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Relações do Direito Privado em tempos de pandemia

No início desse ano, fomos inesperadamente atingidos por um vírus, o Covid-


19, que colocou o mundo todo em situação de pandemia, mudando completamente
a forma como vivemos. No Brasil, uma das mudanças que mais preocupou o país
foram os efeitos da pandemia no negócio jurídico, principalmente os do Direito
Privado, que foram alterados temporariamente pela lei 14.010.
Dessa forma, situações como o impacto do tempo nas relações jurídicas
influenciadas pela pandemia, que são os prazos prescricionais e decadenciais, são
questões que preocupam não só as instituições privadas quanto a sua segurança
jurídica, mas também as pessoas. Essas questões também incluem problemas com
pagamento e recebimento de mensalidades, reembolsos, empréstimos, contratos e
vários outros, que necessitam de uma regulação transitória que esteja apta para
fixar essas situações temporárias dos prazos prescricionais e decadenciais das
relações jurídicas especialmente influenciadas pela pandemia, que foram tratados
no Projeto de Lei n° 1. 179/2020
Outro problema que preocupa o sistema do Direito Privado é o de fraude
contra credores e a simulação, que se tratam de atos de má fé ou contrários a lei,
prejudicando ou iludindo credores, ou seja, terceiros. No cenário atual, onde a
maioria da população se encontra desempregada ou sem o recebimento de salários,
muitas pessoas se encontram devendo e em busca de dinheiro desesperadamente.
Assim, ocorrem vícios sociais como as fraudes ou a simulação, onde, no caso da
fraude contra credores, há a atuação maliciosa do devedor, que dispõe de maneira
gratuita ou onerosa seu patrimônio, que está ou estará em estado de insolvência, e
no caso da simulação, se trata de um desacordo entre a vontade manifestada e a
real intenção, com o propósito de iludir terceiros. Ambos vícios sociais são ou podem
vir a ser problemas ao negócio jurídico privado durante esse período, por isso
necessitam de mudanças legislativas que, mesmo que provisórias, sejam feitas com
responsabilidade, como as que foram previstas na lei 14.010.
Portanto, falar da delimitação de prazos de prescrição e decadência, assim
como situações de fraude contra credores e de simulação, é essencial nesse
momento, a fim de evitar divergência de decisões, a má-fé em ações feitas no
momento de desespero e problemas futuros no meio jurídico. Se conclui, então, que
as medidas que já foram tomadas diante do cenário atual, visando a segurança
jurídica, foram feitas de forma uniforme e justa, respeitando as limitações que o
jurisdicionado enfrentam no momento.

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