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Disciplina: Estágio Supervisionado Básico I em Psicologia.

Professora: Aline Rejane Calixto Braga.


Atividade: Semana 1 – Entendendo a Comunicação Humana - Em grupo escrevam os fatores que
FAVORECEM a comunicação humana e os OBSTÁCULOS, conforme o tema do seu grupo.
Discentes: Ana Eliza O. de Abreu; Brunna Vitoria C. Camargo; Eloiza Rocha do Nascimento;
Gabriel Ferreira Brito; Patricia R. L. Ribeiro; Raquel Soares e Tiago Faquini Bueno.

OS FATORES QUE FAVORECEM A COMUNICAÇÃO HUMANA E OS OBSTACULOS

Desde os primórdios da civilização, quando começou a viver em sociedade, o homem passou a


buscar uma forma de se comunicar, pois era preciso trocar informações, ideias e experiências.
Partindo pressuposto de que a comunicação deve ser pensada de forma ampliada e atualizada para
que as mudanças que acontecem na contemporaneidade possam ser refletidas, não se pode pensar em
comunicação sem inseri-la nas mudanças sociocultural que acontecem atualmente.
A comunicação é comumente dividida em verbal e não verbal. A verbal possibilita a ação de
representação social. Todos os seres vivos conseguem se comunicar; no entanto, somente os seres
humanos conseguem a comunicação através da linguagem verbal. A diversidade de linguagem,
apesar de favorecer a comunicação humana, nos traz vários obstáculos, que são divididos em dois
tipos fundamentais: obstáculos devidos à personalidade e à linguagem, sendo a comunicação humana
essencialmente individual e diretamente influenciada pela personalidade, dependendo da
personalidade individual como fonte e da linguagem como instrumento.
Os obstáculos causados pela personalidade surgem dos preconceitos, educação, hereditariedade,
meio, experiências individuais, estado fisiológico e emocional, capacidade de concentração, atenção
individual entre outros fatores de todos os envolvidos. Esses obstáculos são: autossuficiência;
congelamento das avaliações; diferença ente os aspectos objetivos e subjetivos do comportamento
humano; o vício de deixar-se levar mais pelos mapas do que pelos territórios, a “geografite” e
tendência à complicação.
No trabalho atual, será trabalhado os dois primeiros obstáculos.

Autossuficiência

A Autossuficiência é baseada em dois falsos princípios: “é possível saber-se tudo sobre qualquer
coisa” e “o que eu sei inclui tudo quanto existe sobre o assunto”. Ignora-se o fato de o conhecimento
ser superficial, sendo que o ser humano fica satisfeito com o conhecimento próprio e constantemente
afirma a sua sabedoria, esquecendo-se o aforismo de que “o sábio é aquele que quanto mais sabe,
sabe do quanto mais lhe resta saber”. Dessa forma, a linguagem é a responsável pela
autossuficiência e suas consequências:
1. Julgar o todo pela parte: através da capacidade de afirmação, avalia-se o todo pela parte, ou seja,
define-se alguém ou alguma coisa pelo que se vê, sabe e toca. Constantemente, a maioria das
pessoas se apegam à pior parte. Alguns exemplos de falas onde demonstra-se a autossuficiência
são: “Sei perfeitamente o que estou dizendo”; “Luiz é um animal!”; “Fulano é bom sujeito”;
“Tenho certeza disso”.
2. Intolerância: é excluído tudo o que não corrobora o ponto de vista do locutor ou da maioria,
tendo a opinião como a única correta e, assim, dividindo-se a humanidade em dois grupos: os
certos e os errados. Neste ponto, os certos são aqueles que estão de acordo com seus ideais, aos
quais atribui-se todas as virtudes, e os errados são aqueles que não estão de acordo, sendo
atribuídos a esses grupos todos os defeitos. Encontra-se a intolerância em todos os setores da vida
social, prejudicando, distorcendo, falseando e dificultando o entendimento entre os seres
humanos.

3. Emparedamento: barreiras que são construídas em torno do próprio ser humano para proteger
suas opiniões, hábitos e formas de viver. Buscam estar próximos daqueles que concordam com
seus pontos de vistas, se isolando cada vez mais do mundo exterior, que são aqueles que
divergem de suas verdades.

A autossuficiência é um obstáculo quase intransponível. Para Epiteto, “é impossível para qualquer


pessoa começar a aprender algo que ela julga que já sabe”; já Haney aconselha desenvolver uma
humildade sincera para corrigir a “autossuficiência”, o que mostra que estar disposto a ouvir o que o
outro tem a dizer e estar aberto a reconhecer que não se sabe de tudo leva à aprendizagem, afinal o
sucesso do aprendizado depende da disposição em se admitir que não sabe. O cuidado para não
confundir a parte com o todo deve ser constante. Deve-se ter cautela e equilíbrio nas avalições e
mente aberta às mensagens do mundo exterior, pois como escreveu Disraeli: “Ser consciente da
própria ignorância é o primeiro passo para a sabedoria”.

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