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Filosofia da Educação de Jean Jacques Rousseau

Obra: “O Emílio”’

Rousseau elaborou as bases de uma pedagogia moderna, com sua obra “O


Emílio”, sua educação fundamenta-se na liberdade.
Nessa obra Emílio é educado por seu preceptor à margem do contato
pernicioso da sociedade, seguindo a ordem da própria natureza, não a natureza do
selvagem, mas a verdadeira natureza que responde à vocação humana.​A
espontaneidade é valorizada e não há castigos, pois a experiência é a melhor
conselheira.
A educação começa pelo desenvolvimento das sensações, dos
sentimentos, até que Emílio chega por si próprio às noções de bem e mal e à
concepção religiosa, já que tratar de religião antes do desenvolvimento suficiente da
razão é correr o risco da idolatria.
O objetivo da educação é a reconstrução de um homem social
participante de uma sociedade racional que respeite a natureza.

MITO: Bom selvagem. O homem tem uma natureza boa e a sociedade o


corrompe

O homem possui um Estado de Natureza:

● O homem é bom e honesto


● O homem não é mesquinho e invejoso
● Todos os seres humanos possuem direito de Natureza

Direito Natural: Vida, Liberdade e Igualdade

Sociedade Civil: Estado Social


A sociedade civil surge com o pacto social: Contrato social
Contrato Social: é abrir mão, transferir o Direito Natural de governar a
própria vida em favor da Soberania da Assembléia.
Leis: Tornam as pessoas livres
Educar para a liberdade: não ensinar crianças os artifícios sociais
(mentira,hipocrisia, desonestidade)

O homem tem uma natureza boa e a sociedade o corrompe, devemos


educá-lo para a liberdade, respeitando as leis que preservam seu direito
natural, e viver em sociedade de acordo com o contrato social.
Immanuel Kant

1- Teoria do conhecimento

● É preciso estudar o que é a própria razão e indagar o que ela pode e o que
não pode conhecer, o que é a experiência e o que ela pode ou não pode
conhecer​
● Cria o método da CRÍTICA= SOBRE TUDO​

O que é a razão?

● A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos. Essa
estrutura (e não os conteúdos) é universal, a mesma para todos os seres
humanos, em todos os tempos e lugares.​
● Essa estrutura é inata, isto é, não é adquirida através da experiência.
Por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão é, do ponto
de vista do conhecimento, anterior à experiência.​
● Luz que esclarece e emancipa o sujeito.

1.2- O sujeito do conhecimento

● O sujeito do conhecimento: é a razão universal e não uma subjetividade


pessoal e psicológica;​
● É o SUJEITO TRANSCENDENTAL = o que se coloca na relação sujeito –
objeto. Pode pensar o real e pensar a si mesmo​
● É o sujeito conhecedor e Universal e não Pedro, Paulo, Maria ou Isabel, esta
ou aquela pessoa, este ou aquele indivíduo.​

A experiência não é causa das idéias, mas é a ocasião para que a razão,
recebendo a matéria ou o conteúdo, formule as idéias.​
A estrutura da razão é inata e universal, enquanto os conteúdos são
empíricos e podem variar no tempo e no espaço​.

Sujeito Transcendental: capacidade do intelecto de pensar o mundo externo


e interno.
Possui duas faculdades:
1) A Sensibilidade: O ESPAÇO e o TEMPO;​
● Espaço e Tempo: são condições a priori de possibilidade da experiência
sensível ou intuição empírica. São formas da sensibilidade. São inatas.​
2) O Entendimento: Faculdade de pensar e julgar​
● Categorias A priori: conceitos puros que permitem pensar aquilo que chega
com a intuição ou experiência sensível​
● Juízos A priori: juízos éticos, estéticos e lógicos

Pedagogia de Immanuel Kant

Uma pedagogia calcada na autodeterminação crítica do indivíduo,


instigando o pensar, para que em todas as circunstâncias da vida o sujeito possa
eleger o que é correto, justo e bom.
Kant afirma que “o homem é a única criatura que precisa ser educada”, e,
que “o homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação, ele
é aquilo que a educação faz dele”

● A educação para Kant é a condição que contribui no processo do homem


para alcançar autonomia. ​
● A definição de sujeito autônomo implica a liberdade.​
● Com autonomia o sujeito vence paulatina e progressivamente a propensão
para o mal e se converte para o bem

Todas as crianças nascem menor em condições civis.


Experiência = 5 sentidos = fenômenos = aquilo que se manifestam as
percepções sensoriais.
A experiência (5 sentidos) é fonte e raiz do conhecimento, mas não se esgota
nela, precisamos da razão pura transcendental

Razão

Autonomia: Maioridade Intelectual, pensar e agir por si mesmo.


Heteronomia: Minoridade intelectual, pensar e agir influenciado por outrem.

A educação deve contribuir para que o sujeito saia da menoridade


intelectual e atinja a maioridade intelectual

Razão prática = atitude, ações = DEVER


Emancipação intelectual = faz a razão controlar a vontade

Razão controla vontade: Imperativos hipotéticos, Imperativos categóricos

“Age de maneira tal, que o que te leva a agir se torne uma lei universal” =
ÉTICA

Educação forma sujeitos autônomos para a vida ÉTICA


Hannah Arendt

Defende a tese que não existe natureza humana, mas sim “condição
humana”​
Essa condição refere-se aos fatores históricos, econômicos, políticos e
sociais que condicionam as ações humanas.​
Investigação sobre a existência humana

A CONDIÇÃO HUMANA É MARCADA POR TRÊS FATORES:​

O TRABALHO: atividade do corpo humano em seu aspecto biológico;​


O LABOR: é a atividade da existência, que consiste em transformar a
natureza e criar cultura = OBRA​
VITA ACTIVA: a vida ativa, é a atividade política, aquilo que os homens
realizam entre si

● O Trabalho = vida​
● O Labor = a mundanidade​(sistema de vida que apenas valoriza os bens
materiais)
● A Ação = a pluralidade​

Aquilo que nos faz humanos de fato é a interatividade na vida política​


A ausência de reflexão sobre a vita activa = esfera política põe o homem
em crise

● A falta de posicionamento político dá abertura para Regimes Políticos


Totalitários​
● Os Totalitarismos implanta uma cultura de TERROR e se alimenta dela​
● O sistema totalitário tem a pretensão de dominar o ser humano em sua
totalidade​
● Domina o cidadão (esfera pública)​
● Domina o indivíduo (esfera privada)

A crise na Educação

● “A EDUCAÇÃO É O PRINCIPAL INSTRUMENTO DE CULTURA PARA O


RESGATE DA VITA ACTIVA.”
● “Os modelos educacionais atuais (anos 50) tem como objetivo esconder as
desigualdades e contradições através de gráficos e análises estatísticas”
● “A educação está em crise porque não consegue mais formar
Indivíduos Autônomos”
● O totalitarismo domina os indivíduos porque eles encontram-se isolados,
sem laços sociais = sem vita activa.​
● Sociedade atomizada = sem coesão. Indivíduos isolados não dialogam, não
debatem ideias = conduta massificada​
● Surge a BANALIDADE DO MAL

“A função da escola é ensinar às crianças como o mundo é; e instruí-las


na arte de viver”

Nas reflexões de Arendt, é possível afirmar que a educação contemporânea


estaria colocando todas as regras do juízo humano normal à parte, causando
assim um deterioramento deste mesmo juízo. Este juízo em processo de corrupção,
para Hannah Arendt, seria o próprio senso comum, por meio do qual os cinco
sentidos individuais estão adaptados a um único mundo comum a todos nós e com
a ajuda do qual (do senso comum ou juízo humano) nele (mundo) nos movemos.

A educação deve justamente preparar cada nova geração, ainda em sua


infância, a assumir a responsabilidade.​
O problema está no fato de que o homem moderno ao se alienar e destruir
o sentido grego da esfera pública solapou a responsabilidade das gerações que
deveriam cuidar do espaço reservado à ação e ao discurso
Nessa perspectiva assistimos a tecnização e fragmentação do saber como
meios que e corroboram a vitória do labor e do trabalho. ​
Em A Condição Humana, Arendt enfatiza que a modernidade teria não
apenas afastado o homem da vida política, mas transformado o espaço
público em espaço privado.

● A autoridade foi recusada pelos adultos, e isso somente pode significar uma
coisa: que os adultos se recusam a assumir a responsabilidade pelo mundo
ao qual trouxeram as crianças.​
● A qualificação do professor consiste em conhecer o mundo e ser capaz de
instruir os outros acerca dele.

Em resposta a este adulto sem autoridade, a educação, na visão de Arendt,


teria fragmentado nocivamente o mundo da criança do mundo adulto. A criança
na educação pragmática apreende o mundo em partes segmentadas de forma
utilitarista e funcionalista sem comprometimento com a vida adulta.
Nesta situação, ao invés de se aproximar a criança do adulto e fazê-la
perceber que um dia ela também vai crescer e ter que assumir as responsabilidades
que lhe são inerentes não só à vida privada, mas também à vida pública, ela fica
isolada deste processo de preparação para a fase adulta, faltando-lhe, desta
maneira, o modelo necessário do que é ser um adulto responsável com o
mundo público e com o bem comum.
Nota-se assim, no pensamento de Hannah Arendt, uma estreita correlação
entre a crise do espaço público – própria da era moderna –, a crise da autoridade a
ele inerente e, por extensão, a atual crise no sistema educacional.
Arendt acreditava que o aluno deve ser apresentado ao mundo e
estimulado a mudá-lo.
Defendia que os adultos têm dois tipos de obrigação em relação às crianças.
Uma recai sobre a família, responsável pelo “bem-estar vital” de seus filhos. Outra
fica a cargo da escola, a quem cabe o “livre desenvolvimento de qualidades e
talentos pessoais”.

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