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Liberdade de indiferença
Ser indiferentemente livre é não ter propensão a fazer uma coisa
mais do que outra, entre duas alternativas.
Autonomia
Para Kant (1724-1804, filósofo alemão), ser livre é ser autónomo, isto
é, dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Todos
entendem, mas nenhum homem sabe explicar.
Portanto a pessoa dotada de liberdade, ou seja, sem intervenções de
outrem, pode fazer uso desta, porém fá-lo-á com maior clareza se o
conhecimento e consciência da sua liberdade existir.
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Ética
Em ética a liberdade costuma ser considerada um pressuposto para a
responsabilidade do agente, para o desenvolvimento do seu
ambiente, das suas estruturas para conseguir, no final, satisfação
para o meio.
Fonte http://pt.wikipedia.org
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
sem literatura.
(Fernando
Pessoa - Poesias)
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Guia de Trabalho I
Texto 1
«Do que se trata é de levarmos a sério a liberdade, ou seja, de
sermos responsáveis. O que há de sério na liberdade é que ela tem
efeitos indubitáveis, que não se podem apagar quando isso nos
convém, uma vez que tenham sido produzidos. Sou livre de comer ou
não comer o pastel que tenho à minha frente; mas, depois de o ter
comido, já não sou livre de o ter à minha frente ou não. Dou-te outro
exemplo, desta vez de Aristóteles (já sabes, esse velho grego que
falava do barco e da tempestade): se tiver uma pedra na mão, sou
livre de ficar com ela ou de a deitar fora, mas se a atirar para longe já
não poderei ordenar-lhe que volte para que eu continue com ela na
mão. O que há de sério na liberdade é que cada acto livre que faço
limita as minhas possibilidades quando escolho realizar uma delas. E
não vale fazer batota e esperar para ver se o resultado é bom ou
mau, antes de assumir se sou ou não responsável por ele. Desse
modo, talvez seja possível enganar um observador exterior, como
pretende a criança que diz “não fui eu!”, mas a nós próprios nunca
nos podemos enganar por completo.
De maneira que aquilo a que chamamos “remorso” não é mais do
que o descontentamento que sentimos connosco quando
empregámos mal a nossa liberdade, quer dizer, quando a utilizámos
em contradição com o que deveras queremos como seres livres, para
o bem e para o mal: assumirmos as consequências do que fizemos,
emendar o mal que possamos emendar e aproveitarmos o bem ao
máximo. Ao contrário da criança malcriada e cobarde, o indivíduo
responsável está sempre pronto a responder pelos seus actos:
“Sim, fui eu”. O mundo que nos rodeia, se reparares, está cheio de
ocasiões que podem servir ao sujeito para se desfazer da sua
responsabilidade. A culpa do mal que sucede parece ser das
circunstâncias, da sociedade em que vivemos, do sistema capitalista,
do carácter que tenho (sou assim!), de não ter sido bem educado (ou
me terem mimado em excesso), dos anúncios da televisão, das
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Texto 2
“O núcleo da responsabilidade, se te interessa sabê-lo, não consiste
simplesmente em termos a decência ou a honradez de assumirmos
as nossas patadas na poça sem procurar desculpas à direita e à
esquerda. Quem é responsável é consciente do real da sua liberdade.
E uso ‘real’ no duplo sentido de «autêntico» e «verdadeiro» e no de
«próprio de um rei»: aquele que toma decisões sem que ninguém
acima de si lhe dê ordens. Responsabilidade é saber que cada
um dos meus actos me vai construindo, me vai definindo, me
vai inventando. Ao escolher aquilo que quero, vou-me
transformando pouco a pouco. Todas as minhas decisões deixam a
sua marca em mim antes de a deixarem no mundo que me rodeia. E,
evidentemente, depois de aplicada a minha liberdade em ir-me
construindo um rosto, já não posso queixar-me ou assustar-me com o
que vejo ao espelho quando me olho… Se ajo bem, ser-me-á cada vez
mais difícil agir mal (e inversamente, por infelicidade): assim, o ideal
é irmos apanhando o hábito… de viver bem. Quando no western o
herói tem ensejo de disparar contra o vilão pelas costas mas diz: “Eu
não posso fazer uma coisa dessas!” todos percebemos o que ele quer
dizer. Disparar, aquilo a que se chama disparar, claro que poderia
fisicamente fazê-lo, só que o herói não tem semelhantes costumes.
Por alguma coisa é ele, afinal, o ‘bom’ da história! Quer continuar a
ser fiel ao tipo que escolheu ser, a esse tipo de homem que fabricou
livremente desde há muito.”
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Guia de trabalho IV
Leia o seguinte texto:
A liberdade é um requisito da forma de governo que respeita os
direitos, as liberdades e as garantias individuais, através da limitação
do poder governamental.
Cada um é responsável por todos. Somos totalmente responsáveis
pela qualidade da nossa vida e pelo efeito exercido sobre os outros,
construtivo ou destrutivo, quer pelo exemplo quer pela influência
directa. Não fazemos o que queremos e, no entanto, somos
responsáveis pelo que somos: eis a verdade.
O conhecimento é pois um bem individual ao serviço do bem comum.
Sendo um bem, está também sujeito a desvalorização, sempre que o
seu possuidor não o actualizar ou deixar de constituir base geradora
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