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NOÇÕES

DE DIREITO
TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações
(Execução Fiscal)

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

Sumário
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)............................................................................3
Dívida Ativa...........................................................................................................................................................................3
Execução Fiscal.................................................................................................................................................................6
Embargos à Execução Fiscal. . ...................................................................................................................................11
Exceção de Pré-Executividade. . ..............................................................................................................................12
Prescrição Intercorrente............................................................................................................................................13
Súmulas................................................................................................................................................................................14
Resumo.................................................................................................................................................................................15
Questões de Concurso.................................................................................................................................................19
Gabarito...............................................................................................................................................................................36
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................37

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

LEI N. 6.830/1980 E SUAS ALTERAÇÕES (EXECUÇÃO


FISCAL)
Dívida Ativa
Para compreensão do conteúdo da Lei n. 6.830/1980, é preciso que você tenha conheci-
mento do tema “dívida ativa”, objeto de estudo no curso de Direito Tributário. Aqui, veremos
este tema de forma breve.
A Dívida Ativa, segundo a Lei n. 4.320/1964 (que dispõe sobre as normas gerais de Direito
Financeiro aplicáveis no Brasil), é o crédito que tem o Poder Público a seu favor após apurada
a sua certeza e liquidez, e pode ser Tributária e Não Tributária, conforme o art. 39, par. 3º:

§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação
legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais
créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios,
alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimen-
tos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente jul-
gados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de
hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais.

Assim, interessa à nossa matéria a Dívida Ativa Tributária, a qual representa o crédito
da Fazenda Pública proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicio-
nais e multas
A repartição administrativa competente pelo respectivo crédito tributário inscreve-o em dí-
vida ativa após esgotamento do prazo de pagamento determinado por lei ou por decisão final
proferida em processo administrativo fiscal.
Ou seja, o sujeito passivo não paga o tributo ou a multa tributária no prazo, a autoridade
administrativa competente avalia as circunstâncias inerentes ao respectivo crédito tributário,
e, constatando a sua regularidade e legalidade, inscreve-o em dívida ativa, preparando-se para
um processo de cobrança.

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente ins-
crita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

Ao inscrevê-lo em dívida ativa, a autoridade elabora um termo e o autentica, devendo o


referido termo, além de indicar o livro e a folha da inscrição, conter as seguintes informações:

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Termo de Inscrição em Dívida Ativa deve conter:

o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem


como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e
de outros;

a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora


acrescidos;

a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a


disposição da lei em que seja fundado;

a data em que foi inscrita;

sendo caso, o número do processo administrativo de que se


originar o crédito.

E se por acaso a autoridade competente para gerar o termo de inscrição em dívida ativa
esquecer de registrar um dos itens acima? Ou se o registrar de forma equivocada?

Aí a inscrição será considerada nula, e o processo de cobrança da dívida também será


considerado nulo.

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo,
são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade
poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula,
devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá
versar sobre a parte modificada.

No entanto, o legislador destacou que a referida nulidade pode ser corrigida pela autorida-
de através de substituição do termo de inscrição em dívida ativa até que seja proferida decisão
de primeiro grau. E, obviamente, o sujeito passivo, o acusado ou o interessado deve (i) ter ciên-
cia da referida modificação e (ii) concessão de novo prazo para que possa apresentar defesa
em relação à parte da certidão que foi alterada.
Especificamente no que se refere aos débitos inscritos em dívida ativa já em fase de co-
brança judicial através de ação de execução fiscal, destaca a Lei n. 6.830/1980, em seu par. 8
do art. 2º, até que momento a Certidão de Dívida Ativa - CDA pode ser emendada/substituída:

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

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Sobre o assunto, Superior Tribunal de Justiça editou súmula destacando que a certidão de
dívida ativa que instrui a Ação de Execução Fiscal pode ser substituída até a prolação de sen-
tença de embargos para correção de erro material/formal.
Entretanto, destaca a impossibilidade de alteração do sujeito passivo através de substitui-
ção da CDA, pois com essa modificação estaria, em verdade, sendo alterado o próprio lança-
mento do crédito tributário:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

Sendo assim, a substituição da CDA anexa à Ação de Execução Fiscal não pode ser reali-
zada para alterar elementos inerentes ao lançamento.
Em resumo, o crédito tributário é constituído conforme os mandamentos legais, através do
lançamento, o sujeito passivo é intimado para pagá-lo, mas não o quita até o seu respectivo
vencimento, e a Fazenda Pública, como já visto, inscreve-o em Dívida Ativa gerando um ter-
mo/certidão.
Tal certidão, é um título executivo extrajudicial, que formaliza a dívida e funciona como pro-
va pré-constituída, exteriorizando a presunção de certeza e liquidez da dívida ativa.

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de
prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

O par. único do art. 204 do CTN destaca que a presunção de certeza e liquidez da dívida
inscrita é relativa, pois o sujeito passivo ou terceiro interessado pode demonstrar que tal dívida
não é líquida nem certa, através de prova inequívoca.
Ademais, considera-se que o valor inscrito em dívida ativa abrange a atualização monetá-
ria, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.
Para uma melhor compreensão, juntaremos um quadro esquemático que consta no site da
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional sobre a Dívida Ativa:

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Execução Fiscal
Nas palavras de Leandro Paulsen:

A ação de execução fiscal é a via processual adequada para o sujeito ativo da relação tributária,
munido da Certidão de Dívida Ativa (CDA) como título executivo extrajudicial, buscar a satisfação
compulsória do seu crédito perante o sujeito passivo, seja contribuinte ou responsável tributário. A
execução fiscal também se presta para a cobrança da dívida ativa não tributária.

A execução fiscal é o tipo de ação fiscal mais conhecido e mais temido pelos sujeitos pas-
sivos da obrigação tributária, é a ação judicial proposta pela Fazenda Pública (sujeito ativo)
para cobrar os seus créditos tributários e não tributários inscritos em dívida ativa.
Como visto no tópico acima, o crédito tributário definitivamente constituído e cobrado sem
o devido pagamento no prazo legal, acarreta na inscrição do referido débito em dívida ativa e
na emissão da respectiva Certidão de Dívida Ativa – CDA.
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A CDA é um título extrajudicial que é utilizado para ajuizamento de execução fiscal para
cobrar o tributo não pago pelo devedor.
O Código de Processo Civil - CPC, em seu art. 783, dispõe que “a execução para cobrança
de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível”.
Na sequência, no art. 784 do CPC, é previsto que é considerado como título executivo ex-
trajudicial a Certidão de Dívida Ativa:

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:


...
IX – a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei.

Sendo assim, a CDA é utilizada para cobrar judicialmente os devedores de tributos que não
os pagaram diante de cobrança administrativa e amigável.
A CDA instrui a ação de execução fiscal, a qual tem rito especial e seguirá as disposições
previstas na Lei n. 6.830/1980, sendo o CPC aplicado de forma subsidiária: esta é a previsão
do art. 1º da referida Lei. Veja:

Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código
de Processo Civil.

Quanto ao destaque de que a CDA será utilizada para instruir e ação de execução fiscal, tal
previsão consta no art. 6º, pars. 1º e 2º da LEF:

§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante,
como se estivesse transcrita.
§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, prepara-
do inclusive por processo eletrônico.

A referida petição deve ter apenas os seguintes elementos (art. 6º, LEF:

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E contra quem poderá ser promovida a execução fiscal?

Nos termos do art. 4º da Lei n. 6.830/80:

O juiz ao avaliar a petição inicial e a deferir, emitirá despacho determinando que seja cum-
prida as referidas ordens:

Art. 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para:


I – citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º;
II – penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito, fiança ou
seguro garantia;
III – arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar;
IV – registro da penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de custas ou outras des-
pesas, observado o disposto no artigo 14; e
V – avaliação dos bens penhorados ou arrestados.

Devidamente citado do teor da execução fiscal, o executado terá o prazo de 5 (cinco) dias para
pagar o débito (com juros de mora e demais encargos) ou para garantir a execução (art. 8º, LEF).
A garantia da execução, segundo o art. 9º da Lei n. 6.830/80 poderá se dar das seguin-
tes formas:

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Caso o executado não pague a dívida nem garanta a execução, a penhora poderá recair
sobre qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis
(art. 10, LEF).
Nesse sentido, o art. 11 da Lei n. 6.830/80 prevê a ordem que deve ser realizada a penhora
ou o arresto de bens:

Além disso, segundo o art. 15 da LEF, em qualquer fase do processo o juiz deferirá:
(i) ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou
seguro garantia;
(ii) à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente
da ordem prevista na tabela acima (art. 11), bem como o reforço da penhora insuficiente.
Após o oferecimento da garantia, pode o executado oferecer embargos à execução fiscal
a fim de questionar o teor da execução fiscal, de forma que, nos termos da LEF, a garantia é
indispensável para a oposição dos embargos:

Art. 16, § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

No entanto, pontue-se que o Superior Tribunal de Justiça já aceitou a oposição de embar-


gos à execução fiscal sem que tenha sido apresentada qualquer garantia.
Importante atentar-se ainda ao art. 185 do Código Tributário Nacional, que prevê que o su-
jeito passivo que estiver em débito perante a Fazenda Pública, já inscrito em dívida ativa, não
pode dispor livremente de seus bens/rendas, devendo reservar, antes, o suficiente para cobrir
o valor da dívida:

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo
devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

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Tratando-se de débito tributário já inscrito em dívida ativa e objeto de execução fiscal, se


o sujeito passivo for citado e não forem oferecidos bens à penhora ou não forem encontrados
bens penhoráveis, será determinada pelo juiz a indisponibilidade de bens/direitos suficientes
para garantir o valor total da dívida, devendo a referida decisão ser comunicada aos órgãos
e entidades que promovem a transferência dos bens, preferencialmente por meio eletrônico.
Esta previsão consta no art. 185-A do CTN:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens
à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponi-
bilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos
órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro
público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a
fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo
o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem
esse limite.
§ 2º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo
enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade
houverem promovido.

Ajuizada a execução fiscal, o juízo determinará a citação do executado para que no prazo
de 5 (cinco) dias este pague a dívida ou garanta a execução fiscal, conforme art. 8º da LEF:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e
multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observa-
das as seguintes normas:

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I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias.

Como se vê, a regra é que a citação seja feita via correios, de modo que se o aviso de recep-
ção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação
será feita por Oficial de Justiça ou por edital.
E caso o executado esteja ausente do país, a citação se dará por edital, com prazo de 60 dias.

Embargos à Execução Fiscal


Os embargos à execução fiscal representam um dos meios que o executado tem para se
defender contra a cobrança da dívida tributária ou não tributária da Fazenda Pública (execução
fiscal), sendo os embargos uma ação de conhecimento em que o embargante (executado)
pode discutir qualquer matéria.
O prazo para oposição da referida peça processual é de 30 (trinta) dias, o qual é contado
levando em consideração a garantia apresentada (e não a data da ciência da execução fiscal).
Nos termos do art. 16 da Lei n. 6.830/80, a contagem se inicia:

Os embargos, uma vez opostos, gerarão um processo autônomo, mas apenso aos autos da
execução fiscal, de forma que, o julgamento do processo de embargos influenciará na conclu-
são do juiz nos autos da execução fiscal.
Sendo julgada procedente a ação de embargos, a execução fiscal será julgada improceden-
te. Caso contrário, se os embargos forem julgados procedentes, será executada a dívida objeto
da CDA anexa à execução fiscal, conforme garantia apresentada pelo executado (embargante).

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Do art. 16 destacado acima, identifica-se os requisitos de admissibilidade dos embargos à


execução fiscal, quais sejam: (i) tempestividade; e (ii) garantia da execução fiscal.
Vamos falar agora sobre a suspensão da execução fiscal em razão da oposição dos em-
bargos? A LEF não previu expressamente que a oposição de embargos à execução fiscal sus-
pende o trâmite da execução fiscal, mas da análise do arts. 18, 19 e 32, par. 2º da referida lei
conclui-se que esta é a intenção do legislador:

Art. 18 - Caso não sejam oferecidos os embargos, a Fazenda Pública manifestar-se-á sobre a garan-
tia da execução.
Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios
autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias:
I – remir o bem, se a garantia for real; ou
II – pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de Divi-
da Ativa pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.
...
Art. 32 - Os depósitos judiciais em dinheiro serão obrigatoriamente feitos:
...
§ 2º - Após o trânsito em julgado da decisão, o depósito, monetariamente atualizado, será devolvido
ao depositante ou entregue à Fazenda Pública, mediante ordem do Juízo competente.

Por não haver previsão expressa quanto ao efeito suspensivo dos embargos, tal assunto
levantou controvérsias no ordenamento jurídico brasileiro, de forma que a doutrina e jurispru-
dência reconhecem a possibilidade de atribuição do efeito suspensivo aos embargos à execu-
ção fiscal, desde que o embargante faça tal pedido de forma expressa mediante apresentação
de garantia e existência de fundamentação relevante e risco de dano.

Exceção de Pré-Executividade
Da análise da Lei n. 6.830/80 expusemos que o executado é intimado para pagar a dívida
ou para garantira a execução fiscal, e que, após a “apresentação a garantia” é aberto o prazo
para oposição de embargos à execução fiscal.
Ocorre que no ordenamento jurídico brasileiro, embora não tenha previsão na LEF, existe
outra forma de defesa, fruto de construção doutrinária, que diz respeito a uma petição incidental
apresentada pelo executado nos autos da execução fiscal: Exceção de Pré-Executividade - EPE.
A referida defesa pode ser apresentada pelo executado (excipiente) através de simples petição
quando o título executivo estiver com vícios, sem a certeza e a liquidez que lhe é inerente, não sen-
do necessária, nesse caso, a apresentação de garantia como pressuposto de sua admissibilidade.
Nesse sentido, a EPE é admitida nos casos de matérias de ordem pública relativas às con-
dições da ação ou a pressupostos processuais e nulidades absolutas, como, por exemplo,
reconhecimento de prescrição, ilegitimidade passiva, irregularidade na citação, nulidades re-
lativas à execução fiscal e inexistência do débito fiscal. Veja que em tais hipóteses não há
necessidade de produção de provas.

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Ao tratar sobre a referida defesa, Eduardo Sabbag previu que:

A exceção de pré-executividade aparece como medida substitutiva de segurança ou garantia em


juízo. Com efeito, tal mecanismo prescinde de segurança do juízo, e seu cabimento ocorre, basi-
camente, em duas situações generalizantes: (I) carência econômica do executado (art. 5º, XXXV e
LV, da CF) e (II) ausência do título executivo dos requisitos da liquidez, da certeza e da exigibilidade
(nula executio sine titulo).

Ademais, pontue-se que a doutrina não determinou o prazo para a utilização do instrumen-
to de defesa em apreço.

Prescrição Intercorrente
A prescrição intercorrente se dá no curso da ação da execução fiscal, quando não for loca-
lizado o executado ou não encontrarem bens suficientes para garantir a execução, o processo
for suspenso por um ano, arquivado, e passados 5 (cinco) anos do arquivamento e o processo
ainda permaneça arquivado.

Este entendimento é retirado do art. 40 da Lei n. 6.830/80:

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontra-
dos bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fa-
zenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados
bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os
autos para prosseguimento da execução.
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ou-
vida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
§ 5º A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4º deste artigo será dispensada no caso de
cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.

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Súmulas
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 153 do STJ: A desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embar-
gos, não exime o exequente dos encargos da sucumbência.
Súmula n. 392 do STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA)
até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material
ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.
Súmula n. 393 do STJ: A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
Súmula n. 406 do STJ: A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado
por precatório.
Súmula n. 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legiti-
mando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
Súmula n. 451 do STJ: É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
Súmula n. 558 do STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indefe-
rida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
Súmula n. 559 do STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da peti-
ção inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não pre-
visto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.

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RESUMO
Dívida Ativa

Termo de Inscrição em Dívida Ativa deve conter:


o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que
possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei
em que seja fundado;
a data em que foi inscrita;
sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

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Execução Fiscal

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Embargos à Execução Fiscal

Exceção de Pré-Executividade

A referida defesa pode ser apresentada pelo executado (excipiente) através de simples
petição quando o título executivo estiver com vícios, sem a certeza e a liquidez que lhe é ine-
rente, não sendo necessária, nesse caso, a apresentação de garantia como pressuposto de
sua admissibilidade.
Nesse sentido, a EPE é admitida nos casos de matérias de ordem pública relativas às con-
dições da ação ou a pressupostos processuais e nulidades absolutas, como, por exemplo,
reconhecimento de prescrição, ilegitimidade passiva, irregularidade na citação, nulidades re-
lativas à execução fiscal e inexistência do débito fiscal. Veja que em tais hipóteses não há
necessidade de produção de provas.

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Prescrição Intercorrente

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBFC/ADVOGADO/IDECI/2013-ADAPTADA) Com base no Código Tributário Nacional
(Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966) e na Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980, que dis-
põe sobre a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública, julgue o item a seguir.
Ajuizada a execução fiscal, o executado será citado para, no prazo de 15 (quinze) dias, pagar
a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução.

002. (IBFC/ADVOGADO/IDECI/2013-ADAPTADA) Com base no Código Tributário Nacional


(Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966) e na Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980, que dis-
põe sobre a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública, julgue o item a seguir.
A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atu-
alização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em contrato.

003. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-RS/2018) Ulisses, titular de empresa individual de res-


ponsabilidade limitada, possui um modesto restaurante na periferia do Município de Sertão
das Flores, onde serve lanches e vende bebidas e artesanato local. No dia 02/05/2018, ele foi
autuado por agente fiscal do município, por falta de pagamento do imposto sobre serviços de
qualquer natureza. Para efeito da lavratura do auto de lançamento, a base de cálculo utilizada
foi o valor total das operações, retroativamente a 03/05/2013. Ulisses, pessoa de pouca instru-
ção, e confiando na incorreção da tributação, por já recolher o Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços, deixou transcorrer o prazo para impugnação na esfera administrativa
e recebeu citação para pagamento de R$ 20.000,00 com juros e multa de mora e encargos, no
prazo de 5 dias, ou garantir a execução, sob pena de penhora de bens.
Com base nessa situação hipotética, analise as assertivas abaixo:
I – A rigor, Ulisses deve garantir a execução fiscal para ajuizar os embargos e suspender a exi-
gibilidade do crédito tributário, conforme prevê o art. 16, § 1º, da Lei n. 6.830/80.
II – Comprovada a insuficiência econômica, Ulisses pode ser assistido pela Defensoria Pública,
que terá o prazo de 15 dias para ajuizar os embargos à execução fiscal, contados da juntada do
aviso de recebimento da carta de citação aos autos.
III – A autuação lavrada pelo fisco municipal foi equivocada, pois, conforme a jurisprudência do STJ,
o fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.
IV – A Defensoria Pública não possui a prerrogativa de intimação pessoal nas execuções fis-
cais, porque a Lei n. 6.830/80 tem natureza especial e prevê tão somente a intimação pessoal
do representante judicial da Fazenda Pública.
V – Pela jurisprudência do STJ, Ulisses não se eximirá do pagamento simultâneo do ICMS e do
ISS, pois essa é uma hipótese de exceção ao princípio do non bis in idem na tributação.
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Está correto o que consta APENAS de:


a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.

004. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-11/2017) Na execução fiscal, o executado poderá


oferecer embargos
a) no prazo de 15 dias, contados da data do oferecimento da garantia da execução.
b) independentemente de seguro o juízo através da garantia da execução.
c) no prazo de 15 dias, contados da citação para pagamento do débito.
d) no prazo de 30 dias, contados do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou do
seguro garantia ou da intimação da penhora.
e) no prazo de 15 dias, contados da juntadas aos autos do comprovante do depósito.

005. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/SEGEP-MA/2016) A respeito da penhora, a Lei das


Execuções Fiscais (Lei n. 6.830/1980) determina:
a) São impenhoráveis direitos e ações.
b) Deverá ser penhorado em primeiro lugar pedras e metais preciosos e, em segundo lu-
gar, dinheiro.
c) A penhora efetuada em dinheiro não poderá ser convertida no depósito.
d) Somente na fase final do processo, o Juiz ordenará de ofício a remoção do bem penhorado
para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública exequente.
e) Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção.

006. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-MT/2016) Segundo a jurisprudência dominante


no Superior Tribunal de Justiça a respeito das execuções fiscais,
a) o fluxo do prazo prescricional em ação de execução fiscal somente se interrompe pela cita-
ção pessoal válida.
b) deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo fique paralisado por mais
de cinco anos após a decisão que determinou o arquivamento da execução fiscal em razão do
pequeno valor do débito executado, sem baixa na distribuição, uma vez que não há suspensão
do prazo prescricional.
c) deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo de execução fiscal fique
paralisado por cinco anos sem a localização de bens penhoráveis.
d) é cabível a citação por edital quando, na execução fiscal, não se obteve êxito na citação
postal, independentemente de diligências ou certidões levadas a efeito pelo oficial de justiça.
e) a interrupção do prazo prescricional, para fins de execução fiscal, se dá pelo despacho do
juiz que ordena a citação, de modo que este será o termo a quo.

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007. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-RS/2011) Determinado Município ajuizou execução fis-


cal em relação a certo contribuinte. A Certidão de Dívida Ativa (CDA), que instruiu a inicial da
execução, continha erro quanto ao nome do sujeito passivo, consistente no fato de que a pes-
soa, cujo nome constava na CDA, como sujeito passivo, não era a devedora do crédito tributário
em execução, o qual era devido por outra pessoa, diversa daquela nominada na CDA que ins-
truiu a inicial. Houve embargos à execução e, antes da sentença, o juiz da execução possibilitou
à Fazenda que substituísse a CDA, sanando-se assim a irregularidade. Dada vista ao antigo e ao
novo sujeito passivo agora apontado na CDA que veio aos autos em substituição à originária,
este sustentou que a substituição da CDA não era possível nesse caso. Considerando essas
circunstâncias e a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a substituição da CDA
a) era possível, pois a irregularidade constitui mero erro formal que pode ser sanado nos ter-
mos do que dispõem o Código Tributário Nacional e a Lei de Execução Fiscal.
b) não era possível, pois a certidão somente pode ser substituída quando há interposição de
embargos à execução.
c) era possível, pois pode ser feita mesmo em sede de exceção de pré-executividade.
d) não era possível, pois, nos casos em que há troca do sujeito passivo da obrigação tributária,
a nulidade não pode ser sanada, visto que nessa hipótese trata-se de alteração do lançamento
e não de simples erro formal ou material.
e) era possível porque a irregularidade constitui-se em mero erro material que pode ser sanado
nos termos do que dispõem o Código Tributário Nacional e a Lei de Execução Fiscal.

008. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/AMAPÁ/2018) Cássio, tio de João, doou para o jovem


sobrinho, em fevereiro de 2017, a motocicleta que recebeu de herança de seu pai, em março de
2015, mês em que este último faleceu. Embora João tivesse apenas 15 anos na data em que a
doação foi feita, Oswaldo, viúvo, pai e responsável legal por João, praticou os atos necessários de
aceitação da doação, em nome de seu filho, aceitação esta sem a qual o contrato de doação não
teria se aperfeiçoado. Todas essas pessoas residiam no Município de Laranjal do Jari/AP. Todos os
atos relacionados com as transmissões de propriedade acima mencionadas foram praticados jun-
to aos órgãos competentes, poucas semanas após a ocorrência dos respectivos fatos geradores.
Ocorre, porém, que a referida motocicleta, que sempre esteve licenciada em Laranjal do Jari,
tinha débito de IPVA referente a 2014, 2015 e 2018. Consta, ainda, que, relativamente a este
veículo, havia débito de ITCD, referente à transmissão causa mortis ocorrida em 2015. Por fim,
identificou-se, ainda, novo débito de ITCD, relativamente à doação feita em 2017. Todos os im-
postos acima mencionados foram objeto de lançamento tributário, por ocasião da ocorrência
dos respectivos fatos geradores. Julgue o item a seguir.
Tendo em consideração o disposto no Código Tributário do Estado do Amapá, aprovado pela
Lei estadual no 400/1997, no Código Tributário Nacional e na Lei de Execuções Fiscais, a ação
de execução fiscal poderia ser promovida contra Oswaldo, na condição de responsável, para
reclamar o crédito tributário referente ao ITCD devido em razão da doação que foi feita a seu
filho, desde que não fosse possível exigir o cumprimento da obrigação pelo próprio donatário,
pois Oswaldo interveio no recebimento da doação, aceitando-a em nome de seu filho.

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009. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT-11/2017) A respeito da execução fiscal, considere:


I – Quando a garantia real da execução tiver sido prestada por terceiro, este será intimado para,
no prazo de 15 dias, remir o bem.
II – Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz a substituição da penhora por dinhei-
ro ou fiança bancária ou seguro garantia.
III – A Fazenda Pública não poderá adjudicar os bens penhorados, mesmo se não houver lici-
tantes pelo preço da avaliação.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e II.
e) III.

010. (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-


-PE/2015) De acordo com a Lei n. 6.830/1980, a produção de provas, pela Fazenda Pública, na
execução fiscal,
a) depende de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção absoluta de liquidez e certeza, podendo ser emendada, porém não
substituída, até decisão de primeira instância.
b) depende de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza, podendo ser emendada ou substituída a
qualquer tempo.
c) independe de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção absoluta de liquidez e certeza, podendo ser emendada ou substituída
a qualquer tempo.
d) independe de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa,
a qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza, podendo ser emendada ou substituída
até decisão de primeira instância.
e) depende de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza, podendo ser emendada, porém não subs-
tituída, até decisão de primeira instância.

011. (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-


-PE/2015) De acordo com a Lei n. 6.830/1980, na execução fiscal, o executado será citado
para, no prazo de
a) 3 dias, pagar a dívida com juros, multa e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução, que poderá ser embargada independentemente de ter sido garantida. O
prazo para embargos será de 15 dias, contados da juntada do aviso de recebimento aos autos.
b) 15 dias, pagar a dívida sem a adição de multa, juros ou encargos, os quais somente serão de-
vidos se o executado embargar a execução, que poderá ser embargada independentemente de
ter sido garantida no prazo de 15 dias, contados da juntada do aviso de recebimento aos autos.

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c) 5 dias, pagar a dívida com juros, multa e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução, que somente poderá ser embargada se houver sido garantida. O prazo
para embargar será de 30 dias, contados da intimação do depósito, da juntada da prova de
fiança bancária ou de seguro garantia ou da intimação da penhora.
d) 15 dias, pagar a dívida com juros, multa e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa,
ou garantir a execução, que somente poderá ser embargada se houver sido garantida. O prazo
para embargos será de 15 dias, contados da juntada do aviso de recebimento aos autos.
e) 5 dias, pagar a dívida sem a adição de multa, juros ou encargos, os quais somente serão
devidos se o executado embargar a execução, que somente poderá ser embargada se houver
sido garantida. O prazo para embargar será de 15 dias, contados da intimação do depósito, da
juntada da prova de fiança bancária ou de seguro garantia ou da intimação da penhora.

012. (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-


-PE/2015) Acerca do processo de execução fiscal, considere:
I – A citação deverá ocorrer preferencialmente por mandado.
II – A inscrição da dívida ativa constitui ato de controle administrativo da legalidade, tem como
finalidade apurar a liquidez e certeza do crédito e suspende a prescrição, por 180 dias ou até a
distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
III – A competência para processar e julgar a execução da dívida ativa exclui a de qualquer
outro Juízo, inclusive o da falência, entre outros.
IV – Se, antes da decisão de primeira instância, a inscrição da dívida for cancelada, a execução
fiscal será extinta, sem qualquer ônus para as partes.
Considerando o disposto na Lei n. 6.830/1980, está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I e III.
e) I e IV.

013. (FCC/JUIZ ESTADUAL/TJ-GO/2015) A prescrição intercorrente:


a) Pode se operar durante o curso da execução fiscal, se o executado não for localizado ou não
forem encontrados bens suficientes para garantir a execução.
b) Pode ser reconhecida em sede de qualquer ação de iniciativa do contribuinte, como o man-
dado de segurança, por exemplo.
c) Ocorre decorridos 5 anos da propositura de ação para anular o crédito tributário, se não hou-
ver sido prolatada sentença, ainda que passível de recurso.
d) Tem seu curso interrompido com a propositura de medida cautelar fiscal.
e) Não se aplica à prescrição em matéria tributária, diante da supremacia do interesse público
sobre o particular.

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014. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) Na execução fiscal, NÃO se fará a citação


do executado
a) por carta rogatória, quando o executado achar-se ausente do país.
b) por edital, quando frustrar-se a citação postal e for inviável a citação pessoal.
c) pelo correio, com aviso de recepção, quando o devedor for domiciliado na comarca em que
se processa a execução.
d) por oficial de justiça, quando frustrar-se a citação postal.
e) pelo correio, com aviso de recepção, quando o devedor for domiciliado em comarca diversa
daquela em que se processa a execução.

015. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) Na execução fiscal, o executado poderá


apresentar
a) reconvenção dentro do prazo para embargos.
b) embargos no prazo de trinta dias contados do depósito em dinheiro feito para garantia
da execução.
c) embargos, no prazo de trinta dias, sem garantir a execução.
d) embargos no prazo de quinze dias contados da intimação da penhora.
e) embargos no prazo de quinze dias contados da juntada da prova de fiança bancária para
garantia da execução.

016. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) Sobre Execução Fiscal, o Código Tributário Nacional


estabelece:
I – O juiz deverá determinar a indisponibilidade dos bens e direitos do executado, até o limite
do valor total exigível, se o devedor não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal.
II – A determinação judicial para tornarem indisponíveis os bens do executado deve ser comunica-
da ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para as providências cabíveis contra o devedor.
III – Se o devedor reservar bens ou rendas suficientes para o total pagamento da dívida inscrita,
não será considerada fraudulenta a alienação ou oneração de seus bens ou rendas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) I.
c) II.
d) III.
e) II e III.

017. (FCC/PROCURADOR/RECIFE-PE/2014) Analise as proposições abaixo.


I – A petição inicial da execução fiscal dispensa o requerimento de citação, que poderá ser
ordenada de ofício, pelo juiz, por se tratar de matéria de ordem pública.
II – O processo de execução fiscal não admite citação pelos Correios.
III – É defesa a apresentação de embargos à execução fiscal antes de garantido o juízo.

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Está correto o que se afirma em


a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I e III, apenas.

018. (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/CUIABÁ-MT/2014) Analise as proposições abai-


xo, acerca do processo de execução fiscal:
I – Presume-se fraudulenta, desde a inscrição do débito em dívida ativa, a alienação ou one-
ração de bens, a menos que o devedor tenha reservado bens ou rendas suficientes ao total
pagamento da dívida inscrita.
II – A produção de provas, pelo município, independe de requerimento na petição inicial.
III – Em garantia da execução fiscal, o executado pode oferecer fiança bancária pelo valor da
dívida acrescida de juros, multa e encargos indicados na certidão de dívida ativa.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Em sede de execução fiscal o executado


citado apresentou, no prazo de 5 dias, a exceção de pré-executividade alegando, em síntese,
excesso de execução. Sobre esta situação e considerando-se a jurisprudência dominante,
a) não se admite, em qualquer hipótese, a exceção de pré-executividade em sede de execução
fiscal, tendo em vista a indisponibilidade do interesse público pelo administrador.
b) a exceção de pré-executividade suspende o prazo para garantir a execução fiscal, por se
tratar de matéria de ordem pública.
c) a exceção de pré-executividade tem lugar quando o executado não tem como garantir a
execução fiscal para se defender em sede de embargos à execução, hipótese em que pode,
diante do princípio constitucional da ampla defesa, alegar toda matéria de fato e direito que
seria arguida em sede de embargos.
d) somente tem cabimento a exceção de pré-executividade para matéria que não demande di-
lação probatória, razão pela qual não pode ter por objeto a alegação de excesso de execução,
que demanda prova de que a cobrança do crédito é excessiva.
e) a exceção de pré-executividade apresentada, ainda que seja pertinente quanto ao mérito,
relativamente ao excesso de execução, somente pode ser apresentada após decorrido o prazo
para garantia da execução.

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020. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Na execução fiscal, os embargos do devedor


a) não podem versar sobre a legalidade da cobrança.
b) devem ser opostos no prazo de 15 dias contados da citação.
c) dependem de prévia garantia do juízo.
d) só podem ser opostos se houver depósito do valor da dívida.
e) não podem versar sobre tema já rejeitado na fase administrativa.

021. (FCC/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ-PE/2013) Na execução fiscal


a) é necessária a intervenção do Ministério Público.
b) a Fazenda Pública não pode substituir a certidão de dívida ativa até a prolação da sentença
de embargos, mesmo quando se tratar de correção de erro material ou formal, sem modifica-
ção do sujeito passivo da execução.
c) a Fazenda Pública não pode recusar a substituição do bem penhorado por precatório.
d) a citação por edital é cabível quando frustradas as demais modalidades.

022. (FCC/JUIZ ESTADUAL/TJ-GO/2012) Em sede de Execução Fiscal, se o devedor tributá-


rio, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem
encontrados bens penhoráveis deverá o juiz
a) determinar o arresto de tantos bens quantos bastem para o pagamento da dívida.
b) abrir vista para a Fazenda Pública, a fim de que possa pleitear em sede de medida cautelar
fiscal, a indisponibilidade de bens do devedor.
c) arquivar temporariamente os autos da Execução Fiscal, devendo a Fazenda Pública diligen-
ciar no sentido de localizar bens penhoráveis, sob pena de prescrição intercorrente.
d) determinar a suspensão da Execução Fiscal por até 1 ano, para que a Fazenda Pública dili-
gencie no sentido de localizar bens do devedor. Após este período, sem que sejam localizados
bens, determinará o juiz o arquivamento provisório da Execução Fiscal.
e) determinar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor, comunicando a decisão, prefe-
rencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transfe-
rência de bens e às autoridades supervisoras do mercado bancário e de capitais.

023. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA MUNICIPAL - ORLÂNCIA – SP/2019) As


execuções fiscais em âmbito municipal devem respeitar as regras previstas na Lei n. 6.830/80,
dentre elas:
a) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, sendo ela rela-
tiva, não podendo ser ilidida por prova inequívoca a cargo do credor.
b) a petição inicial indicará apenas o juiz a quem é dirigida, o pedido e o requerimento para a
citação, sendo dispensável o demonstrativo de cálculo do débito.
c) não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução, a penhora só poderá recair sobre
bens do executado, e de terceiros, com o consentimento expresso ou tácito.
d) em qualquer fase do processo será deferida pelo juiz à Fazenda Pública a substituição da
penhora por depósito em dinheiro, dependendo da ordem prevista em lei.
e) a Fazenda Pública está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos, sendo que a prática
dos atos judiciais dependerá de preparo ou de prévio depósito.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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024. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL-SERTÃOZI-


NHO-SP/2019) O Município ajuíza execução fiscal para cobrar débito de ISSQN lançado de
ofício após procedimento administrativo, em razão da prestação de serviços de aluguel de
roupas de festa sem o devido recolhimento do tributo. O estabelecimento comercial não reco-
nhece esse débito, sob o fundamento de que a locação não é fato gerador do ISSQN. Nesse
caso, para defender o seu direito, o estabelecimento
somente poderá interpor embargos à execução depois de garantido o juízo, pois a execução
fiscal já foi ajuizada.

025. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL-SERTÃOZI-


NHO-SP/2019) Sobre a execução fiscal, é correto afirmar, com base na Lei Federal n. 6.830/80
e na jurisprudência dos Tribunais Superiores, que
a) é necessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por
tratar-se de requisito previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.
b) a desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embargos, exime o exequente
dos encargos da sucumbência.
c) a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou
RG ou CNPJ da parte executada.
d) se presume dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, vedado o redirecionamento da execução
fiscal para os sócios.
e) a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até o trânsito em julgado
da decisão proferida nos embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal,
vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

026. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE MONTE ALTO-SP/2019) Segundo a


disciplina estabelecida pela lei que rege a execução fiscal, é correto afirmar que
a) a petição inicial indicará apenas o juiz a quem é dirigida, o pedido e o requerimento
para citação.
b) a petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa não poderão constituir um documento único.
c) a produção de provas pela Fazenda Pública depende de requerimento expresso na peti-
ção inicial.
d) o executado ausente do País será citado por edital com prazo de 180 dias.
e) o despacho do juiz, que ordenar a citação, suspende a prescrição.

027. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE POÁ-SP/2019) Em relação à co-


brança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública, dispõe a Lei n. 6.830/80:

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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a) a Certidão de Dívida Ativa, que conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição, inde-
pende de autenticação por qualquer autoridade competente, e, após a distribuição da ação da
execução, não poderá ser emendada ou substituída.
b) a Dívida Ativa da União será apurada e regularmente inscrita na Secretaria da Receita Fede-
ral e goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, não podendo ser ilidida pelo executado
ou terceiro a quem aproveite.
c) o executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos; sendo a citação realizada pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazen-
da Pública não a requerer por outra forma, e, se o aviso de recepção não retornar no prazo de
30 (trinta) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça
no prazo de 15 (quinze) dias.
d) a penhora ou arresto de bens obedecerá a ordem em lei estabelecida e, excepcionalmente, a
penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em
plantações ou edifícios em construção.
e) não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos
próprios autos, para, no prazo de 10 (dez) dias, pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e
demais encargos pelos quais se obrigou, se a garantia for real.

028. (VUNESP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/RIBEIRÃO PRETO-SP/2019) A respeito da


Execução Fiscal, é correto afirmar que
a) não se presta à cobrança de dívida ativa de autarquia municipal.
b) para suspender a exigibilidade do crédito tributário, a garantia dada pelo executado abran-
gerá o valor atualizado da dívida, descontados juros, multa de mora e honorários advocatícios.
c) ao executado é facultado, no mesmo prazo dos embargos, apresentar reconvenção, com-
pensação e exceções de suspeição ou incompetência do juízo, sob pena de preclusão.
d) havendo interesse público justificado nos autos, a Fazenda Pública poderá adjudicar os
bens penhorados antes do leilão, pelo preço de avaliação, independentemente da oposição de
Embargos pelo executado.
e) é admitida a exceção de pré-executividade relativamente às matérias conhecíveis de ofício
que não demandem dilação probatória.

029. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE IBATÉ-SP/2019) No processo de


cobrança de créditos tributários em execução fiscal:
a) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, sendo essa
presunção absoluta e por isso não pode ser ilidida.
b) a competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública não
exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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c) a petição inicial indicará o juiz a quem é dirigida, o pedido, o requerimento para a citação e o
demonstrativo de cálculo do débito.
d) poderá ser deferida pelo Juiz até a fase de instrução ao executado, a substituição da penho-
ra por depósito em dinheiro.
e) o Juiz, a requerimento das partes, poderá, por conveniência da unidade da garantia da exe-
cução, ordenar a reunião de processos contra o mesmo devedor.

030. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/2019) A respei-


to da cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, é correto afirmar, com base na Lei
n. 6.830/1980, que
a) em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz ao executado a substituição da pe-
nhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia.
b) o executado oferecerá embargos, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do depósito; da
juntada da prova da fiança bancária; ou da intimação da penhora.
c) são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução, quando se tratar
de dívida ativa não tributária.
d) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 15
(quinze) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
e) na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será
feita por meio de correio ou edital.

031. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE MA-


RÍLIA/2019) Conforme a Lei n. 6.830/1980, a inscrição em dívida ativa se constitui no ato de
controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez
e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias,
ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. Nesse
contexto, sobre o Termo de Inscrição de Dívida Ativa e sobre a Certidão de Dívida Ativa é cor-
reto afirmar que
a) deverá conter o valor atualizado da dívida, a origem, a natureza e o fundamento legal ou
contratual da dívida.
b) poderá ser preparado e numerado por processo mecânico ou eletrônico, mas não manual.
c) a certidão de dívida ativa conterá os mesmos elementos do termo de inscrição, sendo dis-
pensada a autenticação pela autoridade competente.
d) a petição inicial da execução fiscal será instruída com o termo original de inscrição em dí-
vida ativa.
e) até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

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032. (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/CÂMARA MUNICIPAL DE INDAIATUBA-


-SP/2018) De acordo com o que dispõe a Lei n. 6.830/80, a dívida ativa regularmente inscrita
goza de presunção de certeza e liquidez.
Quanto a tal presunção, é correto afirmar que
a) é relativa.
b) não admite prova em contrário a ser produzida pelo executado.
c) somente pode ser ilidida pelo próprio executado.
d) somente pode ser ilidida por terceiro a quem aproveite.
e) pode ser ilidida por qualquer tipo de prova, independentemente de ser inequívoca.

033. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA MUNICIPAL-ITAQUAQUECETUBA-


-SP/2018) Com relação às regras da Execução Fiscal, determinadas pela Lei n. 6.830/80, as-
sinale a alternativa correta.
a) A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui
a de qualquer outro juízo, exceto o da falência e da concordata.
b) O executado será citado para, no prazo de 03 (três) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa.
c) A Fazenda Pública estará sujeita ao pagamento de custas e emolumentos na Execução Fis-
cal para prática dos atos judiciais de seu interesse.
d) Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução, que após a
intimação da penhora, poderá apresentá-lo no prazo de 30 dias.
e) A petição inicial para execução fiscal deverá indicar obrigatoriamente, dentre outros elemen-
tos, o demonstrativo de cálculo da cobrança.

034. (VUNESP/ADVOGADO/PREFEITURA DE REGISTRO-SP/2018) Segundo a Lei de Execu-


ção Fiscal,
a) o executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução.
b) não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos
próprios autos, para, no prazo de 5 (cinco) dias remir o bem, se a garantia for real, ou pagar o
valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de Divida Ativa
pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.
c) o executado ausente do país será citado por edital, com prazo de 30 (trinta) dias.
d) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 60
(sessenta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
e) a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do execu-
tado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 15 (quinze) dias após a entrega da carta
à agência postal.

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035. (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE OLÍMPIA-SP/2018) Em


relação à Execução Fiscal, dispõe a legislação em vigor:
a) A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados, findo o leilão, se não houver licitan-
te, pelo preço da avaliação, e, havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições
com a melhor oferta, no prazo de 15 (quinze) dias.
b) Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública
será feita pessoalmente ou mediante publicação no órgão oficial, sendo que as publica-
ções dos atos processuais não poderão ser feitas resumidamente ou reunir num só texto
diferentes processos.
c) O juiz, de ofício, poderá, por conveniência da unidade da garantia da execução, ordenar a reu-
nião de processos contra o mesmo devedor, e, nesta hipótese, os processos serão redistribuí-
dos, por dependência, ao juízo onde houver maior incidência de bens, garantindo a execução.
d) A arrematação será precedida de edital, afixado no local de costume, na sede do juízo, e
publicado em resumo, uma só vez, gratuitamente, como expediente judiciário, no órgão oficial
bem como em jornal de circulação local, sendo que o prazo entre as datas de publicação do
edital e do leilão não poderá ser superior a 30 (trinta) nem inferior a 15 (quinze) dias.
e) A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos, e, se vencida,
ressarcirá o valor das despesas feitas pela parte contrária.

036. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/CAMPO GRANDE-MS/2019) Com relação a pro-


cesso judicial tributário, julgue o item subsequente.
Administrador de empresa arrolado como devedor em certidão de dívida ativa dessa pessoa
jurídica pode obter a exclusão do seu nome da certidão via exceção ou objeção de pré-exe-
cutividade.

037. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) Considerando que, em caso de cobrança judi-


cial de dívida ativa da fazenda pública por meio de execução fiscal, haja o registro de penhoras
feitas por credores distintos sobre um mesmo bem e não se caracterize hipótese de falência
ou recuperação judicial, assinale a opção correta, de acordo com o previsto na Lei de Execu-
ções Fiscais — Lei n. 6.830/1980.
a) A fazenda pública ingressa no concurso de credores de forma preferencial, ressalvada ape-
nas a preferência dos credores de créditos decorrentes da legislação do trabalho.
b) A fazenda pública não se sujeita a concurso de credores, devendo-se verificar o concurso de
preferência entre as pessoas jurídicas de direito público.
c) Não há benefício de ordem entre a fazenda pública e os credores privados: a ordem crono-
lógica do registro das penhoras deve ser observada.
d) Os créditos da fazenda pública devem ser apurados primeiramente, sendo feita a repartição
entre os entes públicos federais, estaduais e municipais com base no critério pro rata.

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038. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-RS/2019) A administração tributária de um estado


federado deverá propor execução fiscal em desfavor de um contribuinte pessoa física
a) na capital do respectivo estado federado ou no foro de domicílio do contribuinte.
b) no foro de domicílio do contribuinte ou no lugar onde ele for encontrado.
c) na capital do respectivo estado federado ou no local da ocorrência do fato gerador que ori-
ginou a execução.
d) no local do fato gerador que originou a execução ou no foro de residência do contribuinte.
e) no foro de residência do contribuinte ou no local por ele escolhido.

039. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PGM-JOÃO PESSOA-PB/2018-ADAPTADA)


Uma empresa agrícola de pequeno porte, formada por dois sócios, ambos administradores
da sociedade, cuja fonte de faturamento era unicamente a produção de soja, foi submetida
à execução fiscal de um município pelo não recolhimento de ITBI. Na certidão de dívida ativa
(CDA) e no polo passivo, constou apenas a sociedade. O fato gerador foi a incorporação de
uma fazenda ao patrimônio da empresa para integralização do capital social. A citação da exe-
cutada — feita na pessoa de um dos sócios — foi válida. A executada não pagou nem nomeou
bens à penhora. O município foi intimado para prosseguir com a execução, uma vez que não
foram encontrados bens da devedora. Seis anos após a última intimação, o município reque-
reu, e o juiz deferiu, o redirecionamento da execução fiscal contra o outro sócio administrador.
Tal deferimento ocorreu porque não foram encontrados bens do devedor — sócio na pessoa do
qual foi feita a citação da executada —, e a empresa, depois da citação, simplesmente fechou
as portas e deixou de funcionar, sem comunicar as autoridades. Na tentativa de citação desse
outro sócio administrador, constatou-se que ele havia falecido um mês antes da citação da
devedora. A comunicação do falecimento, constante dos autos, foi feita no mês seguinte ao
da citação. Assim, foi deferido o pedido de redirecionamento contra o espólio daquele sócio
administrador, cujo inventário ainda estava aberto.
Ainda considerando a situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Após a citação da empresa, não ocorreu a prescrição.
b) Emenda à execução fiscal para inclusão de espólio no polo passivo deverá ser acatada
pelo juiz.
c) O redirecionamento contra o espólio do administrador foi correto.
d) Garantido o juízo, a empresa poderia ajuizar embargos à execução, suscitando a inexistên-
cia de relação jurídico-tributária.

040. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/JOÃO PESSOA-PB/2018) Uma empresa agrí-


cola de pequeno porte, formada por dois sócios, ambos administradores da sociedade, cuja
fonte de faturamento era unicamente a produção de soja, foi submetida à execução fiscal
de um município pelo não recolhimento de ITBI. Na certidão de dívida ativa (CDA) e no polo
passivo, constou apenas a sociedade. O fato gerador foi a incorporação de uma fazenda ao

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patrimônio da empresa para integralização do capital social. A citação da executada — feita na


pessoa de um dos sócios — foi válida. A executada não pagou nem nomeou bens à penhora. O
município foi intimado para prosseguir com a execução, uma vez que não foram encontrados
bens da devedora. Seis anos após a última intimação, o município requereu, e o juiz deferiu,
o redirecionamento da execução fiscal contra o outro sócio administrador. Tal deferimento
ocorreu porque não foram encontrados bens do devedor — sócio na pessoa do qual foi feita
a citação da executada —, e a empresa, depois da citação, simplesmente fechou as portas e
deixou de funcionar, sem comunicar as autoridades. Na tentativa de citação desse outro sócio
administrador, constatou-se que ele havia falecido um mês antes da citação da devedora. A
comunicação do falecimento, constante dos autos, foi feita no mês seguinte ao da citação. As-
sim, foi deferido o pedido de redirecionamento contra o espólio daquele sócio administrador,
cujo inventário ainda estava aberto.
Considerando a situação hipotética 1A12-I, assinale a opção correta.
a) Há nulidade da execução, porque quem deve figurar como sujeito ativo da execução fiscal é
o estado, e não o município.
b) A execução é indevida, porque não era caso de incidência do ITBI.
c) A executada poderia ajuizar os embargos à execução no prazo de quinze dias da juntada do
mandado de citação.
d) O redirecionamento da execução fiscal foi equivocado porque decorreu da simples dissolu-
ção irregular da empresa.
e) É regra geral no âmbito nacional a isenção do ITBI para empresas de pequeno porte.

041. (CESPE/ANALISTA PORTUÁRIO/EMAP/2018) Julgue o item a seguir, relativo ao lança-


mento e à execução fiscal.
Previsto na Lei de Execução Fiscal, o rol ordenatório de bens sujeitos a penhora ou arresto ex-
cepciona os navios cargueiros.

042. (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PE/2018) De acordo com a Lei n. 6.830/1980,


a PGE/PE pode promover execução fiscal contra
a) o devedor e o interessado economicamente na ocorrência do fato gerador.
b) o fiador e o administrador judicial da massa falida.
c) o depositário e o espólio.
d)o fiador e o responsável tributário.
e) o administrador judicial da massa falida e o responsável tributário.

043. (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-MA/2018) Maria foi notificada, fora do do-


micílio informado ao fisco, a pagar imposto de renda, tendo tomado conhecimento da cobran-
ça somente após a propositura de execução fiscal. Em razão da dívida, seu automóvel foi
penhorado e, quinze dias após a penhora, o advogado de Maria foi acionado e pretende alegar,
em matéria de defesa e pelo meio processual adequado, a decadência do referido tributo.

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Com relação a essa situação hipotética e a aspectos legais a ela correlacionados, julgue o item
à luz do entendimento dos tribunais superiores.
É possível requerer provas e juntar rol de testemunhas quando da oposição dos embargos à
execução fiscal.

044. (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-MA/2018) Maria foi notificada, fora do do-


micílio informado ao fisco, a pagar imposto de renda, tendo tomado conhecimento da cobran-
ça somente após a propositura de execução fiscal. Em razão da dívida, seu automóvel foi
penhorado e, quinze dias após a penhora, o advogado de Maria foi acionado e pretende alegar,
em matéria de defesa e pelo meio processual adequado, a decadência do referido tributo.
Com relação a essa situação hipotética e a aspectos legais a ela correlacionados, julgue o item
à luz do entendimento dos tribunais superiores.
É impossível a oposição da exceção de pré-executividade em razão do decurso do prazo desde
a penhora.

045. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-PE/2018) A empresa ALFA, contribuinte do ICMS, en-


cerrou suas atividades sem fazer qualquer comunicação ao fisco estadual. Posteriormente, cons-
tatado que a empresa era devedora de ICMS, ela foi inscrita na dívida ativa e cobrada por meio de
execução fiscal. Na execução, verificou-se que a empresa não dispõe de bens para garantir o débito.
Considerando a jurisprudência majoritária e atual do Superior Tribunal de Justiça, assinale a
opção correta, a respeito da possibilidade de redirecionamento da execução fiscal aos sócios
da empresa ALFA.
a) Caberá à fazenda pública, nesse caso, impetrar medida cautelar fiscal para requerer o redi-
recionamento da execução aos sócios.
b) Para que o redirecionamento da execução fiscal seja autorizado, a fazenda pública deverá
demonstrar previamente que os sócios agiram com dolo.
c) Presume-se, nesse caso, a dissolução irregular da sociedade, o que autoriza o redireciona-
mento da execução fiscal para o sócio-gerente.
d) O redirecionamento da execução fiscal será possível apenas se ficar provado que o sócio-
-gerente excedeu seus poderes de gestão.
e) Tendo o débito já sido inscrito em dívida ativa, não será mais possível o redirecionamento
da execução fiscal.

046. (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-RR/2017) De acordo com dispo-


sitivos da Lei n. 6.830/1980 pertinentes à execução fiscal, julgue os itens a seguir.
I – A inscrição em dívida ativa feita pelo órgão competente suspenderá a prescrição por cento e
oitenta dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
II – Mesmo após a apresentação dos embargos do executado, o juiz pode deferir-lhe pedido
para substituir a penhora de veículos por seguro garantia.
III – A cobrança de dívida não tributária que tenha sido inscrita em dívida ativa por autarquia
estadual não se pode dar por meio do rito da execução fiscal.
Assinale a opção correta.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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a) Apenas os itens I e II estão certos.


b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.

047. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/FORTALEZA-CE/2017) Com base nos institu-


tos e nas normas que regem o processo judicial tributário, bem como na jurisprudência do STJ,
julgue o item subsecutivo.
A garantia integral do crédito tributário é condição específica de procedibilidade para os em-
bargos à execução fiscal, ensejando a extinção liminar da ação quando constatada a insufici-
ência da constrição judicial.

048. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/FORTALEZA-CR/2017) Julgue o seguinte item,


a respeito de obrigação tributária e crédito tributário.
A inscrição do crédito tributário em dívida ativa é condição para a extração de título executivo
extrajudicial que viabilize a propositura da ação de execução fiscal, bem como se revela como
marco temporal para a presunção de fraude à execução.

049. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PA/2012) Com relação ao processo tributário, julgue o


item a seguir.
A fazenda pública pode substituir certidão de dívida ativa, até a prolação da sentença de em-
bargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do
sujeito passivo da execução.

050. (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF-2/2009-ADAPTADA) Julgue o item com relação ao proce-


dimento fiscal e à dívida ativa.
A autoridade fiscal deverá fazer constar da certidão de inscrição do débito tributário em dívida
ativa o nome dos sócios-gerentes, corresponsáveis pela dúvida, pressuposto necessário para
viabilizar o redirecionamento do executivo fiscal.

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

GABARITO
1. E 37. b
2. C 38. b
3. b 39. d
4. d 40. b
5. e 41. E
6. b 42. d
7. d 43. C
8. C 44. E
9. d
45. c
10. d
46. a
11. c
47. E
12. b
48. C
13. a
49. C
14. a
50. E
15. b
16. a
17. d
18. e
19. d
20. c
21. d
22. e
23. b
24. C
25. c
26. a
27. d
28. e
29. e
30. a
31. e
32. a
33. d
34. a
35. e
36. E

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/ADVOGADO/IDECI/2013-ADAPTADA) Com base no Código Tributário Nacional
(Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966) e na Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980, que dis-
põe sobre a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública, julgue o item a seguir.
Ajuizada a execução fiscal, o executado será citado para, no prazo de 15 (quinze) dias, pagar
a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução.

Segundo o art. 8º da Lei n. 6.830/1980, ajuizada a execução fiscal, o executado será citado
para, no prazo de 05 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indi-
cados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução.

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
Errado.

002. (IBFC/ADVOGADO/IDECI/2013-ADAPTADA) Com base no Código Tributário Nacional


(Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966) e na Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980, que dis-
põe sobre a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública, julgue o item a seguir.
A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atu-
alização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em contrato.

A alternativa está correta. Além desses valores, o par. 2º do art. 2º da Lei n. 6.830/1980 prevê
que encargos previstos em lei também estão abrangidos na Dívida Ativa da Fazenda Pública.

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária
na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais
de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal.
§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será
considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.
§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atu-
alização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.
Certo.

003. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-RS/2018) Ulisses, titular de empresa individual de res-


ponsabilidade limitada, possui um modesto restaurante na periferia do Município de Sertão
das Flores, onde serve lanches e vende bebidas e artesanato local. No dia 02/05/2018, ele foi
autuado por agente fiscal do município, por falta de pagamento do imposto sobre serviços de
qualquer natureza. Para efeito da lavratura do auto de lançamento, a base de cálculo utilizada
foi o valor total das operações, retroativamente a 03/05/2013. Ulisses, pessoa de pouca instru-
ção, e confiando na incorreção da tributação, por já recolher o Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços, deixou transcorrer o prazo para impugnação na esfera administrativa
e recebeu citação para pagamento de R$ 20.000,00 com juros e multa de mora e encargos, no
prazo de 5 dias, ou garantir a execução, sob pena de penhora de bens.
Com base nessa situação hipotética, analise as assertivas abaixo:
I – A rigor, Ulisses deve garantir a execução fiscal para ajuizar os embargos e suspender a exi-
gibilidade do crédito tributário, conforme prevê o art. 16, § 1º, da Lei n. 6.830/80.
II – Comprovada a insuficiência econômica, Ulisses pode ser assistido pela Defensoria Pública,
que terá o prazo de 15 dias para ajuizar os embargos à execução fiscal, contados da juntada do
aviso de recebimento da carta de citação aos autos.
III – A autuação lavrada pelo fisco municipal foi equivocada, pois, conforme a jurisprudência do STJ,
o fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.
IV – A Defensoria Pública não possui a prerrogativa de intimação pessoal nas execuções fis-
cais, porque a Lei n. 6.830/80 tem natureza especial e prevê tão somente a intimação pessoal
do representante judicial da Fazenda Pública.
V – Pela jurisprudência do STJ, Ulisses não se eximirá do pagamento simultâneo do ICMS e do
ISS, pois essa é uma hipótese de exceção ao princípio do non bis in idem na tributação.
Está correto o que consta APENAS de:
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

I – Certa. Segundo o art. 16, par. 1º da Lei n. 6.830/80, é necessário o oferecimento de garantia
à execução fiscal para que os embargos sejam admitidos.

§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

Quanto ao efeito suspensivo, a LEF não prevê expressamente que a oposição dos embargos
tem essa característica, mas isto é o que se infere de seus dispositivos, de forma que o juiz
deve reconhecer a suspensão da execução fiscal mediante apresentação de garantia e existên-
cia de fundamentação relevante e risco de dano nos embargos à execução fiscal.
II – Errada. Nos termos do art. 16 da Lei n. 6.830/80, o prazo para oposição de embargos à
execução fiscal é de 30 dias contados:

I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.

III – Certa. Este é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça que está consolidado através
da edição da Súmula n. 163:

O fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e


estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.

(Não se preocupe quanto à cobrança deste item, em verdade ele trata de assunto de Direito
Tributário).
IV – Errada. Embora não haja previsão expressa na Lei n. 6.830/80 quanto à intimação pessoal
da Defensoria Pública nas execuções, a referida modalidade de intimação é admitida confor-
me a legislação específica do cargo na sua respectiva esfera administrativa.
V – Errada. Nos casos em que houver prestação de serviços e fornecimento de mercadorias,
concomitantemente, prevalecerá a incidência de Imposto sobre Serviços – ISS quando o servi-
ço constar na lista anexa à LC n. 116/03, sem ressalva quanto à incidência de ICMS. Sendo o
serviço previsto na LC com ressalva, incidiria ISS sobre o serviço e ICMS sobre a mercadoria.
E, se o serviço não constasse na lista anexa, incidira ICMS sobre o valor total da operação.
(Não se preocupe quanto à cobrança deste item, em verdade ele trata de assunto de Direito
Tributário).
Letra b.

004. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-11/2017) Na execução fiscal, o executado poderá


oferecer embargos

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

a) no prazo de 15 dias, contados da data do oferecimento da garantia da execução.


b) independentemente de seguro o juízo através da garantia da execução.
c) no prazo de 15 dias, contados da citação para pagamento do débito.
d) no prazo de 30 dias, contados do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou do
seguro garantia ou da intimação da penhora.
e) no prazo de 15 dias, contados da juntadas aos autos do comprovante do depósito.

Os embargos à execução fiscal para serem admitidos dependem de oferecimento de garantia


da execução, e, nos termos do art. 16 da Lei n. 6.830/80, devem ser opostos no prazo de 30
dias, a contar:

I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
Letra d.

005. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/SEGEP-MA/2016) A respeito da penhora, a Lei das


Execuções Fiscais (Lei n. 6.830/1980) determina:
a) São impenhoráveis direitos e ações.
b) Deverá ser penhorado em primeiro lugar pedras e metais preciosos e, em segundo lu-
gar, dinheiro.
c) A penhora efetuada em dinheiro não poderá ser convertida no depósito.
d) Somente na fase final do processo, o Juiz ordenará de ofício a remoção do bem penhorado
para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública exequente.
e) Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção.

Para responder esta questão é necessário ter conhecimento do art. 11 da LEF, que destaca os
bens que podem ser objeto de penhora ou arresto, estando o gabarito em conformidade com
o par. 1º do mencionado artigo.

Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:


I – dinheiro;
II – título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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III – pedras e metais preciosos;
IV – imóveis;
V – navios e aeronaves;
VI – veículos;
VII – móveis ou semoventes; e
VIII – direitos e ações.
§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção.
§ 2º - A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de que trata o inciso I do artigo
9º.
§ 3º - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial, particular ou da Fazen-
da Pública exeqüente, sempre que esta o requerer, em qualquer fase do processo.
Letra e.

006. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-MT/2016) Segundo a jurisprudência dominante


no Superior Tribunal de Justiça a respeito das execuções fiscais,
a) o fluxo do prazo prescricional em ação de execução fiscal somente se interrompe pela cita-
ção pessoal válida.
b) deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo fique paralisado por mais
de cinco anos após a decisão que determinou o arquivamento da execução fiscal em razão do
pequeno valor do débito executado, sem baixa na distribuição, uma vez que não há suspensão
do prazo prescricional.
c) deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo de execução fiscal fique
paralisado por cinco anos sem a localização de bens penhoráveis.
d) é cabível a citação por edital quando, na execução fiscal, não se obteve êxito na citação
postal, independentemente de diligências ou certidões levadas a efeito pelo oficial de justiça.
e) a interrupção do prazo prescricional, para fins de execução fiscal, se dá pelo despacho do
juiz que ordena a citação, de modo que este será o termo a quo.

a) Errada. Segundo o parágrafo único do art. 174 do CTN há também outras hipóteses inter-
rompem o prazo prescricional. Veja:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data
da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor.

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b) Certa. Nos termos de posicionamento do Superior Tribunal de Justiça:

JURISPRUDÊNCIA
PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CPC. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. TRIBUTÁRIO. EXECU-
ÇÃO FISCAL. ARQUIVAMENTO. ART. 20 DA LEI 10.522/02. BAIXO VALOR DO CRÉDITO
EXECUTADO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ART. 40, § 4º, DA LEF. APLICABILIDADE.
...
2. Ainda que a execução fiscal tenha sido arquivada em razão do pequeno valor do
débito executado, sem baixa na distribuição, nos termos do art. 20 da Lei 10.522/2002,
deve ser reconhecida a prescrição intercorrente se o processo ficar paralisado por mais
de cinco anos a contar da decisão que determina o arquivamento, pois essa norma não
constitui causa de suspensão do prazo prescricional.
...
5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ n. 08/2008.
(REsp 1102554/MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
27/05/2009, DJe 08/06/2009)

c) Errada. Não é bem assim. Não sendo localizados os bens, o processo é suspenso por 1 (um)
ano, prazo este que não é computado para fins de prescrição. Se após esse prazo não tiverem
sido localizados os bens, o processo é arquivado. Passados 5 anos sem que tenham localiza-
dos os bens, pode-se afirmar a ocorrência de prescrição intercorrente.

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontra-
dos bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fa-
zenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados
bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os
autos para prosseguimento da execução.
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois
de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la
de imediato.
§ 5º A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4º deste artigo será dispensada no
caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado
da Fazenda.

d) Errada. Pois segundo a Súmula n. 414 do STJ:

A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as demais modalidades.

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e) Errada. Segundo o art. 240, par. 1º do CPC, considera-se como termo a quo a data da propo-
situra da ação.

Art. 240, § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que
proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
Letra b.

007. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-RS/2011) Determinado Município ajuizou execução


fiscal em relação a certo contribuinte. A Certidão de Dívida Ativa (CDA), que instruiu a inicial
da execução, continha erro quanto ao nome do sujeito passivo, consistente no fato de que a
pessoa, cujo nome constava na CDA, como sujeito passivo, não era a devedora do crédito tri-
butário em execução, o qual era devido por outra pessoa, diversa daquela nominada na CDA
que instruiu a inicial. Houve embargos à execução e, antes da sentença, o juiz da execução
possibilitou à Fazenda que substituísse a CDA, sanando-se assim a irregularidade. Dada vista
ao antigo e ao novo sujeito passivo agora apontado na CDA que veio aos autos em substi-
tuição à originária, este sustentou que a substituição da CDA não era possível nesse caso.
Considerando essas circunstâncias e a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a
substituição da CDA
a) era possível, pois a irregularidade constitui mero erro formal que pode ser sanado nos ter-
mos do que dispõem o Código Tributário Nacional e a Lei de Execução Fiscal.
b) não era possível, pois a certidão somente pode ser substituída quando há interposição de
embargos à execução.
c) era possível, pois pode ser feita mesmo em sede de exceção de pré-executividade.
d) não era possível, pois, nos casos em que há troca do sujeito passivo da obrigação tributária,
a nulidade não pode ser sanada, visto que nessa hipótese trata-se de alteração do lançamento
e não de simples erro formal ou material.
e) era possível porque a irregularidade constitui-se em mero erro material que pode ser sanado
nos termos do que dispõem o Código Tributário Nacional e a Lei de Execução Fiscal.

Gabarito nos termos da Súmula n. 392 do Superior Tribunal de Justiça:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.

Letra d.

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008. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/AMAPÁ/2018) Cássio, tio de João, doou para o jovem


sobrinho, em fevereiro de 2017, a motocicleta que recebeu de herança de seu pai, em março de
2015, mês em que este último faleceu. Embora João tivesse apenas 15 anos na data em que a
doação foi feita, Oswaldo, viúvo, pai e responsável legal por João, praticou os atos necessários
de aceitação da doação, em nome de seu filho, aceitação esta sem a qual o contrato de doação
não teria se aperfeiçoado. Todas essas pessoas residiam no Município de Laranjal do Jari/AP.
Todos os atos relacionados com as transmissões de propriedade acima mencionadas foram
praticados junto aos órgãos competentes, poucas semanas após a ocorrência dos respectivos
fatos geradores.
Ocorre, porém, que a referida motocicleta, que sempre esteve licenciada em Laranjal do Jari,
tinha débito de IPVA referente a 2014, 2015 e 2018. Consta, ainda, que, relativamente a este
veículo, havia débito de ITCD, referente à transmissão causa mortis ocorrida em 2015. Por fim,
identificou-se, ainda, novo débito de ITCD, relativamente à doação feita em 2017. Todos os im-
postos acima mencionados foram objeto de lançamento tributário, por ocasião da ocorrência
dos respectivos fatos geradores. Julgue o item a seguir.
Tendo em consideração o disposto no Código Tributário do Estado do Amapá, aprovado pela
Lei estadual no 400/1997, no Código Tributário Nacional e na Lei de Execuções Fiscais, a ação
de execução fiscal poderia ser promovida contra Oswaldo, na condição de responsável, para
reclamar o crédito tributário referente ao ITCD devido em razão da doação que foi feita a seu
filho, desde que não fosse possível exigir o cumprimento da obrigação pelo próprio donatário,
pois Oswaldo interveio no recebimento da doação, aceitando-a em nome de seu filho.

Segundo a Lei de Execuções Fiscais (6.830/80), em seu art. 4º, V, a ação de execução fiscal
pode ser ajuizada contra o responsável tributário:

Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:


...
V – o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas
jurídicas de direito privado.
Certo.

009. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT-11/2017) A respeito da execução fiscal, considere:


I – Quando a garantia real da execução tiver sido prestada por terceiro, este será intimado para,
no prazo de 15 dias, remir o bem.
II – Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz a substituição da penhora por dinhei-
ro ou fiança bancária ou seguro garantia.
III – A Fazenda Pública não poderá adjudicar os bens penhorados, mesmo se não houver lici-
tantes pelo preço da avaliação.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e II.
e) III.

I – Certa. Segundo art. 19, I, da Lei n. 6.830/80:

Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos pró-
prios autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias:
I – remir o bem, se a garantia for real; ou
II – pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de Divi-
da Ativa pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.

II – Certa. Nos termos do art. 15, I da Lei n. 6.830/80:

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:


I – ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia; e
II – à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da or-
dem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

III – Errada. Pois segundo o art. 24, II, da Lei n. 6.830/80, a Fazenda Pública não poderá adjudi-
car os bens penhorados, mesmo se não houver licitantes pelo preço da avaliação, findo o leilão:

Art. 24 - A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados:


...
II – findo o leilão:
a) se não houver licitante, pelo preço da avaliação.
Letra d.

010. (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-


-PE/2015) De acordo com a Lei n. 6.830/1980, a produção de provas, pela Fazenda Pública, na
execução fiscal,
a) depende de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção absoluta de liquidez e certeza, podendo ser emendada, porém não
substituída, até decisão de primeira instância.
b) depende de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza, podendo ser emendada ou substituída a
qualquer tempo.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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c) independe de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção absoluta de liquidez e certeza, podendo ser emendada ou substituída
a qualquer tempo.
d) independe de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa,
a qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza, podendo ser emendada ou substituída
até decisão de primeira instância.
e) depende de requerimento na inicial, que deve ser instruída com Certidão de Dívida Ativa, a
qual goza de presunção relativa de liquidez e certeza, podendo ser emendada, porém não subs-
tituída, até decisão de primeira instância.

Segundo o art. 6º, par. 3º, da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF), a produção de
provas pela Fazenda Pública, na execução fiscal, independe de requerimento na petição inicial:

§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.

Quanto à Certidão de Dívida Ativa - CDA que instrui a ação de execução fiscal, ela goza de pre-
sunção relativa de liquidez e certeza, segundo o art. 3º da LEF:

Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.


Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

Além disso, a CDA pode ser substituída e emendada até a decisão de primeira instância (art.
2º, par. 8º, Lei n. 6.830/80):

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.
Letra d.

011. (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-


-PE/2015) De acordo com a Lei n. 6.830/1980, na execução fiscal, o executado será citado
para, no prazo de
a) 3 dias, pagar a dívida com juros, multa e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução, que poderá ser embargada independentemente de ter sido garantida. O
prazo para embargos será de 15 dias, contados da juntada do aviso de recebimento aos autos.
b) 15 dias, pagar a dívida sem a adição de multa, juros ou encargos, os quais somente serão de-
vidos se o executado embargar a execução, que poderá ser embargada independentemente de
ter sido garantida no prazo de 15 dias, contados da juntada do aviso de recebimento aos autos.

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c) 5 dias, pagar a dívida com juros, multa e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou
garantir a execução, que somente poderá ser embargada se houver sido garantida. O prazo
para embargar será de 30 dias, contados da intimação do depósito, da juntada da prova de
fiança bancária ou de seguro garantia ou da intimação da penhora.
d) 15 dias, pagar a dívida com juros, multa e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa,
ou garantir a execução, que somente poderá ser embargada se houver sido garantida. O prazo
para embargos será de 15 dias, contados da juntada do aviso de recebimento aos autos.
e) 5 dias, pagar a dívida sem a adição de multa, juros ou encargos, os quais somente serão
devidos se o executado embargar a execução, que somente poderá ser embargada se houver
sido garantida. O prazo para embargar será de 15 dias, contados da intimação do depósito, da
juntada da prova de fiança bancária ou de seguro garantia ou da intimação da penhora.

O juiz cita o executado para no prazo de 5 (cinco) dias pagar a dívida com os juros e multa de
mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa - CDA, ou garantir a execução, segundo
o art. 8º da Lei n. 6.830/80:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:

Tendo o executado garantido a execução fiscal, ele pode opor embargos à execução fiscal para
se defender, sendo o prazo de oposição dos referidos embargos de 30 (trinta) dias, conforme
art. 16 da LEF:

Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:


I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.
Letra c.

012. (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-


-PE/2015) Acerca do processo de execução fiscal, considere:
I – A citação deverá ocorrer preferencialmente por mandado.
II – A inscrição da dívida ativa constitui ato de controle administrativo da legalidade, tem como
finalidade apurar a liquidez e certeza do crédito e suspende a prescrição, por 180 dias ou até a
distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
III – A competência para processar e julgar a execução da dívida ativa exclui a de qualquer
outro Juízo, inclusive o da falência, entre outros.
IV – Se, antes da decisão de primeira instância, a inscrição da dívida for cancelada, a execução
fiscal será extinta, sem qualquer ônus para as partes.

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Considerando o disposto na Lei n. 6.830/1980, está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I e III.
e) I e IV.

I – Errada. A citação deverá ocorrer preferencialmente por mandado correios, segundo art. 8º
da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer
por outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.

II – Certa. Conforme Art. 2º, § 3º da LEF:

§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo
órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos
os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de
findo aquele prazo.

III – Certa. Conforme art. 5º da LEF:

Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui
a de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou
do inventário.

IV – Certa. Segundo art. 26 da LEF:

Art. 26 - Se, antes da decisão de primeira instância, a inscrição de Dívida Ativa for, a qualquer título,
cancelada, a execução fiscal será extinta, sem qualquer ônus para as partes.
Letra b.

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013. (FCC/JUIZ ESTADUAL/TJ-GO/2015) A prescrição intercorrente:


a) Pode se operar durante o curso da execução fiscal, se o executado não for localizado ou não
forem encontrados bens suficientes para garantir a execução.
b) Pode ser reconhecida em sede de qualquer ação de iniciativa do contribuinte, como o man-
dado de segurança, por exemplo.
c) Ocorre decorridos 5 anos da propositura de ação para anular o crédito tributário, se não hou-
ver sido prolatada sentença, ainda que passível de recurso.
d) Tem seu curso interrompido com a propositura de medida cautelar fiscal.
e) Não se aplica à prescrição em matéria tributária, diante da supremacia do interesse público
sobre o particular.

A prescrição intercorrente se dá no curso da ação da execução fiscal, quando não for locali-
zado o executado ou não encontrarem bens suficientes para garantir a execução, o processo
for suspenso por um ano, arquivado, e passados 5 (cinco) anos do arquivamento e o processo
ainda permaneça arquivado.

Este entendimento é retirado do art. 40 da Lei n. 6.830/80:

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontra-
dos bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fa-
zenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados
bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.

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§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os
autos para prosseguimento da execução.
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ou-
vida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
§ 5º A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4º deste artigo será dispensada no caso de
cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.
Letra a.

014. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) Na execução fiscal, NÃO se fará a citação


do executado
a) por carta rogatória, quando o executado achar-se ausente do país.
b) por edital, quando frustrar-se a citação postal e for inviável a citação pessoal.
c) pelo correio, com aviso de recepção, quando o devedor for domiciliado na comarca em que
se processa a execução.
d) por oficial de justiça, quando frustrar-se a citação postal.
e) pelo correio, com aviso de recepção, quando o devedor for domiciliado em comarca diversa
daquela em que se processa a execução.

Gabarito nos termos do art. 8º da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias.

a) Errada. Segundo a LEF, art. 8º, § 1º, quando o executado estiver ausente do país, a citação
será feita por edital.
b) e d) Certas. Nos termos do inciso III do art. 8º da LEF.
c) e e) Certas. Segundo o inciso I do art. 8º da LEF, a regra é que a citação seja feita pelos cor-
reios, com aviso de recepção, seja dentro ou fora da comarca.
Letra a.

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015. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF-3/2014) Na execução fiscal, o executado poderá


apresentar
a) reconvenção dentro do prazo para embargos.
b) embargos no prazo de trinta dias contados do depósito em dinheiro feito para garantia
da execução.
c) embargos, no prazo de trinta dias, sem garantir a execução.
d) embargos no prazo de quinze dias contados da intimação da penhora.
e) embargos no prazo de quinze dias contados da juntada da prova de fiança bancária para
garantia da execução.

Gabarito nos termos do art. 9º c/c art. 16 da Lei n. 6.830/80:

Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados
na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I – efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que as-
segure atualização monetária;
II – oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
III – nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV – indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
...
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.
Letra b.

016. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2014) Sobre Execução Fiscal, o Código Tributário Nacional


estabelece:
I – O juiz deverá determinar a indisponibilidade dos bens e direitos do executado, até o limite
do valor total exigível, se o devedor não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal.
II – A determinação judicial para tornarem indisponíveis os bens do executado deve ser comunica-
da ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para as providências cabíveis contra o devedor.
III – Se o devedor reservar bens ou rendas suficientes para o total pagamento da dívida inscrita,
não será considerada fraudulenta a alienação ou oneração de seus bens ou rendas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) I.
c) II.
d) III.
e) II e III.

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I – Certa. Tratando-se de débito tributário já inscrito em dívida ativa e objeto de execução


fiscal, se o sujeito passivo for citado e não forem oferecidos bens à penhora ou não forem
encontrados bens penhoráveis, será determinada pelo juiz a indisponibilidade de bens/
direitos suficientes para garantir o valor total da dívida, segundo art. 185-A do Código Tri-
butário Nacional:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens
à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indispo-
nibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico,
aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao regis-
tro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais,
a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, deven-
do o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excede-
rem esse limite.

II – Errada. A decisão judicial que determinar a indisponibilidade dos bens/direitos será co-
municada aos órgãos de transferência de bens. Esta é a previsão do art. 185-A, caput, CTN,
transcrito no item acima.
III – Certa. O art. 185 do Código Tributário Nacional prevê que o sujeito passivo que estiver em
débito perante a Fazenda Pública, já inscrito em dívida ativa, não pode dispor livremente de
seus bens/rendas, devendo reservar, antes, o suficiente para cobrir o valor da dívida. Sem que
seja feita a devida reserva, a alienação ou oneração dos bens ou das rendas serão presumidas
como fraudulentas.

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo
devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

Tratando-se de débito tributário já inscrito em dívida ativa e objeto de execução fiscal, se o


sujeito passivo for citado e não forem oferecidos bens à penhora ou não forem encontrados
bens penhoráveis, será determinada pelo juiz a indisponibilidade de bens/direitos suficientes
para garantir o valor total da dívida, devendo a referida decisão ser comunicada aos órgãos
e entidades que promovem a transferência dos bens, preferencialmente por meio eletrônico.
Esta previsão consta no art. 185-A do CTN:

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Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens
à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponi-
bilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos
órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro
público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a
fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo
o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem
esse limite.
§ 2º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo
enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade
houverem promovido.
Letra a.

017. (FCC/PROCURADOR/RECIFE-PE/2014) Analise as proposições abaixo.


I – A petição inicial da execução fiscal dispensa o requerimento de citação, que poderá ser
ordenada de ofício, pelo juiz, por se tratar de matéria de ordem pública.
II – O processo de execução fiscal não admite citação pelos Correios.
III – É defesa a apresentação de embargos à execução fiscal antes de garantido o juízo.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I e III, apenas.

I – Errada. Na petição inicial deve constar o requerimento da citação, segundo art. 6º, III, da Lei
de Execuções Fiscais:

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:


I – o Juiz a quem é dirigida;
II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.

II – Errada. O processo de execução fiscal admite sim citação pelos correios, segundo art.
8º da LEF:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;

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II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.

III – Certa. Segundo o art. 16, § 1º da LEF, “não são admissíveis embargos do executado antes
de garantida a execução”.
Letra d.

018. (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/CUIABÁ-MT/2014) Analise as proposições abai-


xo, acerca do processo de execução fiscal:
I – Presume-se fraudulenta, desde a inscrição do débito em dívida ativa, a alienação ou one-
ração de bens, a menos que o devedor tenha reservado bens ou rendas suficientes ao total
pagamento da dívida inscrita.
II – A produção de provas, pelo município, independe de requerimento na petição inicial.
III – Em garantia da execução fiscal, o executado pode oferecer fiança bancária pelo valor da
dívida acrescida de juros, multa e encargos indicados na certidão de dívida ativa.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

I – Certa. Nos termos do art. 185 do Código Tributário Nacional:

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo
devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

II – Certa. Nos termos do art. 6º, par. 3º da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.

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III – Certa. Nos termos do art. 9º, II da LEF:

Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados
na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
...
II – oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
Letra e.

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Em sede de execução fiscal o executado


citado apresentou, no prazo de 5 dias, a exceção de pré-executividade alegando, em síntese,
excesso de execução. Sobre esta situação e considerando-se a jurisprudência dominante,
a) não se admite, em qualquer hipótese, a exceção de pré-executividade em sede de execução
fiscal, tendo em vista a indisponibilidade do interesse público pelo administrador.
b) a exceção de pré-executividade suspende o prazo para garantir a execução fiscal, por se
tratar de matéria de ordem pública.
c) a exceção de pré-executividade tem lugar quando o executado não tem como garantir a
execução fiscal para se defender em sede de embargos à execução, hipótese em que pode,
diante do princípio constitucional da ampla defesa, alegar toda matéria de fato e direito que
seria arguida em sede de embargos.
d) somente tem cabimento a exceção de pré-executividade para matéria que não demande di-
lação probatória, razão pela qual não pode ter por objeto a alegação de excesso de execução,
que demanda prova de que a cobrança do crédito é excessiva.
e) a exceção de pré-executividade apresentada, ainda que seja pertinente quanto ao mérito,
relativamente ao excesso de execução, somente pode ser apresentada após decorrido o prazo
para garantia da execução.

a) e e) Erradas. A exceção de pré-executividade – EPE é uma espécie de defesa contra a execu-


ção fiscal fruto de construção doutrinária e jurisprudencial, admitida no ordenamento jurídico
brasileiro (alternativa “a” incorreta), nos casos em que se trate de matéria de ordem pública, a
qual não demanda produção de prova, e que possa ser conhecida em qualquer fase processual
(“alternativa “e” incorreta).
b) Errada. A referida exceção de pré-executividade é apresentada através de simples petição, e
não tem o condão de suspender nenhum prazo (alternativa “b” incorreta).
c) Errada. Veja que o fato de a EPE só tratar de matéria que não demande dilação probatória,
torna a alternativa “c” incorreta, tendo em vista que os embargos à execução fiscal é um meio
de defesa que pode tratar sobre qualquer matéria.
Letra d.

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

020. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF-4/2014) Na execução fiscal, os embargos do devedor


a) não podem versar sobre a legalidade da cobrança.
b) devem ser opostos no prazo de 15 dias contados da citação.
c) dependem de prévia garantia do juízo.
d) só podem ser opostos se houver depósito do valor da dívida.
e) não podem versar sobre tema já rejeitado na fase administrativa.

a) e e) Erradas. Os embargos à execução fiscal podem tratar sobre qualquer matéria, segundo
se depreende do art. 16, par. 2º da Lei de Execuções Fiscais – LEF (Lei n. 6.830/80):

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas
e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro
desse limite.

b) Errada. Os embargos à execução fiscal devem ser opostos no prazo de 30 (trinta) dias:

Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:


I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.

c) Certa. Conforme art. 16, par. 1º da LEF:

§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

d) Errada. Os embargos à execução fiscal podem ser opostos não somente quando houver
depósito, mas também quando for oferecido fiança bancária, seguro ou bens para penhora,
segundo análise do art. 16 da LEF transcrito na alternativa “b”.
Letra c.

021. (FCC/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ-PE/2013) Na execução fiscal


a) é necessária a intervenção do Ministério Público.
b) a Fazenda Pública não pode substituir a certidão de dívida ativa até a prolação da sentença
de embargos, mesmo quando se tratar de correção de erro material ou formal, sem modifica-
ção do sujeito passivo da execução.
c) a Fazenda Pública não pode recusar a substituição do bem penhorado por precatório.
d) a citação por edital é cabível quando frustradas as demais modalidades.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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a) Errada. Não há tal previsão no ordenamento jurídico brasileiro.


b) Errada. Segundo o art. 2º, par. 8º da Lei de n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF), a
certidão de dívida ativa pode ser substituída ou emendada até a decisão de primeira instância.

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

Ademais, a Súmula n. 392 do Superior Tribunal de Justiça destaca que:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

c) Errada. A Fazenda Pública não pode sim recusar a substituição de bem penhorado, segundo
art. 15 da LEF:

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:


I – ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia; e
II – à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da or-
dem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

d) Certa. Conforme se depreende da análise do art. 8º, III, da LEF, em regra, a citação será feita
pelos correios, que, se frustrada, será feita através de Oficial de Justiça ou por edital:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
Letra d.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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022. (FCC/JUIZ ESTADUAL/TJ-GO/2012) Em sede de Execução Fiscal, se o devedor tributá-


rio, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem
encontrados bens penhoráveis deverá o juiz
a) determinar o arresto de tantos bens quantos bastem para o pagamento da dívida.
b) abrir vista para a Fazenda Pública, a fim de que possa pleitear em sede de medida cautelar
fiscal, a indisponibilidade de bens do devedor.
c) arquivar temporariamente os autos da Execução Fiscal, devendo a Fazenda Pública diligen-
ciar no sentido de localizar bens penhoráveis, sob pena de prescrição intercorrente.
d) determinar a suspensão da Execução Fiscal por até 1 ano, para que a Fazenda Pública dili-
gencie no sentido de localizar bens do devedor. Após este período, sem que sejam localizados
bens, determinará o juiz o arquivamento provisório da Execução Fiscal.
e) determinar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor, comunicando a decisão, prefe-
rencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transfe-
rência de bens e às autoridades supervisoras do mercado bancário e de capitais.

Gabarito nos termos do art. 185-A do Código Tributário Nacional:

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens
à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponi-
bilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos
órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro
público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a
fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
Letra e.

023. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA MUNICIPAL - ORLÂNCIA – SP/2019) As


execuções fiscais em âmbito municipal devem respeitar as regras previstas na Lei n. 6.830/80,
dentre elas:
a) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, sendo ela rela-
tiva, não podendo ser ilidida por prova inequívoca a cargo do credor.
b) a petição inicial indicará apenas o juiz a quem é dirigida, o pedido e o requerimento para a
citação, sendo dispensável o demonstrativo de cálculo do débito.
c) não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução, a penhora só poderá recair sobre
bens do executado, e de terceiros, com o consentimento expresso ou tácito.
d) em qualquer fase do processo será deferida pelo juiz à Fazenda Pública a substituição da
penhora por depósito em dinheiro, dependendo da ordem prevista em lei.
e) a Fazenda Pública está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos, sendo que a prática
dos atos judiciais dependerá de preparo ou de prévio depósito.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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a) Errada. A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, sendo
ela relativa, não podendo ser ilidida por prova inequívoca a cargo do credor executado ou de ter-
ceiro, a quem aproveite, segundo art. 3º da Lei de n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.


Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

b) Certa. Segundo o art. 6º da LEF:

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:


I – o Juiz a quem é dirigida;
II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.

Como o seu edital não previu esse dispositivo expressamente, não faça esforço para
memoriza-lo.
c) Errada. Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução, a penhora só poderá re-
cair sobre bens do executado, e de terceiros, com o consentimento expresso ou tácito, exceto
os que a lei declare absolutamente impenhoráveis, em atenção ao art. 10 da LEF:

Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados
na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I – efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que asse-
gure atualização monetária;
II – oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
III – nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV – indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
...
Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata o artigo 9º, a penhora po-
derá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

d) Errada. Em qualquer fase do processo será deferida pelo juiz à Fazenda Pública a substitui-
ção da penhora por depósito em dinheiro, dependendo independentemente da ordem prevista
em lei, segundo art. 15 da LEF:

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:


I – ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia; e
II – à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da or-
dem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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e) Errada. Segundo art. 39 da LEF:

Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos. A prática dos
atos judiciais de seu interesse independerá de preparo ou de prévio depósito.
Parágrafo único. Se vencida, a Fazenda Pública ressarcirá o valor das despesas feitas pela
parte contrária.
Letra b.

024. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL-SERTÃOZI-


NHO-SP/2019) O Município ajuíza execução fiscal para cobrar débito de ISSQN lançado de
ofício após procedimento administrativo, em razão da prestação de serviços de aluguel de
roupas de festa sem o devido recolhimento do tributo. O estabelecimento comercial não reco-
nhece esse débito, sob o fundamento de que a locação não é fato gerador do ISSQN. Nesse
caso, para defender o seu direito, o estabelecimento
somente poderá interpor embargos à execução depois de garantido o juízo, pois a execução
fiscal já foi ajuizada.

Nos termos do par. 1º do art. 16 da Lei n. 6.830/80, “não são admissíveis embargos do execu-
tado antes de garantida a execução”.
Certo.

025. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL-SERTÃOZI-


NHO-SP/2019) Sobre a execução fiscal, é correto afirmar, com base na Lei Federal n. 6.830/80
e na jurisprudência dos Tribunais Superiores, que
a) é necessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por
tratar-se de requisito previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.
b) a desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embargos, exime o exequente
dos encargos da sucumbência.
c) a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou
RG ou CNPJ da parte executada.
d) se presume dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, vedado o redirecionamento da execução
fiscal para os sócios.
e) a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até o trânsito em julgado
da decisão proferida nos embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal,
vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

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a) Errada. O art. 6º da Lei de n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF) destaca que a peti-
ção inicial da ação de execução fiscal indicará apenas:

I – o Juiz a quem é dirigida;


II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.

Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça – STJ tem entendimento consolidado através
de Súmula de que o demonstrativo de cálculo do débito não é obrigatório na petição inicial da
ação de execução fiscal:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 559 do STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da peti-
ção inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não pre-
visto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.

b) Errada. Segundo a Súmula n. 153 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 153 do STJ: A desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embar-
gos, não exime o exequente dos encargos da sucumbência.

c) Certa. Segundo a Súmula n. 558 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 558 do STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indefe-
rida sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.

d) Errada. É possível o redirecionamento da execução fiscal aos sócios, nesse caso, conforme
Súmula n. 435 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legiti-
mando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

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e) Errada. Segundo a Súmula n. 392 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 392 do STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA)
até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material
ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.

Letra c.

026. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE MONTE ALTO-SP/2019) Segundo a


disciplina estabelecida pela lei que rege a execução fiscal, é correto afirmar que
a) a petição inicial indicará apenas o juiz a quem é dirigida, o pedido e o requerimento
para citação.
b) a petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa não poderão constituir um documento único.
c) a produção de provas pela Fazenda Pública depende de requerimento expresso na peti-
ção inicial.
d) o executado ausente do País será citado por edital com prazo de 180 dias.
e) o despacho do juiz, que ordenar a citação, suspende a prescrição.

a) Certa. Nos termos do art. 6º da Lei de n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:


I – o Juiz a quem é dirigida;
II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.

b) Errada. A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa não poderão constituir um documento
único, segundo par. 2º do art. 6º da LEF:

§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, prepara-
do inclusive por processo eletrônico.

c) Errada. A produção de provas pela Fazenda Pública depende independe de requerimento


expresso na petição inicial, segundo art. 6º, par. 3º da LEF:

§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.

d) Errada. O executado ausente do País será citado por edital com prazo de 180 60 dias, segun-
do par. 1º do art. 8º da LEF:

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§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias.

e) Errada. O despacho do juiz, que ordenar a citação, suspende interrompe a prescrição, segun-
do par. 2º do art. 8º da LEF:

§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.


Letra a.

027. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE POÁ-SP/2019) Em relação à co-


brança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública, dispõe a Lei n. 6.830/80:
a) a Certidão de Dívida Ativa, que conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição, inde-
pende de autenticação por qualquer autoridade competente, e, após a distribuição da ação da
execução, não poderá ser emendada ou substituída.
b) a Dívida Ativa da União será apurada e regularmente inscrita na Secretaria da Receita Fede-
ral e goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, não podendo ser ilidida pelo executado
ou terceiro a quem aproveite.
c) o executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos; sendo a citação realizada pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazen-
da Pública não a requerer por outra forma, e, se o aviso de recepção não retornar no prazo de
30 (trinta) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça
no prazo de 15 (quinze) dias.
d) a penhora ou arresto de bens obedecerá a ordem em lei estabelecida e, excepcionalmente, a
penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em
plantações ou edifícios em construção.
e) não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos
próprios autos, para, no prazo de 10 (dez) dias, pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e
demais encargos pelos quais se obrigou, se a garantia for real.

a) Errada. A Certidão de Dívida Ativa, que conterá os mesmos elementos do Termo de Inscri-
ção, independe depende de autenticação por qualquer autoridade competente, e, após a distri-
buição da ação da execução até a decisão de primeira instância não poderá ser emendada ou
substituída, conforme art. 2º, pars. 6º e 8º da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será auten-
ticada pela autoridade competente.
...
§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

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b) Errada. A Dívida Ativa da União será apurada e regularmente inscrita na Secretaria da Recei-
ta Federal Procuradoria da Fazenda Nacional, segundo art. 2º, par. 4º da LEF, e goza da presun-
ção absoluta relativa de certeza e liquidez, não podendo ser ilidida pelo executado ou terceiro
a quem aproveite, segundo art. 3º da LEF:

Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária
na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais
de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal.
...
§ 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional.
...
Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

c) Errada. O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros
e multa de mora e encargos; sendo a citação realizada pelo correio, com aviso de recepção, se
a Fazenda Pública não a requerer por outra forma, e, se o aviso de recepção não retornar no
prazo de 30 (trinta) 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita
por Oficial de Justiça no prazo de 15 (quinze) dias ou por edital, segundo art. 8º, III da LEF:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
d) Certa. Segundo art. 11, par. 1º da LEF:

Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:


I – dinheiro;
II – título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;
III – pedras e metais preciosos;
IV – imóveis;

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas
V – navios e aeronaves;
VI – veículos;
VII – móveis ou semoventes; e
VIII – direitos e ações.
§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção.

e) Errada. Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de ga-
rantia prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução
nos próprios autos, para, no prazo de 10 (dez) 15 (quinze) dias, pagar o valor da dívida, juros e
multa de mora e demais encargos pelos quais se obrigou, remir o bem, se a garantia for real,
conforme art. 19, da LEF:

Art. 19 - Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios
autos, para, no prazo de 15 (quinze) dias:
I – remir o bem, se a garantia for real; ou
II – pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de Divi-
da Ativa pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.
Letra d.

028. (VUNESP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/RIBEIRÃO PRETO-SP/2019) A respeito da


Execução Fiscal, é correto afirmar que
a) não se presta à cobrança de dívida ativa de autarquia municipal.
b) para suspender a exigibilidade do crédito tributário, a garantia dada pelo executado abran-
gerá o valor atualizado da dívida, descontados juros, multa de mora e honorários advocatícios.
c) ao executado é facultado, no mesmo prazo dos embargos, apresentar reconvenção, com-
pensação e exceções de suspeição ou incompetência do juízo, sob pena de preclusão.
d) havendo interesse público justificado nos autos, a Fazenda Pública poderá adjudicar os
bens penhorados antes do leilão, pelo preço de avaliação, independentemente da oposição de
Embargos pelo executado.
e) é admitida a exceção de pré-executividade relativamente às matérias conhecíveis de ofício
que não demandem dilação probatória.

a) Errada. A Lei de n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF) destaca que a lei é aplicável
também a autarquias:

Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo
Código de Processo Civil.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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b) Errada. Da análise do art. 9º da LEF constata-se que a garantia deve corresponder ao valor
da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa. Veja:

Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados
na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I – efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que asse-
gure atualização monetária;
II – oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
III – nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV – indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.

c) Errada. Segundo o art. 16, par. 3º, da LEF:

§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição,


incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e
julgadas com os embargos.

d) Errada. a Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados antes do leilão, pelo preço
de avaliação, independentemente da oposição de Embargos pelo executado se a execução
não for embargada ou se rejeitados os embargos, segundo o art. 24 da LEF:

Art. 24 - A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados:


I – antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a execução não for embargada ou se rejeitados
os embargos.

e) Certa. Esta é a definição de exceção de pré-executividade, que é uma forma de o executado


se defender da execução fiscal, através de simples petição, nos casos de matéria de ordem
pública, que não demande produção de provas.
Letra e.

029. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE IBATÉ-SP/2019) No processo de


cobrança de créditos tributários em execução fiscal:
a) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, sendo essa
presunção absoluta e por isso não pode ser ilidida.
b) a competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública não
exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência.
c) a petição inicial indicará o juiz a quem é dirigida, o pedido, o requerimento para a citação e o
demonstrativo de cálculo do débito.
d) poderá ser deferida pelo Juiz até a fase de instrução ao executado, a substituição da penho-
ra por depósito em dinheiro.
e) o Juiz, a requerimento das partes, poderá, por conveniência da unidade da garantia da exe-
cução, ordenar a reunião de processos contra o mesmo devedor.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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a) Errada. A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, sen-
do essa presunção absoluta relativa e por isso não pode ser ilidida, segundo art. 3º da Lei n.
6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.


Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

b) Errada. Segundo o art. 5º da LEF:

Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui
a de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou
do inventário.

c) Errada. Segundo o art. 6º da LEF:

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:


I – o Juiz a quem é dirigida;
II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.

Além disso, quanto à afirmação de que a petição inicial indicará também o demonstrativo de
cálculo, esta é incorreta, em atenção à Súmula do Superior Tribunal de Justiça:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 559 do STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da peti-
ção inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não pre-
visto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.

d) Errada. A substituição da penhora pode ser feita a qualquer tempo, conforme art. 15 da LEF:

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:


I – ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia; e
II – à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da or-
dem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

e) Certa. Conforme art. 28 da LEF:

Art. 28 - O Juiz, a requerimento das partes, poderá, por conveniência da unidade da garantia da exe-
cução, ordenar a reunião de processos contra o mesmo devedor.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, os processos serão redistribuídos ao Juízo da primeira
distribuição.
Letra e.
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030. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/2019) A respei-


to da cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, é correto afirmar, com base na Lei
n. 6.830/1980, que
a) em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz ao executado a substituição da pe-
nhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia.
b) o executado oferecerá embargos, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do depósito; da
juntada da prova da fiança bancária; ou da intimação da penhora.
c) são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução, quando se tratar
de dívida ativa não tributária.
d) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 15
(quinze) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
e) na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será
feita por meio de correio ou edital.

a) Certa. Conforme art. 15, I, da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:


I – ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia; e
II – à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da or-
dem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

b) Errada. O executado oferecerá embargos, no prazo de 15 (quinze) 30 (trinta) dias, contados


do depósito; da juntada da prova da fiança bancária; ou da intimação da penhora, segundo art.
16 da LEF:

Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:


I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.

c) Errada. Pois segundo o art. 16, par. 1º, LEF:

§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

d) Errada. Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no


prazo de 15 (quinze) 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julga-
mento, segundo art. 17 da LEF:

Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de
30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.

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e) Errada. Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública


será feita por meio de correio ou edital pessoalmente, conforme art. 25 da LEF:

Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será
feita pessoalmente.
Parágrafo único. A intimação de que trata este artigo poderá ser feita mediante vista dos autos, com
imediata remessa ao representante judicial da Fazenda Pública, pelo cartório ou secretaria.
Letra a.

031. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE MA-


RÍLIA/2019) Conforme a Lei n. 6.830/1980, a inscrição em dívida ativa se constitui no ato de
controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez
e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias,
ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. Nesse
contexto, sobre o Termo de Inscrição de Dívida Ativa e sobre a Certidão de Dívida Ativa é cor-
reto afirmar que
a) deverá conter o valor atualizado da dívida, a origem, a natureza e o fundamento legal ou
contratual da dívida.
b) poderá ser preparado e numerado por processo mecânico ou eletrônico, mas não manual.
c) a certidão de dívida ativa conterá os mesmos elementos do termo de inscrição, sendo dis-
pensada a autenticação pela autoridade competente.
d) a petição inicial da execução fiscal será instruída com o termo original de inscrição em dí-
vida ativa.
e) até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

a) Errada. Segundo o art. 2º, par. 5º, da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF), o Ter-
mo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter o valor originário da dívida:

§ 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:


I – o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de
um e de outros;
II – o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e
demais encargos previstos em lei ou contrato;
III – a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;
IV – a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o res-
pectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;
V – a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e
VI – o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor
da dívida.

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b) Errada. O Termo de Inscrição de Dívida Ativa poderá também ser preparado e numerado por
processo manual, conforme análise do art. 2º, par. 7º da LEF:

§ 7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados e numerados por
processo manual, mecânico ou eletrônico.

c) Errada. A autenticação pela autoridade não é dispensada, segundo art. 2º, par. 6º da LEF:

§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será auten-
ticada pela autoridade competente.

d) Errada. A petição inicial da execução fiscal será instruída com o termo original de inscrição
em a certidão de dívida ativa, conforme art. 6º, par. 1º da LEF:

§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante,
como se estivesse transcrita.

e) Certa. Conforme art. 2º, par. 4º da LEF:

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.
Letra e.

032. (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/CÂMARA MUNICIPAL DE INDAIATUBA-


-SP/2018) De acordo com o que dispõe a Lei n. 6.830/80, a dívida ativa regularmente inscrita
goza de presunção de certeza e liquidez.
Quanto a tal presunção, é correto afirmar que
a) é relativa.
b) não admite prova em contrário a ser produzida pelo executado.
c) somente pode ser ilidida pelo próprio executado.
d) somente pode ser ilidida por terceiro a quem aproveite.
e) pode ser ilidida por qualquer tipo de prova, independentemente de ser inequívoca.

Gabarito nos termos do art. 3º da LEF:

Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.


Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.
Letra a.

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033. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA MUNICIPAL-ITAQUAQUECETUBA-


-SP/2018) Com relação às regras da Execução Fiscal, determinadas pela Lei n. 6.830/80, as-
sinale a alternativa correta.
a) A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui
a de qualquer outro juízo, exceto o da falência e da concordata.
b) O executado será citado para, no prazo de 03 (três) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa.
c) A Fazenda Pública estará sujeita ao pagamento de custas e emolumentos na Execução Fis-
cal para prática dos atos judiciais de seu interesse.
d) Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução, que após a
intimação da penhora, poderá apresentá-lo no prazo de 30 dias.
e) A petição inicial para execução fiscal deverá indicar obrigatoriamente, dentre outros elemen-
tos, o demonstrativo de cálculo da cobrança.

a) Errada. A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pú-
blica exclui a de qualquer outro juízo, exceto inclusive o da falência e da concordata, conforme
art. 5º da Lei nn. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui
a de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou
do inventário.

b) Errada. O executado será citado para, no prazo de 03 (três) 05 (cinco) dias, pagar a dívida
com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, conforme
art. 8 da LEF:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as
seguintes normas:

c) Errada. A Fazenda Pública não estará sujeita ao pagamento de custas e emolumentos na


Execução Fiscal para prática dos atos judiciais de seu interesse, segundo art. 39 da LEF:

Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos. A prática dos
atos judiciais de seu interesse independerá de preparo ou de prévio depósito.
Parágrafo único. Se vencida, a Fazenda Pública ressarcirá o valor das despesas feitas pela
parte contrária.

d) Certa. Conforme art. 16 da LEF:

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Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

e) Errada. Segundo a Súmula n. 559 do Superior Tribunal de Justiça – STJ, o demonstrativo de


cálculo do débito não é elemento obrigatório da petição inicial da execução fiscal:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 559 do STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da peti-
ção inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não pre-
visto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.

Os elementos obrigatórios da petição inicial constam no art. 6º da LEF:

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:


I – o Juiz a quem é dirigida;
II – o pedido; e
III – o requerimento para a citação.
Letra d.

034. (VUNESP/ADVOGADO/PREFEITURA DE REGISTRO-SP/2018) Segundo a Lei de Execu-


ção Fiscal,
a) o executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa
de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução.
b) não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos
próprios autos, para, no prazo de 5 (cinco) dias remir o bem, se a garantia for real, ou pagar o
valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de Divida Ativa
pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.
c) o executado ausente do país será citado por edital, com prazo de 30 (trinta) dias.
d) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 60
(sessenta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
e) a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do execu-
tado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 15 (quinze) dias após a entrega da carta
à agência postal.

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a) Certa. Segundo o art. 8º da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF):

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e
multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observa-
das as seguintes normas:
I – a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por
outra forma;
II – a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado,
ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III – se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV – o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui-
tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.

b) Errada. Segundo o art. 19 da LEF, não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os
embargos, no caso de garantia prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra
ele prosseguir a execução nos próprios autos, para, no prazo de 5 (cinco) 15 (quinze) dias remir
o bem, se a garantia for real, ou pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e demais encar-
gos, indicados na Certidão de Divida Ativa pelos quais se obrigou se a garantia for fidejussória.
c) Errada. Segundo o par. 1º do art. 8º da LEF, o executado ausente do país será citado por
edital, com prazo de 30 (trinta) 60 (sessenta) dias.
d) Errada. Segundo o art. 17 da LEF, recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda,
para impugná-los no prazo de 60 (sessenta) 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiên-
cia de instrução e julgamento.
e) Errada. Segundo art. 8 º, II, da LEF, a citação pelo correio considera-se feita na data da en-
trega da carta no endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 15
(quinze) 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal.
Letra a.

035. (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE OLÍMPIA-SP/2018) Em


relação à Execução Fiscal, dispõe a legislação em vigor:
a) A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados, findo o leilão, se não houver licitan-
te, pelo preço da avaliação, e, havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições
com a melhor oferta, no prazo de 15 (quinze) dias.
b) Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será
feita pessoalmente ou mediante publicação no órgão oficial, sendo que as publicações dos atos
processuais não poderão ser feitas resumidamente ou reunir num só texto diferentes processos.

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c) O juiz, de ofício, poderá, por conveniência da unidade da garantia da execução, ordenar a reu-
nião de processos contra o mesmo devedor, e, nesta hipótese, os processos serão redistribuí-
dos, por dependência, ao juízo onde houver maior incidência de bens, garantindo a execução.
d) A arrematação será precedida de edital, afixado no local de costume, na sede do juízo, e
publicado em resumo, uma só vez, gratuitamente, como expediente judiciário, no órgão oficial
bem como em jornal de circulação local, sendo que o prazo entre as datas de publicação do
edital e do leilão não poderá ser superior a 30 (trinta) nem inferior a 15 (quinze) dias.
e) A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos, e, se vencida,
ressarcirá o valor das despesas feitas pela parte contrária.

a) Errada. Segundo o art. 24 da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais – LEF), a Fazenda
Pública poderá adjudicar os bens penhorados, findo o leilão, se não houver licitante, pelo preço
da avaliação, e, havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições com a melhor
oferta, no prazo de 15 (quinze) 30 (trinta) dias.
b) Errada. Na execução fiscal, a intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será
feita pessoalmente, conforme art. 25 da LEF:

Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será
feita pessoalmente.

Além disso, segundo o art. 27 da LEF, as publicações de atos processuais poderão ser feitas
resumidamente ou reunir num só texto os de diferentes processos.
c) Errada. Segundo o art. 28 da LEF, O juiz, de ofício, a requerimento das partes, poderá, por con-
veniência da unidade da garantia da execução, ordenar a reunião de processos contra o mesmo
devedor, e, nesta hipótese, os processos serão redistribuídos, por dependência, ao juízo onde
houver maior incidência de bens, garantindo a execução ao Juízo da primeira distribuição.
d) Errada. Segundo o art. 22 da LEF, a arrematação será precedida de edital, afixado no local de
costume, na sede do juízo, e publicado em resumo, uma só vez, gratuitamente, como expedien-
te judiciário, no órgão oficial bem como em jornal de circulação local, sendo que o prazo entre
as datas de publicação do edital e do leilão não poderá ser superior a 30 (trinta) nem inferior
a 15 (quinze) 10 (dez) dias.
e) Certa. Nos termos do art. 39 da LEF.
Letra e.

036. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/CAMPO GRANDE-MS/2019) Com relação a pro-


cesso judicial tributário, julgue o item subsequente.
Administrador de empresa arrolado como devedor em certidão de dívida ativa dessa pessoa jurí-
dica pode obter a exclusão do seu nome da certidão via exceção ou objeção de pré-executividade.

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

A exceção de pré-executividade é cabível em casos de matérias de ordem pública e que não


demandem produção de provas, segundo a Súmula n. 393 do STJ:

A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecí-


veis de ofício que não demandem dilação probatória.

O caso da questão, segundo STJ, não é cabível via EPE:

JURISPRUDÊNCIA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
-EXECUTIVIDADE. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBA-
TÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. PRECEDENTES.
1. Esta Corte Superior possui o entendimento firmado de que a exceção de pré-execu-
tividade não constitui meio legítimo para discutir matérias em execução fiscal quando
necessária a dilação probatória.
2. No caso, colhe-se do acórdão recorrido que “as provas, favoráveis ao(s) administrador(es)
no sentido de contrariar a presunção de responsabilidade inerente à dissolução irregular e
à prática de atos com excesso de poderes ou a infração da lei, estatuto ou contrato social,
devem ser produzidas, pelo interessado, na via larga da ação cognitiva incidental”.
3. Entendimento contrário ao da Corte de origem exigiria a incursão no contexto fático
dos autos, impossível na via eleita processual escolhida pelo recorrente ante o óbice da
Súmula 7/STJ.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1559898/SP, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVO-
CADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe 27/04/2016)

Errado.

037. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) Considerando que, em caso de cobrança judi-


cial de dívida ativa da fazenda pública por meio de execução fiscal, haja o registro de penhoras
feitas por credores distintos sobre um mesmo bem e não se caracterize hipótese de falência
ou recuperação judicial, assinale a opção correta, de acordo com o previsto na Lei de Execu-
ções Fiscais — Lei n. 6.830/1980.
a) A fazenda pública ingressa no concurso de credores de forma preferencial, ressalvada ape-
nas a preferência dos credores de créditos decorrentes da legislação do trabalho.
b) A fazenda pública não se sujeita a concurso de credores, devendo-se verificar o concurso de
preferência entre as pessoas jurídicas de direito público.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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c) Não há benefício de ordem entre a fazenda pública e os credores privados: a ordem crono-
lógica do registro das penhoras deve ser observada.
d) Os créditos da fazenda pública devem ser apurados primeiramente, sendo feita a repartição
entre os entes públicos federais, estaduais e municipais com base no critério pro rata.

Segundo o art. 29 da Lei n. 6.830/80, “A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública
não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inven-
tário ou arrolamento”.
Ademais, o par. único do art. 29 destaca que há preferência entre os entes federativos. Veja:

Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito
público, na seguinte ordem:
I – União e suas autarquias;
II – Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata;
III – Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata.
Letra b.

038. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-RS/2019) A administração tributária de um estado


federado deverá propor execução fiscal em desfavor de um contribuinte pessoa física
a) na capital do respectivo estado federado ou no foro de domicílio do contribuinte.
b) no foro de domicílio do contribuinte ou no lugar onde ele for encontrado.
c) na capital do respectivo estado federado ou no local da ocorrência do fato gerador que ori-
ginou a execução.
d) no local do fato gerador que originou a execução ou no foro de residência do contribuinte.
e) no foro de residência do contribuinte ou no local por ele escolhido.

A execução fiscal é regida pela Lei n. 6.830/80 (LEF), e quando esta não tratar de determinado
tema, é preciso recorrer à previsão do Código de Processo Civil, em atenção ao art. 1º da LEF:

Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código
de Processo Civil.

Como a LEF não fez qualquer previsão sobre o foro de ajuizamento da execução fiscal, aplica-
-se o Código de Processo Civil:

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
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Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do réu.
...
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar
onde for encontrado.
Letra b.

039. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PGM-JOÃO PESSOA-PB/2018-ADAPTADA)


Uma empresa agrícola de pequeno porte, formada por dois sócios, ambos administradores
da sociedade, cuja fonte de faturamento era unicamente a produção de soja, foi submetida
à execução fiscal de um município pelo não recolhimento de ITBI. Na certidão de dívida ativa
(CDA) e no polo passivo, constou apenas a sociedade. O fato gerador foi a incorporação de
uma fazenda ao patrimônio da empresa para integralização do capital social. A citação da exe-
cutada — feita na pessoa de um dos sócios — foi válida. A executada não pagou nem nomeou
bens à penhora. O município foi intimado para prosseguir com a execução, uma vez que não
foram encontrados bens da devedora. Seis anos após a última intimação, o município reque-
reu, e o juiz deferiu, o redirecionamento da execução fiscal contra o outro sócio administrador.
Tal deferimento ocorreu porque não foram encontrados bens do devedor — sócio na pessoa do
qual foi feita a citação da executada —, e a empresa, depois da citação, simplesmente fechou
as portas e deixou de funcionar, sem comunicar as autoridades. Na tentativa de citação desse
outro sócio administrador, constatou-se que ele havia falecido um mês antes da citação da
devedora. A comunicação do falecimento, constante dos autos, foi feita no mês seguinte ao
da citação. Assim, foi deferido o pedido de redirecionamento contra o espólio daquele sócio
administrador, cujo inventário ainda estava aberto.
Ainda considerando a situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Após a citação da empresa, não ocorreu a prescrição.
b) Emenda à execução fiscal para inclusão de espólio no polo passivo deverá ser acatada
pelo juiz.
c) O redirecionamento contra o espólio do administrador foi correto.
d) Garantido o juízo, a empresa poderia ajuizar embargos à execução, suscitando a inexistên-
cia de relação jurídico-tributária.

a) Errada. No caso da questão ocorreu a prescrição quinquenal. Tendo em vista que o despa-
cho que ordena a citação (no caso, considerar a citação válida) interrompe o prazo prescricio-
nal, e que só após 6 anos é que a execução fiscal foi redirecionada, houve prescrição.
b) Errada. A emenda à execução fiscal decorreria de alteração de sujeito passivo na Certidão
de Dívida Ativa, o que não é possível, segundo a Súmula n. 392 do STJ:

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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.

c) Errada. Não há legitimidade passiva. Como o sócio faleceu antes de ter citado, não é aceitá-
vel redirecionamento contra o espólio, conforme posicionamento do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. FALECI-
MENTO DO EXECUTADO ANTES DA PROPOSITURA DA AÇÃO. REDIRECIONAMENTO AO
ESPÓLIO. INVIABILIDADE. SÚMULA 83/STJ. REEXAME PROBATÓRIO VEDADO. SÚMULA
7/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL PREJUDICADO. MULTA PREVISTA NO ART. 1021,
§4º, DO CPC/2015 REVOGADA.
1. Ao dirimir a controvérsia, a Corte estadual ratificou a sentença de piso desta forma (fls.
88-91, e-STJ, grifou-se): “Os autos noticiam que os débitos fazendários reclamados pelo
Fisco originaram-se em fatos ocorridos nos exercícios de 1999 a 2001. O titulo executivo
foi emitido em 10.06.2003 e a execucional deflagrada em 22.09.2003 (fl. 01). Contudo
o executado faleceu em 13 de janeiro de 2001 (fl. 09), ou seja, antes mesmo do ajuiza-
mento do feito e, notadamente, nessa hipótese, não há como redirecionar a execucional
ao espólio como pretende o exequente. (...) Do mesmo modo, está assentado na juris-
prudência do Superior Tribunal de Justiça, em sede de julgamento submetido ao rito
dos repetitivos, o entendimento que corrobora a impossibilidade de redirecionamento
da execução nos casos em que o falecimento do executado tenha ocorrido em momento
anterior a sua devida citação nos autos da execução fiscal (...)”. 2. De fato, corretamente
o acórdão reiterou a sentença, pois o STJ possui o entendimento pacífico de que o redi-
recionamento da execução contra o espólio só é admitido quando o falecimento do con-
tribuinte ocorrer depois de ele ter sido devidamente citado nos autos da execução fiscal,
o que não é o caso dos autos, já que o devedor apontado faleceu antes do ajuizamento
da demanda. Aplica-se a Súmula 83/STJ. 3. Outrossim, avaliar os fatos processuais dos
autos e as datas de suas ocorrências - como a da constituição do tributo e a morte do
devedor - implica reexame probatório vedado pela Súmula 7/STJ.
...
5. Recurso Especial parcialmente conhecido, somente quanto ao pedido de anulação da
multa processual, e, nesse ponto, dou-lhe provimento.
(REsp 1835711/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
05/11/2019, DJe 18/11/2019)

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d) Certa. Conforme art. 16, par. 1º da Lei n. 6.830/80, para que os embargos à execução fiscal
sejam admitidos é necessário o oferecimento de garantia, podendo esta defesa poderá tratar
sobre qualquer matéria (como, por exemplo, o argumento de que inexiste relação jurídico-tribu-
tária, conforme art. 16, par. 2º da Lei n. 6.830/80

Art. 16, § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas
e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro
desse limite.
Letra d.

040. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/JOÃO PESSOA-PB/2018) Uma empresa agrí-


cola de pequeno porte, formada por dois sócios, ambos administradores da sociedade, cuja
fonte de faturamento era unicamente a produção de soja, foi submetida à execução fiscal
de um município pelo não recolhimento de ITBI. Na certidão de dívida ativa (CDA) e no polo
passivo, constou apenas a sociedade. O fato gerador foi a incorporação de uma fazenda ao
patrimônio da empresa para integralização do capital social. A citação da executada — feita na
pessoa de um dos sócios — foi válida. A executada não pagou nem nomeou bens à penhora. O
município foi intimado para prosseguir com a execução, uma vez que não foram encontrados
bens da devedora. Seis anos após a última intimação, o município requereu, e o juiz deferiu,
o redirecionamento da execução fiscal contra o outro sócio administrador. Tal deferimento
ocorreu porque não foram encontrados bens do devedor — sócio na pessoa do qual foi feita
a citação da executada —, e a empresa, depois da citação, simplesmente fechou as portas e
deixou de funcionar, sem comunicar as autoridades. Na tentativa de citação desse outro sócio
administrador, constatou-se que ele havia falecido um mês antes da citação da devedora. A
comunicação do falecimento, constante dos autos, foi feita no mês seguinte ao da citação. As-
sim, foi deferido o pedido de redirecionamento contra o espólio daquele sócio administrador,
cujo inventário ainda estava aberto.
Considerando a situação hipotética 1A12-I, assinale a opção correta.
a) Há nulidade da execução, porque quem deve figurar como sujeito ativo da execução fiscal é
o estado, e não o município.
b) A execução é indevida, porque não era caso de incidência do ITBI.
c) A executada poderia ajuizar os embargos à execução no prazo de quinze dias da juntada do
mandado de citação.
d) O redirecionamento da execução fiscal foi equivocado porque decorreu da simples dissolu-
ção irregular da empresa.
e) É regra geral no âmbito nacional a isenção do ITBI para empresas de pequeno porte.

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a) Errada. O ITBI é imposto municipal, logo é o Município que deve figurar como sujeito ativo
da execução fiscal.
b) Certa. Considerando que a referida integralização é imune ao ITBI, segundo o art. 156, par.2º,
I, CF/88 (este assunto é estudado em Direito Tributário).
c) Errada. O prazo para oposição de embargos à execução fiscal é de 30 dias contados:

I – do depósito;
II – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III – da intimação da penhora.

d) Errada. Segundo a Súmula n. 435, STJ, é admissível o redirecionamento da execução fiscal


diante de dissolução irregular da empresa.
e) Errada. Não há tal previsão no ordenamento jurídico brasileiro.
Letra b.

041. (CESPE/ANALISTA PORTUÁRIO/EMAP/2018) Julgue o item a seguir, relativo ao lança-


mento e à execução fiscal.
Previsto na Lei de Execução Fiscal, o rol ordenatório de bens sujeitos a penhora ou arresto ex-
cepciona os navios cargueiros.

Segundo o art. 11 da Lei 6.830/80, os navios também podem ser objeto de penhora ou arresto:

Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:


I – dinheiro;
II – título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;
III – pedras e metais preciosos;
IV – imóveis;
V – navios e aeronaves;
VI – veículos;
VII – móveis ou semoventes; e
VIII – direitos e ações.
Errado.

042. (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PE/2018) De acordo com a Lei n. 6.830/1980,


a PGE/PE pode promover execução fiscal contra
a) o devedor e o interessado economicamente na ocorrência do fato gerador.
b) o fiador e o administrador judicial da massa falida.
c) o depositário e o espólio.
d) o fiador e o responsável tributário.
e) o administrador judicial da massa falida e o responsável tributário.
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Segundo o art. 4º da Lei 6.830/80, a execução fiscal poderá ser promovida contra:

Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:


I – o devedor;
II – o fiador;
III – o espólio;
IV – a massa;
V – o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas
jurídicas de direito privado; e
VI – os sucessores a qualquer título.
Letra d.

043. (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-MA/2018) Maria foi notificada, fora do do-


micílio informado ao fisco, a pagar imposto de renda, tendo tomado conhecimento da cobran-
ça somente após a propositura de execução fiscal. Em razão da dívida, seu automóvel foi
penhorado e, quinze dias após a penhora, o advogado de Maria foi acionado e pretende alegar,
em matéria de defesa e pelo meio processual adequado, a decadência do referido tributo.
Com relação a essa situação hipotética e a aspectos legais a ela correlacionados, julgue o item
à luz do entendimento dos tribunais superiores.
É possível requerer provas e juntar rol de testemunhas quando da oposição dos embargos à
execução fiscal.

Nos termos do art. 16, § 2º da Lei n. 6.830/80:

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas
e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro
desse limite.
Certo.

044. (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-MA/2018) Maria foi notificada, fora do do-


micílio informado ao fisco, a pagar imposto de renda, tendo tomado conhecimento da cobran-
ça somente após a propositura de execução fiscal. Em razão da dívida, seu automóvel foi
penhorado e, quinze dias após a penhora, o advogado de Maria foi acionado e pretende alegar,
em matéria de defesa e pelo meio processual adequado, a decadência do referido tributo.
Com relação a essa situação hipotética e a aspectos legais a ela correlacionados, julgue o item
à luz do entendimento dos tribunais superiores.
É impossível a oposição da exceção de pré-executividade em razão do decurso do prazo desde
a penhora.

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A exceção de pré-executividade é uma forma de defesa contra a execução fiscal que não está
prevista em nenhuma lei, é fruto de construção doutrinária e jurisprudencial, não havendo pra-
zo para a sua apresentação. Ou seja, é possível a sua utilização a qualquer tempo, desde que
trate de matéria de matéria que seja de ordem pública, que não precise de dilação probatória,
e que acarrete na nulidade da Certidão da Dívida Ativa.
Errado.

045. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-PE/2018) A empresa ALFA, contribuinte do ICMS,


encerrou suas atividades sem fazer qualquer comunicação ao fisco estadual. Posteriormente,
constatado que a empresa era devedora de ICMS, ela foi inscrita na dívida ativa e cobrada por
meio de execução fiscal. Na execução, verificou-se que a empresa não dispõe de bens para
garantir o débito.
Considerando a jurisprudência majoritária e atual do Superior Tribunal de Justiça, assinale a
opção correta, a respeito da possibilidade de redirecionamento da execução fiscal aos sócios
da empresa ALFA.
a) Caberá à fazenda pública, nesse caso, impetrar medida cautelar fiscal para requerer o redi-
recionamento da execução aos sócios.
b) Para que o redirecionamento da execução fiscal seja autorizado, a fazenda pública deverá
demonstrar previamente que os sócios agiram com dolo.
c) Presume-se, nesse caso, a dissolução irregular da sociedade, o que autoriza o redireciona-
mento da execução fiscal para o sócio-gerente.
d) O redirecionamento da execução fiscal será possível apenas se ficar provado que o sócio-
-gerente excedeu seus poderes de gestão.
e) Tendo o débito já sido inscrito em dívida ativa, não será mais possível o redirecionamento
da execução fiscal.

Gabarito conforme Súmula n. 435 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 435, STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcio-
nar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

Letra c.

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046. (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-RR/2017) De acordo com dispo-


sitivos da Lei n. 6.830/1980 pertinentes à execução fiscal, julgue os itens a seguir.
I – A inscrição em dívida ativa feita pelo órgão competente suspenderá a prescrição por cento e
oitenta dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
II – Mesmo após a apresentação dos embargos do executado, o juiz pode deferir-lhe pedido
para substituir a penhora de veículos por seguro garantia.
III – A cobrança de dívida não tributária que tenha sido inscrita em dívida ativa por autarquia
estadual não se pode dar por meio do rito da execução fiscal.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.

I – Certa. Nos termos do art. 2º, par. 3º da Lei de Execuções Fiscais - LEF (Lei n. 6.830/80):

§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo
órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos
os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de
findo aquele prazo.

II – Certa. Conforme art. 15 da LEF:

Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz:


I – ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia; e
II – à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da or-
dem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente.

III – Errada. As dívidas ativas das autarquias, tributárias ou não tributárias, se submetem à Lei
n. 6.830 (Lei de Execuções Fiscais), segundo arts. 1º e 2º:

Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código
de Processo Civil.
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária
na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964
, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Letra a.

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Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

047. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/FORTALEZA-CE/2017) Com base nos institu-


tos e nas normas que regem o processo judicial tributário, bem como na jurisprudência do STJ,
julgue o item subsecutivo.
A garantia integral do crédito tributário é condição específica de procedibilidade para os em-
bargos à execução fiscal, ensejando a extinção liminar da ação quando constatada a insufici-
ência da constrição judicial.

Segundo a Lei de Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80), é preciso o oferecimento de garantia sufi-
ciente para admissão de embargos à execução fiscal.
Ocorre que, caso o juiz constate que a garantia não é suficiente para cobertura do débito, ele
deve intimar o embargante para que reforce a garantia, ao invés de extinguir os embargos limi-
narmente, como afirmado pelo examinador, razão pela qual o item está incorreto.
Veja julgado do Superior Tribunal de Justiça que trata sobre esse tema:

JURISPRUDÊNCIA
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CON-
TROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. DETERMINAÇÃO
DE REFORÇO DE PENHORA PELO JUIZ EX OFFICIO. IMPOSSIBILIDADE. EXISTÊNCIA DE
REQUERIMENTO PELA FAZENDA EXEQUENTE, IN CASU. INSUFICIÊNCIA DA PENHORA.
ADMISSIBILIDADE DOS EMBARGOS. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA.
...
9. A insuficiência de penhora não é causa bastante para determinar a extinção dos
embargos do devedor, cumprindo ao magistrado, antes da decisão terminativa, conce-
der ao executado prazo para proceder ao reforço, à luz da sua capacidade econômica
e da garantia pétrea do acesso à justiça. (Precedentes: REsp 973.810/RS, Rel. Minis-
tra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/10/2008, DJe 17/11/2008; REsp
739.137/CE, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/10/2007,
DJ 22/11/2007; AgRg no Ag 635829/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, DJ 18/04/2005;
REsp 758266/MG, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ 22/08/2005)
...
14. Recurso a que se nega provimento. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do
CPC e da Resolução STJ 08/2008.
(REsp 1127815/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/11/2010,
DJe 14/12/2010)

Errado.

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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei n. 6.830/1980 e Suas Alterações (Execução Fiscal)
Diego Degrazia e Lis Ribas

048. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/FORTALEZA-CR/2017) Julgue o seguinte item,


a respeito de obrigação tributária e crédito tributário.
A inscrição do crédito tributário em dívida ativa é condição para a extração de título executivo
extrajudicial que viabilize a propositura da ação de execução fiscal, bem como se revela como
marco temporal para a presunção de fraude à execução.

A ação de execução fiscal é ajuizada pelos entes públicos para cobrança de débitos tributários
ou não tributários que são objeto de Certidão de Dívida Ativa – CDA, título executivo extrajudi-
cial que goza de presunção de certeza e liquidez.
A emissão de CDA se dá após a realização de procedimento administrativo em que se dá opor-
tunidade ao devedor de se defender ou de pagar a dívida, amigavelmente, de modo que, se o
devedor não pagá-la, o ente público expede a respectiva certidão para formalizar a existência
do débito e cobrá-lo judicialmente através de ação de execução fiscal.
Em resumo, a primeira parte da assertiva está correta, e em conformidade com o art. 6º, par.
1º da Lei n. 6.830/80:

Art. 6º, § 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte inte-
grante, como se estivesse transcrita.

Já a segunda parte está correta, em razão do art. 185 do Código Tributário Nacional. Veja:

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa.
Certo.

049. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PA/2012) Com relação ao processo tributário, julgue o


item a seguir.
A fazenda pública pode substituir certidão de dívida ativa, até a prolação da sentença de em-
bargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do
sujeito passivo da execução.

É possível substituir a Certidão de Dívida Ativa – CDA até a decisão de primeira instância, nos
termos do par. 8º, art. 2º da Lei de Execução Fiscal (LEF) – Lei n. 6.830/80:

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou subs-
tituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

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Já a modificação do sujeito passivo da execução fiscal de fato não pode ser efetivada, pois
não há esta autorização na LEF. Este posicionamento, inclusive, é objeto da Súmula n. 392 do
Superior Tribunal de Justiça – STJ, que destaca com mais detalhe a possibilidade de substitui-
ção da CDA. Enquanto a lei diz que é possível substitui-la até a decisão de primeira instância,
a súmula afirma que é possível a substituição até a prolação da sentença que analisa os em-
bargos, e nos casos em que houver a intenção de corrigir erro material ou formal. A redação da
Súmula foi copiada pela banca examinadora. Veja:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

Certo.

050. (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF-2/2009-ADAPTADA) Julgue o item com relação ao proce-


dimento fiscal e à dívida ativa.
A autoridade fiscal deverá fazer constar da certidão de inscrição do débito tributário em dívida
ativa o nome dos sócios-gerentes, corresponsáveis pela dúvida, pressuposto necessário para
viabilizar o redirecionamento do executivo fiscal.

A execução fiscal pode ser redirecionada aos sócios-gerentes, independentemente de constar seu
nome na certidão de dívida ativa, nos casos em que há prova de indícios do cometimento, pelos
sócios, de ato com excesso de poder, contrário à lei ou ao contrato social, ou mesmo à prova indi-
ciária da dissolução irregular da empresa segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

JURISPRUDÊNCIA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO DO PLEITO
EXECUTIVO AOS SÓCIOS-GERENTES CUJOS NOMES NÃO CONSTAM DA CDA.REDIRE-
CIONAMENTO AUTOMÁTICO. IMPOSSIBILIDADE. DISSOLUÇÃO IRREGULAR. INCIDÊNCIA
DAS SÚMULAS 7 E 211/STJ.
1. É pacífica a jurisprudência do STJ no sentido de que, não constando expressamente o
nome dos sócios-gerentes como corresponsáveis tributários, não é cabível o redireciona-
mento automático da Execução Fiscal, sendo necessária a prova de indícios do cometi-
mento, pelos sócios, de ato com excesso de poder, contrário à lei ou ao contrato social,
ou mesmo à prova indiciária da dissolução irregular da empresa.
2. Não conheço da irresignação recursal no tocante à ocorrência de dissolução irregular
ante os óbices sumulares n. 7 e 211/STJ.
Agravo regimental improvido.
(AgRg no AREsp 677.880/PI, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, jul-
gado em 07/05/2015, DJe 13/05/2015)

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Diego Degrazia

Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em Direito.
Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no concurso de
2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar. Foi também
aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União. É o fundador
do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil concurseiros de
todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos nos principais
concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.

Lis Ribas

Auditora Pública Externa do TCE-RS, Especialista em Direito Tributário pela UFBA (2014), já advogou na
área tributária e foi aprovada nos seguintes concursos: Analista do MP-AL (2018); Auditora TCM-BA
(2018); Analista de Planejamento e Orçamento da Câmara Municipal de Maceió-AL (2018); Analista de
Controle Interno de Maceió (2017).

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