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Este Boletim tem por objetivo apresentar orientações aos Dirigentes Muni-
cipais de Educação (DME) e aos demais trabalhadores da educação que atuam
nas Secretarias Municipais de Educação (SME) no atendimento a recomendação
nº 01/2021, do Ministério Público de Contas do Estado do Tocantins, publicada no
dia 31 de março de 2021 (MPC, 2021), que estabeleceu o prazo de 15 (quinze) dias
para os representantes da educação nos Municípios encaminharem ao referido
órgão de controle os seus respectivos Planos de Retomada das atividades escola-
res.
Diante desse desafio, o Boletim está estruturado em três seções para melhor
compreensão: a primeira, versa sobre os marcos legais que fundamentam o Pla-
no de Retomada das atividades escolares; posteriormente, destaca que o Plano
Municipal de Educação (PME) deve ser o ponto de partida para subsidiar a cons-
trução do Plano de Retomada, pois é uma lei que traz o instrumento macro do
planejamento da educação municipal; por último, apresenta com mais detalhes os
elementos que devem compor o Plano de Retomada e, como sugestão de traba-
lho, traz um quadro para monitoramento e acompanhamento das ações previstas
para 2021.
Ressalta-se que a equipe de profissionais que atua na Rede Colaboração To-
cantins (RCT) planeja e desenvolve suas atividades sempre em consonância com
a base normativa nacional e estadual, assim como a partir das orientações da Or-
ganização Mundial de Saúde (OMS), mantendo, portanto, o distanciamento físico
e isolamento social.
Nessa perspectiva, a RCT dará continuidade ao trabalho de formação, acom-
panhamento e avaliação e orienta os DME do Tocantins a garantirem as condições
de segurança e os protocolos sanitários necessários à proteção da saúde e da vida
dos servidores/cursistas nos encontros síncronos e nas atividades assíncronas
realizadas nas dependências das SME e/ou das instituições educacionais.
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1 A retomada às aulas em 2021 no Estado do Tocantins:
normatização e encaminhamentos
O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE) e o Ministério Público
Estadual do Tocantins (MPE) têm acompanhado e fiscalizado o processo de re-
tomada às aulas em 2021, primando pela segurança sanitária que as instituições
educacionais devem ter para a oferta educacional, conforme determina a Lei nº
14.040/2020 (BRASIL, 2020).
Nesse sentido, o MPC emitiu a recomendação nº 01/2021 (MPC, 2021), esta-
belecendo prazo para o encaminhamento dos Planos municipais de retomada das
atividades escolares.
A Portaria Seduc nº 185/2021 (TOCANTINS, 2021a) comunga com as orienta-
ções contidas no alerta do TCE1 e estabelece que as redes e instituições de ensino
devem elaborar o plano de retorno das atividades educacionais presenciais, tendo
como base o Protocolo de Segurança em Saúde editado pela Portaria Conjunta nº
2/2020/SES/GASEC/SEDUC/UNITINS (TOCANTINS, 2020), o Guia de Implementa-
ção de Retorno das Atividades Presenciais nas Escolas de Educação Básica (BRA-
SIL, 2020a), do Ministério da Educação, e normas complementares.
Com a possibilidade de retorno das atividades presenciais definida pelo go-
verno, por meio do Decreto nº 6.211/2021 (TOCANTINS, 2021b), para o Sistema
Estadual de Ensino, as redes municipais que o integram deverão seguir um con-
junto de ações que visam o cumprimento dos protocolos sanitários, bem como as
orientações emanadas do Conselho Estadual de Educação (CEE/TO), para que o
direito à educação possa ser garantido com responsabilidade e segurança.
Aos municípios que não têm sistema próprio de ensino/educação e integram
o Sistema Estadual de Ensino, conforme o artigo 4º da Portaria Seduc nº 185/2021
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normas complementares. No entanto, recomendou-se a constituição de Comis-
são Municipal de Segurança em Saúde e Prevenção à Covid-19, para o enfren-
tamento ao novo coronavírus em ambientes escolares.
À referida Comissão, observando o disposto no artigo 7º da Portaria Seduc nº
185/2021, incumbe-se de aprovar o Plano de Retorno das Atividades Educacionais
Presenciais. A esse respeito, de acordo com o inciso I, as “escolas municipais sub-
meterão seus planos à Comissão Municipal de Segurança em Saúde e Prevenção à
Covid-19 para aprovação”.
Considerando as determinações normativas, nos sistemas e redes de ensino/
educação há a necessidade da criação das condições para o possível retorno às
aulas presenciais. Para tanto, pelo menos duas questões são essenciais: No mo-
mento, como encontram-se as condições para a realização das atividades de
ensino em seu município e nas escolas? Em que situação encontra-se o plane-
jamento para o retorno ao processo formativo no âmbito municipal, conside-
rando a garantia do direito à vida e à educação da população?
htts://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.040-de-
18-de-agosto-de-2020-272981525
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=403266
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=408765
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=408816
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Plano Municipal de Educação: a base da gestão municipal
no Plano de Retomada das Atividades Escolares
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3 Plano de Retomada das atividades escolares: desafios da
educação municipal
A retomada das atividades escolares nas redes e sistemas municipais de en-
sino/educação exige, por parte do poder púbico, que o direito à educação seja
garantido a TODAS as crianças e estudantes, nas distintas etapas, modalidades
e níveis de ensino, sobretudo nesse momento em que a pandemia causada pelo
novo coronavírus escancarou as nossas desigualdades sociais e as fragilidades da
escola pública no processo pedagógico e avaliativo, principalmente, no acesso às
novas tecnologias e à internet banda larga, que foram impulsionadas pelo isola-
mento social.
Dessa forma, o retorno às atividades escolares perpassa pela elaboração do
Plano de Retomada, que deve ser PME e no diagnóstico da realidade.
Ressalta-se que no Plano de Retomada esteja destacado como se dará o pro-
cesso de recuperação do direito de aprendizagem, prejudicado em 2020, em de-
corrência da suspensão das aulas presenciais. Nesse sentido, as redes e sistemas
de ensino/educação devem organizar seu planejamento a partir do contexto da
pandemia da Covid-19, de acordo com os protocolos e normas sanitárias.
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4 REFERÊNCIAS