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RESUMO:
Com o desenvolvimento acelerado próprio das grandes cidades, se faz cada dia
mais comum o uso de transporte automotivo particular para percorrer longas
distancias, enchendo as ruas e tornando-as congestionadas e perigosas. Como
consequência observou-se um incremento na quantidade de acidentes de transito
e na energia envolvida em cada acidente, aumentando também a quantidade de
pacientes poli traumatizados, das fraturas em geral, da gravidade e complexidade
de cada paciente.
Umas das lesões que recebem grande interesse de todo ortopedista são as
fraturas expostas, que geram morbidade adicional aos pacientes (maior risco de
infecção, de pseudoartrose e falha do material), como também aumento no tempo
de internamento, maior afastamento e por conseguinte, maior tempo perdido por
doença, o que se apresenta ao final como uma doença de interesse para saúde
pública.
O tratamento adequado tem sido discutido por muitos anos, com tópicos que
viraram padrão ao nível mundial (desbridamento, lavagem da ferida, e fixação
segundo comprometimento de partes moles), porem tem tópicos que, embora
foram aceitos na literatura, ainda não tem consenso no seu uso (os antibióticos).
Existem muitas recomendações sobre o uso de antibióticos (ATB) profiláticos,
sendo mais aceitado o uso das cefalosporinas de 1ª geração, o que diminui em
grande percentagem o risco de infecção, porem existe uma recomendação
alternativa para pacientes alérgicos às cefalosporinas que é o uso da
Clindamicina.
Neste estudo pretendemos comprovar se o uso da Clindamicina é tão eficiente
como das cefalosporinas de 1ª geração na profilaxia infecciosa em fraturas
expostas de tíbia e/ou fêmur num hospital terciário da cidade de Curitiba.
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
ANALISE ESTATISTICA
A análise foi realizada com base nos dados de 100 pacientes, sendo 58 (58%) do
grupo tratado com Cefazolina e 42 (42%) do grupo tratado com Clindamicina.
Nas tabelas a seguir são apresentadas estatísticas descritivas de cada variável
avaliada no estudo. Para variáveis quantitativas são apresentados média, desvio
padrão, mediana, mínimo e máximo, para variáveis categóricas são apresentados
frequência e percentual.
TABELA 1
Variável Total Classif n %
Idade (anos) 100 (média ± dp; min-max) 32,5 ± 13,4 (12 - 65)
Acompanhamento (meses) 96 (mediana; min-max) 6 (0,1 - 33)
Sexo 100 Feminino 14 14,0%
Masculino 86 86,0%
HAS 94 Não 90 95,7%
Sim 4 4,3%
DM 94 Não 88 93,6%
Sim 6 6,4%
CA 94 Não 93 98,9%
Sim 1 1,1%
IR 94 Não 94 100,0%
Sim 0 0,0%
Topografia da fratura 100 Femur 15 15,0%
Tibia 84 84,0%
Tibia e femur 1 1,0%
Grau de exposição 62 1 15 24,2%
2 17 27,4%
3 1 1,6%
3A 24 38,7%
3A/3A 1 1,6%
3B 4 6,5%
TABELA 2
Variável Total Classificação n %
Tratamento 100 CEFAZOLINA 58 58,0%
CLINDAMICINA 42 42,0%
Tempo de Cefazolina 53 1 Dia 27 50,9%
2 Dias 10 18,9%
3 Dias 8 15,1%
4 Dias 2 3,8%
5 Dias 2 3,8%
7 Dias 4 7,5%
Tempo de Clindamicina 64 1 Dia 27 42,2%
2 Dias 4 6,3%
3 Dias 23 35,9%
4 Dias 3 4,7%
5 Dias 3 4,7%
6 Dias 1 1,6%
9 Dias 1 1,6%
10 Dias 1 1,6%
13 Dias 1 1,6%
Tempo de Antibiótico 100 24 horas 48 48,0%
72 horas 25 25,0%
>72 horas 27 27,0%
Tempo de Antibiótico (agrup) 100 24 horas 44 44,0%
> 24 horas 56 56,0%
Infecção 100 Não 85 85,0%
Sim 15 15,0%
Agente etiológico 4 Citrobacter sp (youngae) 1 25,0%
E. coli 1 25,0%
Enterobacter cloacae 1 25,0%
Klebsiella oxytoca + Serratia marscecens 1 25,0%
ANEXO DA TABELA 2
Outros esquemas ATB utilizados 23 Cefalexina 7 dias via oral 1 4,3%
Ceftriaxona 1 dia 1 4,3%
Clindamicina + gentamicina + metronidazol + vancomicina 1 4,3%
Clindamicina 2 dias 1 4,3%
Gentamicina 1 dia 4 17,4%
Gentamicina + metronidazol 3 dias 1 4,3%
Gentamicina 1 dia, metronidazol 4 dias, levofloxacino 3 dias 1 4,3%
Gentamicina 3 dias 5 21,6%
Gentamicina 4 dias + levofloxacino e tmp-smx 1 4,3%
Gentamicina + metronidazol por 3 dias 3 13%
Gentamicina 6 dias 1 4,3%
Gentamicina + metronidazol 1 4,3%
Metronidazol 3 dias + gentamicina 5 dias + oxacilina 7 dias 1 4,3%
Vancomicina 5 dias 1 4,3%
TABELA 3
Tratamento
Variável Classificação CEFAZOLINA CLINDAMICINA p*
n % n %
(média ± dp; min-
Idade (anos) 33,3 ± 14,3 (12 - 65) 30,2 ± 11,9 (13 - 61) 0,208
max)
Acompanhamento (meses) (mediana; min-max) 6 (0,1 - 33) 6,5 (0,1 - 32) 0,735
Sexo Feminino 7 12,1% 7 16,7%
Masculino 51 87,9% 35 83,3% 0,567
Hipertensão arterial Não 51 94,4% 39 97,5%
Sim 3 5,6% 1 2,5% 0,634
Diabetes Mellitus Não 49 90,7% 39 97,5%
Sim 5 9,3% 1 2,5% 0,235
Cancer Não 54 100,0% 39 97,5%
Sim 0 0,0% 1 2,5% 0,426
Topografia da fratura FEMUR 9 15,5% 6 14,3%
TIBIA 49 84,5% 35 83,3%
TIBIA E FEMUR 0 0,0% 1 2,4% -
Grau de exposição 1 9 28,1% 6 20,0%
2 7 21,9% 10 33,3%
3 1 3,1% 0 0,0%
3A 12 37,5% 12 40,0%
3A/3A 0 0,0% 1 3,3%
3B 3 9,4% 1 3,3% -
Tempo de ATB 24h 29 50,0% 19 45,2%
72h 13 22,4% 12 28,6%
>72h 16 27,6% 11 26,2% 0,778
Tempo de ATB (agrup) 24h 27 46,6% 17 40,5%
>24h 31 53,4% 25 59,5% 0,683
Infecção Não 49 84,5% 36 85,7%
Sim 9 15,5% 6 14,3% 1
TABELA 4
Infecção
Variável Classif Não Sim p*
n % n %
(média ± dp; min-
Idade (anos) 30,9 ± 12,8 (12 - 64) 37,7 ± 15,7 (13 - 65) 0,101
max)
Acompanh (meses) (mediana; min-max) 5 (0,1 - 33) 14 (1 – 32) 0,019
Sexo Feminino 11 12,9% 3 20,0%
Masculino 74 87,1% 12 80,0% 0,437
HAS Não 78 97,5% 12 85,7%
Sim 2 2,5% 2 14,3% 0,104
DM Não 76 95,0% 12 85,7%
Sim 4 5,0% 2 14,3% 0,218
CA Não 79 98,8% 14 100,0%
Sim 1 1,3% 0 0,0% 1
Topografia da fratura FEMUR 12 14,1% 3 20,0%
TIBIA 72 84,7% 12 80,0%
TIBIA E FEMUR 1 1,2% 0 0,0% -
Grau de exposição 1 14 25,4% 1 14,3%
2 16 29,1% 1 14,3%
3 1 1,8% 0 0,0%
3A 20 36,4% 4 57,1%
3A/3A 1 1,8% 0 0,0%
3B 3 5,5% 1 14,3% -
Tempo de ATB 24h 41 48,2% 7 46,7%
72h 23 27,1% 2 13,3%
>72h 21 24,7% 6 40,0% 0,355
Tempo de ATB (agrup) 24h 37 43,5% 7 46,7%
>24h 48 56,5% 8 53,3% 1
Tratamento CEFAZOLINA 49 57,6% 9 60,0%
CLINDAMICINA 36 42,4% 6 40,0% 1