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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

PARA DEPRESSÃO
MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TRÍADE COGNITIVA DA
DEPRESSÃO

S
MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TRÍADE COGNITIVA DA
DEPRESSÃO
MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TRÍADE COGNITIVA DA
DEPRESSÃO

UMA VEZ ATIVADOS, PERMEIAM TODA


ESQUEMAS DISFUNCIONAIS
A PERCEPÇÃO DA REALIDADE

PACIENTES DESVIO DO PADRÃO DE


DISTORÇÕES COGNITIVAS
DEPRIMIDOS PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO

Por exemplo...
Inferência arbitrária
Tudo ou nada
SI MESMO, MUNDO E FUTURO Supergeneralização
Abstração seletiva
Magnificação
MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TEORIA DO ESQUEMA

Para Beck (1990), um esquema é

“[...] estrutura cognitiva para filtrar, codificar e


avaliar estímulos que invadem o organismo. Com base na
matriz de esquemas, o indivíduo será capaz de orientar-
se em relação ao tempo e ao espaço, bem como como
classificar e interpretar as experiências de maneira
significativa”.
MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TEORIA DO ESQUEMA

▪ No campo da psicopatologia, o termo “esquema” tem sido aplicado a estruturas com conteúdo idiossincrático
altamente personalizado - ativadas durante transtornos mentais e tornam-se influentes

▪ Concentrar-se em esquemas principais é fundamental para a terapia de curto prazo eficaz.

✓ Viés negativo sistemático na interpretação e na lembrança de


CRENÇAS
experiências – redução da capacidade de ver aspectos positivos;
Si mesmo: sou horrível, sem
valor ✓ Predições de curto e longo prazo.

Mundo: um lugar cheio de


obstáculos insuperáveis;
✓ Esquemas positivos menos disponíveis e
Futuro: nada que eu fizer vai negativos mais presentes.
mudar as coisas.
MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TEORIA DO ESQUEMA

Esquema(s) ativado(s) / hipervalentes


Gatilho

Esquema(s) latentes (s)


MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TEORIA DO ESQUEMA

Esquema(s) ativado(s) / hipervalentes


Gatilho

Esquema(s) latentes (s)


MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TEORIA DO ESQUEMA

Esquema(s) ativado(s) / hipervalentes


Gatilho

Esquema(s) latentes (s)


MODELO COGNITIVO DA DEPRESSÃO TEORIA DO ESQUEMA
TERAPIA DO ESQUEMA

✓ Amplia o tratamento a pacientes resistentes ao tratamento cujos problemas

psicológicos supostamente se mantêm com fundamentos caracterológicos

complexos - mais ênfase nas origens do desenvolvimento de psicopatologia

grave;

✓ Desenvolvida para tratar problemas caracterológicos crônicos, que não estavam

sendo resolvidos de forma adequada pela TCC - insucessos de tratamento.

✓ A TE ajuda pacientes e terapeutas a entender problemas crônicos e difusos e a


JEFFREY YOUNG
organizá-los de maneira compreensível.
DEFINIÇÃO DE ESQUEMA TERAPIA DO ESQUEMA

✓ Estrutura, armação ou conformação abstrata que serve de guia para interpretar informações e resolver

problemas - guiar respostas

✓ Padrão imposto à realidade ou à experiência para ajudar os indivíduos a explicá-la, mediar a percepção e

guiar suas respostas.

✓ Padrões emocionais e cognitivos (relacionados a si e aos outros) amplos, difusos, disfuncionais e

autoderrotistas iniciados em nosso desenvolvimento desde cedo e repetidos ao longo da vida.


TERAPIA DO ESQUEMA ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)

DESENVOLVIMENTO
▪ Associados à interação do temperamento da criança com
experiências de desenvolvimento disfuncionais com familiares,
cuidadores e pares.
▪ Possuem a probabilidade de se desenvolver quando o ambiente não
atende às principais necessidades da criança:
✓ Segurança, estabilidade ou previsibilidade;
✓ Amor, cuidado e atenção,
✓ Aceitação e reconhecimento,
✓ Empatia;
✓ Limites realistas e validação de sentimentos e necessidades.
ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS (EID’S) TERAPIA DO ESQUEMA

CARACTERÍSTICAS DOS EIDS


1) Quando um EID é acionado, determinadas memórias precoces, crenças centrais, fortes
emoções e reações fisiológicas também são ativadas.
2) Ativados (incs) por eventos, ou mudanças ambientais, que são semelhantes a
experiências traumáticas ou não da infância, e estão associados a forte emoção negativa
– estão por trás de sintomas crônicos.
3) Disfuncionais e cumprem um papel na maneira de pensar, sentir e agir
4) Autoperpetuantes e resistentes à mudança – lutam para sobreviver!
ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS (EID’S) TERAPIA DO ESQUEMA
Necessidades básicas Domínio esquemático Famílias típicas

Aceitação e Geralmente fria, rejeitadora, isoladora, imprevisível e/ou


1. Desconexão e rejeição
pertencimento abusadora.
Senso de autonomia e
2. Autonomia e desempenho Costuma ser superprotetora, emaranhada e destruidora da
competência
prejudicados confiança da criança.
adequado
Caracterizada pela permissividade e falta de orientação à
Limites realistas 3. Limites prejudicados
criança quanto ao que é certo e errado.

A família tem relacionamento com a criança e/ou


Respeito aos seus
adolescente baseado na aceitação condicional, de modo
desejos 4. Orientação para os outros
que devem suprimir aspectos importantes de si próprios
e aspirações
para obter amor, aceitação social ou status.

A família geralmente é punitiva, perfeccionista e tende a


Expressão emocional evitar os “erros” decorrentes de atividades prazerosas.
5. Supervigilância e inibição
legítima Há uma preocupação de que as coisas darão errado se
houver falha na vigilância.
Domínio esquemático EIDs associados

• Abandono/instabilidade: falta de confiabilidade de recebimento de apoio.


• Privação emocional: grau adequado de apoio emocional ñ será satisfeito (cuidado, empatia,
proteção)
1. Desconexão e
• Defeito/vergonha: sensação de imperfeito, mau, indesejado, inferior ou inválido associado a
rejeição
hipersensibilidade à crítica, rejeição e postura acusatória.
• Abuso/desconfiança: percepção que haverá prejuízo intencional ou negligência externa
• Isolamento social/alienação: sentimento de sentimento perante ao mundo, ser diferente.

• Fracasso: crença de fracasso, inepto, sem talento, ignorante, menos exitoso do que outros.
• Vulnerabilidade: medo exagerado a catástrofe iminente e falta de capacidade de lidar com ela.
2. Autonomia e • Dependência/incompetência: crença de incapacidade associada a desamparo.
desempenho • Emaranhamento/self não desenvolvido: crença de que não consegue sobreviver sem apoio
prejudicados constante de uma ou mais pessoas significativas (frequentemente os pais), podendo incluir
sentimentos de ser sufocado por outra pessoas, fundido com elas ou de insuficiente identidade
individual.
Domínio esquemático EIDs associados

• Autocontrole e autodisciplina insuficientes: baixo autocontrole e tolerância à


frustração associado a ênfase exagerada em evitação do desconforto, dor, conflito e
responsabilidade ou exaustão à custa de realização pessoal, comprometimento ou
3. Limites prejudicados
integridade.
• Grandiosidade/merecimento: superioridade perante outras pessoas, não estando
sujeito a regras de reciprocidade que orientam a interação social.

• Subjugação: obediência excessiva a outros para evitar raiva, retaliação e abandono –


necessidades e emoções – que costuma levar ao aumento da raiva.
• Autossacrifício: Foco excessivo no cumprimento voluntário das necessidades de outras
4. Orientação para os pessoas em situações cotidianas, à custa da própria gratificação (codependência).
outros • Busca de aprovação/reconhecimento: Ênfase excessiva na obtenção de aprovação,
reconhecimento ou atenção de outras pessoas à custa do desenvolvimento de um
sentido seguro e verdadeiro de self – associado à autoestima.
Domínio esquemático EIDs associados

• Inibição emocional: Inibição excessiva da ação, dos sentimentos ou da comunicação


espontâneos, geralmente para evitar a desaprovação por parte de outros, sentimentos de
vergonha, de perda de controle dos próprios impulsos – raiva, impulsos positivos,
vulnerabilidade e ênfase na racionalidade ao mesmo tempo que desconsideram
emoções.
5. Supervigilância e • Padrões inflexíveis: grande esforço para atingir elevados padrões internalizados muito
inibição elevados de comportamento e desempenho, geralmente para evitar críticas.
• Negativismo/pessimismo: foco amplo e permanente nos aspectos negativos na vida
(sofrimento, morte, perda, decepção, conflito, culpa, ressentimento, problemas não
resolvidos, erros potenciais, traição, coisas que podem dar errado, etc.) enquanto se
minimizam ou negligenciam os aspectos positivos ou otimistas.
• Caráter punitivo: pessoas devem ser punidas com severidade por cometer erros
POR EXEMPLO... ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)

Em virtude das suas experiências significativas a criança pode desenvolver uma consideração de que não importa o que ela faça, seu
desempenho nunca será suficientemente bom (Esquema de Fracasso, Defeituosidade, Dependência ou outros)

Esquemas

Experiência

Fracasso Escolar = Fracasso Profissional = Fracasso


Conjugal = Fracasso Paterno
POR EXEMPLO... ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)
TERAPIA DO ESQUEMA OPERAÇÃO DOS ESQUEMAS

Redução da intensidade das memórias, carga emocional, força das sensações corporais e soluções
CURA desadaptativas conectadas a um esquema, bem como uma mudança comportamental nos estilos
de enfrentamento desadaptativos por adaptativos.

▪ Distorções cognitivas;
PERPETUAÇÃO ▪ Padrões de vida autoderrotista;
▪ Estilos de enfrentamento – resignação, evitação e hipecompensação
TERAPIA DO ESQUEMA ESTILOS DE ENFRENTAMENTO

Tentativa de organizar a vida de maneira que o esquema não seja


Evitação ativado

Indi. luta contra o esquema pensando, sentindo, comportando-se e


Hipercompensação relacionando-se como se o oposto do esquema fosse verdadeiro.

Consentem com o mesmo. Não tentam evitá-lo nem lutam contra ele,
Resignação aceitando que é verdadeiro.

Podem ser utilizados apenas um deles, mas talvez apresente estilos diferentes em distintas
situações com esquemas diferentes
TERAPIA DO ESQUEMA ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
TERAPIA DO ESQUEMA ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
POR EXEMPLO... ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)

EID Desenvolvimento
Marta
Defectitvidade Relação com a mãe

“Não havia nada que ela gostasse em mim e nada que eu pudesse fazer a respeito”.
“Eu não era bonita, não era admirada, não tinha personalidade marcante, não
sabia como me vestir com estilo”.
“A única coisa que eu tinha era ser inteligente e não significava nada para ela.”
POR EXEMPLO... ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)

EID Questões situacionais


Marta
Defectitvidade Encontro com namoradas de amigos do namorado

Embora tenha sido bem recebida, sente-se incapaz de estabelecer amizade com elas

“ Eu não acho que elas gostem de mim, fico muito nervosa quando estou com elas”

“ Não consigo me acomodar e me relacionar normalmente.”


POR EXEMPLO... ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)

EID
Marta Aspectos perpetuantes
Defectitvidade

1. Distorções cognitivas
▪ Desconsidera gestos de amizade que as pessoas já tiveram: “Elas só estão sendo simpáticas por causa
do meu namorado, mas não gostam de mim de verdade”;
▪ Interpreta falsamente o que elas fazem e dizem como como evidências de que não gostam dela: “A
Amanda não me convidou para ser madrinha de casamento porque ela me detesta e eu me odeio por
isso.” Amanda não a conhecia tempo suficiente para ser madrinha
2. Padrões de vida autoderrotista: irritação pela rejeição, sentimentos que repetem a relação de infância
com a própria mãe.
3. Estilos de enfrentamento: Resignação - busca amizades de uma pessoa que é mais difícil de agradar,
que é muito crítica e, assim, comporta-se de forma diferente e desculpando-se.
POR EXEMPLO... ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS (EID’S)

EID
Marta Aspectos perpetuantes
Defectitvidade

• Quase todos os pacientes com transtornos caracterológicos repetem, de forma autoderrotista, padrões

negativos advindos da infância.

• De maneira crônica e generalizada, desenvolvem pensamentos, emoções, comportamentos e meios de

relacionar-se que perpetuam seus esquemas - continuam, involuntariamente, a recriar em suas vidas

adultas as condições que mais lhes prejudicaram na infância.


MODOS ESQUEMÁTICOS TERAPIA DO ESQUEMA

Conjunto de esquemas ou operações de esquemas (adaptativos ou desadaptativos) que são ativados por
situações supersensíveis em determinado momento - botões emocionais;

➢ Esquemas são vistos como traços (podem ou não estar ativados em


um momento) e modo um estado (ativação junta de determinados
esquemas e respostas de enfrentamento)
➢ O objetivo é ajudar o paciente a cambiar, passando de um modo
disfuncional para um modo funcional como parte do processo de cura
do esquema
MODOS ESQUEMÁTICOS TERAPIA DO ESQUEMA

Modos disfuncionais caracterizam-se pelo grau em que um determinado estado provocado


por esquemas se tornou dissociado, desconectado, dos outros modos de um indivíduo
MODOS ESQUEMÁTICOS TERAPIA DO ESQUEMA
MODOS ESQUEMÁTICOS TERAPIA DO ESQUEMA
MODOS ESQUEMÁTICOS TERAPIA DO ESQUEMA
TERAPIA DO ESQUEMA
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL TERAPIA DO ESQUEMA

Ocorre de cima pra baixo – cognição para esquemas Ocorre de baixo para cima – esquema para cognições

Foco em problemas atuais ou na diminuição de conjuntos de Ênfase que a terapia do esquema dá a origens infantis e estilos
sintomas claramente identificados parentais
Menos estrutura e uma pauta menos formal nas sessões – mais
Mais estruturada
liberdade entre passado e presente, de um esquema a outro
Relação terapêutica como veículo para motivar aderência ao Relação terapêutica como um dos componentes básicos da
tratamento – realizar tarefas de casa, p.ex. mudança – experiência emocional corretiva.

Uso da descoberta guiada para ajudar os pacientes a perceber Uso da confrontação empática mais do que o empirismo
o quanto suas cognições são distorcidas colaborativo.

Tratamento mais curto Tratamento mais longo


TERAPIA DO ESQUEMA X PSICODINÂMICAS
Semelhanças Diferenças
Exploração das origens na infância de problemas atuais e o Neutralidade x Ativo e diretivo
foco na relação terapêutica TE promovem a reparação parental limitada, atendendo
parcialmente às necessidades emocionais não-satisfeitas, com
Valorização do insight intelectual vistas a curar esquemas.
Necessidade de processamento emocional do material Teoria baseada em pulsões sexuais e agressivas instintivas x
traumático Foco em necessidades emocionais fundamentais.
Foco na coerência cognitiva: as pessoas são motivadas a manter
uma visão coerente de si próprias e do mundo e tendem a
interpretar situações de forma a confirmar seus esquemas.
Importância nas questões
Mecanismos de defesa contra desejos instintivos x estilos de
enfrentamento dos esquemas para necessidades não atendidas.
Transferência e contratransferência; Terapeutas Psicodinâmicos tendem a ser menos integradores do
que os Terapeutas do Esquema – definição de tarefas fora de
sessão e probabilidade baixa de usar técnicas de imagens ou
Estrutura de personalidade – chave para terapia eficaz. dramatização.
CARACTERÍSTICAS DA TERAPIA CARACTERÍSTICAS DO
TERAPEUTA

• Demonstrar habilidades de terapia “não específicas” – cordialidade, autenticidade, sinceridade e franqueza;

• Conseguir ver os eventos da perspectiva de seus pacientes (empatia);

• Conseguir identificar problemas no raciocínio de outras pessoas e evocar de forma habilidadosa uma

interpretação mais convincente dos mesmos eventos.

• Conseguir planejar as estratégias com bastante antecedência, prevendo o resultado desejado.

• Ser ativo – assumir liderança, fornecer estrutura e orientação ao processo terapêutico.


CARACTERÍSTICAS DA TERAPIA

A TCC é um sistema de psicoterapia focado no


problema.

Terapeuta e paciente Feedback Regular – verificar Resumos em “cápsulas” ou


trabalham juntos - sintonia e compartilhar base resumos capsulares.
objetivos, estratégia, lógica.
agenda.

Problema dos iniciantes


• Falta de concordância sobre prioridades, problemas periféricos;
• “Pula” de uma problema pra outro;
• Falta de profundidade.
O PROCESSO DA TERAPIA COGNITIVA SESSÕES TÍPICAS

A estrutura da sessão de terapia em TCC não muda muito, mas o conteúdo e a


postura do paciente e o terapeuta se alteram significativamente.

Fase 2: Tratamento focado em esquemas para


Fase 1: Redução de sintomas
prevenção de recaídas

Terapia centrada no sintoma (problema) e nas Foco no conteúdo e no padrão de julgamento -


dificuldades comportamentais e motivacionais do
paciente estrutura da personalidade.
FASE 1
O PROCESSO DA TERAPIA COGNITIVA REDUÇÃO DE SINTOMAS

✓ Superar a desesperança;
Inatividade
Desesperança ✓ Identificar problemas;

✓ Definir prioridades;

✓ Apresentar a Terapia Cognitiva ao paciente;

✓ Estabelecer uma relação de colaboração;

✓ Demonstrar a relação entre cognição e emoção;

✓ Rotular erros no pensamento;

✓ Fazer progressos em relação a um problema-alvo.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS

➢ Usadas durante o transcurso da terapia cognitiva, mas geralmente estão concentradas nas etapas iniciais do

tratamento – aumento do envolvimento em atividades construtivas.

➢ Especialmente necessárias para os pacientes mais gravemente deprimidos que são passivos, anedóticos,

socialmente retraídos e incapazes de se concentrar por períodos longos.

➢ Tem o objetivo de modificar pensamentos automáticos.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

➢ Usado nas primeiras etapas da terapia para planejar atividades hora a hora, dia a dia – contrapor a perda
de motivação, à desesperança e a ruminação excessiva.
➢ Auxilia na maior sensação de realização a partir de atividades cotidianas.
➢ Os pacientes classificam cada atividade completada em relação a controle e prazer – contradizem as
crenças dos pacientes de que eles não conseguem mais realizar ou desfrutar de coisa alguma
➢ Pode-se subdividir uma atividade em segmentos, indo dos aspectos mais simples aos mais complexos –
possibilita a realização de exercícios que antes seriam impossíveis, dando-lhes assim uma prova de
sucesso.
FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS ENSAIO COGNITIVO

➢ Solicita-se que o paciente visualize ou imagina cada passo envolvido na realização de um determinado

exercício – ajudam o paciente a se concentrar e o terapeuta a identificar obstáculos que tornem o exercício

difícil para aquela pessoa em particular.

➢ Útil para pacientes que tenham dificuldades de realizar exercícios que demandem vários passos para sem

completadas – ocorrem devido a capacidade de concentração reduzida para prestar atenção em

determinado exercício;
FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS TREINAMENTO PARA AUTOCONFIANÇA

➢ Alguns pacientes dependem de outras pessoas para cuidar da maioria de suas

necessidades;

➢ Desenvolver responsabilidade por atividades de rotina, obtendo um maior controle sobre

suas reações emocionais - tomar banho, fazer cama, limpar a casa, cozinhar e fazer

compras.
FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS DRAMATIZAÇÃO

➢ Trazer à tona P.A por meio de atuação de determinadas situações interpessoais;

➢ Sugeridas como exercícios de casa para orientar o paciente na prática e participação em novas respostas

cognitivas em interações sociais problemáticas.

➢ Ensaiar novos comportamentos – THS, modelagem e orientação.

➢ Pode ser aplicado inversão de papeis – testar como outras pessoas veem seu comportamento e gerar

autoempatia.
FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS DESVIO DE ATENÇÃO

➢ Ajuda o paciente a aprender a reduzir a intensidade de afetos dolorosos;

➢ Paciente aprende a desviar pensamentos negativos por meio de atividade física, contatos sociais, trabalho,

lazer e imagens visuais;

➢ Auxilia na obtenção de mais controle sobre a reatividade emocional.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COGNITIVAS

➢ Proporcionam pontos de entrada para a organização cognitiva do paciente.

➢ Técnicas utilizadas para entender a construção que o paciente faz realidade.

➢ Utilizada dentro do quadro do modelo cognitivo da depressão.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COGNITIVAS Evocando pensamentos automáticos

➢ Raramente são avaliados quanto a sua validade – verossímeis, conhecidos e habituais.


➢ O aprendizado no reconhecimento de P.A é necessário para o avanço eficaz da terapia – questionamento direto, imagens mentais
e dramatização.
➢ Durante a evocação do P.A, o terapeuta toma cuidado para observar e apontar quaisquer alterações de humor que aconteçam e
pergunta sobre os P.A associados à mudança de humor – cognições quentes
➢ Utiliza-se o RPD após a familiarização com as técnicas para identificar P.A e, posteriormente, desenvolvimento de respostas
racionais.
➢ Em geral, trabalha-se somente com os P.A mencionados pelo paciente – sugerir pensamentos pode prejudicar o trabalho
conjunto e os inibir de aprender a continuar o processo por conta própria.
➢ Quando estratégias não diretivas falham, o terapeuta cognitivo pode oferecer vários pensamentos automáticos possíveis e
depois perguntar ao paciente se faz sentido para ele.
FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

TÉCNICAS COGNITIVAS Testando pensamentos automáticos com pacientes não crônicos

Formulação de experimentos que submetam os pensamentos automáticos a análise objetiva, modificando a


maneira de pensar – processo de pensamento empírico;
Busca de evidências a favor e contra hipótese – não deve-se partir do pressuposto de que o P.A do paciente está
sempre distorcido.
Refinar o entendimento que o paciente faz de uma palavra para melhorar a análise de evidências – rótulos.
Reatribuição - auxilia o paciente a rejeitar um pensamento inadequado com conteúdo de culpa.
Questionamento – auxilia na evocação dos P.A, é utilizado para a avaliação geral do paciente e para abordar
problemas (vantagens e desvantagens, exame de consequências de manter determinado comportamento, dentre
outros).
Murilo, e quando os pensamentos automáticos são
verdadeiros?

✓ Focar na solução do problema.

✓ Investigar se o paciente chegou a uma conclusão inválida ou disfuncional.

✓ Trabalhar a aceitação – foco nos valores centrais, enfatizar partes mais

gratificantes da sua vida e enriquecer sua experiência de novas maneiras.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

EXERCÍCIO DE CASA PARA AUTOAJUDA Fundamentação

➢ Auxilia nos avanços significativos da terapia ao aplicar de maneira sistemática aprendizados das sessões em suas vidas.

➢ Fornecem oportunidades para coletar dados, testar hipóteses e começar a modificar pensamentos e esquemas.

➢ Os dados oferecidos ajudam a redirecionar o foco da terapia;

➢ A revisão das atividades da semana pode auxiliar no estabelecimento de relações entre o que acontece na sessão e

nos exercícios específicos;

➢ Aumentam a autoconfiança do paciente e proporcionam métodos para que ele continue a trabalhar nos problemas

depois do fim do tratamento.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

EXERCÍCIO DE CASA PARA AUTOAJUDA Estabelecendo e revisando o exercício de casa

➢ Devem ter relação direta com o conteúdo da sessão terapêutica, para que o paciente entenda seu propósito e
importância – formulados para o paciente.
➢ Deve ser formulado claramente e muito específico em sua natureza – cada um fica com uma cópia.
➢ Durante a sessão, o terapeuta pergunta pelas reações do paciente aos exercícios de casa.
➢ São formulados de maneira clara e exequível – identifica-se potenciais obstáculos em conjunto.
➢ O paciente assume maior responsabilidade por fazer os exercícios de casa à medida que a terapia avança para seus
estágios intermediários e finais.
➢ É essencial que o paciente e terapeuta revisem o exercício de casa da semana anterior na própria sessão – importância
do exercício.
➢ Na primeira parte das sessões, discutem o exercício da semana anterior e o terapeuta resume os resultados.
Murilo, e se o paciente tiver dificuldades em
completar o exercício de casa?

➢ Não se pressupõe que o paciente esteja sendo resistente ou passivo-

agressivo;

➢ Avalia-se os pensamentos automáticos, esquemas ou problemas

comportamentais que podem ajudar a entender as dificuldades e traçar

um plano para superá-las.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

EXERCÍCIO DE CASA PARA AUTOAJUDA Problemas típicos e formas de enfrentá-los

1.O exercício não foi compreendido: explica-se melhor, especificando suas expectativas detalhadamente – ensaio cognitivo;

2.Os pacientes acreditam que não conseguiram porque são desorganizados e não conseguir fazer registros e cumprir

exercícios detalhados: terapeutas auxiliam essas crenças perguntando sobre outras circunstâncias nas quais eles fazem

listas(férias, viagens, compras); se eles conseguiriam fazer o exercício se houvesse uma recompensa importante (o

problema não é o autocontrole, e sim a falta de gratificação adequada) - listar as vantagens de completar os exercícios.

3.Pacientes mais deprimidos podem precisar de ajuda para estruturar seu tempo, para que o exercício de casa se torne uma

atividade regular: estabelecimento de hora específica a cada dia para esse exercício, seguido de um estabelecimento de um

sistema de recompensa para aumentar a motivação para o exercício de casa.


FASE 1 – REDUÇÃO DE SINTOMAS TÉCNICAS

EXERCÍCIO DE CASA PARA AUTOAJUDA Problemas típicos e formas de enfrentá-los

4. Medo de fracassar ou de não fazer como deveriam: explica-se que falhar pode acontecer e que realiza-lo parcialmente
é mais útil do que não realizar, e os erros fornecem informações valiosas sobre os problemas que ainda tem que ser
trabalhados.
5. Crença de que os problemas são muito arraigados e complexos para serem resolvidos por meio de exercícios de casa:
explica-se que empreendimentos mais complexos começam e consistem em passos pequenos e concretos (um tijolo
de cada vez) - vantagens e desvantagens de pensar que os problemas não podem ser resolvidos fazendo exercícios de
casa ou o terapeuta pode pedir que o paciente experimente antes de chegar a uma conclusão
6. Casos em que o paciente acredita que não avançou o suficiente e, portanto, que o exercício de casa não ajuda:
detalha-se o avanço que foi feito para o paciente enxergar que por ser necessário mais tempo para que se notem
mudanças substanciais.
FASE 2: TRATAMENTO FOCADO EM ESQUEMAS PARA
TÉCNICAS
PREVENÇÃO DE RECAÍDAS

✓ Mesmo após os pacientes se sentirem melhores eles permanecem vulneráveis a

episódios de depressão no

futuro, a menos que suas crenças centrais tenham sido identificadas e tratadas.

✓ Desenvolvimento da fase focada nas crenças - modificação da estrutura

psicológica.
FASE 2: TRATAMENTO FOCADO EM ESQUEMAS PARA
TÉCNICAS
PREVENÇÃO DE RECAÍDAS

• Revisão de história de vida e influências do desenvolvimento


Componente de avaliação • Identificação de P.A;
• Identificação de Crenças Intermediárias e Centrais

1. Psicoeducação de crenças;
2. Questionamento socrático;
Técnicas cognitivas e 3. Usar outros como um ponto de referência;
Componente de mudança comportamentais 4. Autoexposição.
gerais 5. Técnica semântica.
6. Experimentos comportamentais;
7. Role-play intelectual-emocional;

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