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A atividade de Inteligência faz parte do contexto da história das

sociedades, pois a busca da informação e do conhecimento


remontam aos primórdios da civilização na busca de sua
sobrevivência, segurança e poder.

A ciência, como forma de produção do conhecimento, é


especialmente interessante para o profissional de Inteligência, já
que busca identificar importantes atributos por meio de
metodologia própria, referenciados na Doutrina Nacional de
Inteligência de Segurança Pública (DNISP).

Coletar informações e analisá-las – que hoje definimos, grosso


modo, como inteligência - é uma atividade tão antiga quanto à
própria humanidade.

A atividade de inteligência, no contexto histórico, mostra-se como


um recurso muitas vezes utilizado por segmentos detentores de
poder, não apenas para atender os interesses da coletividade,
mas também para resguardarem seus interesses, notadamente a
manutenção e a ampliação de suas relações de poder e controle.

A origem da atividade de Inteligência no Brasil situou-se no


governo do Presidente Washington Luiz, em 29 de novembro de
1927, quando se criou o Conselho de Defesa Nacional (CDN),
organismo que foi encarregado de coordenar a reunião de
informações relativas à defesa do país. Mais tarde, em 1934,
foram criadas as Seções de Defesa Nacional (SDN) nos
ministérios civis, vinculadas ao CDN.

O SFICI foi absorvido pelo Serviço Nacional de Informações


(SNI), criado pela Lei nº 4.341, em 13 de junho de 1964, com o
objetivo de supervisionar e coordenar as atividades de
informações e contrainformações no Brasil e exterior.

O primeiro governo eleito sob o novo regime democrático, sob a


escusa de sepultar eventuais violações praticadas pelo Serviço
Nacional de Informações (SNI), encerrou suas atividades no dia
15 de março de 1990. Mas ainda no governo anterior, o então
presidente José Sarney já havia procurado diminuir a atuação do
Serviço.
A Medida Provisória nº 150, convertida na Lei 8.028 de abril de
1990, em seu inciso II do artigo 27, trazia de forma sucinta o fim
das atividades do SNI, além de, no inciso VII do mesmo artigo,
estabelecer o encerramento das “Divisões ou Assessorias de
Segurança e Informações dos Ministérios Civis e os órgãos
equivalentes das entidades da Administração Federal indireta e
fundacional.”

A atividade de Inteligência no Brasil funciona como um sistema


com o escopo de fazer uma composição cooperativa entre as
diversas estruturas que atuam nessa área. O Sistema Brasileiro
de Inteligência (SISBIN) foi instituído pela Lei nº 9.883, de 7 de
dezembro de 1999, com o objetivo integrar as ações de
planejamento e execução das atividades de Inteligência do país,
com vistas a subsidiar o Presidente da República nos assuntos
de interesse nacional.

Vimos que o SISBIN abrange o conjunto de órgãos e entidades


que desenvolvem, de forma integrada e cooperativa, ações de
planejamento e execução das atividades de inteligência e
contrainteligência.

A Agência Central do Subsistema de Inteligência de Segurança


Pública é a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência
da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da
Justiça e Segurança Pública (MJSP). A Atividade de Inteligência
de Segurança Pública (ISP) é o exercício permanente e
sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e
acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de
Segurança Pública, basicamente orientadas para produção e
salvaguarda de conhecimentos necessários para subsidiar os
tomadores de decisão, para o planejamento e execução de uma
política de Segurança Pública e das ações para prever, prevenir,
neutralizar e reprimir atos criminosos de qualquer natureza que
atentem contra à ordem pública, à incolumidade das pessoas e
do patrimônio.

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