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Objetivos do livro:
1. Demonstrar que o conhecimento é uma construção cultural e não uma
descoberta.
2. Apresentar que a escola é um ser político ao mesmo tempo conservador e
inovador.
3. Enfatizar o sentido social do trabalho.
4. Entender o conhecimento como uma ferramenta de liberdade e poder.
Introdução.
Desde os primórdios da educação brasileira, dizemos que “a educação está em
crise”. Isso porque nossa educação nunca atingiu patamares mínimos de
uma justiça social.
Os últimos trinta anos foram de intensa urbanização no país, o quer aumentou a
pressão sobre os serviços públicos. Lembrando que estes serviços foram
negligenciados pelo Regime Militar que investiu massivamente em infraestrutura
e industrialização.
A nova escola que surgiu após a ditadura buscou ser democrática tanto no acesso
quanto na permanência. Assim, o novo professor deve possuir: 1º sólida base
científicas, 2º formação crítica de cidadania e 3º solidariedade de classe social.
Cap. 01: Humanidade, Cultura e Conhecimento.
O que significa ser humano? Muitos pensadores buscaram identificar o ser
humano, definindo o que seria a essencialidade da natureza humana.
Durante a Idade Média a natureza, o cosmos, a essência humana era algo estável
e inquestionável. A modernidade tirou o homem do centro do universo, da
criação e do controle de seu próprio cérebro.
Nossas origens: o homem evoluiu de modo singular. Todos os animais são
adaptados ao meio, já o homem é um ser frágil (não voa, não corre nem nada
bem, não é forte...), ou seja, se dependêssemos apenas de nossos corpos seriamos
extintos. Diferentes de outros animais que se adaptam ao mundo, os seres
humanos adaptam o mundo à suas necessidades através do trabalho.
Cultura: para modificar e transformar o meio, o homem faz uso do trabalho e o
trabalho gera um fruto que chamamos de cultura.
O homem não nasce humano, mas torna-se humano e esse processo de
humanização ocorre no contato do ser com a cultura. A cultura não é transmitida
geneticamente, nascemos uma folha em branco e moldamos e somos moldados
pela cultura conforme nos desenvolvemos.
O processo de humanização também se dá pelo conhecimento e a educação que o
transporta.
Conhecimentos e valores: Fronteiras da não-neutralidade. Toda criatura quer
sobreviver, mas para ser humano não basta apenas existir, ele quer que a vida
valha a pena. Assim, surgem os valores que são metas que devemos atingir para
termos uma vida plena.
Contudo os valores não são eternos variando de acordo com o lugar ou a época,
estando sempre em constante transformação.
Em geral estes valores são criados pela elite dominante da época, que divulgam
seus valores como verdadeiros e universais, pois assim eles são mais facilmente
aceitos pela massa inculta.
Conservação e inovação. A educação deve observar estes valores e se perguntar
“o que deve ser conservado e o que deve ser inovado (transformado)? ” Por isso
os processos pedagógicos não são neutros, pois fazem juízos de valor entre os
valores que devem continuar existindo e os que devem ser combatidos.