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PAZ & JUSTIÇA

O sonho de muitos,

O esforço de poucos,

A realidade de menos ainda...

ESCRITO POR BÁRBARA LOPES E LETÍCIA OLIVEIRA

DO 2 ANO “B”
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL (ODS)
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) são uma agenda de desenvolvimento
sustentável e foram baseados nos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). É composto por
17 objetivos que devem ser atingidos por todos os
países pertencentes a Organização das Nações
Unidas (ONU) até 2030.

Nesta agenda são previstas ações mundiais


nas áreas da erradicação da pobreza, segurança
alimentar, saúde, igualdade, paz e justiça, energia,
água e saneamento, redução das desigualdades,
produção e consumo, mudanças climáticas,
infraestrutura, uso sustentável dos oceanos e
ecossistemas terrestre, entre outros.

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OBJETIVO 16 – PAZ, JUSTIÇA E INSTITUIÇÕES
EFICAZES

O objetivo 16 tem como propósito promover


sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso
à justiça para todos e construir instituições eficazes,
responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Esse
ODS possui com tema: acesso à justiça, boa
segurança pública e a promoção de uma sociedade
mais pacífica.

Tal objetivo aborda alguns tópicos como:


redução da violência, taxa de mortalidade, corrupção
e suborno, garantir igualdade de acesso à justiça,
combater todas as formas de violência e crime
organizado, reduzir o fluxo de armas ilegais, acabar
com a exploração de crianças.

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justiça
substantivo feminino
1.qualidade do que
está em
conformidade com o que é direito;
maneira de perceber, avaliar o que é
direito, justo.

2.oreconhecimento do mérito de
alguém ou de algo.

paz
substantivo feminino
1.relação entre pessoasque não estão
em conflito; acordo, concórdia.

2.relaçãotranquila entre cidadãos;


ausência de problemas, de violência.

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LEIA ESTE LIVRO E DESCUBRA O QUE VOCÊ
ESTÁ FAZENDO ERRADO AO BUSCAR A PAZ

A paz é sonhada, nem sempre buscada e,


menos ainda, atingida. É importante ressaltar que a
paz é um conceito amplo. Paz não é só ausência de
guerras, mas presença de justiça, igualdade e
solidariedade. Ela não é a causa, mas a
consequência, o efeito de uma série de condições
sociais, políticas e econômicas. Vivendo em tempos
tão caóticos como esses, todos buscam o caminho
para paz. Ela, todavia, é um processo contínuo e
permanente, como afirmava Gandhi: "Não há
caminho para a paz, a paz é o caminho." E para
segui-la, nada se faz tão necessário quanto a justiça.
Portanto, a necessidade de ler este livro. Nada como
idade, raça, gênero, classe ou posicionamento
político pode privar um indivíduo de ter a paz como
meta principal que, por meio do senso de justiça, nos
move em direção ao bem comum, como uma
verdadeira sociedade.

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A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA
Como pode haver justiça
Sem haver paz?
Pois a paz é fruto
Da justiça

Não são armas que garantem


Uma paz serena e duradoura
Mas suscitam a revolta
Insuflam a violência

A justiça ampara, defende


Acolhe os desprotegidos
Cessa os conflitos
E promove a paz

Amália Dias

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TRABALHO E EXPLORAÇÃO INFANTIL

Um dos maiores problemas que afeta o


mundo atualmente é a exploração infantil. O trabalho
infantil consiste em toda e qualquer forma de
trabalho que seja exercido por crianças ou
adolescentes com idade menor àquela definida pela
legislação de cada país.

Essa prática é ilegal e viola os direitos


humanos, além de privar crianças e adolescentes de
terem uma infância normal, pois muitas vezes eles
deixam de ir à escola e de realizar atividades de
maneira saudável para serem explorados. Uma das
causas do trabalho infantil é a pobreza e falta de
perspectiva de futuro, gerando graves
consequências como impactos físicos, psicológicos
e educacionais.

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CONHECENDO A JUSTIÇA CLIMÁTICA

O movimento por Justiça Climática vê as


mudanças climáticas como uma questão de justiça
social, e não apenas como um problema ambiental.
A Justiça Climática acredita que as mudanças
climáticas sejam o produto da desigualdade e de um
sistema econômico obcecado pelo crescimento. O
seu discurso ainda não foi incorporado de forma
consistente no país, apesar de que as injustiças
climáticas sejam perceptíveis. Embora os impactos
das mudanças climáticas afetem a todos, a
intensidade desses impactos e a capacidade dos
indivíduos e dos grupos sociais em lidar com as
consequências de tais mudanças são diferenciadas.

Grupos sociais em maior vulnerabilidade


socioeconômica frequentemente são também mais
vulneráveis a eventos como enchentes, secas, etc.
Tais eventos tendem a ser cada vez mais frequentes
e intensos à medida que essas mudanças se

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acentuem. Logo, os grupos atingidos deveriam
incorporar o discurso da Justiça Climática com a
finalidade de influenciar as decisões públicas.

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O TRIBUNAL PENAL INTENCIONAL E SEU
PAPEL

O que é?

O Tribunal Penal Internacional (TPI) foi criado


para ser um tribunal de justiça permanente de âmbito
internacional que julga pessoas acusadas de crimes
do mais sério interesse internacional, como
genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de
guerra. Suas atividades são estabelecidas pelo
Estatuto de Roma.

Qual é o âmbito de atuação do TPI?

• Nem todos os países aceitam fazer parte da


jurisdição desse tribunal;
• O TPI só pode atuar quando o crime for
cometido por alguém que for cidadão de um País-
Parte ou de qualquer nação que consinta pela
jurisdição dessa Corte;

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• As regras do TPI são válidas somente quando
o crime tiver ocorrido em algum País-Parte ou
que tenha concordado com a jurisdição desse
tribunal;
• Somente serão julgados por esse tribunal os
crimes cometidos após o dia primeiro de julho de
2002, quando as atividades do TPI se iniciaram
oficialmente;
• Um crime só pode ser investigado por esse
tribunal se o ato ilícito tiver ocorrido após a
adesão do respectivo país à jurisdição do TPI.

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JUSTIÇA CEGA

Tirem a venda dos olhos da justiça


Para que ela possa enxergar
Mais claramente
O que se passa bem ali
Na sua frente
Bem no silêncio
Da cobiça, dos palácios
Dos espelhos e espaços
Que não brilham mais
Nunca mais

Zé Ramalho

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CRIME E CASTIGO, UMA ANÁLISE HISTÓRICA

Na história da humanidade, foi desenvolvido o


sistema de punições para o melhor funcionamento
do corpo social, submetido a transformações e
aprimoramentos conforme decorriam-se os anos e
reformulava-se o perfil de uma sociedade. Até que se
chegasse ao modelo penal hodierno, fiel aos
princípios da privação de liberdade como modelo de
punição coercitiva e regenerativa, passaram-se
diversas variações de contextos sociopolíticos, pelas
quais foram adaptadas as leis de punição e
encarceramento conforme as novas necessidades
da sociedade.
Na Idade Antiga, o chamado cárcere –
compreendendo de que não havia um código de
regulamento social efetivado – é marcado pelo
encarceramento, cujo emprego era o ato de
aprisionar como garantia de manter o sujeito sob o
domínio físico, para se exercer a punição. As
masmorras são exemplos destes modelos de

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cárcere infectos, nos quais os suplícios adoeciam e
podiam morrer antes mesmo de seu julgamento e
condenação, isso porque, quando surgidas, as
prisões eram apenas um acessório de um processo
punitivo baseado no tormento físico.
A Idade Média foi caracterizada ela economia
feudal e a supremacia da Igreja Católica, mantendo
ainda o cárcere apenas como local de custódia para
conservar, aqueles que seriam submetidos a
castigos corporais e à pena de morte, garantindo
dessa forma, o cumprimento das punições, as quais
causavam dor extrema e que proporcionavam
espetáculos à população (facilmente entretida pelo
derramamento de sangue), como a forca, a fogueira
e a guilhotina.
A Idade Moderna é o período marcado pela
transição do modelo de organização social feudal
para a constituição do Estado Moderno, com o
desenvolvimento dos modelos político, econômico e
social, sob a lógica do Capitalismo.

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No século XVIII, as dificuldades econômicas
que afetaram a população e o nascimento do
Iluminismo foram duas passagens significativas que
influenciaram concomitantemente na História das
prisões. Com a forte miséria, a pena de morte e o
suplício já não respondiam mais aos anseios da
justiça, surgindo, então, a pena privativa de liberdade
como o meio mais eficaz de controle social. Já com
o advento do Iluminismo, ocorreu o marco inicial para
uma mudança de mentalidade no que diz respeito à
pena criminal e, a partir do século XVIII, as prisões
tornaram-se a essência do modelo punitivo,
assumindo caráter de estabelecimento público de
privação de liberdade.
A partir dessa nova concepção, a punição
passou a constituir-se em um método e uma
disciplina. Eliminou-se da prisão o seu caráter de
humilhação moral e física do sujeito. A lei penal
passou a se propor a uma função de prevenção do
delito e da readaptação do criminoso.

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A prisão passa a fundamentar-se
teoricamente no que hoje é: privar o indivíduo de
liberdade para que ele possa aprender através do
isolamento, retirá-lo da família, e de outras relações
socialmente significativas, para levá-lo a refletir
sobre seu ato criminoso, tornando então o reflexo
mais direto de sua punição.

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CONCLUSÃO
Sem paz, estabilidade, direitos humanos e
governo efetivo, baseado no estado de direito, o
desenvolvimento sustentável é inatingível. Vivemos
em um mundo em que os abismos sociais só
aumentam, alimentados pela ganância e indiferença
de uns com os outros. Algumas regiões alcançaram
a paz, a segurança e a prosperidade, de forma
sustentável, enquanto outras sofrem com ciclos
constantes de conflitos e violência.
Esta obra decorre sobre o objetivo número 16
do ODS "paz, justiça e instituições eficazes",
desenvolvendo e debatendo a problemática de
tópicos como trabalho e exploração infantil, justiça
climática, a função do tribunal penal e crime e
castigo. Além de, também, buscar ressaltar o elo
mútuo entre paz e justiça e assumir a
responsabilidade de prosperar como sociedade a
cada um de nós, como indivíduos detentores dos
mesmos direitos e deveres.

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Visando fortalecer o acesso à justiça, a
legitimidade e a eficácia do Sistema de Justiça, a
partir de um processo de democratização do
Sistema, deve-se investir na criação de um
mecanismo de participação social e do
aperfeiçoamento de desenhos institucionais que
proporcionem o diálogo com outras instituições e
organizações, para propor melhorias num processo
ininterrupto de aperfeiçoamento. Já para contribuir
na promoção da paz, os menores e mais simples
gestos são os maiores e mais significantes; refletir
sobre como gostaria de se relacionar consigo mesmo
e com os outros, entender que todos os seres
humanos têm os mesmos direitos e necessidades,
praticar pôr-se no lugar do outro, compreender os
conceitos de privilégio e oportunidade, reconhecer
as diferenças que pluralizam a humanidade, são
apenas exemplos amplos de plantar no dia a dia, em
tudo e em todos, a semente da paz, projetando a
esperança de um futuro justo e próspero.

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REFERÊNCIAS

https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/

http://www.agenda2030.org.br/ods/16/

http://www.ie.ufrj.br

https://www.mma.gov.br/informma/item/9240-de-
olho-na-justi%C3%A7a

https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-
infantil/lang--pt/index.htm

https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/25/trabalho-
infantil/

http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-
externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-
tribunal-penal-internacional

https://www.politize.com.br/tribunal-penal-
internacional/

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