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Exame de consciência geral sobre a humildade


(Tirado do livro “Formation à l’humilité”)

1- Que estima e que desejos temos em relação à humildade?

2- Compreendemos que unicamente a humildade pode dar a alma


a capacidade de receber e conservar todas as outras virtudes?
3- A humildade é um dos objetivos mais frequentes de nossas
preces e súplicas? Fazemos dela muitas vezes o tema de nossas leituras
e exames? Entre os meios para adquirir a humildade existe pele menos
um que empregamos com perseverança?

4- Quando estamos em presença do Santíssimo Sacramento;


quando O possuímos em nosso coração, procuramos atrair para nós a
humildade inefável de Jesus-Hóstia e sua doçura tão comunicativa?

5- Olhamos as humilhações que nos vem, sejam do próximo,


sejam de nós mesmos, como ocasiões preciosas e providenciais para
avançarmos na ciência da humildade?

6- Estamos persuadidos que nossas melhores ações estão muitas


vezes manchadas por algumas secretas influencias más? Como -
suportamos o trauma de nosso amor próprio quando percebem que em
tal ou tal ponto de nossa reputação é alterada ou usurpada?

7- Nossa paz não foi perturbada ou perdida quando aconteceu de


descobrirmos na realidade o pouco que valemos?

10- Não gastamos muito tempo em dissimular nossas faltas, bem


mais que evitá-las?

11- Conversamos de boa vontade com pessoas de condição


inferior?

12- Para onde se inclina o instinto de nossas simpatias: do lado


das almas simples e modestas, ou do lado do espíritos audaciosos,
sempre seguros de si mesmo?
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13- Não amamos em geral tudo que é prestigiado, unicamente


porque isto passa por cima do vulgar, do comum, desdenhosamente?

14- Em nosso modo de falar e agir, não tomamos sempre ares de


arrogantes de "grandeza" que acharíamos ridículos em outros?

15- Cremos seriamente que o espírito do Evangelho pede ao


cristão para procurar a simplicidade de em seu gênero de vida, seus
trajes, sua alimentação, e em todo o resto, ou onde os mundanos põe
tanta ostentação?

16- Nunca fizemos parte desta conspiração universal contra a


verdade, que tira o proveito da vaidade de cada um?

17-Causa-nos repugnância aceitar ou oferecer as adulações


mentirosas em que os mundanos se pagam mutuamente?

18- Gostamos de fazer nossas boas obras em segredo?

19- Ainda que respeitando o dever de edificação, continuamos no


espírito de conselho que deu Nosso Senhor: para rezar, o Pai celeste
prefere um lugar escondido?

20- Não caímos algumas vezes neste deplorável erro de vários


consistente em falar de suas obras de zelo com tanta satisfação quanta
prolixidade?

21- Temos conservado a humildade em nossas consolações e


progressos espirituais , nos sucessos encorajadores de nossas obras?

22- Somos capazes, a despeito destas alegrias muito raras nos


contentarmos com o testemunho de nossa consciência?
23- Podemos passar muito tempo sem a marca exterior da
aprovação dos outros?

24- Não combatemos nossas tristezas e desencorajamentos pelos


olhares de complacência sobre certos lados vantajosos de nossa
personalidade?
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25- A desconfiança de nossas próprias forças não será apenas o


prelúdio grade desconfiança em Deus?

26- Não fazemos a humildade servir de pretexto para a preguiça,


perdendo tempo em gemer sobre nossas misérias em lugar de resgatá-
las pelo trabalho e a generosidade no sacrifício?

27- Cobrimos com o nome de humildade uma disposição de


humor ácida, nauseante de nós mesmos e de nossas funções?

28- Não é também por meio de uma falsa humildade que tememos
aparecer, quando é preciso; que nos fechamos no isolamento covarde
em vez de afrontar o mundo?

29- Nossa timidez não é um disfarce de nosso amor próprio?


30- Quando, a utilidade ou a caridade requerem que falemos do
que nos concerne, não temos mais afetação que modéstia?

31- Nossos sentimentos de humildade são bastante sobrenaturais


para nos manter sempre pacientes. e doces em face de nossas incuráveis
misérias?

32- Como aceitamos as ocasiões que revelam nossos erros,


defeitos e que podem ser tema de crítica, ridículo e escárnio?

33- Somos igualmente indiferentes aos elogios e aos ataques, ou


pelo contrário nosso amor próprio não se arrepia facilmente por uma
pequena palavra picante, por uma ligeira falta de atenção?

34- O lamento que temos de nossos pecados não é em grande parte


causado pela vergonha e pelo despeito?

35- Não é por falta de humildade que não conseguimos nos


levantar imediatamente após nossas quedas; e, depois aproveitamos
nossas faltas que procuramos fazer, valer de circunstâncias atenuantes,
diante de nós mesmos ou diante dos outros e até mesmo diante de nosso
diretor espiritual?
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36- Tememos a presunção, como sequência natural do hábito que


temos de repreender, dirigir, comandar, ter oficialmente sempre razão?

37- Nossa opinião a nosso respeito não é bem oposta ao


sentimento tão estranho, humanamente falando, que fazia dizer a São
Paulo: "Eu sou o primeiro dos pecadores", ou a São Vicente de Paulo:
"Eu sou o pior de todos os demônios" ou a outros santos: "Entre os
servidores do bom Deus eu sou o último dos últimos"?

38- Sentimos profundamente a necessidade de rezar antes de agir


e de agradecer depois da ação?

39- Achando que nossa responsabilidade atual já bem pesada, não


lamentamos cada vez, por orgulho, quando temos que cumprir nosso
dever?

40- Por modestas que sejam estas funções, as estimamos acima do


que valemos?

41- Gostamos de trabalhar sobre ordem, separar para nós a parte


mais laboriosa, e depois nos afastarmos no momento do prêmio
deixando para os outros o direito ao mérito e aos louvores?
42- Continuamos bastante calmos quando cremos que os
superiores nos esquecem ou fazem pouco caso de nós?

43- Só falamos deles com respeito, mesmo quando nos causa


algum desgosto? Como recebemos as repreensões? Com fortes réplicas,
desculpas, murmúrios; ou pelo contrário com propósito sincero de
contentá-los no futuro?

44-Não somo ciosos excessivamente de nossa independência


pessoal?

45- Observamos a regra geral de não falar mal do próximo?

46- Esforçamo-nos para ter dele a melhor opinião possível?

47- Afastamo-nos decididamente pensamentos de suas


imperfeições? Recusamo-nos em julgá-lo?
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48- Somos falhos no espírito de contradição?

49- Somos pouco inclinados para as discussões?

50- Sabemos não interromper o outro e nos calarmos


oportunamente?

51-Deixamos de boa vontade aos outros o que há de melhor e mais


cobiçado?

52- Temos por todos constantes prevenções inspiradas seja pelo


respeito interior em relação a eles, seja pelo sentimento sincero de nossa
inferioridade?

53- Não temos em nós nada deste espírito de auto-suficiência e de


dominação diante do qual todos devem se curvar?

54- Suportamos docemente a provação, a exemplo do Divino


Mestre, quando não nos escutam, contradizem nossas palavras,
desnaturam nossas intenções, rejeita, nossos pedidos, ridicularizam
nossos conselhos, nos tratam sem cuidado e com desdém afetado?
55- Quando pensamos ser vítimas de malevolência, da injustiça,
não afastamos o que nos fere, com impaciência e cólera?

56- Enquanto Nosso Senhor se calava diante do ódio e da calúnia:


Jesus autem tacebat, não caímos em uma destas três faltas: vingar-se
das palavras de desprezo ou por debiques sangrentas; entreter contra
seus agressores uma amargura perseverante; ou finalmente, deixar a
coragem sucumbir de tristeza?

57- Por mais cruéis que sejam nossas penas reconhecemos que
como pecadores, mereceríamos tratamentos piores ainda?

58- Perdoamos nossos inimigos diante de Deus e rezamos por


eles?

59- Estamos resolvidos a abandonar sempre nossa causa nas mãos


de nosso Pai celeste, para poder viver e morrer em sua bem-aventurada
paz?

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