juntos os faz progredir? Vejamos
nos seus particulares, as etapas que vão até ao Vaticano II.
1.A REVELAÇÃO COMO DOUTRINA: DO TRENTO AO
VATICANO I
O decreto tridentino, citado pelo os dois concílios do Vaticano, o I e o II, é aquele que se
refere aos livros sagrados e as tradições, quando fala «do evangelho que, prometido a um
tempo por meio dos profetas nas santas escrituras, o Senhor nosso Jesus Cristo, filho de
Deus, primeiro anunciou com a sua boca, depois mandou que viesse anunciado a toda a
criatura pelos seus apóstolos, qual fonte de toda a verdade salvífica e de toda a norma
moral…esta verdade e normativa é contida nos livros sagrados e nas tradições não
escritas» (DH 1501).
Se pode ver como aqui, não aparece a palavra ʻ revelação ʼ, também se foi anunciada nos
debates preparatórios. O objecto da fé cristã, em compenso, vem designado com a
expressão «o evangelho [que é a] fonte de cada verdade salvífica e de cada norma moral»
(evangelium…tamquam fons omnis et salutaris veritatis et morum disciplinae: (DH
1501). No seu tempo, o Vaticano I retomará o mesmo texto na constituição Dei Filius, no
capítulo sobre a revelação, mas substituirá a palavra ʻ evangelho ʼ com ʻ revelação
sobrenatural ʼ (DV 3006). Enfim, o Vaticano II, recuperará seja a expressão tridentina,
seja a palavra ʻ revelação ʼ própria do Vaticano I, evitando, porém, o adjetivo ʻ
sobrenatural ʼ que vem substituído seja da uma fórmula patrístico-medieval mais
atenuada qual é «salvação suprema» (salus superna: DV 3), seja da menção (alusão)
explícita de Cristo plenitude da revelação, nestes termos: «Cristo Senhor, no qual
encontra a realização toda a relação de Deus altíssimo, ordenou aos apóstolos que o
evangelho – primeiro prometido por meio dos profetas e por ele realizado e promulgado
de sua boca – fosse pregado ou anunciado a todos, como fonte de cada e toda verdade que
salva e de cada regra moral, comunicando-lhes os bens divinos» (DV 7).
Portanto, o concílio de Trento evitando a palavra ʻ revelação ʼ e usando ʻ evangelho ʼ, ʻ
verdade salvífica ʼ e ʻ norma moral ʼ para designar o conteúdo da Escritura e das tradições
eclesiásticas, seguia o uso medieval. Em efeito, já ao IV concílio de Laterão (1215) se
afirma que Deus deu ao género humano a «doutrina da salvação» (doctrinam salutarem),
e que Cristo mostra visivelmente a «via da vida» (viam vitae: DH 800-801). Também são
Tomás e são Boaventura, utilizam expressões semelhantes quais: doctrina sacra, veritas
fidei, veritas salutaris.... Para eles, portanto, a palavra ʻ revelação ʼ designa não tanto a
doutrina quanto a sua origem divina e, em linha com a Bíblia, entendem a ʻ revelação ʼ
como iluminação divina graças à qual os profetas perceberam a verdade que devia ser
transmitida ou, em outros contextos, o acto mediante o qual o Cristo Filho de Deus
comunicou os mistérios divinos. A revelação, portanto, é a fonte da qual procede a
doutrina sagrada, a verdade da fé e não uma doutrina propriamente dita. Neste modo os
Padres tridentinos, falando de «verdade salvífica» permanecem fieis ao uso da teologia
medieval e metem em relevo a palavra ʻ evangelho ʼ em sentido Paulino, para designar
assim a fonte desta verdade, com a intenção, sem dúvida, de manifestar a sua
concordância com os reformadores sobre este ponto 2. Quando o Vaticano I, retomando o
mesmo texto, substitui ʻ evangelho ʼ e ʻ verdade salvífica ʼ com a expressão «revelação
sobrenatural», reflete uma teologia pós-tridentina com uma evolução que vai colocada
em evidência. Em efeito, se trata do primeiro concílio que fala explicitamente da
revelação em quanto tal, porque os concílios precedentes tinham dado profissões de fé ou
definiam este ou aquele ponto do dogma, mas ninguém destes acreditavam em dever
definir a possibilidade, a necessidade e o facto da revelação sobrenatural. Os primeiros
documentos eclesiásticos que tratavam explicitamente da revelação, e nesta mesma
perspetiva, são já do século XIX: por exemplo, no ano 1835 com o breve ponticio Dum
acerbíssimas de Gregório XVI contra G. Hermes e as teses subscritas por L. Bautain (DH
2751-56), e pouco tempo depois, com a encíclica Qui pluribus de Pio IX, no ano 1846,
onde se fala da revelação e da relação entre a fé e a razão (DH 2775-80).
Esta promoção do conceito de revelação para designar globalmente o objecto específico
da fé cristã, foi determinada da luta contra o ʻ racionalismo ʼ e contra o ʻ deísmo ʼ, assim
que a expressão ʻ revelação ʼ, mais que designar a origem, torna-se sinónimo do conteúdo
e da doutrina da fé. Se trata de uma evolução que parece tomasse o seu arranque a partir
de Fr. Suárez (1548-1617), mas que vem consagrada plenamente no Vaticano I. Em
efeito, o conceito da revelação, sobretudo a partir deste teólogo, foi progressivamente
reservado à proposição revelada e ao objecto de fé expresso linguisticamente e não mais
à acção da iluminação divina no coração do crente, como era habitual até à idade média 3.
Assim, inicia com Fr. Suárez uma certa ʻ exteriorização ʼ ou ʻ objetivação ʼ exclusiva da
categoria, «porque – segundo quanto afirma o mesmo - se trabalha com um equivoco
quando se usa o nome de revelação para indicar a acção da iluminação» (n. 13), visto que
esta não é conhecida e, portanto, não é ʻ revelada ʼ, enquanto aquele que é propriamente
revelado é unicamente o objecto da fé. Neste modo, a revelação é toda situada ex parte
obiecti, fora do sujeito4.
Ora bem, o concílio Vaticano I, no Dei Filius, se abstém em definir a palavra ʻ
revelação ʼ, mas o sentido que lhe dá, transparece pelo uso que faz dela, quando a coloca

2
Nota n. 54.
3
Nota n. 55.
4
Nota n. 56.
ou a mete em relação com a fé. De facto, a palavra ʻ revelar ʼ designa o acto revelador de
Deus, e a expressão ʻ revelação sobrenatural ʼ designa o conjunto dos ministérios contidos
na palavra de Deus escrita e transmitida, propostos pelo magistério da Igreja (DH 3006.
3011. 3015). ---------
O Vaticano I, do outro lado, para favorecer uma perspetiva do sobrenatural como
acréscimo (cfr. a mesma palavra ʻ sobre-natural ʼ: DH 3005), em linha com uma certa
teologia pós-tridentina que, a partir de Caetano e sobretudo por Fr. Suárez, começou a
conceber o natural e o sobrenatural como dois planos sobrepostos, sem muita relação
interna, ao contrário de são Tomás que os ligava mediante o desejo natural de ver Deus.
E assim, a emergente teoria moderna da revelação se vai desenvolvendo junto com a
concepção do sobrenatural, concepção que pressupõe, de um lado, que se dê a
possibilidade de um conhecimento natural de Deus, segura de si mesmo e, do outro, que
exista uma verdade misteriosa ʻ sobrenatural ʼ, que é garantida pela autoridade divina das
Escrituras e da Igreja.
Esta colocação de caracter extrincicista pelo influxo do nominalismo, que queria
salvar a absoluta gratuidade do sobrenatural, favorecia um genérico deísmo, vale a dizer,
uma certa concepção da divindade abstrata, mais facilmente atacável da parte da crítica
do iluminismo. Favorecia, ainda mais, uma concepção mais autoritária e literal da
revelação e tornava mais necessário a contribuição do milagre como prova da revelação,
fazendo, em tal modo, o jogo do sobrenaturalismo. Da outra parte, surpreende, a menção
de Jesus Cristo não era qualificada como decisiva, a parte as nuas citações presas ou
tomadas do concílio de Trento. Nada de estranho então: as dificuldades internas desta
concepção explodirão um dia com a crise modernista, e os esforços de muitos teólogos
que queriam responder a este desafio se chocarão imediatamente com os suspeitos: para
superar uma semelhante situação foi necessário esperar a Dei Verbum do Vaticano II 5.

2. O CRISTO, O REVELADOR DE DEUS: O CONCÍLIO VATICANO II

A constituição Dei Verbum fez próprio do texto proposto pelo tridentino, citando-o em
forma mais extensa e precisando-o em modo diverso de como tinha feito a constituição
Dei Filius: vem estabelecida a relação entre evangelho e verdade salvífica; esta vem
subordinada à menção do Cristo plenitude da revelação divina, e se elimina a qualificação

5
CFR. J. A. DE SOUSA, O conceito de Revelação na controvérsia modernista 1898-1910, Lisboa 1972.
de ʻ sobrenatural ʼ adotada pelo Vaticano I. Neste modo, a revelação não aparece mais
como um corpo de verdades doutrinais comunicadas por Deus, contidas nas Escrituras e
ensinadas pela Igreja. Essa se apresenta invés como a Auto comunicação de Deus na
história da salvação, da qual Cristo constitui o culmine. É este que, transmite o evangelho,
confiado na Escritura e confiado à Tradição eclesial e interpretado autenticamente pelo
magistério da Igreja. Vejamos agora os pontos principais.
1) A revelação é o ato de Deus que se revela a si mesmo (Deum se ipsum revelare:
DV 6) para introduzir os homens na sua vida. Mais ainda, é o acto do Pai que se manifesta
mediante o Filho seu encarnado, com o intento ou fim, de reunir os homens nele, no seu
Espírito. Tal acto, que se identifica com o movimento da Trindade na história da salvação,
assume o dom de conhecimento e aquele de libertação para a vida eterna (DV 2).
2) O elemento mediador são, juntamente, os gestos e as palavras que se interpretam
reciprocamente (gestis verbisque intrinsece inter se connexis). Deus não se dá a conhecer
num corpo de verdades abstratas, bem sim, numa história dotada de sentido. Gestos e
palavras, facto e sentido, são indissociáveis nesta comunicação (DV 2.17).
3) Cristo é, ao mesmo tempo (simul) mediador e plenitude da revelação (DV 2.4).
Aquilo que Deus fez conhecer por meio de Moisés e dos profetas era uma preparação
para o seu evangelho (DV 3). Jesus Cristo, Verbo incarnado, o homem enviado aos
homens, pronuncia as palavras de Deus e realiza a obra de salvação que o Pai lhe confiou.
Na sua presença e manifestação, nas suas palavras e obras, na sua morte e ressurreição,
graças ao dom do Espírito, leva a realização a revelação, testemunhando que Deus é com
connosco para nos libertar do pecado e da morte e para nos ressuscitar para a vida eterna.
Além disso, não se dá alguma outra revelação pública que se possa esperar antes da
parusia (DV 4).
4) Além disto, a revelação realizada na história é colocada em relação com a
manifestação de Deus no universo. No texto célebre de Rm 1,19s, a constituição Dei
Verbum manifesta não somente (como a constituição Dei Filius) a possibilidade de um
conhecimento de Deus mediante a razão humana a partir das realidades criadas, bem sim
também, e principalmente, mediante o testemunho que Deus que dá de si mesmo nas
criaturas. Referindo-se, por um outro lado, a Jo 1,3, recorda que Deus criou todas as coisas
por meio do Verbo. Graças a estas duas observações bíblicas (DV 3) vem estabelecida um
ligame interno entre revelação histórica (Jo 1,3) e manifestação de Deus na criação (Rm
1,19s). vem além disso, evitado, o uso da palavra supernaturalis, substituída com a
expressão salus superna própria dos Padres e dos teólogos medievais 6.
Aqui aparece o conceito de revelação do Vaticano II em modo muito breve com uma
mudança de perspetiva claro e preciso. Do neutro «coisas reveladas» e «bens divinos»
(revelata e bona divina), como qualificativo da revelação (DH 3008. 3005) se passa,
citando o mesmo texto, à «revelação» e ao «Deus que se revela a si mesmo» (revelatio e
Deum seipsum revelavit: DV 5-6). Resulta claro o carácter mais pessoal e cristocêntrico,
e também a dinâmica trinitária de todo o processo revelador (DV 2.4). A autoridade da
Igreja vem colocada como subordinada a Jesus Cristo (DV 1; cfr.n. 10). Além disso, o
carácter sacramental da revelação nos indica a nova prospetiva que deve assumir o tratado
dos sinais da credibilidade (milagres, profecias…): mais que provas à margem do seu
sentido, são sinais ou gestos que, iluminados da Palavra, tornam significativos (DV
2.4.14).
Portanto, o ensinamento do Vaticano II sobre a natureza da revelação consagra toda uma
reflexão levada a frente por alguns teólogos e exegetas católicos que durante este século,
as vezes com dificuldades, se inspirarão a um melhor conhecimento da Bíblia e dos
Padres, tinham procurado de responder aos novos desafios da cultura moderna e às
sugestões recolhidos da e na teologia protestante contemporânea. A Dei Verbum quer
sintetizar, ainda mais, o conceito de história da salvação – agradável a certos teólogos
protestantes e relançado por O. Cullmann – e o conceito de Auto manifestação de Deus,
derivado do idealismo alemão, de Hegel em particular, dos tubinguenes católicos J.S.
Drey, J. E. Kuhn… e, em certo sentido, pelo mesmo K. Barth. A junção ou a união das
duas ideias de história da salvação e de Auto manifestação de Deus que permitiu ao
Vaticano II de exprimir a substancia da Bíblia num conceito moderno e contemporâneo:
La revelação, Auto comunicação de Deus na história da salvação, culmine da qual é
Jesus o Cristo.

6
Cfr. m. Flick – Z. alszeghy, Antropologia Teologica, Salamanca 1971, p. 609 (945).

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