Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
6L82qfERUuLZ8UwQ5UJg Ebook Avia Rio - Influenza Avia Ria Tudo o Que Voce Precisa Saber para Proteger Sua Granja
6L82qfERUuLZ8UwQ5UJg Ebook Avia Rio - Influenza Avia Ria Tudo o Que Voce Precisa Saber para Proteger Sua Granja
AVIÁRIA:
A influenza aviária (IA) é uma doença de notificação
obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE). É causada por um agente viral altamente
contagioso que afeta diversas espécies de aves, tanto
domésticas quanto silvestres e, ocasionalmente,
mamíferos como roedores sinantrópicos, felinos,
caninos, equinos, suínos e o homem, refletindo em
uma natureza zoonótica. Pode se espalhar
rapidamente entre a população avícola, gerando
grandes perdas econômicas não só ao nosso setor,
como também ao PIB nacional.
Morbidade e mortalidade
Diagnóstico
Um diagnóstico definitivo de IA é estabelecido por: (1)
detecção direta de proteínas ou genes virais em
amostras teciduais, culturas celulares ou ovos
embrionados; ou (2) isolamento e identificação do
vírus por meio da Reação em Cadeia da Polimerase
(PCR). Um diagnóstico presuntivo pode ser feito
através da detecção de anticorpos para o vírus da IA
pelo teste sorológico. Durante surtos de HPAI, taxas de
mortalidade, sinais clínicos e lesões podem ser de
grande valia como triagem para definir quais granjas
devem realizar quarentena e possivelmente o
despovoamento de aves para fins de erradicação.
Diagnósticos diferenciais
Devido ao amplo espectro de sinais e lesões, um
diagnóstico definitivo deve ser feito por métodos
virológicos e sorológicos. Para vírus HPAI, outras
causas de alta mortalidade, como a doença de
Newcastle, septicemias por cólera, exaustão por calor,
privação de água e algumas toxinas devem ser
excluídos.
No que diz respeito ao vírus LPAI, outras causas de
doenças respiratórias e com capacidade de reduzir a
produção de ovos devem ser investigadas, como o
vírus lento da doença de Newcastle, metapneumovírus
aviário e outros paramixovírus, laringotraqueíte
infecciosa, bronquite infecciosa, clamídia, micoplasma
e outras bactérias. Infecções concomitantes com
outros agentes têm sido observadas e podem gerar
dúvidas em relação aos patógenos envolvidos.
Estratégias de intervenção
Para prevenir a propagação e disseminação da
Influenza Aviária no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) recomenda um conjunto de
medidas que incluem: monitoramento e vigilância da
saúde animal; vacinação de aves em grandes centros
de criação avícola; inspeção de aves e de seus
produtos; restrição de viagens e circulação de pessoas
que trabalham com aves; e fiscalização de mercados
de animais vivos. Além disso, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
recomenda que sejam adotadas as medidas de
biossegurança e biocontenção necessárias para
controlar a disseminação do vírus.
Considerações finais
Portanto, a aplicação de medidas de biosseguridade
em granjas avícolas é essencial no âmbito de limitar a
exposição de aves domésticas a animais selvagens,
principalmente migratórios e/ou aquáticos, visto que
essa é a principal forma de risco para introdução do
vírus da influenza aviária no plantel nacional de aves.
Essas medidas incluem a construção de cercas para
impedir a entrada de animais selvagens, o
monitoramento de aves migratórias, a adoção de
medidas de higiene e sanitização apropriadas, e a
vigilância das condições ambientais, como
temperatura e umidade, para prevenir o
desenvolvimento de agentes patogênicos. Além disso,
é importante garantir que os animais não tenham
contato com aves doentes, e que sejam mantidos em
áreas bem ventiladas. Adotando-se tais medidas,
consequentemente se reduz o risco de que o vírus
evolua para formas de maior patogenicidade, evitando
novas formas virais, sejam elas patogênicas em aves
ou de importância à saúde pública.
HARDER, T. C.; BUDA, S.; HENGEL, H.; BEER, M. et al. Poultry food
products: A source of avian influenza virus transmission to
humans? Clinical microbiology and infection, 22, n. 2, p. 141-146,
2016.