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Unidade 3

Prof. Marco Aurélio Mendes Justino, D.Sc


❑ OBD (On-Board Diagnostics);

❑ Exemplo OBD no SW Vector Canoe ;


OBD (On-Board Diagnostics)
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Gerenciar, através das centrais Powertrain, a regulamentação legislativa de
emissões (Ex.: PROCONVE);
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Detectar uma falha em algum componente eletrônico, caso haja;
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Certificar que essa falha é verdadeira;
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Registrar essa falha;
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Executar o modo de segurança, caso necessite (Limp-home / Recovery);
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Sinalizar a existência de falha ao condutor, caso necessário;
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Reconhecer o momento em que essa falha deixou de existir;
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
É um sistema que deve ser capaz de:
• Possibilitar o acesso à leitura desta falha e suas características através de um
equipamento externo.
OBD (On-Board Diagnostics)
Obrigatoriedade
Criação do CARB
Aplicação do Conceito do sistema
controle eletrônico
(Comitê de aos sistemas de Estados Unidos OBDBr-2
Administração dos injeção e ignição adota OBD II (60% dos veículos
Recursos do Ar da de passageiros e
Califórnia) Incorporado comerciais leves)
o catalisador

1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020


Implantação Implantação
Adoção do OBDI EU exige do sistema do sistema
sistema de mandatório EOBD OBDBr-1 OBDBr-3
Recirculação na Califórnia em todos os (40% dos veículos
dos Gases de veículos que de passageiros e
Escape (EGR) utilizam comerciais leves)
Petróleo
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
A denominação OBD deriva do inglês “On Board Diagnostics” que significa
“Diagnóstico Embarcado” executado pelas ECUs.
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
As especificações iniciais estavam contidas em documentos da SAE (Normas SAE
Jxxxx)

Quando da sua aplicação parcial, nos EUA em 1996, a especificação original permitia
a visualização de uns 36 parâmetros de funcionamento.

A partir do ano 2000 a responsabilidade pela manutenção e evolução da Norma


OBDII passou para a ISO (International Standard Organization).

A partir de 2004, e para sistemas com protocolo CAN, o número de parâmetros de


funcionamento aumentou para mais de 100.
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
Todos os componentes de entrada e saída, sensores e atuadores são supervisionados
e verificados de forma similar a como é feito nos sistemas OBD-I, mas com uma
abrangência maior.

• É verificada permanentemente, a plausibilidade das informações recebidas dos


sensores.
• Controle de emissões de poluentes;
• Economia de combustível;
• Eficiência/precisão no diagnóstico;
• Histórico de falhas, histórico de impactos;
• Configuração no final de linha;
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
Requerimentos do Padrão OBD-II:

• Conector de diagnóstico padronizado;

• Lâmpada de diagnóstico;

• Possibilidade de obter os códigos armazenados na memória, e parâmetros de


funcionamento do motor (temperatura, rotação pressão do coletor, etc.) no
momento em que foi detectado o defeito, através de equipamento de diagnóstico
padrão (“scanner” genérico).
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
Lâmpada indicadora MIL – Mulfunction Indicator Lamp

• A lâmpada de diagnóstico OBDII é identificada com a sigla MIL (Malfunction Indication


Lamp).
• Por lei, esta luz no painel de instrumentos só pode ser usada para indicar um problema atual.
Assim, não pode ser usada, por exemplo, para relembrar as revisões periódicas, ou
identificar um erro no sistema Airbag.
• Segundo a norma OBDBr-2 é identificada com a sigla LIM (Lâmpada Indicadora de Mau
Funcionamento).

Lâmpada MIL
OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito

J1962
Cabo OBD
DB9 16-pin

Ligação entre os conectores


OBD (On-Board Diagnostics)
Conceito
OBDIII

• É possível dizer que o Sistema OBDIII vai ser a evolução do OBDII tendo inspeção wireless, ou
seja, via satélite.
• Em que a sua grande inovação será a diminuição de tempo que normalmente existe entre a
avaria e a sua reparação.

Sistema OBDIII em comunicação por satélite


OBD (On-Board Diagnostics)
K-Line (ISO 9141)
A norma ISO 9141 define um protocolo de comunicação para transmissão de dados
através de um ou dois fios.

A taxa de transmissão é da ordem de 10,4 kbps com comprimento de mensagem de


11 bytes e mecanismo de detecção de erro checksum de 8 bits.

A atribuição de pinagens no conector DLC (Diagnostic Link Connector) está disponível


na linha “K” (pino 7) e na linha “L” (pino 15).

A ferramenta de diagnóstico transmite um sinal de “wake up” através destas linhas


para as ECUs quando querem iniciar a comunicação.
OBD (On-Board Diagnostics)
K-Line (ISO 9141)
O fluxo de dados é bidirecional entre a ferramenta de diagnóstico e a ECU através da
linha “K”.

Já a linha “L”, em alguns casos, funciona somente unidirecionalmente.

É utilizado somente durante a inicialização para carregar endereço ou dados com


padrão “wake up” de uma ferramenta de diagnóstico para a ECU. Seu formato é uma
onda quadrada de frequência uniforme e nível de tensão variável (12 Vcc ou 0 Vcc).
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
O KWP 2000 (Keyword Protocol 2000) é um protocolo baseado na norma ISO 14230,
projetado originalmente para diagnose de ECUs que suportam este modelo de
comunicação em veículos.
Pode, também, ser empregado como interface de gravação de softwares em ECUs.
Basicamente, a estrutura de uma mensagem no KWP 2000 é constituída de três
partes (campos) principais: campo de Cabeçalho (máximo de 4 bytes), campo de
Dados (máximo de255 bytes) e Checksum (1 byte).
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
O campo Cabeçalho é formado pelas seguintes partes:

• Fmt (Format Byte): possui 1 byte composto por 6 bits que representam
informações (L5...L0) e dois bits com informação de endereçamento (A1, A0);
• Tgt (Target Address Byte): traz o endereço de destino da mensagem utilizado junto
com o endereço fonte;
• Src (Source Address Byte): é o endereço físico da ECU que está transmitindo a
mensagem;
• Len (Length Byte): indica a quantidade de bytes de dados que serão transmitidos
no campo Data Bytes, que pode chegar a até 255 bytes.
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
O campo de dados (Data Bytes) traz os dados da mensagem, sendo o primeiro byte
deste campo a identificação do serviço (Sid).

O checksum é colocado no final do frame, sendo a soma de todos os bytes da


mensagem, excluindo-se ele próprio.
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
Exemplo de uma arquitetura de diagnose baseada no protocolo KW2000, onde um
barramento interliga as ECUs que suportam este modelo de comunicação, bem como
a ferramenta de diagnóstico (Tester) que fará interface com as ECUs através do
barramento e dos serviços de diagnóstico suportados pelo protocolo.
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
O conceito de funcionamento do KWP 2000 é elaborado a partir de um esquema
cliente/servidor, onde a ferramenta de diagnóstico é o cliente que solicita
informações para as ECUs servidoras.

Primitivas de comunicação entre elementos no KWP2000, onde a ferramenta de


diagnóstico sempre inicia o processo de comunicação através de uma solicitação à
camada de transporte e, em seguida, o fluxo de comunicação bedece aos padrões
OSI.
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
As primitivas básicas de comunicação são: solicitação (request), indicação
(indication), resposta (response) e confirmação (confirmation).
OBD (On-Board Diagnostics)
KWP2000 (Keyword Protocol 2000)
Exemplo de fluxo de mensagem do KWP 2000, no qual é apresentada uma solicitação
de diagnose (Tx) e uma resposta da ECU (Rx).
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
O Protocolo UDS é especificado na norma ISO 14229;

Assim como o protocolo KWP2000, foi projetado originalmente para diagnose de


ECUs que suportam este modelo de comunicação em veículos.

É uma evolução do KWP2000 a qual incorporou serviços e diretrizes semelhantes


afim de padronizar com outros protocolos.

É um protocolo de comunicação serial que utiliza a rede CAN como meio para a troca
de informações entre o Tester (Cliente) e as ECUs (Servidores).
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
É baseado na camada OSI.
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
O protocolo UDS utiliza-se do conceito de serviços e sub-serviços (assim como
KWP2000) para requisitar e/ou enviar informações às ECUs.
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
O formato das mensagens podem ser divididas em mensagem de endereço físico
(quando é enviado para uma ECU determinada) ou endereço funcional (quando é
enviada broadcast e todas as centrais que suportam o serviço respondem ao Tester)

FÍSICO
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
O formato das mensagens podem ser divididas em mensagem de endereço físico
(quando é enviado para uma ECU determinada) ou endereço funcional (quando é
enviada broadcast e todas as centrais que suportam o serviço respondem ao Tester)

FUNCIONAL
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
Diagrama de Fluxo da mensagem:
OBD (On-Board Diagnostics)
UDS (Unified Diagnostic Services)
Diagrama de Fluxo da mensagem:
Referências Bibliográficas

JUNIOR, Helio Taliani. Estudo dos protocolos de comunicação


das arquiteturas eletroeletrônicas automotivas… Monografia
apresentada ao curso de Pós-Graduação em Engenharia de
Processos Industriais, São Caetano do Sul, 2012.
Referências Bibliográficas

ISO 14230 – KWP2000 Protocol – ISO Standard


Referências Bibliográficas

ISO 14229 – UDS Protocol – ISO Standard

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