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Terapia Cognitivo-

Comportamental

Conceito geral
A Terapia Cognitiva foi desenvolvida por Aron Beck no
início da década de 60, como uma psicoterapia breve,
estruturada, orientada ao presente, para depressão,
direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os
pensamentos e os comportamentos
disfuncionais.
MODELO COGNITIVO:

Propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional


(que influencia o humor e o comportamento)
seja comum a todos os distúrbios psicológicos.
A avaliação realista e a modificação no pensamento
produzem, uma melhora no humor e no comportamento.
A melhora duradoura resulta da modificação das
crenças disfuncionais básicas do paciente
Princípios básicos da TCC

Nossas cognições tem uma influência


controladora sobre nossas emoções
e comportamento.

O modo como agimos ou nos comportamos


pode afetar profundamente nossos padrões
de pensamento e nossas emoções.
Modelo Cognitivo
➢ A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, onde
entende-se que as emoções e comportamentos das
pessoas são influenciadas por sua percepção dos
eventos.

➢ A situação em si não determina diretamente como elas


se sentem; sua resposta emocional é intermediada por
sua percepção da situação.
Modelo cognitivo

Crença central

Crença intermediária
(regras, atitudes, suposições)

Situação Pensamentos automáticos Emoção


Modelo Cognitivo

Crença Central
Eu sou incompetente

Crença Intermediária

Se eu não entendo algo perfeitamente, então eu sou burro.

Situação Pensamentos Automáticos Reações

Ler um livro Isso é difícil de mais.


Eu jamais entenderia isso Emocional
Tristeza

Comportamental
Fecha o livro

Fisiológica
Peso no abdômen
Pensamentos Automáticos
• Pensamentos automáticos (PA) são um fluxo de pensamentos que
coexistem com um fluxo de pensamento mais manifesto.

• Embora pareçam surgir espontaneamente, os PA se tornam bastante


previsíveis, uma vez que as crenças subjacentes do paciente são
identificadas.

• Os PA são usualmente bastante breves, e o paciente com frequência


está mais ciente da emoção que sente em decorrência do
pensamento do que do pensamento em si.

• Podem estar em uma forma verbal, visual (imagens) ou em ambas as


formas.

• Os PA podem ser avaliados de acordo com sua validade e utilidade.


Distorções Cognitivas

Pensamento do tipo tudo-ou-nada

Catastrofização

Desqualificação ou desconsiderando o positivo

Argumentação emocional

Rotulação

Magnificação / minimização
Filtro mental

Leitura Mental

Supergeneralização

Personalização

Declaração do tipo “eu deveria” e “eu devo”


(imperativas)

Visão em túnel
Crenças Centrais
• As crenças centrais são as idéias mais centrais da pessoa a
respeito do self.

• Essas crenças se desenvolvem na infância à medida que a criança


interage com outras pessoas significativas e encontra uma série de
situações que confirmem essa idéia.

• Os pacientes também podem ter as crenças centrais negativas


sobre outras pessoas e seus mundos.

• As crenças centrais negativa são usualmente globais,


supergeneralizadas e absolutistas.
Tríade Cognitiva

Visão de Si Visão dos Outros Visão do Mundo


Categorias de crenças centrais
Crenças Centrais de Desamparo

Eu sou desamparado. Eu sou inadequado.


Eu sou impotente. Eu sou ineficiente.
Eu estou fora de controle. Eu sou incompetente
Eu sou fraco. Eu sou um fracasso.
Eu sou vulnerável. Eu sou desrespeitado.
Eu sou carente. Eu sou defeituoso (ou seja, eu não
chego à altura dos outros).
Eu estou sem saída Eu não sou bom o suficiente (em
termos de conquista).

Crenças Centrais de Não Ser Querido

Eu não sou capaz de ser amado. Eu não tenho valor.


Eu sou capaz de ser querido. Eu sou diferente.
Eu sou indesejável. Eu sou imperfeito (ou seja, então outros
não irão me amar).
Eu não sou atraente. Eu não sou bom o suficiente (para
ser amado pelos outros)
Ninguém me quer. Eu estou a ponto de ser rejeitado.
Ninguém liga pra mim. Eu estou condenado a ser abandonado.
Eu sou mau. Eu estou a ponto de ficar sozinho.
Crenças Intermediárias
• Para se chegar a crença intermediárias, deve-se começar
preenchendo um Diagrama de Conceituação Cognitiva, sendo que já
terá reunido dados sobre os PA, emoções, comportamentos e/ou
crenças típicas do paciente.

• Esse diagrama retrata, entre outras coisas, o relacionamento entre


as crenças centrais, as crenças intermediárias e os pensamentos
automáticos atuais.

• Ele provê um mapa cognitivo da psicopatologia do paciente e ajuda-o


a organizar aglomeração de dados apresentados.
Hierarquia de crenças e pensamentos automáticos

Ex:
Crença Central Eu sou inadequado

Crenças
Intermediárias 1. Atitude: - É terrível ser inadequado.

2. Suposições - Se eu trabalhar muito duro, eu


(positiva) posso fazer bem as coisas.

(negativa) - Se eu não trabalhar arduamente


eu fracassarei.

3. Regras - Eu deveria sempre me esforçar


ao máximo.
- Eu deveria ser excelente em tudo
o que eu tento fazer.

Pensamentos automáticos - Eu não posso fazer isso


Quando deprimido - Isso é difícil demais
- Eu jamais aprenderei isso
DISTORÇÃO COGNITIVA
COMPORTAMENTO VERBAL:
- Não opera por princípios geométricos e
mecânicos;
- Propenso a contiguidades.

São tatos que especificam desajustadamente


relações de contingência.
DETERMINANTES
1 – Controle múltiplo de estímulos;
2 – Estado de alerta (vigília ou sono);
3 – Comunidade verbal;
4 – Punição;
5 – Contingências de reforço generalizado;
6 – Seguir autorregras, sem testá-las.
ANÁLISE FUNCIONAL DO
COMPORTAMENTO VERBAL
CONTROLES MÚLTIPLOS NO
COMPORTAMENTO VERBAL

Operação
Estabelecedora
ABSTRAÇÃO SELETIVA
CONTEXTO: Um paciente não recebeu um
cartão de boas-festas de um amigo seu.
“Estou perdendo todos os meus amigos;
ninguém se importa mais comigo”.
REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA
= MODIFICAÇÃO DO CONTROLE VERBAL

Terapia verbal:
Modelar novas regras ou discriminações
via classes de equivalência

Novas discriminações para o ambiente


natural do paciente
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”;
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”;
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”;
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”;
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria
porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”;
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”;
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”;
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”;
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”;
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria
porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”;
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”; (punição ou extinção)
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”;
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”;
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”;
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”;
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”; (punição ou extinção)
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”; (déficits em habilidades)
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”;
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”;
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria
porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”;
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”; (punição ou extinção)
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”; (déficits em habilidades)
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”; (falta
de ambientes favoráveis para relacionamentos ou
desamparo social aprendido)
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”;
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria
porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”;
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”; (punição ou extinção)
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”; (déficits em habilidades)
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”; (falta
de ambientes favoráveis para relacionamentos ou
desamparo social aprendido)
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”; (privação social)
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria
porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”;
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”; (punição ou extinção)
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”; (déficits em habilidades)
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”; (falta de
ambientes favoráveis para relacionamentos ou desamparo
social aprendido)
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”; (privação social)
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”; (privação de
reforçadores positivos associados)
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”.
SETA DESCENDENTE
(1) T: “O que você acha que acontecerá?”
C: “Serei rejeitado”; (punição ou extinção)
(2) T: “Se isso acontecer, então significa que...”
C: “Eu sou um fracassado”; (déficits em habilidades)
(3) T: “Se for um fracassado, isso significa que...”
C: “Jamais encontrarei alguém para me relacionar”; (falta de
ambientes favoráveis para relacionamentos ou desamparo
social aprendido)
(4) T: “Se jamais encontrar alguém, então...”
C: “Estarei sempre sozinho”; (privação social)
(5) T: “Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria porque...”
C: “Não serei feliz – serei sempre muito infeliz”; (privação de
reforçadores positivos associados)
(6) T: “Qual é o pressuposto subjacente?”
C: “Preciso de outras pessoas para me sentir feliz”. (operação
estabelecedora social)
Princípios da Terapia Cognitiva
1 – A terapia cognitiva baseia-se em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos
cognitivos.

2 – A terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura.

3 – A terapia cognitiva enfatiza a colaboração e participação ativa.

4 – A terapia cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas.

5- A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente.


6 – A terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu
próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.

7 – A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado.

8 – As sessões de terapia cognitiva são estruturadas.

9 – A terapia cognitiva ensina os pacientes a identificar, avaliar e


responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais.

10 – A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar


pensamento, humor e comportamento.
Conceituação Cognitivo-
Comportamental
➢ A conceitualização do caso, ou formulação, é um mapa de
orientação para o seu trabalho com o paciente.

➢ O terapeuta pode fazer a si mesmo as seguintes perguntas:

✓ Qual é o diagnóstico do paciente?


✓ Quais são os seus problemas atuais, como esses
problemas se desenvolveram e como eles são
mantidos?
✓ Que pensamentos e crenças disfuncionais estão
associados aos problemas, quais reações (emocionais,
fisiológicas e comportamentais) estão associadas?
➢ Hipóteses que podem ser levantadas sobre como
o paciente desenvolveu seu problema:

✓ Que aprendizagens e experiências antigas contribuem para


seu problema hoje?
✓ Quais são suas crenças subjacentes e pensamentos?
✓ Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais?
✓ Que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais,
positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas
crenças disfuncionais?
✓ Como ele via (e vê) ele mesmo, os outros, seu mundo
pessoal e seu futuro?
✓ Que estressores contribuíram para seus problemas
psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver
esses problemas?
Objetivos da formulação de caso:

1 – Formulação dos problemas a serem trabalhados.

2 – Obter informações detalhadas sobre fatores que mantêm o


problema.

3 – Elaborar e apresentar no final da formulação um plano de


tratamento para o cliente.

4 – Explicar o modelo em TCC para o cliente.


Análise Contextual e Funcional

Situação Necessidade Pensamentos Emoção Comportamento Conseqüência


e Crenças (Grau)
1- Técnicas
Eventos
significativos do
histórico de vida

Classes de regras
(cognições)

Respondentes
emocionais
(emoções)

Operantes
Contexto públicos (ações) Consequências
Estressores Imediatas Finais
Situação Privações Déficits Excessos
Reais Distorc. Reforço Punição Reforço Punição
“Meu paciente está respondendo a quê
quando se comporta de determinada
maneira?”
Eventos
significativos do
histórico de vida

Classes de regras
(cognições)

Respondentes
emocionais
(emoções)

Operantes
Contexto públicos (ações) Consequências
Estressores Imediatas Finais
Situação Privações Déficits Excessos
Reais Distorc. Reforço Punição Reforço Punição
Fluxograma da conceitualização do caso

Diagnóstico / Sintomas

Influências do desenvolvimento

Questões situacionais /
interpessoais

Hipótese de Plano de
Fatores biológicos, genéticos e
Trabalho tratamento
médicos

Pontos fortes / recursos

Pensamentos automáticos,
emoções e comportamentos
típicos

Crenças
Diagrama de Conceituação Cognitiva

Nome do Paciente: __________________________ Data: __________________


Diagnóstico: Eixo ___________________________ Eixo II _________________

Dados relevantes da infância


Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da
crença central?

Crença Central
Qual a crença mais central sobre si mesmo?

Suposições Condicionais / Crenças / Regras


Que suposição positiva a ajudou a lidar com a crença central?
Qual é a contraparte negativa para essa suposição?

Estratégia (s) Compensatória (s)


Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença?
Situação 1 Situação 2 Situação 3
Qual foi a situação
problemática?

Pensamento Automático Pensamento Pensamento


O que passou por Automático automático
Sua cabeça?

Significado do PA Significado Significado


O que o PA significou do PA do PA
Para ele?

Emoção Emoção Emoção


Que emoções esteve
Associada ao PA?

Comportamento Comportamento
Comportamento
O que o paciente fez então?
Exemplo: Diagrama da Conceituação de Caso

História de Desenvolvimento
Pai crítico – nada era suficientemente bom
Mãe ameaçava com abandono.
Amigos criticavam e ridicularizavam.

Esquemas Pessoais
Esquemas sobre os Outros
Perdedor, sozinho, indigno de
Crítica, rejeição, abandono
amor

Pensamentos Automáticos
1. “Ela acha que sou um perdedor”
2. “Sou um perdedor”
3. “É horrível ser rejeitado”
4. “Eu acabarei sozinho.”

Pressupostos Mal Adaptados


1. “Se as pessoas me rejeitarem, isso significa que não sou digno de amor.”
2. “Se você contar com as pessoas, elas o abandonarão.”
3. “Se as pessoas realmente soubessem como sou, elas não gostariam de mim.”

Crenças Condicionais Estratégias


1.“Se eu for muito agradável e submisso, as pessoas gostarão de mim.” Evito me aproximar dos outros.
2. “Se eu atender às necessidades das pessoas, elas não me deixarão.” Submeto-me aos outros.
3. “É preciso procurar sinais precoces de rejeição.” Não afirmo minhas necessidades.
Identificar Pensamentos automáticos

Pergunta Básica:

O que estava passando


pela sua cabeça
naquele momento?
Identificar os pensamentos automáticos:

1. Faça essa pergunta quando perceber uma mudança no afeto


durante a sessão.

2. Faça o paciente descrever uma situação problemática ou momento


durante o qual ele experimentou uma mudança de afeto e faça a
pergunta básica.

3. Caso necessário, faça o paciente utilizar uma imagem para


descrever a situação específica ou o momento em detalhes
(como se estivesse acontecendo agora) e faça a pergunta.

4. Caso necessário ou desejado, faça o paciente encenar uma


interação específica com você e então faça a pergunta.
Outras perguntas:

1. Sobre o que você acha que estava pensando?

2. Você acha que poderia ter pensado sobre _____ ou _____?

3. Você estava imaginando algo que poderia acontecer ou lembrando


de algo que aconteceu?

4. O que essa situação significou pra você? (ou diz pra você)

5. Você estava pensando _____? (coloca-se um pensamento oposto à


resposta esperada)
Estrutura das sessões
Metas do terapeuta para a primeira sessão:

1. Estabelecer confiança e rapport.


2. Socializar o paciente na terapia cognitiva,
3. Educar o paciente sobre seu transtorno, sobre o modelo cognitivo
e sobre o processo da terapia.
4. Regularizar as dificuldades do paciente e instaurar a esperança.
5. Extrair (e corrigir, caso necessário) as expectativas do paciente
com a terapia.
6. Coletar informações adicionais sobre as dificuldades do paciente.
7. Utilizar essas informações para desenvolver uma lista de metas.
Estrutura da segunda sessão em diante:

1. Breve atualização e checagem do humor.


2. Ponte com a sessão anterior.
3. Estabelecer o roteiro.
4. Revisar a tarefa de casa.
5. Discussão de tópicos do roteiro, estabelecimento de nova
tarefa de casa e resumos periódicos.
6. Resumo final e feedback.

➢ As sessões seguintes mantêm o mesmo formato.


Tarefas de Casa
◼ A tarefa de casa é uma parte integral, não-opcional, da terapia
cognitiva, onde o terapeuta busca estender as oportunidades para
mudança cognitiva e comportamental ao longo da semana do
paciente.

◼ A tarefa de casa pode maximizar o que foi aprendido em uma


sessão de terapia e conduzir a um aumento no sentido de auto-
eficácia do paciente.
Relação Terapêutica
❖ Um trabalho terapêutico tem como função básica a promoção de
mudanças comportamentais que levem à diminuição do sofrimento
e ao aumento de contingências reforçadoras.

❖ Estudos afirmaram que a negligência à relação terapêutica pode


ser considerada como uma das maiores explicações para o
fracasso no tratamento, reconhecido pelo abandono prematuro da
terapia e/ou pelo não cumprimento dos objetivos iniciais.

❖ É importante afirmar que o terapeuta deve estar habilitado não só


para aplicação de técnicas, mas também para a assunção da
responsabilidade de construir um relacionamento que seja em si
terapêutico.
❖ Uma das características atraentes da terapia cognitivo-
comportamental (TCC) é o emprego de um estilo de relação
terapêutica colaborativa, simples e voltada para a ação.

❖ Os terapeutas cognitivos-comportamentais buscam propiciar um


ambiente de tratamento com um alto grau de autenticidade, afeto,
consideração positiva e empatia.

❖ A TCC caracteriza-se por um tipo específico de aliança de trabalho,


o empirismo colaborativo, que é direcionado para a promoção da
mudança cognitiva e comportamental.
Efetividade da Terapia
Fatores não-específicos importantes para o sucesso da terapia.

✓ Uma relação de confiança intensa e emocionalmente


carregada com a pessoa que o ajuda.
✓ Uma teoria explicativa das causas dos problemas e
na qual se fundamenta a técnica.
✓ Acesso de novas informações sobre a natureza dos
problemas e alternativas de como manejá-las.
✓ Aumento da esperança de auxílios em virtude das
qualidades e capacidades do terapeuta.
✓ Possibilidade de realizar com sucesso novas experiências de vida,
acarretando um aumento de auto confiança.
✓ Oportunidade para expressar as emoções.
Papel do Terapeuta

✓ Escuta não punitiva.

✓ Agente reforçador, trazendo um aumento da


tolerância do cliente para a exposição,
aceitar intervenções e seguir instruções.

Trabalho na Relação Terapêutica:

✓ O terapeuta fornece consequências diferenciais


para certos comportamentos

✓ O terapeuta oferece ao cliente padrões


comportamentais que aumentam as chances
de sucesso nas relações interpessoais.
Características do Terapeuta

Postura Empática e
compreensiva
Aceitação desprovida
de julgamento

Autoconfiança

Flexibilidade na aplicação
das técnica
Comportamento não-verbal
CNV

☺ Terapeutas que apresentam expressivos são melhor


avaliados por observadores externos e pelos próprios
clientes.

☺ CNV’s importantes no contexto terapêutico:


- Assentimento (com a cabeça);
- Sorriso;
- Aproximação do corpo;
- Contato ocular.
Características do terapeuta que
Dificultam a Relação Terapêutica

❖ Diferenças de Valores

❖ Postura muito diretiva pode


gerar resistência

❖ Preocupação em seguir ao pé da letra


as orientações do supervisor

❖ Tecnicismo e Rigidez
O Cliente na Relação Terapêutica
❖ Falta de motivação é uma das principais dificuldades.

❖ Levantar as expectativas do cliente em relação a terapia e verificar


se são realistas.

❖ Ficar atento à variáveis do cliente que podem facilitar e/ou dificultar


a relação terapêutica:

Padrão Dominador – é aconselhável não impor um ponto de vista

Padrão Persecutório – recomendável aceitação e tolerância.

Padrão submisso e Dependente – recomendável modelar as


conquistas em pequenos passos
Término e Prevenção de Recaída
❖ A meta da terapia cognitiva é facilitar a remissão do
transtorno do paciente e ensiná-lo a ser seu próprio
terapeuta.

❖ O Terapeuta começa a preparar o paciente par o


término e a recaída já na primeira sessão, pois o
preparando para oscilações e retrocessos desde o
início, é menos provável que ele reaja negativamente
quando esses períodos ocorrerem.
Técnicas Cognitivas
e Comportamentais
Gerais
Técnicas:
Resolução de Problemas

1) Especificar o problema;
2) Projetar soluções;
3) Selecionar a solução;
4) Implementar a solução;
5) Avaliar a efetividade da solução.
Técnica:
Experimento Comportamental

-Testa de forma direta validade de um pensamento


automático disfuncional.

-Tarefas de casa podem envolver experimentos


Comportamentais.

- São montados junto com o cliente.

- Empregar o princípio da Aprendizagem sem Erro

-Propiciam Experiência Emocional Corretiva.


Técnica:
Auto-Monitoria e Programação de Atividades

A agenda pode ser empregada para:


Técnica:
Cartões de Enfrentamento
Cartão de Enfrentamento:
Estratégia de Enfrentamento
Técnica:
Role-Play ou Dramatização

- Pode ser usada para uma ampla


variedade de propósitos;

- É muito útil para aprender e praticar algumas


Habilidades Sociais;
Técnica:
Gráfico em Forma de Torta (Tipo I)

Amigos Lazer Amigos

Trabalho Corpo Trabalho

Real Ideal

Empregado quando o paciente tem dificuldade de


especificar seus problemas e as mudanças que
gostaria de fazer em sua vida.
Técnica:
Gráfico em Forma de Torta (Tipo II)

Sem Entrevista
sorte difícil

Não me
preparei bem
Carta
marcada
Ex: Causas
possíveis:
Ansiedade Não ter
passado no
concurso

Permite que o paciente perceba as causas


possíveis de um determinado evento.
Técnica:
Exposição

Exposição

Gradual Inundação

Ao Vivo Imaginária

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