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Autossuficiência
A Autossuficiência é baseada em dois falsos princípios: “é possível saber-se tudo sobre qualquer
coisa” e “o que eu sei inclui tudo quanto existe sobre o assunto”. Ignora-se o fato de o conhecimento
ser superficial, sendo que o ser humano fica satisfeito com o conhecimento próprio e constantemente
afirma a sua sabedoria, esquecendo-se o aforismo de que “o sábio é aquele que quanto mais sabe,
sabe do quanto mais lhe resta saber”. Dessa forma, a linguagem é a responsável pela
autossuficiência e suas consequências:
1. Julgar o todo pela parte: através da capacidade de afirmação, avalia-se o todo pela parte, ou seja,
define-se alguém ou alguma coisa pelo que se vê, sabe e toca. Constantemente, a maioria das
pessoas se apegam à pior parte. Alguns exemplos de falas onde demonstra-se a autossuficiência
são: “Sei perfeitamente o que estou dizendo”; “Luiz é um animal!”; “Fulano é bom sujeito”;
“Tenho certeza disso”.
2. Intolerância: é excluído tudo o que não corrobora o ponto de vista do locutor ou da maioria,
tendo a opinião como a única correta e, assim, dividindo-se a humanidade em dois grupos: os
certos e os errados. Neste ponto, os certos são aqueles que estão de acordo com seus ideais, aos
quais atribui-se todas as virtudes, e os errados são aqueles que não estão de acordo, sendo
atribuídos a esses grupos todos os defeitos. Encontra-se a intolerância em todos os setores da vida
social, prejudicando, distorcendo, falseando e dificultando o entendimento entre os seres
humanos.
3. Emparedamento: barreiras que são construídas em torno do próprio ser humano para proteger
suas opiniões, hábitos e formas de viver. Buscam estar próximos daqueles que concordam com
seus pontos de vistas, se isolando cada vez mais do mundo exterior, que são aqueles que
divergem de suas verdades.