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CURATIVOS

Profº. Enfº. Fábio Augusto


Procedimentos de Enfermagem no
Sistema Tegumentar
Curativo
• Definição:
É o tratamento dispensado a uma região com solução de continuidade
(lesão), a fim de prevenir uma contaminação.

• Finalidades:

• Prevenir ou tratar a infecção


• Facilitar a cicatrização
• Facilitar a drenagem
• Proteger a ferida
• Aliviar a dor
Tipos de Curativos:

A escolha do curativo depende do tipo de ferida,


estágio de cicatrização e processo de cicatrização de
cada paciente. Os aspectos da ferida com relação à
presença de inflamação, infecção, umidade e condições
das bordas da ferida devem ser avaliados.
Tipos de Curativos:

a) Aberto: Curativo em feridas sem infecção


onde podem permanecer sem proteção de gaze.
• Ex.: ferida cirúrgica limpa.
b) Oclusivo ou fechado: Curativo que após a
limpeza e aplicação de medicamento, é coberto
com gaze e fixado com esparadrapo ou atadura
de crepe, nas feridas com fístulas pode-se irrigar
com soro fisiológico com auxílio de uma seringa.
C-) Compressivo: Indicado para estancar
hemorragia ou vedar uma incisão.
Produtos mais usados no tratamento
de feridas
Observações: Não são permitidas para fins de
antissepsia os seguintes produtos:
Mercúrio cromo, mertiolate, acetona,
quaternários de amônio, líquido de Dakin
(solução de hipoclorito de sódio a 0,5%), éter e
clorofórmio, conforme Portaria 930/92 do
Ministério da Saúde.
NOME INDICAÇÕES OBSERVAÇÕES
O iodo é bactericida, fungicida, esporicida e
PVP-I – Tópico: É diluído em solução viruscida, pois destroem as proteínas. Elemento
aquosa, utilizado para anti- indispensável à sobrevida dos microrganismos.
sepsia de feridas e mucosas. O iodo em combinação com o PVP raramente
provoca reações alérgicas.
PVP-I – Degermante: É diluído em As reações que podem acontecer: hipertermia,
solução aquosa associado a um erupções cutâneas generalizadas e de diversos
tipos.
detergente neutro. Limpeza de
PVP-I Manter ao abrigo da luz.
feridas sujas. Degermação mãos No caso de usar solução degermante em ferida
(Polivinilpirrolidona
– iodo) e braços, descontaminação de contaminada, deve ser lavada com S.F. 0,9%,
campo operatório. antes de aplicar o tratamento.

PVP-I – Tintura: É diluído em solução


alcoólica a 70%. Usado para
anti-sepsia de pele íntegra na
preparação de área operatória.
Degermante: degermação das mãos,
braços, descontaminação de campo
operatório, limpeza de feridas
contaminadas. Germicida, mais ativo contra bactérias gran-
Clorexidina positivas. Não tem propriedades virucidas.
Alcoólica: antissepsia de pele íntegra na
preparação de área operatória
NOME INDICAÇÕES OBSERVAÇÕES

Utilizada para limpeza de qualquer tipo de


Solução
ferida Não é antisséptico, mas pode ser usado como
Fisiológica a 0,9%
Não irrita nem retarda a cicatrização coadjuvante com outros agentes.
(morna)
Enzima extraída do leite do mamão verde,
Ação proteolítica, antiinflamatória e comercializada em pó ou pomada
bactericida É inativada em contato com substâncias como
Estimula o processo de granulação Iodo, Ferro e Oxigênio
Papaina Remoção de tecido necrosado e Deve ser armazenada em geladeira ou freezer
secreções em frasco bem vedado
Aumento da força tensil da cicatriz Preparar a enzima no momento do curativo,
Diminui a formação de queloide. diluindo-o em água bidestilada ou SF 0,9%.

Acelerador da cicatrização nas lesões


como: úlceras de pressão, isquêmicas e
AGE (Ácidos
diabéticas, infectadas ou não Apresentação em forma de solução e spray
Graxos
Promove desbridamento Indicação: Em granulação, bordas e periferia
Essenciais)
Estimula a formação do tecido de
granulação
NOME INDICAÇÕES OBSERVAÇÕES
A ação da Prata é bactericida
É hidrossolúvel promovendo a hidratação local
Promove a cicatrização e desbridamento
A troca deve ser diária
Cuidado com apele ao redor da lesão, pois
Sulfadiazina de Tratamento de queimaduras pode causar maceração da pele íntegra
Prata a 1% Diminui a dor local

Em granulação e hipergranulação, bordas e


periferia.

Mantem o meio úmido e acelera a


cicatrização.
Gaze não Reduzem a aderência ao leito da ferida,
aderente permitem o extravasamento do exsudato
e minimizam o trauma tecidual durante a
remoção.
Curativo
pronto *

Curativo
pronto

Curativo
pronto *

Curativo
pronto *
Curativo
pronto

Curativo
pronto
Curativo
pronto

Curativo
pronto *

Curativo
pronto *

Aplicar a pomada com uma


espessura de 2 mm sobre a
área lesada

Curativo
pronto
Curativos prontos
• Hidrocolóides: São constituídos de 2 camadas: uma externa de
espuma, impermeável à água e outros agentes, outra interna com
partículas que interagem com o exudato da ferida formando um gel
macio e úmido. Acelera o processo de epitelização e elimina tecido
necrótico, mas não deve ser usado em feridas infectadas. Não
necessita de gazes ou esparadrapos e pode permanecer por até 7
dias. Estão disponíveis no mercado nas formas de placas, pastas e
grânulos.

• Carvão ativado: Cobertura de ferimento estéril já preparado


industrialmente e impregnado com nitrato de prata, fechado em
toda a extensão. É indicado para feridas infectadas, purulentas,
com ou sem odor, escaras, gangrenas e outras. Coloca-se após a
limpeza e anti-sepsia comum. É necessário curativo secundário
(gases ou compressas). O carvão não precisa ser removido a cada
troca do curativo secundário, mas não poderá permanecer mais
que 72 horas na ferida. O curativo de carvão jamais poderá ser
cortado.
Curativos prontos
• Filmes transparentes: Membrana superaderente
composta de poliuretano com certo grau de
permeabilidade. Oferece barreira para as bactérias
exógenas, impermeável a fluido e permeável a vapores
e gases. Indicado para incisões cirúrgicas, úlceras
superficiais, queimaduras 1º e 2º graus, áreas doadoras
de enxerto de pele e cobertura de pontos de
cateterização arterial e venosa. Deve ser usado em
feridas limpas.
• Curativo Hidrogel: Cobertura estéril composta por gel
de PVP em água, protegida em ambos os lados por
filme de polietileno, indicado para tratamento de
feridas limpas como as do item anterior.
Curativos prontos
• Curativo de Alginato de cálcio e sódio: Cobertura estéril, altamente
absorvente, composto de fibras de derivados de algas marinhas. Indicado
para feridas infectadas e altamente exsudativas. Em contato com o
exsudato da ferida, as fibras de alginato formam um gel macio e fibroso.
• É necessário curativo secundário e deve trocá-lo sempre que estiver
saturado. A troca do curativo de alginato pode variar de acordo com as
características da lesão, mas deve ser de preferência, diária.

• Película de celulose: Curativo biocompativel cuja origem provém da


celulose produzida pela bactéria Acetobacter xylinum. É um substituo
temporário da pele, utilizado em queimaduras e proteção das áreas
doadoras de enxerto. Não há necessidade de trocas. Aplica-se o curativo
sobre a lesão e quando o teciodo granular e epitelizar, ele irá soltar como
se fosse uma crosta.

• Curativo de látex: Membrana de látex, que é um biopolímero extraído da


seringueira. Estimula a formação de novos vasos sanguíneos
(angiogênese) e com isso, acelera o processo de cicatrização. Indicado
para úlceras crônicas. Deve ser trocado diariamente. Este é um curativo de
tecnologia exclusivamente brasileira.
Técnica do curativo

Considerações Gerais:

• Realizar o curativo em ambiente claro, limpo e sem correntes de ar


• Expor somente o local do curativo
• Fazer o curativo após a higiene corporal
• Desprezar a 1ª porção da solução no lixo próprio, antes de colocá-la na
gaze
• Despejar a solução na gaze e não diretamente na ferida
• Iniciar os curativos pelas incisões limpas, depois as infectadas e com
drenos e por último as colostomias e fistulas em geral
• Desprezar o material contaminado no saco de lixo separado para o
curativo, nunca no lixo do paciente
• Colocar na bandeja apenas as soluções específicas para o curativo a
ser feito
• Limpar a bandeja antes e depois do curativo
Técnica do curativo
Considerações Gerais:

• Usar luvas estéreis para os curativos abertos com secreção.Deve ter


sempre 1 pessoa para auxiliar a manipular os frascos e a abrir os
materiais
• Usar pacotes de gaze o suficiente para o curativo, abrir 1 pacote de
cada vez para evitar o desperdício
• Evitar conversar durante o curativo
• Dispor os materiais estéreis dentro da bandeja de tal forma que não
cruze o braço sobre o campo
• Desprezar as gazes abertas que não foram utilizadas .
• Não é recomendado levar o material de curativo no carrinho, devido ao
risco de infecção hospitalar. Deve-se levar só a bandeja
• Geralmente as feridas cirúrgicas limpas, após 24 horas da cirurgia, são
deixadas expostas
• Ao dar banho por aspersão em pacientes com curativo, geralmente é
indicado aproveitar o momento para lavar a ferida
• Os curativos devem ser trocados sempre que for observado secreção
ou sangue.
Material
Bandeja contendo:
• Pacote de pinças: 1 pinça anatômica e 1 kocher
• 1 par de luvas de procedimentos
• Frascos com solução antisséptica
• Frasco com soro fisiológico a 0,9%
• Esparadrapo ou micropore
• Fita adesiva para fixar o saco de lixo, se necessário
• Pacotes de gazes
• Saco plástico para lixo
• Forro: pano ou impermeável (se necessário)
• Quando indicados: pomadas, ataduras, seringas, cuba
rim, tesoura, bolsa de colostomia, curativos especiais
prontos, etc.
Procedimento:
• Explicar ao paciente o que será feito, isto serve para todos os tipos de
curativos
• Verificar as condições do curativo
• Lavar as mãos
• Preparar o material de acordo com o tipo de curativo
• Levar o material para o quarto e colocá-lo na mesa de cabeceira
• Descobrir a área do curativo e proteger a cama do paciente
• Prender o saco de lixo em local acessível
• Dispor os materiais
• Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para
o executante, em ordem de uso: anatômica lado esquerdo e kocher lado
direito
• Abrir o pacote de gaze, afastado da bandeja, e colocá-lo dentro do campo
• Calçar as luvas de procedimento
• Pegar uma gaze no campo com auxílio da pinça
• Despejar removedor de esparadrapo ou similar, sobre a gaze
desprezando a 1ª porção
Procedimento:
• Segurar o esparadrapo com a mão não dominante e com a outra, passar
a solução para retirar o curativo
• Retirar o esparadrapo no sentido dos pêlos
• Desprezar o curativo anterior e as luvas no saco de lixo
• Com a pinça anatômica e a kocher, fazer a dobradura da gaze dentro do
campo e segurá-la com a kocher
• Prosseguir a limpeza da ferida inicialmente com soro fisiológico (este
pode ser aplicado diretamente sobre a ferida, se houver necessidade),
obedecendo a regra do menos contaminado para o mais contaminado.
• Secar com a gaze e aplicar antisséptico conforme item anterior. Pode-se
secar o excesso de solução. Utilizar pomada ou outro produto quando
prescrito
• Cobrir com gaze e fixar com fita ou atadura crepon, se necessário
• Envolver as pinças usadas no próprio campo e encaminhá-las ao expurgo
• Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem
• Providenciar a limpeza do material
• Lavar as mãos
• Anotar no prontuário o aspecto da lesão e as soluções e pomadas
utilizadas
Observação: no caso de curativo de úlcera por pressão,
acrescentar seringa de 20 ml, agulha 40x12, cuba rim, soro
fisiológico morno e cobertura indicada
Curativos com drenos

Definição:
São tubos que podem estar posicionados na cavidade
torácica, abdominal, rins, etc, com a finalidade de drenar
fluidos, secreções e gases dessas cavidades.
• Limpar a pele ao redor com soro fisiológico e
posteriormente o dreno (menos contaminado para o mais
contaminado)
• Limpar a extensão do dreno
• Colocar uma gaze sob o dreno e outra sobre ele.
• Fixar com esparadrapo, fazendo um curativo oclusivo.
• Após a retirada do dreno fazer curativo no local até
eliminar toda a secreção.
• Anotar sempre o volume e o aspecto da secreção no
prontuário.
Técnica de curativo com colocação de
coletor de secreção:
• Fazer a anti-sepsia da pele e limpeza do dreno
conforme técnica anterior
• Introduzir o dreno com auxílio de uma pinça
dentro da bolsa de colostomia (de plástico),
através do orifício da mesma, e aderi-la na pele,
primeiro na parte inferior e depois na superior.
• A bolsa coletora, ou de colostomia deve ser
trocada sempre que necessário.
Técnica de mobilização de drenos:
• Fazer a antissepsia da pele e limpeza do dreno
conforme técnica anterior
• Retirar o ponto de segurança entre a pele e o dreno
• Tracionar o dreno conforme orientação médica
• Cortar o excesso de dreno com tesoura estéril
• Colocar um alfinete de segurança também estéril, com
ajuda de uma pinça ou luva estéril
• Terminar o curativo utilizando gazes ou coletor de
secreções
Técnica de curativo de dreno de
Kherr:
• Realizar os passos de um curativo simples até
antes da fixação
• Fazer um círculo com o dreno a partir do
orifício da a pele, fixando-o com tiras finas de
esparadrapo ou micropore.
Irrigação com ferida aberta:

• Utiliza-se seringa estéril de 20 ml, agulha 40x12,


soro fisiológico a 0,9% morno, cuba rim, luva
estéril, impermeável e toalha ou lençol.
• O paciente fica em decúbito lateral e a base da
cama protegida com o impermeável e a toalha.
• Apoiar a base na cuba rim.
• Encher a seringa de soro e irrigar pela agulha (em
jato), a ferida quantas vezes for necessário.
Curativo de intracath:
• Utilizar o seguinte material: pacote de curativo estéril, gazes,
micropore e luva de procedimento.
• Usar somente soro fisiológico ou outro antisséptico recomendado
pela CCIH;
• Lavar as mãos;
• Desprender o curativo com auxílio das luvas de procedimento;
• Fazer a antissepsia com movimentos circulares na inserção do
cateter;
• Fazer a limpeza do cateter com soro fisiológico, partindo do local da
inserção até o canhão da agulha;
• Colocar uma gaze dobrada em quatro encaixando na inserção do
cateter;
• Fixar com micropore.
Curativo de traqueostomia:

• Preparar o material: luvas de procedimento, luva


estéril, gazes, soro fisiológico, cadarços limpos.
• Calçar luvas de procedimento e remover as gazes sujas
• Colocar luvas estéreis
• Limpar a incisão e a placa do tubo de traqueostomia
com soro fisiológico
• Trocar o cadarço se estiver sujo e fixá-lo conforme o
desenho abaixo
• Utilizar gazes, adaptando-as sob a aba do tubo de
traqueostomia, de modo que a incisão seja coberta.
Curativo de ostomias:
• Ostomia é um desvio do intestino para o exterior, feito
cirurgicamente em conseqüência de problemas no trato
intestinal. Na abertura abdominal (estoma) será fixada uma
bolsa coletora de fezes. A bolsa coletora poderá ser aberta
ou fechada. O cuidado com a pele ao redor do estoma é de
maior importância, pois as fezes irritam a pele. Quanto
mais próximo de estômago o estoma for colocado
(jejunostomia) maior a acidez das fezes e maior o cuidado
com a pele ao redor.
• O curativo deve ser feito sempre que houver
extravasamento de fezes. A bolsa deverá ser trocada
imediatamente.
• A limpeza ao redor do estoma deve ser feita com soro
fisiológico. Não se deve usar éter para desengordurar a
pele para fixação da bolsa. Esse procedimento tira a
proteção da pele propiciando escarificação.
RETIRADA DE PONTOS
• Definição: Os pontos são fios cirúrgicos que são colocados
em uma ferida para unir as bordas da pele e promover a
cicatrização do local.
• Procedimento: Lavar as mãos e luvas de procedimento.
Tracionar o ponto pelo nó e cortá-lo, com a tesoura de Íris,
em um dos lados junto à pele;
• Colocar os pontos, já cortados, sobre uma gaze e desprezá-
los na cuba rim;
• Fazer leve compressão no local com gaze seca. Desprezar o
material utilizado em local apropriado.
• A retirada de pontos faz parte dos cuidados de enfermagem,
e devem ser anotados o aspecto da incisão, presença de
secreções e deiscência, e o procedimento em si realizado.
Aplicações Quentes e Frias
Definição:
• A aplicação do calor compreende o uso de um
agente mais quente que a pele, podendo ser
feita sob a forma úmida ou seca.O calor age
estimulando a circulação e relaxando os
músculos.
• A aplicação do frio consiste na aplicação de
agentes mais frios que a pele. O frio diminui a
circulação no local e diminui a dor local.
Aplicações Quentes:
• Finalidades:
• Aumentar a circulação local
• Relaxar os tecidos
• Aquecer as partes frias
• Aliviar a dor
• Facilitar a supuração e reduzir a área de infecção

• Contra-indicações:

• Feridas cirúrgicas recentes


• Hemorragias
• Luxações ou torções, antes de 24 horas
• Pacientes com afecções tromboembólicas
• Pacientes hemofílicos
• Precauções:
• Crianças
• Idosos
• Pacientes inconscientes
• Pacientes com paralisia

• Bolsa de água quente (calor seco):


Material:

• Bolsa de borracha ou com gel


• Água quente
• Toalha de rosto ou fronha
• Observação: no mercado existe bolsa fechada
contendo gel no seu anterior e que pode ser
aquecida colocando-a dentro de um recipiente
com água quente. Também pode ser usada
como bolsa de gelo.
Procedimento:
• Conversar com o paciente sobre o procedimento
• Lavar as mãos
• Preparar o material
• Verificar se a bolsa está furada
• Verificar a temperatura da água, que deve estar entre 47,1 a 51,6ºC, para
adultos
• Encher a bolsa até a metade com o jarro de água quente ou diretamente
da torneira
• Retirar todo o ar, comprimindo até que a água chegue ao gargalo.
• Fechá-la bem
• Envolver a bolsa com a toalha
• Aplicar sobre a pele, onde permanecerá por cerca de 20 minutos
• Observar para não queimar o paciente
• Retirar a bolsa
• Colocar a toalha no hamper
• Esvaziar a bolsa e deixá-la pendurada de boca para baixo, depois, enchê-la
de ar, fechar e guardar (se for de borracha)
• Lavar as mãos
• Anotar o cuidado no prontuário
• Observação: a bolsa de água quente nunca
deve ser colocada diretamente sobre a pele
ou curativo úmido.
Aplicações frias
Indicações:
• Diminuir a dor
• Estancar hemorragia
• Reduzir a edema e a inflamação
• Baixar a temperatura corporal
Contra-indicações:
• Estase circulatória
• Pacientes debilitados e idosos
• Pacientes desnutridos
Bolsa de gelo (frio seco):
Material:
• Bolsa de gelo
• Fronha ou pano protetor
• Gelo picado ou em cubos
Procedimento:
• Explicar ao paciente o que será feito
• Lavar as mãos
• Preparar o material
• Colocar gelo na bolsa até a metade
• Apertar a bolsa para retirar o ar
• Colocar a tampa bem apertada e verificar se não há vazamento
• Envolver a bolsa com a fronha e colocá-la sobre a área afetada
• Deixar a bolsa até que o gelo derreta, ou até quando o paciente
tolerar
• Retirar a bolsa, esvaziá-la, lavá-la e colocá-la para secar. Enchê-la de
ar e guardá-la em local apropriado
• Colocar a fronha no hamper
• Lavar as mãos
• Anotar o cuidado prestado
• Observação: Não fazer aplicações demoradas,
pois pode provocar necrose tecidual. Observar
sistematicamente o local da aplicação, pois o
gelo contínuo pode provocar “anestesia” na
pele do paciente e até “queimar” a pele.
Compressas frias (frio úmido)
• Finalidades: Abaixar a temperatura corporal (hipertermia)
Material:
• Bacia com água fria (nunca gelada e não misturar com álcool)
• Compressas
• Toalha de banho
• Impermeável
Compressas frias (frio úmido)
Procedimento:
• Explicar o que será feito
• Lavar as mãos
• Preparar o material
• Verificar a temperatura axilar antes de iniciar o procedimento
• Expor a região inguinal, axilar e frontal do paciente
• Colocar o impermeável e a toalha para proteger o leito do paciente
• Retirar o excesso de cobertores, mas nunca deixar o paciente exposto
• Molhar e espremer as compressas colocando-as sobre as regiões
• Trocá-las em rodízio, por cerca de 15 minutos
• Verificar novamente a temperatura corporal e suspender se atingir 37ºC
• Colocar as roupas no hamper
• Manter o paciente seco e confortável
• Guardar o material
• Lavar as mãos
• Anotar no prontuário o cuidado prestado
Ataduras
• Definição: Atadura ou bandagem é uma faixa
de tecido usada para envolver e proteger
partes lesadas, fechar curativos e fixar talas.
Parte do corpo Tamanho da Atadura

Dedo 2 cm

Mão e Pé 4 a 6 cm

Cabeça 6 a 8 cm

Braço, Ombro, Torax e perna 10 a 15 cm

Quadril e Abdômen 15 a 20 cm
Finalidades

• Proteger as áreas lesadas


• Exercer pressão localizada
• Restringir ou impedir movimentos
• Fixar talas
Formas Fundamentais

• Circular: quando a volta da faixa superpõe


completamente a volta anterior. Usada nos
seguintes locais: abdômen, punho, tornozelo,
pescoço e tórax.
• Espiral: após fixação circular, a faixa vai
subindo pela parte do corpo e cada volta vai
se sobrepondo à volta anterior cobrindo-a
pela metade. Usadas nos seguintes locais:
perna, coxa, antebraço, braço e dedos.
Procedimento:

• Conversar com o paciente e explicar o que será feito


• Lavar as mãos
• Expor a área e fazer o curativo se necessário
• Colocar a atadura sobre o segmento corporal próximo à articulação
e não somente sobre o ferimento
• Correr o rolo da esquerda para a direita, abrindo-o para cima
• Iniciar o enfaixamento seguindo o sentido do retorno venoso
• Segurar a extremidade com a mão esquerda enquanto a direita
segura o rolo
• Não deixar a atadura frouxa, muito apertada ou com pregas e rugas
• A fixação final pode ser feita com esparadrapo ou fita adesiva
• Observação: para controlar as condições de
irrigação sanguínea, é necessário deixar
descoberta as extremidades (dedos das mãos
e pés).
• Verificar: Cianose, temperatura, pulso,
mobilidade.
Profº. Enfº. Fábio Augusto

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