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Boécio e S. Tomás, sustentam que começa-se por ser indivíduo subsistente, coeso, uno,
total e central. Porém, a ideia de Boécio quer destacar os caracteres de relação e de
interelação com os constitivos dinâmicos da pessoa humana;
CONSCIÊNCIA
Sentido moral
A Consciência é vista como o juiz do valor moral das nossas actividades: avaliando os
nossos actos, atribuindo-lhes méritos ou deméritos, julgando-os sob ponto de vista do
bem ou do mal indicando o dever a seguir. É a faculdade que a pessoa tem no seu
âmago (íntimo) de se entender a si mesmo em confrontação com Deus e com próximo.
A Consciência é aquela sensibilidade interior de a pessoa avaliar as coisas, de acordo
com a ‘voz própria’ (voz da consciência). Ela é saudável (sadia) quando a pessoa na sua
Visão de Conjunto
I. Abertura para a verdade: não há paz da Consciência se o nosso ser interior não
aceita aquela aspiração do intelecto e da razão do ser de alguma coisa única, com a
verdade. Esse desejo requerer auto – entendimento e crescimento no saber o bem.
II. Fidelidade criadora: o juízo criador da consciência e a sua forte tendência para
viver na verdade e agir na verdade, depende de:
Desejo inato para a inteireza e abertura;
Firmeza e clareza na opção fundamental (desejo natural de fazer o bem);
Força e energia para conviver na vigilância e na prudência (não se trata
das pessoas que nem fazem o bem e nem fazem o mal);
Mutualidade ou Solidariedade no ambiente (criar um ambiente favorável
ao crescimento duma consciência sadia);
Fidelidade actual (criatividade na procura da verdade) e uma prontidão
para a realizar.
Classificação da Consciência
Tipos de consciência
iii) Consciência Certa: é comportar-se ou agir com a certeza moral, sem ter
medo. Agir sabendo que o que faz ou diz é moralmente certo.
iv) Consciência Laxa: é quando a pessoa vive numa vida de ‘deixa andar’, se é
bem ou mal, não interessa, todo mundo vive assim. Não faz mal. O bem e o
mal é a mesma coisa, por isso tanto faz (laxismo).
v) Consciência Duvidosa: é agir ou falar com receio, não saber se o que faz ou
diz é moralmente certo. Neste tipo de consciência, quando a pessoa é
chamada a tomar uma decisão e tem de agir de uma ou de outra maneira
entre dois males, a lei moral aconselha por optar pelo mal menor e o mais
provável que seja certo.
vii) Consciência de Classes (de Complexos): está baseada no status social; por
exemplo: ‘Eu sou director e só devo conviver com meus colegas directores’;
‘Eu sou da cidade e só devo conviver com os da cidade e não com os do
campo’ – o perigo aqui, tem sido o do complexo de superioridade para uns e
o de inferioridade para outros. Tanto um como outro destes complexos são
negativos, porque o complexo de superioridade faz sofrer a si mesmo,
enchendo – se de orgulho e faz sofrer aos outros espezinhando-os, e o
complexo de inferioridade faz sofrer a si mesmo sentindo-se pequeno,
humilhado, inferior e com medo dos outros.