DINÂMICA PSÍQUICA

Ana Paula Barros

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 O que é self???

“Self não é uma entidade fixa nem uma

instância psíquica mas um processo
pessoal e característico de reagir numa
dado momento, num dado campo, em
função do “estilo” pessoal” (Ginger, p. 126,
1987).

É o “ser no mundo” ->Variável conforme as

situações.
2
 “ O Self é nossa maneira particular de
estarmos envolvidos em qualquer processo,
nosso modo de expressão individual em
nosso contato com o meio...
Ele é o agente de contato com o presente,
que permite nosso ajustamento criador.”

Latner

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“Self é uma estrutura cujo processo pretende
revelar o íntimo funcionamento da
personalidade ou da pessoa. É também um
processo na e da pessoa, que indica um jeito
peculiar e restrito de funcionar da
personalidade”.

Ribeiro

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“Self é então descrito como: „força que
forma a Gestalt no campo (p. 180);
„processo de figura/fundo em sistemas
de contato (p. 180); „espontâneo – nem
ativo, nem passivo (p. 181)”.

PHG

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Self como processo ativo e permanente de
permanente de perceber, selecionar,
interpretar, sentir, valorizar, estimar,
prever, agir, integrar e dar sentido a si e ao
ambiente, mapeando a si mesmo enquanto
em ação no campo

TÁVORA, 2014

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O conceito de Self que examinaremos não
é equivalente à noção de “eu” na qual
todas as gerações de psicólogos são
treinados;
Trabalharemos com o conceito de self
fenomenológico que não precede ao
contato e as relações, tampouco existe
fora delas;
Visão circular, compreensão mais elástica,
sensível e empática que acate e aceite as
vulnerabilidades.

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Percebemos a intenção de diferenciar o
conceito de self das ideias de entidade
fixa, instância intrapsíquica, núcleo,
estrutura ou essência encapsulada dentro
do organismo ou personalidade.

O contato que produz o “si mesmo”.

Pensar em campo é pensar em

temporaridade

Fazer contato é produzir sentido 8

Inconsciente :
Não é uma estrutura, é algo que está
presente.

Necessidade:
É mais vital, base para auto-regulação

Sistema Selfing de Contatos

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Em GT tudo é necessidade!!!

Falamos de necessidade organísmica

até os níveis mais altos.

A vida é movida por necessidades.

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Se o inconsciente fosse uma
estrutura, o homem seria
originalmente de natureza
fragmentada.

Falar em Campo implica em Figura /

Fundo.

Estar Awareness é estar consciente

do que é figura no campo.
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O presente contem tudo para se
explicar o campo no momento.

No método fenomenológico estamos

a cada momento com o cliente.
Buscamos no cliente o que está
realmente acontecendo com ele.

Só o indivíduo sabe de si.

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Muito atento para não levar ao cliente
algo que já está claro para nós
(psicoterapeutas) mas que ele ainda
não tem consciência da figura.

Há um vai e volta de figuras até o

cliente dá conta.

O fundo é o campo de possibilidades

de onde algo emerge como figura.
13
Conteúdos que estão no campo
Não necessariamente emergem;

Pode não interessar no momento;

Consciência como campo de

probabilidades;

Economia de energia.

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 Atenção
Nem toda repetição é disfuncional.

Pelo princípio da economia de energia, se

o padrão funciona, você não precisa
abandonar.

O risco é permanecer nesse padrão,

caracterizando “jeitos” de ser, fazendo
ligações com construções de “devo ser”.
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Raciocínio Paradoxal: tenho que mergulhar
no que sou para mover e quando me
movo, não sou mais.

SOU SEMPRE O VIR A SER.

É através do contato que experimentamos.

Awareness envolve a consciência da

consciência e a consciência da totalidade.

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 Funcionamento Sadio
É PLENO em cada momento;

É LIVRE no fluxo de abrir e fechar

gestaltens em função das necessidades e
das circunstâncias.

Todo comportamento é ajustamento

criativo (busca de saúde).

A melhor coisa que PODE acontecer

naquele momento. 17
 Assim...
O Self é a força do funcionamento
organísmico.

O Self é a dinâmica de abrir e fechar

gestaltens.

O Self é como estou experenciando os

contatos.

18
Self é um processo figural em permanente
mudança;

Constitui a individualidade e identidade da

pessoa, fazendo que sejamos a cara dos
contatos que fazemos ao longo do tempo.

Self é relacional

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Self é agente de contato, produz e sofre
contato e, neste sentido, é contato

Self é um sistema central, interior, como

uma coluna vertebral

Self é como um sorriso: mesmo diante da

definição mas muda ao longo dos anos

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Funções do Self

Função ID

Função EGO

Função PERSONALIDADE

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ID

Self na função id: referente às

necessidades vitais(fome,sede,sono);
funciona em meus atos automáticos:
respirar, andar e conduzir carro
pensando em outra coisa.

Representa o primitivo, as sensações

básicas.
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ID: refere-se a:

Sensorialidade, awareness sensorial e

hábitos, ao que é aprendido. Ou seja, é o
momento em que surge uma excitação a
partir de um fundo organísmico.

Sensação que percebo quando chego num

espaço, uma intuição...

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Resumidamente, “ (...) o Id é o fundo
determinado que se dissolve em suas
possibilidades, incluindo as excitações
orgânicas e as situações passadas
inacabadas que se tornam conscientes, o
ambiente percebido de maneira vaga e os
sentimentos incipientes que conectam o
organismo e o ambiente.”
PHG, 1997

24
O Id coloca o organismo em movimento na
experiência presente

É a função das sensações, relação

fisiológica e emocional

Função normal: sensações estão

alinhadas com a situação atual, com o aqui
e agora

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Nas patologias o id contém uma estrutura
inconsciente onde residem experiências
inacabadas de desenvolvimento

Id fala do pré-contato -> início de

excitamento

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EGO
Função ativa, de escolha. Predispõe
movimento a partir da tomada de
consciência das minhas necessidades.

Esta função é responsável pelo movimento

e execução de tarefas pensadas e
propostas pela pessoa.

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Função ego garante a relação entre mundo
interno e externo, entre o eu e o outro

O Ego tem a ver com deliberação / ação /

destruição de obstáculos. Tudo o que se
refere a transformações e ações
caracterizam-se como funções do ego.
Ocorre nas dinâmicas: contato e contato
final. No contato há deliberação, e então,
passa à função agir ou contato final.

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Logo, “é a identificação progressiva com
as possibilidades e alienação destas, a
limitação e a intensificação do contato em
andamento, incluindo o comportamento
motor, a agressão, a orientação e a
manipulação.”

Saúde: modo de experiências se revezam

e combinam para alcançar os
ajustamentos criativos

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Ego é o lado visível do Self, como
administrador das energias

Função de escolha

Há situações onde o ego fica impotente,

não aciona as defesas e imagina que o self
está bem -> reproduz impasses, não
reconhece as necessidades e não
diferencia eu do outro

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Observar a tendência a repetição

Mecanismos usados ou as formas de agir

já serviram a pessoa antes

O ruim é a não atualização

Tarefa do terapeuta é oferecer espaço

seguro e a situação experencial para que
ele possa ir além do seu estilo

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PERSONALIDADE

Representação que o sujeito faz de si.

“Quem sou eu” -> faz parte do sistema
cognitivo da personalidade.
Auto-imagem que lhe permite se
reconhecer como responsável pelo que
sente ou pelo que faz.
Assegura a integração de minhas
experiências anteriores, a assimilação do
que vivi ao logo da minha história.

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Traz a noção de “quem somos” no mundo,
como fazemos as coisas, onde as fazemos
e com quem fazemos

Função de autonomia e autoconhecimento:

temos padrões assimilados que usamos
em uma variedade de situações

Atitude retórica -> quem sou eu e como me

narro
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 Contato

O contato é um processo de auto-

regulação do organismo.
Busca alcançar o melhor equilíbrio
possível.
Busca satisfação das necessidades
atuais.
Envolve a pessoa como todo e ocorre
nas fronteiras.
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CLÍNICA
Self como si mesmo permite olhar e
reconhecer o indivíduo diferente de
qualquer outro.
Geralmente o cliente a nossa frente perdeu
momentaneamente a capacidade de saber
quem ele é.
Muitas vezes ele troca realidade por
fantasia.
Quem é este cliente diante de mim?

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Os Selves brigam entre si por um lugar na
vida da pessoa anfitriã, criando atrito
interno;

Busca da terapia como possibilidade, sem

se dar conta, de reduzir o atrito atualizando
a proporção em que os vários selves
exercem sua influência.

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 REPRODUÇÃO

RECONHECIMENTO

REPARAÇÃO

37
Polaridades

São aspectos fragmentados do self,

que precisam ser trazidos para a
awareness e acolhidos, com direito a
se expressarem plenamente, para
que possam ser integrados.

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Processo pelo qual realidades,
aparentemente opostas, colocam-se
uma diante da outra a fim de se
excluir mutuamente, como se uma
fosse o oposto da outra.

Polarização é um processo interno à

pessoa que duvida, que não sabe
decidir.

39
Polaridade relaciona-se com nosso
poder de decisão e traz emoções
(medo, dúvida).

Processo interno onde as motivações

não estão claras, porque o sujeito
NÃO SABE AO CERTO QUAL É
SUA NECESSIDADE.

Aceitação do organismo como todo.

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Proposta é integrar as partes
“opostas”.

Uma técnica para integrar a

personalidade está baseada nos
experimentos, que possibilitam tornar
presentes conflitos não percebidos,
que têm apenas um padrão
identificação/alienação.

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A pessoa saudável é consciente da
maioria de suas polaridades, e aceita-
se como é, o que permite uma auto-
imagem saudável, enquanto que a
pessoa que apresenta awareness
limitada de suas polaridades, se vê
de forma unilateral, com uma visão
rígida de si, logo, com perturbações
em sua auto-imagem.

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Para Perls “O potencial humano é
diminuído tanto pelas ordens não
apropriadas da sociedade, como pelo
conflito interno” , produzindo
polaridades que resume em dominador
(topdog) e dominado (underdog).

A integração só é possível quando a

necessidade de controle entre as duas
partes se encerra.

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Clínica

Tecnicamente podemos optar por

trabalhar o sim ou o não a respeito da
dúvida do cliente.
Melhor seria trabalhar a própria
dúvida, sua própria incapacidade de
decidir.
Cadeira vazia

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 Ampliação da auto-imagem
1. Identificar parte que não aprovo;
2. Entrar em contato com ela;
3. Ser receptivo e entender “eu
secreto”

Pessoa que sempre se mostra

respeitosa e delicada pode não ter
contato com sua raiva e ressentimento.

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Cuidado para, enquanto terapeuta,
eleger um lado como mais
apropriado, por exemplo, o dominado.
É exatamente a parte aparentemente
perseguidora que possui energia
necessária e está tentando expressar

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