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Resolução do Caso (N1) – Morfossintaxe Da Língua Inglesa

Bibiana Hahn Meira


“Quais estratégias de ensino podem ser utilizadas para desenvolver a
competência linguística dos aprendizes da escola bilíngue em questão?”

A aprendizagem de uma língua estrangeira envolve diversos fatores, entre


eles a influência da língua materna do aprendiz. Essa influência pode se
manifestar de forma positiva ou negativa, dependendo do grau de semelhança
ou diferença entre as línguas envolvidas. No caso dos alunos de Ana observa-
se que a língua portuguesa interferiu na produção escrita dos alunos em língua
inglesa, gerando erros estruturais que revelam a falta de domínio das regras
gramaticais da língua alvo.
Os erros cometidos pelos alunos podem ser classificados como
transferências negativas, ou seja, quando o aprendiz aplica incorretamente uma
estrutura da língua materna na língua estrangeira, ignorando as diferenças entre
elas. Segundo Daijo (2017), as transferências negativas podem ocorrer em
diferentes níveis linguísticos, como fonológico, morfológico, sintático e
semântico. No caso dos alunos de Ana, os erros se concentram nos níveis
morfológico e sintático.
No nível morfológico, os alunos apresentam dificuldades em flexionar os
substantivos em número, os verbos em tempo e modo e os adjetivos em grau.
Esses erros demonstram que os alunos não dominam as regras de formação de
plural, de conjugação verbal e de formação de comparativo e superlativo da
língua inglesa. Por serem essas regras diferentes das da língua portuguesa,
podem gerar confusão nos alunos, que tendem a transferir as regras da língua
materna para a língua estrangeira.
No nível sintático, os alunos apresentam dificuldades em construir frases
com a ordem correta dos elementos e em usar pronomes possessivos
adequados. Esses erros demonstram que os alunos não dominam as regras de
sintaxe da língua inglesa, que são diferentes das da língua portuguesa.
Cabe ao professor buscar estratégias de ensino que possam desenvolver
a competência linguística dos alunos. Segundo Sautchuk (2018), entre as
estratégias que podem ser utilizadas devemos explicar as diferenças entre as
regras gramaticais das duas línguas, destacando as semelhanças e as
diferenças; expor os alunos a diferentes tipos de textos escritos na língua
inglesa; propor atividades de análise e reflexão sobre a língua, para que os
alunos possam identificar e corrigir seus próprios erros; entre outras.
Dessa forma, o professor pode ajudar os alunos a superarem as
dificuldades geradas pela interferência da língua materna na língua estrangeira,
e a desenvolver sua competência comunicativa na língua inglesa.
Referências:

DAIJO, J. Morfologia da Língua Inglesa. Porto Alegre: Editora SAGAH, 2017.

SAUTCHUK, I. Prática de Morfossintaxe: como e por que aprender análise


(morfo)sintática. Barueri: Editora Manole, 2018

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