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Direitos humanos e sua importância

Criada após a Segunda Guerra, a Declaração Universal marcou a primeira ocasião em


que os países chegaram a um acordo sobre uma declaração abrangente de direitos
humanos! A cada 10 de dezembro, celebra-se a oficialização da Declaração Universal
dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU), ocorrida em 1948,
quando foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Essa data vai além
de ser um momento de comemoração, servindo como um lembrete fundamental da
necessidade de buscar ações concretas dos Estados e da sociedade para garantir os
direitos básicos de todas as pessoas ao redor do mundo, promovendo a igualdade entre
nações e indivíduos, sem privilegiar apenas alguns. Os 30 artigos visaram, de maneira
geral, garantir a liberdade, a justiça e a paz mundial.

Contudo, apesar dessas conquistas, ainda acontecem violações de direitos


humanos. A pobreza e desigualdades globais, o conflito armado e a violência,
os abusos, a discriminação, a intolerância, as torturas física ou psicológicas e a
escravidão são alguns dos exemplos disso. O direito à vida é inerente a todos os seres
humanos e deve ser preservado. No entanto, em muitos países, a questão dos crimes,
infrações e transgressões à lei é punida com a pena de morte.

De acordo com a ONU, a pena de morte não tem lugar no século 21, pois demonstra
ter pouco efeito na dissuasão de criminosos e não oferece ajuda adequada às vítimas. A
Anistia Internacional também se posiciona contra a pena de morte, considerando-a um
castigo cruel, desumano e degradante, além de uma violação grave do direito à vida.
A pena não pode ser vista como fim em si mesmo ou apenas como uma forma de
punição. Esse sistema deve ir além: voltar-se à pacificação das relações sociais e
somente surtirá os efeitos necessários se respeitados os direitos da população
prisional. Considerando que o sistema penitenciário brasileiro necessita urgentemente
de uma reestruturação e que os direitos humanos dos presidiários são constantemente
violados, principalmente, no que concerne a superlotação, crimes de torturas, ambientes
insalubres, entre outras condicionantes.

O direito à vida é o direito mais fundamental de todos. Os direitos humanos


desempenham um papel crucial na preservação desse direito, a tortura é uma violação
grave dos direitos humanos e vai contra os princípios fundamentais de humanidade. Os
direitos humanos condenam e proíbem qualquer forma de tortura, garantindo que
nenhum indivíduo seja submetido a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Estudos e pesquisas têm demonstrado consistentemente que não há evidências sólidas
que sustentem a ideia de que a tortura ou a pena de morte atuem como fatores
dissuasórios efetivos para a criminalidade. Dessa forma, não é possível afirmar que a
aplicação dessas práticas reduzirá a ocorrência de crimes.

A prisão injusta é uma grave violação dos direitos humanos e representa uma
negação da justiça e da liberdade individual. Os direitos humanos asseguram o direito a
um julgamento justo, à presunção de inocência e à proteção contra detenções arbitrárias.
Essas salvaguardas são essenciais para prevenir prisões indevidas, garantindo que
ninguém seja privado de sua liberdade de forma injusta ou injustificada. O sistema
judiciário não é infalível, e erros judiciais podem ocorrer. Executar um indivíduo
inocente é uma violação irreversível e injusta do direito à vida. A tortura também pode
levar a confissões falsas, já que muitos indivíduos podem dizer qualquer coisa para
interromper o sofrimento, mesmo que não tenham cometido o crime. Essas falhas
podem causar danos irreparáveis à vida e à dignidade das pessoas.

Há alternativas mais eficazes para lidar com a criminalidade, como a justiça


restaurativa, a reabilitação, a educação, a prevenção e o fortalecimento dos sistemas de
justiça criminal. Essas abordagens visam tratar as causas subjacentes do crime,
promover a reintegração dos infratores à sociedade e prevenir a reincidência. Meiddas
extremas podem perpetuar um ciclo de violência, ódio e vingança, prejudicando a
coesão social e minando a confiança nas instituições de justiça.

A importância dos direitos humanos na proteção da vida dos indivíduos, na proibição


da tortura e na prevenção de prisões indevidas é inegável. Ao respeitar e promover os
direitos humanos, estamos fortalecendo os alicerces de uma sociedade onde todas as
pessoas são valorizadas, protegidas e tratadas com dignidade. É nosso dever coletivo
defender e promover os direitos humanos, garantindo um mundo mais justo e humano
para todos.

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