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Relatório Síntese

Avaliação da Aprendizagem
Língua Portuguesa

Julho | 2023
SEB
Relatório Síntese
Avaliação da Aprendizagem
Língua Portuguesa

PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES


E GESTORES PARA O FORTALECIMENTO DA APRENDIZAGEM
NA EDUCAÇÃO BÁSICA MUNICIPAL NO TOCANTINS – EDUCATO

Coordenador da RCT
Leonardo Victor dos Santos

Coordenadora EducaTO
Elaine Aires Nunes

Monitoramento das Ações Formativas do EducaTO


Leni Barbosa Feitosa

Assessoria de Acompanhamento e Monitoramento


Liz Adriana dos Santos Martins
Cleidiana Santana Parente

Assessoria de Avaliação
José Carlos da Silveira Freire

Supervisores Regionais EducaTO


Maria do Rosário Dias Rodrigues
Ana Karlla Aires Nunes
Vivianny Cardoso Damaso
Rodson Layne Luiz Barbosa
Alexandre Oliveira da Silva
Chera Leles

Condensação de dados
Rogério Castro Ferreira
André Nunes Gáspio
Adriano Fraga Rodrigues Vital
Ediane dos Santos Rodrigues
Cristiane Hermelinda Castro Gáspio Santos
Marina Gomes Soares

Designer Gráfico / Diagramação


Juniezer Barros de Souza

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APRESENTAÇÃO

O Projeto de Formação Continuada de professores da educação básica


para o fortalecimento das aprendizagens – EducaTO é uma ação da Rede de
Colaboração do Tocantins composta por diversos segmentos da educação, e
que tem por objetivo geral proporcionar às redes e sistemas municipais de ensino
do Estado do Tocantins, formação, acompanhamento, monitoramento e
avaliação para a melhoria do processo de gestão e prática pedagógica, voltados
para o fortalecimento da aprendizagem, consideradas as fragilidades
acentuadas pela crise educacional derivada do fechamento das escolas em
virtude da Pandemia de Covid – 19.

Na organização das formações do Projeto, os conteúdos foram


sistematizados em torno de cinco módulos e um módulo transversal com
temáticas voltadas para o fortalecimento das aprendizagens.

• Módulo I: Avaliação diagnóstica do trabalho pedagógico e das


aprendizagens;
• Módulo II: Aprendizagem, desenvolvimento humano e práticas
pedagógicas alfabetizadoras;
• Módulo III: Organização do trabalho pedagógico e do processo de
ensino-aprendizagem;
• Módulo IV: Planejamento e avaliação da aprendizagem e do
desenvolvimento humano;
• Módulo V: Seminários temáticos (conhecimentos escolares, práticas
avaliativas e metodologias apropriadas para o fortalecimento das
aprendizagens);
• Módulo transversal: Práticas didático-pedagógicas para o
fortalecimento das aprendizagens (dentro de cada módulo).

No decorrer dos módulos, destacamos a avaliação da aprendizagem


escolar como temática central das discussões, uma vez que ela se faz presente
na vida de todos nós que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos
e práticas educativas. Logo, ela torna-se um recurso extremamente útil para
auxiliar educadores, coordenadores, gestores, redes de ensino e os próprios
educandos na busca e na construção de si mesmos e do seu melhor modo de
ser na vida.

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Na visão de Luckesi (2000, p.1):

A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva,


dinâmica e construtiva, diversa dos exames que não são amorosos,
são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A
avaliação inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem,
marginalizam.

Desse modo, a avaliação da aprendizagem, por ser amorosa, implica em


ações de acolhimento aos educandos, sendo o ponto de partida para o
desenvolvimento das ações em prol da aprendizagem e de uma construção de
si mesmo, do qual corroboramos com Luckesi (2000) quando ele fala que:
O ato de avaliar, devido a estar a serviço da obtenção do melhor
resultado possível, antes de mais nada, implica a disposição de
acolher. Isso significa a possibilidade de tomar uma situação da forma
como se apresenta, seja ela satisfatória ou insatisfatória agradável ou
desagradável, bonita ou feia. Ela é assim, nada mais. Acolhê-la como
está é o ponto de partida para se fazer qualquer coisa que possa ser
feita com ela. Avaliar um educando implica, antes de mais nada,
acolhê-lo no seu ser e no seu modo de ser, como está, para, a partir
daí, decidir o que fazer. (LUCKESI, 2000, p.1)

Ainda na visão de Luckesi (2009, p.69) a avaliação trata de um “juízo de


qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão”, ou
seja, a avaliação não é algo estático, é um procedimento que envolve sujeitos,
ações e ideologias. Logo, o ato de avaliar implica dois processos articulados e
indissociáveis: diagnosticar e decidir. “Não é possível uma decisão sem um
diagnóstico, e um diagnóstico, sem uma decisão é um processo abortado”
(LUCKESI, 2000, p.2).
Nessa perspectiva, as informações oferecidas por esse relatório síntese
da avaliação da aprendizagem, idealizado pelo projeto EducaTO e realizado
pelas escolas dos municípios participantes, tornam-se essenciais para mostrar
a realidade da educação dos municípios do Estado do Tocantins, guiar o
planejamento e escolher as intervenções pedagógicas adequadas, como forma
de promover a recuperação dos pontos identificados como fracos nos
municípios.
Foram realizadas pelas escolas dos municípios participantes do projeto,
as avaliações de aprendizagem para os componentes de Língua Portuguesa e
Matemática. Cabe destacar que, cada escola, rede ou sistema, estruturou,
construiu e elaborou as suas avaliações, vez que na perspectiva do Projeto

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EducaTO, os municípios precisam exercer sua autonomia no cumprimento do


marco legal, entender o processo de construção de suas ações e não esperar
por respostas prontas, considerando que os profissionais da educação em
formação são os atores da sua realidade.
Destacamos que, por meio das formações assíncronas, síncronas e
presenciais, realizadas pelo projeto EducaTO, orientamos as escolas acerca da
importância da realização das avaliações diagnósticas e apontamos etapas
imprescindíveis para a construção de um sistema, uma metodologia própria de
avaliação capaz de direcionar as ações de intervenção constantes na
aprendizagem dos estudantes e no processo de ensino e formação de
professores. Dessa forma, orientamos aos gestores pedagógicos:

1. Professores e coordenadores pedagógicos definem conjuntamente as


habilidades e descritores para composição da avaliação por ano;
2. Identificação de questões e atividades relacionadas às habilidades e
descritores escolhidos para avaliação; sugerimos utilizarem as questões já
construídas e disponíveis no CAED, Aprova Brasil e outros bancos de avaliações
disponíveis, nos casos em que não sentiam segurança para construção de itens;
3. Aplicação da avaliação por outros profissionais que não fossem os
professores dos alunos;
4. Disponibilizamos um instrumento para consolidação das avaliações
pela escola/ SEMED;
5. Orientamos ainda que independente da avaliação diagnóstica da
escola, a SEMED deveria realizar a avaliação Diagnóstica da Rede de Ensino,
pois são instrumentos com objetivos distintos.

Nessa perspectiva, na elaboração e aplicação da avaliação de


aprendizagem do Componente Curricular de Língua Portuguesa, destaca-se a
participação dos municípios das treze regionais de ensino, totalizando 145
escolas e 17.185 alunos participantes. Em relação ao quantitativo de respostas,
a regional de Araguaína e Gurupi destacaram-se dentre as demais com
respectivamente, 5.053 e 2.796 respostas.
Ainda é necessário destacar que as avaliações foram aplicadas às turmas
dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sejam pertencentes as escolas

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urbanas ou rurais. Em temos gerais, calculando a média dos alunos


respondentes por etapa nas trezes regionais de ensino no Componente
Curricular de Língua Portuguesa, observa-se que houve a participação de: 1º
ano (20%), 2º ano (18,9%), 3º ano (20,9%), 4º ano (19,8%) e 5º ano (20,4%).
Já em relação ao quantitativo de acertos e erros das questões, observa-
se que do total de questões respondidas pelos alunos participantes das treze
regionais de ensino, 59,1% acertaram as questões e 40,9% não conseguiram ter
êxito. Esse dado mostra a realidade da aprendizagem dos nossos alunos e nos
traz preocupação, uma vez que mais de 40% dos participantes estão em uma
condição inadequada de aprendizagem.
O relatório apresenta a quantidade e percentual de respostas dos alunos,
comparativo entre questões que foram respondidas corretas e não corretas,
descrição e percentual das 15 habilidades, e respectivos códigos, alinhadas à
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e Documento Curricular do Tocantins
(DCT) mais utilizadas na avaliação da aprendizagem de Matemática, bem como
percentual de acertos e não acertos de questões de acordo com as 15
habilidades mais mencionadas.
Acreditamos que este Relatório Síntese da Avaliação Diagnóstica da
Aprendizagem – Língua Portuguesa, servirá como instrumento de avaliação e
planejamento das ações técnicas, administrativas e pedagógicas das redes e
sistemas municipais de ensino do estado do Tocantins.
E, mediante vislumbre da fragilidade da aprendizagem de Língua
Portuguesa no 1º ao 5º ano do ensino fundamental, o Projeto EducaTO
sistematizou os resultados das avaliações das escolas e redes e, neste
momento, apresenta o Relatório Síntese da Avaliação Diagnóstica da
Aprendizagem – Língua Portuguesa dos anos iniciais (1ª ao 5º ano) do ensino
fundamental.

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REFERÊNCIAS

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 20. ed. São Paulo:


Cortez, 2009.

LUCKESI, Cipriano C. O QUE É MESMO O ATO DE AVALIAR A


APRENDIZAGEM?. Pátio. Porto alegre: ARTMED. Ano 3, n. 12 fev./abr. 2000.

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LISTA DE QUADROS

LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO

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