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Iracildo P. Castro
A teoria de Freud sobre o Aparelho psíquico não deve ser interpretada no sentido
anatômico, umavez que não se aplica em ligações específicas em lugares do cérebro.
Atua como intermediário entreo o pulsional e a realidade.
Em 1900, Freud apresenta a primeira teoria sobre o Aparelho Psíquico em seu livro
“ A interpretação dos Sonhos”, constituído pelo CONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE e o
INCONSCIENTE (Obras completas vol. 5, p. 504-611). Afirma Freud que a mente humana
é semelhante a um imenso iceberg. Sete oitavos de seu volume estão debaixo da água, e
não se vêem. Há uma parte do iceberg que, pelo movimento das ondas, às vezes é
possível ver, porém está oculta quando o mar está tranquilo. Há, porém, uma outra parte
do icebergque sempre podemos ver, a qual representa o consciente. A parte que não é
possível ser observada com um simples olhar corresponde ao inconsciente. O pré-
consciente está entre ambos, e que somente às vezes podemos ver.
O CONSCIENTE
Este é o centro de percepção do Aparelho Psíquico. Ele permite ao indivíduo saber
claramente o que está fazendo e reconhece livremente o que deseja. É por meio do
consciente que o indivíduo tem a percepção do mundo subjetivo. Ao mesmo tempo,
recebe as informações do mundo exterior e as do mundo interior.
O PRÉ-CONSCIENTE
Localiza-se entre o consciente e o inconsciente. Nele estão todos os conceitos,
ideias, experiências, etc., que não são conscientes, que podem, entretanto, ser trazidos a
consciência pormeio da memória, desde que o sujeito se interesse por elas.
O INCONSCIENTE
Essa é a maior conquista de Freud, mas também é interpretado como o mais
complicado e obscuro deste sistema. Dele não se pode saber nada de forma direta, sendo
possível apenas de forma introduzida ou indireta. Para Freud, o inconsciente é o reino dos
pensamentos incontrolados, não lembrados, reprimidos, mas que estão ativos. Éportanto,
a base de toda a vida psíquica e a morada do pulsional. É do inconsciente que afloram
fragmentos que às vezes, acabam tornando-se conscientes.
No inconsciente não há lógica e se busca o prazer por todos os meios possíveis,
mas Freud diz que temos barreiras, as quaisdenominou de censuras, cuja função é “filtrar
conteúdos”. As censuras impedem a passagem para a consciência de conteúdo difíceis
eangustiantes.
As censuras, durante o sono estão no nível mais reduzido, por isso realizamos ações nos
sonhos e falamos de assuntos de modo diferente doque normalmente faríamos se
estivéssemos acordados. Por isso, para Freud, os sonhos são realizados de desejo
inconscientes reprimidos.
Em geral aparecem desordenados e sem lógica, com uma grande quantidade de
simbolismos que são simplesmente “conteúdos“ inconscientes, que podem ser
interpretados. Aquilo que é possível recordar de um sonho chama-se conteúdo manifesto,
a partir do qual é possível atingir o latente. Aliás, é o que a psicanalise procura descobrir.
É muito importante, portanto, conhecero inconsciente, pois é nele que se localiza o núcleo
de toda neurose.
Em geral, quando as causas que motivam os distúrbios da personalidade são
conhecidas e trabalhadas, estes tendem a desaparecer. Geralmente os distúrbios da
personalidade costumam originar-se de experiências traumáticas nos primeiros anos de
vida.
Jorge A. Leon, psicanalista cubano e pastor metodista, argumenta que a acriança é
como um cimento fresco, é tão frágil que até um passarinho pode deixar pegadas nele,
porém, uma vez endurecido, nem um elefante pode deixar nele sua marca. Bem,
podemos dizer que uma vida pode ser arruinada para sempre depois de experiência
traumática. Eis, então, a importância de uma boa educação às crianças.
A segunda tópica é formada pela interação do Id, Ego e Superego, embora cada
um desses sistemas tenha suas próprias funções, princípios operantes, dinamismos e
mecanismo. Para Freud, a Freud, a personalidade é composta por essa três instânciase o
comportamento é resultante da integração entre elas. Id, Ego e superego atuam de forma
tão estreita que é difícildeterminar os seus efeitos de modo separado.
c) O Superego é regido pelo PRINCÍPIO DO DEVER. Ele é o censor das funções do ego
e decide se algo é certo ou errado. Tende mais à perfeição do que ao prazer, por isso
podemos dizer que o superego é o componente social da personalidade, uma vez que ele
bloqueia os impulsos do id.
Leon (1996), Infere que o individuo que vive sob o predomínio do id não tolera a tensão e
exige uma gratificação imediata. É exigente, impulsivo, irracional, antissocial, egoísta e
amante do prazer. Sente-se importante porque acredita possuir o poder mágico de
realizar seus desejos mediante a imaginação, a fantasia, as alucinações e os sonhos. O
que importa é apenas a busca do seu prazer.
Ego sadio é ter o controle de si mesmo, com autonomia, sem que este seja
manipulado como se fosse uma maquina.
O que o ser humano precisa não é de alguém que o iniba, bloqueie, atemorize,
deprima ou frustre, mas de alguém que tenha um comportamento compreensivo,
estabelecedor e humano.
REFERÊNCIAS