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AVALIAÇÃO FACIAL E DISFUNÇÕES

ESTÉTICAS
Avaliação Facial

SOBRE A FACULDADE

Propósito
 Mudar a vida das pessoas para melhor.

Missão
 Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e
na vida.

Visão
 Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-
Estar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regio- nal, nacional e
internacional.

Valores
 Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e
influenciando mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
 Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da
empresa, diferenciando nossos beneficiários no merca- do competitivo.
 Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as
regulamentações e legislações vigentes.
 Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os
bons relacionamentos.
 Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e ca-
pazes de justificar as nossas ações e decisões.
Avaliação Facial

Caro aluno,

É importante que você siga as orientações da aula online, faça os exercícios e


as tarefas propostas para que possa ter um melhor aproveitamento.
Avaliação Facial

SUMARIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................7
FISIOLOGIA E ANATOMIA DA PELE ....................................................................... 9
Avaliação Estética Facial .......................................................................................... 9
Anatomia Da Pele ....................................................................................................... 9
Funções Da Pele ......................................................................................................... 9
Características Da Pele ............................................................................................. 10
AS CAMADAS QUE COMPÕEM A PELE................................................................ 11
1. Epiderme .............................................................................................................. 11
Células Da Epiderme: ............................................................................................... 13
2. Derme ................................................................................................................... 14
Substância Fundamental ........................................................................................... 14
Elementos Fibrosos................................................................................................... 15
Células Da Derme: .................................................................................................... 15
Elementos Glandulares Da Derme ............................................................................ 15
Anexos Cutâneos ...................................................................................................... 16
3. Hipoderme............................................................................................................ 18
Noções Básicas Da Fisiologia Da Pele ..................................................................... 18
Queratinização .......................................................................................................... 19
Permeabilidade Cutânea .......................................................................................... 19
Penetração x Absorção ............................................................................................. 20
Vias De Penetração E Reabsorção Percutânea........................................................ 20
AVALIAÇÃO ............................................................................................................. 21
Avaliação E Classificação Da Pele ........................................................................ 21
Biotipos Cutâneos Por Helena Rubstein ............................................................... 21
Pele Eudérmica Ou ¨Normal¨ .................................................................................... 21
Pele Seborréica Ou ¨Oleosa¨ .................................................................................... 22
Pele Alípica Ou ¨Seca¨ .............................................................................................. 22
Pele Mista.................................................................................................................. 23
Pele Sensível ............................................................................................................ 23
Dezesseis Tipos Cutâneos Por Leslie Balmman .................................................. 24
Pele Desidratada ..................................................................................................... 25
Anamnese ................................................................................................................ 26
Meios Para A Definição Do Biotipo Cutâneo ........................................................ 26
Avaliação Facial

Características Que Permitem A Classificação Da Pele ...................................... 27


Lubrificação ............................................................................................................. 27
Hidratação ................................................................................................................ 27
Grau De Envelhecimento ........................................................................................ 28
Escala De Glogaw ................................................................................................... 28
MARK RUBIN ........................................................................................................... 29
Nível 1 ....................................................................................................................... 29
Nível 2 ....................................................................................................................... 29
Nível 3 ....................................................................................................................... 29
PIGMENTAÇÃO ....................................................................................................... 30
Análise Dos Fototipos Cutâneos ........................................................................... 31
Fototipos (Fitzpatrick) ................................................................................................ 31
Lesões Elementares Da Pele .................................................................................. 32
Lesões Primárias Por Alterações De Cor .............................................................. 32
Manchas Vásculo-Sanguíneas ............................................................................... 33
Lesões Sólidas ........................................................................................................ 33
Lesões Líquidas ...................................................................................................... 34
Lesões Cancerígenas ............................................................................................. 35
Distúrbios Da Glândula Sebácea ........................................................................... 36
Seborréia ................................................................................................................... 36
Características Da Pele ............................................................................................. 36
Localização ............................................................................................................... 37
Etiologia .................................................................................................................... 37
Evolução.................................................................................................................... 37
Acne Vulgar ............................................................................................................. 38
Características .......................................................................................................... 38
Patogenia .................................................................................................................. 38
Os Quatro Fatores Envolvente ............................................................................... 39
Hipercornificação Ductal ........................................................................................... 39
Aumento Da Secreção De Sebo ............................................................................... 39
Microorganismos (Bactérias) ..................................................................................... 39
Inflamação ................................................................................................................. 40
Classificação Dos Graus De Acne ......................................................................... 40
Localização ............................................................................................................... 41
Rosácea.................................................................................................................... 42
Avaliação Facial

Como Se Desenvolve ................................................................................................ 42


Clínica Da Rosácea ................................................................................................... 42
Tratamento ................................................................................................................ 43
Millium ...................................................................................................................... 44
Quadros Clínicos Semelhantes Aos De Acne ........................................................... 44
Acne Por Agentes Endógenos .................................................................................. 44
Acne Por Agentes Exógenos..................................................................................... 44
REFERENCIAS ......................................................................................................... 45
Avaliação Facial

INTRODUÇÃO

A beleza muda sempre, e muda dentro de cada indivíduo. Sendo assim,


quando se está bem emocionalmente a beleza se exterioriza naturalmente. Quando o
estado emocional está abalado, há que se fazer um esforço e encontrar motivação
para buscá-la.
Durante séculos a constante preocupação com a aparência, padrões de beleza
impostos pela mídia, associada com o desejo da eterna juventude, vem fazendo com
que o mercado da estética aumente cada dia a sua demanda de produtos cosméticos
e tratamentos. Gerações de homens e mulheres procurando por tecnologias,
tratamentos e produtos avançados que possam lhe oferecer a aparência perfeita.
A palavra estética nas línguas ocidentais é originada do grego, que significava
sensação, percepção. Teve sua origem no século XVIII, com Aesthetica, obra em dois
volumes do filosofo alemão Baumgarten (1714-1762) e nessa época, significava
apenas teoria da sensibilidade, de acordo com a etimologia da palavra grega:
aisthesis. Baumgarten foi um dos principais representantes do Iluminismo, o primeiro
a usar o termo estética. Tradicionalmente a estética é entendida como o ramo da
filosofia que estuda o belo e as bases da arte (CALDAS FILHO, 2008).
Na Idade Média, a estética passou a ser estudada separadamente dos ramos
filosóficos, sendo amplamente estudada por Kant e por Hegel (1999), em “Cursos de
Estética” elaborados por eles.
Hegel acreditava que a beleza muda visualmente e de aspecto, através dos
tempos e essa mudança depende da cultura e da visão do mundo em determinada
época (CHIES, 2008).
Segundo Façanha (2003), o aparecimento ou acentuação dos sulcos,
principalmente em colo e pescoço, queixo duplo, perda da definição da linha
mandibular, queda das sobrancelhas, rugas frontais e glabelares, excesso de pele nas
pálpebras superiores e inferiores com acentuação das bolsas de gordura se da
através da queda das estruturas da face. Este processo pode variar em maior ou
menor intensidade, assim como as manchas senis, melasmas, sardas e outras
disfunções pigmentares da pele.
Nesta apostila iremos abordar a avaliação estética, um recurso importante para
qualquer início de tratamento. Além de individualizar e criar um tratamento específico
para cada caso, pode também evitar problemas relacionados ao tratamento,

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Avaliação Facial

procedimento. Primeiramente é feita uma entrevista, em que o profissional irá abordar


uma ficha de anamnese junto ao paciente/cliente questionado se há algum problema
de saúde, alguma patologia, cirurgias, medicações controladas, hábitos diários, etc.
Abordaremos também o melhor e mais seguro método de avaliação das
disfunções estéticas faciais. Essa avaliação norteará os futuros tratamentos que serão
aprendidos ao longo da especialização.
Uma avaliação estética bem feita garante sucesso nos resultados, além de
reduzir e inviabilizar as possíveis intercorrências no seu tratamento.

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Avaliação Facial

FISIOLOGIA E ANATOMIA DA PELE

Avaliação Estética Facial

Anatomia Da Pele

A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano, atingindo 16% do peso


corporal. Recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção
epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem
mesodérmica, a derme.
Abaixo da derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da
derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e união com os órgãos
subjacentes.

Funções Da Pele

A pele reveste a epiderme, protege o organismo contra a perda de água por


evaporação (dessecação) e contra o atrito.
Cumpre funções vitais no organismo, e a sua falta parcial ou total pode ser
incompatível com a vida, como o demonstram os grandes queimados. Além disso,
através das suas terminações nervosas, está em comunicação constante com o
ambiente e por meio dos seus vasos, glândulas e tecido adiposo, colabora no termo
regulação do corpo. A figura abaixo mostra um corte histológico da pele com a
sobreposição celular.

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Avaliação Facial

Características Da Pele

 Suas glândulas sudoríparas participam da excreção de várias substâncias.


 Um pigmento que é produzido e acumulado na epiderme, a melanina, tem
função protetora contra os raios ultravioleta.
 Na pele se forma vitamina D3 pela ação da radiação ultravioleta do sol, a partir
de precursores originados na epiderme.
 Possuindo linfócitos na derme e células apresentadoras de antígenos na
epiderme, a pele tem importante papel nas respostas imunitárias do
organismo aos alérgenos que entram em contato com ela.
 O limite entre a epiderme e a derme não é regular, mas caracteriza-se pela
presença de saliências e reentrâncias das duas camadas que imbricam e se
ajustam entre si. (Imbricar = diz-se do órgão ou parte do mesmo que estando
muito próximo dos vizinhos, é parcialmente coberto pelo anterior e cobre o
subseqüente. Como as telhas do telhado ou as escamas do peixe).
 As projeções da derme recebem o nome de papilas dérmicas.
 Na pele observam-se várias estruturas anexas, que são os pêlos, unhas e
glândulas sudoríparas e sebáceas.
Na sua macroestrutura podemos constatar:
- é porosa, ou seja, apresenta orifícios denominados folículo piloso ou óstio.
- sua cor pode variar, dependendo da quantidade de melanina.
- sua espessura depende da região anatômica, idade e sexo.
- recoberta por pêlos, menos na palma das mãos, sola dos pés e parte dos genitais.
- mede em um adulto, mais ou menos 1,50m e pesa 16% do peso corporal.

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AS CAMADAS QUE COMPÕEM A PELE:

1. Epiderme

É constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Além


desse epitélio, que constitui sua maior parte, a epiderme apresenta ainda três tipos de
células: os melanócitos e as células de Langherans e de Merkel.
A espessura e estrutura da epiderme variam com o local, sendo mais espessa
e complexa na palma da mão e planta do pé. Apresenta as seguintes camadas:

Estrato córneo

Epiderme
Epitélio
Estratificado

Camada Papilar
da Derme

a) Camada basal - constituída por células prismáticas ou cubóides


repousando sobre nítida membrana basal que separa a epiderme da derme. Os
queratinócitos e os melanócitos (na proporção de 10 para 1) são as células dessa
camada que repousam em fileira única. Essa camada é também chamada de
germinativa.
 Apresenta intensas atividades mitóticas, sendo responsável pela constante
renovação da epiderme.
 Calcula-se que a epiderme humana se renova cada 20 a 30 dias.
b) Camada espinhosa - constituída por quatro a oito fileiras de células
poligonais cubóides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central com pequenas
expansões citoplasmáticas que contêm tonofibrilas partindo de cada uma das células
adjacentes.
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Avaliação Facial

Essas expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantêm unidas através


dos desmossomas, o que dá à célula um aspecto espinhoso.
As tonofibrilas e desmossomas têm importante função na manutenção da
coesão das células da epiderme e, conseqüentemente, na sua resistência ao atrito.
 De fato, observa-se que, quanto maior a ação de pressões e fricções sobre a
epiderme, maior é a sua camada espinhosa.
 Possui o corpo de Malpighi, que é responsável pela produção de anticorpos.
 Os queratinócitos reproduzem-se rapidamente e ganham os andares
superiores, originando assim a terceira camada.
c) Camada granulosa - é caracterizada pela presença de células poligonais
com núcleo central, nitidamente achatadas, em cujo citoplasma são observados
grânulos grosseiros e basófilos.
São os grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana e
vão contribuir para a constituição do material interfilamento da camada córnea.
Além desses grânulos, esta célula secreta outros, envolvidos por membrana,
de substância fosfolipídica associada a glicosaminoglicanas. Estes grânulos são
expulsos das células e formam uma camada de substância intercelular que age
vedando esta camada de células, impedindo a passagem de compostos, inclusive a
água, entre elas.
As células da camada granulosa e também as da parte mais alta da camada
espinhosa apresentam uma camada protéica, elétron-densa, com 10nm de
espessura, presa à superfície interna da membrana celular. Este material protéico
confere grande resistência à membrana celular.
d) Camada lúcida - constituída por uma delgada camada de células
achatadas, hialinas, cujos núcleos e organelas desaparecem.
O citoplasma consiste em numerosos filamentos compactados e envolvidos por
material elétron-denso.
 Ainda se pode ver desmossomas entre as células.
 Mostra-se translúcida daí o nome de camada lúcida.
e) Camada córnea - tem espessura muito variável e é constituída por células
achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células apresenta-se cheio de
substância córnea eprotéica, a queratina.
 Essa proteína é constituída por cadeias protéicas ricas em ligações dissulfeto.

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Avaliação Facial

 As células dessa camada estão unidas pela graxa epicutânea, que já vinha
sendo produzida pelos queratinócitos desde a camada espinhosa.
 Esta camada é composta pelas camadas córnea compacta e córnea
disjunta.

Células Da Epiderme:

Melanócitos: são células que se originam da crista neural do embrião e


invadem a pele entre a 12ª e a 14ª semana de vida intra-uterina.
 Célula da pele produtora de melanina
 Localizada na epiderme, sobre a membrana basal
 Mantém contato com os queratinócitos
 Seu número é igual em todas as raças ao nascimento
 Produz dois tipos de melanina: eumelanina e feomelanina
 As radiações U.V aumentam a produção de melanina
Células de Langherans: encontram-se localizadas em toda a epiderme e entre
as células epiteliais, porém são mais freqüentes na camada espinhosa.
As células de Langherans fazem parte do sistema imunitário, podendo
processar e acumular na sua superfície os antígenos cutâneos, apresentando-os aos
linfócitos.
 Origina-se de células precursoras trazidas da medula óssea, pelo sangue.
Células de Merkel: estas células existem em maior quantidade na pele
espessa da palma das mãos e planta dos pés. Na base das células de Merkel notam-
se terminações nervosas, algumas em forma de disco.
Sugere-se que estas terminações são de natureza sensorial, recebendo
impulsos das células de Merkel, tidas como mecanorreceptores.
 Esta interpretação, porém, não é universalmente aceita.
 Alguns pesquisadores admitem que as células de Merkel sejam secretoras de
hormônio.

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Avaliação Facial

2. Derme

A derme é constituída por tecido conjuntivo denso (derme reticular) e por


tecido conjuntivo frouxo (derme adventicial: derme papilar, derme perianexial e ao
redor de vasos e nervos).

 Derme papilar: é a porção superior que acompanha as depressões da


epiderme; é delgada; superficial; possui fibrilas especiais de colágeno que
teriam a função de prender a derme à epiderme;
 Derme reticular: é a camada mais abaixo, que vai até a hipoderme; é espessa;
mais profunda. Essas duas camadas (papilar e reticular) têm limites pouco
distintos.
Ambas as camadas contêm muitas fibras elásticas responsáveis, em parte,
pelas características de elasticidade da pele.
A derme é constituída pela substância fundamental e por elementos
fibrosos, principalmente fibras colágenas e fibras do sistema elástico.

Substância Fundamental

Na substância fundamental encontram-se principalmente o ácido hialurônico, e


os sulfatos de condroitina, heparan e de dermatan, todas substâncias altamente
hidrófilas. *(Hidrófilo= ávido de água; que a absorve bem.).

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Elementos Fibrosos

Grande parte do colágeno encontrado na derme é do tipo I (derme reticular) e


do tipo III (derme adventicial, correspondendo às fibras de reticulina).
O colágeno do tipo IV é visto fazendo parte das membranas basais da
epiderme, dos anexos e dos vasos.
O colágeno confere resistência à pele; as fibras elásticas, elasticidade, e a
substância fundamental, resistência à compressão.

Células Da Derme:

A principal célula responsável pela produção da grande maioria dos elementos


fibrilares e não-fibrilares da derme é o fibroblasto.
Outras células que podem ser encontradas em pequeno número na derme, em
condições normais, são histiócitos/macrófagos, linfócitos e mastócitos.
 A epiderme não é vascularizada, de modo que os nutrientes a ela chegam por
difusão, provenientes de vasos da derme papilar.
 Além dos vasos sanguíneos e linfáticos e nervos, também são encontradas na
derme as seguintes estruturas derivadas da epiderme: pêlos, glândulas
sebáceas e sudoríparas e unhas.

Elementos glandulares da derme

Glândulas sudoríparas - São encontradas em toda a pele, excetuando-se


certas regiões, como a glande. Participam ativamente da regulação térmica do corpo,
auxiliam a flexibilidade da pele e também na excreção renal. Estas glândulas podem
ser de dois tipos:

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a) glândulas sudoríparas écrinas - encontram-se dispersas por toda a pele,


mas existindo em maior quantidade na palma das mãos e na planta dos pés. Secretam
diretamente na epiderme.
b) glândulas sudoríparas apócrinas - são glândulas volumosas e se
encontram nas axilas, em torno dos mamilos e nas regiões pubiana e anal.
Desembocam, em geral, nos folículos pilosebáceos e não diretamente na superfície
epidérmica como a glândula écrina.
Glândulas sebáceas - Localizam-se por todo o corpo, exceto nas regiões
palmares e plantares. Seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos
folículos pilosos, com ou sem pêlo.

 Seu tamanho é inversamente proporcional ao tamanho do pelo presente no


folículo correspondente. Assim as maiores glândulas se localizam na fronte e
no nariz.
A secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios que contêm
triglicérides, ácidos graxos livres, colesterol e seus ésteres.
 A atividade dessas glândulas é nitidamente influenciada por hormônios
sexuais; sendo assim, na puberdade, aumenta sua atividade em cinco vezes.
Após a puberdade, elas voltam à atividade normal e só vão decair depois dos
70 anos nos homens e depois da menopausa nas mulheres.

Anexos Cutâneos

Os anexos cutâneos da pele compreendem os folículos pilossebáceos, as


glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas (já descritas) e o aparato ungueal.

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Avaliação Facial

Folículo pilosebáceo

Apresenta uma porção responsável pela produção do pêlo (folículo piloso),


ao qual se conectam, mais superiormente o duto da glândula sudorípara apócrina
(presente somente em algumas regiões do corpo), logo abaixo desta, a glândula
sebácea, e mais inferiormente, o músculo eretor do pêlo.
O folículo piloso é dividido em três segmentos:
1. Inundíbulo (porção superior, tendo como limite inferior à glândula sebácea);
2. Istmo (cujo limite superior é a glândula sebácea);
3. Segmento inferior (abarcando toda porção inferior ao músculo pilo-eretor;
compreendendo o bulbo piloso, porção dilatada onde se encontram as células
matrizes do pêlo e os melanócitos; apresenta área invaginada em que se
encaixa a papila do pêlo).

1.folículo piloso 2. bulba pilosa 3. raíz del pelo 4. bulba 5. papila 6. glándula sebácea 7. músculo erector
| Corte transversal: 1. capa de huxley 2. capa de Henle 3. médula 4. corteza/cortex 5. cutícula

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Avaliação Facial

3. Hipoderme

A derme adventicial tem continuidade com septos fibrosos (feixes conjuntivos)


que dividem a hipoderme ou tecido gorduroso subcutâneo em lóbulos gordurosos
(“lojas”, nas quais contêm células adiposas.).
Pode-se encontrar na hipoderme parte dos folículos pilosos e glândulas
sudoríparas. É um tecido rico em gordura e vasos sanguíneos.
A hipoderme é a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as
estruturas na qual se apóia. Dependendo da região em estudo e do grau de nutrição
do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que,
quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo.
Como o gordura é bom isolante térmico, o panículo adiposo proporciona
proteção contra o frio.

Noções Básicas Da Fisiologia Da Pele

As propriedades físico-químicas da pele são de grande importância para o


profissional de estética desenvolver seu trabalho.
Não podemos visualizar a pele como uma unidade anatômica e histológica
simplesmente, mas sim compreender que ela está em constante e ininterrupta
renovação celular.
Para entendermos melhor o mecanismo do trabalho epidérmico, precisamos
definir e explicar alguns conceitos:

Camada Epicutânea

Através da renovação celular (queratinização), a pele descama-se


naturalmente.
Normalmente ela não se apresenta branca ou esfarelada, nem áspera ao tato,
pois as escamas que se soltam são englobadas pela secreção sudoral e sebácea,
secreção esta que constitui o “cosmético natural” ou a também chamada camada
fisiológica.
A camada fisiológica é denominada camada epicutânea.
A camada epicutânea é invisível a olho nu.

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Avaliação Facial

Esta camada situa-se sobre a epiderme e é formada por água, suor e sebo.
A camada epicutânea subdivide-se em:

Camada gasosa - ou manto aéreo, que é constituída de três elementos:


a) vapor de suor - o suor é expelido pela glândula sudorípara écrina,
diretamente na epiderme e pela glândula sudorípara apócrina através do folículo. Na
superfície, ele (o suor) se evapora.
b) água - no processo de queratinização das células epidérmicas, ocorre à
evaporação gradativa de água, proveniente da desidratação do citoplasma dessas
células; (perda transepidérmica de água).
c) anidro carbônico - procedente do metabolismo celular cutâneo, que é
eliminado parcialmente na superfície.

Camada emulsionada - ou manto hidrolipídico, composta de duas camadas:


a) camada lipídica - constituída pelo sebo (ácidos graxos).
b) camada líquida - constituída de suor (eletrólitos), através da perspiração
insensível.
Para que haja essa emulsificação, ou seja, esse cosmético natural, é preciso a
ação das três substâncias tensoativas fundamentais- a água, o suor e o sebo.

Queratinização

É o processo pelo qual se produz a queratina.


Podemos dizer que a queratinização (ou ceratinização ou corneificação) é o
processo pelo qual os queratinócitos (células epiteliais) se transformam em células
córneas, isto é, células que sofreram uma progressiva desidratação do seu
citoplasma, com decomposição gradual do mesmo e do núcleo, num período
aproximado de 26 a 30 dias.

Permeabilidade Cutânea

Um dos desafios dos cosméticos é romper uma das principais funções da pele:
a barreira epidérmica.
Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de absorver e
agregar ativos, ou seja, quaisquer substâncias. A barreira epidérmica é formada por

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Avaliação Facial

três tipos de estruturas tem como finalidade proteger o organismo da penetração de


agentes químicos, físico e bacteriológicos.
 Manto lipídico: mais superficial, situado sobre a capa córnea.
 A própria capa córnea que é muito importante, por conter muito lipídio e
queratina, possuindo uma permeabilidade seletiva.
 Extrato lúcido: é a parte mais profunda e compacta da capa córnea, onde
encontraremos a verdadeira barreira epidérmica.

Pela própria permeabilidade natural da pele, em relação aos tratamentos,


utilizamos procedimentos auxiliares conhecidos do esteticista como: massagens,
aquecimento, iontoforese, etc, para penetração de um cosmético ou de algum de seus
componentes.
Uma via de penetração importante é o folículo pilo-sebáceo, pois as
substâncias entram pelo folículo, alcançam a glândula sebácea e, através dela,
chegam à derme.
Podemos dizer que temos em nossa cabine condições de fazer um bom
trabalho de penetração de produtos, permitindo melhor permeação cutânea.

Penetração X Absorção

Penetração: processo de aquisição e armazenagem entre as camadas da


epiderme de substâncias aplicadas externamente, que provocam efeitos locais.
Absorção: processo de passagem transcutânea de substâncias aplicadas
externamente, atingindo a derme e admissão de parte destes produtos pelos vasos
sanguíneos ou pelos vasos linfáticos, provocando conseqüentemente efeitos
sistêmicos (sobre o organismo em geral ou em órgãos distantes).

Vias De Penetração E Reabsorção Percutânea:

a) TRANSFOLICULAR: através dos folículos sebáceos e pilo-sebáceos


b) INTERCELULAR: o caminho intercelular (entre as células)
c) TRANSCELULAR: passagem através das células
d) TRANSANEXIAL: através dos orifícios dos canais sudoríparos e/ou folículo
piloso. As glândulas sebáceas são consideradas as vias de maior penetração
cutânea.

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Avaliação Facial

AVALIAÇÃO

Avaliação E Classificação Da Pele

Os tratamentos faciais dependerão de um fator primordial: a adequada e


correta avaliação do tipo de pele (biótipo cutâneo).
Saber avaliar corretamente os tipos de pele e suas subclassificações é ter
certeza de que 50% do resultado positivo já está garantido; para isso a observação
deve ser feita por meio de lupa, lâmpada de Wood, apalpação, levantamento histórico
do indivíduo, bem como sua saúde; os outros 50% ficam divididos entre a realização
do procedimento e a manutenção que o cliente deve fazer no seu dia a dia. Portanto,
a avaliação deve ser o mais completa possível.

Biotipos Cutâneos Por Helena Rubstein

Pele Eudérmica Ou ¨Normal¨

Possui uma textura lisa e suave, flexível. Os orifícios pilossebáceos são pouco
visíveis, e as secreções sebáceas e sudoríparas estão em equilíbrio.
Caracteristicamente, assemelha-se à pele infantil.

Cuidados: não estimular as secreções, manter a hidratação e a normalidade


da pele.
Orientações: proteção diária contra agentes externos: sol, frio e poluição.
Influências: idade, saúde e hábitos.

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Avaliação Facial

Pele Seborréica Ou ¨Oleosa¨

A pele seborréica é untuosa e brilhante devido ao aumento das secreções


sebácea e sudorípara, geneticamente determinadas. Sua espessura está aumentada
e a textura é granulosa. Os orifícios pilossebáceos estão aumentados e há tendência
ao tamponamento folicular (formação de comedões).

Cuidados: controlar as quantidades sebáceas, controlar os orifícios e eliminar


o aspecto oleoso.
Orientações: controlar o fluxo de oleosidade e higiene adequada.
Influências: desequilíbrio endócrino, perturbações hepáticas, puberdade,
menopausa.

Pele Alípica Ou ¨Seca¨

A pele alípica é muito fina e seca à custa de produção sebácea insuficiente. O


conteúdo aquoso pode estar normal. Em geral apresenta telangiectasias e tendência
à rosácea (rosaceiformes).

Cuidados: devolver maciez e elasticidade com medidas preventivas e


protetoras
Orientações: reforçar o fator de hidratante natural
Influências: sol, vento e frio; loções alcoólicas, higienização inadequada e
distúrbios hepáticos e glandulares.

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Avaliação Facial

Pele Mista

Este tipo de pele é uma variação da pele oleosa. Caracteriza-se pela


associação de áreas seborréicas com áreas de pele seca ou normal. Na zona T da
face (nariz, queixo, e testa), predominam as áreas seborréicas, enquanto o restante
da face normalmente apresenta pele seca ou normal.

Cuidados: diferenciação no tratamento cosmético.


Orientações: controlar a oleosidade na região central e proteção contra os
agentes externos.
Influências: tratamento cutâneo inadequado, problemas glandulares,
digestivos e nutritivos.

Pele Sensível

Além dos aspectos da pele lipídica, soma-se a tendência ao eritema ativo ou


passivo por agressões climáticas, cosméticos ou agentes naturais como por exemplo
a água.

Cuidados: controlar a quantidade sebácea identificando os agentes


agressores e procurando evitá-los. Desenvolver a resistência da pele.
Orientações: controlar o fluxo de oleosidade, higiene adequada e
preocupações constantes com os agentes agressores,
Influências: desequilíbrio endócrino, perturbações hepáticas, puberdade,
menopausa, limpeza forçada e o emocional.

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Avaliação Facial

Dezesseis Tipos Cutâneos Por Leslie Balmman

1- Oleosa, sensível, não-pigmentada e propensa a rugas.


São peles difíceis de bronzear, avermelhadas e poros abertos. As rugas
costumam ser precoces.
2- Oleosa, sensível, não-pigmentada e firme.
É a pele que ruboriza facilmente há presença de telangectasias. Nota-se
manchas vermelhas que descascam, sobre tudo em torno do nariz. Neste tipo de pele
as rugas costumam aparecer após os 40anos.
3- Oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas.
É a pele que bronzeia fácil, mas costuma apresentar muita acne e dermatite.
As primeiras rugas aparecem por volta dos 20anos.
4- Oleosa, sensível, pigmentada e firme.
Este tipo de pele apresenta alta incidência de acne, geralmente acompanhada de
inflamações. É propensa a alergias e, nas pessoas claras, a sardas e manchas de sol.
5- Oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas.
Tem aparência lustrosa, com poros largos. .A acne é incomum.
6- Oleosa, Resistente, Pigmentada e Firme.
Mais comum em negros, é a pele que brilha, principalmente em fotografias. Nas peles
claras nota-se maior incidência de sardas e manchas.
7- Oleosa, resistente, não-pigmentada e propensa a rugas.
Brilho moderado na face, pouca acne, mas as rugas são precoces.
8- Oleosa, resistente, não-pigmentada e firme.
Dificilmente apresenta manchas, vermelhidão ou ressecamento. O bronzeamento
também é difícil devido à falta de pigmentação.
9- Seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas.
Muito fina e seca, apresenta irritações e vermelhidão com muita frequência.
10- Seca, sensível, pigmentada e firme.
Pele mais sujeita a eczemas, dermatites e descamações. Muitas vezes pode
apresentar manchas ásperas e grossas no rosto e no pescoço.
11- Seca, sensível, não-pigmentada e propensa a rugas.
Ressecada, avermelhada, áspera e sem brilho. A acne é moderada, os vasos são
aparentes na face e as rugas são geralmente precoces.
12- Seca, sensível, não-pigmentada e firme.

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Avaliação Facial

Pele seca, com descamações, vermelhidão e coceiras. Sujeita a alergias e ao


aparecimento de espinhas ocasionais.
13- Seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas.
Sem acne, alergias, irritações ou rugas até os 40anos. É um tipo de pele que bronzeia
facilmente.
14- Seca, resistente, pigmentada e firme.
Seca, com descamações no rosto e no pescoço. Pode apresentar sarda ou manchas
de sol.
15- Seca, resistente, não-pigmentada e propensa a rugas.
Pele muito clara, típica do norte da Europa. Delicada, não costuma apresentar sarda
ou manchas.
16- Seca, resistente, não-pigmentada e firme.
É a pele típica de loiros ou morenos claros. O bronzeamento é raro em virtude da
ausência de pigmentação.

Pele Desidratada

A pele desidratada se deve a um grau de embebição inferior ao normal,


condição muitas vezes mediada pelo clima, como os ventos e o frio, além da umidade
atmosférica baixa. A pele é uma interface onde as trocas com o meio ambiente são
uma constante. O estrato córneo, produto da diferenciação epidêmica, forma uma
eficiente barreira entre o meio externo e os tecidos internos. A quantidade de perda
de água transepidérmica é uma boa medida desta função de barreira. Quando esta
perda é muito elevada, observamos peles desidratadas,xeroses, ictioses, pruridos,
xeroderma e eczema.
Em ambientes úmidos e quentes a pele, em geral, é mais lubrificada e
“embebida¨, as vezes com aspecto ¨pegajoso¨. Já em ambientes secos e/ou frios, a
pele perde água, em troca com o ambiente, ficando assim desidratada. Apresenta-se
ressecada, com descamação fina e, muitas vezes, de aspecto ¨apergaminhada¨
mimetizando rugas finas (falsas rugas, pois não há alterações dérmicas). Uma pele
desidratada mostra-se ¨quebradiça¨e opaca. A pele hidratada se mostra túrgida, lisa,
viçosa, e de consistência elástica, agradável ao toque.

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Avaliação Facial

Anamnese

A anamnese é clássica, com ênfase aos hábitos de exposição solar ao longo


da vida, no histórico endocrinológico, que pode requerer exames complementares e,
no histórico familiar, especialmente em relação aos cânceres de pele.

Meios Para A Definição Do Biotipo Cutâneo

 Visualização ótica sem aparelho


 Palpação mediante o tato
 Lupa
 Lâmpada de Wood
 Medidor de hidratação da pele
 Palpação: fornecerá dados quanto aotônus da musculatura, ao grau de
hidratação e à superfície (espessura/textura).
 Lupa: de grande auxílio para a ampliação e melhor percepção dos detalhes,
no exame físico.
 Lâmpada de Wood (luz negra, irradiação ultravioleta através de vidro de óxido
de níquel); é um instrumento rotineiramente usado na investigação diagnóstica da pele
e dos cabelos. Quando as ondas de luz ultravioleta são emitidas, ocorre uma
fluorescência visível através da lâmpada de Wood e o pigmento epidérmico se destaca
enquanto o mesmo não acontece com o pigmento dérmico.
 Dermatoscópio: conhecido como ¨microscópio de superfície¨, o
dermatoscópio é arma importante no arsenal diagnóstico do dermatologista. Nos
diagnósticos das lesões pigmentares é peça fundamental, na diferenciação de
tumores benignos, lesões pré-malignas e de lesões malignas – incluindo o melanoma.
 Fotografia: o dermatologista trabalha com vários órgãos sensoriais, onde se
destacam a visão e o tato. A fotografia é recurso fundamental, pois ¨capta¨ o que os
olhos vêem e registram aquele momento da pele. As vantagens são inúmeras, tanto
para o paciente, quanto para o médico (autocrítica dos resultados) e como valor
científico em demonstrações casuísticas didáticas e publicações.
Atualmente, as máquinas fotográficas digitais tornam os trabalhos de
documentação e arquivamento mais fáceis, por permitirem gravação em CDs.

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Avaliação Facial

Nota: do ponto de vista legal, cabe lembrar que, nos casos de documentação de
defesa ou acusação, em processos judiciais, somente se aceitam como provas as
fotografias obtidas com equipamento tradicional.

Características Que Permitem A Classificação Da Pele

1. Produção sebácea - lubrificação


2. Grau de hidratação
3. Espessura/Textura
4. Grau de Envelhecimento
5. Tônus dos músculos
6. Lesões Elementares - pigmentações

Lubrificação

A lubrificação é aferida pelo óleo ou sebo produzido pelas glândulas sebáceas


e também pela emulsão resultante deste sebo com sudorese, o que é definido como
NMF (Normal Moisturizing Factor) ou FNH (Fator Normal de Hidratação), o cosmético
natural que promove hidratação ao reter água na camada córnea.
O grau de oleosidade da pele varia com as alterações climáticas e com as
emoções. Em tempo quente e úmido quando a pele transpira mais, ela parecerá mais
oleosa do que em clima seco e frio.
O grau de untuosidade varia também nas diferentes regiões da face. Há uma
concentração muito maior de glândulas sebáceas na região frontal, dorsonasal e
mento do que nas outras regiões.

Hidratação

A hidratação é dada pela capacidade do estrato córneo de reter a água que se


ingere. É também determinada pelas trocas de camada córnea com o meio ambiente.
Um ambiente úmido faz com que a camada córnea se embeba, absorvendo água da
atmosfera, em quanto em um ambiente de clima seco há perda de água pela camada
córnea, desidratando a pele. Aí a explicação das diferenças nas características de
uma mesma pele em climas diferentes. A camada córnea normalmente contém 10%
a 30% de água. Sempre que o conteúdo hídrico da camada córnea for menor que

27
Avaliação Facial

10%, a pele, clinicamente, será desidratada. A diminuição da hidratação cutânea é o


resultado da evaporação da água do estrato córneo para o meio ambiente, exterior,
quando as condições de umidade ambiental baixam.Para manter a epiderme
superficial em condições de hidratação normal, tal evaporação deverá ser
compensada por um aporte de água apartir das camadas mais profundas da epiderme
e da derme.

Grau De Envelhecimento

A avaliação do grau de dano solar busca as alterações pigmentares, o número


de ceratoses solares ou epiteliomas ou mesmo outros tipos de câncer, o grau de
rítides induzidas pelo sol e a presença ou ausência de poiquilodermia.
Deve-se distinguir as rugas associadas com exposição solar das dinâmicas,
associadas ao movimento e a expressão, como pregas, sulcos gravitacionais e ¨vincos
de dormir¨ (sleep lines).
De acordo com a evolução das rugas temos:
a) Rugas Dinâmicas: São visíveis apenas quando realizamos mímica facial;
b) Rugas estáticas: São visíveis mesmo que não haja expressão facial;
c) Rugas Gravitacionais: Caracterizam-se por presença de flacidez de pele.
Para a classificação de envelhecimento utilizamos a escala de Glogaw e Mark Rubin.

Escala de Glogaw:

Tipo I - Sem rugas


 Idade entre 20 e 30 anos
 Discretas alterações na pigmentação
 Sem ceratoses
 Rugas ausentes ou mínimas

Tipo II: Rugas ao movimento (Dinâmicas)


 Idade entre 30 e 40 anos;
 Lentigos senis precoces visíveis;
 Ceratoses palpáveis, mas não-visíveis;
 Linha paralela ao sorriso começando a aparecer;

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Avaliação Facial

Tipo III: Rugas em Repouso (Estáticas)


 50 anos ou mais/Discromia evidente
 Ceratoses visíveis/•Telangiectasia
 Rugas presentes, mesmo sem movimentos
 Aspecto abatido, sempre cansado

Tipo IV: Apenas Rugas (Gravitacionais)


 Idade entre 60 ou 70
 Pele amarelo-acinzentada
 Telangiectasia
 Ceratoses visíveis
 Discromias
 Lesões malignas cutâneas anteriores

MARK RUBIN

Nível 1

Os sinais clínicos de envelhecimento se dão somente pelas alterações da


epiderme. As anormalidades mais evidentes decorrem de alterações da pigmentação
e textura, como efélides, lentigos e superfície rugosa com camada córnea mais
espessa.

Nível 2

Alterações da epiderme e derme papilar, e normalmente estão relacionados a


problemas de pigmentação. Pacientes possuem os mesmos sinais clínicos do nível
anterior, porém com alterações de textura e pigmentação mais marcantes, com
queratoses actínicas e seborreicas, lentigos senis e aumento das rugas, notadamente
na região Peri orbital e lateral ao sulco naso labial, onde se mostra atrófica.

Nível 3

Os sinais clínicos são decorrentes de alterações da epiderme, derme papilar e


derme reticular. Forma mais avançada de lesão por foto exposição e está associada
as alterações dos níveis anteriores. O paciente tem rugas mais visíveis.

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Avaliação Facial

PIGMENTAÇÃO

Na coloração da pele intervêm fundamentalmente duas cores: 1) a


proporcionada pela melanina e 2) a dos pigmentos sangüíneos – hemosiderina.
A pigmentação melânica da pele é geneticamente determinada, e é determinante da
maior ou menor tolerância de um indivíduo à exposição solar, que é cumulativa e tanto
maior quanto maior a concentração melânica da pele.
Sua classificação é comumente feita em fototipos de acordo com Fitzpatrick
(tabela abaixo). No Brasil a classificação de Fitzpatrick se torna aparentemente
inadequada pela imensa miscigenação racial que nos dá a oportunidade de observar
peles visivelmente muito claras com alta capacidade de bronzeamento, assim como
peles escuras com leucodermia gutata e até queimaduras solares em peles
melanodérmicas (fototipo VI).
A quantidade de radiação ultravioleta B, altamente carcinogênica, incidente
sobre a Terra, é regida por diversos fatores, sendo os mais importantes o ângulo em
relação ao sol, latitude, ozônio atmosférico, aerossóis e a cobertura de nuvens. Peles
escuras, com maiores concentrações de melanina, têm maiores condições de
sobrevivência em ambientes com altas concentrações de radiação ultravioleta do que
as peles claras. Também, exulcerações devidas a danos agudos pela radiação
ultravioleta em indivíduos de pele clara predispõem a um índice aumentado de
infecções, o que dá vantagem seletiva aos indivíduos de pele escura.
No indivíduo jovem, a pigmentação se mostra, ao exame, uniforme. Nas áreas
cronicamente expostas à radiação ultravioleta nos indivíduos de fototipos I a IV,
encontramos, entre as diversas alterações, as melanoses actínicas e a leucodermia
gutata. O rubor excessivo, determinado pela hemosiderina, é mais freqüente nas peles
de fototipos I e II, e é chamado de coupe rose pelos franceses, muito comum nas
peles dos indivíduos de ascendência anglo-saxônica, o que denuncia
hipersensibilidade ou hiperexcitabilidade vascular e determina, cuidados específicos,
ás peles rosaceiformes.
Apesar de não terem sido demonstradas diferenças quantitativas entre os
melanócitos dos diferentes grupos éntico-raciais, os melanócitos de indivíduos de
peles mais escuras produzem maior quantidade de melanina e seus melanócitos
freqüetemente demonstram respostas exageradas e lábeis às agressões cutâneas.

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Avaliação Facial

ANÁLISE DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS

Fototipos (Fitzpatrick)

I - Sempre queima, nunca bronzeia


II - Sempre queima, bronzeia pouco
III - Bronzeia muito, queima pouco
IV - Bronzeia sempre, nunca queima
V - Altamente pigmentada
VI - Negro.

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Avaliação Facial

Lesões Elementares Da Pele

No desempenho de suas atribuições, o profissional de saúde depara-se com


lesões e reações que ocorrem na superfície da pele. Ao observar lesões específicas,
como nos casos das neoplasias cutâneas, o profissional de estética deverá adotar a
atitude ética de não proceder a diagnósticos e sim, encaminhar o cliente a um
especialista da área. Por isso, é necessário ampliar seus conhecimentos para realizar
seu trabalho com segurança.
De acordo com a literatura, as lesões elementares da pele consistem em
modificações que alteram a estrutura e a aparência da pele, decorrentes de processos
metabólicos, inflamatórios, circulatórios, embrionários ou degenerativos. Essas lesões
podem ser divididas em primárias secundárias.

Lesões Primárias Por Alterações De Cor

ACROMIA
(ausência
Albinismo
de
LEUCODERMIA pigmento)
HIPOCROM
DISCRÔMICAS Ptiríase (pano
IA (déficit de
Ausência ou do branco)
MANCHAS Pigmento)
excesso de
Alterações da Melanodérm
melanina ou de
coloração da ica (excesso
outros pigmentos Efélides (sardas)
pele, mais ou de
na pele.
menos melanina)
HIPERCROMIA
limitadas, sem Não-
relevo ou Melanodérm
Tatuagens
depressão ica (outros
pigmentos)
VÁSCULO
Eritema
SANGUÍNEAS
Exantema
Alteração da cor da
Telangiectasias
pele decorrente da
Purpúricas
circulação

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Avaliação Facial

Manchas Vásculo-Sanguíneas

Dilatação dos vasos sangüíneos,


ERITEMA decorrentes inflamatórios ou por
telangiectasias.

Manchas com evolução rápida,


EXANTEMA
terminando por descamação.

Dilatação dos vasos sanguíneos sob a


TELANGIECTASIAS pele, que apresentam um aspecto
tortuoso

Pequenas e grandes hemorragias dos


PURPÚRICAS
capilares dérmicos

Lesões Sólidas

Elevação sólida com menos de 1,5 cm


PÁPULAS
de diâmetro (sem pus)

Formação sólida, de 0,5 cm a 1 cm de


NÓDULOS
diâmetro, que pode ser saliente

Pápulas ou nódulos que evoluíram,


TUBÉRCULOS
causando uma cicatriz

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Avaliação Facial

Lesão em forma de couve-flor, de


VEGETAÇÃO consistência sólida, mas à palpação é
mole

Lesão em forma de couve-flor de


VERRUCOSIDADE
consistência dura.

Lesões Líquidas

Elevações da pele cheio de líquido


VESÍCULAS
com um diâmetro inferior a 0,5 cm

BOLHAS Elevações da pele maior que 1cm

Elevação da pele de até 1cm de


PÚSTULA
diâmetro, contendo pus

Elevação maior que 1 cm de diâmetro


ABSCESSO contendo pus

HEMATOMA Coleção de sangue na pele

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Avaliação Facial

Lesões Cancerígenas

Em suas atividades, profissionais de saúde deparam-se com diversas lesões


cutâneas que precisam ser identificadas para que possam ser tomadas as devidas
providências.
Caso suspeite de alguma lesão, o profissional deve ter o bom senso de não
alarmar seu cliente e encaminhá-lo ao dermatologista, tendo o cuidado de explicar-lhe
que apenas o médico poderá avaliar aquela lesão. Essa atitude é extremamente
importante, pois muitas vezes a intervenção precoce facilita o processo de controle e
até mesmo a cura.

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Avaliação Facial

Distúrbios Da Glândula Sebácea

As glândulas sebáceas, as quais secretam sebo sobre a pele, estão localizadas


na derme, camada da pele situada imediatamente abaixo da camada superficial
(epiderme). Os distúrbios das glândulas sebáceas incluem a acne, a acne rosácea, a
dermatite perioral e os cistos sebáceos.

Seborréia

Seborréia é uma doença do funcionamento da glândula sebácea marcada por


um aumento na quantidade, e muitas vezes uma alteração da qualidade das
secreções das glândulas sebáceas. Com seborréia, a glândula sebácea produz
excesso de sebo, no qual se acumula

Características da pele

 Oleosa
 Bilhante
 Levemente eritematosa e espessada
 Óstios dilatados

Quando muito intenso, o sebo chega a escorrer, em mistura com o suor. Do


folículo pilo-sebáceo extrai-se, pela compressão, o chamado filamento seborréico,
esbranquiçado, vermiculado, constituído de gorduras, células córneas e detritos.
Quando mais espesso e consistente, denomina-se comedão.

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Avaliação Facial

Localização

Em áreas onde há maior número de glândulas sebáceas: sulco nasogeniano,


asas do nariz, região esternal, espaço interescapulovertebral, couro cabeludo e
pavilhão auricular e retroauricular.

Etiologia

Surge na puberdade e está estritamente ligada à exacerbação na produção de


andrógenos.
Fatores determinantes: constitucional e hereditário.
Fatores agravantes: alimentos – carboidratos e gorduras – distúrbios psíquicos.

Evolução

Não existe uma causa específica para a seborréia. Às vezes ela ocorre quando
o corpo sofre alterações hormonais. Na puberdade há um aumento dos andrógenos
testiculares, ovarianos e da supra-renal. Sua maior ocorrência é por volta dos 18 anos;
após essa idade, há uma melhora gradual. Idoso – no idoso pode haver picos
androgênicos, com posterior aparecimento de quadro seborréico.
Algumas pessoas com seborréia não têm uma quantidade suficiente de certos
componentes do complexo B na sua dieta

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Avaliação Facial

Acne Vulgar

Acne vulgar ou juvenil, é uma das doenças da pele (dermatoses) mais


freqüentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes. É uma afecção que atinge o
conjunto pilossebáceo (pêlo e glândula sebácea).

As lesões surgem na puberdade e acometem ambos os sexos, tendo um maior


pico de incidência dos 14 aos 17 anos nas mulheres, e dos 16 aos 19 anos nos
homens.

Características

Caracteriza-se por comedões (cravos), pápulas, pústulas e nas formas mais


graves, por abscessos, cistos e cicatrizes em graus variáveis.
Em alguns casos, as lesões são mínimas, quase imperceptíveis e assim
permanecem por toda adolescência. Em outros, as lesões tornam-se mais evidentes,
perturbando a qualidade de vida e desencadeando ou agravando problemas
emocionais.
Existem também casos em que as lesões podem ser tão extensas, que
precisam obrigatoriamente de cuidados médicos, pela sua gravidade.

Patogenia

As lesões da acne são decorrentes da obstrução dos folículos pilossebáceos,


em decorrência de:
Aumento da produção e secreção sebácea;
Hiperqueratinização com obstrução do folículo pilossebáceo e proliferação e ação
das bactérias;
Reação inflamatória local.

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Avaliação Facial

Os Quatro Fatores Envolvente:

Hipercornificação Ductal

O aumento da camada córnea da pele (a parte mais superficial e lisa) composta


pelos queratinócitos pode ser estimulado pelos hormônios masculinos (andrógenos)
e pelo efeito de irritação causado pelos lipídeos ("gorduras").
O efeito de irritação dos lipídeos ocorre quando estes se movem através do ducto, e
o acúmulo dos lipídeos leva à formação de comedões abertos (cravo preto) ou
fechados (cravo branco).

1. Folículo piloso

2. Comedão fechado

3. Comedão aberto

4. Pápulas

5. Pústulas

Aumento Da Secreção De Sebo

A atividade seborreica é dependente dos hormônios sexuais masculinos.


O aumento de produção do sebo além de estar relacionado com o aumento de
produção do hormônio, depende também da quantidade de receptores existentes nas
células dos órgãos (chave e fechadura!). Se você quiser entender melhor, participe
posteriormente do módulo sobre hormônios e receptores.

Microorganismos (Bactérias)

Propionybacterium acnes (P. acnes)


Propionibacterium granulosum
Propionibacterium avidum
Staphylococcus epidermides
Malassezia furfur (Pityrosporum)

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Avaliação Facial

Inflamação

Resulta de substâncias (mediadores biologicamente ativos) produzidas pelo P.


acnes, que se difundem no folículo. Exemplo das substâncias:
Enzimas que incluem três proteases, interleucinas e citocinas;
Lipases;
Fatores quimiotáticos.

Classificação Dos Graus De Acne

Aumento da secreção sebácea com produção


de cilindros comedogênicos, acompanhados da
Comedão
formação de tampões córneos de queratina que
aberto
ocluem transitoriamente o poro que permance
aberto e visível, sendo de fácil extração
Grau I

Maior acúmulo de sebo que vai distendendo o


Comedão folículo piloso. O poro, que é pouco visível, está
fechado obstruido por um duro tampão de queratina de
difícil extração. Pode inflamar-se ou infectar-se

Relevo na pele esbranquiçado se não há


inflamação e avermelhado quando houve
Pápula
Grau II ruptura da parede do folículo piloso com
inflamatória
passagem do material retido para a derme
levando à inflamação
Até aqui todas as manifestações da acne são totalmente reversíveis e podem ceder
com tratamentos de higienização adequada diária e profissional, sem deixar
sequelas.

40
Avaliação Facial

Ocorre a infecção por Pytirosporum


acne ou por streptococo. Há severa
Grau II Pústulas
alteração da pele e é provável que
deixe seqüelas

Caso severo de acne com pústulas


confluentes, altamente infecciosas. Ha
Formação grande padecimento cutâneo com
Grau III
de crostas formação de crostas e às vezes
pequenas escaras. Geralmente deixa
seqüelas
Existe grande retenção sebácea e
infecção na parte profunda da pele,
Nódulos ou originando assim, por acúmulo de sebo
Grau IV
cistos e pus, cistos dolorosos de 2, 3 ou mais
centímetros. Há necessidade de
tratamento com antibióticos.
Neste grau predominam manifestações
Grau V Fulminante sistêmica como febre e poliartralgia.
Intervenção médica.

Localização

Compromete, principalmente, face, região anterior e posterior do tórax, pois são


áreas ricas em glândulas sebáceas.

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Avaliação Facial

Rosácea

É uma doença vascular inflamatória crônica, caracteriza-se por eritema,


telangiectasias (vasos finos avermelhados), edema e pápulas, que podem ser
acompanhados por pústulas e nódulos. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e
50 anos de idade. É mais freqüente em mulheres e, em geral, o quadro é mais extenso
e moderado. Formas mais localizadas e graves são encontradas mais comumente nos
homens. Raramente é observado o diagnóstico em negros.

Como Se Desenvolve?

A origem da rosácea ainda não é conhecida. Vários fatores têm sido apontados,
tais como:

Predisposição constitucional
Doença gastrointestinal
Hipertensão
Fatores psicogênicos
Seborréia
A presença de agentes infecciosos

Clínica Da Rosácea

A rosácea desenvolve-se em zonas seborréicas, na porção media da face e,


em algumas formas intensas, chega a tomar toda a face. Seu desenvolvimento é lento
e insidioso e o quadro leva anos para se instalar.
Os pacientes com rosácea apresentam uma predisposição para a ruborização
e vermelhidão. Conhecem-se diversos factores desencadeantes, como o calor, o frio,
a radiação ultravioleta, as emoções, o álcool, as especiarias ou as bebidas quentes.
A ruborização após a ingestão de água, café ou chá quentes deve-se ao aquecimento
faríngico do sangue que passa para o hipotálamo através da troca térmica contra-
corrente, envolvendo a jugular e as artérias carótidas. A hipertermia em doentes com
rosácea provoca uma diminuição do fluxo de sangue do rosto para o cérebro. A
disfunção parece ser um problema microcirculatório das veias angulares faciais (Vena
facialis sive angularis), que estão envolvidas no sistema de arrefecimento sanguíneo

42
Avaliação Facial

do cérebro. Isto pode provocar congestão venosa e problemas de termo-regulação.


As veias angulares faciais drenam as zonas do rosto mais afectadas pela rosácea,
incluindo a conjuntiva. Isto pode explicar o envolvimento frequente dos olhos. Uma
disfunção vascular pode ainda estar na origem do aumento de enxaquecas em
doentes com rosácea.

A pele com rosácea reage normalmente a diversos químicos vasoativos, como


a cafeína, ou a quimiomediadores como a epinefrina, a acetilcolina ou a histamina.

Tratamento

Não há tratamento curativo para a rosácea. O programa terapêutico empregado


varia com o estágio e a gravidade da doença. Todos os agravantes ou
desencadeantes devem ser afastados, como bebidas alcoólicas, exposição solar,
vento, frio e ingestão de alimentos quentes.
A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos
e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e peelings.
Os agentes antimicrobianos apresentam-se efetivos no tratamento.
Como a radiação ultravioleta é um desencadeante importante, é fundamental
enfatizar o uso de filtros solares cotidianamente no rosto, escolhendo o produto mais
adequado para cada tipo de pele.

43
Avaliação Facial

Millium

Os cistos epidérmicos são os mais frequentes e resultam da proliferação de


células da epiderme dentro da derme, o que pode ser devido a uma tendência
genética. O milium é um micro cisto epidérmico, de localização mais superficial, de 1
a 2 milímetros de diâmetro.
Em seu interior há formação de pequena massa queratinosa. Localizam-se nos
2/3 superiores da face, particularmente na região periorbitária, e também na genitália.

Quadros Clínicos Semelhantes Aos De Acne

As erupções acneiformes consistem em quadros clínicos semelhantes aos de


acne, provocadas pela ingestão ou contato com agentes desencadeadores de acne.
Esses agentes podem ser endógenos ou exógenos.

Acne por agentes endógenos

Presença de comedões e pápulas nas faces de lactentes


Acne infantil
e crianças jovens.
Traumatismo do rosto devido a estados psicóticos ou
Acne escoriada
neuróticos
Acne medicamentosa Hormônios, halogênios,

Acne por agentes exógenos

Após exposição aos raios solares ou uso de cremes


Acne solar
antiactínicos.
Devido ao uso de cosméticos que ocluem o óstio
Acne cosmético
folicular.
Quando aplicados na pele por quaisquer motivos
Acne dos corticóides
(colírios, cremes, etc.).
Acne dos
Contato de óleos lubrificantes insolúveis com a pele
hidrocarbonetos

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Avaliação Facial

REFERENCIAS

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