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Nome: Marcela , Rosa , Adryellen, Elquejane, Patricia, Ester,

Andressa, Dayane, Luis , Liliane


Instituição: Grau Técnico
Professora: Searia
Disciplina: Fundamentos de Enfermagem
Data:03/07/2023 Turma:Enf15

TIPOS DE CURATIVOS

MARABÁ-PA

03/07/2023
Alginato

Portanto, suas principais indicações são:

 Feridas exsudativas, infectadas ou não;


 Áreas doadoras de pele
 Queimaduras
 Feridas com leito hemorrágico
 Feridas cavitárias (preenchimento dos espaços mortos
O alginato é um derivado da parede celular de certas algas marinhas (algas
castanhas ou marrons) encontradas em algumas costas marítimas do
planeta (imagem ao lado). Portanto essas algas são a matéria prima para a
produção dos alginatos e sua transformação em ácido algínico.

Os curativos baseados em alginato são citados na literatura há mais de três


décadas. Entretanto são raros os estudos randomizados a respeito de sua
utilização. Os cirurgiões plásticos Attwood em 1989 e O’Donoghue em
1997 publicaram que os curativos de alginato foram superiores aos demais
quando utilizados sobre áreas doadoras de enxertos cutâneos.

Quando usar

Os alginatos estão entre os curativos de escolha para as feridas que


produzem exsudato moderado ou abundante.
A conhecida ação hemostática dos alginatos também torna sua indicação
relevante para as feridas com leito sangrativo ou após os desbridamentos.
A grande capacidade absortiva do alginato associada ao seu formato
maleável e de fácil manipulação, podendo ser adaptado às mais diferentes
topografias e conformações anatômicas, torna seu uso nas feridas cavitárias
bastante animador.
O ambiente fisiologicamente úmido proporcionado pela característica
biodegradável dos alginatos é referido como um estimulante da granulação
do leito ulcerado, bem como do desbridamento autolítico.
A gelificação do alginato (consistência de gel) no leito da ferida torna a sua
retirada muito fácil e indolor por ocasião da troca, bastando para tal uma
simples irrigação com solução salina.
Os pacientes costumam confundir o aspecto “lamacento” apresentado pelo
alginato gelificado e de cor acastanhada como sinal de piora ou de infecção
da ferida.
Dica importante: não é conveniente a utilização de curativos baseados em
alginatos em feridas secas ou com muito pouco exsudato, o que poderá
provocar ressecamento indesejado do leito da ferida como também do
próprio alginato.
Isto pode tornar sua retirada difícil e traumática para o leito da ferida.

Os curativos de alginato devem ser aplicados em contato direto com a


ferida, ou seja, é um curativo primário; donde a necessidade do curativo
secundário que, entre outras coisas, se encarregará de mantê-lo no lugar.
A escolha do curativo secundário obedecerá a uma avaliação criteriosa das
características da ferida: localização, diagnóstico etiológico, necessidade ou
não de oclusão, necessidade ou não de terapia compressiva, etc.
Se a ferida evolui com diminuição importante do exsudato de tal forma que
o alginato não mais gelifica ou passa a ficar muito aderido ao leito
ulcerado, deve-se descontinuar a sua aplicação e dar continuidade com
outro tipo de curativo primário que atenda às necessidades de hidratação do
leito da ferida

Hidrogel pomada: o que é, para que


serve e como usar

O hidrogel pomada é um gel estéril capaz de absorver


água da pele, sendo indicado para o tratamento de
feridas, pois promove a remoção de tecido morto, além
da hidratação, cicatrização e proteção da pele,
ajudando a aliviar a dor no local da ferida, pois
umidifica as terminações nervosas expostas.

Essa pomada deve ser usada com indicação médica e


aplicada conforme orientação do enfermeiro, e pode
ser comprada em farmácias e drogarias com o nome
comercial Curatec Hidrogel, na forma de pomada ou de
curativo pronto para uso, ou com o nome similar,
SoloSite Hidrogel Amorfo ou Askina Gel, por exemplo.

Além disso, existem outras formulações do hidrogel


pomada contendo a substância alginato, que tem ação
antibacteriana, também indicado para o tratamento de
feridas, e pode ser encontrado com os nomes
comerciais de Curatec Hidrogel Alginato ou Dersani
Hidrogel com Alginato.

Para que serve

O hidrogel pomada está indicado para o tratamento


feridas secas, superficiais ou profundas, com ou sem
infecção, como:

 Feridas com aparência rósea, lisa e granular;

 Úlceras venosas ou arteriais;

 Escaras ou úlceras de pressão;

 Úlcera de pé diabético;

 Queimaduras de segundo grau pequenas;

 Feridas com perda parcial ou total de tecidos;

 Cortes na pele;

 Áreas pós-trauma.

O hidrogel pomada está indicado nestes casos para


promover a remoção do tecido morto da ferida e
estimular a cicatrização da pele.

Como usar

Para usar o hidrogel pomada, é importante utilizar


luvas para evitar infecção do ferimento e, antes de
usar a pomada, deve-se fazer uma limpeza da ferida
com soro fisiológico 0,9% e, secar a pele com o uso de
gaze estéril. Em seguida, aplicar o hidrogel pomada
dentro da ferida e fazer um curativo com gaze estéril.

A aplicação do hidrogel pomada deve ser feita por no


máximo 3 dias seguidos e a frequência de troca dos
curativos deve ser feita conforme orientação do
enfermeiro.

O hidrogel na forma de curativo é de uso único, não


devendo ser reutilizado e, por isso, deve ser jogado no
lixo após a troca do curativo.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais do hidrogel pomada são raros, no


entanto, podem ocorrer queimação intensa,
vermelhidão ou irritação da pele no local onde a
pomada foi aplicada, devendo ser comunicado ao
médico e enfermeiro responsáveis pelo tratamento.

Além disso, deve-se interromper o uso e procurar ajuda


médica imediatamente ou o pronto-socorro mais
próximo se surgirem sintomas de alergia ao hidrogel
pomada como dificuldade para respirar, sensação de
garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou
urticária.

Quem não deve usar

O hidrogel pomada não deve ser usado por pessoas


alérgicas ao gel da fórmula ou ao alginato, nas
pomadas que contêm essa substância.

Essa pomada também não deve ser usada para o


tratamento de queimaduras na pele de 3º grau ou
aplicada nos olhos, boca ou nariz.

Além disso, o hidrogel pomada não deve ser usado


para fins estéticos como aumentar o glúteo, coxas e
seios ou suavizar rugas e linhas de expressão. Nestes
casos, existe um hidrogel específico para fins
estéticos, que é diferente do hidrogel pomada para
tratamento de feridas.

O que é o carvão ativado?

De uns tempos para cá, o carvão ativado tem sido uma substância
muita comentada no universo da saúde e da alimentação. Diferente
do carvão tradicional, que tanto conhecemos dos churrascos, esse
material é obtido por meio da queima de elementos orgânicos,
como a madeira ou as cascas de coco.

Isso faz com que o composto se apresente como um carbono puro,


com bastante porosidade e propriedades poderosas, como o seu
grande potencial para remover impurezas. Por conta dessa função
fantástica, o carvão ativado é constantemente usado em quadros
de intoxicação alimentar, grande ingestão remédios ou demais
produtos químicos que possam prejudicar a saúde do indivíduo.

Além disso, ele pode surgir no tratamento de feridas


dermatológicas, disfunções, na composição de itens de beleza ou,
até mesmo, em produtos que prometem deixar os dentes mais
brancos. Interessante, não é?

Como o curativo de carvão funciona?

Conseguiu entender mais sobre esse componente? Então, agora, é


o momento de descobrir o que é o curativo de carvão. Como
falamos acima, há casos em que o carvão ativado pode ser usado
no tratamento de feridas e demais problemas de pele.

Mas, afinal, como esse procedimento funciona? Basicamente, esse


material é excelente para controlar o mau cheiro que, normalmente,
é causado por uma ferida — seja ela originária de um procedimento
cirúrgico ou não.
Também vale lembrar que o curativo com carvão ativado é
composto por prata, sendo envolvido em uma camada que não é
de tecido. Juntos, esses elementos conseguem impedir a
proliferação de bactérias, controlando, assim, toda a região e
impedindo que ela aumente ou se agrave.

Quando o curativo de carvão é indicado?

Cada tipo de curativo é indicado para quadros específicos — com


o carvão ativado, isso não seria diferente. Abaixo, listamos as
situações em que essa opção é mais indicada:

 feridas superficiais ou profundas;


 feridas com mau cheiro;
 feridas com exsudato;
 pés diabéticos;
 úlcera de pressão;
 carcinoma causado por fungos;
 deiscência cirúrgica, ou a abertura das suturas.
Principais vantagens

Quando utilizado na situação adequada, o curativo de carvão é


capaz de proporcionar inúmeros benefícios ao paciente. São eles:

 diminui as bactérias da região;


 absorve o exsudato, presente na ferida;
 é excelente para limpar a ferida;
 não apresenta efeitos colaterais ou riscos à saúde;
 consegue controlar o odor da ferida;
 pode ser removido com facilidade;
 é prático e confortável;
 oferece boa durabilidade, podendo ser usado por até 7 dias.
Como cuidar desse tipo de curativo?

Todo e qualquer curativo requer cuidados especiais, já que você


estará tratando de uma ferida aberta, exposta e vulnerável à
contaminação. Mas não se preocupe. Para utilizar esse produto da
melhor maneira, basta seguir alguns passos básicos:

1. molhe a região com soro fisiológico (0,9%) morno ou em


temperatura ambiente;
2. seque bem o entorno da ferida;
3. coloque o curativo sobre a ferida;
4. cubra a região com um material absorvente.

Dica: o curativo deverá ser trocado em até 7 dias. De acordo com a


gravidade da ferida, é indicado higienizar a região diariamente.
Também é fundamental ter atenção para não cortar o curativo.
Caso contrário, o carvão poderá cair na ferida, prejudicando o
tratamento.

E então, gostou de aprender o que é curativo de carvão e os seus


benefícios para o paciente? Agora que você já sabe tudo sobre o
tema, aproveite a leitura e faça uma visita à loja virtual Maconequi!

Antissépticos

Os antissépticos são produtos químicos aplicados


sobre a pele ou mucosas com o objetivo de reduzir,
eliminar ou inativar microrganismos, como bactérias,
fungos ou vírus, no momento em que são utilizados,
sendo indicados para limpeza da pele para a
preparação para cirurgias ou lavagem das mãos para
evitar o contágio de doenças.

Existem diferentes tipos de antissépticos, que


apresentam propriedades bactericidas, fungicidas e/ou
virucidas, como o álcool etílico, clorexidina ou
iodopovidona, devendo ser usados somente sobre a
pele ou mucosas conforme orientação médica, pois
podem não ser indicados na gravidez ou
amamentação, por exemplo.

Além disso, devido ao risco de efeitos colaterais, como


queimaduras na pele, dermatite de contato, irritação
na pele ou alergias, os antissépticos devem ser usados
com indicação médica e na concentração e doses
recomendadas pelo médico.
Para que servem

Os antissépticos são indicados para:

 Lavagem das mãos, para evitar o contágio de doenças;

 Desinfecção de mucosas para executar procedimentos


médicos, como a inserção de um cateter na uretra ou
bexiga;

 Desinfecção das mãos, para a preparação para


cirurgias ou procedimentos médicos invasivos;

 Tratamento de infecções da pele, da boca e da


garganta;

 Tratamento de infecções na garganta, na forma de


pastilhas ou soluções;

 Limpeza da pele do recém-nascido e do cordão


umbilical, para evitar infecções;

 Limpeza e desinfecção de feridas, cortes e


queimaduras;

 Lavagem oral na doença periodontal e na desinfecção


da boca para prevenir a pneumonia associada à
ventilação mecânica.

Devido à sua larga aplicação, os antissépticos devem


ser escolhidos mediante o objetivo da sua utilização e
recomendação médica.

Qual a diferença entre antisséptico e desinfetante?

Tanto os antissépticos como os desinfetantes são


produtos químicos, sendo que alguns possuem os
mesmos ingredientes, como o álcool etílico, por
exemplo.
No entanto, os antissépticos são utilizados sobre a
pele ou mucosas, para prevenir ou tratar infecções,
limpar feridas ou fazer a higienização das mãos antes
de cirurgias, por exemplo.

Já os desinfetantes, são utilizados para desinfectar


superfícies, objetos contaminados ou instrumentos
cirúrgicos, por exemplo, e geralmente possuem
fórmula química diferente dos antissépticos, como o
glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido peracético,
formol ou álcool isopropílico, não sendo indicados para
a aplicação sobre a pele ou mucosas.

Tipos de antissépticos

Alguns dos antissépticos mais utilizados e indicados


pelo médico, são:

1. Álcool etílico

O álcool etílico é a substância mais eficaz na


eliminação de bactérias, vírus e fungos, exercendo
uma rápida ação.

O álcool é mais eficaz na concentração de 70%, pois


contém um pouco mais de água na sua composição, o
que aumenta sua ação antimicrobiana quando
comparado ao álcool 96%.

O álcool 70% pode ser encontrado na forma líquida ou


em gel, para a higienização de mãos, do cordão
umbilical e da pele, para limpeza da pele antes da
coleta de sangue arterial ou venoso, por exemplo.
Além disso, o álcool 70% também pode ser usado na
limpeza de superfícies, devendo-se, nestes casos,
optar pela forma líquida.

Álcool em gel caseiro funciona?


Existe uma grande variedade de receitas na internet,
que ensinam a preparar álcool em gel caseiro, de
forma fácil, porém, não é recomendado fazê-lo, já que
não é possível assegurar que a concentração correta
do álcool no gel para a eliminação de todos os
microrganismos. Além disso, alguns dos ingredientes
que são adicionados nessas receitas, podem favorecer
a sua proliferação.

2. Clorexidina

A clorexidina é uma substância incolor e encontra-se


disponível em diferentes concentrações, tendo cada
uma delas várias indicações. Embora tenha uma fraca
ação contra fungos e vírus, esta solução é muito usada
na limpeza do cordão umbilical, desinfecção de
feridas, limpeza de queimaduras e como antisséptico
bucal.

Em algumas soluções, pode estar associada a um


álcool, tendo uma maior eficácia na desinfecção das
mãos e na preparação para procedimentos cirúrgicos.

3. Iodopovidona

A iodopovidona, conhecido pelo nome comercial


Povidine, é uma solução com uma cor marrom,
indicada para a desinfecção da pele intacta, do trato
urogenital interno e externo, desinfecção das mãos,
cateterização da bexiga e desinfecção da pele
danificada, como é o caso das feridas, úlceras nas
pernas, feridas superficiais e queimaduras.

Esse antisséptico é contraindicado para pessoas que


têm alergia ao iodo, sendo sempre importante
comunicar ao médico, enfermeiro ou outro profissional
de saúde, que possui alergia, de forma que o seu uso
seja evitado e seja substituído por outro antisséptico.

4. Peróxido de hidrogênio

O peróxido de hidrogênio, conhecido como água


oxigenada, é um antisséptico indicado para a limpeza
de feridas, cortes, arranhões, úlceras ou remoção de
tecidos mortos na pele. No entanto, o seu espectro de
ação é reduzido.
A concentração ideal da água oxigenada para a
aplicação sobre a pele é de 3%, o que corresponde à
apresentação de 10 volumes. O ideal é que após o uso
da água oxigenada, seja aplicado soro fisiológico 0,9%
na pele, para manter a pele limpa e hidratada.

Além disso, a água oxigenada, embora seja um


antisséptico muito usado, também não é
suficientemente eficaz na eliminação de todos os
microrganismos, sendo necessário associar a outros
antissépticos para ter eficácia.

5. Permanganato de potássio

O permanganato de potássio é um antisséptico para a


pele indicado na forma de banhos ou compressas, nos
casos de dermatites, eczema, abscessos, brotoejas,
lesões na pele com secreção, ou aliviar a coceira e
facilitar a cicatrização de feridas, como a catapora,
por exemplo, devido sua ação antibacteriana e
antifúngica.

O permanganato de potássio é encontrado na forma de


comprimidos para diluir em água, não devendo ser
ingerido por via oral, e nem usado por gravidas ou
lactantes, sendo vendido apenas com prescrição
médica, pois pode causar efeitos colaterais, como
irritação ou queimaduras na pele. Saiba como usar o
permanganato de potássio.

6. Triclosan

O triclosan é um antisséptico antibacteriano presente


em sabonetes para a limpeza da pele, especialmente
no caso de acne ou excesso de oleosidade, ou em
enxaguantes bucais, cremes dentais, desodorantes ou
loções.

Esse antisséptico é encontrado em diferentes


concentrações nos produtos, e deve ser usado com
indicação do médico ou do dentista.

Quando não usar

A não ser que seja por recomendação médica, os


antissépticos não devem ser usados em feridas
cirúrgicas ou na lavagem de feridas, em feridas
profundas ou que contenham corpos estranhos,
úlceras de pressão, queimaduras graves, mordidas de
animais ou humanos, e no banho de doentes
acamados.

Além disso, os antissépticos não devem ser ingeridos


por via oral e também não devem ser usados nos
olhos. Em caso de contato acidental com os olhos,
deve-se lavar abundantemente com água.

Os antissépticos também não devem ser usado nos


casos de alergia a qualquer componente da fórmula.

Quais os produtos que não devem ser usados

Alguns dos produtos designados popularmente por


antissépticos, que ainda circulam no mercado, mas
que não devem ser usados são o mercurio-cromo,
devido à sua toxicidade e efeitos colaterais, o éter,
devido à sua ineficácia como antisséptico, e a eosina,
que seca a pele, sendo indicado para lesões
dermatológicas não infectadas.

Além disso, o álcool em gel preparado em casa


também não deve ser usado, já que existe o risco de
não se obter uma concentração adequada para a
eliminação de microrganismos, além de alguns dos
ingredientes beneficiarem a sua proliferação.

Hidrocoloide

Uma boa opção, que deve ser considerada durante o tratamento da


ferida, é o uso do curativo hidrocoloide.
Versátil e muito fácil de aplicar e manter, ele é um grande aliado
no cuidado das feridas crônicas.
O curativo hidrocoloide é bastante conhecido entre os profissionais
de saúde e tem sido largamente utilizado no tratamento de diversos
tipos de feridas.
O que é o curativo hidrocoloide?
O curativo hidrocoloide é um tipo de revestimento terapêutico,
flexível, que contribui para um ferimento se cicatrizar em ambiente
úmido.
Ele ajuda a absorver o exsudato (líquido que sai da ferida),
promovendo a recuperação dos tecidos lesionados.
Seus componentes facilitam a cicatrização e protegem a
ferida, diminuindo a frequência da troca dos curativos.
O curativo hidrocoloide tem aspecto gelatinoso, é autoadesivo e
composto de uma camada de CMC – polímero de
carboximetilcelulose sódica – derivado sintético da celulose.
Tem ainda uma camada de poliuretano, que impede o vazamento
do exsudato e protege o ferimento de agentes externos.
Em contato com o ferimento, ele absorve os líquidos secretados e
forma um gel firme, que evita vazamentos e permite aos tecidos se
recuperarem mais facilmente.
Além disso, ao ser retirado, o curativo não fere a pele que já se
recuperou, facilitando o tratamento da ferida.
Quando o curativo hidrocoloide é indicado?
O curativo hidrocoloide pode ser utilizado em feridas que tenham
uma exsudação leve a moderada, ou seja, com pouca ou média
secreção de líquidos e pus.
É mais indicado para feridas provocadas por queimaduras de
primeiro ou segundo graus, arranhões, feridas em fase final de
cicatrização, ferimentos externos provocados por traumas, úlceras
de pressão, úlceras diabéticas, úlceras venosas, úlceras arteriais e
isquêmicas, feridas cirúrgicas, áreas doadoras de pele e rachaduras
na pele.
Esse tipo de curativo pode ser aplicado ainda na prevenção de
úlceras por pressão, se houver recomendação do médico
especialista.
Úlceras que necessitem de tratamento prolongado também podem
se beneficiar do uso do curativo hidrocoloide.

Quais são as vantagens de usar este tipo de curativo?


A utilização do curativo hidrocoloide traz muitas vantagens. A
primeira delas é criar um ambiente que favorece a cicatrização,
ao absorver o exsudato e formar um gel úmido e firme.
Além disso, por ser uma cobertura versátil, pode ser utilizado em
diversos tipos de ferimentos, inclusive em áreas difíceis de
aplicação, como cotovelos e calcanhares.
A aplicação é bastante fácil, estando disponível no mercado em
diversas espessuras e tamanhos.
Inclusive é à prova d’água e não descola facilmente, permitindo que
fique em contato com a ferida por um tempo maior.
O curativo hidrocoloide também pode ser recortado para se adequar
ao tamanho do ferimento onde será aplicado.
Pode ser considerado ainda um ótimo custo-benefício, já que as
trocas de curativo são diminuídas e ele pode permanecer em
contato com a ferida por até uma semana, se não houver saturação
pela absorção do exsudato.
Esse curativo age como se fosse uma espécie de segunda pele,
permitindo ao paciente ter mais liberdade de movimentos e maior
conforto enquanto promove a cicatrização.
Outra vantagem é que, por ser translúcido, permite a visualização
do ferimento e observação de sua evolução.
Ajuda também a verificar quando o curativo deve ser trocado, sem a
necessidade de tocá-lo ou retirá-lo do local.
Ao cobrir o ferimento, mantendo a capacidade dos tecidos
“respirarem”, são necessárias menos trocas de curativos e o risco
de infecção é diminuído significativamente.
Quando trocar o curativo hidrocoloide?
O curativo hidrocoloide deve ser trocado sempre que sua
capacidade de absorção ficar diminuída.
Isso pode ser percebido porque há uma mudança na coloração do
curativo, ocasionada pela secreção, ou exsudato, recolhida pelo gel
hidrocolóide.
De translúcida, a coloração da bandagem torna-se esbranquiçada
ou amarelada, indicando a necessidade da substituição.
Em alguns casos, se a quantidade de secreção for maior do que a
esperada, pode haver descolamento do ferimento.
Se isso ocorrer, é só substituir por um novo. No entanto, o método
mais comum é a verificação através da mudança de
coloração.
Ao entrar em contato com o curativo, o exsudato forma um gel que
exala um cheiro bastante acentuado, o que é normal.
Trata-se somente do resultado da ação dos medicamentos
presentes no curativo em contato com a ferida e suas secreções.
É importante também observar a evolução da ferida, e se as
substâncias presentes no curativo hidrocoloide estão atuando da
maneira esperada.
Como aplicar o curativo hidrocoloide?
Depois de limpar o ferimento conforme orientação médica, há duas
possibilidades:
 Como o curativo está disponível no mercado em vários
tamanhos, pode-se escolher aquele que melhor irá cobrir o
ferimento.
 Também é possível comprar um curativo de tamanho maior e
recortá-lo de acordo com a necessidade, usando instrumentos
limpos e esterilizados.
Qualquer que seja a escolha do paciente, deve-se deixar uma borda
de três centímetros de curativo além do limite da ferida a ser
tratada.
A ferida deve estar completamente seca ao receber a aplicação
do curativo.
Não é preciso aplicar nenhum outro medicamento junto com o
curativo hidrocoloide: sua composição contém todas as substâncias
necessárias para promover uma cicatrização rápida e segura.
Como existem vários tamanhos e modelos diferentes de curativo
hidrocoloide disponíveis, é importante escolher o tipo certo, de
acordo com a ferida a ser tratada.
Quais os casos em que o curativo hidrocoloide é contra indicado?
O uso de curativo hidrocoloide não é recomendado no tratamento
de queimaduras de terceiro grau, feridas necrosadas ou muito
infeccionadas.
Feridas que estejam expelindo uma grande quantidade de secreção
também não são as mais indicadas para tratamento com este tipo
de bandagem.
Ferimentos em que há exposição de músculos e ossos também não
devem ser tratados com curativo hidrocoloide.
Pacientes com hipersensibilidade aos componentes do curativo
devem usá-lo somente com orientação médica. O adesivo do
curativo hidrocoloide é hipoalergênico, minimizando o risco de
alergias.

Sulfadiazina de prata: para que serve


e como usar

A sulfadiazina de prata é uma substância com ação


antimicrobiana e bactericida de amplo especto capaz
de eliminar diferentes tipos de bactérias e alguns tipos
de fungos.

Devido a esta ação, a sulfadiazina de prata é bastante


utilizada no tratamento de diferentes tipos de feridas
infectadas.

A sulfadiazina de prata pode ser encontrada na


farmácia ou drogarias, na forma de pomada ou creme,
com os nomes comerciais mais conhecidos são
Dermazine ou Silglós, que são vendidos em
embalagens de diferentes tamanhos e apenas com
apresentação de receita médica.
Para que serve

A pomada ou o creme de sulfadiazina de prata estão


indicados para o tratamento de feridas infectadas ou
com elevado risco de infecção, sendo recomendada
nas seguintes situações:

 Impetigo primário, secundário ou ectima;

 Queimaduras;

 Escaras;

 Úlceras venosas, de decúbito ou varicosas;

 Úlcera formada devido à diabetes;

 Feridas cirúrgicas.

Normalmente, este tipo de pomada é indicada pelo


médico ou enfermeiro quando existe infecção da
feridas por microrganismos como Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococcus aureus, algumas espécies
de Proteus, Klebsiella, Enterobacter e Candida
albicans.

Como usar

Para usar a pomada ou o creme de sulfadiazina de


prata, deve-se utilizar uma espátula estéril ou colocar
luvas estéreis. Em seguida:

 Fazer a limpeza da ferida, utilizando soro fisiológico;


 Aplicar uma camada da pomada ou creme de
sulfadiazina de prata;
 Cobrir a ferida com uma gaze esterilizada.
A sulfadiazina de prata deve ser aplicada 1 a 2 vezes
por dia, no entanto, no caso de feridas muito
exsudativas ou contaminadas, a pomada pode ser
aplicada a cada 4 a 6 horas, de acordo com a
orientação do médico. A cada troca de curativo e
reposição do medicamento, deve-se primeiro lavar a
ferida cuidadosamente com soro fisiológico.

Na maior parte dos casos, a sulfadiazina de prata é


utilizada por enfermeiros ou médicos, no hospital ou
posto de saúde, para o tratamento de feridas
infectadas. No entanto, seu uso também pode ser
indicado em casa sob orientação médica.

A pomada e o creme devem ser utilizados até à


cicatrização completa da ferida ou de acordo com a
orientação do profissional de saúde. Além disso, não é
recomendado expor a região tratada ao sol, pois pode
causar descoloração da pele.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da sulfadiazina de prata são


muito raros, sendo que o mais frequente é a
diminuição do número de leucócitos no exame de
sangue. Além disso, pode causar erupções cutâneas,
coceira, sensação de queimação ou dor na pele e
descoloração da pele da região após a exposição do
local ao sol.

Quem não deve usar

A sulfadiazina de prata é contraindicada em pacientes


com hipersensibilidade a qualquer componente da
fórmula, em crianças prematuras ou menores de 2
meses. Além disso, seu uso também não é
recomendado no último trimestre de gravidez e na
amamentação, principalmente sem orientação médica.

As pomadas e cremes de sulfadiazina de prata não


devem ser aplicadas nos olhos, nem em feridas que
estejam sendo tratadas com algum tipo de enzima
proteolíticas, como colagenase ou protease, uma vez
que podem afetar a ação dessas enzimas.

Além disso, não deve ser aplicada em feridas grandes


ou abertas, no caso de se ter alguma alteração nos
rins ou no fígado e em caso de deficiência da enzima
glicose-6-fosfato desidrogenase ou leucopenia.

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