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15-09-2016

Análise da Dedicatória

OS LUSÍADAS

(CANTO I, ESTROFES 6-10)

1. Dedicatória: destinatário da obra

É dirigida a D. Sebastião, porque é….


 o rei que governava Portugal
 que Camões vê como garantia “da Lusitana antiga
“liberdade””, como monarca poderoso,
 e sobretudo como pessoa em que se investe a
esperança de continuação da ação épica, na
continuação da obra de dilatação da Fé e do Império.

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15-09-2016

O poeta

 Camões oferece o seu canto ao valor dos portugueses


(o poeta é “…um novo exemplo/ de amor dos pátrios
feitos valerosos”).
 Deseja apenas ser conhecido como o divulgador
desses feitos (alcançar a glória através do “canto”)
(“Que não é prémio vil ser conhecido/ Por um pregão
do ninho meu paterno”).

Através da obra, o rei….

 Poderá aperceber-se do real valor do povo que


governa.

 A partir da estrofe 11, retoma-se a ideia enunciada na


Proposição: os portugueses vencem em valor os
feitos dos antigos. Esta exaltação dos portugueses
faz-se através da comparação com heróis antigos.
 No final, o rei é exortado para que também ele se
torne digno de ser cantado, prosseguindo as lutas
contra os mouros.

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Marcas linguísticas….

 Imperativo: “ponde”, “inclinai”, “ouvi”, “tornai”….


 2.ª pessoa do plural (“vós”): “vereis”, “julgareis…vos
deu”, “dou-vos”

Nota: Atenção à forma cerimoniosa usada pelo poeta


para se dirigir ao rei (2.ª pessoa do plural).

Figuras de estilo….

 Aliteração (musicalidade resultante da repetição de


sons semelhantes): “Ouvi: que não vereis com vãs
façanhas/ Fantásticas, fingidas…”
 Apóstrofe e perífrase : “Ó bem nascida segurança…”
 Metáfora: “tenro e novo ramo” (alusão à idade de D.
Sebastião)

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