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INSTITUTO PETROPOLITANO APOGEU CULTURAL

Educação Fundamental II

(Keven da Silva Reis)

(Distinção do pecado pela Igreja Católica na Idade Média)

Petrópolis
2023
(Keven da Silva Reis)

(Distinção do pecado pela Igreja Católica na Idade Média)

Projeto de trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial para
aprovação no 9º ano, ao Instituto Petropolitano
Apogeu Cultural.

Orientador(a): Priscila Henriques Lima

Petrópolis
2023
Keven da Silva Reis

Distinção do pecado pela Igreja Católica na Idade Média

Projeto de trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial para
aprovação no 9º ano, ao Instituto Petropolitano
Apogeu Cultural.

Aprovado em: ________________________________

Banca Examinadora:

__________________________________________________
Prof. (Nome do professor que estará na banca)
Disciplina (nome da matéria que ele leciona)

__________________________________________________
Prof. (Nome do professor que estará na banca)
Disciplina (nome da matéria que ele leciona)

__________________________________________________
Prof. (Nome do professor que estará na banca)
Disciplina (nome da matéria que ele leciona)

Petrópolis
2023
RESUMO

REIS, Keven. Distinção do pecado pela Igreja Católica na Idade Média, 2023. Projeto do
trabalho de conclusão de curso – Instituto Petropolitano Apogeu Cultural, Petrópolis, 2023.

Resumo: Em sua ascensão, na idade média, a Igreja Católica usava seu poder e a
ideia do inferno para ditar regras e pecados (aquilo que não deve ser feito), quem
desobedecesse a Igreja estaria desobedecendo a Deus, logo teria que receber uma
punição, assim surge a ideia de pecador. Os fiéis e cristãos eram submetidos a
regras e rotinas ríspidas, já que havia o medo de pecar e ir ao inferno após a morte.
Punição será o foco do artigo e serão abordados temas ao redor deste conceito,
como o medo de seus fiéis e ações da Igreja diante do pecado e dessa ideia pelos
filósofos.

Palavras-chave: Pecado, Igreja e Punição.


ABSTRACT

In its rise - in the lower middle ages - the Catholic Church used its power and the
idea of hell to dictate rules and sins (what should not be done), whoever disobeyed
the Church would be disobeying God, so he would have to receive a punishment,
thus the idea of sinner arises. The faithful and Christians were subjected to harsh
rules and routines, as there was fear of sinning and going to hell after death.
Punishment will be the focus of the article and themes around this concept will be
addressed, explaining the fear of its faithful and actions of the Church in the face of
sin.

Keywords: Sin, Church and Punishment.


SUMÁRIO

1 - Justificativa inicial da escolha do tema ............................................................. 07

2 - Delimitação do problema ................................................................................... 08

3 - Objetivos ............................................................................................................ 12

4 - Hipóteses ............................................................................................................ 12

5 - Questões teórico-metodológicas ........................................................................ 13

6 - Discussão Bibliográfica ..................................................................................... 21

7 - Bibliografia ........................................................................................................ 24
1 - Justificativa inicial da escolha do tema

A concepção do medo por parte dos fiéis da Igreja Católica na baixa idade
média me intriga, acho interessante retratar algo tão grande como o período da
criação da ideia do pecado e inferno causando tanta influência social e política, algo
de suma importância à época e também aos dias atuais. Penso que todos deveriam
entender esses inúmeros fatos históricos que compuseram a criação dessas duas
principais ideias (Inferno e pecado), até mesmo, destacando-se os dias atuais, a
construção de opinião é algo bastante difícil e importante exigindo muita
compreensão, experiência e entendimento, sendo muito relevante para a política e
sociedade em geral, logo também acredito que ajudará muito nessa percepção.
Outro fator muito importante para essa escolha foi a cultura que consumi, já
que retratava, em sua maioria, a Igreja Católica como influenciadora e principal
potência medieval. Ler e compreender conteúdos relacionados a ela me interessa
bastante. A pesquisa busca um melhor entendimento e construção de opinião
baseado nesse assunto para compreensão de religião e sociedade (suas raízes e
ações passadas).
Como gostaria de fazer direito e, posteriormente, ser juiz, acho que ajuda
bastante nessa concepção de certo e errado, também no entendimento das ações e
como deveria ou não agir sobre a vida alheia, já que se pressupõe a necessidade de
entender ambos os lados, visões e fatos.
2 - Delimitação do problema (ou Problemática)

A representação do inferno por Dante Alighieri na “A Divina Comédia” é uma


ótima representação de como as pessoas viam o inferno na época medieval.
Quando Dante-personagem peregrina com seu guia pelo Inferno, podemos perceber
o quão assustador era essa ideia para os fiéis medievais. A ideia do inferno na “A
Divina Comédia” era representada por 9 círculos, representados como uma espécie
de funil, assim organizada dos pecados mais leves (1) aos mais pesados (9), indo de
não-batizados a traidores, ou seja, quanto pior era considerado o pecado, maior era
sua punição. Com essa ideia, a Igreja podia julgar se ela perdoaria ou não a pessoa
que cometeu o pecado, assim tendo controle da mesma, outro fator importante para
sua grande influência e controle.
A Igreja Católica ditava que todo ser humano era herdeiro do pecado original,
só alcançando sua então salvação por meio da fé, de sacramentos e do
arrependimento. Tendo este controle desde o nascimento do ser humano, já que ao
nascer teria que se submeter a sacramentos e se arrepender de pecados cometidos
ou até mesmo já submetidos e ter uma grande fé em Deus.
Na época, a Igreja dominava o cenário político e social, pressupondo-se de
que antigamente a maior proprietária de terras era ela e, consequentemente, sendo
a maior potência, já que a terra antigamente era sinal de poder.
Outra de suas ferramentas que a faziam ser poderosa e influente, era a
tradução da Bíblia, já que eram poucas as pessoas que tinham o conhecimento do
idioma Latim (conhecimento que a Igreja tinha). Com esse conhecimento, ela acaba
tendo o poder de ditar ideias que não eram escritas na bíblia, já que ninguém nunca
descobriria.
A própria perseguição às mulheres concubinas de padres é um abuso diante
da tradução da bíblia, já que essa proibição do concubinato clerical não consta na
bíblia, ou seja, uma ideia criada nas Ordenações Afonsinas (1446), ditando que o
padre só podia ter relação com Deus, sendo maiores que homens casados.
Pressupondo-se que seus fiéis eram herdeiros do pecado original, a Igreja
submetia seus fiéis a rotinas rigorosas de repressão pela sua Divindade, logo
sacramentos e adorações eram cobradas delas e sua obediência era pelo medo de
sofrer no inferno após sua morte, também respeitando a Igreja e sua Divindade,
vendo isso como sua única forma de salvação
Os antigos clérigos foram, de certo modo antagônicos, quando ditavam não
pecar, porém eles próprios pecavam, sendo muitas vezes gananciosos, onde o papa
cobrava os cargos inferiores aos seu e a Igreja sempre buscava obter mais terras,
também fazendo construções enormes como, também, uma possível forma de
demonstração de poder.
A ideia do papa cobrar seus inferiores vem pelo fato de que ele era cobrado
quando inferior, assim se sentindo no direito de “dar o troco” ou se vingar.
O clero tinha uma relação com a nobreza, sendo que teve grande apoio no
começo tanto para a conquista de terras como de influência. Por parte da Igreja, o
apoio social e político vinha diretamente do uso de sua influência para o apoio do rei,
assim o rei tinha um acordo de que o clero tinha acesso a mais terras e em troca a
Igreja propagar ideais que favoreciam a nobreza, que assim conquistava influencia e
apoio dos camponeses e servos como o do clero.
Esse acordo era proposto entre os papas e os reis, sendo os principais reis
Guilherme I (rei da Inglaterra entre 1066 e 1087), Filipe I (rei da França entre 1060 e
1108), Dom Afonso I (rei de Portugal entre 1139 e 1185), Henrique I (rei da
Germânia entre 919 e 936), Fernando I (rei de Castela entre 1037 e 1065), entre
outros grandes reis influentes e grandes papas medievais, como o papa Gregório I
(590–604), O Papa Constantino que foi eleito em 25 de março de 708, Estêvão que
era um sacerdote de Roma eleito Papa em 23 de março de 752, Papa Nicolau II que
foi Papa de 24 de janeiro de 1059 até à data da sua morte, que foi em 1061, entre
outros papas influentes.
Uma das grandes práticas da Igreja era ligada diretamente ao pecado da
ganância. O fato de cobrarem seus fiéis faz com que o lucro da Igreja aumente,
fortalecendo seu poder e sua influência.
Essas terras, em sua maioria, eram grandes e utilizadas para construção de
mais Igrejas, Catedrais, Basílicas entre outras, tendo sua arquitetura formada por
colunas robustas, paredes grossas, janelas pequenas e arcos semicirculares,
sempre buscando ser um espaço confortável para adoração. Seus estilos podendo
ser paleocristã, bizantina, romântica, entre outros. O mais conhecido por ser mais
utilizado, era o estilo gótico, que utilizava de torres mais pontiagudas, mais janelas e
portas e paredes mais finas.
O pecado é visto por muitos pensadores como uma ideia criada para a
manipulação da fé ou consequência de suas ações, já que consideram que o
pecado, quando cometido é de total responsabilidade do homem, sendo assim de
sua própria consciência e ações.
Nessa ideia do homem ser o culpado por suas próprias ações, seus vícios
também são incluídos, pois o pecado não está somente em suas ações, mas está
também em sua mente e desejos, assim tendo como base os sete pecados capitais,
que por sua vez era denominado vícios capitais e não por nenhum motivo, com isso
entende-se que os sete pecados capitais está ligado diretamente aos vícios
humanos. A Igreja assim utiliza essa ideia discutida por filósofos para concretizar
seu controle, sendo menos rigorosa quanto as ideias filosóficas.
Assim conclui-se que realmente há um antagonismo e controle por parte do
clero, houveram relações entre nobres e clérigos e a Igreja era a maior potência
medieval por conta de sua influência social e política exercida com possíveis
ferramentas que à ajudaram.
3 – Objetivos

Analisar as classes sociais na Idade Média (Clero, nobreza e camponeses e


servos).
Aprofundar na temática do medo como ferramenta para o controle.
Pensar sobre a importância do pecado para o cristão medieval e como isso
impactava em seu cotidiano.
4 - Hipóteses

As classes sociais medievais eram compostas, em ordem de influência, por:


Clero, nobreza e camponeses e servos. As classes colocavam a sociedade medieval
em posições predeterminadas desde seu nascimento, já ditando quem seria em
vida, impedindo a mobilidade social. Com a ideia do pecado, indiretamente, a Igreja
Católica aumentava muito sua influência, sendo que utilizava do pecado para gerar o
medo em seus fiéis, com sua maior punição o Inferno.
5 - Quadro teórico-metodológico

Daniel Lula Costa é doutor em história na Universidade Federal de Santa


Catarina, sob orientação da Profa.Dra. Aline Dias da Silveira, com período
sanduíche de doutorado na Università di Bologna sob orientação do Prof.Dr.
Giuseppe Ledda, possui mestrado em História pela Universidade Estadual de
Maringá na linha de Instituições e História das Ideias, sob orientação da Profa. Dra.
Solange Ramos de Andrade. Foi graduado em História pela Universidade Estadual
de Maringá (2010). É Integrante do LERR (Laboratório de Estudos em Religiões e
Religiosidades) da Universidade Estadual de Maringá. Também é integrante do
MERIDIANUM (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Medievais - Meridianum) da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Costa, com ajuda de Peter Berger, LE GOFF, Michael Foucault, entre outros
filósofos citados, explica que o inferno é uma instituição criada pelo ser humano,
pensada, discutida e interiorizada pelo mesmo. Ele explica isso utilizando os três
conceitos de Peter Berger, a exteriorização, e objetivação e a interiorização. A
exteriorização “é a contínua efusão do ser humano sobre o mundo, quer na atividade
física quer na atividade mental dos homens” (BERGER, 2004, p.16), a objetivação “é
o produto desta relação do homem com o mundo no qual está limitado, sendo que a
exteriorização do homem possibilita a construção de mundos que lhe são exteriores
e que passam a confrontá-lo” (COSTA,2011), “o mundo humanamente produzido
atinge o caráter de realidade objetiva” (BERGER, 2004, p.22) e a interiorização “é
antes a reabsorção na consciência do mundo objetivado de tal maneira que as
estruturas deste mundo vêm a determinar as estruturas subjetivas da própria
consciência.” (BERGER, 2004, p.28), juntando os três conceitos percebe-se,
resumidamente, que o ser humano cria, discute e implanta essa ideia na sociedade.
Assim, seguindo esses conceitos, Costa explica que o inferno é uma realidade
objetiva, produto do ser humano e com a interiorização, a implantação dessa ideia
na mente da sociedade medieval facilitou a Igreja Católica a implantar esse medo, já
que a ideia havia se enraizado na mente medieval.
6 - Discussão Bibliográfica

O autor Tiago Ancelmo Duarte diz que abordaria somente a 1° parte do livro A
Divina Comédia de Dante Alighieri, poema de viés épico dividido em 3 partes: O
inferno, O purgatório e O paraíso. Essa foi a mais famosa obra de discrição do
inferno da época. A obra foi tão bem vista que vários pintores o reconheceram e
pitaram-no ao lado de sua obra ou somente a obra em uma forma como Dante
descrevera. Porém não foram só pintores que o reconheceram, mas também a
própria Igreja Católica, que utilizara a obra de Dante para amedrontar seus fiéis,
assim controlando-os. O artigo conta que Dante foi contra as ambições do papado
de dominar Florença (sua cidade natal), assim militando ao lado dos guelfos
moderados, conhecidos como “Brancos”, logo com a derrota dos “Brancos”, Dante
foi exilado, período mais triste de sua vida, entretanto o mais produtivo, pressupondo
que foi nessa época que escreveu “A Divina Comédia” que retrata Dante como
protagonista e vários amigos de sua cidade natal como personagens (além de outros
personagens criados).
Já a autora Edlene Oliveira Silva diz que seria um “crime” gravíssimo diante
da Nobreza e do Clero, passivo de uma alta punição, o concubinato clerical, que é
estabelecida nas Ordenações Afonsinas (1446), “sendo um documento precioso
para o conhecimento de perseguição empreendida pelo poder real às mulheres
consideradas concubinas de padres”. No artigo é entendido que o Clero, com ajuda
direta da Nobreza, era empreendida uma perseguição às mulheres que tinham
relações com padres (eram concubinas de padres), assim sendo indiretamente um
“crime”, muito provavelmente, passivo de tortura e até morte.
A autora Beatriz Fernanda Cacheffo Bacic diz que a Igreja Católica durante a
época da ascensão comercial durante a idade média, por medo de perder ou
enfraquecer seu poder de influência e político, querendo estar um passo a frente, a
Igreja Católica tomou medidas tanto quanto ambiciosas para ter o controle da
situação, assim ditando para seus fiéis ainda mais o rigorosamente a ideia do
pecado da ganancia. A Igreja, com essas mudanças, acabou, automaticamente,
mudando seus ideais, começando a cobrar de seus fiéis, a fim de estabelecer, agora
diretamente, quem está no comando e que desobedece-la era algo perigoso.
O autor Hélio José Guilhard diz que a Igreja Católica utilizava da punição
como forma de lição e ensinamento, uma consequência de ações tomadas por sua
própria consciência, colocando indiretamente toda a culpa em seus fiéis, usando
dessa consequência como forma de faze-los aprenderem e se submeterem a não
repetir suas ações. Essa forma de punição como ensinamento é discutida ainda
contemporaneamente com divisões de pensamento que presumem ser certo ou
errado, já que é algo muito rígido e nem sempre funcional.
A ideia da autora Bárbara Macagnan Lopes é que a ideia do pecado é
discutida desde sua criação, pois pensadores ditam ser, também, uma ferramenta
de manipulação da fé pela Igreja Católica medieval, porém outros entendem como
uma ideia que quando ocorrida e não confessada ou expressada ao padre é passivo
de uma punição, que é utilizada como consequência de suas ações, sendo um
exemplo aos demais, ou seja, somente uma regra rigorosa utilizada, posteriormente,
como ensinamento.
O autor Daniel Lula Costa, por meio de seu texto, busca explicar com ajuda
de filósofos (principalmente, Peter Berger e Bourdieu) que o inferno é uma instituição
criada pela mente do ser humano que, quando caracterizada e compartilhada, isso
implica em sua legitimação. Ele utiliza 3 conceitos de Berger, que são: a
exteriorização, a objetivação e a interiorização. A exteriorização é a efusão do ser
humano ao mundo quer no mental quer no físico, a objetivação é o produto dessa
relação e a interiorização é sua legitimação e conhecimento de realidade pela
sociedade, a ideia é criada e discutida, considerada uma realidade objetiva, assim
quando compartilhada e caracterizada é legitimada (sendo uma instituição) que por
sua vez sempre exerce influência sobre a sociedade. Essa instituição é
compartilhada pela própria sociedade e primeiramente e principalmente pela Igreja
Católica, ou seja, está ideia já forte e instituída na mente da sociedade medieval
pelos seus fiéis. Com sua forte repercussão, começaram a criar obra literárias e
pinturas que eram feitas por autores que escreviam ou pintavam o de acordo com
seu conhecimento e visão de onde estavam inseridos.
Albert Drummond explica que Aristóteles cria uma ordenação de vícios
humanos que vem quando seguido de um sentimento de prazer ou tristeza, com isso
ele cria os oito vícios capitais, porém foi com Evágrio Pôntico que essa “doutrina”
dos vícios, criada por Aristóteles, se encaixa em uma visão cristã, sendo ordenados,
perspectivamente: Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Tristeza, Aborrecimento, Vanglória e
Soberba. É perceptível que na ordenação de Pôntico, a gula e a luxúria estão no
topo da lista, já que, pressupondo a vida monástica no deserto, se compreende que
esses possam ser, dentre os outros, os maiores perigos encarados por monges.
Prudêncio indicou uma lista de oposição as virtudes, que as praticando ofereceriam
alguma “segurança” contra os pecados: Segundo o poema, a soberba (superbia)
seria superada pela humildade; a avareza (avaritia), pela generosidade; a inveja
(invidia), pela bondade; a gula (gula), pela temperança; a raiva (ira), pela paciência;
a luxúria (libido) pela castidade; e a acídia (accidia), pela diligência (PRUDÊNCIO,
405). Percebe-se que da ordenação de Pôntico para o poema de Prudêncio ocorre
uma diminuição de oito para sete vícios, e não se encontra a tristeza, o
aborrecimento e a vanglória, que foram substituídos pela inveja, preguiça e orgulho.
Pôntico também idealiza o homem pecador desde sempre, como já dito antes. Ele
diz que desde quando o homem nasce já é pecador e essa ideia de pecar não se
transfere somente o castigo, mas também a culpa. A ideia se consolida com São
Tomás de Aquino, que escreve “Os sete pecados capitais” retratando sua percepção
diante dos vícios humanos, assim se vinculando a Igreja e, por fim, se
popularizando.
Dita tais informações, entende-se que a Igreja Católica ditava sim quem era
ou não pecador, tendo suas punições como ensinamento e utilizando de ferramentas
para tal julgamento. Entende-se também a perspectiva dos fiéis na época medieval,
seu medo, rotina e ações.
7 – Análise da fonte

Baseei a pesquisa em artigos e sites tirados da própria plataforma do Google


e do Google Acadêmico, sendo os dois de fácil acesso e os artigos, em sua maioria,
de fácil entendimento e ricos em conteúdo, sendo ótimos para a pesquisa e
desenvolvimento do trabalho.
8 Bibliografia

SILVA, E. O. A-Mulher-do-Padre-pecado-e-transgressão-na-Baixa-Idade-
Média-Portuguesa. Cader. Espaço Femini., v. 23, n. 1/2, p. 143-167, 2010

DUARTE, T. A. Inferno-uma-ideia-do-espaço-dos-pecadores-na-Divina-
Comédia-de-Dante-Alighieri. Revis. de Histó. da UFMS/CPCX v. 1, n. 1,
2014

BACIC, B. F. C. O-papel-do-catolicismo-na-formação-do-capitalismo. 2016

HÉLIO, J. G. Punição não é castigo. Insti. TCR 2010

LOPES, B. M. Os pecados em manuais de confecção da península ibérica


entre o fim do século XIV e início do XVI. Depart. De Hist. Do Insti. De Filo.
E Ciên. Humanas da Univer. Federal do Rio Gran. Do Sul 2009

COSTA, Daniel L.. A INSTITUIÇÃO DO INFERNO MEDIEVAL. Maringá:


Jornada de Estudos Antigos e Medievais, 2011.

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