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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ


FACULDADE DE LINGUAGEM
DISCIPLINA: FONÉTICA E FONOLOGIA DO PORTUGUÊS
DOCENTE: RAQUEL MARIA COSTA FURTADO
DISCENTE: RAISA PEREIRA FARIAS
MATRÍCULA: 202015740002

RESUMO
FERREIRA, Élida Paulinha e DIAS, Janaina Alves de Freitas Rocha, Desvios na
escrita: Projeções Fonético-Fonológicas ou consequências do Sistema ortográfico?
O ensino reflexivo da ortografia. Caderno de Letras: n° 24, 2015, 169 à 186p.

Ao adentrar na escola as crianças já possuem uma forma de falar na qual, estão


familiarizados com tal linguagem. Com isso, ao escrever o aluno acaba aderindo à
mesma maneira da fala para escrita, em outras palavras, trazendo os desvios
ortográficos para a escrita, tornando ainda mais comum esse ato entre pessoas de todas
as idades. É visível notar em textos de alunos essas dificuldades ortográficas, isso
porque grande parte dos alunos não sabe distinguir o som agregado à letra da mesma
maneira que é preciso ao escrever uma palavra, é evidente que haja confusão da parte do
aluno na qual pode levar ao erro ortográfico, sendo motivadas por fatores como:
projeções fonéticas, como também os processos fonológicos na escrita, um exemplo são
as transcrições fonéticas, e o uso inapropriado de letras. Segundo, Morais (1998) ao
dizer e afirmar que “o professor quando conhece as razões da existência da ortografia,
assim como sua organização ele pode se preparar melhor para ajudar o aluno a ‘escrever
certo’ e fazê-lo de um modo mais eficaz que o vivido por nós na condição de alunos, e
que quando aprendemos muitas vezes a ter medo de escrever errado e até a não gostar
de escrever”. Ademais, seria de grande importância um estudo mais aprofundado da
fonética e fonologia, para que o professor possa saber lidar com a situação do aluno,
fazendo com que haja a conscientização de que a ortografia é um objeto de
conhecimento e merece uma atenção a mais, é imprenscidivél que o docente ofereça ao
aluno atividades que possam trazer a compreensão sobre a norma convencional, e com
isso ajudando na diminuição e o acontecimento dos desvios na escrita do discente. Os
desvios ortográficos se classificam da seguinte forma, os erros que estão ligados a
ortografia e se explicam devido a escrita ser rígida por um sistema de convenções,
levando a um processo de aprendizagem um pouco complexo e lento. Temos também os
erros relacionados ao seguimento fonológicos, que trazem como apoio a oralidade e são
erros ocorridos quando a palavra é escrita da mesma forma que a pessoa fala ou ouve,
dessa forma, sua escrita fica aproximada de uma transcrição fonética, sendo comum no
começo da aprendizagem do aluno cometer erros de motivação fonética. Bortoni-
Ricardo (2006), considera o “erro” ortográfico como uma transgressão e que a
ortografia é um código que não prevê variação, e que é negativamente visto pela
sociedade. Porém, não devemos julgar as pessoas pela maneira que escreve, devemos
olhar esses “erros” como uma motivação para que os professores possam saber trabalhar
com esses alunos, buscando prepara-los para intervenções pedagógicas para melhor
aprender a forma normalizada. “Erros” referentes ao sistema ortográfico estão ligados a
norma ortográfica da língua falada por nós, essa pode conter aspectos regulares e
irregulares, de acordo com Janaina Alves e Élida Paulina Ferreira, “as convenções
gráficas canônicas que apresentam regularidades são passíveis de serem discutidas e
compreendidas atrás de reflexão e quando internalizados os princípios ortográficos
regulares, os alunos são capazes de gerar uma segurança a escrita correta de palavras
[...], já os aspectos ortográficos irregulares não podem ser explicados através de regras,
foram assim canonizadas em virtude da etimologia da palavra ou porque ao longo da
história determinada ‘tradição de uso’ se tornou convencional [...]”.

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